Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da XXª Vara de Família da Comarca de Feira de
Santana- Bahia.Em atendimento à determinação de Vossa Excelência, através do ofício
002/2021 referente ao processo 80000975768.2012.6.05.0346, apresenta-se o parecer
psicológico referente ao processo abaixo identificado.
PARECER PSICOLÓGICO
1. IDENTIFICAÇÃO
Nome: Marina Oliveira Trindade
CPF: 051.786.954.11
Idade: 26 anos
Sexo: Feminino
Solicitante: Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da XXª Vara de Família da Comarca de
Feira de Santana - Bahia
Autor (a): Ana Maria de Oliveira Silva
Nº de Inscrição no CRP: 03/14751
Finalidade: Análise de autenticidade e regulamentação de documento oficial ( Laudo
Psicológico)
2. DESCRIÇÃO DA DEMANDA
Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da XXª Vara de Família da Comarca de Feira de
Santana- Bahia através do ofício 002/2021 solicitou o exame minucioso e detalhado acerca
da construção do Laudo Psicológico produzido pela psicóloga Marina Oliveira Trindade
com o objetivo de verificar sua estrutura e se os dados coletados podem justificar tal
descrição em sua produção, uma vez que sua análise afirma comportamento
esquizofrênico e incapacitante do avaliando diante de seus bens e atividades legais.
3. ANÁLISE
Ao receber do judiciário o documento em questão ( laudo psicológico) percebe-se a
necessidade de iniciar a análise pela estrutura do documento, uma vez que esta
deve seguir rigorosamente as orientações dispostas pelo Conselho Federal de
Psicologia (CFP) através de sua resolução nº 06/2019 na qual orienta os psicólogos
(as) a produção textual. Segundo o documento do CFP o laudo precisa seguir a
seguinte sequencia; a) Identificação; b) Descrição da demanda; c) Procedimento; d)
Análise; e) Conclusão; f) Referências. De modo que o material proposto pela então
psicóloga citada compõe apenas três dos intens. propostos, contando apenas com a
identificação, análise e conclusão, cometendo esta falha grave em não referenciar e
Este documento não poderá ser utilizado para fins diferentes do apontado no item identificação, possui caráter
sigiloso. Não é de responsabilidade do psicólogo o uso dado ao relatório por parte da pessoa, grupo ou
instituição, após a sua entrega em entrevista devolutiva
descrever quais métodos utilizou para chegar a tal conclusão, de modo que torna o
documento infundado e sem justificativa para tal diagnóstico.
4. CONCLUSÃO
Diante do exposto, a demanda trazida pelo judiciário buscava fundamentar o
diagnóstico realizado pela psicóloga Marina Oliveira Trindade acerca do laudo
psicológico apresentado por esta. Entretanto, não há como justificar suas
inferências, uma vez que a mesma descumpriu as orientações advindas do CFP em
sua Resolução, indicando que sem base teórica o diagnostico torna-se indevido e
sem fundamentação, fazendo-se necessário inicialmente que a psicóloga apresente
seus instrumentos refazendo o seu documento . Caso não seja possível, a indicação
segue para uma nova avaliação psicológica agora obedecendo todas as diretrizes
ofertadas pelo órgão responsável pela Psicologia como ciência e profissão.
Feira de Santana, Bahia, 22 de maio de 2021
Ana Maria de Oliveira Silva
CRP 03/14751
(RUBRICA-SE DA PRIMEIRA ATÉ A PENÚLTIMA LAUDA, ASSINANDO A ÚLTIMA)
REFERÊNCIAS:
CONSELHO FEDERAL PSICOLOGIA RESOLUÇÃO N.º006/2019 -
Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos
pelo psicólogo.
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sigiloso. Não é de responsabilidade do psicólogo o uso dado ao relatório por parte da pessoa, grupo ou
instituição, após a sua entrega em entrevista devolutiva