Como saber que
eu quero
trabalhar
com escrita?
Por Bea Góes
Dedicatória
Dedico este livro a todos os inscritos do
Narratologia, que apoiam o canal e ajudam a
cultivar esse conteúdo cultural tão significativo.
E também a todos os meus amigos que, visando
minha felicidade, sempre me apoiaram na
profissão que decidi exercer.
01
O que você vai aprender neste ebook..............................................02
Como eu decidi que queria trabalhar com escrita.............................03
“Tá, e como saber que quero trabalhar com escrita, Bea?”...............07
Dicas para quem quer trabalhar com escrita.....................................13
Dicas específicas para roteiristas......................................................17
Sumário
O QUE VOCÊ VAI
APRENDER NESSE
Primeiro passo, vamos deixar claro que
existem vários e vários tipos de escrita.
E-BOOK?
Você pode escrever literatura (conto,
crônica, romance, lírica...), você pode
Imagino que, se você chegou até ser copywriter de vendas (fazer textos
aqui, deve ter vontade ou pelo menos curtinhos de chamadas), você pode ser
curiosidade de saber como deve ser roteirista (de novela, de série, de filme,
trabalhar profissionalmente escrevendo. de não-ficção), você pode ser copywriter
Na maior parte das vezes, acredito que de agência de publicidade, você pode
as pessoas têm muitas dúvidas sobre o ser jornalista e trabalhar só com factual,
que querem fazer da vida, e eu decidi você pode ser autor de um blog,
escrever esse livro para ajudar você revisor de texto, colunista num
a escolhe se você quer trabalhar jornal, crítico... vish, muita
com escrita ou não. Sei que muitas coisa né? Existem diferenças
pessoas escrevem como hobby fundamentais entre todas essas
e se perguntam como deve ser áreas, claro, mas também têm
trabalhar com isso. Minha meta aqui vários pontos em comum entre
é compartilhar minha experiência elas que eu vou abordar aqui.
em trabalhar com escrita para te
ajudar a decidir se você tem perfil
para levar isso como trabalho ou 02
não.
COMO EU SOUBE QUE EU
QUERIA TRABALHAR COM
ESCRITA
Eu, Bea Góes, sou roteirista. Ou seja, dentro dessas
várias estéticas que existem, eu escrevo algo que não vai
ser lido por um espectador, porém assistido. Além disso,
preciso dominar um estilo específico de formatação
chamado Master Scenes. Ah, se você não sabe, todo
roteiro audiovisual tem essa formatação extremamente
rigorosa que está aparecendo aqui ao lado.
A primeira vez que eu comecei a escrever algo
deliberadamente, eu tinha cerca de 10 anos e tinha
um diário (o qual eu tenho até hoje, pasmem!). Por
ser um diário, era um não-ficção, mas eu narrava os
acontecimentos da minha vida com travessão e tudo,
como se fosse ficção mesmo. Mas daí, quando eu tinha
cerca de 12 anos, eu comecei a escrever sozinha em
casa num computador bem antigo. O que eu escrevia?
Em sua maioria, eram alguns contos e umas histórias
melodramáticas que eu começava e nunca terminava. 03
Mas o mais engraçado foi quando eu fui escrever fanfics na
adolescência. Para quem não sabe, fanfic é quando um fã cria uma
história “não-oficial” para os personagens e os universos existentes
de qualquer propriedade intelectual. Eu morria de vergonha de contar
que escrevia fanfics, ninguém na minha escola sabia disso. Sabe o
que é mais engraçado? Anos depois, estudando roteiro, fui descobrir
que “fanfic” tem um nome super chique no audiovisual chamado
“spec”.
SPEC (speculation/especulação): um roteiro
especulativo escrito por um roteirista quando ele
aplica para uma sala de roteiro já existente.
Eu também curtia muito cultura japonesa e coreana, mas quando eu
era criança a galera que gostava disso era vista como esquisita, então
eu nem compartilhava com ninguém, guardava para mim, porque
não queria passar por rejeição das outras pessoas.
04
Como eu não conseguia
conversar muito nem em casa já recebe alguma premissa
e nem na escola sobre esses e precisa trabalhar em cima
gostos, eu acabei escrevendo dela: saber trabalhar com
muito sobre isso desde cedo. muitos limites e sem poder
Às vezes só conseguimos fugir da temática é uma boa
expressar nossos sentimentos habilidade para escritores.
por meio da arte quando
Mais uma vez, foi bem legal.
temos dificuldade em nos
Ainda tem outro fator que
comunicar.
contribuiu muito: aos 14 anos
eu escrevia pequenos posts
Outra coisa que fiz muito na
sobre a cultura coreana num
adolescência: eu pedia para
portal brasileiro de Kpop
algum amigo meu me dar um
chamado KpopNow. Eu
tema ou uma premissa,
precisava escrever pelo
e eu me comprometia a
menos um post por
desenvolver um conto em
semana. E isso me
cima dessa ideia. Uma vez
ajudou a começar
me deram até para fazer em
a desenvolver outra
cima de uma música! E sabia
habilidade muito importante
que isso é extremamente
para escrita: disciplina com
comum para roteiristas? A
prazos.
maior parte das vezes você
05
Sem querer, eu acabei treinando essas três habilidades: escrever
diariamente; se limitar a uma proposta; e ter disciplina. Hoje, mais
próxima do mercado, percebo o quanto isso é fundamental e conta
como ponto a meu favor. Depois de escrever todo dia e me dar conta
de que aquilo era minha paixão, que eu poderia viver só fazendo
aquilo, decidi fazer faculdade de Letras na USP. Depois, morando em
São Paulo, conheci o mercado audiovisual e entrei na Roteiraria (escola
de roteiro); daí foi quando eu comecei a entender melhor a minha
profissão e o mercado. Conto mais sobre esse processo em três vídeos
que postei no meu IGTV, mas o importante saber aqui é:
aprendi que não basta ter paixão para executar
primorosamente determinada tarefa.
Vai fazer 3 anos que entrei nesse mercado e já foi um baita de um
aprendizado. Viajei para conferências, entrei em vários projetos
de filmes e séries que não foram para frente, escrevi séries junto de
amigos, fiz mais de 500 horas de aulas somente em Roteiro e convivi
com uma galera bem antiga do mercado. Foi pouco tempo, mas,
desde lá, eu sempre tentei extrair o máximo de aprendizado de toda e
qualquer experiência que eu tivesse. E, acreditem, já foram 3 anos
revolucionários na minha vida.
06
“TÁ, E COMO SABER QUE EU QUERO TRABALHAR COM ESCRITA, BEA?”
Escrever é considerado um hobby por muitas pessoas. E isso é maravilhoso! O problema é quando
a pessoa acha que, só porque aquilo é um hobby para ela, ela pode trabalhar com aquilo do dia
para noite. No Brasil, as áreas de artes são vistas como ambientes empíricos, nos quais só se pode
suceder se você já nasceu pronto e com um dom sobre aquele determinado assunto. Bem, eu
acredito que algumas pessoas têm o que é chamado de “talento”, mas, na realidade, o que vai te
tornar um bom escritor é o seu estudo, seu empenho e sua experiência. Se pegarmos os maiores
autores da literatura brasileira, como Machado de Assis, Guimarães Rosa e Cecília Meireles,
veremos que eles sempre estudaram de forma profunda seus fazeres. É uma dedicação que vai
além do “ah, eu escrevo porque gosto.”. É uma devoção.
Assim como dança, teatro e canto, muitas pessoas escrevem contos ou crônicas como hobby e
só precisam fazer isso quando elas querem. E não há problema nenhum nisso. Só que se você é
um escritor profissional, você não vai só escrever quando você estiver a fim. Você vai ter prazos,
você vai ter pessoas te pagando que vão te exigir uma certa qualidade sobre o produto e você vai
precisar se limitar à sua proposta. A verdade é que a gente fantasia que alguém vai nos pagar rios
de dinheiro porque tivemos uma ideia genial para um livro ou uma série. Mas a realidade não é
essa. (ih, eu não avisei que podia doer).
07
“Ah, Bea, mas você foi movida por paixão ao trabalhar
com escrita!”. Concordo plenamente. Eu fui movida
por paixão para iniciar esse trajeto, mas, sem querer,
estava treinando aspectos do meu caráter que seriam
muito úteis na hora de trabalhar nesse meio, que não
me fizeram desistir quando me deparei com os primeiros
obstáculos. E o que me fez ficar não foi só paixão pelo ato
de escrever, mas pelo ofício do roteirista em si.
Eu acho que, independente do que você vai fazer na sua
vida, você precisa gostar muito do que faz. Não adianta
fazer só por dinheiro porque, mesmo fazendo algo por
dinheiro, tem como dar errado. Então já que é para jogar
o jogo da vida, vamos jogar de um jeito que gostamos,
né?
E deixa eu te contar um segredinho: quando a gente gosta
muito do que faz, a gente arranja uma maneira de fazer
dinheiro com aquilo. É uma consequência natural. Só lá
em cima citei inúmeros braços que a escrita pode ter, e
olha que, se você for bom no que você faz, ainda pode
dar aula daquilo. À medida em que você amadurece,
você vai encontrando novas possibilidades dentro do
seu próprio ramo também. 08
CURIOSIDADE: Roteiristas de novela no Brasil chegam
a escrever mais de 60 páginas por semana!
Então passamos pelo primeiro obstáculo: você gosta de trabalhar com a escrita,
você é apaixonado. Legal. Agora deixa eu te perguntar: você é bom em trabalhar
com prazos? Você se incomoda com alguém te cobrando documentos e coisas?
Porque se você não for... temos um probleminha aí.
E a partir daí vem, talvez, o momento em que as pessoas mais desistem do
mercado: você não vai escrever só quando você quer. Você vai escrever quando
você estiver doente, cansado, quando você não estiver inspirado, quando você
estiver de luto, quando você estiver na fossa... E isso vale para todos os ramos. Um
jornalista, um crítico, um colunista tem sempre o prazo da revista ou do jornal. Um
escritor de literatura é cobrado pelo editor. Um roteirista é cobrado pelo produtor.
Você sempre vai ter alguém aguardando o seu resultado. Se você não é bom
em lidar com prazo, se você deixa tudo para em cima da hora, talvez você tenha
certa dificuldade com a rotina de um escritor. Obviamente, existem gradações
diferentes: autores literários são muito menos cobrados do que roteiristas de
novela, por exemplo. 09
E nesse momento a sua paixão pela escrita é testada. Você realmente gosta de
escrever, ou você gosta de escrever no seu tempo, somente aquilo que gosta?
Porque esta é outra questão: muitas vezes, especialmente na carreira de roteirista,
você vai trabalhar em ideias alheias, em projetos de outras pessoas. E tudo bem!
Faz parte da profissão, você vai continuar criando personagens, elaborando
arcos, desenvolvendo metáforas e subtextos. Mas sempre vai ter a pressão do
prazo e, muitas vezes, você pode estar trabalhando numa ideia que não foi você
que criou.
A verdade é que, independente da profissão que você escolha, não existe isso
de “trabalhe com algo que você ame e não precisará trabalhar um dia sequer”.
Isso é mentira. Tem dias em que a gente não quer fazer nada. Tem dias em que
a gente não queria ter prazo, nem responsabilidade, nem compromisso. E tudo
bem! Faz parte. O que a gente precisa fazer é escolher uma profissão na qual a
gente sinta maior satisfação e menor desconforto, porque o desconforto vai vir de
qualquer forma.
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Saiba também que nem sempre você vai ter criatividade para
escrever. E que, mais uma vez, tudo bem! Saiba que você tem que ler
muito. Saiba que, talvez, algo que seja só um hobby ganhe um peso
muito grande. Você vai deixar de assistir séries só como espectador,
vai deixar de consumir romances só como leitor, você vai passar a
observar o tipo de estrutura que existe por trás daquele texto. Você
vai treinar um olhar muito mais analítico. Trabalhar com produção
artística muitas vezes significa abrir mão de ter uma experiência só
como consumidor.
E já digo logo para vocês que escritor precisa gostar,
e muito, de pesquisa. Não é possível criar circunstâncias
e universos verossimilhantes sem que haja um bom
estudo por trás disso. Se você é uma pessoa curiosa
e questionadora, que não se importa de ficar horas e
horas mergulhada no mesmo assunto, também é um
ponto positivo.
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Quando eu me deparei com todos esses
Tem algo que sempre acontece com muitas obstáculos, é claro que essa minha paixão pela
profissões relacionadas à arte e à cultura: a gente escrita foi testada. Felizmente tive apoio de
pensa sempre na parte boa e glamourosa do amigos e família, percebi que toda profissão tem
negócio. A gente quer ganhar prêmio, a gente seus males, e que o ônus de ser um roteirista
quer que nossa série seja elogiada, a gente era algo suportável para mim. Novamente: vai
acredita que vai fazer o próximo Game of Thrones, ter dias em que você vai estar zero inspirado,
ou que vai criar uma nova franquia da Marvel. E, na fossa e com um prazo muito apertado;
não estou dizendo que isso não pode acontecer, e isso gasta muita energia. Mas, se você
mas para criar algo assim é necessário estudo, estiver disposto a tentar esse tipo de carreira,
treino, experiência e relacionamento. E, na maior é importante persistir, até mesmo para que,
parte das vezes, esse treino vem de trabalhar de caso você um dia decida fazer outra coisa, pelo
graça um tempo, depois trabalhar no projeto dos menos possa dizer “eu tentei e vi que realmente
outros, e investir pesadamente em cursos antes não era para mim”. Mas se falei tudo isso e
de conseguir ter algum bom retorno financeiro. mesmo assim você ainda topa trabalhar com a
escrita... legal! Fico muito contente.
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DICAS PARA QUEM QUER
ESCREVER
Agora que eu já coloquei inúmeros obstáculos para vocês.
Está na hora de dar algumas dicas! Bea, que qualidades eu
treino então para ser um bom escritor? Tem três principais
que eu preciso indicar para vocês. A primeira delas é:
LEIA!
Leia tudo. Leia muito. Leia todo dia. Crie um hábito. Leia.
Leia. Leia. Não é só para você ter um bom léxico e uma
boa gramática. Ou seja, não é simplesmente ler. É ler
com um olhar analítico. Se você quer ser um cronista,
leia crônica enquanto as analisa. Se você quer ser um
crítico, veja como outras pessoas estruturam suas críticas.
Se você quer ser roteirista, veja como outros roteiristas
escrevem suas rubricas. Busque encontrar as estruturas,
identifique elementos em comum entre aqueles que
você admira, aumente seu repertório. Até para, quando
estiver vendendo seu projeto para alguém, ter em mente
referências que lembram seu projeto.
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Segunda dica: estude teoricamente o seu ambiente de domínio.
Ter talento qualquer um pode ter. Ler muito qualquer um pode também. Mas
dominar teoricamente a sua área de estudo é um baita de um diferencial,
especialmente no Brasil. A escrita aqui é vista como uma coisa muito
empírica. Ao final deste livro deixo algumas recomendações de leituras
teóricas.
E, fiquem tranquilos, certamente existe estudo sobre sua área de atuação:
desde narrativa audiovisual até estrutura de não-ficção. Entenda os
gêneros, entenda dos estilos e os formatos. Aprender teoria é algo que abre
inúmeras possibilidades para um profissional, e te torna um escritor muito
consciente e capaz de escrever ou identificar qualquer estilo.
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Nós temos uma sorte
muito grande: escrever é
uma atividade a qual não
Última dica: Escreva para dependemos de mais ninguém
testar seus limites. Se eu te além de nós mesmos para
perguntar quantas páginas você fazer. Ao mesmo tempo, pode
consegue escrever num dia, você ser uma maldição: enquanto
sabe me responder? Qual seu você não estiver contratado,
recorde de páginas escritas no ninguém vai te impor prazos.
mesmo dia? Se algum dia um Ou seja, você mesmo precisa
editor te ligar e falar que precisa ter disciplina para escrever.
de um livro de 300 páginas Isso é muito relevante pois
em dois meses, você garante quanto mais você escreve,
ou sequer sabe se consegue mais você treina, mais você
escrever tudo isso nesse período aprende e mais você identifica
de tempo? o que funciona ou não nos seus
textos.
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E você vai aprendendo a fazer uma mesma qualidade em menor tempo.
Quando eu comecei a escrever os roteiros de vídeos para o Narratologia,
eu gastava cerca de 3 horas para fazer um roteiro técnico de 10 minutos.
Hoje gasto uma hora, mas já consegui escrever alguns roteiros técnicos
em 40 minutos também.
Em relação a roteiro, eu consigo escrever (num roteiro com relativa
subjetivação), 15 páginas por dia em condições confortáveis. Mas já
escrevi 22 páginas numa noite só. Lembrem-se também de que escrever
é reescrever. O primeiro rascunho nunca vai estar bom. Sempre precisa
de ajustes, sempre pode melhorar. Se teste: se force a escrever cinco
páginas por dia. Mesmo que saia horrível, pelo menos você escreveu e,
de repente, quando você revisar, encontra ali uma preciosidade que só
precisa ser lapidada.
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DICAS ESPECÍFICAS PARA ROTEIRISTAS
Eu não podia deixar de falar sobre dicas específicas
para roteiristas, né? Vou falar algumas particularidades
da profissão do roteirista porque domino mais do que as
outras profissões da escrita. E a primeira coisa é: sabe
quando sempre te falaram que escritor trabalha sozinho
Pois é, então é bom que você
e é um bicho do mato que nunca sai de casa? Pois é,
treine suas habilidades sociais.
para o roteirista não é bem assim, especialmente se for
Treine ter suas ideias recusadas,
um roteirista de uma sala de roteiro.
ou seja, treinem rejeição!
Eu acho que o roteirista, das
pessoas que trabalham com
Sala de roteiro é o ambiente em que
a escrita, é a pessoa que mais
alguns roteiristas se reúnem, durante
deve ser desapegada de ideia.
cerca de 6 meses, para estruturar
e escrever uma temporada de uma
série. Eles convivem juntos cinco dias
por semana, em horário comercial.
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Uma vez um grande professor e amigo roteirista me disse que
a definição do trabalho do roteirista era resolver problema. E
não é que é verdade? Nós somos incumbidos de transformar
uma premissa (seja nossa ou alheia) em um produto
audiovisual que atenda a um público específico. Precisamos
resolver todos os problemas daquela premissa para fazê-
la funcionar dentro das condições que nos foram impostas,
afinal, nós estamos entregando um produto caro!
O mais interessante do nosso trabalho é que ninguém vai
ler nosso roteiro além das pessoas da produção. Nós
escrevemos muito mais pensando nas imagens do
que no texto em si. Parece meio inútil escrever algo
que ninguém vai ler, mas é diferente: é participar
de um grande todo, de uma obra coletiva que
vai impactar inúmeras pessoas de diferentes
maneiras. É uma arte muito nobre, que requer muito
conhecimento técnico e muita disponibilidade de
quem a exerce. Pode parecer complexo às vezes,
mas, eu prometo, é apaixonante!
18
SE VOCÊ LEU ATÉ AQUI...
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Parabéns!
Fico muito contente e lisonjeada de saber que
você chegou até aqui! Só de você ter tomado
essa iniciativa, já imagino que você deve ser
uma pessoa especial, que está buscando uma
forma de se aprimorar e de abrir seus horizontes.
Deixo na próxima página uma lista indicando
livros que podem possivelmente ajudar você
nessa sua trajetória! Te desejo muita força,
muito foco e muito sucesso daqui em diante!
Acesse o canal Narratologia para conceitos e
teorias sobre filmes e séries! Lá também falo
sobre dramaturgia e dou ainda mais dicas de
mercado para roteiristas. Em caso de dúvidas,
minhas redes sociais vão estar disponíveis da
última página deste ebook.
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INDICAÇÕES DE LIVROS:
Manuais de Roteiro:
Jornada do Escritor, Christopher Vogler
Story, Robert Mckee
Anatomy of Story, John Truby
Formatação de Roteiro:
The Hollywood Standard, Christopher Riley
Ebook Online de Formatação Roteiraria Escola
Teoria do Cinema:
Narration in the Fiction Film, David Bordwell
O Discurso Cinematográfico, Ismail Xavier
Teoria Literária:
ABC da Literatura, Erza Pound
Teoria da Literatura, Tzvetan Todorov
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Currículo da autora
Beatriz Góes é roteirista e iniciou seus estudos de Cinema
em 2015 em Los Angeles, na New York Film Academy. Em
São Paulo, na Roteiraria Escola, fez os cursos Formação
de Roteiristas Avançada e Oficina de Séries, além de
atualmente ser monitora lá. Formada em Letras na FFLCH-
USP e Mestranda em Meios e Processos Audiovisuais na
ECA-USP, Beatriz também é criadora e apresentadora do
Canal Narratologia (2019) e escreveu o roteiro do curta-
metragem “Só Olhando”, disponível no Youtube.
Se quiser saber mais sobre teoria narrativa para filmes e
séries, além de inúmeras dicas de como escrever, assista
ao canal Narratologia no Youtube!
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