FISPQ - Ficha de Informação de Segurança de
Produto Químico
Produto: DDVP FERSOL 1000 CE
Revisão: Data Revisão: 13/11/2004 Pagina: 1 / 5
1 - IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DO FABRICANTE
Nome Comercial: DDVP FERSOL 1000 CE
Código Interno de Identificação: Ni
Fabricante: Fersol Indústria e Comercio S.A.
Endereço: Rodovia Castelllo Branco, Km 68,5
Mairinque, SP CEP 18120-970
Tel. (0xx11) 4246 - 6200
Fax.(0xx11) 4246 - 6205
www.fersolna.com.br
Telefone de Emergência: 0800 55 55 28
2 - COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE OS INGREDIENTES
Tipo de Produto: Inseticida
Ingrediente(s) ativo(s): Diclorvos (DDVP) 1155 g
Emulsificantes, Solventes qsp 1000 ml
Nome Químico: 2,2 diclorovinil dimetilfosfato
Número CAS: 62-73-7
No. ONU: 3018
Fórmula Molecular: C4 H7 Cl 2 O4 P
Grupo Químico: organofosforado
Tipo de Formulação: concentrado emulsionável
Concentração: 1155 g de I.A./litro
3 - IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
Perigos para a saúde humana: Inibidor irreversível da colinesterase. Perigoso se inalado, ingerido ou absorvido atraves da pele. Leve irritante ao contato com a pele.
Levemente irritante ao contato com os olhos. Não sensibilizante. Veja Nota para Medicos.
Perigo para o meio ambiente: Altamente tóxico para aves. Sob luz UV torna-se mais tóxico para a vida aquática.Tóxico para abelhas. Pouco persistente no solo. Pouco
adsorvido. Hidrolizável. Biodegradável.
Perigos químicos e Físicos: Não inflamável mas pode queimar emitindo fumaça tóxica. Produto tecnico é bastante volátil.
4 - MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS
Sinais e sintomas de exposição excessiva: cefeleia, tontura, nauseas, vomitos, colicas intestinais, diarreia, sudorese intensa, salivação e lacrimejamento, dificuldade
respiratória por secreção bronquica, contração das pupilas. Com doses muito altas podem somar-se incontinencia urinária e fecal, depressão respiratória, espasmos
musculares, convulsões e coma, podendo evoluir para óbito se não tratada especificamente. A instalação dos sinais e sintomas é mais rápida, quando comparada a outros
organofosforados e assim também a recuperação.
Contato com os olhos: Imediatamente lave os olhos com aguá corrente durante mínimo de 15 minutos, segurando as pálpebras bem abertas e movendo bastante os
olhos,para que a água atinja todos os pontos do globo ocular. Busque imediato cuidado médico.
Contato com a pele: imediatamente remova as roupas e sapatos contaminados e lave bem a pele com água e sabão.Busque imediato cuidado médico, especialmente se
aparecerem os primeiros sinais de exposição excessiva
Inalação: Remova a pessoa para o local com ar puro. Se houver dificuldade respiratória administre oxigênio. Se houver parada respiratória, IMEDIATAMENTE inicie
respiração artificial. Busque imediato cuidado médico.
Ingestão: se a pessoa estiver consciente, faça beber bastante água. Considere a necessidade de cuidadosa lavagem gastrica, caso não tenha ocorrido vomito
espontaneo. Busque imediato cuidado medico.
NOTAS PARA MÉDICOS: Produto tóxico se ingerido, inalado ou absorvido pela pele em doses muito altas. Sintomatologia típica de organofosforados , sendo a instalação
e a recuperação mais rápidas que a de outros compostos do grupo, devido à rápida metabolização. Sendo volátil, DDVP tem risco maior por inalação. Pode causar efeitos
retardados, até 1a 4 semanas após uma intoxicação aguda.
Tratamento: (1) sulfato de atropina 2 a 4 mg EV inicial (crianças 0,05 mg/kg) e a seguir 0,2 a 4 mg EV de 15/15 minutos até aparecerem sinais de atropinização (boca
seca, rubor na pele, secreção bronquica diminuida, dilatação da pupila, taquicardia 140 bpm); (2) associar 2-PAM (Contrathion), 1 a 2 gramas EV em 100 ml de soro
fisiologico, para correr em 30 minutos.Repetir após 2 horas e daí em diante, em intervalos de 10a 12 horas, se necessário. (3) manter vias aereas livres (aspirar
secreções) e oxigenação ( respirador se necessário); (4) para controle de convulsões, Diazepam EV; (5) afastar todo o contato (remover roupas e calçados, lavar a pele,
cabelos, genitais e considerar necessidade de lavagem gastrica se ingerido) ; (6) monitoramento e observação contínuos; (7) NÂO USAR succinil-colina, reserpina,
morfina, teofilina, fenotiazinicos.
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5 - MEDIDAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO
Como em qualquer incêndio:
isole a área;
. não inale a fumaça
. use EPI completo e mascara autônoma
. afaste as pessoas para local bem distante e fora da direção do vento.
. resfrie com água as embalagens expostas ao incêndio.
Meios de extinção: Espuma CO2 Pó quimico Neblina de agua
6 - MEDIDAS DE CONTROLE PARA VAZAMENTO / DERRAMAMENTO
Precauções pessoais: Use os EPIs recomendados
Ações:
isole e sinalize a área.
.faça um dique de contenção com terra, areia ou serragem e absorva o produto, para impedir que o produto atinja rios, lagoas, fontes de água, poços, bueiros ou drenos
pluviais, sistema de captação de águas.
. caso seja inevitável a contaminação desses mananciais, IMEDIATAMENTE avise as autoridades para que determinem a interrupção de qualquer consumo humano ou
animal e contate o Sistema de Resposta às Emergências Externas da Fersol, tel. 0800 55 55 28.
. Se o derramamento ocorreu em piso pavimentado, recolha o material absorvido em recipientes adequados, lacre e identifique os recipientes cheios e guarde-os em local
seguro e protegido, até obter a licença para sua destinação final;se ocorreu em área não pavimentada, raspe a terra da área do derramamento até uma profundidade onde
não haja mais sinais do produto derramado;recolha tudo em tambores, lacre-os e identifique-os e guarde-os em local seguro e protegido enquanto espera a licença legal
para sua destinação final
Métodos de limpeza:
Após o recolhimento do produto absorvido a seguir lave a área com água e detergente
7 - MANUSEIO E ARMAZENAMENTO
Recomendações técnicas para manuseio/ precauções:
. sempre manusear este produto usando todos os EPIs recomendados(Seção 8).
. sempre observar hábitos de higiene pessoal: lavar as mãos antes de comer, fumar e usar o sanitário; tomar banho completo no fim do turno de trabalho; não usar
roupas de trabalho ao tomar refeições; não lavar roupas de trabalho com as demais da casa; descartar os objetos de couro(sapatos, cintos, bolsas, carteiras, etc)
contaminados
. retirar e descontaminar os EPIs assim que terminar as tarefas que exigiam seu uso; lavar bem com água aquecida e detergente a superfície externa das luvas
antes de retira-las.
Recomendações técnicas para armazenamento/ precauções:
. Não inflamável
. conservar na embalagem original, bem fechada quando não em uso
. armazenar em local trancado, com ventilação natural, bem sinalizado, exclusivo para pesticidas, longe de todas as outras instalações e moradias
. impedir contato com alimentos e com rações para animais
. manter equipamentos, utensílios, recipientes e material de contenção para recolhimento de derramamentos
. quando possível, armazenar sobre estrados acima do nível do chão
. armazéns maiores devem estar em conformidade com a Norma Brasileira NBR 9843.
8 - CONTROLE DE EXPOSIÇÃO E PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Controle de Engenharia: em ambientes industriais fechados, usar ventilação exaustora local, onde existirem condições de uso que possam ter potencial para exposições
excessivas.
Controle Biológico: atividade da colinesterase no sangue // metabólitos
Higiene Industrial: ar na zona respiratória do trabalhador
partículas do produto depositadas sobre a superfície dos EPIs e roupas de trabalho
Parâmetros de controle: (DDVP)
NR-7 Brasil: redução da atividade da colinesterase em relação a valor inicial (30% nos eritrocitos, 50% no plasma e 25% no sangue total)
TLV e TWA = 0,1 ppm (1 mg/m³) - 8 horas
ADI = 0,004 mg/kg/dia
STEL = não disponivel
PEL = 1 mg/m³ - 8 horas, pele
Nivel equivalente Água Potável(DWEL) = não disponivel
RfD = 0,0005 mg/kg/dia
Equipamentos de Proteção Individual
a) respiratório: mascara com cartucho vapor organico e pré-filtro aprovado para pesticidas líquidos
b) olhos e face: viseira ou oculos contra respingos
c) mãos: luvas de PVC, borracha ou Viton®
d) pés: botas de PVC, borracha ,com meias
e) tronco e pernas avental PVC ou borracha ou macacão com tecido hidro-repelente, com capuz
f) cabeça: capacete ou chapeu impermeável, com proteção para a nuca
g) uniforme de serviço: mangas compridas
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9 - PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS
Estado Físico: liquido ambar ou incolor, odor suave
Peso molecular: 220,98
Solubilidade em água: 10 g/L estimada para material tecnico
Solubilidade em outros solventes: toluol > etanol > acetona > querozene
Ponto de ebulição: 35°C (material tecnico)
Ponto de fusão: não disponivel
Ponto de congelamento: não disponivel
Pressão de vapor (mm Hg): 290 mPa à 20°C (produto tecnico)
Ponto de fulgor (método usado): não aplicavel
Temperatura de auto-ignição: não aplicável
Limite inferior de explosão: não aplicável
Limite superior de explosão: não aplicável
pH: não disponivel
Coeficiente de partição: 1,47 (material tecnico)
Coeficiente de adsorção: 30 (estimado)
Gravidade especifica (água=1): mais pesado (1,4 g/ml)
Viscosidade: não disponivel
Percentual volátil (por peso): 100% (material tecnico)
Taxa de evaporação (acetato de butila = 1): mais lento
Densidade de vapor ( ar = 1): mais leve
10 - ESTABILIDADE E REATIVIDADE
. Estabilidade: estavel
. Polimerização perigosa: não ocorre
. Sub-produtos de decomposição térmica: oxidos de carbono, gás de cloreto de hidrogenio, nevoa de acido fosfórico
. Incompatibilidade: alcalis
. Condições a evitar: fogo
11 - INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS
DL50 aguda, oral, ratos = 56-80 mg/kg
CL50 inalação, ratos = (4 horas) 14,8 mg/m³
DL50 dermica, ratos, coelhos = 75-210 mg/kg
Irritação cutânea, coelhos = leve
Irritação ocular, coelhos = leve, sem lesão corneal
Sensibilização cutânea, coelhos = não observada
Toxicidade crônica: inibição da atividade da colinesterase
Mutagenicidade: sem evidencia em animais vivos
Efeitos sobre a reprodução e efeitos teratogenicos: sem evidencia
Carcinogenicidade: evidencia inconclusiva em animais de laboratório
Destino em seres humanos e animais mamíferos: rápida absorção e excreção
meia-vida em ratos 13 minutos
não acumula
não detectado em leite de vaca e de ratas
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12 - INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS
Mobilidade: não adsorve, pode contaminar agua de subsolo (18 a 20% , 30 cm.)
Persistência: baixa (1/2 vida 7 dias)
Degradação: biodegradação e hidrolise (rapida em solo alcalino e agua) ; 1/2 vida agua, pH entre 4 e 9 = 20-80 horas
Toxicidade para peixes: alta; luz UV torna o material 5 a 15 vezes mais tóxico.( CL50,96 horas 0,9 a 11 mg/L varia conforme especie)
Toxicidade para invertebrados aquáticos: CL50, 96 horas, camarão 0,004 mg/L (alta)
Toxicidade para aves: alta ( DL50 oral, aves = 12 mg/kg)
Toxicidade para minhocas: não disponivel
Toxicidade para abelhas: alta
13 - CONSIDERAÇÕES SOBRE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO
Resíduos do produto: proibido aterrar ou incinerar à céu aberto; incineração em equipamento aprovado, segundo a legislação local
Embalagens contaminadas: após tríplice lavagem, perfure as embalagens e armazene em local seguro e protegido, até serem enviadas para destinação final por lei:
reciclagem autorizada ou incineração em equipamento aprovado pela legislação vigente.
14 - INFORMAÇÕES PARA TRANSPORTE
Rodoviário, Brasil
Nome apropriado para embarque: pesticida a base de organofosforado, liquido, tóxico, N.E. (DDVP, diclorvos)
Número ONU: 3018
Classe de Risco/Divisão: 6.1
Risco Subsidiário: não
Número de risco: 60
Grupo de embalagem: II
EPI:8
15 - REGULAMENTAÇÃO
Símbolo:
Regulamentos Brasileiros:
- Regulamentação de Tranporte Rodoviário de Produtos Perigosos, 1998
- Registro M.Saude Nº 3.1834.0034.001-7
Regulamentos internacionais - não contemplado neste documento (consulte o fornecedor)
16 - OUTRAS INFORMAÇÕES PERTINENTES
"As informações desta FISPQ representam os dados atuais e refletem com exatidão o nosso melhor conhecimento para o manuseio apropriado deste produto sob
condições normais e de acordo com a aplicação específica na embalagem e/ou literatura. Qualquer outro uso do produto que envolva o uso combinado com outro
produto ou outros processos é responsabilidade do usuário"