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448-52
ATENÇÃO MÁXIMA EM QUALQUER PEÇA:
Item 3.5.8 do edital:
Quando da realização das provas prático-profissionais, caso a peça profissional
e/ou as respostas das questões discursivas exijam assinatura, o examinando
deverá utilizar apenas a palavra “ADVOGADO...”. Ao texto que contenha outra
assinatura, será atribuída nota 0 (zero), por se tratar de identificação do
examinando em local indevido.
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ATENÇÃO MÁXIMA EM QUALQUER PEÇA:
Item 3.5.9 do edital:
Na elaboração dos textos da peça profissional e das respostas às questões
discursivas, o examinando deverá incluir todos os dados que se façam
necessários, sem, contudo, produzir qualquer identificação ou informações além
daquelas fornecidas e permitidas nos enunciados contidos no caderno de prova.
Assim, o examinando deverá escrever o nome do dado seguido de reticências
OU de “XXX” (exemplo: “Município...”, “Data...”, “Advogado...”, “OAB...”,
“MunicípioXXX”, “DataXXX”, “AdvogadoXXX”, “OABXXX” etc.). A
omissão de dados que forem legalmente exigidos ou necessários para a correta
solução do problema proposto acarretará em descontos na pontuação atribuída ao
examinando nesta fase.
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PEÇA: Resposta à acusação
- É a primeira oportunidade, como regra, do réu falar no processo após
haver sido acusado.
- Para esta peça, observe: seu cliente terá sido acusado (contra ele foi
oferecida uma denúncia ou uma queixa-crime e houve recebimento) e
citado (pessoalmente ou por hora certa) para se manifestar.
- Esta peça, portanto, pressupõe que na historinha tenha havido:
oferecimento de denúncia ou queixa-crime, recebimento desta denúncia ou
queixa-crime e citação do seu cliente para se manifestar.
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Momento de apresentação.
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- Atenção: recebida a denúncia, interrompe-se o prazo prescricional. Mas, se o
recebimento da acusação se deu por juízo absolutamente incompetente (por
exemplo, juiz impedido), o prazo prescricional não será interrompido, pois,
na hipótese, o recebimento da denúncia não teria gerado nenhum efeito. Se
recebido por juízo relativamente incompetente (por exemplo, juiz suspeito), o
prazo prescricional é interrompido.
- Contudo, em provas de 2ª fase da OAB, em resposta à acusação, você sempre
pedirá a anulação do recebimento da acusação se esta se deu por juízo
incompetente, seja absolutamente ou relativamente.
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- A resposta à acusação constitui peça obrigatória no processo
criminal e sua ausência leva à NULIDADE ABSOLUTA.
- Fundamento legal:
- Regra: artigos 396 e 396-A do CPP.
- Exceção: artigos 406 do CPP e 396-A do CPP (crime doloso
contra a vida, vara do tribunal do júri).
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- Prazo para a apresentação: 10 dias, contados do dia da
citação, se, pessoal ou por hora certa, e, no caso da citação por
edital, do dia do comparecimento ao processo.
- Este prazo é contado de forma processual, ou seja, excluindo o
dia de começo e incluindo o dia final. Além disso, nem o
primeiro nem o último dia do prazo pode se dar em dia não útil
devendo, neste caso, ser prorrogado para o dia útil seguinte.
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• O que o advogado pode colocar na resposta à acusação?
• De acordo com o art. 396-A do CPP, na resposta à acusação reside a
oportunidade para o denunciado arguir nulidades, em matéria preliminar,
consistente, inclusive, em defeitos de natureza processual constantes na
peça acusatória e, até mesmo, na fase de inquérito (ilegalidades na
investigação), bem como toda matéria de defesa visando à absolvição
sumária (art. 397 do CPP), além de oferecer documentos, especificar as
provas que pretende produzir e arrolar testemunhas, caso haja.
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• Assim, como regra e em suma, o advogado pode:
• - pedir a rejeição tardia da denúncia (artigo 395 do CPP);
• - pedir nulidade do processo;
• - pedir absolvição sumária (art. 397 do CPP);
• - pedir desclassificação, desde que o resultado dela gere alteração da
competência (por exemplo, da Justiça Federal para a Justiça Estadual) ou
direito antes inexistente (como, por exemplo, quando se pede desclassificação
para crime que admita suspensão condicional do processo).
• - arrolar testemunhas;
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• “Alexandre, e eu posso pugnar em resposta à acusação pela
rejeição da denúncia mesmo com ela já tendo sido recebida?”
• Sim!
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• E por quê?
• Porque a partir de 2013 o STJ passou a admitir a possibilidade de rejeição da
acusação também após o recebimento desta. Trata-se da chamada rejeição
tardia da acusação.
• Desta forma, em sede de resposta à acusação, poderá ser pedida a rejeição
tardia da denúncia, nos termos do artigo 395 do CPP.
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• Rejeição tardia da acusação (art. 395 do CPP).
• Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei
nº 11.719, de 2008).
• I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
• II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação
penal; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
• III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº
11.719, de 2008).
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• Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com
todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos
pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando
necessário, o rol das testemunhas.
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• Principais nulidades (art. 564 do CPP) a serem arguidas, se identificadas,
em uma resposta à acusação:
• I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
• II - por ilegitimidade de parte;
• III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
• a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções
penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante;
• b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o
disposto no Art. 167;
• e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente,
e os prazos concedidos à acusação e à defesa;
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• Absolvição sumária (art. 397 do CPP).
• Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá
absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
• I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de
2008).
• II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo
inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
• III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
• IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
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• Argumentação de DIREITO:
• - Preliminar: rejeição tardia da denúncia e nulidades
• - Mérito: absolvição sumária e desclassificação
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• Cuidado: TECNICAMENTE, causas de extinção de punibilidade são
matérias preliminares, ENTRETANTO o legislador as inseriu como
motivo de absolvição sumária (matéria de mérito), conforme se vê do
artigo 397, IV, do CPP.
• Não queiramos arengar com o legislador no dia de nossa prova!
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• Na ordem, então, oriente-se da seguinte forma:
• 1) rejeição da denúncia, artigo 395 do CPP; (preliminar)
• 2) arguição de nulidades, artigo 564 do CPP; (preliminar)
• 3) absolvição sumária, artigo 397 do CPP; (mérito)
• 4) desclassificação, se for o caso; (mérito)
• 5) arrolamento de testemunhas; (pedido)
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• Observações finais.
• - JAMAIS use o artigo 386 do CPP nesta peça, pois este somente deve ser
usado em sede de alegações finais por memoriais;
• - Caso se trate de peça do procedimento da primeira fase do júri o
fundamento legal da resposta à acusação será o do art. 406 do CPP e não
poderá se fazer menção, em lugar algum da peça, ao artigo 415 do CPP, ok?
• - Atenção ao número de testemunhas para arrolamento: procedimento
ordinário (crime com pena máxima igual ou superior a 04 anos), 8; sumário
(pena máxima inferior a 04 anos), 5.
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• ESTRUTURA (peça única).
• 1) Endereçamento
• 2) Preâmbulo
• 3) Dos Fatos
• 4) Do Direito (preliminar, se houver, e mérito, se houver)
• 5) Pedido
• 6) Fechamento
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• ENDEREÇAMENTO.
• Se o crime é doloso contra a vida e é matéria federal:
• EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ... VARA DO JÚRI DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ...
• Se o crime é doloso contra a vida e é matéria estadual:
• EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA DO JÚRI DA COMARCA DE ...
• Se o crime não é doloso contra a vida e é matéria federal:
• EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ... VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ...
• Se o crime não é doloso contra a vida e é matéria estadual:
• EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ...
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• PREÂMBULO.
• (nome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado à
(endereço), por seu advogado que esta subscreve (procuração em anexo),
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar
• RESPOSTA À ACUSAÇÃO
• Com fulcro nos artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelos
motivos de fato e de direito abaixo aduzidos:
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• Observação: os artigos a serem postos dependerá de se o crime é ou não
doloso contra a vida.
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• DOS FATOS.
• Apenas (!) resumir o ocorrido narrado pela banca com suas palavras, sem
reproduzir “ipsis litteris”.
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• DO DIREITO.
• Preliminarmente: rejeição tardia da denúncia e/ou nulidades
• Mérito: absolvição sumária e/ou desclassificação (da forma que vimos alhures).
• Seguir, sempre o raciocínio de Lei, fato e conclusão.
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• Exemplo:
• Preliminarmente:
• “O artigo 564, I, do CPP, afirma que o juiz suspeito é causa de nulidade para o
processo. No caso que ora se analisa, verifica-se que o juiz é amigo íntimo da parte
acusadora, haja vista as informações tal, tal e tal, logo é suspeito, nos termos do
artigo 254, I, do CPP. Observa-se, portanto, que o presente processo deve ser
anulado.
• Mérito:
• “Caso não anulado o processo, vejamos que o artigo 397, I, do CPP afirma que o
juiz deve absolver sumariamente o acusado quando houver existência manifesta de
causa de exclusão de ilicitude do fato. De acordo com os autos, vê-se que o acusado
atirou em fulano, mas atirou para repelir uma agressão injusta e atual/ou iminente,
sendo essa a única forma possível de se defender, ou seja, agiu em legítima defesa,
nos termos do artigo 25 do Código Penal. Assim, imperiosa se faz a necessidade de
absolvição sumária do acusado.
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• PEDIDO.
• “Diante do exposto, requer, preliminarmente, a anulação do processo, nos
termos do artigo 564, I, do CPP. No mérito, requer a absolvição sumária do
acusado, nos termos do artigo 397, I, do CPP. Em caso de não acolhimento
dos pedidos, requer a oitiva das testemunhas abaixo arroladas.
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• FECHAMENTO.
• “Termos em que pede e espera deferimento.
• Local, data
• Advogado ...
• Oab ...”