ESQUEMA PARA UM ENCONTRO DE CATEQUESE
TEMA: _________________________________ (exemplo: O Baptismo)
IDEIA CENTRAL DO TEMA (o quê se pretende comunicar aos catequisandos?). Exemplo: 1. Sem o baptismo, não teremos a
graça da regeneração, isto é, nascer de novo em Deus OU 2. Pelo baptismo nos tornamos discípulos de Cristo). Deve ser uma
ideia concreta, senão a catequese não terá um rumo próprio porque vai se tentar falar de tudo ao mesmo tempo.
Dinâmica de acolhimento:
1. Como criar um clima de amizade e confiança para que os meninos não tenham receios nem estranheza? 2. E como promover um
ambiente de silêncio, para que os meninos prestem atenção ou possam ter disposição para oração na catequese? Soluções -
exemplo 1. Saudação calorosa, música de boas vindas cantada por todos, jogo ou brincadeira para descontrair e ganhar
disposição. Exemplo2.1. Organizar os bancos da turma em forma de "meia-lua" ou em "filas postas uma atrás da outra", para
que o catequista não dê costas a ninguém, e atrás do catequista não haja movimentação para não distraí-los. Exemplo 2.2. Enfeitar
o espaço da catequese com elementos que simbolizem a fé: uma Bíblia aberta colocada num banco ou mesa coberto de um pano
ou toalha da cor do tempo litúrgico; com uma vela acesa posta ao lado, e um crucifixo ou uma imagem sagrada.
ETAPAS DO ENCONTRO DE CATEQUESE
1. ABERTURA DO ENCONTRO: Saudação calorosa; dinâmica de boas vindas (cântico, jogo ou outra proposta); chamada e revisão
do tema anterior (o catequista não explica, apenas pergunta aos catequisandos e reforça as suas respostas só depois de dar oportunidade
a todos. Se ninguém acertar, o catequista pode iniciar a fala de um trecho, para que eles se lembrem, e deixá-los terminar ou concluir
a ideia);
2. EXPERIÊNCIA HUMANA: Antes de iniciar o tema do encontro, o catequista apresenta um exemplo da vida cotidiana que tem
ligação com o tema a ser apresentado. Exemplo: se o tema for o baptismo, pode-se apresentar uma situação da vida que tem relação
com a ideia central deste tema: para ser membro de uma família, é preciso ter nascido na família ou casar-se com um dos membros,
ou ser adoptado por um deles; do mesmo modo, somos família de Deus, porque ele nos adopta por meio de Cristo que se fez um de
nós. Não é para se contar uma história de fantasia, mas da vida real; nem uma história longa, mas só uma menção rápida para
despertar a atenção e a curiosidade dos catequisando
3. PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA: Faz-se a leitura de uma passagem bíblica já preparada pelo catequista, que deve estar ligada
ao tema da catequese. (Só uma passagem, ou duas, desde que se completem mutuamente). Depois de se fazer a leitura (pode ser um
catequisando a ler, repetida por um outro catequisando ou dois, de formas a ficar clara) Se a passagem for longa, divide-se em três
partes, para três pessoas lerem. A seguir, o catequista faz algumas perguntas sobre a passagem bíblica lida, para se consolidar a
compreensão do que se leu. Se forem crianças, pode-se apenas contar a história sem ler, para prender a atenção dos meninos. Exemplo:
Mt. 3,2-17. 1 Quem baptizou Jesus? Como ele se vestia? Onde era o local do baptismo? O que aconteceu durante o baptismo de Jesus?
Por fim, o catequista sublinha o SINAL REVELADOR, ou seja, a parte da passagem bíblica que apresenta a ideia central do tema:
Por exemplo: Jesus, ao ser baptizado, o espírito Santo desceu sobre Ele e o Pai revelou que Jesus era Seu Filho, e declarou o seu amor
por Ele. (O SINAL REVELADOR Dessa parte da leitura é que todo o baptizado em nome de Cristo recebe o Espírito Santo e se
torna filho de Deus e membro da sua Família – a Igreja).
4. ANÚNCIO DO MISTÉRIO: Este é o momento para a explicação do tema propriamente dito; o catequista presenta o ensinamento
doutrinal da igreja, não a sua opinião nem opinião de alguém que admira muito, por isso deve basear-se sempre na interpretação
bíblica da igreja, nos documentos oficiais da igreja (catecismo ou encíclica) ou na orientação pastoral do bispo ou do seu colaborador
directo (o pároco). Pode ter até15 minutos, porém o catequista não fala em forma de homilia, mas em forma de diálogo conduzido, ou
seja, o catequista conduz o diálogo, vai fazendo perguntas e vai reforçando as respostas, deve ficar atento às respostas e vai repetindo
o que não pareceu claro para os meninos. Deve ter um esboço ou apontamentos para não se perder na ordem de apresentação.
5. CONVITE À ORAÇÃO: toda a exposição catequética deve ser fiel à Palavra de Deus, por isso, depois de apresentar o que Deus
fala para nós, o catequista deve estimular os meninos a falarem para Deus, como resposta de fé, pedido de socorro, pedido de perdão
ou louvor pela obra que Ele realizou. Para tal, o catequista utiliza várias dinâmicas: Exemplo: conduzir uma breve reflexão da
mensagem; criar um instante de silêncio para que cada um se encontre com o Senhor no seu íntimo; um canto que eleva o coração a
Deus, e por fim a apresentação de uma prece ou uma intenção de oração que todos respondem: amém. Pode ser o catequista a apresentar
a prece, ou os catequisandos cada um apresenta a sua prece e todos vão respondendo amém. A catequese precisa ser orante. Não se
resume em oração inicial e oração final, mas em um momento próprio para a oração como resposta à palavra de Deus.
6. CONVITE A UMA ATITUDE VIDA: A seguir, o catequista exorta os meninos a tomar o compromisso ou atitude de vida de
acordo com o tema da catequese. Não é uma nova exposição catequética, mas um convite para que cada um receba a palavra de
Deus na sua vivência diária. Pode-se estimular essa vivência com uma tarefa prática: ajudar a arrumar a igreja que é casa do nosso
Pai e de todos nós; trazer alimentos para a cozinha comunitária para ajudar os nossos irmãos que padecem de fome; durante o mês,
chagarmos todos à Missa mais cedo que o habitual, para ajudar a arrumar e ocupar um lugar que permita participar melhor; marcar
uma visita ao Santíssimo (adoração). Depois deste momento pode-se fechar o encontro com considerações ou avisos, se houver,
chamada de controlo, cântico e oração final.
Catequista Barros Amado.