OP AMV - EB70-MC-10.218 - Operações Aeromóveis
OP AMV - EB70-MC-10.218 - Operações Aeromóveis
218
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
Manual de Campanha
OPERAÇÕES AEROMÓVEIS
1a Edição
2017
EB70-MC-10.218
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
Manual de Campanha
OPERAÇÕES AEROMÓVEIS
1a Edição
2017
PORTARIA No 82-COTER, DE __ DE _____ DE 2017
REFERÊNCIAS
LISTA DE FIGURAS
Pag
Figura 1-1 – Exemplo de calco de Coordenação do Espaço Aéreo............................... 1-5
Figura 2-1 – Rec Amv de eixo........................................................................................ 2-3
Figura 2-2 – Anv realizando Vig Amv de um movimento aéreo..................................... 2-4
Figura 2-3 – Anv realizando Atq Amv com foguetes SBAT-70........................................ 2-6
Figura 2-4 – Tropa Amv desembarcando durante a realização de um Ass Amv............ 2-11
Figura 2-5 – Tropa Amv preparando-se para ação após uma Infl Amv........................... 2-13
Figura 2-6 – Tropa Amv aguardando o pouso das Anv para realizar uma Exfl Amv....... 2-14
Figura 2-7 – Tripulante da F Helcp realizando a Obs Ae................................................ 2-17
Figura 2-8 – F Helcp realizando Sup Amv...................................................................... 2-20
Figura 2-9 – Anv da F Helcp realizando o Trnp Amv de um obuseiro 105 mm............... 2-21
Figura 2-10 – Anv da F Helcp realizando Lanç Amv de pessoal, por meio de salto livre..... 2-22
Figura 2-11 – Anv da F Helcp realizando operação de salvamento................................. 2-23
Figura 2-12 – Anv da F Helcp sendo preparada para a realização de uma Ev Aem...... 2-25
Figura 3-1 – Exemplo de um Ass Amv durante a Marcha para o Combate.................... 3-3
Figura 3-2 – Exemplo de um Atq Amv em uma Defesa Móvel........................................ 3-7
Figura 3-3 – Anv da F Helcp apoiando a remoção de desabrigados após enchentes... 3-9
Figura 4-1 – Amazônia, incluindo a Bacia Amazônica e a Floresta Equatorial............... 4-1
Figura 4-2 – Helcp realizando pouso em clareira na selva amazônica........................... 4-4
Figura 4-3 – Caatinga do clima semiárido do Nordeste brasileiro.................................. 4-6
Figura 4-4 – Tropa Amv embarcando para uma Infl Amv na caatinga............................ 4-10
Figura 4-5 – Pantanal, incluindo a Bacia do Paraguai.................................................... 4-10
Figura 4-6 – Desembarque por helocasting realizado no Pantanal................................ 4-14
Figura 4-7 – Ambiente de montanha: Serra da Mantiqueira, na região Sudeste do
Brasil............................................................................................................................. 4-16
Figura 4-8 – Tropa Amv embarcada em Anv da F Helcp, realizando Infl Amv em região
de Montanha................................................................................................................. 4-19
Figura A-1 – Extrato do Calco Op do modelo acima, contendo os Obj de cerco da
localidade...................................................................................................................... A-5
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CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1.1 FINALIDADE
1.1.1 Este manual de campanha (MC) destina-se a estabelecer a doutrina para
o emprego das Operações Aeromóveis (Op Amv) e servirá de base para a
elaboração de outras publicações a respeito do assunto.
1.3 CONCEITOS
1.3.1 Aeromobilidade: mobilidade tática dos meios da F Ter na terceira dimensão
do campo de batalha, normalmente empregando meios próprios. Ela multiplica
o poder de combate e permite que comandantes dos escalões que recebam tais
meios atuem com rapidez sobre toda a área de interesse para a manobra terrestre
planejada. A aeromobilidade orgânica da F Ter em operações é proporcionada
pelos meios da Aviação do Exército (Av Ex).
1.3.2 Força de Helicópteros (F Helcp): elemento da Av Ex, constituído
adequadamente por pessoal e material, para a execução de operações de
combate, de apoio ao combate e de apoio logístico.
1.3.3 Força de Superfície (F Spf): segmento da F Ter que recebe o apoio da Av
Ex, com a finalidade de cumprir determinada operação de combate, de apoio ao
combate ou de apoio logístico, durante a realização de Op Amv.
1-1
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1-2
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1.4.4.1 Reforço
1.4.4.1.1 O reforço constitui a situação em que um elemento da F Helcp fica
temporariamente subordinado a uma F Spf de constituição fixa, a fim de prestar-
lhe determinado apoio. Nessa situação, a força que recebe o reforço passa a ter
responsabilidade pelo seu emprego tático e pelo apoio logístico comum, sendo
a logística específica de aviação executada por organização logística da Av Ex.
1.4.4.2 Integração
1.4.4.2.1 A integração consiste na situação em que um elemento da F Helcp
fica temporariamente subordinado a uma F Spf de constituição variável, para a
execução de determinada operação. São observadas as mesmas considerações
relativas à responsabilidade pelo emprego tático e pelo apoio logístico, previstas
para a situação de reforço.
1.4.4.3 Controle Operativo
1.4.4.3.1 O controle operativo consiste na situação em que uma F Spf recebe um
elemento da F Helcp para emprego em missões específicas e limitadas, de modo
a capacitá-la ao cumprimento de sua missão. Nesse caso, o comandante (Cmt)
da força que recebe esses elementos não pode empregá-los separadamente
nem atribuir-lhes missões diferentes daquelas que motivaram essa situação
de comando. A centralização de comando é preservada, proporcionando maior
flexibilidade e sinergia no emprego dos vetores aéreos.
1.4.4.3.2 O apoio logístico comum é prestado sob a forma de apoio ao conjunto.
A logística específica de aviação continua sob a responsabilidade da Av Ex.
1.4.4.3.3 Normalmente, a F Helcp reverte à unidade aérea (U Ae) imediatamente
após a conclusão da missão para a qual foi designada.
1.4.5 Geralmente, a subordinação direta da F Helcp aos elementos de emprego
da F Spf é realizada na forma de controle operativo, o que permite a rápida
rearticulação dos meios, buscando preservar a atuação sinérgica dos vetores
aéreos.
1.4.6 Nas situações de reforço ou integração, quando aplicáveis, há a necessidade
de se considerar um prazo mínimo de emprego, tanto para a força encarregada
da manobra terrestre quanto para os elementos da Av Ex, particularmente quanto
aos desdobramentos dos meios aéreos e aos encargos logísticos.
1-3
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1-4
Fig 1-1 – Exemplo de calco de Coordenação do Espaço Aéreo
Fonte: IP 90-1
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CAPÍTULO Il
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2-8
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uma delas, para evitar que a perda de uma aeronave signifique uma carência
irreparável de pessoal e itens críticos à operação. Deve-se buscar a manutenção
da integridade tática das frações da F Spf e os elementos que exercem funções
importantes na FT Amv são distribuídos pelas aeronaves da F Helcp. O Cmt
F Spf é o responsável pela organização e pelo controle da Z Emb; e
c) Plano de movimento aéreo: baseado no plano tático terrestre e no plano
de desembarque, esse plano objetiva fornecer instruções necessárias ao
deslocamento aéreo da F Spf, do equipamento e suprimento da Z Emb à Z Dbq.
Nesse documento são reguladas as rotas de voo, principais e alternativas, os
pontos de controle aéreo, a velocidade, a altitude e o tipo de formação da F
Helcp, bem como os procedimentos de resgate de tripulação e material abatido.
O plano de movimento aéreo é elaborado pelo Cmt F Helcp, com estreita ligação
com o Cmt F Spf.
2.2.5.11 Para a realização do Ass Amv, a F Spf é escalonada em:
a) escalão de assalto (Esc Ass): forças e equipamentos, pertencentes aos
elementos de combate e apoio ao combate, que são desembarcados na área
de objetivo ou em área próxima a esta, visando ao combate terrestre. Deve
ser deslocado em vaga única; porém, em função do tipo, da quantidade e da
disponibilidade de helicópteros, pode ser deslocado em mais vagas;
b) escalão de acompanhamento e apoio (Esc Acomp Ap): elementos de apoio
ao combate e de apoio logístico tranportados por aeronaves de asa rotativa
e/ou fixa, e desembarcados com o objetivo de apoiar o escalão de assalto na
conquista do objetivo; e
c) escalão recuado (Esc Rcd): demais elementos de apoio ao combate e de apoio
logístico desembarcados por aeronaves de asa fixa e/ou rotativa, destinados a
apoiar a manutenção da cabeça de ponte aeromóvel.
2.2.5.12 A Força de Helicópteros normalmente é escalonada em:
a) escalão de reconhecimento (Esc Rec): escalão empregado para neutralizar
forças inimigas terrestres que ameaçam o deslocamento aéreo da F Helcp. Deve
evitar o engajamento decisivo e, no caso de não neutralizar o alvo, deve alertar o
Cmt F Helcp para que as vagas subsequentes evitem a posição inimiga;
b) escalão de segurança (Esc Seg): escalão encarregado da proteção contra a
ameaça de aeronaves inimigas, com capacidade de combate à baixa altura, ao
longo da rota de voo e na zona de desembarque (Z Dbq). Destina-se, também,
à proteção aérea, na fase de execução do plano tático terrestre; e
c) escalão de manobra (Esc Man): escalão que realiza o deslocamento
propriamente dito da F Spf, sendo protegido pelo escalão de segurança e
precedido pelo escalão de reconhecimento.
2.2.5.13 A Z Dbq pode ser constituída de uma ou mais zonas de pouso de
helicópteros (ZPH), cuja definição é a seguinte: área controlada por um escalão
de guias aeromóveis, compreendendo um ou mais locais de aterragem (Loc
Ater), dentro ou fora das linhas inimigas, destinada ao embarque e desembarque
2-9
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2-10
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2.2.5.14.2 A Z Dbq deve estar próxima do objetivo, mas a uma distância que não
submeta as forças de assalto à observação, ao fogo e aos ataques inimigos,
imediatamente após o desembarque. O emprego de tropas sobre os objetivos
ou em locais próximos a estes aumenta a possibilidade da surpresa e evita o
desgaste decorrente da progressão da F Spf por terra. O desembarque dos
elementos de assalto a uma distância maior, em Z Dbq mais segura, pode ser
necessário se o terreno ou a situação do inimigo impuserem.
2.2.5.14.3 Zonas de desembarque alternativas deverão ser selecionadas. Uma
mudança de teto ou de visibilidade, aliada ao relevo local e à ação inesperada do
inimigo, pode contraindicar ou impedir o uso de determinada Z Dbq.
2.2.5.14.4 Guias aeromóveis das unidades de infantaria leve são empregados
para reconhecer a região de operações, preparar e balizar a Z Dbq, fornecer
informações sobre esta, além de apoiar o desembarque da F Spf.
2.2.5.14.5 A Z Dbq não deve estar separada dos objetivos da F Spf por pontos
fortemente defendidos pelo inimigo e, se possível, deve proporcionar condições
que facilitem a defesa contra blindados. Deve estar situada em terreno dominante
ou em terreno próxima dele, e possuir, se possível, vias de acesso cobertas e
abrigadas até a região dos objetivos, para favorecer o imediato deslocamento do
Esc Ass da F Spf para a posição de ataque (P Atq).
2.2.5.15 Tendo em vista a complexidade do planejamento e da execução do Ass
Amv (Fig 2-4) e sua importância como base para as demais Op Cmb, um anexo
específico a este manual (Anexo B) traz outras características e peculiaridades
desse tipo de operação.
2-11
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Amv de valor até subunidade (SU), sob o comando da F Spf, realiza uma rápida
penetração em área controlada pelo inimigo. Tem por objetivo confundi-lo,
inquietá-lo, neutralizar ou destruir suas instalações, finalizando a operação com
uma exfiltração aeromóvel e/ou terrestre, previamente planejada, após a ação
no objetivo.
2.2.6.2 Uma Inc Amv caracteriza-se pelo movimento aéreo sigiloso, para se obter
a surpresa, pela rapidez das ações, com violência e letalidade no objetivo, e pelo
retraimento (Ret) planejado e veloz. As condicionantes de seu sucesso são as
informações atualizadas sobre a área de atuação, a coordenação e o controle
das diversas fases da operação.
2.2.6.3 A surpresa é conseguida com o uso da dissimulação, da contrainformação,
do sigilo, da rapidez, da segurança do movimento aéreo e do vigor das ações
durante a conquista do objetivo. É essencial que a FT Amv aborde a região de
interesse sem ser detectada pelo inimigo. Caso a surpresa seja quebrada, cabe
ao comandante decidir pelo prosseguimento ou não da missão.
2.2.6.4 Uma Inc Amv, normalmente, recebe como objetivos: postos de comando,
centros de comunicações, aeródromos, instalações de suprimento e outros
julgados importantes para a manobra do escalão superior.
2.2.6.5 As medidas de coordenação e controle, as fases de planejamento e os
planos a serem desenvolvidos para a incursão aeromóvel são semelhantes aos
utilizados para a realização de um Ass Amv. Portanto, o plano tático terrestre da
F Spf é a base para os demais planos da Inc Amv.
2.2.6.6 As dimensões e a organização em pessoal e material da Z Emb e da
Z Dbq são reduzidas em relação ao Ass Amv, sem, no entanto, serem desprezadas
as exigências de preparação e controle de ZPH.
2.2.6.7 Deve ser previsto um desembarque rápido e arrojado da tropa, visando
diminuir as vulnerabilidades do componente aéreo e explorar a surpresa das ações.
2.2.6.8 A Inc Amv, sempre que possível, deve receber apoio de elementos
infiltrados em território inimigo.
2.2.7 INFILTRAÇÃO AEROMÓVEL (Infl Amv)
2.2.7.1 Em um quadro de Op Amv por meio de um deslocamento dissimulado, a
Infl Amv é a operação na qual uma F Spf, normalmente de valor até subunidade
(SU), é desdobrada por uma F Helcp, sob o comando da F Spf, em área hostil ou
controlada pelo inimigo, para cumprir determinada missão.
2.2.7.2 A Infl Amv em regiões onde existam forças inimigas permite que a F Spf
cumpra as seguintes missões:
a) participar da destruição de forças ou posições inimigas;
b) estabelecer pontos fortes;
c) destruir instalações vitais do inimigo ou controladas por este;
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Fig 2-5 – Tropa Amv preparando-se para ação após uma Infl Amv
Fonte: CAvEx
2-13
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Fig 2-6 – Tropa Amv aguardando o pouso das Anv para realizar uma Exfl Amv
Fonte: Bda Amv
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b) autonomia da aeronave;
c) adestramento da tropa para o tipo de operação a ser realizada;
d) disponibilidade de peso e volume de carga útil da Anv;
e) características dos equipamentos da aeronave para o transporte de cargas;
f) tipos e preparo da carga para embarque nas aeronaves; e
g) coordenação e controle do uso do espaço aéreo.
2.4.3 Além do pessoal da Av Ex, também poderão ser empregados elementos da
F Spf especializados ou adestrados para o cumprimento das diversas operação
logísticas.
2.4.4 As principais operações em Mis Ap Log que podem ser executadas em
proveito da manobra terrestre ou da F Spf, no contexto das Op Amv, são as
seguintes:
2.4.4.1 Suprimento Aeromóvel (Sup Amv)
2.4.4.1.1 Em um quadro de operações aeromóveis, o Sup Amv é a operação
que emprega meios aéreos da F Helcp, preponderantemente, para o suprimento
logístico das frações da própria Av Ex ou das tropas da F Spf.
2.4.4.1.2 Essa operação (Fig 2-8) é importante para a manutenção da regularidade
do fluxo de suprimentos, principalmente nas oportunidades em que o helicóptero
é o único meio de suprir uma F Spf que não disponha de eixo de suprimento até
suas posições no terreno.
2.4.4.1.3 Praticamente todas as classes de suprimento podem ser transportadas
pela F Helcp, devendo ser consideradas as normas para o transporte de material,
as limitações das Anv e as características da carga a ser transportada, tais como
natureza, peso e consistência.
2.4.4.1.4 O material ou item de suprimento podem ser conduzidos pela Anv de
duas formas, sendo sua definição em função da situação tática, da natureza e
do tipo de carga:
a) no interior da Anv (carga interna), devidamente acondicionada e amarrada
pela tripulação ou por elemento especializado da F Spf; e
b) no exterior da Anv (carga externa), devidamente preparada por um elemento
especializado da F Helcp ou da F Spf em TASA (transporte aéreo, suprimento e
serviço especial de aviação).
2.4.4.1.5 Vários tipos de carga podem ser conduzidos de forma externa, tais como:
peças de artilharia, viaturas, cunhetes de munição, tambores de combustível e
caixas com suprimentos diversos. Em face das peculiaridades dessa ação, é
obrigatória a participação de uma equipe de apoio de solo para a operação de
enganchamento da carga, composta por, no mínimo, três elementos: sinalizador,
enganchador e descarregador eletroestático da Anv.
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Fig 2-10 – Anv da F Helcp realizando Lanç Amv de pessoal, por meio de salto livre
Fonte: Web
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Fig 2-12 – Anv da F Helcp sendo preparada para a realização de uma Ev Aem
Fonte: Web
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CAPÍTULO Ill
AS OPERAÇÕES AEROMÓVEIS NAS SITUAÇÕES DE GUERRA E NÃO
GUERRA
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CAPÍTULO IV
AS OPERAÇÕES AEROMÓVEIS EM AMBIENTES COM CARACTERÍSTICAS
ESPECIAIS
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poucas rodovias existentes e, na maioria das vezes, ao longo dos rios, que são
importantes vias de acesso na Amazônia.
4.2.6.4.4 A obtenção de dados sobre o inimigo, a navegabilidade dos cursos
de água e os locais adequados para o estabelecimento de Z Emb e Z Dbq
servem para reduzir a deficiência de informações, característica desse ambiente
operacional.
4.2.6.5 Segurança Aeromóvel
4.2.6.5.1 Em razão das grandes distâncias e das dificuldades de deslocamento
e de comunicações, avulta de importância a operação de segurança aeromóvel
no ambiente operacional amazônico.
4.2.6.5.2 A importância dos rios para o deslocamento das tropas, aliada à
dificuldade da F Spf em realizar a cobertura desses movimentos com seus
próprios meios, torna indispensável o emprego de F Helcp na operação de
segurança do movimento fluvial.
4.2.6.6 Suprimento Aeromóvel
4.2.6.6.1 Em algumas circunstâncias, o Helcp é o único meio de suprir a tropa de
selva, principalmente quando esta se encontra internada.
4.2.6.6.2 Devem-se redobrar os cuidados com a execução propriamente dita
do suprimento. Por exemplo, deve-se evitar que a carga externa ou o cabo do
guincho enrosquem na vegetação.
4.2.6.7 Evacuação Aeromédica
4.2.6.7.1 A tarefa de evacuação aeromédica é fundamental na região amazônica,
em função da extrema carência de recursos médicos, refletindo na manutenção
do moral da tropa.
4.2.6.7.2 É imperiosa a rapidez na execução de uma Ev Aem, uma vez que o
deslocamento de ferido ou doente através da selva é um ônus pesado para a F
Spf.
4.2.6.7.3 Nos locais onde o pouso da aeronave não é viável, é possível a retirada
do ferido do interior da selva utilizando-se o guincho da aeronave ou a técnica
de macguire.
4.2.6.8 Transporte Aeromóvel
4.2.6.8.1 As grandes dimensões amazônicas, somadas à deficiente estrutura
de transporte, fazem da operação de transporte aeromóvel uma forte aliada do
comando no planejamento de qualquer operação ou deslocamento.
4.2.6.8.2 Se o transporte de pessoal for para uma região que não ofereça
condições de pouso, o que é muito comum em região de selva, exige-se o
desembarque por rapel, por fast rope ou pelo guincho.
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Fig 4-4 – Tropa Amv embarcando para uma Infl Amv na caatinga
Fonte: EB
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na maioria das vezes, torna-se o meio mais eficaz para atender às operações
terrestres nesse ambiente operacional.
4.4.3 Uma vez que o pantanal possui poucas vias de transporte terrestre e
oferece dificuldades de locomoção e articulação de tropas no terreno, as Op
Amv desempenham papel importante nesse tipo de ambiente. Isso se deve à
aeromobilidade proporcionada pela Av Ex, principalmente no apoio aéreo da F
Helcp, para realização de reconhecimentos, transporte de tropas e de suprimento
para frações isoladas nas regiões alagadas, tornando-se uma vantagem
expressiva a ser explorada pela F Spf.
4.4.4 Para fins de planejamento e execução das Op Amv em ambiente de
pantanal, devem-se considerar os seguintes aspectos:
a) o relevo, a hidrografia e os diversos tipos de cobertura vegetal são fatores que
restringem ou impedem o deslocamento em boa parte dessa área;
b) a extensa cobertura vegetal, a baixa densidade demográfica e a grande área
alagada proporcionam poucos lugares de pouso. Por isso, existe uma dificuldade
de locais para o estabelecimento da ZPH e Loc Ater. Os locais para pouso de
Anv são escassos e, normalmente, possuem dimensões reduzidas. As margens
dos rios podem proporcionar locais de pouso para as aeronaves e até locais de
aterragem para pequenas frações;
c) a inexistência de cartas topográficas adequadas para a navegação de
combate, aliada aos deslocamentos aéreos com poucos pontos de referência
no terreno, particularmente nas épocas das cheias, torna a navegação aérea por
contato visual com o solo extremamente difícil e imprecisa. É fundamental que as
aeronaves possuam equipamentos de navegação por satélites ou autônomos;
d) o isolamento da região pantaneira e as dificuldades inerentes à articulação
de tropas no seu interior exigem um minicioso planejamento no que se refere à
autonomia das Anv para os deslocamentos;
e) a supervisão da preparação individual de todos os militares é fundamental no
que concerne à confecção de seus fardos e aos materiais individuais, como coletes
de sobrevivência, respiradores artificiais, flutuadores e demais equipamentos,
especialmente quanto ao treinamento de emergências aeronáuticas em meio
aquático;
f) a supervisão da preparação dos meios aéreos, com equipamentos
necessários para a realização de uma navegação precisa e com transmissores
e/ou localizadores que permitam determinar a localização exata das aeronaves,
quando da realização de pouso de emergência em locais inadequados, torna-se
importante;
g) a instrução e o adestramento dos aeronavegantes e de todos os elementos que
cumprem missões a bordo das aeronaves são imprescindíveis, principalmente
no que se refere ao treinamento de escape de aeronaves em meios aquáticos,
ao abastecimento em campanha, à navegação por contato sobre regiões do
pantanal, bem como no que se refere à sobrevivência e à orientação;
h) o clima influencia o emprego dos meios aéreos. As altas temperaturas afetam
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Fig 4-8 – Tropa Amv embarcada em Anv da F Helcp, realizando Infl Amv em região de montanha
Fonte: CAvEx
4-19
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ANEXO A
O PLANEJAMENTO DAS OPERAÇÕES AEROMÓVEIS
1ª DE 2ª DE ...
... ... ...
ou
Composição dos Meios - 2ª DE:
6ª Bda Inf Bld 11ª Bda Inf L 12ª Bda Inf L (Amv) (Ct Op, Mdt O)
... ...
_________________________
1
Normalmente a FTC, mas pode ser uma DE que recebe a Bda Amv em Ct Op, Mdt O. A
FTC DIAMANTE citada acima é fictícia.
A-1
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(4) a 12ª Bda Inf L (Amv) para, Mdt O, realizar um Ass Amv para Conq R de
LAGOINHA (O4).
...
...
d. 12ª Bda Inf L (Amv) (Ct Op, Mdt O)
- Ficar ECD destruir o Ini cercado;
- Plj as Aç de Jç com a 6ª Bda Inf Bld e, alternativamente, com a 1ª Bda C Mec;
- Ficar ECD reverter ao Cmdo da FTC DIAMANTE, Mdt O.
...
2. EXTRATO DA ORDEM DE OPERAÇÕES DA BDA AMV - MODELO
...
b. Escalão de Assalto (Esc Ass)
...
c. Escalão de Acompanhamento e Apoio (Esc Acomp Ap)
... (tropas de Apoio ao Combate e Logística).
A-2
EB70-MC-10.218
A-3
EB70-MC-10.218
A-4
EB70-MC-10.218
Esc Ass.
2) Durante a manutenção:
- 1 SU do 6º BIL
- Planejar seu emprego nos setores dos 5º BIL, 4º BIL e 6º BIL, nessa prioridade.
...
O
2
O
1
O
3
Fig A-1 – Extrato do Calco Op do modelo acima, contendo os Obj de cerco da localidade
Fonte: Bda Amv, sobre a carta Lagoinha, 1/50.000
A-5
EB70-MC-10.218
ANEXO B
O PLANEJAMENTO DA OPERAÇÃO DE ASSALTO AEROMÓVEL
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
B-1
EB70-MC-10.218
B-2
EB70-MC-10.218
B-3
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2.5.10 ZONA DE REUNIÃO: local que permite a reunião de uma fração de Helcp
para diversas finalidades, podendo ser considerado para o estabelecimento de
posto de ressuprimento avançado.
2.5.11 LINHA DE APROXIMAÇÃO: medida de coordenação e controle
representada por uma linha contínua, traçada em calcos de operações ou cartas
topográficas, sobre referências nítidas no terreno. Caracteriza, para a F Helcp,
as posições mais à frente até onde se pode realizar o voo a baixa altura.
2.5.12 LINHA DE ENGAJAMENTO: medida de coordenação e controle
representada por uma linha contínua, traçada em calcos de operações ou
cartas topográficas, sobre referências nítidas no terreno. Caracteriza, para
a F Helcp, as posições mais à frente até onde se pode realizar o voo de
contorno, livre da monitoração radar inimiga. Nos deslocamentos à frente
dessa linha, é realizado o voo desenfiado com a utilização do itinerário de
voo para balizamento.
2.5.13 HORA H E LINHAS DE CONTROLE (L Ct): medidas de coordenação
e controle, integrando uma hora H (relacionada ao início do deslocamento da
F Helcp) com várias linhas de controle transversais à rota e ao itinerário de
voo, com a previsão em cada L Ct do momento (em relação à hora H) da
passagem dos helicópteros. Essa medida de coordenação e controle possibilita
a execução de fogos de artilharia à frente das L Ct, até o momento em que os
helicópteros que estiverem à testa da formação as alcancem, quando então,
o fogo será suspenso e conduzido para outro alvo mais distante, até ser
suspenso, novamente, em razão da aproximação da próxima L Ct pela F Helcp
e, assim, sucessivamente.
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meios em apoio à F Spf, mediante coordenação com seu E3. Além das já citadas,
tem as seguintes atribuições:
a) exercer a supervisão das operações da Av Ex no âmbito da F Spf;
b) atuar na coordenação e no controle do espaço aéreo, em ligação com a Força
Aérea Componente (FAC) ou com o órgão da Força Aérea (F Ae) encarregado
dessa atividade, no TO/A Op;
c) agilizar as ligações de estado-maior (EM) com as unidades aéreas
subordinadas, sempre que necessário;
d) participar das reuniões de seleção e priorização de alvos; e
e) outras atribuições inerentes ao emprego da Av Ex no contexto da manobra
terrestre.
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3.4.2.1 O suprimento classe III (Av) varia de acordo com a profundidade da missão.
Caso seja ultrapassada a autonomia das Anv empregadas, será necessário o
desdobramento de posto de ressuprimento avançado (PRA), conforme estudo
de situação realizado pelo Cmt F Helcp.
3.4.2.2 A munição de aviação, em princípio, tem o seu consumo reduzido,
restringindo-se às ações de segurança e reconhecimento em proveito da FT Amv,
realizadas pelos Esc Rec e Esc Seg. O remuniciamento poderá ser realizado no
PRA, conforme estudo de situação realizado pelo Cmt F Helcp.
3.4.2.3 Deve ser dada ênfase aos trabalhos de manutenção das Anv antes da
missão, visando à máxima disponibilidade de meios. Assim, deverá haver a
previsão de maior consumo de Sup classe IX (Av). Durante o cumprimento da
missão, as necessidades de manutenção são atendidas pelos elementos leves
de manutenção de aviação (Elm L Mnt Av), desdobrados nas áreas de trens da
F Helcp.
3.4.2.4 As atividades de transporte nas áreas controladas pelas forças amigas
são realizadas, em princípio, por via terrestre, sendo o emprego de Helcp restrito
às situações especiais.
3.4.2.5 A utilização de aeronave para a evacuação de feridos deve ser coordenada
pelo escalão considerado.
4.2 MEMENTO
4.2.1 NO RECEBIMENTO DA MISSÃO
4.2.1.1 Ligar-se com o Cmt da F Helcp designado para a missão a fim de:
a) verificar a disponibilidade de Anv e a situação dos guias Amv; e
b) determinar o horário e o local do briefing inicial.
4.2.1.2 Ligar-se com outros elementos que apoiarão a missão.
4.2.1.3 Elaborar o quadro horário.
4.2.1.4 Realizar o estudo sumário da missão (o quê?, quando?, onde?).
4.2.1.5 Emitir a ordem preparatória (O Prep).
4.2.1.6 Planejar o briefing inicial.
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ANEXO C
CARACTERÍSTICAS DOS HELICÓPTEROS EM USO NO EXÉRCITO BRASILEIRO
(Av Ex)
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AS365K Pantera
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C-3
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AS550A2 Fennec
C-4
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AS350 L1 Esquilo
C-5
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H225M Jaguar
C-6
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AS532UE Cougar
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Motores 2 X T-700-GE-701C
Potência 1.410 kw (MTOP) - cada
Peso Básico 5.850 kgf
Peso Máximo de Decolagem 9.980 kgf
Tanques Principais: 1.088 kgf (1.377 litros)
Combustível Máximo
Tanques Externos: 1.360 kgf (1.722 litros)
Tanques Principais: 2h20min
Autonomia
Com Tanques Externos: 4h50min
Distância Máxima (PMC) 628 NM (1.163 km)
Velocidade de Cruzeiro 130 kt (240 km/h)
Velocidade para Planejamento de Missões 60 Kt (100 Km/h)
Armamento 2 Mtr laterais 7,62 (autodefesa)
Capacidade do Gancho 3.628 kgf
Capacidade do Guincho 272 kgf
Volume de Carga Interna 10,3 m3
Macas (Max) 6
Tripulação Padrão 4 (2 pilotos e 2 mecânicos de voo)
Tropas (Max) 12
Tipos de Voo Aprovado VFR/IFR/OVN
- Transporte
Tipo de Operações
- Operações Especiais
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REFERÊNCIAS