flexível, mas estável

E já estamos em fevereiro! 2023, pode ir com calma!

Como anunciamos recentemente, no último dia 18 foi lançado nosso estudo Workmonitor 2023, pesquisa anual realizada com 35 mil profissionais em 34 mercados na Europa, Ásia-Pacífico e Américas, que analisa as tendências e as expectativas dos trabalhadores na busca de seu próximo empregador. 

O estudo traz descobertas que fornecem uma visão valiosa sobre como os trabalhadores de todo o mundo se sentem em relação ao seu trabalho e às perspectivas para o futuro.

A seguir, apresentaremos os principais insights e o que eles significam para empregadores e trabalhadores, porém é possível adiantarmos um fato: a exigência dos talentos está cada vez maior e os empregadores precisam se atentar e repensar sua estratégia a partir de agora.

1. Atitude

Trabalhadores do mundo todo querem autonomia para criar seu próprio equilíbrio entre vida pessoal e profissional. No Brasil, 64% dos entrevistados afirmaram que não aceitariam um emprego se acreditassem que ele pudesse impactar este equilíbrio. Outro ponto importante é a mudança de atitude dos trabalhadores insatisfeitos, em que 31% (global) e 25% (Brasil) afirmaram aderir ao movimento quiet quitting, limitando suas tarefas às estritamente necessárias, evitando a sobrecarga de trabalho.

2.  Expectativas

O aumento do custo de vida está impactando significativamente as expectativas dos profissionais, que buscam cada vez mais a ajuda de seus empregadores para lidar com esse problema. Seja com um aumento salarial fora do período de revisões anuais ou com um reajuste mensal do salário proporcional ao custo de vida, um número significativo dos brasileiros (26% e 41%, respectivamente) espera uma ação do empregador. Fora a ajuda de custo, a expectativa dos profissionais com relação à flexibilidade no trabalho está cada vez maior. Após dois anos trabalhando de forma remota ou híbrida, os entrevistados no Brasil declaram que flexibilidade de horário (92%) e local de trabalho (87%) são pontos importantes na hora de escolher um empregador.

3. Segurança

A estabilidade no emprego é algo que 92% dos trabalhadores de todo o mundo consideram importante, especialmente em tempos de incerteza econômica. No Brasil esse número é ainda maior - 96%. O medo gerado pelo impacto da economia levou muitos brasileiros a complementarem sua renda, seja assumindo uma segunda função (25% global x 32% Brasil) ou aumentando a carga horária no trabalho atual (23% global x 24% Brasil). Diante deste cenário, as empresas devem garantir que seus funcionários se sintam seguros e valorizados, além de oferecer oportunidades de desenvolvimento e crescimento, a fim de reter talentos e mantê-los engajados e motivados. 

4. Privação da aposentadoria

Um outro efeito da incerteza econômica é que pessoas mais velhas estão voltando ao mercado de trabalho, ou ainda postergando sua aposentadoria. Isso nos leva a 70% dos entrevistados a nível global afirmarem que sua situação financeira os impede de se aposentar tão cedo quanto gostariam, número que, no Brasil, atinge a marca de 57%. Em 2022, nossa pesquisa revelou que 61% dos entrevistados a nível global acreditava que seria capaz de se aposentar antes dos 65 anos, mas a última edição mostrou que apenas 51% dos entrevistados ainda têm essa certeza.

5. Pertencimento

Por último, mas não menos importante, o desejo de sentir pertencimento no trabalho está motivando as decisões profissionais de muita gente. Nosso estudo mostrou que metade (50%) dos brasileiros entrevistados deixaria um emprego se não nutrisse um sentimento de pertencimento (54% global). Encontrar uma empresa que tenha valores e propósitos alinhados aos seus também é uma prioridade para 77% dos entrevistados no Brasil (73% global). Por isso, os empregadores devem se atentar a essas questões se quiserem atrair novos talentos e reter os colaboradores que já são de casa. 

Após conhecer as principais demandas dos talentos para este ano, você percebeu que as empresas precisarão se adaptar ainda mais para mantê-los engajados, evitar o alto turnover e vencer a escassez de mão de obra atual, certo?

Flexibilidade - palavra que dá o nome ao nosso estudo e à nossa news de fevereiro - será a palavra de ordem também para as empresas e gestores de todo o mundo. De acordo com Fabio Battaglia, CEO da Randstad Brasil, “Estamos passando por um momento em que os sistemas arcaicos estão sendo desafiados. São inúmeras mudanças culturais e de valores, o que vem exigindo das organizações adaptações.”.

E para que você esteja pronto para lidar com cada uma dessas mudanças, nosso estudo também traz dicas relacionadas a cada uma das descobertas, para que você possa começar 2023 com a estratégia certa para seus atuais e futuros talentos.

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