0% acharam este documento útil (0 voto)
227 visualizações45 páginas

PCA - Exemplo

1) O documento apresenta o Plano de Controle Ambiental para a ampliação e reforma da Feira do Produtor em Mirassol D'Oeste, MT. 2) Ele caracteriza o município, projeto, aspectos físicos, biológicos e econômicos da região e identifica os possíveis impactos ambientais e medidas de mitigação. 3) O PCA propõe ações para gerar empregos, melhorar a qualidade de vida local, controlar erosão, tráfego, ruídos, resíduos sól

Enviado por

gosolucoes
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
227 visualizações45 páginas

PCA - Exemplo

1) O documento apresenta o Plano de Controle Ambiental para a ampliação e reforma da Feira do Produtor em Mirassol D'Oeste, MT. 2) Ele caracteriza o município, projeto, aspectos físicos, biológicos e econômicos da região e identifica os possíveis impactos ambientais e medidas de mitigação. 3) O PCA propõe ações para gerar empregos, melhorar a qualidade de vida local, controlar erosão, tráfego, ruídos, resíduos sól

Enviado por

gosolucoes
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 45

Associação Mato-grossense dos Municípios

www.amm.org.br | [email protected]

PLANO DE
CONTROLE AMBIENTAL
(PCA)

PREFEITURA MUNICIPAL DE MIRASSOL


D’OESTE NOVEMBRO /
2019

ELABORADORA: NUHAYLA ALMEIDA FIDELIS


Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

PLANO DE
CONTROLE
AMBIENTAL (PCA)

PREFEITURA MUNICIPAL DE MIRASSOL


D’OESTE

2019
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

APRESENTAÇÃO

O presente documento constitui no Plano de Controle Ambiental (PCA) para obras


de Ampliação e Reforma da Feira do Produtor, localizada no município de Mirassol
D’Oeste/MT.
O presente PCA aborda a interação entre elementos dos meios físico, biológico e
socioeconômico buscando apresentar o diagnóstico da área em geral, de forma a
caracterizar os objetivos, os indicadores ambientais, o público alvo, a metodologia, os
requisitos legais e as atividades a serem realizadas.
Este documento foi elaborado de acordo com as normas e regulamentos da
Legislação Ambiental vigente. Foram acompanhadas e obedecidas as especificações e
exigências contidas no Termo de Referência fornecido por este órgão ambiental,
Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA/MT, a fim de se obter o Licenciamento
Ambiental da obra em questão.
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

SUMÁRIO

1. INFORMAÇÕES GERAIS ................................................................................................ 6


1.1. IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE ............................................................... 6
1.2. IDENTIFICAÇÃO DA OBRA ............................................................................... 6
1.3. RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO DO PRESENTE
DOCUMENTO ....................................................................................................................... 6
2. INTRODUÇAO ................................................................................................................... 7
3. OBJETIVO .......................................................................................................................... 8
4. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICIPIO .......................................................... 8
4.1. CONTEXTO HISTÓRICO ........................................................................................... 8
4.2. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO .............................................................. 9
4.3. INFRAESTRUTURA EXISTENTE ........................................................................... 12
4.3.1. Abastecimento de Água ...................................................................................... 12
4.3.2. Esgotamento Sanitário......................................................................................... 13
5. CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO EXECUTIVO .................................................. 14
5.1. LEGISLAÇÃO PERTINENTE DO EMPREENDIMENTO ...................................... 14
5.2. QUADRO DE ÁREAS ............................................................................................... 14
5.3. AMBIENTES EXISTENTES ..................................................................................... 14
5.4. AMBIENTES A AMPLIAR – CONSTRUIR............................................................. 14
5.5. FONTE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E QUALIDADE ................................ 15
5.6. ENERGIA ELÉTRICA ............................................................................................... 15
5.7. LIMPEZA DO LOCAL .............................................................................................. 15
6. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA ........................................................................................ 16
6.1. CLIMA....................................................................................................................... 16
6.2. PLUVIOSIDADE .................................................................................................... 17
6.3. TEMPERATURA .................................................................................................... 17
6.4. ALTITUDE ............................................................................................................... 18
6.6. PEDOLOGIA ........................................................................................................... 20
6.7. UNIDADE DE RELEVO ....................................................................................... 20
6.8. GEOLOGIA .............................................................................................................. 21
7. ASPECTOS BIOLOGICOS ............................................................................................. 22
7.1. VEGETAÇÃO ............................................................................................................ 22
7.2. FAUNA ....................................................................................................................... 23
8. ASPECTOS ECONÔMICOS........................................................................................... 23
9. PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL ....................................................................... 24
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

10. DESCRIÇÃO GERAL DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS


MITIGADORAS ....................................................................................................................... 25
10.1. FONTES DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS ........................................................ 26
10.1.1. EMISSÃO DE MATERIAL PARTICULADO .................................................. 26
10.1.2. POLUIÇÃO SONORA ....................................................................................... 26
11. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .................................................. 28
11.1. MEIO BIOLÓGICO ................................................................................................ 28
11.2. MEIO FÍSICO ......................................................................................................... 28
11.3. MEIO SOCIOECONÔMICO.................................................................................. 28
11.4. IMPACTOS AMBIENTAIS POTENCIAIS POR MEIO E FASE DE INCIDÊNCIA
29
11.5. CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS (IAS) 30
12. MEDIDAS MITIGATÓRIAS E PREVENTIVAS DE CONTROLE AMBIENTAL
DOS IMPACTOS ...................................................................................................................... 32
12.1. GERAÇÃO DE EMPREGO ................................................................................... 32
12.2. MELHORIA NA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO ............................ 32
12.3. EROSÃO ................................................................................................................. 33
12.4. PROLIFERAÇÃO DE FAUNA SINANTRÓPICA ............................................... 33
12.5. AUMENTO DO TRÁFEGO DE VEÍCULOS ........................................................ 34
12.6. AUMENTO DOS RISCOS DE ACIDENTES ....................................................... 34
12.7. IMPLANTAÇÃO DE SINALIZAÇÃO .................................................................. 35
12.8. EMISSÃO DE RUÍDOS E VIBRAÇÕES .............................................................. 35
12.9. EMISSÃO DE MATERIAL PARTICULADO ...................................................... 36
12.10. ALTERAÇÃO PAISAGISTICA ............................................................................ 37
12.11. DESTRUIÇÃO DA FAUNA .................................................................................. 37
12.12. CONTAMINAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS ..................... 38
12.13. CONTAMINAÇÃO DO SOLO .............................................................................. 38
12.14. POLUIÇÃO POR EFLUENTE LÍQUIDO ............................................................. 39
12.15. POLUIÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS .............................................................. 39
12.16. CONSUMO PER CAPITA - ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................. 42
12.17. DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS .................................................................. 42
13. MONITORAMENTO ....................................................................................................... 43
14. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 44
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Croqui de localização da sede municipal de Mirassol D’Oeste/MT........................... 9


Figura 2 – Distância entre Cuiabá e Mirassol D’Oeste. ............................................................. 10
Figura 3 – Localização do município de Mirassol D’Oeste no estado de Mato Grosso. ........... 10
Figura 4 – Municípios limítrofes ao município de Mirassol D’Oeste/MT................................. 11
Figura 5 – Unidade Climática do município Mirassol D’Oeste /MT. ....................................... 16
Figura 6 – Precipitação no Município de Mirassol D’Oeste/MT. ............................................. 17
Figura 7 – Variação no Município de Mirassol D’Oeste/MT. .................................................. 18
Figura 8 – Hidrografia do Município de Mirassol D’Oeste/MT. .............................................. 19
Figura 9 – Pedologia do município de Mirassol D’Oeste/MT. .................................................. 20
Figura 10 – Geologia do município de Mirassol D’Oeste/MT. ................................................. 21
Figura 11 – Bioma e Vegetação do município de Mirassol D’Oeste/MT. ................................. 22

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Nível de critério de avaliação (NCA) para ambientes externos, em dB(A). ........... 26
Quadro 2 – Quadro demonstrativo de impactos ambientais potenciais por meio e fase de
incidência. ................................................................................................................................... 29
Quadro 3 – Quadro demonstrativo de classificação dos impactos ambientais significativos. ... 31
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.1. IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE

Requerente: MUNICIPIO DE MIRASSOL D’OESTE


Nome Fantasia: PREFEITURA MUNICIPAL
CNPJ: 03.755.477/0001-75
Endereço: Rua Antônio Tavares, n° 3310, Bairro Centro.
CEP: 78.280-000
Município/UF: Mirassol D’Oeste /MT

1.2. IDENTIFICAÇÃO DA OBRA

Obra: Ampliação e Reforma da Feira do Produtor


Endereço: Rua Paulo Mendonça, esquina com a Rua Renato José da
Silva, Quadra 11.
Município/UF: Mirassol D’Oeste /MT

1.3. RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO DO PRESENTE


DOCUMENTO

Responsável Técnico: Nuhayla Almeida Fidelis


CREA/MT: 045455
Registro Nacional 1218175087
Endereço: Rua São Cristóvão, n° 683, Bairro Dom Aquino.
Município/UF: Cuiabá/MT
Telefone: (65) 9 9953 - 7128
E-mail: [email protected]

6
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

2. INTRODUÇAO

As feiras têm origem remota, sendo umas das formas de comércio mais antigas. A hipótese
mais provável para o surgimento das feiras foi a necessidade de abastecimento e a troca de excedentes
de produção por utensílios ou produtos essenciais para a vida nas sociedades humanas, que se fixaram
em aglomerações e determinados locais e períodos específicos. De acordo com Corrêa (2001), a feira
tem como agentes comerciantes, produtores rurais, artesãos e consumidores, sendo eminentemente
espontânea. Envolvendo fluxos de mercadorias, pessoas e informações. Segundo Servilha e Doula
(2009), os mercados e feiras, como espaços livres e públicos, são aqueles, entre outros, onde as
dinâmicas sociais e culturais fluem de forma espontânea e intensa, principalmente pelo grande fluxo
de pessoas e atividades.
Para se evitarem maiores danos ao meio ambiente as obras de Ampliação e Reforma da Feira
Municipal do Agricultor e a conservação devem estar interligadas, por meio das boas técnicas de
construção e monitoramento que incorporam a maioria das atividades e processos destinados a evitar
a degradação ambiental.
Para se minimizar os impactos decorrentes desta atividade são necessários estudos e técnicas
específicas para tentar manter o “equilíbrio” entre o monitoramento das atividades da feira e o meio
ambiente, buscando soluções e planos para que não ocorra o indesejado.
O propósito do presente PCA é o de instruir o processo de licenciamento ambiental. Portanto,
foram realizadas as seguintes etapas: Análise dos impactos ambientais causados e Elaboração de
planos mitigatórios e/ou compensatórios para os impactos ambientais analisados.

7
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

3. OBJETIVO

Este projeto visa realizar o estudo ambiental na região que compreende a Feira do Produtor,
localizada no município de Mirassol D’Oeste/MT, para avaliar os principais impactos, a fim de
requerer à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), o licenciamento ambiental da obra, na
modalidade de Licença Prévia e Licença de Instalação (LP e LI).

4. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICIPIO

4.1. CONTEXTO HISTÓRICO


Antônio Lopes Molon era Comerciante, empresário e colonizador. Por volta de 1958, Antônio
Lopes Molon, casado com Aparecida Maria Saber de Molon, interessou-se por negócios fundiários
em Mato Grosso, investiu capital e requereu terras devolutas através do Departamento de Terras do
Estado.
Foi Antônio Lopes Molon que fundou o núcleo que deu origem ao atual município de Mirassol
D’Oeste. Por volta de 1958, Molon começou a interessar-se por terras em Mato Grosso e investiu
todo o seu capital nesta região, requerendo terras devolutas através do Departamento de Terras do
Estado. A seguir decidiu dividir a gleba em lotes rurais e urbanos.
Molon montou um escritório de venda de terras, no local da futura Mirassol de Mato Grosso.
Para melhor gerir os negócios associou-se a Mário Mendes, José Lopes Garcia, Nírcia Lopes D’Áuria
e Paulo Mendonça.
A cidade ganhou esta denominação em homenagem aos familiares de Molon, que residiam na
cidade de Mirassol, no estado de São Paulo.
O termo d’Oeste foi acrescentado para que não fosse confundido com o município de
Mirassol, no estado de São Paulo.

8
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

4.2. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO

Mirassol D’Oeste é um município brasileiro do estado de Mato Grosso, região Sudoeste,


localizado sob as coordenadas geográficas Latitude 15°40'34.39" Sul e Longitude 58° 5'33.97" Oeste,
conforme Figura 1. Possui extensão territorial de 1.079,659 Km² (IBGE, 2017) pertence a
Mesorregião 120, microrregião 531 – Jauru.

Figura 1 – Croqui de localização da sede municipal de Mirassol D’Oeste/MT.

A distância entre Mirassol D’Oeste e a capital mato-grossense, Cuiabá, é de 295 km, conforme
apresentado na Figura 2. O acesso principal ao município partindo da capital mato-grossense Cuiabá
se dá pela BR 070, passando o município de Cáceres segue para a BR 174, passando pelo município
Horizonte do Oeste e entrando na MT 175, chega-se em Mirassol D’Oeste na Avenida principal
Presidente Tancredo Neves.

9
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

Figura 2 – Distância entre Cuiabá e Mirassol D’Oeste.

O município de Mirassol D’Oeste está situado na região Sudoeste Mato-Grossense, conforme


apresentado na Figura 3. Os municípios limítrofes são: São José dos Quatro Marcos, Lambari
D’Oeste, Curvelândia, Cáceres e Glória D'Oeste, conforme apresentado na Figura 4.

Figura 3 – Localização do município de Mirassol D’Oeste no estado de Mato Grosso.

10
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

Figura 4 – Municípios limítrofes ao município de Mirassol D’Oeste/MT.

11
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

4.3. INFRAESTRUTURA EXISTENTE


4.3.1. Abastecimento de Água
De acordo com o Plano Municipal de Saneamento Básico do município de Mirassol D’Oeste
(2016), a área urbana do município é abastecida por três captações superficiais e uma captação
subterrânea. O Sistema de Abastecimento de Água do Município de Mirassol D’Oeste é administrado
por uma Autarquia Municipal criada em 2005 pela Lei Complementar nº 045, dispondo de autonomia
administrativa, econômica e financeira. A SAEMI detém a área urbana e distrito e dá assistência no
sistema de tratamento de água da comunidade rural Santa Helena.
A área urbana de Mirassol D’Oeste possui três captações superficiais, sendo a primeira
localizada na represa do SIGLA localizada nas coordenadas geográficas Latitude 15°42’14,10”S e
Longitude 58°04’46,66”O (Ribeirão Caeté), a segunda localizada na represa do Carnaíba, localizado
nas coordenadas geográficas Latitude 15°43’16,00”S e Longitude 58°06’45,30”O e a terceira
localizada no Córrego Rancho Alegre sob as coordenadas geográficas Latitude 15°42’57,64”S e
Longitude 58°06’12,64”O.
A captação do Rancho Alegre é utilizada apenas quando baixa o nível e consequentemente o
volume da represa do Carnaíba, ou seja, em época de estiagens críticas.
As captações funcionam bombeando 21h por dia com parada das 18h às 21h. As captações
superficiais são do tipo flutuante.
O sistema conta também com uma captação subterrânea utilizada apenas na época de
estiagem. Este poço encontra-se localizado na Praça 14 de Maio, nas coordenadas geográficas
Latitude 15º40’28,60” S e Longitude 58°05’54,87” O. A água do poço é bombeada para o reservatório
de concreto elevado, localizado na mesma praça, que distribui por gravidade para a rede de
distribuição. Esse reservatório atualmente funciona apenas como caixa de passagem, apresentando
várias fissuras em sua estrutura. A água subterrânea retirada não sofre tratamento, sendo injetada
diretamente na rede, comprometendo dessa forma toda a água tratada que circula na rede de
distribuição. Não se tem informações sobre a profundidade desse poço e nem sobre a potência da
bomba.
A adutora que transporta a água da represa do SIGLA, apresenta 0,8 km de extensão em
tubulação de FoFo. A capacidade de adução não foi definida pois, não se tem dados exatos sobre a
bomba, apenas potência 12,5CV.
O Sistema de abastecimento de água de Mirassol D’Oeste conta com duas estações de
tratamento de água do tipo convencional, sendo primeira estação implantada em 1981 em concreto

12
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

padrão SABESP, contendo floculador, decantador e 04 filtros, com capacidade para tratar até 25l/s,
atualmente operando em torno de 15 a 18l/s.
A segunda estação de tratamento de água também em concreto possui capacidade para 50 l/s,
apresenta calha parshall, floculador hidráulico, dois decantadores, cinco filtros e uma câmara de
contato; está trabalhando em sua capacidade máxima.
As ETAs se encontram no mesmo ponto, sob as coordenadas geográficas Latitude
15°42’08,73”S e Longitude 58°04’43,76”O. A ETA possui um laboratório o qual realiza apenas as
análises físico químicas como cor, turbidez, pH, flúor, medição de cloro; as análises bacteriológicas
são realizadas em laboratórios especializados e devidamente credenciados em Cuiabá.
A finalidade da reservação é a garantia da qualidade da água e melhoria das condições de
pressão da mesma na rede de distribuição. Para reservação, a cidade possui 07 reservatórios
distribuídos.

4.3.2. Esgotamento Sanitário


De acordo com o PMSB-Mirassol D’Oeste (2016), o atual Sistema de Esgotamento Sanitário
de Mirassol D’Oeste é do tipo separador absoluto e recebe tratamento em nível secundário. O sistema
de tratamento existe a mais de 30 anos, esse sistema recebe o esgoto de 35,40% da população.
O sistema de esgotamento sanitário conta com 27,53 km (SNIS 2014) de rede coletora, com
diâmetros variando entre 100 mm a 150 mm, 04 elevatórias e um sistema de tratamento por lagoas
de estabilização composto por uma lagoa anaeróbia, uma facultativa e uma de maturação. Segundo
SNIS (2014), apresenta cerca de 2.234 ligações de esgoto, os demais são atendidos por ações
individuais de tratamento. O lançamento do esgoto após tratamento é feito no Córrego São Francisco.
A Estação Elevatória (EE) Cohabinha, se localiza na rua 27 de fevereiro, bairro Tamandaré,
sob as coordenadas geográficas Latitude 15°40’33,8” Sul e Longitude 58°05’02,2” Oeste. A EE 12
de Outubro, se localiza na Avenida João Guarnica, bairro Jardim Planalto, sob as coordenadas
geográficas Latitude 15°40’46,80” Sul e Longitude 58°06’02,80” Oeste. A EE PM, se encontra na
rua Maria dos Anjos Braga, bairro Jardim das Flores, sob as coordenadas geográficas Latitude
15°40’16,9” Sul e Longitude 58°06’03,1” Oeste. A EE Tolon, se encontra na Avenida Tancredo
Neves, bairro Centro, sob as coordenadas geográficas Latitude 15º40‘07,40'' Sul e Longitude
58º05‘39,3'' Oeste.

13
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

5. CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO EXECUTIVO

Trata-se das obras de Ampliação e Reforma da Feira do Produtor, situada no município de


Mirassol D’Oeste/MT, nas coordenadas geográficas Latitude 15°40’44.19’’ Sul e Longitude
58°05’50.39’’ Oeste. O projeto encontra-se via anexo.
O empreendimento fica instalado em área urbana, apresentando como público alvo a
população municipal de Mirassol D’Oeste e região, como alternativa sustentável para o consumo, que
privilegia os agricultores do município, de propriedades próximas, encurtando distâncias.

5.1. LEGISLAÇÃO PERTINENTE DO EMPREENDIMENTO


Quanto à viabilidade ambiental, supomos não haver impedimento, visto que o
empreendimento está instalado em uma área consolidada, e busca operar atendendo todas as normas
vigentes, bem como acompanhamento de qualquer recomendação vinda dos órgãos gerenciadores e
fiscalizadores do meio ambiente.

5.2. QUADRO DE ÁREAS


 Área do Terreno: 9.906,06 m²;
 Área Construída Existente: 1.501,96 m²;
 Cobertura Existente: 1.535,46 m²;
 Área à Construir: 351,81 m².
 Cobertura à Construir: 503,41 m².

5.3. AMBIENTES EXISTENTES


 Boxers do 01 ao 23;
 1 Galpão.

5.4. AMBIENTES A AMPLIAR – CONSTRUIR


 Recepção;
 Sala de Reunião;
 Arquivo;
 Circulação coberta;
 Pátio Coberto;

14
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

 Associação;
 WC Feminino;
 WC Masculino;
 WC PNE Feminino;
 WC PNE Masculino;
 Boxers 23 ao 27;
 Calçada Cimentada.

Obs. Conforme projeto arquitetônico!

5.5. FONTE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E QUALIDADE


A fonte de abastecimento de água da Feira Municipal do Agricultor é feita pela rede
municipal.
Higienização e desinfeção dos reservatórios de água potável deverão ser realizadas
semestralmente.

5.6. ENERGIA ELÉTRICA


A energia a ser utilizada será fornecida pela ENERGISA.

5.7. LIMPEZA DO LOCAL


A prefeitura deverá disponibilizar funcionários para a limpeza e manejo dos dejetos oriundos
da atividade.

15
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

6. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA

6.1. CLIMA

Segundo a classificação de Köppen, Mirassol está na área classificada como clima tropical
de savana, ou seja, quente semiúmido, com quatro a cinco meses de seca. Segundo a classificação
climática de Strahler seria tropical seco-úmido (PMSB-Mirassol D’Oeste, 2016).
O clima da região em estudo é classificado como Clima Tropical quente e sub-úmido, ou seja,
um período seco e outro úmido bem definidos. O período das chuvas, ou úmido, inicia-se
na primavera indo até o final do verão; e o período seco inicia-se no outono indo até o final
do inverno. O primeiro período está associado a alta umidade relativa do ar e ao calor, quando a
temperatura pode chegar aos 40°C. O segundo período caracteriza-se pelas neblinas de outono,
eventuais dias frios, noites e madrugadas amenas ou frias, e pela fumaça devido às queimadas.
As geadas são raras.

Mirassol D’Oeste

Figura 5 – Unidade Climática do município Mirassol D’Oeste /MT.

16
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

6.2. PLUVIOSIDADE
A pluviosidade média anual (total) é de 1457 mm e existe a diferença de 258 mm entre a
precipitação do mês mais chuvoso e do mês mais seco. Apresentando a média de 274 mm, o mês de
janeiro é o mês de maior precipitação. Já julho é o mês mais seco, com precipitação de 16 mm.
Na Figura 6, pode-se observar a distribuição de chuvas ao longo do ano no município de
Mirassol D’Oeste/MT.

300

250
Precipitação (mm)

200

150

100

50

0
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Meses

Figura 6 – Precipitação no Município de Mirassol D’Oeste/MT.

6.3. TEMPERATURA
A temperatura média anual no município é 25,4°C. Os meses considerados mais quente do
ano são janeiro, outubro e novembro, todos apresentando temperatura média de 27,2°C. Já
temperatura média mais baixa de todo o ano é de 22,6° C para o mês de junho. As temperaturas
médias têm variação de 4,6 °C durante o ano.
Na Figura 7, pode-se verificar a variação de temperatura ao longo do ano, o mês de outubro
apresenta a temperatura máxima mais alta do ano, sendo 33,6°C, e o mês de junho apresenta a
temperatura mínima mais baixa, sendo 14,9 °C.

17
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

40
35
Temperatura (°C)

30
25
20
15
10
5
0
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Meses

Temperatura média (° C) Temperatura mínima (° C) Temperatura máxima (° C)

Figura 7 – Variação no Município de Mirassol D’Oeste/MT.

6.4. ALTITUDE
O município de Marcelândia/MT apresenta altitudes em média de 260 metros.

6.5. HIDROGRAFIA
Mirassol D’Oeste/MT está situada na Grande Bacia do Prata. Esta bacia recebe contribuição
das bacias do Rio Jauru e Cabaçal.
Os principais rios que constituem a hidrografia do município de Mirassol D’Oeste/MT são:
Rio dos Bugres, Ribeirão Caeté, Córrego Padre Inácio, Córrego Caramujo, entre outros, conforme
apresentado na Figura 8.

18
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

Figura 8 – Hidrografia do Município de Mirassol D’Oeste/MT.

19
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

6.6. PEDOLOGIA

No município de Marcelândia/MT, os solos se dispõe com predominância de Latossolo


Vermelho-Amarelo Podzólico distrófico e Latossolo Vermelho-Escuro, conforme pode ser observado
na Figura 9. Também se observa a presença de Podzólico Vermelho-Amarelo, Podzólico Vermelho-
Escuro, Plintossolo, Planossolo, Solos Aluviais e Solos Litólicos.

Figura 9 – Pedologia do município de Mirassol D’Oeste/MT.

6.7. UNIDADE DE RELEVO


O município de Mirassol D’Oeste/MT se insere na Depressão Rio Paraguai, calha do Rio
Jauru.

20
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

6.8. GEOLOGIA
A formação geológica do município de Mirassol D’Oeste/MT é composta por Coberturas
dobradas do Proterozóico com granitóides associados. Grupo Aguapeí. Complexos metamórficos
arqueanos ou pré-cambrianos indiferenciado.

Figura 10 – Geologia do município de Mirassol D’Oeste/MT.

21
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

7. ASPECTOS BIOLOGICOS
7.1. VEGETAÇÃO
Conforme o IBGE Cidades, o município de Mirassol D’Oeste está inserido dentro dos biomas
Amazônia e Pantanal.
Amazônia ocupa a porção norte do estado com vegetação predominantemente florestal
(floresta ombrófila, florestas estacionais, campinarana florestada). Mata de terra firme que não sofre
a inundação de rios. Nessa mata tem-se as árvores de 30 a 50 metros de altura.
O pantanal possui uma vegetação rica e variada, que inclui a fauna típica de outros biomas
brasileiros, como o cerrado, a caatinga e a região amazônica. A camada de lodo nutritivo que fica no
solo após as inundações permite o desenvolvimento de uma rica flora. Em áreas em que as inundações
dominam, mas que ficam secas durante o inverno. A vegetação é homogênea e há um padrão diferente
de flora de acordo com o solo e a altitude. Nas partes mais baixas, predominam as gramíneas.

Figura 11 – Bioma e Vegetação do município de Mirassol D’Oeste/MT.

22
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

A área da Feira do Produtor já se encontra com suas vias abertas em área residencial, não
sendo necessário desmatamento. A vegetação é tipicamente urbana árvores para sombreamento
localizadas na área delimitada para o calçamento e vegetação rasteira.

7.2. FAUNA
Como visto anteriormente, a região de Mirassol D’Oeste se encontra no Bioma Amazônico e
Pantanal. Várias espécies de animais típicos da Região da Amazônica e do Pantanal, de pequeno e
grande porte habitam as terras de Mirassol D’Oeste. Na fauna terrestre encontramos: antas, pacas,
veados, capivaras, onças, macacos, araras, tucanos, papagaios, garças, mutuns, etc. Na fauna aquática
encontramos várias espécies de peixe: pintado, cachara, traíra, dourado, piraputanga e etc.
A Feira do Produtor está inserida dentro do perímetro urbano do município. A existência de
espécies silvestres é praticamente nula, decorrente das alterações antrópicas ali encontrada.

8. ASPECTOS ECONÔMICOS

Na base econômica do município de Mirassol D’Oeste/MT destacam-se a pecuária de corte e


leiteira, além da agricultura, com culturas perenes, de arroz, cana-de-açúcar e de subsistência.

23
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

9. PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL

O Plano de Controle Ambiental (PCA) é um dos estudos ambientais descrito de forma sucinta,
previstos na Resolução CONAMA 237/97. Trata-se de um documento exigido para empreendimentos
e/ou atividades que enfocam aspectos específicos dos principais impactos ambientais
Neste plano constam as medidas mitigadoras, compensatórias, corretivas e preventivas
necessárias para manter a manutenção do equilíbrio ecológico de determinada área, em função das
obras de ampliação e reforma da Feira do Produtor, do município de Mirassol D’Oeste/MT.
Este PCA foi estruturado de acordo com os seguintes meios: Físico, Biológico e
Socioeconômico. Cada um dos meios foi enfocado em um nível adequado de abordagem, visando a
posterior comparação com a área de influência do empreendimento, tendo variações de acordo com
o meio e o fator ambiental considerado.
Conforme as análises realizadas, foi observado que a obra de Ampliação e Reforma da Feira
do Produtor não necessitará de alterações marcantes no seu traçado original, consequentemente
diminuindo os impactos socioeconômicos associados aos reassentamentos humanos.

24
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

10. DESCRIÇÃO GERAL DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS


MITIGADORAS

Os estudos ambientais mostram que a obra provocará impactos ambientais positivos de caráter
local e regional, induzidos pelo estímulo às atividades sociais e econômicas. Porém, esse
empreendimento não exclui a incidência de impactos negativos entre os quais alguns podem ser
evitados ou minimizados e, ainda outros, apresentam caráter irreversível.
Foram analisados os impactos sobre o meio físico, biológico e socioeconômico junto às
legislações ambientais, propondo suas respectivas medidas mitigadoras e/ou planos de
monitoramento.
Na execução das obras a equipe da fiscalização deverá acompanhar o desenvolvimento das
medidas de proteção às pessoas e ao meio ambiente.
Para isto, a Empreiteira deverá cumprir fielmente o estabelecido na Legislação Nacional com
relação à segurança e higiene do trabalho, bem como obedecer a todas as normas, a critério da
fiscalização, apropriadas e específicas a segurança de cada tipo de serviço. A Empreiteira será
responsável por todo e qualquer dano, seja de qual natureza for, causado ao Estado, à própria obra
particular, a terceiros ou à propriedade de terceiros, provenientes da execução de serviços a seu cargo
ou de sua responsabilidade direta ou indireta.
A responsabilidade geral da construção, de todas as formas, recairá sobre a Empreiteira, que
deverá acompanhá-la e com direito a interrompê-la enquanto não forem aceitas as medidas de
segurança julgadas necessárias.
A geração de resíduos domésticos, que deverão ser armazenados em recipientes adequados e
em seguida coletados pelo serviço Público Municipal para a correta destinação final.

25
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

10.1. FONTES DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS


10.1.1. EMISSÃO DE MATERIAL PARTICULADO
As escavações, reaterro, entre outras atividades relacionados ao movimento de terra, poderá
ocasionar o levantamento de terra, que podem ter efeito sobre a saúde humana.

10.1.2. POLUIÇÃO SONORA


RUÍDOS
Ruído é um Fenômeno Físico que indica uma mistura de sons cujas frequências não seguem
nenhuma lei precisa. Segundo Seidman & Standring (2010), ruído é definido como um som
indesejado ou uma combinação de diferentes tipos e frequências de som com prováveis efeitos
adversos sobre a saúde.
As leis envolvidas nos estudos de ruídos têm o objetivo de fazer a avaliação da poluição
atmosférica em áreas habitadas, visando o conforto acústico da comunidade. Elas analisam a
aceitabilidade do ruído e especificam métodos para sua medição, aplicação de correções nos níveis
medidos se o ruído apresentar características especiais e uma comparação dos níveis corrigidos com
um critério que leva em conta vários fatores (PEREIRA, 2013).
A NBR 10.151, que dispõe sobre a Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto
da comunidade, determina o nível de critério de avaliação (NCA) para ambientes externos, conforme
apresentado no Quadro 1.
Os limites de horário para o período diurno e noturno podem ser definidos pelas autoridades
de acordo com os hábitos da população. Porém, o período noturno não deve começar depois das 22 h
e não deve terminar antes das 7 h do dia seguinte. Se o dia seguinte for domingo ou feriado o término
do período noturno não deve ser antes das 9 h (NBR-ABNT, 2000).
Quadro 1 – Nível de critério de avaliação (NCA) para ambientes externos, em dB(A).
Tipos de áreas Diurno Noturno
Sítios e fazendas 40 35
Estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas 50 45
Mista predominantemente residencial 55 50
Mista com vocação comercial e administrativa 60 55
Mista com vocação recreacional 65 55
Predominantemente industrial 70 60
Fonte: NBR 10.151 (ABNT, 2000).

26
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

As fontes produtoras de ruídos para essa obra dependem das características físicas da via
especifica, das condições de funcionamento do motor, do atrito dos pneus dos maquinários.

VIBRAÇÕES
A geração do som se dá por conta da vibração de um corpo, produzindo a oscilação da pressão
gerando ora compressões ora rarefações, em um meio elástico. Numa situação onde ocorre o
incômodo na sensação auditiva a onda sonora é denominada de ruído.
As vibrações são aquelas que estimulam o aparelho auditivo e podem ser classificadas como:
 VIBRAÇÕES DE CORPO INTEIRO – são vibrações transmitidas ao corpo com o indivíduo
sentado, em pé ou deitado. Normalmente ocorrem em trabalho com máquinas pesadas tratores,
caminhões, ônibus, aeronaves, máquinas de terraplanagem, grandes compressores e máquinas
industriais;
 VIBRAÇÕES LOCALIZADAS – são vibrações que atingem certas regiões do corpo,
principalmente as mãos, braços e ombros. Normalmente ocorrem em operações com
ferramentas manuais vibratórios: marteletes, britadores, rebitadeiras,
compactadores, politrizes, motosserras, lixadeiras, peneiras vibratórias e furadeira.
As fontes produtoras de vibrações para essa obra não ocasionarão impactos negativos para a
população ao redor.

27
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

11. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS


Em geral os impactos ambientais estão associados aos meios biológicos, físicos e
socioeconômicos, sendo apresentados a seguir.

11.1. MEIO BIOLÓGICO


Os impactos ambientais relacionados ao meio biológico estão associados à:
 Proliferação de fauna sinantrópica – O acumulo inadequado dos resíduos sólidos propiciam a
infestação por ratos, baratas, escorpiões e formigas;
 Destruição da fauna;
 Contaminação de recursos hídricos superficiais;
 Contaminação do solo;

11.2. MEIO FÍSICO


Para o meio físico, os impactos ambientais estão associados à:
 Erosão – As atividades modificadoras relacionadas à escavação e aterramento;
 Implantação de sinalização;
 Emissão de ruídos e vibrações;
 Emissão de material particulado;
 Alteração paisagística – A operação da feira altera a paisagem do local;
 Poluição por efluente líquido – Proveniente das áreas de apoio (sanitários e áreas
administrativas);
 Poluição por resíduos sólidos – Provenientes de visitantes e da equipe de apoio e
administração da feira;
 Drenagem de águas pluviais;
 Consumo per capita - abastecimento de água.

11.3. MEIO SOCIOECONÔMICO


Dentre esse aspecto, as alterações nas atividades econômicas locais e impactos antrópicos
estão ligadas a decorrência da (o):
 Geração de emprego – A obra demandará mão de obra para execução, aumentando a taxa de
emprego, ocasionando efeito positivo, entretanto de duração temporária;

28
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

 Melhoria na qualidade de vida da população;


 Aumento do tráfego de veículos;
 Aumento da circulação de pessoas;
 Aumento dos riscos de acidentes.

11.4. IMPACTOS AMBIENTAIS POTENCIAIS POR MEIO E FASE DE INCIDÊNCIA


MEIO DE INCIDÊNCIA FASE
IMPACTOS
Biótico Físico Antrópico Implant. Oper.

1. Geração de Emprego X X

2. Erosão X X

3. Proliferação de Fauna Sinantrópica X X


4. Aumento do Tráfego de Veículos X X X
5. Aumento do Risco de Acidentes X X
6. Implantação de Sinalização X X X
7. Emissão de Ruídos e Vibrações X X X
8. Emissão de Material Particulado X X
9. Alteração Paisagística X X
10. Destruição da Fauna X X
Contaminação de Recursos Hídricos
11. X X
Superficiais
12. Contaminação do Solo X X
13. Poluição por Efluente Líquido X X X
14. Poluição por Resíduos Sólidos X X X
Consumo per capita – Abastecimento de
15. X X X
Água
16. Drenagem de Águas Pluviais X X
17. Aumento da circulação de pessoas X X

Quadro 2 – Quadro demonstrativo de impactos ambientais potenciais por meio e fase de


incidência.

29
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

11.5. CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS (IAS)

A classificação dos IAS, após sua identificação e seleção, é feita com base em seus efeitos,
através do prognóstico de suas consequências, no tempo e no espaço, sobre os ambientes naturais e
sobre as populações atingidas. Os parâmetros para avaliação destes efeitos e, portanto, para a
classificação dos IAS, foram:

 Natureza: positivo ou negativo;


 Ocorrência: diretos ou indiretos;
 Abrangência: local ou regional;
 Duração: temporária ou permanente;
 Temporalidade: de curto, médio ou longo prazo;
 Reversibilidade: reversível ou irreversível;
 Magnitude: classificada em baixa, média e alta.

30
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

Natureza Ocorrência Abrangência Duração Temporalidade Reversibilidade Magnitude


Impactos ambientais Curto Médio Longo
Pos. Neg. Dir. Ind. Loc. Reg. Temp. Perm. Reversível Irreversível Alta Média Baixa
Prazo Prazo Prazo

1. Geração de Emprego X X X X X X X X

2. Erosão X X X X X X X

3. Proliferação de Fauna Sinantrópica X X X X X X X

4. Aumento do Tráfego de Veículos X X X X X X X

5. Aumento do Risco de Acidentes X X X X X X X

6. Implantação de Sinalização X X X X X X X

7. Emissão de Ruídos e Vibrações X X X X X X X

8. Emissão de Material Particulado X X X X X X X

9. Alteração Paisagística X X X X X X X

10. Destruição da Fauna X X X X X X X

Contaminação de Recursos Hídricos


11. X X X X X X X
Superficiais
12. Contaminação do Solo X X X X X X X

13. Poluição por Efluente Líquido X X X X X X X

15. Poluição por Resíduos Sólidos X X X X X X X

Consumo per capita – Abastecimento


16. X X X X X X X
de Água
17. Drenagem de Águas Pluviais X X X X X X X

Quadro 3 – Quadro demonstrativo de classificação dos impactos ambientais significativos.

31
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

12. MEDIDAS MITIGATÓRIAS E PREVENTIVAS DE CONTROLE


AMBIENTAL DOS IMPACTOS
Depois de identificados e classificados os Impactos Ambientais Significativos, foram
sugeridas medidas mitigadoras para os mesmos.

12.1. GERAÇÃO DE EMPREGO


FASE DE CONSTRUÇÃO
As obras de Ampliação e Reforma da Feira Municipal do Produtor demandarão de
mão de obra, aumentando a taxa de emprego e renda na região, ocasionando um efeito
positivo, mas de duração temporária.

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Para medida mitigadora, a prioridade de contratação de serviços para mão de obra será
para população local.

12.2. MELHORIA NA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO


FASE DE FUNCIONAMENTO
Melhoria da qualidade de vida na região e na alimentação da população;
Melhoria na qualidade e quantidade de serviços e comércios na região;
Treinamento dos funcionários da Feira Municipal do Agricultor;
Aumento da disponibilidade de atendimento ao município;
Desenvolvimento ao município e aos pequenos produtores.

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Não será necessária medida mitigadora para este impacto, tendo em vista que se trata
de impacto positivo que acarretará em benefícios para a população.

32
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

12.3. EROSÃO
FASE DE CONSTRUÇÃO
Na ampliação não existem aspectos geológicos notáveis nem está prevista a realização
de grandes escavações, não ocorrerá alterações significativas do relevo local, sendo o impacto
negativo de importância pouco significativa.

FASE DE FUNCIONAMENTO
Após a conclusão da obra será nula a chance de erosão.

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Evitar o transporte excessivo de materiais;
Controlar a velocidade dos veículos de transporte;
Veículos transitarem com lona ou com proteção;
Destinação final adequada para os resíduos;
Avaliação de riscos ambientais e medidas para conjurá-los, não só no local de
aplicação, mas, também em toda a abrangência da obra (locais de estocagem de materiais,
transportes dos insumos, descartes dos rejeitos/refúgios, etc). Recomenda-se, igualmente, que
todos os insumos utilizados disponham das competentes licenças ambientais, tanto em termos
de produção como de aplicação sendo, portanto, ecologicamente corretos.

12.4. PROLIFERAÇÃO DE FAUNA SINANTRÓPICA


FASE DE FUNCIONAMENTO
Durante o funcionamento do empreendimento, os responsáveis devem desenvolver
trabalhos que envolvam o manejo correto dos resíduos sólidos e dedetização quando
necessário para controle de insetos e roedores.

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Para evitar a presença de animais indesejados, recomenda-se a implantação do
programa de manejo de pragas e vetores, composto por um conjunto de ações que podem ser
divididas nas seguintes etapas: inspeção técnica, educação ambiental, intervenções físicas,
controle de qualidade e controle químico e biológico.

33
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

12.5. AUMENTO DO TRÁFEGO DE VEÍCULOS


FASE DE CONSTRUÇÃO
Durante esta fase haverá situações de interferência com o trafego normal provocadas
pelo acréscimo de tráfego de veículos pesado inerente à obra. No entanto, se espera maiores
interferências na fase inicial de construção devido aos possíveis movimentos de terras.

FASE DE FUNCIONAMENTO
A geração de tráfego de carros e usuários, na fase de funcionamento, são de médio
impacto, ocorrendo sua intensificação no período de utilização em momentos alternados.

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Devem ser tomadas como medidas a implantação de sinalizações de “Local em Obras”
e “Homens Trabalhando”, e atender normas e recomendações de projeto e segurança
reconhecidos.

12.6. AUMENTO DOS RISCOS DE ACIDENTES


FASE DE CONSTRUÇÃO
A movimentação de máquinas e veículos pesados durante a fase de construção
aumentará o risco de acidentes com pessoas e veículos que transitam normalmente nestes
trechos.
Os incêndios também podem ser causados acidentalmente pelos operários da obra e
pelos moradores de entorno, pela queima dos resíduos sólidos, pela queima da vegetação e de
restos das operações de desmatamento e limpeza, e pelo descarte de “bituca” de cigarros
acesos.

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Devem ser tomadas como medidas a implantação de sinalizações de “Vias em Obras”
e “Homens Trabalhando”, e atender normas e recomendações de projeto e segurança
reconhecidos.
Realizar programas de prevenção de acidentes, minimizando os riscos inerentes a
obras desta natureza no que diz respeito ao tráfego de veículos e oferecer segurança aos

34
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

pedestres, bem como controlar a velocidade de veículos e equipamentos da obra. Veículos de


cargas de bota fora ou bota dentro deverão trafegar com lona de proteção.
Para que os incêndios não ocorram, campanhas educativas e elucidativas devem ser
apresentadas aos operários da obra e aos moradores da região, apresentando os riscos que
algumas atitudes podem causar, demonstrando algum preparo técnico para caso venha
acontecer algum incidente. Deverá ser utilizada placas informativas e sinalizações na área da
obra.

12.7. IMPLANTAÇÃO DE SINALIZAÇÃO


Esse é um impacto positivo e de longa duração. A instalação de dispositivos de
sinalização, sob forma educativa e informativa, torna-se fundamental para orientar os
usuários, como também contribui para evitar acidentes e danos a toda sociedade.
Toda sinalização de obra deverá ser submetida à fiscalização para aprovação. Esta
sinalização deve merecer a maior atenção de todos os envolvidos na obra (fiscalização,
construtora e usuários).

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Em linhas gerais, as diretrizes a serem seguidas para este impacto são os recomendados
pelos órgãos fiscalizadores a execução de sinalização adequada na fase de Construção e
Funcionamento, visando à segurança dos trabalhadores e dos usuários, bem como a orientação
sobre o meio ambiente.

12.8. EMISSÃO DE RUÍDOS E VIBRAÇÕES


FASE DE CONSTRUÇÃO
As atividades de construção envolvem diversas operações ruidosas, em decorrência da
utilização de máquinas, equipamentos e veículos pesados em operações, ou simples
transporte. Inerente a estes trabalhos estará não só a emissão de ruído. A construção irá
implicar um aumento no nível sonoro, em período temporário.

35
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Na fase de construção, os operadores deverão trabalhar com equipamentos de
segurança e sob supervisão. Também deverão atentar-se aos níveis de ruídos e horário de
funcionamento das obras.
Recomenda-se a utilização de maquinários com boas condições de funcionamento do
motor, pneus adequados de forma que não ocorra o atrito originando ruído e/ou vibração.
Os operadores também deverão utilizar protetores auriculares quando forem manusear
veículos que promovem a emissão de ruídos.

FASE DE FUNCIONAMENTO
Durante esta fase haverá aumento do ruído na área ocupada pelo empreendimento,
devido ao aumento de pessoas no local. O empreendimento em questão trará alimentos frescos
à população do município. O impacto será negativo, porém de baixo impacto.

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Os ruídos serão mais intensos somente no período de funcionamento da feira
municipal.

12.9. EMISSÃO DE MATERIAL PARTICULADO


FASE DE CONSTRUÇÃO
A poluição do ar na fase de execução das obras advém de descargas dos motores dos
veículos, liberando monóxido de carbono, hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio, enxofre e
material particulado. A redução destes contaminantes depende da evolução tecnológica, do
uso de filtros e catalisadores, do tipo de combustível usado e da regulagem dos motores.
Também ocorrerá o aumento de poeira durante a execução da obra.

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Utilização de filtros de poeiras;
Umedecer os caminhos de serviço, uma vez ao dia.

36
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

PLANOS DE MONITORAMENTO
Umedecer os caminhos de serviço, uma vez ao dia;
Manter e monitorar regularmente os motores de equipamentos, máquinas e veículos.

12.10. ALTERAÇÃO PAISAGISTICA


FASE DE CONSTRUÇÃO
As ações da fase de ampliação não apresentam impacto sobre a paisagem, pois no local
o já é existente, e prevê impacto pouco significativo.
A obra não deverá causar impactos sobre a flora, pois o empreendimento já se encontra
instalado.

FASE DE FUNCIONAMENTO
A presença das estruturas do empreendimento provoca impacto negativo pouco
significativo.

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Para minimizar este impacto, plantios e recomposições da flora local devem acontecer
(quando houver retirada), bem como a realização de coleta de resíduos.
A educação dos operários também pode ser realizada a longo prazo, para uma
conscientização dos problemas causados pelos resíduos dispostos em locais inadequados.

PLANO DE MONITORAMENTO
Deverá ser realizado o monitoramento de cortes.

12.11. DESTRUIÇÃO DA FAUNA


Em se tratando de conservação de espécies existentes na região, este pode ser
considerado um impacto nulo, uma vez que as vias a serem pavimentadas se encontram em
área urbanizada, ou seja, áreas onde a presença de espécies silvestres é praticamente nenhuma.

37
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

12.12. CONTAMINAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS


FASE DE CONSTRUÇÃO
O Projeto não prevê nenhuma alteração em curso d’água ou drenagem. É importante
o manejo adequado dos materiais e resíduos provenientes da obra.

FASE DE FUNCIONAMENTO
Durante o funcionamento do empreendimento, é importante a atenção para possíveis
impactos, ocasionados pelo descarte irregular de resíduos.

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Vedar a instalação de depósitos de material contaminantes próximos a curso d’água;
Vistoria final da superfície a ser revestida, bem como de outras particularidades
(tráfego, existência de obstáculo, etc.) envolvidas que devem ser consideradas no
planejamento executivo dos trabalhos;
Reconhecimento e avaliação das condições climáticas locais, inclusive para
estabelecer medidas emergenciais voltadas à minimização dos efeitos de imprevisibilidades
climáticas.

12.13. CONTAMINAÇÃO DO SOLO


A contaminação e poluição do solo é decorrente da instalação de acampamentos sem
a tomada dos devidos cuidados, como armazenamento e coleta de lixo adequada, normas de
higiene e saneamento por falta de destinação final de resíduos, despejos de graxas e óleos das
oficinas diretamente sobre o terreno e vazamento de combustíveis e lubrificantes. O solo
também pode ser poluído pelo derramamento de materiais pelo transporte em quantidade
excessiva.

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Destinação final adequada para os resíduos,
Todos os resíduos de lubrificantes ou combustíveis utilizados pelos equipamentos, seja
na manutenção ou operação dos equipamentos, devem ser recolhidos em recipiente adequado
e dado a destinação apropriada;
Evitar o transporte excessivo de materiais.

38
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

PLANOS DE MONITORAMENTO
Controlar a velocidade dos veículos de transporte;
Vistoria diária no período de obras.

12.14. POLUIÇÃO POR EFLUENTE LÍQUIDO


Este tipo de poluição ocorre quando não é realizado o tratamento adequado do efluente
líquido e pode contaminar o solo e águas subterrâneas. Diante deste fator, o empreendimento
em questão contará com sistema de tratamento de efluente líquido constituído por 1 (um)
Tanque Séptico, 1 (um) Filtro Anaeróbio e 2 (dois) Sumidouros, conforme projeto
hidrossanitário em anexo. Evitando assim, a contaminação do solo e das águas subterrâneas.

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Implantação e Execução adequada do Sistema de Tratamento de Efluente, conforme o
projeto hidrossanitário em anexo;
Adquirir materiais de boa qualidade.

12.15. POLUIÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS


FASE DE CONSTRUÇÃO
Os resíduos sólidos domésticos produzidos durante a fase de ampliação não
provocarão impactos sobre o sistema municipal de recolha e tratamento de RSU, já os resíduos
de construção civil serão de competência dos empreiteiros o armazenamento em Containers e
destinação adequada.

FASE DE FUNCIONAMENTO
Os principais resíduos gerados pelos os usuários são similares aos resíduos gerados
nos domicílios residenciais. Uma vez estimada a quantidade de lixo domiciliar produzido
anualmente, adotou – se a taxa de geração per capta igual a 0,55 Kg/hab/dia. (lembrando que
esta quantidade é uma descrição sucinta devido a utilização da feira ser eventualmente. A
quantidade também varia devido aos comerciantes muitas das vezes descartar restos de suas
mercadorias no local).
Outros resíduos sólidos gerados serão os rejeitos dos sanitários e administração são
sacolas e embalagens plásticas, resto de alimentos, papel toalha que serão acondicionados em

39
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

recipientes metálicos ou plásticos de pequeno porte com capacidade variável, ou tambores


plásticos de 200 litros e estes por sua vez serão coletados e destinados ao serviço público de
coleta de lixo municipal.
Deverão ser implantadas lixeiras em pontos estratégicos, a coleta será realizada pela
rede pública municipal de acordo com o uso do empreendimento de forma a garantir que os
resíduos sólidos serão coletados e destinados ao local adequado e não provoque a degradação
ao meio ambiente.

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Destinação e segregação dos resíduos sólidos de forma adequada e que não provoque
a degradação ao meio ambiente;
O projeto contempla a implantação de lixeiras de coleta seletiva na feira em prol da
melhor segregação e manuseio dos resíduos gerados;
Serão acondicionados em sacos plásticos resistentes e depositados na lixeira
permanente em frente ao local e posteriormente coletados pela prefeitura;
É proibida a queima de resíduos a céu aberto;
Os resíduos sólidos da construção civil serão acondicionados em tambores ou
containers, e posteriormente coletados pela prefeitura.

PLANO DE GERENCIAMENTO
Durante a fase de implantação das obras, os resíduos gerados, de qualquer natureza
deverão ser efetivamente triados, acondicionados, armazenados, coletados e dispostos
adequadamente. Para isto, o empreendedor responsabilizará a empreiteira por esta atividade.
Neste sentido o Gerenciamento de Resíduos deverá contemplar todas as fases e tipos
de resíduos a serem gerados, considerando as seguintes atividades e procedimentos:
 Os resíduos deverão ser separados por classes sendo reutilizados quando
possível. Ao aplicar estas práticas às principais fontes geradoras de resíduos durante as obras,
ou seja, nos canteiros de obras e frentes de serviços, onde serão produzidos detritos de variadas
naturezas e classes, principalmente lixo doméstico, lixo de escritório, sucata, material
escavado, dentre outros, busca-se evitar riscos ao meio ambiente e à saúde dos trabalhadores
e da população em geral.

40
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

 O manuseio correto dos resíduos a serem gerados permitirá a minimização,


evitando assim danos à saúde, à segurança dos funcionários e ao meio ambiente. Deverá ser
seguida a Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002, que estabelece diretrizes,
critérios e procedimentos para a gestão adequada dos resíduos da construção civil.
 Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em saco constituído de material
resistente a ruptura e vazamento, impermeável, baseado na NBR 9191/2000 da ABNT,
respeitados as cores e os limites de capacidade de cada saco, sendo proibido o seu
esvaziamento ou reaproveitamento.

Os resíduos da obra serão divididos em 4 (quatro) classes e serão separados para ser
dada a destinação adequada a cada uma, são elas:
CLASSE A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis, tais como: de construção,
demolição e de outras obras de infraestrutura.
CLASSE B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos,
papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.
CLASSE C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação.
CLASSE D: são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como
tintas, solventes, óleos ou outros.

Os resíduos deverão ser destinados das seguintes formas:


CLASSE A: reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a
áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua
utilização ou reciclagem futura.
CLASSE B: reutilizado, reciclado ou encaminhado a áreas de armazenamento
temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem.
CLASSE C: armazenado, transportado e destinado em conformidade com as normas
técnicas especificas.
CLASSE D: armazenado, transportado, reutilizado e destinado de acordo com as
normas técnicas específicas.

41
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

Os resíduos domiciliares deverão ser triados, acondicionados e armazenados em


recipientes e locais apropriados para posterior coleta da matéria orgânica pelo poder público
municipal e doação e/ou venda dos recicláveis.

12.16. CONSUMO PER CAPITA - ABASTECIMENTO DE ÁGUA


FASE DE CONSTRUÇÃO
Para a obra será usado à água da rede pública municipal. O impacto é o aumento do
consumo de água para construção, que será pouco significativo e de baixa intensidade, porém
a distribuição de água tem capacidade suficiente para garantir abastecimento até a conclusão
da obra.

FASE DE FUNCIONAMENTO
Na fase de funcionamento o fornecimento será também pela rede pública, porém
sofrerá o aumento no consumo de acordo com a quantidade de usuários da Feira Municipal.

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Os responsáveis pelo empreendimento deverão implantar um plano de monitoramento
para a conscientização do uso racional da água direcionado aos funcionários e usuários;
Adquirir materiais de boa qualidade;
Monitoramento e manejo adequado do sistema de abastecimento.

12.17. DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS


FASE DE CONSTRUÇÃO
Em sua função primordial, a drenagem deve eliminar a água pluvial, captando-a e
conduzindo-a para locais em que não mais afetem a segurança.
As águas pluviais nesta fase serão infiltradas no solo e a outra parte será destinada para
as vias existentes.

FASE DE FUNCIONAMENTO
Na fase de funcionamento, as águas pluviais serão coletadas por calhas e parte
destinadas ao solo que tem a capacidade de absorção de água e outra parte será encaminhada
para as ruas existentes.

42
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

MEDIDAS MITIGATÓRIAS
Estabelecimento de rotinas para coleta de lixo e de restos de vegetação;
Filtragem e recuperação de óleos e graxas. Por uma questão ambiental e financeira, é
importante a filtragem e recuperação de óleos e graxas oriundos de uma possível utilização de
máquinas pesadas, ferramentas e até caminhões que transitam no canteiro de obras. Caso
ocorra, é imprescindível que o produto seja armazenado e filtrado por peneiras e filtros para
uma possível reutilização.

13. MONITORAMENTO

A fim de verificar a eficiência das medidas mitigadoras sugeridas acima se propõem


o monitoramento sistemático por parte dos órgãos públicos responsáveis, visando a avaliação
contínua dos impactos mitigados e da própria implantação das medidas mitigadoras.
Tal acompanhamento é extremamente importante considerando-se que o adensamento
de população e edificações potencializará a dinâmica natural da área de forma gradual,
podendo contribuir para a degradação ambiental da área e do seu entorno.

43
Associação Mato-grossense dos Municípios
www.amm.org.br | [email protected]

14. CONCLUSÃO
Os impactos ocasionados pelas obras de Ampliação e Reforma da Feira Municipal
são positivos e negativos durante à fase de construção e utilização do empreendimento.
A importância do Plano de Controle Ambiental (PCA) em qualquer obra e projeto
deve ser levada em conta, pois se sabem que qualquer atividade da construção civil,
quando realizada sem seus devidos cuidados, ocasiona impactos ao meio ambiente,
comprometendo o equilíbrio entre a fauna, a flora, meio físico e socioeconômico.
Portanto, aos poucos, percebe-se a relevância das análises ambientais para investigar
previamente os impactos socioambientais causados por este tipo de atividade.
Com o intuito de minimizar os impactos negativos são necessárias as medidas de
controle ambiental propostas neste PCA. Desta forma serão maximizados os impactos
positivos por meio de um planejamento adequado e ordenado. Sendo que o
monitoramento tem como objetivo orientar os responsáveis pela operação do
empreendimento, quanto a não geração, minimização, segregação, destinação final e a
redução dos resíduos na fonte, inibindo ou amenizando os impactos no meio ambiente e
na saúde da população.
Essas propostas vão de encontro à gestão do meio ambiente, aliada com a
preservação ambiental, a responsabilidade social e o compromisso em atender as leis que
regem o setor. Portanto, essas medidas podem ser consideradas suficientes para promover
a mitigação das interferências ocasionadas ao Meio Ambiente, atendendo às condições
exigidas pelos órgãos ambientais.
Também existe o comprometimento da Prefeitura Municipal, em minimizar os
impactos com as medidas propostas, assim como, das leis e legislações pertinentes, que
permite concluir sua viabilidade, cabendo aos órgãos municipais e estaduais o
acompanhamento da execução de todas as medidas propostas no diagnóstico ambiental.

44

Você também pode gostar