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ARLS Adonhiran

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À∴

G∴D∴
G ∴ A ∴ D ∴ U∴

Gonçalo Nunes de Faria – Um nome simbólico

Por:

Am.´. Ir.´. Gonçalo Nunes de Faria (Alvaro Boson de Castro Faria)

PREÂMBULO
Temos origens remotas, e que podemos sondar, analisando as penumbras do tempo. Tendo
como motivação, o polimento da pedra bruta que é o próprio self/ser, esta peça de arquitetura
encontra-se germinada em uma centelha de curiosidade acerca da origem do sobrenome
Faria, a que me honro possuir. Nesta busca, foram encontradas informações interessantes
sobre as imemoriais ligações deste sobrenome, dentro da cultura e da história de Portugal.
Passo a relatar histórias de um herói e de personagens que, por terem defendido os territórios
que dominaram contra os invasores, inspiraram-me na adoção do nome simbólico de: Gonçalo
Nunes de Faria.

***

INTRODUÇÃO
O nome Adonhiram vem de datas muitas antigas, chegando ser questionamento se chegou a
existir como na história Lenda da Ordem dos Cavaleiros Noaquitas que eram admitidos
somente maçons Adonhiramitas, que eram possuidores do grau de Cavaleiro Rosa Cruz.
Traduzido na Alemanha por Bérage e inserido Tschoudy em sua coletânea Adonhiram, nome
composto do hebreu Adon e de Hiran, isto é, Senhor Hiram. Hiram é usado aqui como ‘autor
da vida’.”Ainda:

Chamam-no arquiteto do templo, sendo considerado ele o soberano Mestre de tudo,


O nome Adonhiramita é anterior à Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita
constando na Lenda da Ordem dos Cavaleiros Noaquitas que somente admitia como
membros, maçons Adonhiramitas, possuidores do grau de Cavaleiro Rosa Cruz. 
Originária da Alemanha, foi traduzida por Bérage e inserida por Tschoudy em sua

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compilação. O editor francês inicia a apresentação da obra nos seguintes termos:
"Adonhiram, nome composto do hebreu Adon e de Hiram, isto é, Senhor Hiram. Mas Hiram
é usado aqui como 'autor da vida'."
Em nota de rodapé no Catecismo dos Mestres, consta a seguinte explicação:
"Adonhiram, nome hebreu composto de dois outros: Adon, que significa 'Senhor', e 'Hiram',
que significa 'altivez de vida'. Chamam-no arquiteto do templo, não somente porque a
verdadeira igreja segue os planos de Deus Supremo, mas também porque os Maçons
estão persuadidos de que ele é o soberano Mestre de tudo..."
Referindo-se à possibilidade de Adonhiram não ser o artífice Hiram Abif, o editor da
Compilação continua:
"A Bíblia conhece um personagem chamado, segundo os Livros, Adonhiram (I Reis 4,6),
Adoram (II Samuel 20,24), ou Hadoram (II Crônicas 10,18). Trata-se, sob essas três
grafias, do encarregado dos impostos de Davi, de Salomão e depois de Roboão. Ele foi
apedrejado até a morte pelos israelitas das dez tribos que 'a partir desse dia foram infiéis à
casa de Davi e a Judá'. "
Ainda da Compilação Preciosa, consta uma nota que elimina qualquer dúvida sobre o
assunto:
" ...Hiram fez um dos bens mais preciosos a Salomão, na pessoa de Adonhiram, saído de
seu sangue, filho de uma viúva da tribo de Nephtali. Seu pai chamava-se Hur, excelente
operário na arquitetura e na fundição de metais. Salomão, conhecendo suas virtudes, seu
mérito e seus talentos, distinguiu-o com o posto mais eminente, dando-lhe a direção do
templo e de todos os operários..."
Comparativamente inexiste contradição entre a lenda do mestre construtor ensinada nas
sessões adonhiramitas em relação aos demais ritos.
Existe, entretanto, na segunda parte da Compilação Preciosa, outra interpretação,
essencialmente fundamentada no texto bíblico, onde o autor deixa claro que o arquiteto do
templo não teria sido Hiram Abif e sim, Adonhiram. Hiram Abif, teria sido apenas o artífice
das obras de arte:
"...Aduram presidia os trabalhos. Josafat, filho de Ailud, era o cronista..."(II Samuel 20,24)
"Aisar, prefeito do palácio; Adonirão, filho de Abda, dirigente dos trabalhos." (I Reis 4,6)
De fato, analisando atentamente as Escrituras, qualquer leitor será obrigado a concordar
com o autor. Não há menção ao artista natural de Tiro como dirigente dos trabalhos do
Templo de Salomão. Este, quando citado, é associado sempre à atividade artesanal. O
mesmo não ocorre com Adonhiram, várias vezes citado como dirigente dos trabalhos e,
especificamente em II Crônicas 10, 18; é relatada a morte de Aduram, que a serviço do rei,
foi assassinado, marcando o início da "dissidência da casa de Israel, que dura até hoje".

José Daniel da Silva, A Maçonaria Adonhiramita e o Escocismo, Editora A Gazeta


Maçônica, São Paulo, 1998

“Chamam-no arquiteto do templo, não somente porque a verdadeira igreja segue os planos
do Deus Supremo, mas também porque os Maçons estão persuadidos de que ele é o soberano
Mestre de tudo”.

Quanto à possibilidade de Adonhiram não ser o artífice Hiram Abif, verifica-se o seguinte:

“A Bíblia conhece um personagem chamado, segundo os Livros, Adonhiram (I Reis 4,6),


Adoram (II Samuel20, 24), ou Hadoram (II Crônicas 10, 18). Trata-se, sob essas três grafias, do
encarregado dos impostos de Davi, de Salomão e depois de Roboão. Ele foi apedrejado até a

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morte pelos israelitas das dez tribos que ‘a partir desse dia foram infiéis à casa de Davi e a
Judá’.”

Ainda consta uma nota que elimina qualquer dúvida sobre o assunto:

“…Hiram fez um dos bens mais preciosos a Salomão, na pessoa de Adonhiram, saído de seu
sangue, filho de uma viúva da tribo de Nephtali: Seu pai chamava-se Hur, excelente operário
na arquitetura e na fundição de metais. Salomão, conhecendo suas virtudes, seu mérito e seus
talentos, distinguiu-o com o posto mais eminente, dando-lhe a direção do templo e de todos
os operários…”

Como se pode constatar pelos textos não existe qualquer contradição entre a lenda do mestre
construtor ensinada nas sessões adonhiramitas em relação aos demais ritos.

Entretanto existe outra interpretação essencialmente fundamentada no texto bíblico, onde


fica claro que o arquiteto do templo não teria sido Hiram Abif, e sim, Adonirão, ou Adonhiram.
Hiram Abif teria sido apenas o artífice das obras de arte:

“…Aduram presidia os trabalhos. Josafat, filho de Ailud, era o cronista.”

“…Aisar, prefeito do palácio; e Adonirão, filho de Abda, dirigente dos trabalhos.”

De fato, analisando-se atentamente as Escrituras, qualquer leitor será obrigado a concordar.

Não há qualquer menção ao artista natural de Tiro como dirigente dos trabalhos do Templo de
Salomão. Este, quando citado, sempre é associado à atividade artesanal. O mesmo não ocorre
com Adonhiram, várias vezes citado como dirigente dos trabalhos e, especificamente em II
Crônicas 10, 18; é relatada a morte de Aduram, que a serviço do rei, foi assassinado, marcando
o início da “dissidência da casa de Israel, que dura até hoje”

LOCALIZAÇÃO DAS COLUNAS E DOS VIGILANTES

O detalhe da colocação das Colunas nos templos adonhiramitas segue um


raciocínio lógico: Sendo a orientação do Templo do Oriente para o Ocidente,
considera-se o Oriente como referencia para a fixação do norte e sul, ou direita
e esquerda. O texto bíblico assim retrata a colocação das Colunas:

“Hirão levantou as colunas no pórtico do templo; a coluna direita que chamou


Jaquin, e a esquerda, que chamou Boaz. “(1 Reis, 7, 21-22).

Conforme consta nos Livros de Reis, as colossais Colunas foram erigidas no


átrio do Templo de Salomão, e não no seu interior, conforme hoje as
encontramos nos Templos Maçônicos. O principal ponto do Templo era o Santo
dos Santos (Sanctum Sanctorum), que ficava além do salão destinado aos
sacerdotes, a nave central.

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Assim, qualquer referência sobre localização de suas peças decorativas,
necessariamente seriam tomadas a partir daquele local sagrado, construído
para guardar a Arca da Aliança que continha as Tábuas da Lei.

“Numa infinidade de lojas, dá-se como significado da palavra dos Aprendizes ‘a


força está em Deus e para a de Companheiro, ‘a sabedoria está em Deus’ ou
‘perseverança no bem’. São erros imperdoáveis, contrários à razão, às leis da
Maçonaria e à Sagrada Escritura: primeiramente, todos os Maçons concordam
com o que a sabedoria procura inventar e a força, sustentar. Ora, não é ridículo
querer sustentar o que ainda não existe? Em segundo lugar, a base da
Maçonaria é a sabedoria; e a última prova que elimina todas as réplicas é que
as interpretações dos nomes próprios da Bíblia dizem expressamente que é a
coluna J que diz sabedoria e que a coluna B diz força: isto não é suficiente?”

O Primeiro Vigilante fica na Coluna do Sul, próximo à Coluna B, e o Segundo


Vigilante, na Coluna do Norte, próximo à Coluna J.

ROMPIMENTO DA MARCHA

Os Adonhiramitas rompem a marcha com o pé direito, que era o costume dos


Maçons Operativos quando entravam no sítio das construções. Esta prática
não deve ser analisada sob qualquer inspiração oculta, fundamentada pela
superstição.

A GRAVATA BRANCA

A gravata utilizada em loja do Rito Adonhiramita é de cor branca.

A gravata é uma peça indumentária de criação recente, inspirada nos cordéis


utilizados para o fechamento da camisa antes da invenção dos botões, que
terminava em um laço à altura do pescoço.

O vestuário maçônico utilizado pelos Adonhiramitas é composto pelo terno,


sapato, e meias pretas. Camisa, gravata e luvas brancas. À exceção das luvas
que têm um simbolismo próprio, as peças brancas do vestuário são aquelas
consideradas peças interiores. A gravata é complemento da camisa, logo, parte
integrante da camisa. Sendo a camisa branca, a gravata deve ser branca.

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O TERNO PRETO E A UNIFORMIDADE DO VESTUÁRIO

Aparentemente, existe um rigor excessivo quanto a este detalhe. Entretanto


não é um mero detalhe. O vestuário uniforme dos Maçons Adonhiramitas busca
simbolizar a igualdade que deve existir entre todos os irmãos.

A uniformização nivela os irmãos, dissipando possíveis diferenças de caráter


econômico ou social, demonstra também a disciplina do Maçom. Disciplina não
como um fim em si, mas disciplina como meio de aperfeiçoamento.

Também a doutrina do rito está presente no elemento vestuário como


exteriorização da disciplina maçônica. A origem desse costume remonta a
própria origem da maçonaria e aos cavaleiros cruzados.

Os cruzados eram as ordens de cavalaria que surgiram no seio daquele


movimento. Essas ordens tinham, dentre seus objetivos estabelecerem a
disciplina e a uniformidade dos costumes num universo de múltiplas
nacionalidades, sem a qual, não sobreviveriam.

O CALÇAMENTO DAS LUVAS

Antes de dar entrada no Templo ocorre a cerimônia do calçamento das luvas,


momento de rara beleza e significado, onde o Mestre de Cerimônias diz:

“…Meus Amados Irmãos, se desde a meia noite, quando encerraram os


nossos últimos trabalhos, conservastes as mãos limpas, calçai as vossas
luvas… “.

Neste momento observa-se uma viagem interior (“Visita Interiora Terrae,


Rectificandoque, Invenies Occultum Lapidem – VITRIOL” – Visita o interior da
Terra e, retificando, encontrarás a Pedra Oculta), uma viagem solitária e
profunda, um resgate dos mais puros valores inerentes ao ser, a busca da
própria alma. Uma viagem para a qual as condições sociais profanas, a cor, a
raça, os credos políticos e os metais que distinguem o rico do pobre, tornam-se
fardos desnecessários e incômodos.

Em seguida o Mestre de Cerimônias diz:

“…Silêncio meus irmãos, eu vos peço um momento de reflexão a fim de


darmos ingresso no Templo”.

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Forma-se, neste momento, a Egrégora, uma reflexão agora coletiva elevada ao
CRIADOR DO MUNDO, ao desejo da paz entre os homens de boa vontade; ao
desejo que todos os homens sobre a face da terra se transformem em homens
de boa vontade.

Aos desesperados para que encontrem a esperança. Aos tiranos para que
encontrem o caminho da prática da justiça.

As luvas uniformizam as mãos. Tornam as mãos calejadas do operário tão


macias quanto às mãos do intelectual, do médico, do engenheiro, etc., assim
como se igualaram pelo uso uniforme das outras peças do vestuário. Simboliza
sobretudo a pureza, qualidade que deve estar presente em todos os atos de
um maçom.

O CHAPÉU E A ESPADA DO MESTRE

O chapéu, assim como a espada, usado pelo Mestre do Rito Adonhiramita são,
dentre os aspectos exteriores, as principais heranças de sua origem escocesa.
Quando do seu estabelecimento na França, o então chamado “sistema
escocês” era praticado quase que exclusivamente por membros da
aristocracia, pessoas essas que possuíam o direito do uso do chapéu e da
espada. Ao homem comum, tais objetos não eram permitidos, sobretudo a
espada, símbolo de condição social elevada.

Inicialmente, era utilizado apenas dos graus “escoceses”. Entretanto, assim


como outros elementos, os praticantes dos altos graus começaram a introduzi-
los nos graus simbólicos.

Dos ritos escoceses, apenas o Adonhiramita conservou o uso do chapéu e da


espada pelos mestres, inclusive nas lojas de Aprendiz e Companheiro.

O NOME HISTÓRICO

A iniciação no Rito Adonhiramita contempla um batismo no qual o neófito


recebe seu nome simbólico, histórico ou heróico, quando da sagração:

“…e, para que de profano nem o vosso nome vos reste, eu vos batizo com o
nome histórico de…”

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Sua origem, portanto, é de natureza iniciática, e não restrita à Ordem
Maçônica.

A iniciação para o maçom é o nascimento para um mundo de luz. Sua condição


de nascimento e vida no mundo profano perde toda a importância no interior do
Templo.

Dentro do princípio da igualdade, um nome famoso que traduz distinção social


e econômica no mundo profano seria um elemento atentatório à paz e
harmonia que deve reinar em suas colunas, daí o nome simbólico para igualar
aos demais.

AS DOZE PANCADAS ARGENTINAS

Todas as escolas iniciáticas chamavam seus membros ao trabalho através de


sinais sonoros.

Verifica-se ainda nas cerimônias orientais o uso de tambores, buzinas, gongos,


etc.

No cerimonial católico, o uso do sino, era o sinal para o início e término do


culto, embora nos dias atuais esteja sendo gradativamente abandonado.

É sabido que a Maçonaria operativa utilizava-se dos átrios das catedrais em


construção para ali realizarem suas sessões. Trata-se de uma prática
assimilada ainda na idade média e preservada até nossos dias pelos
Adonhiramitas.

As doze pancadas argentinas são o diapasão que estabelecem a “egrégora”,


criando uma sintonia única.

OS CERIMONIAIS DE INCENSAÇÃO E DO FOGO

A abertura dos trabalhos em uma Loja Adonhiramita é precedida pelos


cerimoniais da incensação e do fogo. A incensação, desde os tempos
primordiais, inclusive nos relatos bíblicos, era uma prática que simbolizava
oferenda a Jeová. Além da oferenda, o incenso tem o caráter da purificação.

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A incensação inicia-se pelo Oriente, percorre o Ocidente purificando-o e
ofertando ao Grande Arquiteto do Universo os suaves odores das mais puras
resinas e sementes. Purificado o interior do Templo, purifica-se seu exterior. Os
irmãos visitantes que permanecem ou virão a estar na Sala dos Passos
Perdidos são a razão deste detalhe.

O cerimonial do fogo, análogo ao de incensação, traz a luz que vem do Oriente


ao Ocidente iluminando e aquecendo os hemisférios, tomando-os habitáveis e
férteis.

A conjugação do cerimonial da incensação e do fogo simboliza o que há de


mais sublime nos trabalhos em loja maçônica. Antes de se evocar a proteção
do SUPREMO, a Loja é purificada. A purificação é elevada como singela
oferenda Àquele que é considerado O GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO.
Ele então se manifesta, assim como o fez no início, através da Luz que aquece
e ilumina, dissipando as trevas e propiciando o mistério da vida.

A SAUDAÇÃO VIVAT, VIVAT, VIVAT

É a antiga saudação utilizada ainda no início do Século XVIII. No Rito Francês,


após a Revolução Liberal de 1789, foi substituído por LIBERDADE,
IGUALDADE e FRATERNIDADE. Na Loja de Coustos, em Lisboa (1741-1743),
em Rituais no idioma francês, a saudação utilizada era o “VIVAT, VIVAT,
VIVAT’, conforme relata Oliveira Marques em sua História da Maçonaria em
Portugal.

Tem o mesmo significado da antiga saudação escocesa que pronunciada


HOUZÉ, HOUZÉ, HOUZÉ, deve ser grafada Huzza, Huzza, Huzza, cuja
tradução do hebraico é VIVA, VIVA, VIVA, que em latim corresponde ao VIVAT,
VIVAT, VIVAT.

EVANGELHO DE SÃO JOÃO

O Evangelho de São João é a principal característica herdada do escocismo.


Era de uso geral em todas as lojas da França que admitiram a origem da
Maçonaria ao tempo das Cruzadas. Ainda na obra de Oliveira Marques verifica-
se a referência ao Evangelho de São João na Loja de Coustos. Tal referência é
a reprodução do depoimento de Coustos à Inquisição Portuguesa (Processo
n.o 10.115, folha 47- 47v) que assim explicava a escolha: “…que a razão e
fundamento que têm os Mestres desta congregação para mandar tomar o

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juramento aos que entram de novo, sobre a Bíblia ou Livro dos Evangelhos, no
lugar em que se acha o de São João, é a seguinte: porque, destruindo-se e
arruinando-se o famoso Templo de Salomão, se achou debaixo da primeira
pedra uma lâmina de bronze em que se achava esculpida a palavra seguinte –
GEOVÁ – que quer dizer – DEUS – dando assim a entender que aquela fábrica
e templo foram instituído e edificado em nome do mesmo Deus a quem se
dedicava, sendo o mesmo Senhor o princípio e o fim de tão magnífica obra; e
como, no Evangelho de São João, se acham as mesmas palavras e doutrina,
por essa razão se manda tomar o juramento sobre aquele lugar, para assim
mostrar que todo o instituto dessa congregação se vai fundando na mesma
doutrina que Salomão observava de sua suntuosa obra.”

…Ajoelha com o joelho direito sobre um esquadro, – põe a mão direita sobre a
Bíblia, aberta no Evangelho de São João, pega, com a mão esquerda, num
compasso, colocando uma ponta sobre o peito esquerdo;…

O TRATAMENTO AMADO IRMÃO

Amado Irmão é o tratamento utilizado pelos Adonhiramitas. Sua origem é


desconhecida, mas, reconhecidamente, sua adoção é antiga. É encontrado em
antigos rituais do século XVIII:

“Em que golfo, em que vagos pensamentos, meus amadíssimos Irmãos, vos
vejo ainda flutuando Ferrada sobre as âncoras, no porto mesmo, não deixa
uma alterosa nau de flutuar incerta, ao vai e vem continuo das cavadas ondas”

Na 17.ª Ata da Assembléia do Povo Maçônico, do Grande Oriente, realizada


em 04 de outubro de 1822, referindo-se à eleição e posse do Imperador D.
Pedro I ao cargo de Grão-Mestre do Grande Oriente, consta o seguinte trecho:

“…prestação do juramento do nosso muito amável e muito amado Irmão


Guatimozin…”.

A razão do tratamento “na atualidade justifica-se pela tradição, bem como


demonstra no próprio chamamento os laços de amor fraterno que unem os
maçons.

A LEI INICIÁTICA DO SILÊNCIO.

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O nascimento simbolizado pela iniciação é procedido pelas fases de
aprendizado e companheirismo. O homem novo, advento da eclosão do óvulo
iniciático no interior da terra (Câmara das reflexões) passará pelo processo de
aculturamento. Aprenderá o significado oculto dos símbolos, somente acessível
aos iniciados. Trata-se de uma nova linguagem.

Uma criança em tenra idade começa a aprender a falar quando começa a


distinguir os sons.

Inicialmente os sons simbolizados pelas vogais, diz-se então que a criança está
a “soletrar”.

A combinação das letras resulta em outros sons de natureza mais complexa,


para tanto, surgem às consoantes que dão origem às sílabas, passará então a
criança a “silabar’.

Para o conhecimento da palavra, necessário se faz conhecer a letra e


posteriormente a sílaba. Somente assim a palavra poderá ser utilizada de
forma a se tomar compreensível e útil.

Mesmo no mundo profano os neófitos em qualquer ramo da atividade humana


mais têm a ouvir e aprender que falar e ensinar.

Calar para ouvir, ouvir para aprender, aprender para ensinar.

O falar não é o elemento primordial em uma sessão maçônica, notadamente do


Rito Adonhiramita.

O Rito é reconhecidamente hermético, refletindo-se diretamente em sua


liturgia. A interação entre os indivíduos se dá numa dimensão não física. É uma
dimensão além dos sentidos não alcançada pela audição, olfato, tato, visão e
locução.

A palavra é instrumento de transmissão, de convencimento. O trabalho


maçônico transcende a necessidade do convencimento.

Aqueles que desconhecem a profundidade do sentido oculto da Lei Iniciática do


Silêncio argumentam que o silêncio dos aprendizes e companheiros se
confronta com o princípio maçônico da igualdade. Entretanto, há de se
considerar que o princípio da igualdade não é ferido quando a eles é proibido o
conhecimento dos sinais, toques e palavras dos demais graus.

Há “um tempo para cada coisa.” (Eclesiastes, 3, 1-8)

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“Existe uma relação exata entre a Humanidade e a Causa que a chamou a existir. Portanto,
uma verdadeira Religião e uma verdadeira Ciência hão de ser as que ensinem os verdadeiros
termos daquela relação.” (J.H.S.) Quem é? o que representa? Essa Lenda ou Mito denominado
Adonhiram, cujo nome, o G∴ A∴D∴U∴ deunos a honra e a oportunidade de batizar nossa
A∴R∴L∴S∴. Procuremos dignificar esse nome, mas antes, devemos buscar entender e
compreender o seu real significado, cuja maravilha, será apreciada após decifrarmos o enigma
que se oculta por detrás de suas letras. Vamos à Ele... “Adonhiram, nome hebreu composto de
dois outros: Adon, que significa Senhor, e Hiram, que significa Altivez de Vida. Chamam-no
arquiteto do Templo, não somente porque a verdadeira igreja segue os planos do Deus
Supremo, mas também porque os Maçons estão persuadidos de que ele é o soberano mestre
de tudo; de que no universo, não há nada que não seja obra sua e de que assim, cada parte
servindo a seus intentos, todos os seus sensíveis deve prestar-lhe homenagem.”
Separadamente, cada uma dessas palavras tem um significado esotérico e particular: Adon é o
elemento Terra, o barro que aprendemos ter sido o material usado pela Divindade para
fabricar o Homem; Hiram que contém em seu nome os elementos fogo, ar e água cujos
mesmos estão assim representados: o Fogo latente e imanente de todas as coisas; Ar, o sopro
pelas narinas que transformou Adão em alma vivente – o ar, ou espírito da natureza; e a Água
como elemento vital. Percebemos, pois, que em Hiram, não há o elemento Terra, assim como
em Adon não há os elementos do ar, do fogo e da água. Logo, Hiram, que contem em si os três
elementos fundamentais, representados pelas três viagens do recipiendário e que formam os
nossos corpos, terá que morrer ou se interiorizar, para formar o elemento Terra, o barro, para
poder tornar-se Adonhiram. Assim foi feita a construção do Reino Hominal... Portanto, como
síntese, Adonhiram é o símbolo, não apenas do Homem, mas de todas as Raças Humanas e da
Humanidade enfim, e carrega dentro de si, Hiram, a quintessência ou a sua essência espiritual.
O EU Superior. O Espírito Divino dentro de seu Corpo, que também, passará a ser o Ideal de
todo homem que vem a este mundo. E agora, como arquiteto, terá a obrigação de construir e
dirigir o Templo da Vida fazendo dele o Templo vivo de Deus, ou levantá-lo para a Glória do
G∴A∴D∴U∴, expressando em sua obra, sabedoria, poder e amor. E esse é o simbolismo
utilizado pela Maçonaria para demonstrar como se operou o “milagre” da criação Humana. E
também é o seu principal objetivo e das demais “Escolas de Iniciação”: a construção da
Humanidade, que se fará na razão direta da construção do Homem. E o Homem Perfeito é que
fará a Humanidade Perfeita. É muito importante observarmos que o verbo utilizado até aqui, é
Construir e não Criar, pois o Homem ainda não foi criado, se o fosse estaria pronto desde o seu
primeiro instante. Muito ao contrário ele vem sendo paulatinamente construído e corrigido.
Lentamente... E todo Maçom deve ter a consciência de que esse é o seu trabalho, pois ele
como sendo a representação de Adonhiram, deverá ajudar os Arquitetos do Universo a
construir o seu próprio Ser. Essa construção que hoje é totalmente voltada para o
desenvolvimento moral, ético, profissional, científico, tecnológico e espiritual do homem, já foi
em momentos passados, exclusivamente a preparação dos corpos, dos sentidos e das
emoções, que hoje formam o ser humano. Agora e futuramente, o Pedreiro Livre, além de
cuidar da sua formação cultural e pessoal, deverá procurar sutilizar os seus sete corpos e
vestes preparando-os para os trabalhos nos planos superiores ou nas Raças Futuras, se
tornado puro, sendo seu único sentimento o do Amor Universal. Não será apenas Fraterno,
mas amará acima de tudo a Natureza, ou o Cósmico, ou seja, será Deus em Ação. Enfim, meus
amados irmãos, Adonhiram representa uma história inacabada, cujo Autor dessa Gênese, que

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somos Nós e a Humanidade, ainda estamos escrevendo... Resta-nos, como objetivo maior,
procurarmos compreender como elevar o grau de nossas consciências e como utilizar toda
força mental que, como Adonhiram, nos foi dada, para que, Arquitetos de nosso próprio
Templo, terminemos a sua construção. A de nossa Consciência em nosso próprio Ser. Para isso
Hiram, o nosso Poder Espiritual e Adonhiram, o nosso Poder Temporal, vivem em
Fraternidade. E, como no Universo tudo se opera em ciclos, Adonhiram, que hoje é o Aprendiz
de Deus, tornar-se-á o Deus do seu próprio Universo; e, ao final de sua jornada, de sua Vida ou
da sua História, Adon se desligará de Hiram. Adon voltará às suas origens planetárias e Hiram,
que compõe o Corpo Causal renascerá. E se reencontrará com o PAI na Infinitude da
Eternidade, no Espaço Sem Limites... Mas isso é uma outra história... Samuel Moura de Brito
M∴M∴ São Paulo Agosto de 2003 E∴ V∴ Bibliografia Eubiose e Orlando S. Costa

Faz-se necessário a derradeira elucidação da Origem do Rito. Muito se tem falado, escrito
e divulgado sobre a origem do Rito. Há algumas versões, que chegam a ser até cômicas.
A grande maioria das versões são especulações e o que é pior, sem provas documentais.
Infelizmente, essas especulações só vem denegrir o nosso belo Rito. A questão de provas
documentais é muito importante exatamente porque a História não admite o eu acho, ou
ouvi dizer ou me disseram. ( Raimundo Rodrigues – "A Filosofia da Maçonaria
Simbólica" ). Vários estudiosos, pesquisadores maçons Brasileiros, de renomeada
credibilidade, tais como: José Castellani, Nicola Aslan, Xico Trolha, J.Daniel e outros, já
demonstraram a verdadeira história da Origem do Rito. Contudo são brasileiros,. . . e
brasileiros , não são muito prestigiados por alguns em nosso País. Dessa forma, partindo
da premissa, que "um sábio não precisa de muitas explicações para entender",
acrescentarei dados documentados, de conceituados estudiosos e pesquisadores
alienígenas, de assuntos da Maçonaria Universal, ao texto do Irmão Nunes, prova
definitiva e cabal, que o criador do Rito Adonhiramita, foi Louis Guillerman de Saint - Victor

Alec MELLOR - autor do   "Dictionnarie des Franc-Maçons et de la Franc-


Maçonnerie" 

" As Escrituras falam de Adonhiram somente como encarregado das coréias quando da
construção do Templo pelo Rei Salomão, entretanto, em 1744, Louis Travenol publicou
sob o nome de Léonard Gabanon o seu "Catéchisme de Francs Maçons ou le Secret des
Francs Maçons", onde confundia Adonhiram com Hiram Abif. Como "Adon ", em hebraico
significa "Senhor", essa palavra apareceu como prefixo de honra. Os ritualistas dividiram-
se . Para uns, Adonhiram e Hiram eram a mesmo personagem Outros sustentavam a
teoria dualista, mas divergiam quanto aos papéis respectivos de Adonhiram e Hiram na
construção do Templo, uns sustentando que Adonhiram não fora senão um subalterno
enquanto outros nele viam o verdadeiro herói da lenda do 3º Grau. Foi assim que nasceu
uma Franco – Maçonaria denominada Adonhiramita, oposta, pelos seus teóricos, à dos
"hiramitas". Ela nos é conhecida pelo "Recueil Précieux de la Maçonnerie Adonhiramite",
publicada em 1781, por Louis Guillemain de Saint – Victor, e abrange os quatro primeiros
graus.

Em seu livro " Orthodoxie Maçonnique ", Jean Marie Ragon, atribuiu ao Barão de
Tschoudy a criação da Franco – Maçonaria Adonhiramita. É um erro total.

Albert G. MACKEY - autor da " Encyclopaedia of Freemasonry "

A criação do Rito Adonhiramita, foi atribuída erroneamente por Ragon ao Barão de


Tschoudy, criador da Ordem da Estrela Flamejante. A coletânea relativa aos Altos Graus

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do Rito, foi completada em 1785, cuja hierarquia se apresenta com se segue: 1º Aprendiz;
2º Companheiro; 3º Mestre; 4º Mestre Perfeito; 5º Primeiro Eleito ou Eleito dos Nove; 6º
Segundo Eleito ou Eleito de Perignan; 7º Terceiro Eleito ou Eleito dos Quinze; 8º Pequeno
Arquiteto ou Aprendiz Escocês; 9º Grande Arquiteto ou Companheiro Escocês; 10º Mestre
Escocês; 11º Cavaleiro da Espada, Cavaleiro do Oriente ou da Águia; 12º Cavaleiro Rosa
Cruz .

" Esta é a lista completa dos Graus Adonhiramita. Thory e Ragon erraram ambos ao
darem-lhe um 13º, a saber: o Noaquita ou o Cavaleiro Prussiano. Praticaram esse erro,
porque Saint – Victor inserira este Grau no fim do seu segundo volume, mas somente
como uma curiosidade maçônica, que tinha sido traduzida do alemão, com ele disse, pelo
Senhor de Berage" ( Ragon errou duas vezes – grifo meu ) "Não existe qualquer ligação
com a precedente série de Graus", e Saint – Victor declarou positivamente que o Rosa –
Cruz é o nec plus ultra ( 2ª parte pag. 118 ), o ápice e término do seu Rito.

Esse erro de Ragon, levou os precursores e de alguns  pseudos estudiosos da atualidade,


a defenderem, como criador o ilustre escritor Maçom Théodore Henry – Barão de
Tschoudy. Entretanto, não há uma única literatura de sua autoria, com citação a Maçonaria
Adonhiramita. A sua obra capital é " L’ Étoile Flamboyante ", de 1766. Tschoudy nasceu
em 1720 e faleceu em 1769. A coleção "Recueil Précieux de la Maçonnerie Adonhiramite"
foi publicado em 1781, isto é, 12 anos após a morte de Tschoudy, e até os dias atuais,
ninguém conseguiu provar, com decomentos, que ele tenha deixado manuscritos para
edições futuras. Todavia, se os conceitos emitidos por pesquisadores estrangeiros,
também forem contestados, vamos concentrar em uma analise do próprio "Recueil
Précieus de la Maçonnerie Adonhiramite". Na edição, publicada em 1787, traduzida e
editada para o português, pela " ARJS Gilvan Barbosa" de Campina Grande –PB-, que
abrange os quatro primeiros graus, há algumas citações que, não foram - ou não quiseram
-observadas pelos pesquisadores  interessados em manter o "status quo", sem a devida
humildade de reconhecer o erro. Pois se até o Papa João Paulo XXIII, humildemente
reconheceu vários erros da Igreja no passado, porque não fazemos o mesmo?

"Recueil Précieux de la Maçonnerie Adonhiramite" Ed. 1787

Na apresentação do Editor Francês da edição

"Para Guillemain Saint – Victor, Adonhiram não parece ser esse preceptor, mas um
parônimo de Hiram, o Mestre Maçom. (pag 86)"." O autor faz seus comentários, apresenta
as indicações do comportamento em Loja, os catecismos e os rituais dos quatros primeiros
graus, como parecem ter sido praticados em 1781, tentando relatas apenas verdades, pelo
menos, de valor histórico ".

Na Advertência do Autor: (Edição de 1787)Quando mandei imprimir minha Compilação


Preciosa da Maçonaria Adonhiramita, em 1781, anunciei a história da Ordem. Seis anos
de reflexão provaram-me que apresentar a origem desta maçonaria seria infinitamente
mais interessante. 

"No Catecismo dos Aprendizes. (do Autor da Edição de 1787)" Esperando que a História
da maçonaria, que vou publicar brevemente, persuada muitos Irmãos, poucos instruídos
de que esta pergunta dever ser a primeira de seu catecismo....".A primeira edição do "
Recueil Precieux.....", foi publicado em 1781, e a edição traduzida pela Loja Gilvan
Barbosa" é a de 1787. Analisando esses dados da Edição de 1787, e que o Barão de
Tschoudy faleceu em 1769, sem muito esforço mental, podemos concluir:1º - Quem faz a
citação de que "Guillemain de Saint – Victor" é o autor,  do "Recueil" foi o editor Francês.2º

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- Que a edição de 1787 é uma complementação da edição de 1781, fica claro com a
citação do Editor."O autor faz seus comentários, ... como parecem ter sido praticados em
1781 .3º - O  tópico "Advertência do Autor", determinou peremptoriamente que "Saint –
Victor", mandou imprimir em 1781 a primeira edição, e seis anos depois  de "reflexões" ele
mandou imprimir outra edição em 1787.

Se o Barrão de Tschoudy, faleceu em 1769, como em 1787 ele poderia ter feito reflexões e
mandar editar outra edição ?4º - No tópico do " Catecismo dos Aprendizes" o autor diz que
ira publicar a Historia da Maçonaria, o que fez em também em 1787 com o titulo " Origine
de la Maçonnerie Adonhiramite".5º - Contudo,  se os arrazoados não foram substanciais
para os incrédulos vamos a derradeira prova documental no próprio "Recuiel..." onde de
modo inusitadamente explícito, o autor no tópico "Violências Exercidas contra os Maçons -
Advertência", publica três cartas, com as seguintes datas, 13 de abril de 1779, 7 de
fevereiro de 1778 e 16º do 5º do ano da grande luz  5779.Novamente pergunto, como se o
Barão de Tschoudy, faleceu em 1769, poderia publicar no "Recuiel..." cartas de 1778 e
1779 ?.Como diz o escritor maçom, Irmão José Castellani: "História é pesquisa, é
documento e não especulação " (Revista Trolha).

(Texto extraido do site: http://www.pedreiroslivres.com.br)

A DENOMINAÇAO ADONHIRAMITA

O nome Adonhiramita é anterior à Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita


constando na Lenda da Ordem dos Cavaleiros Noaquitas que somente admitia como
membros, maçons Adonhiramitas, possuidores do grau de Cavaleiro Rosa Cruz. 
Originária da Alemanha, foi traduzida por Bérage e inserida por Tschoudy em sua
compilação. O editor francês inicia a apresentação da obra nos seguintes termos:
"Adonhiram, nome composto do hebreu Adon e de Hiram, isto é, Senhor Hiram. Mas Hiram
é usado aqui como 'autor da vida'."
Em nota de rodapé no Catecismo dos Mestres, consta a seguinte explicação:
"Adonhiram, nome hebreu composto de dois outros: Adon, que significa 'Senhor', e 'Hiram',
que significa 'altivez de vida'. Chamam-no arquiteto do templo, não somente porque a
verdadeira igreja segue os planos de Deus Supremo, mas também porque os Maçons
estão persuadidos de que ele é o soberano Mestre de tudo..."
Referindo-se à possibilidade de Adonhiram não ser o artífice Hiram Abif, o editor da
Compilação continua:
"A Bíblia conhece um personagem chamado, segundo os Livros, Adonhiram (I Reis 4,6),
Adoram (II Samuel 20,24), ou Hadoram (II Crônicas 10,18). Trata-se, sob essas três
grafias, do encarregado dos impostos de Davi, de Salomão e depois de Roboão. Ele foi
apedrejado até a morte pelos israelitas das dez tribos que 'a partir desse dia foram infiéis à
casa de Davi e a Judá'. "
Ainda da Compilação Preciosa, consta uma nota que elimina qualquer dúvida sobre o
assunto:
" ...Hiram fez um dos bens mais preciosos a Salomão, na pessoa de Adonhiram, saído de
seu sangue, filho de uma viúva da tribo de Nephtali. Seu pai chamava-se Hur, excelente
operário na arquitetura e na fundição de metais. Salomão, conhecendo suas virtudes, seu
mérito e seus talentos, distinguiu-o com o posto mais eminente, dando-lhe a direção do
templo e de todos os operários..."
Comparativamente inexiste contradição entre a lenda do mestre construtor ensinada nas
sessões adonhiramitas em relação aos demais ritos.
Existe, entretanto, na segunda parte da Compilação Preciosa, outra interpretação,
essencialmente fundamentada no texto bíblico, onde o autor deixa claro que o arquiteto do
templo não teria sido Hiram Abif e sim, Adonhiram. Hiram Abif, teria sido apenas o artífice

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das obras de arte:
"...Aduram presidia os trabalhos. Josafat, filho de Ailud, era o cronista..."(II Samuel 20,24)
"Aisar, prefeito do palácio; Adonirão, filho de Abda, dirigente dos trabalhos." (I Reis 4,6)
De fato, analisando atentamente as Escrituras, qualquer leitor será obrigado a concordar
com o autor. Não há menção ao artista natural de Tiro como dirigente dos trabalhos do
Templo de Salomão. Este, quando citado, é associado sempre à atividade artesanal. O
mesmo não ocorre com Adonhiram, várias vezes citado como dirigente dos trabalhos e,
especificamente em II Crônicas 10, 18; é relatada a morte de Aduram, que a serviço do rei,
foi assassinado, marcando o início da "dissidência da casa de Israel, que dura até hoje".

José Daniel da Silva, A Maçonaria Adonhiramita e o Escocismo, Editora A Gazeta


Maçônica, São Paulo, 1998

Algumas informações fazem-se importantes para descrever o cenário e a época. Estamos em


Portugal medieval, no séc. XIV. Já reinava a dinastia dos Borgonha, iniciada pelo rei Afonso
Henriques, há cerca de 250 anos. Os mouros já haviam sido expulsos e os que restaram, foram
dominados pelo catolicismo. A ordem geopolítica girava em torno dos interesses ora
conflitantes, ora concordantes, entre as coroas portuguesa e castelhana.

Na França, o último grão-mestre templário, Jacques Demolay, havia a apenas poucas décadas,
sido condenado e executado pela santa inquisição, na data de 18 de março de 1314. Os
reflexos deste acontecimento fizeram com que, em território português, cinco anos após, em
1319, houvesse o consentimento da Igreja, para que os templários se reorganizassem, criando
uma outra agremiação, que ficou conhecida como a Ordem de Cristo.

***

A estória da lenda dos Alcaides-de-Faria se passa na cidade de Barcelos, região norte daquele
país, na freguesia de Milhazes. Ali, existe a autarquia administrativa denominada de “Faria”, e
uma milenar edificação, hoje em ruínas, conhecida como o “Castelo de Faria”. Esta fortificação
foi em tempos remotos, uma fortaleza construída por povos da antiguidade, ainda anteriores
aos romanos, no alto de um cume, que chegou a ser ocupado posteriormente pelos mouros e,
depois, dominado por cristãos, durante as batalhas da Reconquista.

A palavra FÁRIA, vale lembrar, tem origem árabe, derivado da palavra fárih ou fárah (‫ ;فرح‬lê-se
"fárahon"), que significa, “alegria”, sugerindo que aquela fortificação teria sido palco de muitas
festividades (Figura 1). Justifica-se, pois, o porquê em que muitos Faria e Farias brasileiros,
possuam os olhares amendoados e os traços mourescos.

Para entendermos a lenda, é preciso conceituar o que são os alcáides. Este termo, “alcáide”, se
refere à um tipo de administrador com poderes militares. Na Espanha, ainda hoje, alcaíde é o
termo utilizado para a denominação do que no Brasil, conhecemos como “prefeitos”. Naqueles
anos era rei Dom Fernando I de Portugal, e Nuno Gonçalves, era alcaide-mor do Castelo de
Faria, responsável por aquela jurisdição. Poderíamos fazer uma comparação com o termo
xerife, delegado, ou por que não, coronel.

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Nuno Gonçalves, portanto, foi o patriarca da lenda dos Alcaides-de-Faria. Era pai de Gonçalo
Nunes, o nosso personagem principal, que nascera em 1338.

O ano era o de 1372, e, naquele momento, Gonçalo completava 34 anos, e, vinha sendo
preparado para substituir a Nuno Gonçalves. A crônica desta estória foi relatada pelo
renomado escritor português, ainda no século XIX, Alexandre Herculano, em seu livro Lendas e
narrativas, publicado em 1851, pelo qual passo a transcrever em excerto, um trecho da lenda
dos Alcaides-de-Faria.

***

TRANSCRIÇÃO DE TRECHO DE LENDAS E NARRATIVAS

[...]

Reinava entre nós D. Fernando. Este príncipe, que tanto degenerava de seus antepassados em
valor e prudência, fora obrigado a fazer paz com os castelhanos, depois de uma guerra infeliz,
intentada sem justificados motivos, e em que se esgotaram inteiramente os tesouros do
Estado. A condição principal, com que se pôs termo a esta luta desastrosa, foi que D. Fernando
se casasse com a filha del-rei de Castela: mas, brevemente, a guerra se acendeu de novo;
porque D. Fernando, namorado de D. Leonor Teles, sem lhe importar o contrato de que
dependia o repouso dos seus vassalos, a recebeu por mulher, com afronta da princesa
castelhana. Resolveu-se o pai a tomar vingança da injúria, ao que o aconselhavam ainda
outros motivos. Entrou em Portugal com um exército e, recusando D. Fernando aceitar-lhe
batalha, veio sobre Lisboa e cercou-a. Não sendo o nosso propósito narrar os sucessos deste
sítio, volveremos o fio do discurso para o que sucedeu no Minho.

O Adiantado1 (Governador) de Galiza (Galícia), Pedro Rodriguez Sarmento, entrou pela


província de Entre-Douro-e-Minho com um grosso corpo de gente de pé e de cavalo, enquanto
a maior parte do pequeno exército português trabalhava inutilmente ou por defender ou por
descercar Lisboa. Prendendo, matando e saqueando, veio o Adiantado até as imediações de
Barcelos, sem achar quem lhe atalhasse o passo; aqui, porém, saiu-lhe ao encontro D.
Henrique Manuel, Conde de Ceia e tio del-rei D. Fernando, com a gente que pôde ajuntar. Foi
terrível o conflito; mas, por fim, foram desbaratados os portugueses, caindo alguns nas mãos
dos adversários.

Entre os prisioneiros contava-se o alcaide-mor do castelo de Faria, Nuno Gonçalves. Saíra este
com alguns soldados para socorrer o conde de Ceia, vindo, assim, a ser companheiro na
comum desgraça. Cativo, o valoroso alcaide pensava em como salvaria o castelo del-rei, das
mãos dos inimigos. Governava-o em sua ausência, um seu filho, e era de crer que, vendo o pai
em ferros, de bom grado desse a fortaleza para o libertar, muito mais quando os meios de
1
Adiantado. substantivo masculino. [Antigo] Governador de província com poderes civis e militares.
"adiantado", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020,
https://dicionario.priberam.org/adiantado [consultado em 29-03-2020].

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defesa escasseavam. Estas considerações sugeriram um ardil a Nuno Gonçalves. Pediu ao
Adiantado que o mandasse conduzir ao pé dos muros do castelo, porque ele, com as suas
exortações, faria com que o filho o entregasse, sem derramamento de sangue. Um troço de
besteiros e de homens d'armas subiu a encosta do monte da Franqueira, levando no meio de si
o bom alcaide Nuno Gonçalves. O Adiantado de Galiza seguia atrás com o grosso do exército, e
a costaneira ou ala direita, capitaneada por João Rodrigues de Viedma, estendia-se, rodeando
os muros pelo outro lado. O exército vitorioso ia tomar posse do Castelo de Faria, que lhe
prometera dar nas mãos o seu cativo alcaide.

[...]

Um arauto2 (porta voz) saiu do meio da gente da vanguarda inimiga e caminhou para
a barbacã3 (porta do castelo); todas as bestas se inclinaram para o chão, e o ranger das
máquinas converteu-se num silêncio profundo.

— "Moço alcaide, moço alcaide! — bradou o arauto — teu pai, cativo do mui nobre Pedro
Rodriguez Sarmento, Adiantado de Galiza pelo mui excelente e temido D. Henrique de Castela,
deseja falar contigo, de fora do teu castelo."

Gonçalo Nunes, o filho do velho alcaide, atravessou então o terreiro e, chegando à barbacã,
disse ao arauto:

(GONÇALO) — "A Virgem Maria proteja meu pai: dizei-lhe que eu o espero."

O arauto voltou ao grosso de soldados que rodeavam Nuno Gonçalves, e depois de breve
demora, o tropel aproximou-se da barbacã. Chegados ao pé dela, o velho guerreiro saiu dentre
os seus guardadores, e falou com o filho, (em um tom grave):

"Sabes tu, Gonçalo Nunes, de quem é esse castelo, que, segundo o regimento de guerra,
entreguei à tua guarda quando vim em socorro e ajuda do esforçado Conde de Ceia?"

2
a·rau·to. (francês héraut). substantivo masculino. Oficial (inferior ao rei-de-armas e superior ao
passavante) que na Idade Média levava as declarações de guerra e servia de parlamentário
(mensageiro). "arauto", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020,
https://dicionario.priberam.org/arauto [consultado em 29-03-2020].
3
bar·ba·cã (talvez do árabe persa barbahhane). substantivo feminino. [Militar] Obra de fortificação
avançada, geralmente erigida sobre uma porta ou ponte de acesso, que protegia a entrada de uma
cidade ou castelo medieval. "barbacã", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-
2020, https://dicionario.priberam.org/barbac%C3%A3 [consultado em 29-03-2020].

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(GONÇALO) — "É — (respondeu Gonçalo Nunes) — de nosso rei e senhor D.
Fernando de Portugal, a quem por ele fizeste preito e menagem."

— "Sabes tu, Gonçalo Nunes, que o dever de um alcaide é de nunca entregar, por nenhum
caso, o seu castelo a inimigos, embora fique enterrado debaixo das ruínas dele?"

(GONÇALO) — "Sei, oh meu pai! — (prosseguiu Gonçalo Nunes em voz baixa, para não ser
ouvido dos castelhanos, que começavam a murmurar) — Mas não vês que a tua morte é certa,
se os inimigos percebem que me aconselhaste a resistência?"

Nuno Gonçalves, como se não tivera ouvido as reflexões do filho, clamou então:

— "Pois se o sabes, CUMPRE O TEU DEVER, alcaide do castelo de Faria! Maldito por mim,
sepultado sejas tu no inferno, como Judas o traidor, na hora em que os que me cercam
entrarem nesse castelo, sem tropeçarem no teu cadáver."

— "MORRA! — (gritou o almocadém (chefe)4 castelhano) — MORRA O QUE NOS ATRAIÇOOU."

— "DEFENDE-TE, ALCAIDE!" — (foram as últimas palavras que ele murmurou).

— E Nuno Gonçalves caiu no chão atravessado de muitas espadas e lanças.

Gonçalo Nunes corria como louco ao redor da barbacã, clamando vingança. Uma nuvem de
flechas partiu do alto dos muros; grande porção dos assassinos de Nuno Gonçalves misturaram
o próprio sangue com o sangue do homem leal ao seu juramento.

Os castelhanos acometeram o castelo; no primeiro dia de combate, o terreiro da barbacã ficou


alastrado de cadáveres tisnados e de colmos e ramos reduzidos a cinzas. Um soldado de Pedro
Rodriguez Sarmento tinha sacudido com a ponta da sua longa chuça, um colmeiro incendiado
para dentro da cerca; o vento suão (quente e do sul)5 soprava nesse dia com violência, e em
4
al·mo·ca·dém. substantivo masculino. Antigo chefe militar. "almocadem", in Dicionário Priberam da
Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/almocadem [consultado em
29-03-2020].
5
su·ão. adjetivo e substantivo masculino. Diz-se de ou vento quente do sul. "suão", in Dicionário
Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/su%C3%A3o

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breve os habitantes da povoação, que haviam buscado o amparo do castelo, pereceram
juntamente com as suas frágeis moradas.

Mas Gonçalo Nunes lembrava-se da maldição de seu pai: lembrava-se de que o vira moribundo
no meio dos seus matadores, e ouvia a todos os momentos o último grito do bom Nuno
Gonçalves — "Defende-te, alcaide!"

O orgulhoso Sarmento viu a sua soberba abatida diante dos torvos muros do castelo de Faria.
O moço alcaide defendia-se como um leão, e o exército castelhano foi constrangido a levantar
o cerco. Gonçalo Nunes, acabada a guerra, era altamente louvado pelo seu brioso
procedimento e pelas façanhas que obrara na defensão da fortaleza cuja guarda lhe fora
encomendada por seu pai no último trance da vida. Mas a lembrança do horrível sucesso
estava sempre presente no espírito do moço alcaide. [...]

(Alexandre Herculano, 1851)

***

***

DISCUSSÃO
Gonçalo Nunes foi um celebrado herói que defendeu o Castelo de Faria, por incitamento de
seu pai, Nuno Gonçalves, que lhe foi executado, na sua frente. O fizera em honra à pátria, mas
sobretudo, em honra à memória de seu pai. Atualmente, apresenta-se uma estátua erguida
em monumento aos heróis, localizada em Barcelos (Figura 2).

Ainda, há o registro de que Gonçalo também fora um dos defensores do Mestre da Ordem
militar de Avis – cujo grão-mestre foi o futuro Dom João I de Portugal - que, quando ainda
Regedor do Reino, havia lhe prometido as terras de Dão 6, sendo-lhe confirmada no ano de
1388. O domínio sobre estas terras, teria sido concedido em honra e mérito aos préstimos pela
vitória portuguesa contra os castelhanos e franceses em outra e mais conhecida batalha, a de
Aljubarrota, em agosto de 1385, que originou a Dinastia de Avís, quando Portugal passou a
consolidar suas fronteiras e seu domínio geopolítico, tornando-se uma das mais influentes
nações do mundo, e iniciando o período das grandes navegações, a partir das conquistas da
Ordem de Cristo.

***

CONCLUSÃO
Este trabalho permite concluir, que HONRA e AMOR devem sempre andar juntos. Temos
assim, que:

A primeira forma de amar, é manifestando a gratidão para com a família, esta que nos
permitiu a VIDA, e a oportunidade de aprendizado;

[consultado em 29-03-2020].
6
Fão é uma vila no litoral norte de Portugal

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Um amor à pátria deve sempre existir, pois somos seres que vivem e que devem querer viver
em coletividade, para que o aprendizado sobre as questões da vida, sejam passados do
presente para o futuro;

Ainda sobre o patriotismo, que devemos sempre permanecer vigilantes, rigorosos e críticos,
não somente em relação aos diferentes (des) governantes e (des) governos, tirânicos, mas.
também, para com as nossas próprias condutas;

Polirmo-nos significa, dentre tantas questões, também, trabalhar pela busca pelo próprio
passado. Como fruto deste discernimento, colhemos o autoconhecimento, e, a liberdade para
a tomada de decisão, visando a evolução;

Amor e Rigor também devem andar juntos. Não podemos nos omitir em manifestar uma
crítica e uma dialética em nossos meios, para que a sociedade sempre evolua para melhores
patamares morais, desde que sejam respeitadas, as liberdades individuais.

***

CURIOSIDADE
Também se registra, o fato de que, o patriarca Nuno Gonçalves, tivera um de seus irmãos
consanguíneos – chamado de Alvaro Gonçalves –, envolvido como sendo um dos três
assassinos da princesa galega7 Inês de Castro, famosa por ter sido coroada como rainha,
depois de morta. A trama teria sido ordenada a pedido do rei Dom Afonso IV, pai de Dom
Pedro I de Portugal, e, Alvaro, teria articulado junto com os castelhanos Diogo Lopes Pacheco e
Pedro Coelho, da terrível trama, movidos por ganância pelo poder e por riquezas, e teriam
planejado e executado um assassinato que entrou para a história, por ter abalado as
estruturas do poder na época, com uma crise dinástica sem precedentes. Dom Afonso não
queria comprometer as relações diplomáticas com a Espanha, e caso Dom Pedro concretizasse
a união com Inês, passaria a ter direitos de sucessão por aquela coroa.

Esta é uma outra estória que ficou eternizada na crônica de Os Lusíadas, de Camões. Os
assassinos de Inês de Castro foram perseguidos, condenados e executados, com crueldade, por
ordem de Dom Pedro I8. Vale registrar, também, que os túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de
Castro encontram-se até o presente, no Mosteiro de Alcobaça, - um dos pontos turísticos mais
visitados daquele país.

Em alusão ao assassínio de D. Inês de Castro, o artista russo Karl Briullov, pintou no ano de
1834, um quadro, apresentado na Figura 3.

De fato, o patriarca do Castelo de Faria, Nuno Gonçalves, ao ter dado a vida em defesa de
Portugal contra os castelhanos, demonstrou uma fidelidade incondicionada à Portugal, e por
conseguinte, ao rei Dom Fernando, filho de Dom Pedro I e neto de Dom Afonso IV, mesmo que
em momento de declínio moral da dinastia de Borgonha.

7
A título de curiosidade, a Galíza ou Galícia até os dias atuais é uma região espanhola, ao norte de
Portugal, famosa pela cidade de Santiago de Compostela.
8
Neste ínterim, se sugere uma hipótese, aos kardecistas. Teria sido Dom Pedro I do Brasil, a
reencarnação de P.I de Portugal? E, Domitila de Castro, de D. Inês?

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***

Sendo o que continha,


Am.´.Ir.´. Gonçalo Nunes de Faria
(Alvaro Boson de Castro Faria, CIM 221174)
Or.´. de Dois Vizinhos, Paraná, ano de 2022 da E.´. V.´.

Figura 1 – Brasão do castelo de Faria/Farias.

Fonte: domínio público.

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Figura 2 – Monumento aos Alcaides de Faria, em Barcelos.

Fonte: domínio público.

Figura 3 – O assassínio de Inês de Castro (Briullov).

Fonte: domínio público.

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OUTRAS OBRAS DO AUTOR

www.amazon.com.br/ebooks-kindle/

LITERATURA RECOMENDADA

CASTRO FARIA, A.B.. Meditações republicanas e ambientais brasileiras: edição revisada e


ampliada. 1. ed. Curitiba: Editor, 2020.

REFERÊNCIAS

Herculano, Alexandre. O Castelo de Faria. Portugal: Editor, 1851.

Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gon%C3%A7alo_Nunes_de_Faria Acesso:


27.mar.2020

Disponível em: https://lusibero.blogspot.com/2019/07/historia-de-portugal-quem-foi-


goncalo.html Acesso: 27.mar.2020

Disponível em: https://geneall.net/pt/forum/10452/assassinos-de-ines-de-castro/ Acesso:


27.mar.2020

Disponível em: https://www.geni.com/people/Gon%C3%A7alo-Nunes-de-Faria-abade-


de-Santa-Eul%C3%A1lia-de-Rio-Covo/6000000011260355777 Acesso: 27.mar.2020

Disponível em: https://www.geni.com/people/Nuno-Gon%C3%A7alves-de-Faria-o-Bom-


alcaide-m%C3%B3r-de-Faria/6000000013037185495 Acesso: 08.jul.2020

Disponível em:
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/leit_online/o_castelo.pdf Acesso:
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Disponível em: https://brasaodefamilia.blogspot.com/2015/05/brasao-da-familia-


faria.html Acesso: 27.mar.2020

Disponível em : https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre_Herculano#cite_note-26 Acesso:


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Disponível em : https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_de_Cristo, Acesso: 27.mar.2020

BIOGRAFIA

©Este conteúdo pode, desde que citada a fonte, ser compartilhado e divulgado a todos os interessados.
Maçom pelo Grande Oriente do Brasil (GOB-PR), Álvaro Boson de Castro Faria é natural de
Montes Claros, MG, e teve sua formação em Curitiba. Graduou-se pela UFPR, tendo concluído
o mestrado e doutorado na área de Engenharia Florestal. Professor e perito judicial, atua
academicamente nas áreas de política, ética, legislação, proteção florestal e perícias
ambientais, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Autor de livros e de artigos
científicos. É um dos tradutores do naturalista Aldo Leopold para a língua portuguesa. É
cofundador da A.´.R.´.L.´.S.´. Hippolýte Lèon, pelo rito Adonhiramita, tendo adotado o nome
simbólico do alcaide Gonçalo Nunes de Faria.

Livros

Recueil Précieux De La Maçonerie Adonhiramite


Na apresentação do Editor Francês da edição

"Para Guillemain Saint – Victor, Adonhiram não parece ser esse preceptor, mas um
parônimo de Hiram, o Mestre Maçom. (pag 86)"." O autor faz seus comentários, apresenta
as indicações do comportamento em Loja, os catecismos e os rituais dos quatros primeiros
graus, como parecem ter sido praticados em 1781, tentando relatas apenas verdades, pelo
menos, de valor histórico ".

Na Advertência do Autor: (Edição de 1787)Quando mandei imprimir minha Compilação


Preciosa da Maçonaria Adonhiramita, em 1781, anunciei a história da Ordem. Seis anos
de reflexão provaram-me que apresentar a origem desta maçonaria seria infinitamente
mais interessante. 

"No Catecismo dos Aprendizes. (do Autor da Edição de 1787)" Esperando que a História
da maçonaria, que vou publicar brevemente, persuada muitos Irmãos, poucos instruídos

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de que esta pergunta dever ser a primeira de seu catecismo....".A primeira edição do "
Recueil Precieux.....", foi publicado em 1781, e a edição traduzida pela Loja Gilvan
Barbosa" é a de 1787. Analisando esses dados da Edição de 1787, e que o Barão de
Tschoudy faleceu em 1769, sem muito esforço mental, podemos concluir:1º - Quem faz a
citação de que "Guillemain de Saint – Victor" é o autor,  do "Recueil" foi o editor Francês.2º
- Que a edição de 1787 é uma complementação da edição de 1781, fica claro com a
citação do Editor."O autor faz seus comentários, ... como parecem ter sido praticados em
1781 .3º - O  tópico "Advertência do Autor", determinou peremptoriamente que "Saint –
Victor", mandou imprimir em 1781 a primeira edição, e seis anos depois  de "reflexões" ele
mandou imprimir outra edição em 1787.

Se o Barrão de Tschoudy, faleceu em 1769, como em 1787 ele poderia ter feito reflexões e
mandar editar outra edição ?4º - No tópico do " Catecismo dos Aprendizes" o autor diz que
ira publicar a Historia da Maçonaria, o que fez em também em 1787 com o titulo " Origine
de la Maçonnerie Adonhiramite".5º - Contudo,  se os arrazoados não foram substanciais
para os incrédulos vamos a derradeira prova documental no próprio "Recuiel..." onde de
modo inusitadamente explícito, o autor no tópico "Violências Exercidas contra os Maçons -
Advertência", publica três cartas, com as seguintes datas, 13 de abril de 1779, 7 de
fevereiro de 1778 e 16º do 5º do ano da grande luz  5779.Novamente pergunto, como se o
Barão de Tschoudy, faleceu em 1769, poderia publicar no "Recuiel..." cartas de 1778 e
1779 ?.Como diz o escritor maçom, Irmão José Castellani: "História é pesquisa, é
documento e não especulação " (Revista Trolha).

(Texto extraido do site: http://www.pedreiroslivres.com.br)

Albert G. MACKEY - autor da " Encyclopaedia of Freemasonry "

A criação do Rito Adonhiramita, foi atribuída erroneamente por Ragon ao Barão de


Tschoudy, criador da Ordem da Estrela Flamejante. A coletânea relativa aos Altos Graus
do Rito, foi completada em 1785, cuja hierarquia se apresenta com se segue: 1º Aprendiz;
2º Companheiro; 3º Mestre; 4º Mestre Perfeito; 5º Primeiro Eleito ou Eleito dos Nove; 6º
Segundo Eleito ou Eleito de Perignan; 7º Terceiro Eleito ou Eleito dos Quinze; 8º Pequeno
Arquiteto ou Aprendiz Escocês; 9º Grande Arquiteto ou Companheiro Escocês; 10º Mestre
Escocês; 11º Cavaleiro da Espada, Cavaleiro do Oriente ou da Águia; 12º Cavaleiro Rosa
Cruz .

" Esta é a lista completa dos Graus Adonhiramita. Thory e Ragon erraram ambos ao
darem-lhe um 13º, a saber: o Noaquita ou o Cavaleiro Prussiano. Praticaram esse erro,
porque Saint – Victor inserira este Grau no fim do seu segundo volume, mas somente
como uma curiosidade maçônica, que tinha sido traduzida do alemão, com ele disse, pelo
Senhor de Berage" ( Ragon errou duas vezes – grifo meu ) "Não existe qualquer ligação
com a precedente série de Graus", e Saint – Victor declarou positivamente que o Rosa –
Cruz é o nec plus ultra ( 2ª parte pag. 118 ), o ápice e término do seu Rito.

Esse erro de Ragon, levou os precursores e de alguns  pseudos estudiosos da atualidade,


a defenderem, como criador o ilustre escritor Maçom Théodore Henry – Barão de
Tschoudy. Entretanto, não há uma única literatura de sua autoria, com citação a Maçonaria
Adonhiramita. A sua obra capital é " L’ Étoile Flamboyante ", de 1766. Tschoudy nasceu

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em 1720 e faleceu em 1769. A coleção "Recueil Précieux de la Maçonnerie Adonhiramite"
foi publicado em 1781, isto é, 12 anos após a morte de Tschoudy, e até os dias atuais,
ninguém conseguiu provar, com decomentos, que ele tenha deixado manuscritos para
edições futuras. Todavia, se os conceitos emitidos por pesquisadores estrangeiros,
também forem contestados, vamos concentrar em uma analise do próprio "Recueil
Précieus de la Maçonnerie Adonhiramite". Na edição, publicada em 1787, traduzida e
editada para o português, pela " ARJS Gilvan Barbosa" de Campina Grande –PB-, que
abrange os quatro primeiros graus, há algumas citações que, não foram - ou não quiseram
-observadas pelos pesquisadores  interessados em manter o "status quo", sem a devida
humildade de reconhecer o erro. Pois se até o Papa João Paulo XXIII, humildemente
reconheceu vários erros da Igreja no passado, porque não fazemos o mesmo?

Alec MELLOR - autor do   "Dictionnarie des Franc-Maçons et de la Franc-


Maçonnerie" 

" As Escrituras falam de Adonhiram somente como encarregado das coréias quando da
construção do Templo pelo Rei Salomão, entretanto, em 1744, Louis Travenol publicou
sob o nome de Léonard Gabanon o seu "Catéchisme de Francs Maçons ou le Secret des
Francs Maçons", onde confundia Adonhiram com Hiram Abif. Como "Adon ", em hebraico
significa "Senhor", essa palavra apareceu como prefixo de honra. Os ritualistas dividiram-
se . Para uns, Adonhiram e Hiram eram a mesmo personagem Outros sustentavam a
teoria dualista, mas divergiam quanto aos papéis respectivos de Adonhiram e Hiram na
construção do Templo, uns sustentando que Adonhiram não fora senão um subalterno
enquanto outros nele viam o verdadeiro herói da lenda do 3º Grau. Foi assim que nasceu
uma Franco – Maçonaria denominada Adonhiramita, oposta, pelos seus teóricos, à dos
"hiramitas". Ela nos é conhecida pelo "Recueil Précieux de la Maçonnerie Adonhiramite",
publicada em 1781, por Louis Guillemain de Saint – Victor, e abrange os quatro primeiros
graus.

Em seu livro " Orthodoxie Maçonnique ", Jean Marie Ragon, atribuiu ao Barão de
Tschoudy a criação da Franco – Maçonaria Adonhiramita. É um erro total.

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