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A Finalidade Da Administração e Sua Relação Com o Desenvolvimento Histórico

O documento descreve a evolução histórica da administração desde os sumérios em 5000 a.C até as teorias modernas, destacando a Revolução Industrial, a Administração Científica de Taylor e Fayol, e a Teoria das Relações Humanas.

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A Finalidade Da Administração e Sua Relação Com o Desenvolvimento Histórico

O documento descreve a evolução histórica da administração desde os sumérios em 5000 a.C até as teorias modernas, destacando a Revolução Industrial, a Administração Científica de Taylor e Fayol, e a Teoria das Relações Humanas.

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A finalidade da administração e sua relação com o desenvolvimento histórico, econômico e social.

A história da Administração

A história da Administração iniciou-se num tempo muito remoto, mais precisamente no ano 5.000
a .C, na Suméria, quando os antigos sumerianos procuravam melhorar a maneira de resolver seus
problemas práticos, exercitando assim a arte de administrar.

Depois no Egito, Ptolomeu dimensionou um sistema econômico planejado que não poderia ter-se
operacionalizado sem uma administração pública sistemática e organizada.

Em seguida, na China de 500 a.C, a necessidade de adotar um sistema organizado de governo para
o império, a Constituição de Chow, com seus oito regulamentos e as Regras de Administração
Pública de Confúcio exemplificam a tentativa chinesa de definir regras e princípios de administração.

Apontam-se, ainda, outras raízes históricas. As instituições otomanas, pela forma como eram
administrados seus grandes feudos. Os prelados católicos, já na Idade Média, destacando-se como
administradores natos. A Alemanha e a Áustria, de 1550 a 1700, através do aparecimento de um
grupo de professores e administradores públicos chamados os fiscalistas ou cameralistas.
Os mercantilistas ou fisiocratas franceses, que valorizavam a riqueza física e o Estado, pois ao lado
das reformas fiscais preconizavam uma administração sistemática, especialmente no setor público.

Na evolução histórica da administração, duas instituições se destacaram: a Igreja Católica


Romana e as Organizações Militares.

A Igreja Católica Romana pode ser considerada a organização formal mais eficiente da civilização
ocidental. Através dos séculos vem mostrando e provando a força de atração de seus objetivos, a
eficácia de suas técnicas organizacionais e administrativas, espalhando-se por todo mundo e
exercendo influência, inclusive sobre os comportamentos das pessoas, seus fiéis.

As Organizações Militares evoluíram das displicentes ordens dos cavaleiros medievais e dos
exércitos mercenários dos séculos XVII e XVIII até os tempos modernos com uma hierarquia de
poder rígida e adoção de princípios e práticas administrativas comuns a todas empresas da
atualidade.

A revolução industrial

O fenômeno que provocou o aparecimento da empresa e da moderna administração ocorreu no final


do século XVIII e se estendeu ao longo do século XIX, chegando ao limiar do século XX. Esse
fenômeno, que trouxe rápidas e profundas mudanças econômicas, sociais e políticas, chamou-
se Revolução Industrial.

A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, com a invenção da máquina a vapor, por James
Watt, em 1776. A aplicação da máquina a vapor no processo de produção provocou um enorme
surto de industrialização, que se estendeu rapidamente a toda a Europa e Estados Unidos.

A Revolução Industrial desenvolveu-se em duas fases distintas: a primeira fase de 1780 a 1860. É a
revolução do carvão, como principal fonte de energia, e do ferro, como principal matéria-prima. A
segunda fase de 1860 a 1914. É a revolução da eletricidade e derivados do petróleo, como as novas
fontes de energia, e do aço, como a nova matéria-prima.

Ao final desse período, o mundo já não era mais o mesmo. E a moderna administração surgiu em
resposta a duas consequências provocadas pela Revolução Industrial, a saber:

 Crescimento acelerado e desorganizado das empresas que passaram a exigir uma


administração científica capaz de substituir o empirismo e a improvização;
 Necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa
concorrência e competição no mercado.

Difícil é precisar até que ponto os homens da Antiguidade, da Idade Média e até mesmo do início da
Idade Moderna tinham consciência de que estavam praticando a arte de administrar.

Já no século XX, surge Frederick W. Taylor, engenheiro americano, apresentando os princípios da


Administração Cientifica e o estudo da Administração como Ciência.

Conhecido como o precursor da TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA, Taylor preconizava a


prática da divisão do trabalho, enfatizando tempos e métodos a fim de assegurar seus objetivos “de
máxima produção a mínimo custo”, seguindo os princípios da seleção científica do trabalhador, do
tempo padrão, do trabalho em conjunto, da supervisão e da ênfase na eficiência.

Nas considerações da Administração Científica de Taylor, a organização é comparada com uma


máquina, que segue um projeto pré-definido; o salário é importante, mas não é fundamental para a
satisfação dos funcionários; a organização é vista de forma fechada, desvinculada de seu mercado;
a qualificação do funcionário passa a ser supérflua em consequência da divisão de tarefas que são
executadas de maneira repetitiva e monótona e finalmente, a administração científica, faz uso da
exploração dos funcionários em prol dos interesses particulares das empresas.

A Administração Científica
Em 1911, Taylor publicou o livro considerado como a “bíblia” dos organizadores do
trabalho: Princípios da Administração Científica, que se tornou um best-seller no mundo inteiro.

Reconhece-se hoje que as propostas pioneiras de Taylor deflagraram uma “febre” de racionalização,
que prepararam o terreno para o advento do TQC (Total Quality Control), ocorrido ao longo do pós-
guerra.

As propostas básicas de Taylor: planejamento, padronização, especialização, controle e


remuneração trouxeram decorrências sociais e culturais da sua aplicação, pois representaram a
total alienação das equipes de trabalho e da solidariedade grupal, fortes e vivazes no tempo da
produção artesanal. Apesar das decorrências negativas para a massa trabalhadora, que as
propostas de Taylor acarretaram, não se pode deixar de admitir que elas representaram um
enorme avanço para o processo de produção em massa.

Frederick Winslow Taylor

Paralelamente aos estudos de Taylor, Henri Fayol, que era francês, defendia princípios semelhantes
na Europa, baseado em sua experiência na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor
eram estudados por executivos europeus, os seguidores da Administração Científica só deixaram de
ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos. O atraso na difusão
generalizada das ideias de Fayol fez com que grandes contribuintes do pensamento administrativo
desconhecessem seus princípios. Fayol relacionou 14 (quatorze) princípios básicos que podem ser
estudados de forma complementar aos de Taylor.

As 05 (cinco) funções precípuas da gerência administrativa como: planejar, comandar, organizar,


controlar e coordenar, o já conhecido e exaustivamente estudado nas escolas de administração –
PCOCC – são os fundamentos da Teoria Clássica defendida por Fayol. Esta Teoria considera: a
obsessão pelo comando, a empresa como sistema fechado e a manipulação dos trabalhadores, que,
semelhante à Administração Científica, desenvolvia princípios que buscavam explorar os
trabalhadores.

Traçando-se um paralelo entre a Administração Científica e a Administração Clássica, conclui-se


que enquanto Taylor estudava a empresa privilegiando as tarefas de produção, Fayol a estudava
privilegiando as tarefas da organização. A ênfase dada pelo primeiro era sobre a adoção de métodos
racionais e padronizados e máxima divisão de tarefas, enquanto o segundo enfatizava a estrutura
formal de empresa e a adoção de princípios administrativos pelos altos escalões.

Na história da evolução da Administração não se pode esquecer a valiosa contribuição de Elton


George Mayo, o criador da Teoria das Relações Humanas, desenvolvida a partir de 1940, nos
Estados Unidos e mais recentemente, com novas ideias, com o nome de Teoria do
Comportamento Organizacional. Ela foi, basicamente, o movimento de reação e de oposição
à Teoria Clássica da Administração, com ênfase centrada nas pessoas. Teve como origem: a
necessidade de humanizar e democratizar a administração, o desenvolvimento das chamadas
ciências humanas (psicologia e sociologia), as ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da
Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin e as conclusões do Experimento de Hawthorne, já bastante
estudado e discutido nas escolas de administração. Em 1932, quando a experiência foi suspensa,
estavam delineados os princípios básicos da Escola de Relações Humanas, tais como: o nível de
produção como resultante da integração social, o comportamento social do empregado, a formação
de grupos informais, as relações interpessoais, a importância do conteúdo do cargo e a ênfase nos
aspectos emocionais.

Hawthorne - 1925 | Fonte: História da Administração


A partir de 1950 foi desenvolvida a Teoria Estruturalista, preocupada em integrar todas as teorias
das diferentes escolas acima enumeradas, que teve início com a Teoria da Burocracia de Max
Weber, que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins), para
que se obtenha o máximo de eficiência.

Convém citar ainda, a Teoria de Sistemas desenvolvida a partir de 1970, que passou a abordar a
empresa como um sistema aberto em contínua interação com o meio ambiente que o envolve e
a Teoria da Contingência, desenvolvida no final da década de 1970. Para essa teoria a empresa e
sua administração são variáveis dependentes do que ocorre no ambiente externo, isto é, a medida
que o meio ambiente muda, também ocorrem mudanças na empresa e na sua administração como
consequência.

Assim sendo, os princípios fundamentais das Teorias de Taylor, Fayol, Mayo e Weber foram e serão
sempre os pilares da evolução e do desenvolvimento da ciência da Administração e que têm
motivado e impulsionado os estudos, pesquisas, trabalhos e obras dos seus seguidores até os
nossos dias.

É importante conhecer a história da Administração no Brasil e os precursores da luta de torná-la


reconhecida. A história da Administração iniciou-se em 1931, com a fundação do Instituto da
Organização Racional do Trabalho – IDORT, que contava com o Professor Roberto Mange, suíço
naturalizado, na sua direção técnica.

Em meados do mesmo ano o Departamento Administrativo do Serviço Público, até hoje conhecido
pela sigla DASP, foi fundado pelo Dr. Luiz Simões Lopes. Por este órgão foi criada a Escola de
Serviço Público que enviava técnicos de administração aos Estados Unidos para a realização de
cursos de aperfeiçoamento, com defesa de tese. Os conhecimentos e as ações desenvolvidas por
estes especialistas, no seu retôrno ao país, fez deles pioneiros da Administração no Brasil, como
profissão. Novamente sob orientação do Dr. Luiz Simões Lopes, em 1944, foi criada a Fundação
Getúlio Vargas, mantenedora da EASP – Escola de Administração de Empresas de São Paulo.

Junto com o DASP, foi criado um cargo exclusivo de Técnico em Administração (hoje
Administrador).

Sentia-se então a necessidade de institucionalização urgente da profissão do Administrador, como


forma de preservar o mercado de trabalho para os que já atuavam na Administração Pública e para
os egressos daquelas escolas, bem como, defender a sociedade de pessoas inabilitadas e na
maioria despreparadas.
No entanto, institucionalizar uma profissão não é tarefa fácil e a estratégia adotada deveria consistir
na fundação da ABTA – Associação Brasileira de Técnicos de Administração, em 19 de Novembro
de 1960, que tinha como símbolo o hexágono.

A entidade recém-criada começou a desenvolver esforços com vistas à preparação de um projeto de


lei que institucionalizasse a administração. É de inteira justiça salientar aqui a inestimável
colaboração do Professor Alberto Guerreiro Ramos, Técnico de Administração do DASP, na época
Deputado Federal, para a aprovação do projeto. Guerreiro Ramos foi decisivamente apoiado pela
ABTA na luta pela sanção presidencial, já que a reação de poderosas forças contrárias pugnava
pelo veto.

Afinal, com o importante apoio do Diretor Geral do DASP, a Lei nº 4769, foi sancionada em 09 de
Setembro de 1965, pelo então Presidente da República, Humberto de Alencar Castelo Branco.

Para implantação da citada Lei, o Ministério do Trabalho nomeou uma Junta Federal presidida por
Ibany da Cunha Ribeir, aliada à ABTA, presidida por A. Nogueira de Faria, que forneceu sua
estrutura e seus recursos materiais e humanos, implantando assim os Conselhos Regionais de
Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e Bahia.

Entre os que exerceram o cargo de Técnico de Administração no DASP, além dos acima
mencionados, podemos citar Celso Furtado e Belmiro Siqueira. Este último ocupou vários cargos
naquela repartição pública, dentre eles o de Diretor Geral, em 1967 e 1968.

O Patrono dos Administradores

Belmiro Siqueira é o Patrono dos Administradores, título que lhe foi outorgado “pos-mortem” e dá
nome ao concurso nacional anualmente promovido pelo Sistema CFA/CRAs: prêmio “BELMIRO
SIQUEIRA DE ADMINISTRAÇÃO”.

Administrador, professor, consultor, assessor governamental, colunista de vários jornais, sempre


escrevendo sobre assuntos ligados à sua área de atuação. Autor de vários trabalhos sobre
Administração foi eleito Conselheiro Federal em 1977 e Vice-Presidente do Conselho Federal de
Administração – CFA, até 28 de Novembro de 1987, data de seu falecimento. Na ocasião
encontrava-se no exercício da Presidência do CFA. Era mineiro de Ubá, nascido a 22 de Outubro de
1921.

Torna-se imperativo, nesta oportunidade, exaltar a valiosa, decisiva e importante contribuição do


Administrador Belmiro Siqueira. Cujo talento, profissionalismo e dedicação à nossa categoria
ficarão para sempre registrados nos anais da história da Administração, no Brasil.
Os profissionais de administração eram denominados, na época, de Técnicos de Administração, o
que transmitia uma conotação de formação escolar de nível médio.

Mais de 02 anos após a publicação dessa Lei ela foi regulamentada através do Decreto 61.934, de
22 de setembro de 1967.

Foi criado então, o órgão responsável pela disciplina e fiscalização do exercício profissional: o CFTA
– Conselho Federal de Técnicos de Administração, com a missão de trabalhar pela afirmação da
existência e fixação da profissão de Administrador no macro sistema sócio-jurídico-econômico
nacional.

Começaram a serem criados outros Conselhos Regionais nas diversas capitais do país, que hoje
compõem o Sistema CFA/CRA’s, com a finalidade de difundir e consolidar a missão do órgão maior
(CFTA) da categoria, com abrangência e autonomia nas diversas regiões da Unidade Federativa.

Coincidindo com o 20° aniversário da criação da profissão de Administrador, por força da Lei Federal
n°735, de 13 de junho de 1985, foi mudada a denominação de Técnico de Administração para
ADMINISTRADOR, após uma vibrante campanha em 1983, coordenada pelo CRA-SP, que levou ao
Ministério do Trabalho as reivindicações de todas as instituições do País ligadas ao campo da
administração: universidades, faculdades, associações profissionais, sindicatos, além de milhares de
assinaturas de profissionais e apoio de centena de Câmaras Municipais.

A administração na última década

Inicia-se, assim, um novo tempo de desenvolvimento e aperfeiçoamento da Administração, como


Ciência e como Profissão. A tecnologia moderna aliada aos cientistas, pesquisadores e professores,
com seus mecanismos, estudos e trabalhos vêm provando que Administrar é necessário, proveitoso
e imprescindível em qualquer segmento, contexto ou situação na vida das pessoas, das empresas e
das entidades.

Neste ano de 2005 a profissão de Administrador completa, oficialmente, 40 anos de sua criação no
Brasil e no decorrer dessas quatro décadas é inegável o crescimento e o aperfeiçoamento das
pessoas e instituições que estudam, ensinam, trabalham, dirigem ou fiscalizam a profissão do
Administrador, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas.

Atualmente existe mais de 1.700 instituições de ensino superior e de especialização na área de


Administração, um contingente de mais de 300.000 profissionais registrados em todo país, 600.000
alunos cursando administração, além da demanda aos vestibulares da área, que só perdem para os
dos cursos de medicina.
O que é administração?

A administração é a área da ciência responsável por gerir os recursos humanos e materiais da


empresa para extrair o maior valor de cada um deles.

Para isso, há quatro funções administrativas: planejar, organizar, dirigir e controlar.

Outro detalhe importante é que a ciência da administração tem o propósito de atingir a um fim
específico.

Ou seja: trata-se de organizar uma estratégia e conduzir o plano de ação com o propósito de se
alcançar a uma meta previamente definida.

Conceito

Como você agora já sabe, o conceito de administração se refere a um amplo conjunto de princípios,
práticas e técnicas empregadas com o objetivo de conduzir a ação de um grupo de indivíduos, com
a finalidade de se chegar a um determinado resultado.

A atividade administrativa, em si, remonta aos primórdios da humanidade.

A necessidade de organização de sistemas de cooperação humanos fez surgir atividades


administrativas ainda em meados de 5.000 anos a.C, na Suméria.

Mas o conceito científico de administração, como hoje o conhecemos, foi estruturado pelo
engenheiro americano Frederick Taylor.

Ele é apontado como precursor da Teoria da Administração Científica.

Administração estratégica

Agora que você já está familiarizado com a essência do conceito de administração, é possível
avançar para uma reflexão mais aprofundada.

A realidade é que, muito mais do que seguir uma série de passos para chegar a um determinado
desfecho, a atividade administrativa exige visão estratégica.

Isso engloba, naturalmente, habilidades de comunicação e expressão, um certo know-how de


mercado e competências específicas de liderança.

Não basta apenas se prender a uma sequência de passos estruturados no papel.

Um verdadeiro administrador é um líder com visão, capaz de elevar a teoria à prática.


Ou seja, de construir e desconstruir conceitos e se reinventar diante das situações desafiadoras da
vida real.

O que faz um administrador?

É muito difícil resumir em poucas palavras o que faz um administrador.

Para esse exercício, vale retomar as funções básicas da administração: planejar, organizar, dirigir e
controlar.

Se você já ocupou esse posto dentro de uma empresa – ou se em algum momento decidiu tocar seu
próprio negócio -, provavelmente já sabe que a atividade administrativa passa por diferentes setores.

Não se trata simplesmente de atender clientes, recrutar pessoas e gerir processos.

A própria burocracia está presente na rotina dos administradores.

Segundo levantamento publicado pela Endeavor, somente o processo de abertura de uma empresa
no Brasil leva até 80 dias.

Embora a lista seja grande, é importante compreender em detalhes as principais tarefas de um


administrador.

Então, vamos a elas!

Planejar

Planejamento é uma palavra-chave da administração de negócios.

É de responsabilidade de o administrador traçar um plano de ação para a concretização dos


objetivos da empresa.

Ele ou ela é a pessoa responsável por analisar o cenário no qual a organização se encontra e
desenhar os passos para levá-la ao patamar que deseja atingir.

A administração sem planejamento dificilmente traz resultados.

Afinal, se a empresa não sabe para onde ir, qualquer lugar serve.

Organizar

Com um planejamento bem estruturado, a próxima etapa envolve a organização de pessoas e


recursos.
Até porque, no papel, qualquer plano parece simples.

Desafiador mesmo é lidar com os percalços e imprevistos que surgem no caminho.

Daí a função de organização associada à gerência administrativa.

Controlar os processos e guiar as pessoas também faz parte do papel do administrador.

Liderar e controlar

Em sintonia com o tópico anterior, a função administrativa está extremamente relacionada à


liderança.

A frase já é batida, mas a máxima é verdadeira: empresas são feitas de pessoas.

E resultados expressivos são inatingíveis sem equipes engajadas e motivadas.

Portanto, a administração também está muito ligada a competências relacionadas à mentalidade,


inteligência emocional e motivação.

Todas elas são enfatizadas no processo de coaching executivo, que ajuda os coachees (os clientes
do coaching) a aprimorar a comunicação, a negociação, a delegação de tarefas e outras habilidades
necessárias a um líder.

Quais as principais áreas de atuação em administração?

As principais áreas de atuação em administração são nos setores responsáveis por controle
financeiro, recursos humanos e vendas.

Mas, como foi mencionada anteriormente, a atividade de administração não pode ser resumida de
maneira simplória.

Administradores também podem atuar na definição de políticas corporativas, na coordenação de


atividades de marketing, na organização de estoque e logística, na gestão de processos, entre
outros.

Mercado de trabalho

Conforme os dados disponibilizados pelo IBGE, o Brasil possui 1.332.260 empresas registradas.
E, se você pensa em cursar um bacharelado em Administração ou aprimorar suas habilidades como
gestor, a boa notícia é que dificilmente vão faltar oportunidades.

Afinal, independentemente do porte ou do setor de atuação, toda e qualquer organização necessita


de um administrador.

Não importa se o foco da empresa é a venda de um produto ou de um serviço.

Uma liderança estratégica sempre vai ser indispensável.

Por que administrar é importante?

Administrar é importante porque, assim como em qualquer área da vida, o planejamento faz parte da
realização concreta de objetivos.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) identificou que, entre as
causas por trás do fracasso de empreendimentos no Brasil, estão a falta de um planejamento
estratégico e de uma pesquisa de mercado eficiente, incluindo o levantamento acerca de clientes e
concorrentes.

Por um lado, as tecnologias emergentes parecem capazes de substituir a ação humana em


determinadas funções administrativas; por outro, elas evidenciam ainda mais a necessidade da
intervenção das pessoas em determinados processos.

Principalmente em termos de gestão de recursos humanos.

Por isso, para a formação de um líder, são necessárias habilidades sociais e a capacidade
comportamental de lidar com frustrações de colaboradores, negociações com clientes, motivação da
equipe de vendas, cobrança ao time da logística, entre outros.

Onde e como aplicar a administração?

A administração pode ser aplicada nos mais variados processos e setores dentro de uma empresa.

Para que você compreenda melhor, abaixo, estão alguns exemplos de práticas administrativas em
uma organização:

Gestão financeira: atuação no setor financeiro, controlando custos, reduzindo despesas,


monitorando o fluxo de caixa, projetando o futuro e se precavendo para o pagamento e recebimento
de contas
Gestão de processos: envolve monitoramento e controle de operações e recursos para a entrega de
um produto ou serviço

Gestão de pessoas: em sintonia com o tópico anterior, o cargo de administração também é


fundamental no que diz respeito à motivação de colaboradores e auxílio no recrutamento de pessoas
alinhadas à cultura empresarial.

Como se tornar administrador?

A formação de um administrador pode começar com um curso técnico, mas dificilmente se encerra
aí.

O próximo passo costuma levar à obtenção de um diploma de Ensino Superior na área.

E não para por aí, pois a realidade das organizações exponenciais exige cada vez mais dos
profissionais de administração.

O Master in Business Administration, por exemplo, é um denominador comum entre administradores


e empresários de sucesso.

Também são importantes formações de aprimoramento de capacidades e habilidades


comportamentais e de desenvolvimento pessoal e profissional, como o coaching.

Perfil do administrador

Não existe um único perfil de administrador.

Mas podemos elencar algumas características de administradores de sucesso.

Para Villela da Matta, um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Coaching, verdadeiros líderes
têm em comum os seguintes requisitos.

Capacidade de motivar e conduzir equipes

Desejo pelo autodesenvolvimento e vontade constante de aprender

Foco para definir prioridades e uma boa gestão de seu tempo

Automotivação para colocar planos em ação, com o intuito de tirar metas do papel.

E aí, você seria um bom administrador?


Com tantas informações em mente, agora é o momento de se questionar: será que você tem o que é
necessário para ser um bom administrador?

Se estiver disposto a aprender e tiver uma mentalidade aberta para aprender com seus erros e
investir em uma capacitação contínua, a resposta certamente é sim.

Afinal, mais importante do que ter uma boa faculdade no currículo, é se mostrar proativo,
responsável e engajado.

Principalmente porque as transformações no mercado são cada vez mais velozes.

E as grades curriculares nem sempre se atualizam na mesma velocidade da tecnologia.

Por isso, ter jogo de cintura para lidar com os desafios da vida real é o vai fazer você se destacar.

Referencias Bibliográficas

Texto extraído do original da autora: Adm. Lucinda Pimental Gomes


Texto publicado no Informativo Mensal do CRA/CE, CRA em Ação, Ano 1 Nº 07Agosto/Setembro de
2005
http://www.sobreadministracao.com/category/administracao-geral/
https://www.sbcoaching.com.br/blog/administracao/

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