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Ação de Exoneração (Ismael Peixoto)

1) O requerente entrou com uma ação para ser exonerado da obrigação de pagar pensão alimentícia à sua ex-esposa, alegando que ela possui renda suficiente para o seu sustento. 2) O requerente alega ter problemas de saúde e dificuldades financeiras que o impedem de continuar arcando com os pagamentos. 3) Pede que seja concedida tutela antecipada para cancelar os descontos de seus benefícios destinados aos alimentos.
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Ação de Exoneração (Ismael Peixoto)

1) O requerente entrou com uma ação para ser exonerado da obrigação de pagar pensão alimentícia à sua ex-esposa, alegando que ela possui renda suficiente para o seu sustento. 2) O requerente alega ter problemas de saúde e dificuldades financeiras que o impedem de continuar arcando com os pagamentos. 3) Pede que seja concedida tutela antecipada para cancelar os descontos de seus benefícios destinados aos alimentos.
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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA DE FAMILIA DA COMARCA


DE BARRA MANSA, RJ.

ISMAEL PEIXOTO DE OLIVEIRA, brasileiro, casado,


aposentado, portador da cédula de identidade n. I-04445, expedida pela PMERJ,
e inscrito no CPF sob o n. 085.575.197-53, residente e domiciliado na Rua
General Barcelos, n. 190, apt. 102, Saudade, Barra Mansa, RJ, CEP. 27.313-120,
por seu advogado abaixo assinado, com escritório na Rua José Marcelino de
Camargo, n, 1041, sala 709, Centro, Barra Mansa, vem, à presença de Vossa
Excelência, propor a presente

AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS


COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

em face de ESTHER NOGUEIRA DE OLIVEIRA, brasileira, divorciada,


aposentada, residente e domiciliada na Rua Mercúrio, n. 1.240, Pavuna, Rio de
Janeiro, RJ, CEP. 21.532-470, pelos seguintes fundamentos de fato e de direito a
seguir expostos:

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Alega o Requerente não possuir condições financeiras


para arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo
do próprio sustento e de sua família, requerendo que sejam concedidos os
benefícios da Gratuidade de Justiça, conforme disposto na Lei n. 1.060/50.

DOS FATOS

Conforme R. Sentença Homologatória prolatada em 22


de setembro de 2004, nos autos da Ação de Exoneração de Alimentos, autuada
sob o n. 0021498-81.2002.8.19.0066, que tramitou na 2ª Vara de Família da
Comarca de Volta Redonda, RJ, ficou estabelecido que o Alimentante, ora
Requerente, pensionaria sua ex-esposa, ora Requerida com o percentual de 15%
(quinze por cento), dos seus proventos de aposentaria junto ao RIO
PREVIDÊNCIA -

Fundo Único de Previdência Social do Rio de Janeiro, com locação na DIP


(Diretoria de Inativos da PMERJ), pelo período de seis meses a contar desta data,
incluindo 13º salário; sendo automaticamente após este período, reduzido para
10% (dez por cento) de seus proventos, através de desconto em folha de
pagamento e depósito na mesma conta corrente anteriormente utilizada pelo
órgão pagador para depósito, em nome da suplicada, conforme faz prova
fotocópia da Assentada acostada.

É válido ressaltar que o Requerente, desde a época


que ficou obrigado ao pensionamento, sendo certo que o mesmo vem, com
enormes dificuldades fazendo-o, tendo em vista que está enfrentando diversas
dificuldades, entre elas de saúde e financeira, além de contar com idade
avançada, estando atualmente com 00 anos.

Desta forma, observa-se que o Requerente procede ao


pagamento da prestação alimentícia, o que lhe vem causando diversas privações,
diante do elevado percentual pago e, diga-se de passagem, pago indevidamente,
conforme será demonstrado a seguir.

A Requerida encontra-se aposentada por invalidez


junto ao INSS - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, cadastrada no
Número de Benefício NB 32/109.951.922-2, auferindo renda no valor de
R$1.200,00 (um mil e duzentos reais), além de receber pensão mensal junto a
MARINHA DE GUERRA DO BRASIL, decorrente do falecimento de seu genitor,
que era 2º Tenente, onde recebe uma pensão vitalícia no valor R$3.000,00 (três
mil reais), possuindo, desta forma, 02 (duas) fontes de renda, sendo certo que a
soma dos rendimentos a permitem obter uma renda mensal de R$4.200,00
(quatro mil e duzentos reais).

Desta forma, é válido ressaltar que a Alimentanda, ora


Requerida, possui plenas condições financeiras de arcar com suas despesas
inerentes a sua subsistência, sem a pensão alimentícia que lhe é paga pelo
Requerente, tendo em vista que seus rendimentos são iguais e/ou superiores
àqueles percebidos pelo Alimentante.

Outrossim, o Requerente, atualmente, encontra-se com


sérios problemas de saúde, o que o faz possuir um considerável gasto com
medicamentos, além de necessitar de seus parcos rendimentos para manter sua
subsistência, além da aquisição dos seus medicamentos mensais.

Além dos gastos com medicamentos, o Requerente,


reside em imóvel alugado, onde paga mensalmente o valor de R$650,00
(seiscentos e cinquenta reais), conforme contrato de locação acostado.

Senão bastasse, o Requerente, no momento, vem


atravessando por uma grave crise financeira, sendo certo que o mesmo foi
obrigado a realizar 07 (sete) empréstimos consignados, que perfazem o montante
de

R$3.953,04 (três mil, novecentos e cinquenta e três reais e quatro centavos),


conforme demonstrado em seu comprovante de renda, que segue acostado.

Repisa-se, que é de extrema relevância que a


Requerida aufere uma renda mensal considerável, conforme já descrito acima, o
que comprova que a mesma possui plenas e totais condições financeiras de arcar
e manter o próprio sustento, o que configura a desnecessidade do Requerente em
continuar a obrigação alimentar em favor da mesma.

Outrossim, além das afirmações acima expostas pelo


Requerente, o mesmo atualmente, encontra-se com seríssimos problemas de
saúde, decorrente da sua idade, tendo em vista que mesmo encontra-se com 00
anos de idade, o que o faz possuir um elevado gasto na compre de
medicamentos, além de necessitar de seus parcos rendimentos para manter sua
subsistência, além da aquisição de seus medicamentos mensais, indispensáveis
para seu tratamento.

Diante dos fatos acima expostos, o Requerente não


possui qualquer obrigação de continuar pensionando a Requerida mensalmente,
motivo pelo qual requer sua exoneração de tal obrigação.

DA TUTELA ANTECIPADA

A prova acostada é o bastante para concluir-se que a


Requerida aufere uma renda mensal considerável, conforme já descrito acima, o
que comprova que a mesma possui plenas e totais condições financeiras de arcar
e manter o próprio sustento, o que configura a desnecessidade do Requerente em
continuar a obrigação alimentar em favor da mesma, e assim sendo, os alimentos
não são mais devidos à mesma, pelo que requer a ANTECIPAÇÃO DA TUTELA
para, de início, exonerar o Requerente da obrigação de pensionar sua ex-esposa
ESTHER NOGUEIRA DE OLIVEIRA, mês a mês com a obrigação alimentar,
cancelando o percentual de 10% (dez por cento), dos alimentos a ela destinados,
diante da prova inequívoca acostada e da verossimilhança de suas alegações,
para evitar também dano de difícil reparação ao Alimentante, ora Requerente, eis
que os alimentos, uma vez prestados, são irredutíveis.

DO DIREITO

A decisão ou estipulação de alimentos traz ínsita


“REBUS SIC SANTIBUS”. O respectivo quantum tem como pressuposto a
permanência das condições de possibilidade e necessidade que determinam da
sua mutabilidade em função do caráter continuativo ou periódico da obrigação. Se
alterada faticamente a condição das partes, poder-se-á alterar valores da
obrigação alimentar.

O Código Civil em seu artigo 1.699, diz o seguinte:

“Art. 1.699 - Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na


situação de quem supre, ou de quem recebe, poderá o interessado
reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução
ou majoração de encargo”.

“O que se nota é que uma relação jurídica continuativa,


dá suporte material à ação de alimentos, ou seja uma relação em que a situação
fática sofre alterações com o passar dos tempos. Desse modo, quando se diz
inexiste coisa julgada material nas ações de alimentos, faz-se referência apenas
ao” quantum “fixado na decisão, pois se resultar alterada faticamente a situação
das partes pode-se alterar os valores da obrigação de alimentar” (Dos Alimentos,
Yussef Said Cahali, pg. 701, in fine).

Diz ainda, o artigo 15 da Lei n. 5.478/68, “in verbis”:


“Art. 15 - A decisão judicial sobre alimentos não transita em
julgado, pode a qualquer tempo ser revista em face da modificação
financeira dos interessados.

DOS PEDIDOS

Ante o exposto, Requer:

a) a concessão dos benefícios da Gratuidade de Justiça;

b) seja concedida a ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, para o


Requerente abster-se em continuar pensionando a Requerida com o percentual
de 10% (dez por cento) dos seus proventos de aposentaria junto ao RIO
PREVIDÊNCIA - Fundo Único de Previdência Social do Rio de Janeiro, com
locação na DIP (Diretoria de Inativos da PMERJ), diante das razões acima
expostas, para que ao final seja convertida em definitiva;

c) a oitiva do Ministério Público;

d) a citação da Requerida para, querendo, contestar a


presente ação, no prazo legal, sob pena dos efeitos da revelia;

e) a expedição de ofício ao RIO PREVIDÊNCIA,


estabelecido na Rua Evaristo da Veiga, n. 78, Centro, Rio de Janeiro, RJ, para
este proceda ao cancelamento dos descontos do beneficiário ISMAEL PEIXOTO
DE OLIVEIRA, a título de alimentos, em favor de sua ex-esposa ESTHER
NOGUEIRA DE OLIVEIRA, ora Alimentanda;
f) a expedição dos competentes ofícios à MARINHA DO
BRASIL, localizada no Estado do Rio de Janeiro, RJ, e também ao INSS -
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, para que os mesmos informem
os valores percebidos pela Requerida;

g) a procedência das alegações da exordial para, ao final,


julgar PROCEDENTE o pedido de exoneração de alimentos, para eximir o
Requerente da obrigação de pensionar mês a mês sua ex-esposa, ora Requerida,
com o percentual de 10% (dez por cento) dos seus proventos de aposentadoria
junto ao RIO PREVIDÊNCIA - Fundo Único de Previdência Social do Rio de
Janeiro, com locação na DIP (Diretoria de Inativos da PMERJ), diante das razões
acima expostas;

h) a condenação da Requerida ao pagamento das custas


processuais e honorários advocatícios, estes na base de 20% (vinte por cento)
sobre o valor da causa.

DAS PROVAS

Protesta por todos os meios de prova em direito


admitidos, especialmente, a documental, a testemunhal, o depoimento pessoal da
Requerida e as demais que se fizerem necessárias para o deslinde da lide.

DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ 8.878,44 (oito mil,


oitocentos e setenta e oito reais e quarenta e quatro centavos).

Nestes Termos,

P. Deferimento.

Barra Mansa, RJ, 01 de dezembro de 2015.

LEONARDO SOUZA SILVEIRA


OAB/RJ N. 110.824

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