Universidade Federal do Rio Grande – FURG
Escola de Química e Alimentos – EQA/SAP
Disciplina de Físico-Química II
CINÉTICA QUÍMICA
Prof. Gilber R. Rosa
Velocidade de Reação
A velocidade de uma reação química – sua taxa
de reação – é a variação na concentração dos
reagentes ou produtos por unidade de tempo.
A B
Variação na concentração de B
Velocidade de formação de B = =
Variação no tempo
[B] em t2 - [B] em t1 [B]
= =
t2 - t1 t
[A]
Velocidade de consumo de A =-
t
Variação na Velocidade com o Tempo
C4H9Cl(aq) + H2O(l) C4H9OH(aq) + HCl(aq)
C4H9Cl(aq) + H2O(l) C4H9OH(aq) + HCl(aq)
Exemplo: Determinação da velocidade de consumo
de C4H9Cl no intervalo de 400 a 800s.
VC4H9Cl = - [C4H9Cl] = - (0,017-0,042) mol/L =
t (800-400)s
= 6,25 x 10-5 mol L-1 s-1
Em t = 0: Velocidade Inicial de reação
Velocidades de Reação e
Estequiometria
A B
C4H9Cl C4H9OH
Velocidade [C4H9Cl] [C4H9OH]
= =
média t t
2HI(g) H2(g) + I2(g)
Velocidade 1 [HI] [H2] [I2]
= - = =
média 2 t t t
aA + bB cC + dD
1 [A] 1 [B] 1 [C] 1 [D]
Vm = - =- = =
a t b t c t d t
Velocidade média
Concentração e Velocidade
Uma maneira de estudar o efeito da
concentração na velocidade de reação é
determinar a maneira na qual a velocidade no
começo de uma reação (a velocidade inicial)
depende das concentrações iniciais.
NH4+(aq) + NO2-(aq) N2(g) + 2H2O(l)
Dados de velocidade para a reação dos íons amônio e
nitrito em água a 25 oC.
Velocidade = k [NH4+] [NO2-]
Lei da Velocidade – Lei de Ação das Massas
“Em meio homogêneo, a velocidade de
reação é, a cada instante, proporcional as
concentrações molares dos reagentes
presentes.”
Para uma reação geral:
aA + bB cC + dD
Velocidade = k [A]m [B]n
Velocidade = k [A]m [B]n
k – constante de velocidade ( A magnitude de k
varia com a temperatura e determina como a
temperatura afeta a velocidade).
Os expoentes m e n são normalmente números
inteiros pequenos (geralmente 0, 1 ou 2).
Conhecendo-se a lei da velocidade para a reação
e sua velocidade para um conjunto de concentrações
do reagente, podemos calcular o valor da constante
de velocidade, k.
Expoentes na Lei da Velocidade
Para a maioria das reações:
Velocidade = k [reagente 1]m [reagente 2]n ...
m e n em uma lei de velocidade são chamados
ORDENS DE REAÇÃO
Velocidade = k [NH4+] [NO2-]
O expoente de [NH4+] é um, a velocidade é de
primeira ordem em NH4+ .
O expoente de [NO2-] é um, a velocidade é de
primeira ordem em NO2-.
ORDEM TOTAL DA REAÇÃO: é a soma das ordens
em relação a cada reagente na lei da velocidade.
A lei da velocidade tem ordem de reação total de 1 + 1 = 2,
e a reação é de segunda ordem como um todo.
Exemplos de leis de velocidade:
2N2O5(g) 4NO2(g) + O2(g)
Velocidade = k [N2O5]
CHCl3(g) + Cl2 (g) CCl4(g) + HCl (g)
Velocidade = k [CHCl3] [Cl2]1/2
H2(g) + I2 (g) 2HI (g)
Velocidade = k [H2] [l2]
Reações de Primeira Ordem
“R produtos”
A velocidade da reação é diretamente
proporcional à concentração de R elevada V = k [A]
à primeira potência.
Forma diferencial:
Integrando:
d [ A] d [ A]
ln
ln kt
[ A] e [ A ]
e kt
Manipulando a equação anterior…
… obtém-se: y = a + bx
Equação de uma reta
ln [R]t
= -kt
[R]0
Onde, [R]0 é a concentração do reagente no instante
t = 0 e [R]t é a concentração no instante t.
Se a fração [R]t / [R]0 for medida no laboratório, depois
de um certo intervalo de tempo, pode calcular a constante k.
Se [R]0 e k forem conhecidas, pode-se calcular a
concentração remanescente do reagente depois de um
certo intervalo de tempo.
Se k for conhecida, a equação pode ser usada para calcular-
se o tempo decorrido até R atingir uma certa concentração.
EXERCÍCIO
1. O peróxido de hidrogênio se decompõe no hidróxido de
sódio diluído, a 20 oC, numa reação de primeira ordem.
2H2O2(aq) 2 H2O(l) + O2(g)
Velocidade = k [H2O2] k = 1,06 x 10-3 min-1
Se a concentração inicial do H2O2 for 0,020 mol/L, qual a
concentração do peróxido depois de exatamente 100 min?
Qual a fração do reagente que resta depois de decorrido
um intervalo de tempo exatamente 100 min?
R.: [H2O2] = 0,018 M; 89,9 %
Reações de Segunda Ordem
“R produtos”
Velocidade = - [R] k [R] 2
=
t
d [ R]
2
kdt
[ R]
d [ R] 1 1
x 2 dx x
[ R] t
2
k dt como
[ R ]0 [ R] 0
1 1 [ R ]0
kt ou [ R]
[ R] [ R]0 1 kt[ R]0
Reações de Segunda Ordem
(outro tipo)
“A+B produtos”
dA
V k[ A][ B] A reação é de primeira ordem em A e B.
dt
[ B] /[ B]0
Solução integrada: ln ([ B]0 [ A]0 )kt
[ A] /[ A]0
Reações de Ordem Zero
“R produtos”
Velocidade = - [R] 0
= k [R] = k
t
Esta equação leva à equação integrada de velocidade
[R]0 - [R]t = kt
ou
[R]t = [R]o - kt
A decomposição da amônia sobre uma superfície de
platina é uma reação de ordem zero,
2 NH3(g) N2 (g) + 3 H2 (g) Velocidade = k [NH3]0 = k
O que significa que a reação é independente da
concentração de NH3. A reta que se obtém quando se
plota a concentração de R num tempo t, [R]t, contra o
tempo t, mostra que a equação é de ordem zero.
Reação de
Ordem Zero
Reação de Primeira Ordem
2 H2O2(aq) 2 H2O(l) + O2(g)
Velocidade = k [H2O2]
Reação de NO2(g) NO(g) + ½ O(g)
Segunda Velocidade = k [NO2]2
Ordem
Propriedades Características das Reações do Tipo
R Produtos
Ordem Equação Equação Gráfico Coeficiente Unidades
da Integrada da Retilíneo Angular de k
Velocidade Velocidade
0 k[R]0 [R]0 - [R]t = kt [R]t vs. t -k moles/L
.s
1 k[R]1 ln ([R]t /[R]0) = -kt ln [R]t vs. t -k s-1
2 k[R]2 (1/[R]t)-(1/[R]0)=kt 1/[R]t vs. t k L/mol .s
Meia-vida de Reações de Primeira
Ordem
A meia-vida, t1/2, de uma reação é o intervalo de tempo
necessário para a concentração de um reagente diminuir à
metade do seu valor inicial. Este parâmetro é um indicador
da velocidade com que um reagente é consumido numa
reação química; quanto mais dilatada for a meia-vida, mais
lenta será a reação.
[R]t = 1 [R]0 [R]t 1
ou =
2 [R]0 2
Onde, [R]0 é a concentração inicial e [R]t é a concentração
depois de a metade do reagente ter sido consumido.
Para achar t1/2, substituímos [R]t / [R]0 = ½ t = t1/2 na
equação da concentração em função do tempo para uma
cinética de primeira ordem.
ln [R]t
=-kt
[R]0
0,693
ln (1/2) = - k t1/2 t1/2 =
k
Meia-vida de Reações de Segunda
Ordem
[ R ]0
[ R] Cinética de 2a ordem
1 kt[ R]0
Para achar a meia-vida do reagente R, faz-se [R] = [R]0 /
2 em t = t1/2 na equação da concentração em função do
tempo para uma cinética de segunda ordem.
1
t1 / 2
k[ R]0
Reações nas vizinhanças do
equilíbrio
As leis não levam em conta a possibilidade da ocorrência
de reação inversa, nenhuma delas descreve o processo
cinético geral quando a reação está nas vizinhanças do
equilíbrio. Nestas circunstâncias, os produtos podem ser
tão abundantes que a reação inversa tem que ser levada
em conta. Na prática, porém, a maioria das investigações
da cinética se fazem com sistemas reacionais afastados do
equilíbrio, e nestes sistemas as reações inversas não têm
importância.
Reações de primeira ordem nas
vizinhanças do equilíbrio
A B v = k[A]
B A v = k’[B]
A concentração de A se reduz pela reação direta, mas
aumenta com a reação inversa. A velocidade líquida de
modificação da concentração de A é:
d [ A]
k[ A] k '[ B]
dt
Reações de primeira ordem nas
vizinhanças do equilíbrio
Se a concentração inicial de A for [A]0 e a de B for nula,
teremos em qualquer instante [A] + [B] = [A]0. Portanto:
d [ A]
k[ A] k ' ([ A]0 [ A]) (k k ' )[ A] k '[ A]0
dt
A solução dessa equação diferencial de primeira ordem é:
k 'ke ( k k ')t
[ A] [ A]0
k k'
Quando: t Concentrações atigem os
valores de equilíbrio
k '[ A]0 k[ A]0
[ A]eq [ B]eq [ A]0 [ A]
k k' k k'
Reações de primeira ordem nas
vizinhanças do equilíbrio
Conclui-se então que a constante de equilíbrio da reação é:
[ B]eq k
K
[ A]eq k'
A mesma conclusão é deduzida no equilíbrio quando iguala-
se as velocidades direta e inversa:
k[ A]eq k '[ B]eq
De uma maneira mais geral:
ka kb
K ...
k 'a k 'b
Métodos de relaxação
Relaxação: Retorno da reação ao equilíbrio após perturbação.
Quando se provoca uma súbita elevação de temperatura a
um equilíbrio do tipo A↔B, que é de primeira ordem nos dois
sentidos, a composição relaxa exponencialmente para a
nova composição conforme a expressão:
x x0 e t / 1
k a kb Dedução no quadro.
Onde:
X = afastamento em relação ao equilíbrio, na nova T.
X0 = afastamento imediatamente depois do salto de T.
Métodos de relaxação - exemplo
A reação H2O(l) → H+(aq.) + OH-(aq.) relaxa para o equilíbrio
com uma constante de tempo de 37 μs, a 298 K, e no pH ~7.
O pKw é 14,01. Sendo a reação direta de primeira ordem e a
inversa de segunda ordem em cada íon, calcular as
constantes de velocidade de cada reação.
Explicação das leis de velocidade
Reações elementares: H + Br2 → HBr + Br
Molecularidade → número de moléculas que reagem.
Reação unimolecular → 1 molécula reage (isomerização).
Reação bimolecular → 1 par de moléculas colide.
A ordem de uma reação é uma grandeza empírica, obtida da
lei de velocidade levantada experimentalmente.
Explicação das leis de velocidade
A molecularidade de uma reação é propriedade de uma
reação elementar que faz parte de um mecanismo teórico de
interpretação da reação.
d [ A] Reação elementar unimolecular
A→P k[ A] de primeira ordem no reagente.
dT
d [ A]
A+B→P k[ A][ B] Reação bimolecular de
segunda ordem.
dT
Explicação das leis de velocidade
Ex.: CH3I + CH3CH2O- → CH3OCH2CH3 + I-
Acredita-se que essa reação ocorra numa única etapa
elementar e este mecanismo é compatível com a lei da
velocidade que se observa experimentalmente:
V k[CH 3 I ][CH 3CH 2O ]
Explicação das leis de velocidade
Reações elementares consecutivas
ka kb
A I P
* Variação das concentrações com o tempo
A equação da decomposição unimolecular de A é:
d [ A]
ka[ A]
dT
Como o intermediário I decai em P, a velocidade de formação
de I será:
d[ I ]
ka[ A] kb[ I ]
dT
Explicação das leis de velocidade
O produto P é formado pelo decaimento unimolecular de I:
d [ P]
kb[ I ]
dT
Imaginemos que se tenha, inicialmente, apenas A presente e
sua concentração seja [A]o.
A cinética da primeira reação é um decaimento comum de
primeira ordem:
kat
[ A] [ A]o e
Explicação das leis de velocidade
Quando a equação anterior entra na equação da velocidade de
formação de I, fazendo [I]o = 0, a solução é:
[I ]
ka
kb ka
e kat e kbt [ A]o
Em qualquer instante [A] + [I] + [P] = [A]o e então:
kae kbt kbe kat
[ P] 1 [ A]o
kb ka
A concentração do intermediário I atinge um máximo e depois
cai a zero. A concentração do produto P cresce sempre e tende
a [A]o. (vide quadro)
Explicação das leis de velocidade
* A etapa determinante da velocidade
Se kb >> ka, então sempre que uma molécula de I se forma,
a transformação em P é muito rápida. Como:
e kbt
e kat e
kb ka kb
[ P] 1 e kat
[ A]
o
Isso mostra que a formação de P depende somente da
menor entre as duas constantes de velocidade. Isto é, a
velocidade de formação de P depende da velocidade de
formação de I e não da velocidade da transformação de I em
P. Assim, a etapa A → I é a etapa determinante da
velocidade de reação (mais lenta).
Explicação das leis de velocidade
* A aproximação do estado permanente
Admitindo que, depois de um intervalo de tempo inicial, o
período de indução, durante o qual as concentrações dos
intermediários, I, aumentam a partir de zero, as velocidades
de variação das concentrações de todos os intermediários
são desprezivelmente pequenas durante a maior parte do
tempo de reação, tem-se:
d[I ]
0
dT
Num mecanismo de reações de primeira ordem consecutivas…
d[ I ]
dT
ka[ A] kb[ I ] ka[ A] kb[ I ] 0
Explicação das leis de velocidade
Assim…
ka
[ I ] [ A]
kb
d [ P]
Substituindo o valor de [I] na equação kb[ I ] temos:
dT
d [ P]
kb[ I ] ka[ A]
dT
Integrando:
t
[ P] ka[ A]o e kat
dt (1 e kat
)[ A]o
0
Explicação das leis de velocidade
ka kb
* Pré-equilíbrios A + B I P
ka'
Condição para haver pré-equilíbrio ka’ >> kb
Assim… k [ I ] ka
e k
[ A][ B] ka'
Como a velocidade de formação de P é muito baixa e não
afeta a manutenção do pré-equilíbrio, surge:
d [ P]
kb[ I ] kb.k[ A][ B]
dT
Esta lei de velocidade é de segunda ordem com uma constante
de velocidade composta: d [ P] ka.kb
k[ A][ B] k kb.k
dT ka'
Explicação das leis de velocidade
* O mecanismo de Michaelis-Menten
Serve para reações com formação de intermediários (enzimas).
ka kb
E + S ES P + E
k'a
enzima substrato intermediário produto
ka[ E ][S ]
Então: [ ES ]
k ' a kb
Como [E]0 é a concentração total da enzima, temos:
[ E ] [ ES ] [ E ]0
Explicação das leis de velocidade
Uma vez que a concentração da enzima é muito baixa, a
concentração do substrato livre é quase igual à concentração
total do substrato. Assim, ignora-se o fato de [S] diferir
ligeiramente de [S]total. Portanto:
ka[ E ]0 [ ES ][ S ] ka[ E ]0 [ S ]
[ ES ] [ ES ]
k ' a kb k ' a kb ka[ S ]
A velocidade de formação do produto é:
d [ P] kb[ S ]
k[ E ]0 k
dT kM [S ]
Em que a constante de Michaelis, kM, é:
k ' a kb
kM
ka
Explicação das leis de velocidade
A velocidade da enzimólise varia linearmente com a
concentração da enzima, mas de maneira mais complicada com
a concentração do substrato (vide quadro).
Assim, quando [S] >> kM, a lei de velocidade se reduz a:
d [ P]
kb[ E ]0
dT
E é de ordem zero em S. Isto quer dizer que nas condições
mencionadas a velocidade da reação é constante. O substrato
está presente em tal abundância que sua concentração se
mantém praticamente constante, embora haja a formação de
produtos. Além disso, a velocidade de formação de produtos é
um máximo e kb[E]0 é a velocidade máxima da enzimólise. A
constante kb é a velocidade específica máxima.
Explicação das leis de velocidade
Quando a quantidade de S presente for tão pequena que [S] <<
kM, a velocidade de formação dos produtos é:
d [ P] kb
[ E ]0 [ S ]
dT kM
A velocidade é então proporcional a [S] e também a [E]0. Assim:
kb[ S ] 1 1 kM
k
kM [S ] k kb kb[ S ]
Daí o gráfico de Lineweaver-Burk de 1/k contra 1/[S] que dá kb
pela ordenada à origem e kM pelo coeficiente angular kM/kb (vide
quadro). O gráfico não dá as constantes ka e k’a que aparecem
em kM.
Teorias de Velocidade de Reação
Fatores que Afetam as Velocidades das
Reações
1. O estado físico dos reagentes.
2. As concentrações dos reagentes.
3. A temperatura na qual a reação ocorre.
4. A presença de um catalisador.
Teoria das Colisões
1. Para que ocorra reação é necessário que as moléculas
colidam entre si.
2. As moléculas que colidem devem ter valores mínimos
de energia.
3. As moléculas colidentes devem estar apropriadamente
orientadas.
Energia de Ativação (Ea)
As moléculas para reagirem necessitam ter uma
energia mínima.
É uma barreira de energia que deve ser vencida
pelos reagentes para que a reação ocorra.
A energia necessária para vencer esta barreira é
denominada ENERGIA DE ATIVAÇÃO, Ea.
Temperatura e velocidade de reação
• Geralmente, com o
aumento da temperatura
há um aumento na
velocidade de reação.
• Isto porque k é
dependente da
temperatura.
Relação entre a distribuição de
Maxwell–Boltzmann e a temperatura
Fração de
moléculas
Parâmetros de Arrhenius
A velocidade de reação depende da energia e da freqüência
de colisões entre as moléculas que reagem, da temperatura
e da orientação apropriada das moléculas ao colidirem.
Fator de frequência de colisões
com geometria correta quando a
concentração dos reagentes = 1M
k = A e-Ea/RT
Fração de moléculas com energia
mínima para reação
Equação de Arrhenius
k = A e-Ea/RT ou ln k = ln A - (Ea/RT)
ln k = ln A - Ea 1
Equação de Arrhenius
R T
y = a + bx Equação de uma reta
Parâmetros de Arrhenius -
exercício
A constante de velocidade da reação de segunda ordem da
decomposição do etanal foi medida no intervalo de
temperatura de 700 a 1000K. Os resultados das medidas
estão na tabela que vem a seguir. Determinar Ea e A.
T/K 700 730 760 790 810 840 910 1000
k/(Lmol-1s-1) 0,011 0,035 0,105 0,343 0,789 2,17 20,0 145
R.: Ea = 188,32kJ/mol e A = 1,08.1012 Lmol-1s-1.
Parâmetros de Arrhenius -
exercício
700 0,001429 1,428571 -4,50986 0,011
730 0,00137 1,369863 -3,352407 0,035
760 0,001316 1,315789 -2,253795 0,105
790 0,001266 1,265823 -1,070025 0,343
810 0,001235 1,234568 -0,236989 0,789
840 0,00119 1,190476 0,774727 2,17
910 0,001099 1,098901 2,995732 20
1000 0,001 1 4,976734 145
T 1/T 1/T.1000 lnk k
Gráfico de Arrhenius
4 y = -22,651x + 27,707
ln (k/Lmol-1s-1)
2 R2 = 0,9986
0
1 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5
-2
-4
-6
1000K/T
Conclusões sobre a Ea e a
equação de Arrhenius
• Quanto maior a Ea mais forte será a dependência entre a
constante de velocidade e a temperatura (mais inclinada será
a reta).
• Ea nula: A constante de velocidade não depende da
temperatura.
• Ea negativa: Diminui a constante de velocidade com a
elevação da temperatura.
Efeitos dos Catalisadores na Velocidade da Reação
H3C CH3 H CH3
C C (g) C C (g)
H H H3C H
cis-2-buteno trans-2-buteno
Velocidade = k [cis-2-buteno]
Adição de traços de iodo em fase gasosa, I2:
Velocidade = k [cis-2-buteno] [I2]1/2
Efeitos dos Catalisadores na Velocidade da Reação
Enzimas
• Enzimas são
catalisadores em
sistemas biológicos.
• O substrato entra no
sítio ativo da enzima
como uma chave
entra na fechadura.
Referências Bibliográficas
• Atkins, Peter, Físico-química, 6ª ed., vol. 3, Rio
de Janeiro, LTC, 1999.
• Atkins, Peter; Jones, Loretta. Princípios de
Química: Questionando a vida moderna e o
meio ambiente, Porto Alegre: Bookman, 2001.
• Netz, Paulo A., Ortega, George G..
Fundamentos de físico-química: Uma
abordagem conceitual para as ciências
farmacêuticas, Porto Alegre: Artmed, 2005.
• Rozenberg, Izrael M., Química Geral, 1ª ed.,
São Paulo: Ed. Edgard Blücher Ltda., 2002.