Meta proíbe IA no WhatsApp API; Apagão na AWS; Bug no Rust; Campanha contra superinteligência [Compilado #219]
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Apagão na AWS derruba sites e serviços no mundo todo
A infraestrutura da Amazon Web Services tombou durante quase 16 horas seguidas no dia 20 de outubro, após uma sucessão de falhas em cascata. Por dependerem dos serviços da nuvem da AWS, múltiplos sites e serviços sofreram quedas ou instabilidade ao longo do dia, incluindo Snapchat, Fortnite, ChatGPT, iFood, Reddit, Hulu, Canva, Mercado Livre, PicPay, McDonalds, Zoom, a própria Amazon e até mesmo redes de criptomoedas. Dispositivos de Internet das Coisas também foram afetados pelo apagão e se tornaram inutilizáveis no período, gerando situações inusitadas ou até perigosas. A estimativa dos especialistas é que a falha tenha causado bilhões de dólares de prejuízo ao longo de todos os clientes da AWS.
O apagão começou por volta das 3 horas da manhã na região US-EAST-1 da AWS. Nesse horário, foi registrado aumento nas taxas de erro de resolução de DNS de vários serviços internos, todos relacionados a endpoints da API do DynamoDB. Três horas depois, o time de administradores da AWS estava confiante de que o problema seria solucionado sem maiores impactos. Entretanto,surgiram falhas em instâncias do EC2. Logo em seguida, foi a vez do serviço Lambda cair de vez, ampliando o caos. A AWS só recuperou sua normalidade por volta das 6 horas da tarde, no horário local. A mesma região US-EAST-1 já havia passado por apagões similares em 2020, 2021 e 2023, mas esse foi o mais longo até agora.
OpenAI lança seu próprio navegador, Atlas
Finalmente aconteceu: a OpenAI lançou seu próprio navegador, batizado de Atlas. Inicialmente, o novo navegador está disponível somente no macOS, mas a startup prometeu que Atlas também será lançado para Windows, Android e iOS em um futuro próximo. Na prática, o Atlas é mais um navegador construído em cima do Chromium, porém seu diferencial é a integração profunda com o ChatGPT e outras soluções de IA da startup. Um painel lateral no navegador permite que o usuário converse em tempo real com o chatbot com o contexto daquilo que se encontra na tela, ampliando as possibilidades da página exibida. Todas as informações e o histórico de navegação ficam disponíveis para consultas posteriores ao ChatGPT.
Atlas também traz um modo agente que permite que o usuário especifique tarefas a serem realizadas na internet, incluindo planejamento de uma viagem ou mesmo uma experiência de compra online do início ao fim. Entretanto, embora o navegador seja gratuito, as funcionalidades de agente estão restritas para os assinantes do ChatGPT Business, Plus ou Pro. Sam Altman, CEO da OpenAI, celebrou o lançamento: “acreditamos que a IA representa uma oportunidade rara, única em uma década, de repensar o que um navegador pode ser e como usá-lo, e como usar a web de forma mais produtiva e agradável”. Altman destacou que a última inovação no segmento foram as abas e agora é a hora do navegador evoluir novamente.
JetBrains revela pesquisa sobre ecossistema dev
A JetBrains publicou o relatório State of Developer Ecosystem, compilando as respostas de quase 25 mil desenvolvedores do mundo todo. O levantamento anual concluiu que a presença de IAs na programação é inevitável: 68% dos entrevistados estão convictos de que “proficiência em IA” se tornará um requisito indispensável em processos seletivos e 85% dos participantes confirmaram que já utilizam ferramentas de Inteligência Artificial. Entretanto, somente 44% dos desenvolvedores afirmaram que a tecnologia está total ou parcialmente adotada em seus fluxos de trabalho. Na maior parte dos cenários, a IA entra como uma ferramenta de experimentação ou em um estado piloto de desenvolvimento.
O mesmo estudo aponta um crescimento vertiginoso do TypeScript: “o aumento mais dramático no uso no mundo real nos últimos cinco anos". Por outro lado, houve uma queda significativa na influência de outras linguagens. Nesse sentido, o State of Developer Ecosystem acaba contradizendo outro relatório da JetBrains, divulgado apenas uma semana antes, o The State of PHP 2025. O levantamento anterior apontava: “o PHP continua sendo um ecossistema estável, profissional e em evolução”. Agora, o novo levantamento afirma: “PHP, Ruby e Objective-C estão em declínio a longo prazo, enquanto Rust, Go e Kotlin continuam sua ascensão lenta e constante”.
Chip quântico do Google é 13 mil vezes mais rápido que um supercomputador
O chip Willow desenvolvido pelo Google ultrapassou mais uma barreira para o sucesso da computação quântica, pela primeira vez na História: a execução bem-sucedida de um algoritmo verificável com aplicações no mundo real. Willow é um processador supercondutor de 105 qubits que foi capaz de executar o algoritmo com uma performance 13 mil vezes superior ao de um dos supercomputadores convencionais mais rápidos do mundo. A conquista foi publicada na revista científica Nature e, segundo o próprio Google, o algoritmo batizado de Quantum Echoes pode ser útil para aprender a estrutura de sistemas presentes na natureza, desde moléculas a ímãs e buracos negros.
A verificabilidade quântica obtida pelo Willow significa que o resultado pode ser repetido no mesmo hardware ou outro similar para obter a mesma resposta, o que acaba confirmando o resultado do processamento. O Google comparou o salto tecnológico a um sonar antigo, capaz de detectar um navio no fundo do oceano. Anteriormente, esse sonar poderia identificar um borrão indicando o naufrágio. O que foi obtido com o Willow seria o equivalente a conseguir ler o nome do navio em uma placa em seu casco. Essa tecnologia tem o potencial de se tornar uma ferramenta poderosa na descoberta de medicamentos, de novos materiais como polímeros, componentes de baterias ou mesmo os materiais que compõem os próprios bits quânticos.
Campanha reúne 30 mil assinaturas contra superinteligência
Personalidades, estudiosos e líderes religiosos voltaram a se reunir em torno de um manifesto solicitando um limite para as pesquisas de desenvolvimento de Inteligências Artificiais. Desta vez, o alvo não são as ferramentas de IA que já temos hoje, mas as chamadas superinteligências, ferramentas capazes de superar significativamente todos os humanos em essencialmente todas as tarefas cognitivas. O abaixo-assinado está preocupado com o impacto dessa tecnologia e os possíveis riscos de obsolescência econômica do ser humano, restrições de liberdades civis, questões de segurança nacional para todas as nações e até mesmo a ameaça de extinção humana.
Os signatários pedem a proibição completa do desenvolvimento da superinteligência até que as seguintes condições sejam atendidas: forte adesão pública e amplo consenso científico de que isso será feito de forma segura e controlável. O manifesto já atraiu cerca de 30 mil assinaturas. Entre eles encontram-se desde o co-fundador da Apple Steve Wozniak até o Príncipe Harry, do Reino Unido. A carta aberta também é sustentada pela opinião de membros importantes da comunidade científica. Embora Sam Altman não seja um dos signatários do manifesto, ele é mencionado com uma de suas falas do passado: “o desenvolvimento da inteligência de máquina sobre-humana é provavelmente a maior ameaça à existência contínua da humanidade”.
Gartner projeta papel das IAs no futuro da tecnologia
Durante um simpósio de TI organizado pela Gartner, a consultoria reforçou que as IAs são a principal tendência estratégica de tecnologia para os próximos anos. Daryl Plummer, vice-presidente analista, chefe de pesquisa e membro do Gartner, foi categórico: “as empresas precisam de um líder dedicado à IA”. Embora essa tendência não seja de agora, a Gartner destacou que houve uma mudança brusca de cadência, com o surgimento de mais inovações no setor em 2025 do que já tinha sido visto em qualquer ano anterior. A expectativa da consultoria é de que, até 2028, mais da metade dos modelos de IA utilizados pelas empresas serão treinados ou ajustados em dados especializados para um determinado setor, função ou processo.
A Gartner também prevê que as plataformas de desenvolvimento nativas de IA vão impactar 80% das organizações na forma como suas equipes são distribuídas. Até 2030, as grandes equipes de engenharia de software irão evoluir para equipes menores e mais ágeis, assessoradas pela IA. Porém, haverá riscos. Plummer alertou sobre a possibilidade do que chamou de “redução das habilidades de pensamento crítico” e aconselhou que deverá haver uma diferenciação entre os profissionais que conseguem pensar de forma independente e aqueles que se apoiam demasiado na produção gerada por máquinas. Segundo a consultoria, essa tendência deverá afetar o processo de recrutamento das empresas.
Biblioteca do Rust tem vulnerabilidade grave
TARmageddon: o nome assusta e a vulnerabilidade também. Trata-se de uma brecha de segurança de alta gravidade descoberta na popular biblioteca async-tar do Rust, incluindo seus forks. Trata-se de um bug crítico de análise de limites e tanto desenvolvedores que trabalham com projetos em Rust quanto administradores com aplicações Rust em seus ambientes devem ficar atentos. A brecha pode levar a execução remota de código por meio de ataques de substituição de arquivos. Um agente hostil poderia utilizar um arquivo TAR comprometido e realizar a substituição de arquivos de configuração, por exemplo, ou sequestrar backends de compilação.
Até o momento, não há registros de ataques utilizando a vulnerabilidade, mas sua gravidade permanece elevada. TARmageddon está presente em bibliotecas importantes que funcionam como dependências de muitos projetos e algumas dessas bibliotecas não estão sendo mais atualizadas. A recomendação dos especialistas de segurança é realizar auditorias de código para identificar dependências afetadas, revisar o uso de arquivos TAR em ambientes de integração e implantação, isolar arquivos durante o processamento e evitar extrair arquivos TAR de fontes não confiáveis. Mais detalhes sobre a brecha de segurança podem ser encontrados através do CVE-2025-62518.
Meta proíbe bots de IA na API do WhatsApp Business
A Meta anunciou uma mudança significativa nas regras de uso da API do WhatsApp Business, com impacto direto para desenvolvedores e empresas que utilizam modelos de IA generativa em seus serviços. A partir de 15 de janeiro de 2026, ficará proibido usar a API do WhatsApp para operar chatbots baseados em LLMs (Large Language Models) ou outras soluções de IA genérica, como assistentes pessoais ou bots conversacionais que não estejam diretamente relacionados a tarefas empresariais específicas.
A decisão, publicada nos termos de uso atualizados, afeta diretamente integrações com soluções como ChatGPT, LuzIA, Perplexity, entre outras, que vinham ganhando espaço oferecendo experiências de conversa dentro do app. A Meta justifica a mudança alegando que essas ferramentas geram tráfego elevado, pressionam a infraestrutura do WhatsApp e comprometem o uso pretendido da API, que é exclusivamente voltado para comunicação empresarial entre empresas e clientes.
O objetivo da Meta é restringir o WhatsApp Business API para usos alinhados com sua proposta comercial, como suporte ao cliente, notificações transacionais ou automações específicas, sem o uso de IA de propósito geral como função principal. Além disso, a nova política proíbe expressamente que desenvolvedores usem os dados do WhatsApp para treinar, testar ou otimizar qualquer tecnologia baseada em IA ou machine learning. Com isso, a única IA permitida de forma oficial dentro da plataforma será a Meta AI, assistente nativo desenvolvido pela própria empresa.
Apesar disso, a Meta deixa uma brecha: bots automatizados que oferecem respostas programadas ou interações baseadas em regras fixas continuarão sendo permitidos, desde que a IA generativa não seja o elemento central. Para desenvolvedores que integram serviços à plataforma, isso exige uma revisão urgente de estratégias técnicas, principalmente para quem depende do WhatsApp como canal de entrega de soluções conversacionais. O movimento sinaliza também uma tendência mais ampla da Meta em fechar seu ecossistema e reduzir o espaço para IA de terceiros operarem em suas ferramentas.
Internet Archive atinge marca de um trilhão de páginas preservadas
No dia 22 de outubro, o Internet Archive completou a marca estimada de um trilhão de páginas da web preservadas. Todo esse material compõe uma memória viva da internet e suas fases, tudo disponível gratuitamente para ser acessado por qualquer usuário através do serviço Wayback Machine. Por causa dessa celebração, a prefeitura de San Francisco decretou que a data passe a ser conhecida como o Dia do Arquivo da Internet, como um reconhecimento pela iniciativa de manter um acervo público e aberto para todos. Apoiadores, colaboradores e legisladores ocuparam os degraus da prefeitura na data comemorativa para brindar a marca e o momento histórico.
O Internet Archive foi fundado em San Francisco e a primeira página armazenada no arquivo foi a página de download do Internet Explorer, capturada em 10 de maio de 1996. Segundo dados oficiais, o total atual de mais de um trilhão de páginas ocupa mais de 100 mil terabytes de dados, armazenados tanto em data centers da Califórnia, como replicados em localidades em outros países.Cerca de meio milhão de páginas são adicionadas todos os dias. Além de páginas da web, o acervo do projeto também preserva livros, música, vídeo e software para as próximas gerações. O caráter abrangente da iniciativa já gerou conflitos no passado com detentores de direitos autorais, mas o Internet Archive seguiu com sua missão.
Windows 11 terá o assistente Clippy de volta
A Microsoft escondeu um easter egg divertido no novo Copilot: ele pode se transformar no clássico Clippy, o assistente de papel do antigo Microsoft Office. A transformação acontece com um simples comando — ao pedir para o Copilot “become Clippy”, ele muda sua aparência e adota o estilo irreverente do personagem, mantendo, porém, suas funções modernas baseadas em IA. Essa brincadeira celebra a nostalgia dos anos 2000, enquanto reforça o novo posicionamento da empresa: unir tradição e inovação em suas ferramentas de produtividade e desenvolvimento.
Mais do que uma piada interna, essa integração reflete como a Microsoft está tentando humanizar sua IA, trazendo um toque de humor e familiaridade. Clippy, que antes era considerado irritante, agora retorna com um papel simbólico: representar a evolução da assistência digital — de um mascote curioso a um assistente realmente útil. Essa atualização também mostra o lado cultural do Copilot, que além de integrar-se com ferramentas como Windows 11, Edge e Office 365, busca aproximar os usuários com uma experiência mais leve e personalizada.
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Analista de Sistemas Sênior | Desenvolvedora Full Stack | Power Platform | Automação & Integração de Processos | Professora Universitária em TI
1 dObrigada por compartilhar o resumo detalhado do incidente. A descrição da sequência de falhas em cascata, afetando múltiplos serviços como DynamoDB, EC2 e Lambda, ajuda a entender a dimensão técnica do evento.
Estagiário em Análise e Desenvolvimento de Sistemas | Analista de Desenvolvimento | Desenvolvimento de Sistemas | Desenvolvedor Jr. | Banco de Dados | SQL | Python |
2 dO apagão da AWS, também afetou meu Kanban no Trello. 😅 Com o lançamento do Atlas pela OpenAI, e os já lançado Comet da Perplexity AI, o Copilot integrado ao Edge e o Gemini, ao Chrome e o anúncio anterior da integração do Perplexity AI ao Firefox acredito que já estamos vendo a terceira guerra dos browsers com Ia integrada. Enquanto uns veem a IA como uma aliada, outros ainda a veem como uma ameaça a existência humana, não e a primeira vez e nem será a última vez que nós humanos vamos enfrentar o medo do desconhecido e dos avanços da ciência e da tecnologia. O trabalho do Internet Archive, e sensacional. Que bom ver o trabalho deles reconhecido pelas autoridades!