O Uso da Rede Avaaz.orgpara a
construção da crença da ‘Justiça Global’
e a Mobilização Social
em Contextos Digitais
Débora de Carvalho Pereira
UFMG
Orientada pela professora Maria Aparecida Moura
Nemusad
neip.info
sertaobras.org
Apropriação do
Informacão
• ‘Empreendedores sociais’.
• Estratégias de divulgação pela internet, em redes
sociais, para promover a inclusão social de povos
secularmente desfavorecidos
• “Avaaz.org é uma nova rede de mobilização global com uma
simples missão democrática: acabar com a brecha entre o
mundo que nos temos, e o mundo que queremos.”
Sociedade da Informação
(Mattelart, 2006)
Global x Glocal (Antoun, 2001)
Fatriarca: agenda da solidariedade (Debray, 2009)
ViolênciaTranspolítica (Trivinho, 2008)
#tecnologia da informação
#tempo real, contextos pulverizados
#fluxos semiósicos
#sujeito informacional
#“relação de acoplamento entre
subjetividade/corpo e tecnologia/rede”
(TRIVINHO, 2008, p. 213).
#Semiótica Peirciana:
pragmatismo
#Organização da Informacão
pelas redes sócio-técnicas
#fluxo de capital e produtos
#agenda global de solidariedade
Pragmatismo
• Como se formam
as crenças?
• Charles Sanders PEIRCE
as crenças orientam os desejos
Naturalismo cultural: espaços sobrepostos
A formação de uma justiça global
=
saber social compartilhado
+
sujeito informacional no véu digital
redes sócio-técnicas
redes sócio-semânticas
redes sócio-semióticas
(Cointet, 2009, Berhault, 2008)
Texto
Este site dinamiza a
mobilização social
através de campanhas em
contextos digitais,
a fim de criar parâmetros
para uma
‘justiça global’.
Page Rank: 7
fluxo de mediação informacional
igual ou superior a 70 % da web
Alexa:15.841
em 6 bilhões de sites
Avaaz.org's three-month global Alexa traffic rank is 15,841. While
approximately 16% of its visitors are in Germany, where it is ranked #5,788, it is
also popular in Australia, where it is ranked #4,422, and visitors to it spend
roughly 73 seconds on each pageview and a total of two minutes on the site
during each visit. Compared with the overall internet population, Avaaz.org's
users are disproportionately Caucasian, and they are disproportionately
childless women over the age of 35 who have postgraduate educations and
browse from work. Roughly 51% of visits to the site are bounces (one pageview
google insight
público branco, feminino, de mais de 35 anos
predomínio de países como:
França, Canadá,
Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos...
Público tem background semântico.
Se no século passado existiram líderes sociais como Marx, Mao ou Mahatma
Ghandi, no século atual, da ‘violência transpolítica’ e do domínio
da tecnologia sob a cultura e a natureza, temos as aglomerações sociais digitais,
unidas pelos dispositivos e sua interoperabilidade.
Não há um grande patriarca, sim um ‘fatriarca’ (DÉBRAY, 2009), um
dispositivo justo e imparcial que inspira a solidariedade descentralizada e des-
localizada contra a lei que condena homossexuais em Uganda, contra a
corrupção no Brasil, contra a emissão de gases no Japão e Canadá…
Potencializa-se a quantidade de interações,
mas esvazia-se a profundidade de
integração ao movimento social.
Desconexão entre causas e localidades.
Visibilidade mediática é estimulada por
conflitos em dimensões
culturais polissêmicas.
muito grata
debcarpe@gmail.com
casmerim.blog.br
ANTOUN, Henrique. Jornalismo e ativismo na hipermídia: em que se pode reconhecer a nova mídia. In: Revista
Famecos: mídia, cultura e tecnologia. Porto Alegre, RS: EDIPUCRS, n. 16, 2001.
BERHAULT, Gilles. Développement durable 2.0 L’internet peut-il sauver La planète?. Paris, Éditions de l’Aube, 2008.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 6ª edição revista e ampliada. São Paulo: Paz e Terra, 2002 v. (A era da
Informação: economia, sociedade e cultura; v.1).
COINTET, Jean Phillipe. Dynamiques sociales et sémantiques dans les communautés de savoirs: morphogenèse
et diffusion. Tese de doutorado do Centre de Recherche en Epistémologie Appliqué, Paris, França, 2009.
DEBRAY, Régis. Le moment fraternité. Paris: Gallimard, 2009.
DEWEY, J. Logic: the theory of inquiry. New York: Holt, Rinehart and Winston, 1938.
FROTA, Maria Guiomar da Cunha. Desafios teóricos metodológicos para a ciência da informação: descrição,
explicação e interpretação.In: REIS e CABRAL (orgs.). Informação, cultura e sociedade. Belo Horizonte. 2007. 
KLEIN, Naomi. Marcas Globais e Poderes Corporativos. In: Moraes, Dênis de. Por uma outra comunicação. Mídia,
mundialização cultural e poder. Rio de Janeiro, Record, 2004.
MACHADO, Arlindo. O sujeito no ciberespaço. In: PRADO, José Luiz Adair (org.). Crítica das Práticas Midiáticas: da
sociedade de massa às ciberculturas. São Paulo: Hacker, 2002. p. 83-97.
MATTELART, Armand. Para que “Nova Sociedade Mundial da Informação”, In: Sociedade Midiatizada / Denis de
Moraes (org.) – Rio de Janeiro – Mauad, 2006.
construção de tesauros e ontologias. In: 9th Congress of the Spanish International Society for Knowledge
Organization, 2009, Valencia. p. 589-604.
O´REILLY, Tim. What is Web 2.0: Design Patterns and Business Models for the next Generation of
Software. O’ Reilly, p. 20, 2005. Disponível em: <
http://www.oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/what-is-web-20.html >. Acesso em: 22 nov. 2008.  
PAGE, L. et al.. The PageRank citation ranking: bringing order to the web, 1998. Disponível em:
<http://dbpubs.stanford.edu:8090/pub/1999-66>. Acceso em: 20 junho de 2010.
PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica e Filosofia. Traduzido por Octanny Silveira da Mota e Leonidas Hegenberg.
São Paulo, Cultrix, 1972.
PEIRCE, C.S. The collected papers. Cambridge: Harvard University Press, 1956.
RÉGIS, Fátima. Tecnologias de comunicação, entretenimento e competências cognitivas na
cibercultura. Revista FAMECOS, Porto Alegre, nº 37, dezembro de 2008.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro:
Record, 2002.
TRIVINHO, Eugênio. Comunicação, glocal e cibercultura. Bunkerização da existência no imaginário
mediático contemporâneo. Revista Fronteiras - Estudos Midiáticos, Vol. 7, No 1, 2005.
TRIVINHO, Eugênio. Visibilidade mediática e violência transpolítica na cibercultura: condição atual da
repercussão social-histórica do fenômeno glocal na civilização mediática avançada. In: ANTOUN,
Henrique. Web 2.0 Participação e vigilância na era da comunicação distribuída. Rio de Janeiro, Mauad X,
2008.
WEISSBERG, Jean Louis. Paradoxos da Teleinformática. In: PARENTE, André (org.). Tramas da rede: novas
dimensões filosóficas, estéticas e políticas da comunicação. Porto Alegre: Sulina, 2004. p. 113-141.

O Uso da Rede Avaaz.org para a construção da crença da ‘Justiça Global’ e a Mobilização Social em Contextos Digitais

  • 1.
    O Uso daRede Avaaz.orgpara a construção da crença da ‘Justiça Global’ e a Mobilização Social em Contextos Digitais Débora de Carvalho Pereira UFMG Orientada pela professora Maria Aparecida Moura Nemusad neip.info sertaobras.org
  • 2.
    Apropriação do Informacão • ‘Empreendedoressociais’. • Estratégias de divulgação pela internet, em redes sociais, para promover a inclusão social de povos secularmente desfavorecidos • “Avaaz.org é uma nova rede de mobilização global com uma simples missão democrática: acabar com a brecha entre o mundo que nos temos, e o mundo que queremos.”
  • 3.
    Sociedade da Informação (Mattelart,2006) Global x Glocal (Antoun, 2001) Fatriarca: agenda da solidariedade (Debray, 2009) ViolênciaTranspolítica (Trivinho, 2008)
  • 4.
    #tecnologia da informação #temporeal, contextos pulverizados #fluxos semiósicos #sujeito informacional #“relação de acoplamento entre subjetividade/corpo e tecnologia/rede” (TRIVINHO, 2008, p. 213).
  • 5.
    #Semiótica Peirciana: pragmatismo #Organização daInformacão pelas redes sócio-técnicas #fluxo de capital e produtos #agenda global de solidariedade
  • 6.
    Pragmatismo • Como seformam as crenças? • Charles Sanders PEIRCE
  • 8.
  • 9.
    Naturalismo cultural: espaçossobrepostos A formação de uma justiça global = saber social compartilhado + sujeito informacional no véu digital
  • 10.
    redes sócio-técnicas redes sócio-semânticas redessócio-semióticas (Cointet, 2009, Berhault, 2008)
  • 11.
    Texto Este site dinamizaa mobilização social através de campanhas em contextos digitais, a fim de criar parâmetros para uma ‘justiça global’.
  • 14.
    Page Rank: 7 fluxode mediação informacional igual ou superior a 70 % da web Alexa:15.841 em 6 bilhões de sites Avaaz.org's three-month global Alexa traffic rank is 15,841. While approximately 16% of its visitors are in Germany, where it is ranked #5,788, it is also popular in Australia, where it is ranked #4,422, and visitors to it spend roughly 73 seconds on each pageview and a total of two minutes on the site during each visit. Compared with the overall internet population, Avaaz.org's users are disproportionately Caucasian, and they are disproportionately childless women over the age of 35 who have postgraduate educations and browse from work. Roughly 51% of visits to the site are bounces (one pageview
  • 15.
    google insight público branco,feminino, de mais de 35 anos predomínio de países como: França, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos... Público tem background semântico.
  • 16.
    Se no séculopassado existiram líderes sociais como Marx, Mao ou Mahatma Ghandi, no século atual, da ‘violência transpolítica’ e do domínio da tecnologia sob a cultura e a natureza, temos as aglomerações sociais digitais, unidas pelos dispositivos e sua interoperabilidade. Não há um grande patriarca, sim um ‘fatriarca’ (DÉBRAY, 2009), um dispositivo justo e imparcial que inspira a solidariedade descentralizada e des- localizada contra a lei que condena homossexuais em Uganda, contra a corrupção no Brasil, contra a emissão de gases no Japão e Canadá…
  • 17.
    Potencializa-se a quantidadede interações, mas esvazia-se a profundidade de integração ao movimento social. Desconexão entre causas e localidades. Visibilidade mediática é estimulada por conflitos em dimensões culturais polissêmicas.
  • 18.
  • 19.
    ANTOUN, Henrique. Jornalismoe ativismo na hipermídia: em que se pode reconhecer a nova mídia. In: Revista Famecos: mídia, cultura e tecnologia. Porto Alegre, RS: EDIPUCRS, n. 16, 2001. BERHAULT, Gilles. Développement durable 2.0 L’internet peut-il sauver La planète?. Paris, Éditions de l’Aube, 2008. CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 6ª edição revista e ampliada. São Paulo: Paz e Terra, 2002 v. (A era da Informação: economia, sociedade e cultura; v.1). COINTET, Jean Phillipe. Dynamiques sociales et sémantiques dans les communautés de savoirs: morphogenèse et diffusion. Tese de doutorado do Centre de Recherche en Epistémologie Appliqué, Paris, França, 2009. DEBRAY, Régis. Le moment fraternité. Paris: Gallimard, 2009. DEWEY, J. Logic: the theory of inquiry. New York: Holt, Rinehart and Winston, 1938. FROTA, Maria Guiomar da Cunha. Desafios teóricos metodológicos para a ciência da informação: descrição, explicação e interpretação.In: REIS e CABRAL (orgs.). Informação, cultura e sociedade. Belo Horizonte. 2007.  KLEIN, Naomi. Marcas Globais e Poderes Corporativos. In: Moraes, Dênis de. Por uma outra comunicação. Mídia, mundialização cultural e poder. Rio de Janeiro, Record, 2004. MACHADO, Arlindo. O sujeito no ciberespaço. In: PRADO, José Luiz Adair (org.). Crítica das Práticas Midiáticas: da sociedade de massa às ciberculturas. São Paulo: Hacker, 2002. p. 83-97. MATTELART, Armand. Para que “Nova Sociedade Mundial da Informação”, In: Sociedade Midiatizada / Denis de Moraes (org.) – Rio de Janeiro – Mauad, 2006.
  • 20.
    construção de tesaurose ontologias. In: 9th Congress of the Spanish International Society for Knowledge Organization, 2009, Valencia. p. 589-604. O´REILLY, Tim. What is Web 2.0: Design Patterns and Business Models for the next Generation of Software. O’ Reilly, p. 20, 2005. Disponível em: < http://www.oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/what-is-web-20.html >. Acesso em: 22 nov. 2008.   PAGE, L. et al.. The PageRank citation ranking: bringing order to the web, 1998. Disponível em: <http://dbpubs.stanford.edu:8090/pub/1999-66>. Acceso em: 20 junho de 2010. PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica e Filosofia. Traduzido por Octanny Silveira da Mota e Leonidas Hegenberg. São Paulo, Cultrix, 1972. PEIRCE, C.S. The collected papers. Cambridge: Harvard University Press, 1956. RÉGIS, Fátima. Tecnologias de comunicação, entretenimento e competências cognitivas na cibercultura. Revista FAMECOS, Porto Alegre, nº 37, dezembro de 2008. SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2002. TRIVINHO, Eugênio. Comunicação, glocal e cibercultura. Bunkerização da existência no imaginário mediático contemporâneo. Revista Fronteiras - Estudos Midiáticos, Vol. 7, No 1, 2005. TRIVINHO, Eugênio. Visibilidade mediática e violência transpolítica na cibercultura: condição atual da repercussão social-histórica do fenômeno glocal na civilização mediática avançada. In: ANTOUN, Henrique. Web 2.0 Participação e vigilância na era da comunicação distribuída. Rio de Janeiro, Mauad X, 2008. WEISSBERG, Jean Louis. Paradoxos da Teleinformática. In: PARENTE, André (org.). Tramas da rede: novas dimensões filosóficas, estéticas e políticas da comunicação. Porto Alegre: Sulina, 2004. p. 113-141.