Crea DF - Manual Do Profissional 2020
Crea DF - Manual Do Profissional 2020
Revisão Técnica:
Equipe da Superintendência Técnica e de Fiscalização
Engº Civil Gilberto Campos SGAS Quadra 901 CJ D Asa Sul - Brasilia-DF
CEP: 70390-010
Coordenadoria de Comunicação Social (61) 3961-2800
Profissional,
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Histórico Plenário
A história do Crea-DF inicia-se no momento em que o Brasil empreendia a É o órgão máximo no âmbito do Crea-DF, constituído pelo presidente e por
construção da nova capital no seio do Planalto Central. conselheiros regionais no exercício de suas funções com mandato de três
anos. Compete ao Plenário, julgar os recursos interpostos contra decisões
Durante a construção de Brasília, de 1956 a 1960, até 1961, a região do atual Dis- das Câmaras referentes ao exercício profissional, tais como processos éti-
trito Federal era jurisdição do Crea 4ª Região, com sede em Belo Horizonte. cos, autos de infração, anotações de curso, revisão de atribuições, registro
Em abril de 1961, a Resolução nº 129 do Confea instituiu, em regime transitório, de Instituições de ensino, entidades de classe, etc, aprovar o programa de
o então Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura da 12ª Região, que atividades e orçamento anual, e demais atribuições estabelecidas na Lei nº
abrangia o Distrito Federal e o Estado de Goiás, com sede em Brasília. 5194/66 e regimento interno do CREA-DF.
A primeira sessão ordinária do novo Conselho ocorreu em 29 de junho de 1961, Atualmente, o Crea-DF tem em Plenário 47 conselheiros efetivos, com igual
no auditório da Escola Parque de Brasília, ocasião em que se concretizou a ins- número de suplentes, sendo a sua composição renovada anualmente em 1/3.
talação do Regional e a posse de conselheiros e do primeiro presidente do Crea
12ª Região, Engº Inácio de Lima Ferreira. A aprovação da organização definitiva As sessões plenárias ordinárias acontecem mensalmente, conforme calen-
desse Crea se deu por meio da Resolução nº 152 do Confea, de setembro de 1966. dário disponível no site do Crea-DF.
Sem uma sede própria, o novo Conselho Regional passou a se reunir alterna-
damente em Brasília e em Goiânia, sendo que, em Brasília, as reuniões pas-
saram a ser realizadas no Departamento de Estradas e Rodagem do Distrito
Federal (DER-DF).
A primeira sede do Crea 12ª Região foi adquirida na Zona Sul de Brasília, Qua-
dra 302, em 1967, quando as reuniões passaram a acontecer o local.
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MANUAL DO PROFISSIONAL
Para o contratante • ART de coautoria, que indica que uma atividade técnica caracterizada
como intelectual, objeto de contrato único, é desenvolvida em conjunto
• Instrumento de defesa (no caso de acidentes); por mais de um profissional de mesma competência;
• Identifica individualmente os responsáveis técnicos;
• Identifica as características do serviço contratado; • ART de corresponsabilidade, que indica que uma atividade técnica
caracterizada como executiva, objeto de contrato único, é desenvolvida
• Segurança para a contratação do profissional/empresa;
em conjunto por mais de um profissional de mesma competência; e
• ART de obra ou serviço, relativa à execução de obras ou
prestação de serviços inerentes às profissões abrangidas • ART de equipe, que indica que diversas atividades complementares,
pelo Sistema Confea /CREA; objetos de contrato único, são desenvolvidas em conjunto por mais de
• ART de obra ou serviço de rotina, denominada ART múltipla, que um profissional com competências diferenciadas.
especifica vários contratos referentes à execução de obras ou à
prestação de serviços em determinado período; e Resolução nº 1.025 de 30 de outubro de 2009
• ART de cargo ou função, relativa ao vínculo com pessoa jurídica
para desempenho de cargo ou função técnica. Seção VIII
I - ART complementar: Anotação de responsabilidade técnica do Art. 43. O vínculo para desempenho de cargo ou função técnica, tanto com pessoa
mesmo profissional que, vinculada a uma ART inicial, complementa os jurídica de direito público quanto de direito privado, obriga à anotação de respon-
dados anotados nos seguintes casos: sabilidade técnica no Crea em cuja circunscrição for exercida a atividade.
§ 1º A ART relativa ao desempenho de cargo ou função deve ser registrada § 2º. Revogado pela Resolução 1.050, de 13 de dezembro de 2013.
após assinatura do contrato ou publicação do ato administrativo de no-
meação ou designação, de acordo com as informações constantes do do-
cumento comprobatório de vínculo do profissional com a pessoa jurídica.
IMPORTANTE
§ 2º Somente a alteração do cargo, da função ou da circunscrição onde • O registro da ART é restrito às atividades condizentes com as atri-
for exercida a atividade obriga ao registro de nova ART. buições profissionais;
§ 3º É vedado o registro da ART de cargo ou função extinta, cujo vínculo con- • O registro de ARTs que possuam atividades não condizentes com
tratual tenha sido iniciado após a data de entrada em vigor desta Resolução. as atribuições do profissional pode acarretar em autuação por exor-
bitância de atribuições, conforme artigo 6º alínea B da Lei 5.194/66;
Quem deve cadastrar e registrar a ART? • O responsável técnico deverá manter uma via da ART no local da
obra ou serviço. (Art. 7º da Resolução nº 1025/2009 do Confea);
Compete ao profissional cadastrar a ART de obra ou serviço no sistema
eletrônico e efetuar o recolhimento do valor relativo ao registro no CREA • É vedado ao profissional com o registro cancelado, suspenso ou
em cuja circunscrição for exercida a atividade, nos seguintes casos: (Art. interrompido registrar a ART. (Art. 8º da Resolução nº 1025/2009 do
32 da Resolução nº 1.025/2009 do Confea) Confea).
I – quando o profissional for contratado como autônomo diretamente por
pessoa física ou jurídica; ou
Baixa da ART
II – quando o profissional for o proprietário do empreendimento ou empresário.
A ART deve ser baixada em função de algum dos seguintes motivos:
Compete ao profissional cadastrar a ART de obra ou serviço no siste-
(Art. 15 da Resolução nº 1.025/2009 do Confea)
ma eletrônico e à pessoa jurídica contratada efetuar o recolhimento do
valor relativo ao registro no CREA em cuja circunscrição for exercida a
I – Conclusão da obra ou serviço: quando do término das atividades
atividade, quando o responsável técnico desenvolver atividades técnicas
técnicas descritas na ART;
em nome da pessoa jurídica com a qual mantenha vínculo. (Art. 33 da
Resolução nº 1.025/2009 do Confea)
II – Interrupção da obra ou serviço: quando da não conclusão das ativi-
dades técnicas descritas na ART, de acordo com os seguintes casos:
Quando devemos registrar a ART?
a) Rescisão contratual;
Seção V - Resolução nº 1.025 de 30 de outubro de 2009
b) Substituição do responsável técnico; ou
Da ART de Obra ou Serviço c) Paralisação da obra e serviço.
Art. 28. A ART relativa à execução de obra ou prestação de serviço deve
ser registrada antes do início da respectiva atividade técnica, de acordo Quem pode requerer a baixa da ART?
com as informações constantes do contrato firmado entre as partes.
§ 1º No caso de obras públicas, a ART pode ser registrada em até dez • Deve ser requerida ao CREA pelo profissional por meio eletrônico
dias após a liberação da ordem de serviço ou após a assinatura do e instruída com o motivo, as atividades concluídas e, nos casos de
baixa em que seja caracterizada a não conclusão das atividades téc-
contrato ou de documento equivalente, desde que não esteja caracte-
nicas, a fase em que a obra ou serviço se encontrar. (Art. 16 da Re-
rizado o início da atividade. solução nº 1.025/2009 do Confea)
• A baixa da ART não exime o profissional ou a pessoa jurídica Quem decide pelo cancelamento da ART? (Art. 23 Da Resolu-
contratada das responsabilidades administrativa, civil ou penal, ção nº 1.025/2009 do Confea).
conforme o caso.(Parágrafo único do artigo 13 da Resolução nº
1.025/2009 do Confea); • A câmara especializada competente decidirá acerca do processo ad-
ministrativo de cancelamento.
• O término da atividade técnica desenvolvida obriga à baixa da
ART das atividades exercidas durante sua vigência, de execu-
ção de obra, prestação de serviço ou desempenho de cargo ou ART de obra ou serviço
função. (Art. 14 da Resolução nº 1025/2009 do Confea).
• A ART relativa à execução de obra ou prestação de serviço deve ser
registrada antes do início da respectiva atividade técnica, de acordo
com as informações constantes do contrato firmado entre as partes.
• Pode ser requerida ao CREA pelo contratante ou pela pessoa jurí-
(Art. 28 da Resolução nº 1.025/2009 do Confea)
dica contratada por meio de formulário próprio, conforme o Anexo
III, desde que instruída com informações suficientes que compro-
vem a inércia do profissional em requerê-la. (Art. 17 da Resolução nº • No caso de obras públicas, a ART pode ser registrada em até dez
1.025/2009 do Confea) dias após a liberação da ordem de serviço ou após a assinatura do
contrato ou de documento equivalente, desde que não esteja carac-
• O CREA notificará o profissional para manifestar-se sobre o reque- terizado o início da atividade.
rimento de baixa no prazo de dez dias corridos (§1º).
ART de coautoria ou corresponsabilidade
• O CREA analisará o requerimento de baixa após a manifestação do
profissional ou esgotado o prazo previsto para sua manifestação. (§2º) A coautoria ou a corresponsabilidade por atividade técnica, bem como o
trabalho em equipe para execução de obra ou prestação de serviço obri-
ga ao registro de ART, vinculada à ART primeiramente registrada. (Art.
29 da Resolução nº 1.025/2009 do Confea)
Cancelamento da ART
Quando ocorrerá o cancelamento da ART ? Subcontratação ou subempreitada
(Art. 21 da Resolução nº 1.025/2009 do Confea)
A subcontratação ou a subempreitada de parte ou da totalidade da obra
• Quando nenhuma das atividades técnicas descritas na ART forem ou do serviço obriga ao registro de art, da seguinte forma: (Art. 30).
executadas; ou
• O profissional da pessoa jurídica inicialmente contratada deve regis-
• Quando o contrato não for executado. trar ART de gestão, direção, supervisão ou coordenação do serviço
subcontratado, conforme o caso;
de obra ou serviço relativa à atividade que lhe foi subcontratada, Da ART de OBRA OU SERVIÇO que abrange circunscrições
vinculada à ART de gestão, supervisão, direção ou coordenação do de diversos Creas:
contratante; e
Deve ser registrada antes do início da respectiva atividade técnica, de
• No caso em que a ART tenha sido registrada indicando atividades acordo com as informações constantes do contrato firmado entre as
que posteriormente foram subcontratadas, compete ao profissional partes, da seguinte forma: (Art. 42 da Resolução nº 1.025/2009 do Confea)
substituí-la para adequação.
• A ART referente à execução de obras ou à prestação serviços que
abranjam mais de uma unidade da Federação pode ser registrada
IMPORTANTE em qualquer dos CREAs onde for realizada a atividade;
A substituição, a qualquer tempo, de um ou mais responsáveis téc-
• A ART referente à prestação de serviço cujo objeto encontra-se em
nicos pela execução da obra ou prestação do serviço obriga ao
registro de nova ART, vinculada à ART anteriormente re- outra unidade da Federação pode ser registrada no CREA desta cir-
gistrada. (Art. 31 da Resolução nº 1.025/2009 do Confea) cunscrição ou no CREA onde for realizada a atividade profissional; ou
Certidão de Acervo Técnico – CAT • É vedada a emissão de CAT em nome da pessoa jurídica. (Art. 55 da Resolução
nº 1.025/2009 do Confea)
O que é uma Certidão de Acervo Técnico- CAT? • A CAT constituirá prova da capacidade técnico-profissional da pessoa jurídi-
(Art. 49 da Resolução nº 1.025/2009 do Confea) ca somente se o responsável técnico indicado estiver a ela vinculado como
integrante de seu quadro técnico. (Parágrafo único, art. 55 da Resolução nº
É o instrumento que certifica, para os efeigiseltos legais, que consta dos 1.025/2009 do Confea)
assentamentos do CREA a ART pelas atividades consignadas no acervo
técnico do profissional.
26 ACERVO TÉCNICO 27
MANUAL DO PROFISSIONAL
ção de obra ou a prestação de serviço e identifica seus elementos Que documento comprova o registro do atestado?
quantitativos e qualitativos, o local e o período de execução, os res-
ponsáveis técnicos envolvidos e as atividades técnicas executadas. • A CAT à qual o atestado está vinculado é o documento que comprova
o registro do atestado no CREA.
(Parágrafo único , art. 57 da Resolução nº 1.025/2009 do Confea).
• A CAT apresentará informações ou ressalvas pertinentes em função
Como o atestado pode ser registrado no CREA? da verificação do registro do profissional e da pessoa jurídica à épo-
ca da execução da obra ou da prestação do serviço, bem como dos
O ATESTADO DE CAPACIDADE TÉCNICA É REGISTRADO NO CREA dados do atestado em face daqueles constantes dos assentamentos
do CREA relativos às ARTs registradas.
POR MEIO DA CERTIDÃO DE ACERVO TÉCNICO – CAT VINCULADA AO
REFERIDO ATESTADO. O atestado registrado constituirá prova da capacidade técnico-profis-
sional da pessoa jurídica somente se o responsável técnico indicado
Quem pode declarar as informações e os dados tecnicos estiver ou venha a ser a ela vinculado como integrante de seu quadro
sobre a execução da obra ou prestação de serviço? técnico por meio de declaração entregue no momento da habilitação
ou da entrega das propostas.
(Art. 58 da Resolução nº 1.025/2009 do Confea)
• Devem ser declarados por profissional que possua habilitação nas pro- IMPORTANTE
fissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea; e
• O atestado que referenciar serviços subcontratados ou subempreita-
• No caso em que a contratante não possua em seu quadro técnico pro- dos e deve estar acompanhado de documentos hábeis que comprovem
fissional habilitado, o atestado deverá ser objeto de laudo técnico, ELA- a anuência do contratante original ou que comprovem a efetiva parti-
BORADO POR TERCEIRO QUE POSSUAS AS MESMAS ATRIBUIÇÕES DO cipação do profissional na execução da obra ou prestação do serviço,
SOLICITANTE, ACOMPANHADO DA SUA RESPECTIVA ART. tais como trabalhos técnicos, correspondências, diário de obras ou
documento equivalente. (Art. 61 da Resolução nº 1.025/2009 do Confea);
Como requerer o registro do atestado? (Art. 59 da Resolução nº
1.025/2009 do Confea) • O CREA manifestar-se-á sobre o registro do atestado após efetuar
a análise do requerimento e a verificação dos dados do atestado em
• Somente será objeto de registro pelo CREA o atestado emitido sem face daqueles constantes dos assentamentos do CREA relativos às
rasuras ou adulteração, e que apresentar os dados mínimos indica- ARTs registradas. (Art. 63 da Resolução nº 1.025/2009 do Confea);
dos no Anexo IV. (§ 1º) ALÉM DISSO, O ATESTADO DE CAPACIDADE
TÉCNICA DEVE ESTAR EM PAPEL TIMBRADO DO CONTRATANTE OU • Quando necessário e mediante justificativa, o CREA poderá solicitar
COM O CARIMBO PADRÃO DO CNPJ. outros documentos ou efetuar diligências para averiguar as informa-
ções apresentadas.(§ 2º da Resolução nº 1.025/2009 do Confea);
• O atestado que referenciar serviços que foram parcialmente con-
• Em caso de dúvida, o processo será encaminhado à Câmara Especia-
cluídos deve explicitar o período e as etapas executadas. (Art. 60 da
lizada competente para apreciação.(§ 3º da Resolução nº 1.025/2009
Resolução nº 1.025/2009 do Confea) do Confea);
A quem cabe a responsabilidade pela veracidade das • O término da atividade técnica desenvolvida obriga à baixa da ART
informações? das atividades exercidas durante sua vigência, de execução de obra,
prestação de serviço ou desempenho de cargo ou função. (Art. 14 da
A veracidade e a exatidão das informações constantes do atestado são Resolução nº 1.025/2009 do Confea).
de responsabilidade do seu emitente.
28 ACERVO TÉCNICO 29
MANUAL DO PROFISSIONAL
Da inclusão ao Acervo Técnico de atividade desenvol- III – comprovante de pagamento do valor correspondente à análise de
vida no exterior requerimento de regularização de obra ou serviço concluído.
• É facultado ao profissional, brasileiro ou estrangeiro, registrado no • Mediante justificativa fundamentada, poderá ser aceita como pro-
CREA, que executou obra, prestou serviços ou desempenhou cargo va de efetiva participação do profissional declaração do contra-
ou função no exterior, requerer a inclusão desta atividade ao seu tante, desde que baseada em indício de prova material, não sendo
acervo técnico por meio do registro da ART correspondente, desde admitida prova exclusivamente testemunhal.(§1º art. 2º da Reso-
que tenha sido realizada após sua diplomação em curso técnico de lução nº 1.050/2013 do Confea)
nível médio ou de nível superior nas profissões abrangidas pelo Sis-
tema Confea/CREA. (Art. 65 da Resolução nº 1.025/2009 do Confea) • A falta de visto no CREA em cuja circunscrição a atividade foi de-
senvolvida não impede a regularização da obra ou serviço, desde
• O profissional terá o prazo de um ano para requerer a inclusão ao que a situação do profissional seja previamente regularizada. (§
acervo técnico de atividade desenvolvida no exterior, contados da 2º art. 2º da Resolução nº 1.050/2013 do Confea)
data de registro no CREA ou de sua reativação após entrada no país.
• Quando necessário o CREA poderá solicitar outros documentos
• A câmara especializada competente decidirá sobre o requerimento para averiguar as informações apresentadas.(Parágrafo único da
de registro da ART após a verificação das informações apresentadas. Resolução nº 1.050/2013 do Confea)
(Art. 68 da Resolução nº 1.025/2009 do Confea)
• Após instrução, o processo será encaminhado à câmara espe-
Regularização de obras e serviços (Resolução nº 1.050/2013) cializada competente para apreciação. (Art. 4º da Resolução nº
1.050/2013 do Confea)
• Fixa os critérios e os procedimentos para regularização de obras e
serviços de Engenharia e Agronomia concluídos sem a devida ART.
(Art. 1º da Resolução nº 1.025/2009 do Confea). TAL PROCEDIMENTO É
DENOMINADO RECUPERAÇÃO DE ACERVO TÉCNICO.
30 ACERVO TÉCNICO 31
MANUAL DO PROFISSIONAL
36 LIVRO DE ORDEM 37
MANUAL DO PROFISSIONAL
Artigo 1º - O Código de Ética Profissional enuncia os fundamentos éticos I - A profissão é bem social da humanidade e o profissional é o agen-
e as condutas necessárias à boa e honesta prática das profissões da te capaz de exercê-la, tendo como objetivos maiores a preservação
Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia e o desenvolvimento harmônico do ser humano, de seu ambiente e
e relaciona direitos e deveres correlatos de seus profissionais. de seus valores;
Artigo 2º - Os preceitos deste Código de Ética Profissional têm alcance Da natureza da profissão
sobre os profissionais em geral, quaisquer que sejam seus níveis de
formação, modalidades ou especializações. II- A profissão é bem cultural da humanidade construído permanente-
mente pelos conhecimentos técnicos e científicos e pela criação artís-
Artigo 3º - As modalidades e especializações profissionais pode- tica, manifestando-se pela prática tecnológica, colocado a serviço da
rão estabelecer, em consonância com este Código de Ética Profis- melhoria da qualidade de vida do homem;
sional, preceitos próprios de conduta atinentes às suas peculiari-
dades e especificidades. Da honradez da profissão
Da identidade das profissões e dos profissionais III - A profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta hones-
ta, digna e cidadã;
Artigo 4º - As profissões são caracterizadas por seus perfis próprios,
pelo saber científico e tecnológico que incorporam, pelas expressões
Da eficácia profissional
artísticas que utilizam e pelos resultados sociais, econômicos e ambien-
tais do trabalho que realizam.
IV - A profissão realiza-se pelo cumprimento responsável e competen-
Artigo 5º - Os profissionais são os detentores do saber especializado de te dos compromissos profissionais, munindo-se de técnicas adequadas,
suas profissões e os sujeitos pró-ativos do desenvolvimento. assegurando os resultados propostos e a qualidade satisfatória nos
serviços e produtos e observando a segurança nos seus procedimentos;
Artigo 6º - O objetivo das profissões e a ação dos profissionais vol-
ta-se para o bem-estar e o desenvolvimento do homem, em seu am-
42 CÓDIGO DE ÉTICA 43
MANUAL DO PROFISSIONAL
Do relacionamento Profissional e) Empenhar-se junto aos organismos profissionais para a consolidação da ci-
dadania e da solidariedade profissional, e da coibição das transgressões éticas.
V- A profissão é praticada através do relacionamento honesto, jus-
to e com espírito progressista dos profissionais para com os gesto- III - Nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores:
res, ordenadores, destinatários, beneficiários e colaboradores de seus
serviços, com igualdade de tratamento entre os profissionais e com a) Dispensar tratamento justo a terceiros, observando o princípio da eqüidade;
lealdade na competição;
b) Resguardar o sigilo profissional quando do interesse de seu cliente
Da intervenção profissional sobre o meio ou empregador, salvo em havendo a obrigação legal da divulgação ou da informação;
d) Divulgar os conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos b) Manter-se informado sobre as normas que regulamentam o exer-
inerentes à profissão; cício da profissão; e
44 CÓDIGO DE ÉTICA 45
MANUAL DO PROFISSIONAL
servação de energia e de minimização dos impactos ambientais; e) Descuidar com as medidas de segurança e saúde do trabalho
sob sua coordenação;
c) Considerar em todos os planos, projetos e serviços as diretrizes
e disposições concernentes à preservação e ao desenvolvimento dos f) Suspender serviços contratados, de forma injustificada e sem
patrimônios sócio-cultural e ambiental. prévia comunicação; e
g) Impor ritmo de trabalho excessivo ou exercer pressão psicológica
Das condutas vedadas ou assédio moral sobre os colaboradores.
Artigo 10º - No exercício da profissão são condutas vedadas ao profissional: IV - Nas relações com os demais profissionais:
I - Ante o ser humano e a seus valores: a) Intervir em trabalho de outro profissional sem a devida autorização
de seu titular, salvo no exercício do dever legal;
a) Descumprir voluntária e injustificadamente com os deveres do ofício;
b) Referir-se preconceituosamente a outro profissional ou profissão;
b) Usar de privilégio profissional ou faculdade decorrente de função de for-
ma abusiva, para fins discriminatórios ou para auferir vantagens pessoais; e c) Agir discriminatoriamente em detrimento de outro profissio-
nal ou profissão; e
c) Prestar de má fé orientação, proposta, prescrição técnica ou qual-
quer ato profissional que possa resultar em dano às pessoas ou a d) Atentar contra a liberdade do exercício da profissão ou contra os
seus bens patrimoniais; direitos de outro profissional.
a) Aceitar trabalho, contrato, emprego, função ou tarefa para os quais a) Prestar de má-fé orientação, proposta, prescrição técnica ou qual-
não tenha efetiva qualificação; quer ato profissional que possa resultar em dano ao ambiente natu-
ral, à saúde humana ou ao patrimônio cultural.
b) Utilizar indevida ou abusivamente do privilégio de exclusividade de
direito profissional; Dos direitos
c) Omitir ou ocultar fato de seu conhecimento que transgrida à ética profissional; Artigo 11º - São reconhecidos os direitos coletivos universais inerentes
às profissões, suas modalidades e especializações, destacadamente:
III - Nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores:
a) À livre associação e organização em corporações profissionais;
a) Formular proposta de salários inferiores ao mínimo profissional legal;
b) Apresentar proposta de honorários com valores vis ou extorsivos b) Ao gozo da exclusividade do exercício profissional;
ou desrespeitando tabelas de honorários mínimos aplicáveis;
c) Ao reconhecimento legal; e
c) Usar de artifícios ou expedientes enganosos para a obtenção de
vantagens indevidas, ganhos marginais ou conquista de contratos; d) À representação institucional.
d) Usar de artifícios ou expedientes enganosos que impeçam o legíti- Artigo 12º - São reconhecidos os direitos individuais universais ineren-
mo acesso dos colaboradores às devidas promoções ou ao desenvol- tes aos profissionais, facultados para o pleno exercício de sua profis-
vimento profissional; são, destacadamente:
46 CÓDIGO DE ÉTICA 47
a) À liberdade de escolha de especialização;
Da infração ética
Artigo 13º - Constitui-se infração ética todo ato cometido pelo profis-
sional que atente contra os princípios éticos, descumpra os deveres
do ofício, pratique condutas expressamente vedadas ou lese direitos
reconhecidos de outrem.
48 CÓDIGO DE ÉTICA
MANUAL DO PROFISSIONAL