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TCC Corrigido

Este documento é uma dissertação sobre as contribuições da neuropsicopedagogia no contexto educacional. A autora discute como os princípios das neurociências podem ser aplicados na educação para melhor compreender os processos de aprendizagem. O objetivo é analisar a atuação do neuropsicopedagogo na escola e mostrar como esta profissão pode auxiliar educadores a superar barreiras de aprendizagem.
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TCC Corrigido

Este documento é uma dissertação sobre as contribuições da neuropsicopedagogia no contexto educacional. A autora discute como os princípios das neurociências podem ser aplicados na educação para melhor compreender os processos de aprendizagem. O objetivo é analisar a atuação do neuropsicopedagogo na escola e mostrar como esta profissão pode auxiliar educadores a superar barreiras de aprendizagem.
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FACULESTE - FACULDADE DO LESTE

MARIA CELIEIDE DOS SANTOS PEREIRA

COLABORAÇÕES DA NEUROPSICOPEDAGOGIA EM UM CONTEXTO


EDUCACIONAL: UMA NOVA ANALISE SOBRE A ESCOLA

IGARAPÉ DO MEIO-MA
2021

FACULESTE –FACULADES DO LESTE

201

1
COLABORAÇÕES DA NEUROPSICOPEDAGOGIA EM UM CONTEXTO
EDUCACIONAL: UMA NOVA ANALISE SOBRE A ESCOLA

Trabalho de conclusão de curso


apresentado à Faculeste de Coronel
Fabriciano – MG como requisito para
obtenção do diploma do curso de:
Neuropsicopedagogia sob
orientação do professora: Raquel
Ramos Sabino Barros

IGARAPÉ DO MEIO-MA ,
2021

1. INTRODUÇÃO

Marcado pelas grandes descobertas da Neurociência, o século


XXI tornou-se um cenário de integração de diferentes campos do conhecimento
até então tratados de forma isolada. Para melhor compreender as funções
mentais, concebendo o ser humano numa perspectiva biopsicossocial, as
Neurociências têm ajudado a entendida como o produto total de um complexo
cerebral em sua fisiologia, mas também de um cérebro “social” que se constitui

202

2
na relação (Inter e intra) com o meio ambiente (CORRÊA; CELY; CUADROS,
2018).
Que, a "caixa preta" do funcionamento da mente humana era, aos
poucos, iria se revelando, trazendo novas perspectivas em áreas como saúde e
educação.
Nesse contexto, os profissionais da educação devem compreender
os princípios básicos da neurociência, para que a teoria e a prática
educacional, e assim comuniquem sinergicamente a estreita ligação entre o
cérebro humano e o processo cognitivo (OLIVEIRA, 2011).
Simões (2016) chama a atenção ao enfatizar que os dois campos
possuem formas de ação e finalidades distintas, para o qual o autor destaca
que os produtos da Neurociência não se aplicam-se diretamente e
imediatamente à Educação, que deve ser reinterpretada, como defendem
Corrêa, Cely e Quadros (2018), para que possam efetivamente contribuir para
o campo educacional.
É neste sentido que Guerra (2011) defende que a Neurociência pode
auxiliar na educação. Os profissionais pensam e inovam em sua intervenção,
mas não fornecem prescrições, receitas ou processos que garantam resultados
em sala de aula. Profissionais que lidam diretamente com a aprendizagem,
podendo ser, inclusive, um neuropsicopedagogo ou mesmo o professor.
No contexto deste trabalho, a neuropsicopedagogia é uma ciência
transdisciplinar baseada nas neurociências, aplicada à educação e vinculada à
pedagogia e à psicologia cognitiva, tendo como objeto central de estudo a
relação entre o sistema nervoso e a aprendizagem humana, sob um “ângulo
apoiado pela integração socioeducativa do aluno (FÜLLE et al., 2018).
Como aponta Fonseca (2014), a neuropsicopedagogia destaca as
habilidades do cérebro, tanto dos alunos quanto dos educadores, orais,
escritas e quantitativas; nos professores, quando transmitem, medeiam e

203

3
ensinam habilidades e modos de saber, uma vez que a interação entre dois
indivíduos está implícita no ato de educar.
De acordo com o Código de Ética da Sociedade Brasileira de
Neuropsicopedogia (SBNPp, 2014, p.4), em seu artigo n°. 3:
Definiu-se por parametrizar como Neuropsicopedagogo aqueles
profissionais que através de uma formação pessoal, educacional,
profissional e um corpo de práticas próprias da Neuropsicopedagogia
busca atender demandas sociais, norteado por padrões técnicos e
pela existência de normas éticas que garantam a adequada relação
de um profissional com seus pares e com a sociedade como um todo
de acordo com as especificidades das funções.

A escola tem um valor fundamental para o desenvolvimento cognitivo e


social da criança, por isso é imprescindível que o professor conheça o
funcionamento cognitivo de seu aluno, quais áreas do cérebro atuam ou não
durante a aprendizagem, como a aprendizagem se estabelece, e como pode
ser feito para superar as barreiras epistemológicas e as dificuldades
encontradas em diferentes crianças, e como melhorar as estratégias de ensino
por meio de metodologias específicas.
Daí a importância de conhecer a atuação institucional do
Neuropsicopédagogo, como se deu o processo de formação, e como ela
poderia se efetivar dentro de um estabelecimento de ensino em colaboração
com outros profissionais. , o objetivo deste estudo é melhorar a compreensão
da atuação do profissional visado nos espaços educacionais, como uma
profissão muito recente e impregnada de incertezas sobre a real contribuição e
os limites da atuação, bem como evidenciar as contribuições da
neuroeducação ao processo de ensino e aprendizagem.

1.1Objetivos
De uma forma geral, a Neuropsicopedagogia visa estudar as inter-
relações entre as Neurociências, a Psicologia Cognitiva e a Pedagogia, de
forma a delinear uma melhor identificação, diagnóstico, prevenção e

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4
reabilitação tendo em conta as diversas dificuldades encontradas pelos alunos,
equipe docente e família do aluno.
Os seguintes objetivos são, para os objetivos elencados no currículo do
curso de Neuropsicopedagogia Institucional e Educação Inclusiva
(CENSUPEG, 2019):
 Capacitar os profissionais frente à compreensão do papel do cérebro
humano em relação aos processos de aprendizagem, considerando os
aspectos neurocientíficos, pedagógicos, psicológicos e biológicos para
promover a aplicação de estratégias pedagógicas nos diferentes
espaços institucionais, cuja eficiência científica seja comprovada pela
literatura, avaliando as funções cognitivas, exceto inteligência,
transtornos de humor e personalidade; e intervindo nas questões de
aprendizagem.
 Compreender e analisar o aspecto da inclusão de forma sistêmica,
abrangendo pessoas com dificuldades de aprendizagem e/ou
deficiências, bem como sujeitos em risco social, promovendo
reintegração pessoal, social e acadêmica nos diferentes espaços
coletivos.
 Desenvolver competências de acordo com as disciplinas da grade
curricular, bem como conhecimentos técnicos específicos para atuação
em espaços coletivos que sejam berço da aprendizagem humana,
agindo individualmente ou em equipe multidisciplinar.
Como o artigo visa promover questões que incluem a importância do
neuropsicólogo educacional no ambiente escolar, serão escolhidos capítulos e
artigos apropriados que tratem do papel do neuropsicólogo educacional
institucional. Com base no trabalho coletivo são chamados de
Neuropsicopedagogo Institucionais e podem receber o objeto do módulo com
Educação Especial e / ou Educação Inclusiva ”(SBNPp, 2014, 15).

Destaca-se, através de excertos dos respectivos capítulos e artigos, que


a atuação dos Neuropsicopedagogos Institucionais está condicionada à
atuação no coletivo, ou seja, nas empresas, escolas públicas e privadas,
centros, instituições de ensino, instituições de ensino superior, e no terceiro
setor em geral, a que se refere o código de ética.

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5
Quanto à conquista do Código do Trabalho Brasileiro (CBO) do
Neuropsicopedagogo, essa façanha só aconteceu recentemente, em julho de
2019. O objetivo do CBO é identificar as profissões e a atuação dos
profissionais, facilitando o recrutamento por meio da Consolidação do Trabalho.
Lei (CLT) e demais benefícios sociais, serviços e contratos públicos O
Neuropsicopedagogo Institucional foi marcado com o código (239445) e a
Clínica com o código (239440). Esse ganho só foi possível. Porque os
profissionais se uniram e formaram uma empresa organizada com objetivos
comuns e que, com a ajuda de órgãos governamentais e pesquisas
verdadeiramente eficazes, conquistou reconhecimento (SBNPp, 2019).

1.2 justificativa

Os primeiros relatos de menção à neuropsicopedagogia no Brasil são


muito recentes, segundo Fulle et al. do Rio Grande do Sul, foi intitulado
“Estudos Neuropsicopedagógicos”. Nesses cursos, eram ministrados
conteúdos que contemplavam conceitos da estrutura biológica do cérebro e do
desenvolvimento neuropsicológico, com ênfase na neuroplasticidade.
Saibendo como o cérebro evolui e continua a evoluir ao longo do tempo
é preponderante para a constituição do processo de ensino e aprendizagem,
que é uma característica ímpar da atribuição humana de transmissão
intergeracional da cultura, entre seres maduros e vividos, mas também entre
seres imaturos e inexperientes (FONSECA, 2014). Eles não compartilham mais
dessa atribuição exclusivamente humana, sendo limitados a características e
comportamentos ditados por influências inatas a sua espécie.

Devido à grande necessidade de saber intervir no processo de


aprendizagem, e não apenas de conhecer os conceitos do sistema nervoso,
surgiu a necessidade de uma formação específica em neuropsicopedagogia no
Brasil. Assim, em 2009, a Faculdade de Ciências da Educação, Saúde,

206

6
Pesquisa e Popularização (CENSUPEG) institui o curso de pós-graduação
latosensu em neuropsicopedagogia que, com o aumento exponencial do
número de alunos matriculados e de diversos professores-pesquisadores que
atuam em diferentes perspectivas teóricas nas áreas da saúde e da educação,
decidiram se instalar legalmente com o título de brasileiro. Sociedade de
Neuropsicopedagogia (SBNPp) Pretendiam trazer uma encarnação social
dessa ciência e promover uma padronização e codificação dos sistemas de
referência relacionados à profissão (FÜLLE et al., 2018).

O código de ética da Neuropsicopedagogia encontra-se na sua


resolução n.º 3, de 2014. Os capítulos estão elencados e referem-se
respectivamente a: capítulo 1 - Apresentação, nome e objetivos; Capítulo 2 -
Definição, princípios básicos e diretrizes; capítulo 3 - Continuação das
atividades, responsabilidade e promoção profissional; capítulo 4 - Sobre
ferramentas; capítulo 5 - Formação de professores e reconhecimento
institucional; capítulo 6 - Pesquisas, trabalhos e publicações científicas e
capítulo 7 - Disposições gerais.
Como são vários os capítulos detalhados no código de ética, serão
elencados somente os mais pertinentes à problemática do artigo. Tal código
postula que (SBNPp, 2014, p:4):

Os princípios éticos que orientam a formação e a atuação


profissional, também, fundamentam a imagem técnica profissional do
Neuropsicopedagogo. O presente Código de Ética Técnico
Profissional reúne as diretrizes que devem ser observadas nas ações
profissionais, na formação educacional e no que se refere as
instituições que ofertam a formação, a fim de atingir padrões éticos
cada vez mais elevados no âmbito geral da Neuropsicopedagogia.

2. METODOLOGIA

207

7
A pesquisa abrange vários campos, visto que o assunto em questão é
profundo e complexo. Entre as várias áreas de interesse de pesquisa estão
áreas educacionais e algumas abordagens recentes aos princípios da
neurociência.
Para o campo pedagógico, a ênfase é direta e explícita, esclarece e
muda a visão dos professores quanto à aquisição da linguagem escrita e suas
relações com os alunos e sua forma de ver o mundo.
Embora muitas outras áreas também estejam vinculadas ao tema, elas
não figuram como protagonistas no centro desta pesquisa, pois o tema trata,
em geral, da criança, da construção de sua linguagem escrita e da percepção
dessa construção por meio da facilitação de certos princípios da neurociência.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1. NEUROCIÊNCIAS, APRENDIZAGEM E ENSINO

A neurociência se integra a outras ciências existentes para abranger o


que elas se propuseram a explicar e tece novas redes que expandem a
informação, construindo um arcabouço teórico que parece não parar quando
para. E sobre o processo de ensino e aprendizagem, também se preocupa com
explicar como se dá o processo de ensino e aprendizagem, tendo em sua
constituição básica peculiaridades que diferem da neurociência, mas que foram
se desconstruindo ao longo do tempo, a partir de novas descobertas de
atividades humanas.
Alguns deles começam cedo na vida da criança e estão relacionados ao
cotidiano do indivíduo, tais como: comer, beber, segurar objetos, andar e falar.
Outros, por outro lado, são encontrados em estabelecimentos de ensino
específicos e ocorrem de forma sistemática, como os encontrados em escolas,
creches e locais de aprendizagem. É determinado por fatores internos
(endógenos) e externos (exógeno), que resulta na modificação do
comportamento da pessoa (NETTO; COSTA, 2017)

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8
Para Tabille e Jacometo (2017), a aprendizagem pode ser definida
como um processo dinâmico de interação com o ambiente da criança, de tal
modo a fim de garantir a apropriação e criação de estratégias baseadas em
seus interesses, aliadas aos estímulos que o meio social lhes oferece.
Neurociência e educação têm uma relação intimamente ligada, pois o
cérebro desempenha um papel central no processo de aprendizagem. Também
poderíamos dizer o contrário: essa aprendizagem está ligada ao cérebro, como
aponta Oliveira (2014). Às potencialidades e às dificuldades de cada um, ajuda
educadores e pais na tarefa de educar; compor ações educativas com base no
conhecimento da neurociência, significa utilizar ferramentas capazes de
analisar a trajetória de aprendizagem de forma a maximizar o desenvolvimento
e o potencial de aprendizagem do indivíduo. Ele destaca ainda que Finscher
(2009) apud Oliveira (2014), preconiza a união da biologia, das neurociências,
do desenvolvimento e da educação como pilares da pesquisa em educação.
Nunes e Silveira (2015) corroboram as ideias do referido autor, pois para
eles a aprendizagem tem suas peculiaridades, ou seja, deve ser pensada de
forma particular e única, aplicada a cada ato social e cultural, pois existem
influências que também colaboram para que o aprendizado tenha efeito.
Os achados sobre a aprendizagem pela neurociência contribuem
efetivamente para o desempenho educacional, entre os quais se destacam os
de cunho cognitivo e meta cognitivo, que permitem ao sujeito controlar e
regular tanto o comportamento em relação às necessidades e demandas,
quanto o processo de informação, que permite maior envolvimento, em
comportamentos adaptativos e intencionais (ARDA; OCAK, 2012 apud FÜLLE,
2018)
Daí a necessidade de aprendizagem consistente com o desenvolvimento
funcional do sistema nervoso, a fim desrespeitar o amadurecimento
neurobiológico da criança, pois uma das grandes contribuições que podem ser

209

9
feitas à Neurociência é lançar luz sobre a natureza da aprendizagem (DA
SILVA; MORINO, 2012)
Bem como transformar a prática educativa para '' alcançar o nível mais
desejado na Educação: o da aprendizagem significativa e prazerosa Conclui-se
que as neurociências não oferecerão uma nova pedagogia, muito menos a
solução para as dificuldades e desvantagens de aprendizagem, mas
estabelecerão uma prática de ensino já exitosa, respeitando, portanto, o
funcionamento e classificação do cérebro atividades que tendem a ser mais
eficazes (CONSENZA; WAR, 2011)
Considerando que o processo de ensino e aprendizagem é um
fenômeno multifatorial e indeterminado, é importante refletir que não há melhor
aspecto ou teoria para compreender a aprendizagem, o que requer a
interlocução de diferentes saberes em uma prática trans / interdisciplinar,
embora sejam evidentes os avanços na compreensão dos mecanismos de
aprendizagem, a complexidade e a singularidade em torno dessa discussão
não se limitam não à atuação do neuropsicopedagogo, mas trazem novos
elementos ao debate sobre o processo de ensino e Aprendendo.
3.2 O DESAFIO DA ESCOLA/PROFESSOR COMO FACILITADOR DA
APRENDIZAGEM
O chamado “fracasso escolar” é hoje um dos temas mais estudados e
discutidos na educação em geral, e leva a diferentes concepções sobre os
motivos de sua ocorrência, os pais, o contexto social, a economia ou mesmo a
política, a aprendizagem é estabelecida pela soma de diversos fatores (sociais,
ambientais, biológicos, entre outros), portanto a não aprendizagem segue a
mesma ordem.
No atual contexto escolar, é óbvio que este espaço e o seu modos
operantes não têm despertado muito interesse entre os alunos, infelizmente a
escola como local de dúvida e curiosidade consolidou-se como uma
formalidade na fase da vida de muitas crianças e jovens. Pessoas que não

2010

10
associam aprendizagem e prazer. Assim, são vários os casos de familiares que
se deram a conhecer e foram estigmatizados como "fracos" na escolaridade,
ou repetiram um ano, foram mantidos na escola no ensino básico ou
secundário, ou ainda chegou ao fim do ciclo com atrasos diferentes dos de
outras pessoas da mesma idade.
Paula (2009) discorre que as problemáticas encontradas na questão do
fracasso escolar podem se dar de forma “intraescolar” ou “extraescolar”. Como
fatores intraescolares encontrados na maioria da população, são citados:
escassas condições financeiras, falta de saneamento básico em muitas
moradias, fome, desnutrição, e todas as demais privações que essas crianças
podem passar. Há também condições neurológicas que podem contribuir para
que a não-aprendizagem se estabeleça, o que merece uma maior atenção.
Como fatores extracurriculares, destacam-se: dificuldades relacionadas
ao currículo, programas, metodologia e ensino adotados pelo professor e
especialistas e avaliações de desempenho. Paula (2009) também aponta que
os estratos sociais menos favorecidos estão intrinsecamente ligados à evasão
escolar e a repetição, há a sensação de que a escola não é o lugar certo para
eles, porque não há espaço mental reservado para a aprendizagem Aí, na
escola, haveria a sensação de que só os malvados iriam surgir nesse lugar de
sentimentos, como ser rejeitado, corrigido e observado; e que seus problemas,
estão na cabeça da maioria dessas crianças, elas seriam muito mais
importantes do que apenas aprender a ler e escrever.
Rodrigues e Chechia (2017) postulam que muitas vezes essas crianças
não possuem conhecimentos prévios sobre determinado assunto, o que as faz
desanimar e abandonar a escola, e também reiteram que alguns professores
carecem de preparo para entender a situação da criança e de ser. capaz de
ajudá-los a se desenvolver, é preciso pensar em uma forma de ensino mais
específica e condizente com o nível de estrutura educacional ali encontrada.

2011

11
Oliveira e Müller (2018) relembram vários fatores destacados pelos
autores supracitados, em particular problemas ligados à indisciplina dos alunos
nas aulas, que estariam ligados a problemas familiares; dessa forma, os alunos
iriam para a escola por obrigação dos pais, e por trabalharem e não terem
tempo para supervisionar as atividades, acabariam negligenciando as
atividades escolares dos filhos, aumentando assim o sentimento de solidão
dessas crianças.
A própria escola tem a função social de preparar, melhorar e educar a
criança para viver em sociedade e adquirir as habilidades necessárias para a
convivência como um espaço importante na vida da criança, e muitas vezes o
lugar onde ela passa a maior parte do tempo do dia, é extremamente
importante que a escola possa cobrir de forma eficaz os problemas e situações
que os alunos trazem.
Nessa perspectiva, a escola não faz parte da vida, mas é, em si mesma,
a própria vida, dando sentido ao que foi aprendido, assim como deve
desencadear um processo de interpretação. Transformação a (auto)
descoberta do material que ela constitui, na interação, tornando os
personagens da escola um papel catalítico.
Embora tímidos e pontuais, muitos cursos de formação de professores e
profissionais da educação têm abordado as necessidades reais, complexas e
plurais das aulas, integrando momentos e temas de reflexão no seu currículo,
amparados no diálogo com as neurociências. Que se tornam um passo em
frente para inovação no contexto escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As neurociências têm dado um contributo significativo no domínio da


educação, a título preventivo, corretivo ou “ad hoc”; para esta finalidade como
funciona o cérebro e como proceder de acordo com a dificuldade ou o distúrbio

2012

12
encontrado, contribuindo para um planejamento de intervenção mais assertivo
e eficaz.

A escola é concebida como um espaço de troca e conformação da


identidade pessoal e social dos alunos, por isso, é imprescindível que nela
trabalhem profissionais que ofereçam o melhor aos alunos, intervindo dos
problemas socioemocionais dos alunos. Problemas cognitivos e o processo de
aprendizagem, tanto na parte da identificação afetiva com as crianças, quanto
no planejamento estratégico de atividades que possibilitem um maior
aprendizado.
O profissional da neuropsicopedagogia tem uma tarefa importante e
difícil responsabilidade: conquistar / entrar mais espaços e mostrar sua
importância por se tratar de uma atividade ainda muito recente e que só
ganhou destaque em meados de 2019, o profissional da neuropsicopedagogia
ainda precisa reafirmar sua atuação, e explorar novas possibilidades. Onde
funcionará ajudando outros profissionais a compreender o funcionamento
cognitivo dos indivíduos e desenvolver estratégias e intervenções usando
princípios fundamentais da neurociência, psicologia cognitiva e pedagogia.

2013

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REFERÊNCIAS

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; DA SILVA, Roberto.


Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007

BOSSA, NADIA A. A psicopedagogia no Brasil – 2° Ed. Artemd. Porto


Alegre, RS, 2000.

FREUD, ANNA – O tratamento psicanalítico de crianças - 5° Ed. Mago


Editôra LTDA, RJ 1971.

LEMME WEISS, MARIA LUCIA - Intervenção Psicopedagógica nas


Dificuldades de Aprendizagem Escolar – Ed. Wak – 2014.

BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da


prática. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: arte/Ministério da educação.


Secretaria da Educação Fundamental. – 3 ed. Brasília: A Secretaria, 2001.

GIL. Antônio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 5.ed. São Paulo:
Altas, 2010

MINAYO, Maria Cecília de Souza. Pesquisa Social: teoria, método e


criatividade. 23. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004

OLIVEIRA, Mari A. C. intervenção psicopedagógica na escola. 2 ed.


Curitiba:2009.

2014

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