OpenAI quer ChatGPT Picante; Firefox integrado com Perplexity; Deputados Querem Reconhecimento Facial nas Redes [Compilado #218]

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Microsoft lança seu primeiro LLM de geração de imagens desenvolvido internamente

MAI-Image-1 é o nome do primeiro modelo de criação de imagem baseada em prompt que foi desenvolvida do zero por um time de engenheiros da divisão AI da Microsoft, sem depender de soluções de terceiros. O modelo já estreou no top 10 do LMArena, um serviço de benchmark em que os usuários comparam as performances dos LLMs disponíveis no mercado. De acordo com a Microsoft, MAI-Image-1 apresenta resultados muito positivos na criação de imagens fotorrealistas, incluindo paisagens, iluminação de ambientes e arquitetura urbana. A Microsoft também aponta que o seu modelo é capaz de gerar resultados mais rápido do que modelos rivais, combinando velocidade e qualidade.

Para a Microsoft, o modelo foi projetado para oferecer flexibilidade real, diversidade visual e valor prático, sem abrir mão da segurança e da responsabilidade dos resultados gerados. Esse primeiro modelo é fruto da iniciativa recente da empresa de desenvolver seus próprios modelos de IA. Desta forma, MAI-Image-1 se junta aos já anunciados MAI-Voice-1 AI, para geração de voz, e o chatbot MAI-1, que está disponível em versão de prévia. Apesar da Microsoft ser uma das fundadoras e primeiras investidoras da OpenAI, as duas empresas acabaram se distanciando. Recentemente, a Microsoft passou a adotar modelos da Anthropic por padrão em suas soluções, ao mesmo tempo que montava sua própria iniciativa interna.

Mozilla vai integrar Perplexity com o Firefox

Com tantos navegadores integrando ferramentas de IA, era só uma questão de tempo para a Mozilla seguir pelo mesmo caminho e agora aconteceu: o motor de respostas por IA Perplexity está sendo testado dentro do Firefox. O recurso de Inteligência Artificial funciona como uma alternativa aos mecanismos de busca que o navegador já traz embutido. Nesse caso, o usuário pode optar por obter as respostas que procura diretamente através do Perplexity, sem fazer uma pesquisa tradicional. A funcionalidade estava sendo estudada pela Mozilla desde junho, mas encontrava-se disponível para testes somente nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Alemanha. A partir de agora, a opção está liberada para todos os mercados.

A Mozilla se mostrava relutante sobre a adoção da tecnologia, mas teria cedido com a aprovação dos próprios usuários. O comunicado oficial explica a decisão de incorporar o Perplexity na busca: “nós construímos o Firefox em torno de um princípio: colocar você no controle (...) Esta adição reflete nosso compromisso compartilhado com a escolha: você decide quando usar um mecanismo de resposta de IA ou se deseja usá-lo”. A parceria com a Perplexity surgiu do diferencial da empresa se comprometer a não vender ou compartilhar dados dos usuários. A Mozilla também havia declarado anteriormente que, em caso de sucesso da integração com o Perplexity, poderia adotar outros recursos de IA no navegador.

Nova versão do Node aposta em performance e segurança

O Node.js 25 traz melhoras significativas na performance do JSON.stringify e otimizações contínuas do WebAssembly e do pipeline JIT. Também foram adicionadas melhorias de qualidade de vida, como um cache de compilação portátil e JSPI para WebAssembly. Essas evoluções foram obtidas a partir da atualização do interpretador JavaScript V8 para a versão 14.1. A atualização do V8 dobra a velocidade do recurso JSON.stringify. Esse ganho de desempenho afeta diretamente operações comuns na web, desde a serialização de dados para uma solicitação de rede até o salvamento de dados no localStorage. Desta forma, o Node.js 25 oferece interações de página mais rápidas e aplicativos mais responsivos.

Esta release reforça o foco em aplicações secure-by-default e em APIs web-standard: o permission model ganha o flag --allow-net, para oferecer mais controle sobre as permissões de rede, o Web Storage vem habilitado por padrão, facilitando o gerenciamento do armazenamento de dados no lado do cliente, e o ErrorEvent agora é global, o que significa que os desenvolvedores podem chamar seus métodos diretamente.

O Node.js 25 ainda remove ou finaliza diversas APIs obsoletas, como SlowBuffer e outras funções antigas. O objetivo dessas mudanças é tornar o ecossistema Node.js mais fácil e seguro de usar, incentivando que os desenvolvedores utilizem métodos mais novos e aprimorados.

Sam Altman promete ChatGPT mais “picante”

Está vindo aí um ChatGPT só para adultos? Sam Altman prometeu que está em estudos uma forma do chatbot gerar conteúdo “picante” a partir de dezembro, embora não tenha entrado em detalhes. O CEO da OpenAI explicou que os recursos de verificação de idade serão aprimorados e, em seguida, declarou: “como parte do nosso princípio de "tratar usuários adultos como adultos", permitiremos ainda mais, como erotismo para adultos verificados”. A afirmação veio junto com a garantia de que a startup está resolvendo os dilemas de saúde mental que preocuparam usuários nos últimos meses. Desta forma, seria natural permitir que o ChatGPT se transforme em uma ferramenta com mais personalidade e até mesmo mais íntima.

Depois que o ChatGPT foi apontado como vetor de problemas para o bem estar de alguns usuários, a OpenAI teria desenvolvido ferramentas capazes de mitigar riscos. Foi formado também um conselho de especialistas em bem-estar e IA,  composto por psiquiatras, cientistas da computação e especialistas em IA, que estão prestando assessoria para a startup para definir salvaguardas e os princípios de uma interação saudável entre usuários e o chatbot. Entretanto, Altman acredita que justamente esses controles permitirão que a empresa afrouxe um pouco as rédeas, estimulando um comportamento mais relaxado e mais similar ao de um ser humano real.

Microsoft usa IA para revolucionar o Windows 11

Na mesma semana em que a Microsoft deu “adeus” ao Windows 10, ela decidiu revolucionar o Windows 11 com uma integração maciça de seu sistema operacional com a ferramenta de IA Copilot. Yusuf Mehdi, vice-presidente executivo e diretor de marketing ao consumidor da Microsoft, explicou essa mudança: "a visão que temos é: vamos reescrever todo o sistema operacional em torno da IA e construir essencialmente o que se tornará o verdadeiro PC com IA". Na prática, a Microsoft implementou de uma vez só um amplo espectro de funcionalidades em todos os computadores que utilizam o Windows 11. A partir de agora, o sistema ouve o usuário e executa comandos através de agentes de IA.

Ao ouvir o chamado “Hey, Copilot!”, a IA é acionada para realizar tarefas de forma independente no sistema, escaneando o que está sendo exibido na tela, acessando documentos e arquivos e abrindo aplicativos. Na demonstração da Microsoft, a ferramenta separou um grande volume de fotos, reajustou sua orientação e eliminou duplicatas, apenas seguindo a orientação por prompt do usuário. Por enquanto, os recursos são opcionais, mas a Microsoft está determinada a mudar a percepção do Windows nessa direção e já prepara uma ampla campanha de marketing para divulgar o sistema operacional que irá ouvir o usuário. Yusuf Mehdi completou: “todos os dados que vemos mostram que quando as pessoas usam a voz, elas adoram isso”.

CEO da Logitech quer IA no quadro de diretores da empresa

Hanneke Faber, CEO da Logitech, está disposta a adotar a IA de uma forma que nenhuma corporação ousou ainda: dentro do conselho diretor da empresa. Em um evento organizado pela revista Fortune em Washington, a executiva garantiu que a Logitech já utiliza agentes de IA em praticamente todas as reuniões, seja para criação de resumos ou mesmo geração de ideias. No estado atual da tecnologia, os melhores agentes de IA já têm acesso a todos os dados relevantes e são capazes de executar ações por conta própria. Portanto, na visão de Faber, faltaria apenas o próximo passo evolutivo, para garantir o lugar de uma IA entre aqueles que tomam as decisões estratégicas da empresa.

Para a executiva, seria uma questão de produtividade e as corporações que não aderissem ficariam para trás nesse salto. Segundo Faber, em um cenário econômico de constante mudança, IAs são capazes de analisar grandes volumes de dados com a velocidade necessária para se adaptar às flutuações. E esse futuro pode estar bem próximo. Reshema Kemps-Polanco, vice-presidente executiva e diretora comercial da farmacêutica Novartis, também estava presente no evento e declarou: está preparando um agente de IA para um lançamento comercial estratégico. O modelo está sendo treinado para avaliar o plano de lançamento, inclusive detectando pontos que não foram percebidos pela equipe humana. 

Microsoft conserta falha mais grave de todos os tempos do ASP.NET

Um bug de gravidade 9.9 na métrica CVSS acaba de ser consertado pela Microsoft. Esse é o valor mais alto possível no Common Vulnerability Scoring System, o parâmetro mais adotado de comparação de vulnerabilidades desde 2005. A super brecha estava presente no ASP.NET Core, dentro do componente de servidor web Kestrel. A falha de segurança permitia que uma solicitação maliciosa ficasse escondida dentro de outra legítima. Desta forma, um agente hostil poderia esconder uma solicitação que normalmente exige autenticação dentro de uma outra solicitação que não exigiria autenticação. A partir daí, seria possível furtar credenciais, burlar checagens e executar ataques de injeção de código.

Não há indicação de que o bug tenha sido explorado até o momento. Entretanto, a brecha afeta todas as versões suportadas do ASP.NET Core, incluindo as versões 8, 9 e a versão de pré-lançamento 10. Desenvolvedores e administradores podem atualizar o .NET SDK baixando a versão mais recente ou atualizando para a versão mais recente do pacote Kestrel.Core (2.3.6) por meio do gerenciador de pacotes NuGet. Para quem estiver executando o .NET 2.3, será necessário atualizar o Microsoft.AspNet.Server.Kestrel.Core para a versão 2.3.6 e, em seguida, recompilar e re-implantar seu aplicativo. Mais detalhes sobre a falha corrigida podem ser encontrados no CVE-2025-55315.

Steve Jobs é homenageado em moeda de um dólar

O Departamento do Tesouro do governo dos Estados Unidos anunciou que lançará uma versão comemorativa da moeda de um dólar, trazendo a figura de Steve Jobs. A moeda irá exibir uma versão jovem do fundador e CEO da Apple, de pernas cruzadas e usando seu suéter característico de gola alta. A imagem coloca o executivo em frente de uma paisagem natural da Califórnia e traz um de seus lemas: “faça algo maravilhoso”. O verso traz o valor da moeda e a Estátua da Liberdade de perfil. A homenagem faz parte de uma campanha federal iniciada em 2018, que busca celebrar a inovação americana e está prestigiando mentes criativas que fazem parte do acervo cultural do país.

Cada estado americano está sendo representado por uma personalidade diferente. O nome de Steve Jobs foi indicado em fevereiro deste ano pelo atual governador da Califórnia, Gavin Newsom. Nas palavras dele, Jobs “encapsula a marca única de inovação que impulsiona a Califórnia”. Steve Jobs é um dos raros casos em que o Departamento do Tesouro presta homenagem a uma personalidade contemporânea e a primeira vez em que a honraria é atribuída a um visionário do mundo da tecnologia. A moeda especial estará disponível para compra em 2026, em edição limitada. Apesar de nominalmente ser uma moeda de um dólar, ela é destinada a colecionadores e será comercializada no site oficial pelo valor de 13 dólares.

Reconhecimento Facial para Redes Sociais pode ser obrigatório no Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que muda o Marco Civil da Internet para exigir verificação facial dos usuários de redes sociais. Trata-se do PL 1380/2025, proposta pelo deputado Jorge Goetten do Republicanos de Santa Catarina. O projeto ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça antes de ir ao plenário. Então ainda não está valendo. Pelo novo texto, o provedor de sistema operacional (Android, IOS) deverá exigir reconhecimento facial para o cadastro de usuários, utilizando tecnologia que assegure a correspondência entre o rosto e a foto em documento oficial. 

Usuários que não fizerem o recadastramento em até um ano após a lei entrar em vigor, terão a conta bloqueada. A redação original resultaria na criação de bancos de dados biométricos pelas próprias redes sociais. “Isso poderia resultar em um sistema fragmentado, de difícil fiscalização e com alto potencial de vulnerabilidade no tratamento de dados biométricos”, disse o relator. “Ao centralizar a autenticação em sistemas operacionais, a responsabilidade é atribuída a empresas com capacidade técnica consolidada em segurança da informação.”

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