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Habeas Corpus

Maria foi presa civilmente por não devolver um veículo que havia vendido a Pedro, que deixou de pagar as prestações. O documento pede um habeas corpus para libertar Maria, argumentando que a prisão é ilegal pois o veículo é fungível e Maria não o possui mais.

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Carol Santos
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Maria foi presa civilmente por não devolver um veículo que havia vendido a Pedro, que deixou de pagar as prestações. O documento pede um habeas corpus para libertar Maria, argumentando que a prisão é ilegal pois o veículo é fungível e Maria não o possui mais.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE

DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO XXXX 

 
Impetrante, nacionalidade, estado civil, advogado, inscrito na OAB nº XXXXX,
portador da cédula de identidade nº xxxxxx e CPF/MF nº xxx.xxx.xxx-xx, com
escritório na rua_________, nº xxxx, sala xxx, Cidade de XXXXX, vem perante
vossa excelência com fundamento nos termos do Art. 5º LXVIII, CF/88 e Arts.
647 e 648 CPP, impetrar a presente ordem de:

Ação de Habeas Corpus Liberatório

Em favor de MARIA, Nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da cédula


de identidade nº xxxxxx, expedida por _________, em __________, inscrita no
CPF/MF CPF: xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliada na ____________, nº
XXXX, tendo como Autoridade coatora o Excelentissimo Sr. Juiz
_______________ pelos fatos e fundamentos a seguir:
 
I – Dos Fatos
 
Maria adquiriu um veículo popular por meio de contrato de arrendamento
mercantil (leasing), em 60 prestações de R$ 800,00. A partir da 24ª prestação,
Maria começou a ter dificuldades financeiras e resolveu vender o veículo a
Pedro, o qual se comprometeu a pagar as prestações vincendas e vencidas.
Tal fato não foi comunicado ao agente financeiro, já que havia o risco de o
valor da prestação ser majorado. Pedro deixou de pagar mais cinco
prestações, o que suscitaria rescisão contratual. O agente financeiro houve por
bem propor a ação de busca e apreensão do veículo, tentativa essa que restou
frustrada em face de Maria não possuir o veículo em seu poder, já que o
alienara a Pedro. O agente financeiro pediu a transformação, nos mesmos
autos, da ação de busca e apreensão em ação de depósito e requereu a prisão
de Maria, por ser depositária infiel do referido veículo. O juiz competente
determinou a prisão civil de Maria até que ela devolvesse o referido veículo ou
pagasse as prestações em atraso. Maria não tem mais o veículo em seu poder
e perdeu seu emprego em razão da prisão civil. Dois dias depois da efetivação
da prisão, o advogado contratado interpôs, inicialmente, um Recurso de Agravo
de Instrumento contra aquela decisão judicial, a qual não foi conhecido pelo
Tribunal, diante da ausência de documento imprescindível ao seu
processamento. Ingressou com ação de rito ordinário contra Pedro, com pedido
de tutela antecipada, visando receber as prestações e atraso, ação esta que foi
extinta sem julgamento do mérito. Ingressou, ainda, com ação de rito ordinário
contra o arrendador discutindo algumas cláusulas do contrato de
arrendamento, ação esta que continua em curso, sem sentença. Maria continua
presa.
II – Do Direito
 
Conforme reiterada jurisprudência do STJ, não é admitida a prisão do
depositário infiel quando os objetos em comento possuem natureza fungível:
1. É legal a prisão civil do depositário que não apresenta os bens sujeitos à sua
guarda quando solicitado pelo juízo da execução. Porém, em se tratando de
depósito de coisas fungíveis (cheques de viagem), a jurisprudência desta Corte
Superior se alinhou pela inadmissão da constrição do depositário em caso de
infidelidade. Precedentes.
2. Via de consequência, manifesta-se como constrangimento ilegal e abusivo o
ato de ordem de prisão decretado.
3. Habeas corpus concedido”.

III – Liminar

.
.
.
 
IV– Do Pedido
 
Isso posto, requer-se:
 
- Seja concedida a ordem, a fim de colocar em liberdade o paciente, desde já
se expedindo o consequente Alvará de Soltura.
 
- Seja a Autoridade Coatora, indicada no preâmbulo deste, intimada para
apresentar suas informações.
 
- Seja intimado o Ilustre Representante do Ministério Público para que integre a
presente lide.
Nestes termos,
 
 
Pede Deferimento.
 
Local, data.
 
 
Impetrante

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