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Exercicios Reinos Africanos

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Exercícios África Atlântica

Fonte: https://projetoagathaedu.com.br/questoes-vestibular/historia/idade-
media/reinos-africanos.php#google_vignette

01. (UFRGS) Assinale a alternativa correta sobre a história das diferentes


sociedades africanas até o século XVI.

[A] O império Songhai, situado às margens do rio Níger, teve em sua capital
Gao um importante polo mercantil que reunia mercadores oriundos da Líbia,
do Egito e do Magreb.
[B] As sociedades da África equatorial, em função das condições geográficas
e climáticas pouco propícias, eram formadas predominantemente por pastores
de animais de pequeno porte, sendo praticamente inexistente na região o
cultivo de produtos agrícolas.
[C] As sociedades de origem Bantu, localizadas na região da África
meridional entre os séculos XII e XV, eram predominantemente nômades e
coletoras, não organizadas em aldeias e com escasso desenvolvimento
tecnológico.
[D] A África, marcada pela intensa difusão do cristianismo durante as
Cruzadas, contou, entre os século XI e XV, com reduzida presença de elementos
islâmicos na definição das variadas culturas existentes no continente.
[E] O estabelecimento da colônia portuguesa em Moçambique, no século
XVI, definiu o início das rotas comerciais ligando a região oriental do
continente africano, entre Madagascar e o Chifre da África, com a Europa e a
Ásia.

02. (FGV-SP) “Em muitos reinos sudaneses, sobretudo entre os reis e as elites,
o islamismo foi bem recebido e conseguiu vários adeptos, tendo chegado à
região da savana africana, provavelmente, antes do século XI, trazido pela
família árabe-berbere dos Kunta. (...) O islamismo possuía alguns preceitos
atraentes e aceitáveis pelas concepções religiosas africanas, (...) associava as
histórias sagradas às genealogias, acreditava na revelação divina, na existência
de um criador e no destino. (...) O escritor árabe Ibn Batuta relatou, no século
XIV, que o rei do Mali, numa manhã, comemorou a data islâmica do fim do
Ramadã e, à tarde, presenciou um ritual da religião tradicional realizado por
trovadores com máscaras de aves.”

(Regiane Augusto de Mattos, História e cultura afro-brasileira. 2011)


[A] A penetração do islamismo nas regiões subsaarianas mostrou-se
superficial porque atingiu poucos setores sociais, especialmente aqueles
voltados aos negócios comerciais, além de sofrer forte concorrência do
cristianismo.
[B] A presença do islamismo no continente africano de ri - vou da
impossibilidade dos árabes em ocupar regiões na Península Ibérica, o que os
levou à invasão de territórios subsaarianos, onde ocorreu violenta imposição
religiosa.
[C] O desprezo das sociedades africanas pela tradição árabe gerou
transações comerciais marcadas pela desconfiança recíproca, desprezo
mudado, posteriormente, com o abandono das religiões primitivas da África e
com a hegemonia do islamismo.
[D] O comércio transaariano foi uma das portas de entrada do islamismo na
África, e essa religião, em algumas regiões do continente, ou incorporou-se às
religiões tradicionais ou facilitou uma convivência relativamente harmônica.
[E] As correntes islâmicas mais moderadas, caso dos sunitas, influenciaram
as principais lideranças da África ocidental, possibilitando a formação de novas
denominações religiosas, não islâmicas, desligadas das tradições tribais locais.

03. (Mackenzie) Leia os textos a seguir:

“De Tarkala à cidade de Gana, gastam-se três meses de marcha um deserto


árido. No país de Gana, o ouro nasce como plantas na areia, do mesmo modo
que as cenouras. É colhido ao nascer do sol”. Ibn al-Fakih. Citado em: Alberto
da Costa e Silva. Imagens da África: da Antiguidade ao século XIX. São Paulo:
Companhia das Letras, 2012, p.32 “[Gana] é a terra do ouro.

(...) Toda a gente do Magreb sabe, e ninguém disto discrepa, que o rei de Gana
possui em seu palácio um bloco de ouro pesando 30 arratéis (cerca de 14 kg).
Esse bloco de ouro foi criado por Deus, sem ter sido fundido ao fogo ou
trabalhado por instrumento. Foi, porém, furado de um lado ao outro, a fim de
que nele pudesse ser amarrado o cavalo do rei. É algo curioso que não se
encontra em nenhum outro lugar do mundo e que ninguém possui a não ser o
rei, que disso se vangloria diante de todos os soberanos do Sudão”. Al-Idrisi.

Citado em: Alberto da Costa e Silva. Imagens da África: da Antiguidade ao


século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.37
[A] Os textos foram escritos por viajantes árabes ao observarem aspectos
sobre o Reino de Gana, na África, durante a Idade Média europeia. Pela análise
dos excertos, é correto afirmar que tal Reino

[B] Causava espanto e admiração, tanto pelo desenvolvimento econômico


como pelo poder teocrático politeísta de governante.
[C] Causava estranhamento em seus visitantes, tanto pela quantidade
exagerada de metais preciosos disponíveis como pelo poder autoritário do
governante.
[D] Provocava perplexidade nos viajantes, pois não compreendiam seu
desenvolvimento em meio a um continente marcado pela inexistência de
civilizações.
[E] Desenvolveu-se sustentado pela riqueza do ouro e pela crença
monoteísta, fator que o desqualificava perante os viajantes que ali passavam.
[F] Impressionava seus visitantes, tanto pela opulência trazida pelo ouro
como pela sua complexa organização política e social.

04. (FGV-SP) Leia o texto. Após os primeiros contatos particularmente


violentos com a África negra, os portugueses viram-se obrigados a mudar de
política, diante da firme resistência das populações costeiras. Assim,
empenharam-se, principal - mente, em ganhar a confiança dos soberanos
locais. Os reis de Portugal enviaram numerosas missões diplo - máticas a seus
homólogos da África ocidental. Assim, entre 1481 e 1495, D. João II de Portugal
enviou em - baixadas ao rei do Futa, ao koi de Tombuctu e ao mansa do Mali.
Duas missões diplomáticas foram enviadas ao Mali, mostrando a importância
que o soberano português atribuía a esse país. A primeira partiu pelo Gâmbia, a
segunda partiu do forte de Elmina. O mansa que as recebeu, Mahmūd, era filho
do mansa Ule (Wule) e neto do mansa Mūsā. (...).

[Madina Ly-Tall, O declínio do Império do Mali. In Djibril Tamsir (editor),


História geral da África, IV: África do século XII ao XVI]

[A] Encontrou um povo que desconhecia o uso da moeda na prática


comercial.
[B] Descobriu tribos que não passaram pelas etapas do desenvolvimento
histórico, como o feudalismo.
[C] Reconheceu a presença de um Estado marcado por sólidas estruturas
políticas.
[D] Identificou a tendência africana em refutar todas as influências externas
ao continente.
[E] Percebeu na África, em geral, a produção voltada apenas para as trocas
ritualísticas.

05. (ENEM 2017) No império africano do Mali, no século XIV, Tombuctu foi
centro de um comércio internacional onde tudo era negociado – sal, escravos,
marfim etc. Havia também um grande comércio de livros de história, medicina,
astronomia e matemática, além de grande concentração de estudantes. A
importância cultural de Tombuctu pode ser percebida por meio de um velho
provérbio: “O sal vem do norte, o ouro vem do sul, mas as palavras de Deus e os
tesouros da sabedoria vêm de Tombuctu”.

ASSUMPÇÃO, J. E. África: uma história a ser reescrita. In: MACEDO, J. R. (Org.).


Desvendando a história da África. Porto Alegre: UFRGS. 2008 (adaptado).

Uma explicação para o dinamismo dessa cidade e sua importância histórica no


período mencionado era o(a)

[A] Isolamento geográfico do Saara ocidental.


[B] Exploração intensiva de recursos naturais.
[C] Posição relativa nas redes de circulação.
[D] Tráfico transatlântico de mão de obra servil.
[E] Competição econômica dos reinos da região.

06. (PUC-Rio) O documento acima é uma página do Atlas Catalão, produzido


por volta de 1375, com autoria atribuída ao cartógrafo de Maiorca (Espanha)
Abraão Cresques. O Atlas traz informações sobre aspectos geográficos,
mercadorias e populações do continente africano. No detalhe, o cartógrafo deu
destaque ao rei do Mali, conhecido como mansa Mussa (à direita), ao retratá-lo
segurando uma pepita de ouro, seguido pelo desenho da importante cidade de
Tombuctu.
Tendo como referência a imagem acima e os conhecimentos produzidos pelos
estudos históricos, analise as afirmativas seguintes com relação à história do
reino africano do Mali e assinale a afirmativa INCORRETA:

[A] O Mali, um dos reinos mais importantes da África, entre os séculos XIII e
XV, se localizava em uma região de intensa circulação de saberes e pessoas.
[B] A origem do reino do Mali está nos povos de língua mandê, e o seu
representante político era denominado mansa.
[C] O reino do Mali abarcava Tombuctu, uma cidade economicamente
importante por ser um ponto de encontro das caravanas comerciais
transaarianas, que traziam diversas mercadorias, como sal, noz de cola, ouro,
especiarias e tecidos.
[D] Mansa Mussa era bastante conhecido em todo o mundo árabe e até
mesmo no europeu, provavelmente por ter viajado por várias cidades
importantes, quando da sua peregrinação à Meca, e por ter expandido o
islamismo com a introdução de sábios muçulmanos nas escolas do Mali.
[E] Devido a sua localização geográfica muito próxima ao deserto do Saara, o
Mali esteve em situação de isolamento, sem ser influenciado por culturas
estrangeiras.

07. (UFSM) Na parte ocidental do Sahel africano, o Reino do Mali desenvolveu-


se entre os séculos XIII e XVI, período em que impôs sua hegemonia sobre a
bacia do rio Níger. Nas margens desse rio, as cidades de Gao, Djenne e
Tombuctu tornaram-se importantes centros mercantis e políticos do Reino. Um
desses centros, Tombuctu, tornou-se um dos principais polos de cultura do
continente africano graças às vastas bibliotecas e ao importante comércio de
livros. Por essas características, acidade transformou-se no ponto de encontro
de poetas, intelectuais e artistas da e do Oriente Médio. Mesmo após o declínio
do Mali, Tombuctu permaneceu um dos principais centros culturais da África
Subsaariana.

Fonte: BRAICK, P. R.; MOTA, M. B. História: das cavernas ao terceiro milênio.


2.ed. São Paulo: Moderna, 2010, v.2, p. 28. (adaptado)

Entre os fatores que possibilitaram a pujança desse centro econômico e


cultural, pode-se destacar

[A] O incremento do comércio de escravos negros para a Ásia, Europa e


América.
[B] A exploração de ricas jazidas de ouro, prata e pedras preciosas.
[C] O impulso ao desenvolvimento cultural estimulado pelos missionários
cristãos.
[D] A hegemonia política decorrente da posse de armas de fogo adquiridas
dos europeus.
[E] E o estreitamento dos vínculos culturais com os diversos centros do
mundo muçulmano.

08. (FGV-SP) Após um longo período de dominação egípcia, os kushitas


reorganizaram seus domínios a partir do século IX e estabeleceram Napata
como a capital do seu império. Analise o mapa abaixo com atenção e assinale a
alternativa correta:
[A] O império de Kush estabeleceu-se ao sul do Egito e caracterizou-se pela
economia de subsistência.
[B] O Império de Kush estendeu seus domínios em direção ao deserto do
Saara e controlou diversas rotas saarianas.
[C] Apesar da expansão kushita, o império não desenvolveu núcleos urbanos
ou uma base administrativa.
[D] Os persas conquistaram todos os domínios kushitas no século VII a.C.
[E] O império de Kush conseguiu estender seus domínios até o norte do
Egito nos séculos VIII e VII a.C.

09. (UECE) O Reino de Kush foi o berço onde se desenvolveram importantes


civilizações e culturas. Teve um papel determinante como elo cultural entre
diferentes povos do Mediterrâneo e aqueles da África subsaariana. Dentre suas
características destaca-se o modo como o rei era eleito e o papel da mulher na
política. Assinale a afirmação verdadeira.

[A] O Reino de Kush foi o lendário rival da antiga Núbia africana.


[B] A história de Kush está estreitamente ligada à história do Egito.
[C] O Reino de Kush não consta nos relatos de Heródoto sobre a África.
[D] A economia cuxita foi precária devido à pobreza do solo e à escassez de
água.

10. (UFU) Além do Egito faraônico, outras civilizações desenvolveram-se no


continente africano, e constituíram-se algumas delas já no início da era cristã,
como grandes centros comerciais e culturais. Dentre os mais importantes
impérios e reinos africanos pré-coloniais, destaca-se:

I. O império Cuxe, que se desenvolveu inicialmente na região que ficou


conhecida como Núbia. A partir de cerca de 730 a.C., esse império acabou por
controlar praticamente todo o território do Egito. Os imperadores cuxitas
passaram a residir no Egito, ficando conhecidos como “faraós negros”.

II. O reino de Axum, que se desenvolveu no leste da África. Sua economia


baseava-se na agropecuária bem como na atividade comercial, devido à sua
proximidade com o Mar Vermelho. Seu poder foi aumentado graças às suas
diversas alianças comerciais, inclusive com o Império Romano, e se expandiu
até a região sul da Península Arábica.

III. A Civilização Harappiana, que, dentre suas principais atividades econômicas


estavam a produção e o comércio de produtos artesanais feitos de cerâmica, de
marfim e de tecidos de algodão. Redes de trocas comerciais foram
estabelecidas desde o Golfo Pérsico até a Ásia central e a Mesopotâmia.
IV. O Império Benin, que se tornou-se um grande reino por volta do século XV
devido, sobretudo, ao comércio com reinos do norte da África. Possuía um
gosto incomum pelo uso do cobre, presente em suas principais manifestações
artísticas. O império chegou ao fim com a divisão do seu território pelos
britânicos.

Assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) correta(s).

[A] Apenas II e III.


[B] Apenas I, II e IV.
[C] Apenas I e III.
[D] Apenas IV.

11. (FMJ) A igreja axumita (e, depois, a igreja etíope) formou-se como uma
igreja separada, considerada cismática pelas autoridades religiosas de Roma e
de Bizâncio. Ela adotou para si o calendário e o rito litúrgico copta, retirado do
modelo praticado pelo clero de Alexandria, mas o adaptou às condições locais e
a certos elementos da tradição judaica do Velho Testamento. Alguns costumes,
como as danças e os tambores, os sacrifícios de cabras e, nos primeiros tempos,
a admissão da poligamia, sugerem a persistência de traços da organização
social e das religiões africanas tradicionais. Por outro lado, a distinção entre o
consumo de carne pura e impura, a proibição das mulheres entrarem nos
templos no dia seguinte ao que tiveram relações sexuais e a observação do
sábado e não do domingo como dia consagrado sugerem heranças dos
costumes judaicos. (José R. Macedo. História da África, 2015.)

A versão do cristianismo descrita no texto

[A] Funde diferentes tradições religiosas, adaptando-as a características


culturais africanas.
[B] Resulta do chamado Cisma do Oriente, misturando princípios da Igreja
católica e da Igreja ortodoxa oriental.
[C] Resgata elementos do paganismo romano, associando-o a rituais
religiosos africanos.
[D] Nega, de certa forma, o monoteísmo, conservando práticas politeístas
das religiões africanas.
[E] Assume as diretrizes do cristianismo primitivo, rompendo com dogmas
da Igreja católica.

12. (FGV-SP) O cristianismo foi difundido nos territórios da Núbia, a partir do


século IV, por meio da língua copta, que passou a ser língua- -matriz religiosa
de um cristianismo africano, que diferia da versão oficial romana, e depois da
versão bizantina. Essa versão do cristianismo que se afirmou ao longo dos
séculos num processo intricado de amálgamas entre a doutrina monofisita e os
costumes das religiões tradicionais da África negra.

A igreja axumita (e, depois, a igreja etíope) adotou para si o calendário e o rito
litúrgico copta, retirado do modelo praticado pelo clero de Alexandria. Havia
costumes, como as danças e os tambores, os sacrifícios de cabras e, nos
primeiros tempos, a admissão da poligamia. Além disso, havia a distinção entre
o consumo de carne pura e impura, a proibição das mulheres de entrarem nos
templos no dia seguinte ao que tiveram relações sexuais e a observação do
sábado e não do domingo como dia consagrado. (José Rivair Macedo. História
da África, 2013. Adaptado)

Nessa versão do cristianismo, há

[A] Uma simpatia pelas práticas religiosas externas e restrições à


religiosidade tradicional da África.
[B] Uma aversão à religiosidade monoteísta de origem oriental,
especialmente ao islamismo.
[C] A influência do cristianismo primitivo associado ao paganismo do Norte
da Europa, que marcava os principais rituais.
[D] Uma certa antecipação das práticas cristãs presentes nas religiões pós-
Reforma, como a ligação direta entre Deus e o fiel.
[E] Um complexo processo de mistura e ressignificação de uma série de
tradições religiosas, caso das africanas e do judaísmo.

13. (UNICAMP) A longa presença de povos árabes no norte da África, mesmo


antes de Maomé, possibilitou uma interação cultural, um conhecimento das
línguas e costumes, o que facilitou posteriormente a expansão do islamismo.
Por outro lado, deve-se considerar a superioridade bélica de alguns povos
africanos, como os sudaneses, que efetivaram a conversão e a conquista de
vários grupos na região da Núbia, promovendo uma expansão do Islã que não
se apoia na presença árabe. (Adaptado de Luiz Arnaut e Ana Mônica Lopes,
História da África: uma introdução. Belo Horizonte: Crisálida, 2005, p. 29-30.)
Sobre a presença islâmica na África é correto afirmar que:

[A] O princípio religioso do esforço de conversão, a jihad, foi marcado pela


violência no norte da África e pela aceitação do islamismo em todo o
continente africano.
[B] Os processos de interação cultural entre árabes e africanos, como os
propiciados pelas relações comerciais, são anteriores ao surgimento do
islamismo.
[C] A expansão do islamismo na África ocorreu pela ação dos árabes,
suprimindo as crenças religiosas tradicionais do continente.
[D] O islamismo é a principal religião dos povos africanos e sua expansão
ocorreu durante a corrida imperialista do século XIX.

14. (UnB) [1] T’Challa é um rei-guerreiro da nação africana fictícia De


Wakanda. O herói de rosto africano é a estrela do filme Pantera Negra, a
primeira grande produção cinematográfica derivada dos quadrinhos da
Marvel a trazer um protagonista e um elenco principal negros para o centro da
tela. Subvertendo os estereótipos que frequentemente cercam o continente
africano, Wakanda nunca foi colonizada. É extremamente desenvolvida, dona
de uma secreta tecnologia avançada cuja estética se apoia no afrofuturismo.
(Tory Oliveira Pantera Negra e o racismo no universo nerd In Carta Capital,
11/2/2018 Internet (com adaptações))

A respeito dos sentidos e das estruturas linguísticas desse fragmento de texto e


dos múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue o item.

A história africana é marcada pela existência de importantes Estados, impérios


e civilizações detentoras de grande diversidade de estruturas societárias e
culturais, tais como o Egito faraônico e os reinos de Kush, Gana, Mali, Songhai e
Kongo.

[A] Certo
[B] Errado
15. (ACAFE) “O antigo Mali foi criado por diversos povos aparentados que
viviam na região situada entre o rio Senegal e o rio Níger. Os mais importantes
deles eram conhecidos como mandingas (ou malinquês, ou manden). [...]
Sundjata Keita (1230-1255) estendeu a influência do Mali às unidades políticas
menores da vizinhança, lançando as bases de um Estado unificado que se
manteria hegemônico até a metade do século XV.” (MACEDO, José Rivair.
História da África. São Paulo: Contexto, 2015. p.55)

Considerando o contexto abordado, no excerto, e os conhecimentos


relacionados ao tema, assinale a alternativa CORRETA.

[A] Grande parte do que se conhece da história do Mali chegou até nossos
dias graças aos sábios e viajantes europeus, que circulavam pela região,
registrando por escrito suas observações, além de terem recuperado antigos
escritos na cidade de Timbuktu, datados do século X.
[B] Sundjata Keita se converteu ao cristianismo para ampliar sua
participação no comércio aurífero com os europeus e, ignorando os costumes e
as tradições de seu povo, obrigou que todos aderissem à religião monoteísta
cristã.
[C] As conquistas territoriais do Mali foram favorecidas pelo processo de
islamização pelo qual esse reino passou a partir do século XIII, além de sua
significativa participação nas rotas comerciais transaarianas.
[D] Mesmo sendo um importante reino, o fato de o Mali se localizar,
geograficamente, próximo ao deserto do Saara impossibilitou sua relação com
outros povos e limitou sua participação no comércio da África Ocidental.

16. (UECE) Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a


seguir sobre o Mali:

( ) Há abundante documentação escrita sobre o Império Mali.

( ) Há poucos vestígios arqueológicos da civilização Mali.

( ) Os relatos do viajante Ibn Battuta registram o Império Mali.

( ) Os griots são fontes orais e ajudam a conhecer melhor a história Mali.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

[A] V, F, F, V.
[B] V, F, V, F.
[C] F, V, F, F.
[D] F, V, V, V.

17. (FGV-SP) Leia o texto.

Após os primeiros contatos particularmente violentos com a África negra, os


portugueses viram-se obrigados a mudar de política, diante da firme
resistência das populações costeiras. Assim, empenharam-se, principalmente,
em ganhar a confiança dos soberanos locais. Os reis de Portugal enviaram
numerosas missões diplomáticas a seus homólogos da África ocidental. Assim,
entre 1481 e 1495, D. João II de Portugal enviou embaixadas ao rei do Futa, ao
koi de Tombuctu e ao mansa do Mali.

Duas missões diplomáticas foram enviadas ao Mali, mostrando a importância


que o soberano português atribuía a esse país. A primeira partiu pelo Gâmbia, a
segunda partiu do forte de Elmina. O mansa que as recebeu, Mahmūd, era filho
do mansa Ule (Wule) e neto do mansa Mūsā. (...). [Madina Ly-Tall, O declínio do
Império do Mali. In Djibril Tamsir (editor), História geral da África, IV: África
do século XII ao XVI]

No contexto apresentado, o Império português mudou a sua estratégia política,


pois

[A] Encontrou um povo que desconhecia o uso da moeda na prática


comercial.
[B] Descobriu tribos que não passaram pelas etapas do desenvolvimento
histórico, como o feudalismo.
[C] Reconheceu a presença de um Estado marcado por sólidas estruturas
políticas.
[D] Identificou a tendência africana em refutar todas as influências externas
ao continente.
[E] Percebeu na África, em geral, a produção voltada apenas para as trocas
ritualísticas.

18. (Mackenzie) Leia os textos a seguir:


“De Tarkala à cidade de Gana, gastam-se três meses de marcha um deserto
árido. No país de Gana, o ouro nasce como plantas na areia, do mesmo modo
que as cenouras. É colhido ao nascer do sol”. (Ibn al-Fakih. Citado em: Alberto
da Costa e Silva. Imagens da África: da Antiguidade ao século XIX. São Paulo:
Companhia das Letras, 2012, p.32)

“[Gana] é a terra do ouro. (...) Toda a gente do Magreb sabe, e ninguém disto
discrepa, que o rei de Gana possui em seu palácio um bloco de ouro pesando 30
arratéis (cerca de 14 kg). Esse bloco de ouro foi criado por Deus, sem ter sido
fundido ao fogo ou trabalhado por instrumento. Foi, porém, furado de um lado
ao outro, a fim de que nele pudesse ser amarrado o cavalo do rei. É algo curioso
que não se encontra em nenhum outro lugar do mundo e que ninguém possui a
não ser o rei, que disso se vangloria diante de todos os soberanos do Sudão”.
(Al-Idrisi. Citado em: Alberto da Costa e Silva. Imagens da África: da
Antiguidade ao século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.37)

Os textos foram escritos por viajantes árabes ao observarem aspectos sobre o


Reino de Gana, na África, durante a Idade Média europeia. Pela análise dos
excertos, é correto afirmar que tal Reino

[A] Causava espanto e admiração, tanto pelo desenvolvimento econômico


como pelo poder teocrático politeísta de governante.
[B] Causava estranhamento em seus visitantes, tanto pela quantidade
exagerada de metais preciosos disponíveis como pelo poder autoritário do
governante.
[C] Provocava perplexidade nos viajantes, pois não compreendiam seu
desenvolvimento em meio a um continente marcado pela inexistência de
civilizações.
[D] Desenvolveu-se sustentado pela riqueza do ouro e pela crença
monoteísta, fator que o desqualificava perante os viajantes que ali passavam.
[E] Impressionava seus visitantes, tanto pela opulência trazida pelo ouro
como pela sua complexa organização política e social.

19. (UEA - SIS) Os diários, as memórias e as crônicas de viagens escritas por


marinheiros, comerciantes, militares, missionários e exploradores seriam as
principais fontes de conhecimento e representação da África dos séculos XV ao
XVIII.
Essas representações associavam o continente africano à barbárie e à
devassidão num movimento de contraposição às sociedades europeias. Nem
mesmo o confronto com formações políticas hegemônicas como Reino do
Kongo e Etiópia ou o contato com outros padrões urbanísticos, estéticos e
cosmológicos, puderam alterar de forma efetiva o imaginário europeu acerca
do continente. (Regina Claro. Olhar a África, 2012. Adaptado.)

As representações a respeito dos africanos, citadas no texto,

[A] Criaram modalidades distintas de escravidão para africanos oriundos de


pequenas comunidades e de sociedades constituídas em Estados.
[B] Foram fundamentais para a legitimação da conquista europeia e da
escravização dos povos da África.
[C] Restringiram a utilização do trabalho escravo africano às lavouras
monocultoras e à mineração na América.
[D] Contribuíram para a formulação do pan-africanismo e para a libertação
política das colônias africanas no final do século XVIII.
[E] Orientaram as ações dos jesuítas no sentido de condenar a escravidão
dos africanos e defender a sua catequização.

20. (URCA) No século XV, na margem meridional do baixo rio Congo, existiu
um reino denominado Reino do Congo. A capital do reino, Banza Congo
(Mbanza), situava-se na confluência de várias rotas comerciais. Sobre a
organização política do Reino do Congo:

I. O mani Congo (rei) comandava o reino com a ajuda dos líderes regionais, das
aldeias, os quais prestavam auxílio militar.

II. As aldeias (lubatas) e cidades (banzas) pagavam tributos ao mani Congo -


alimentos, tecidos, sal, dentre outros produtos.

III. Os limites do reino eram traçados pelos conjuntos de aldeias, que deviam
fidelidade ao rei e ao mesmo tempo recebiam a proteção do poder central.

Marque a alternativa correta:


[A] Todas as afirmações estão corretas: I, II e III.
[B] Estão corretas as afirmações I e II.
[C] Estão corretas as afirmações I e III.
[D] Apenas a afirmação II está correta.
[E] Nenhuma das afirmações é verdadeira.

21. (Universidade de Fortaleza) Principalmente a partir do século XVI, a Coroa


portuguesa interveio militarmente em disputas e conflitos entre africanos para
manter no governo autoridades africanas convenientes com o tráfico e a
escravidão. Tanto no reino Ndongo (Angola), quanto no reino do Congo, os
portugueses auxiliaram na imposição de monarcas dóceis ligados aos
interesses do tráfico atlântico. Com o tráfico, teve início o processo de roedura.

Fonte: BOULOS JUNIOR, Alfredo. História. Sociedade & Cidadania. 2ª Edição.


Vol. 2. São Paulo: FTD, 2016, 81.

Ao levar em consideração as informações acima, qual das opções abaixo se


refere a relação entre o tráfico atlântico e o processo de roedura?

[A] A venda de escravos organizados por africanos garantiram o surgimento


de mercado inexistente até então: venda de homens e mulheres para trabalhos
forçados no mundo.
[B] No momento em que as guerras europeias afetaram os africanos, os
últimos se viram obrigados a vender seus irmãos para evitarem ser mortos,
ganhando muito dinheiro.
[C] Os africanos, conscientes do excedente de pessoas dentro de seu
continente, se viram obrigados a migrar para outros países, esta relação foi
erroneamente chamada de tráfico.
[D] O comércio de homens e mulheres negros, perpetrados principalmente
por europeus, garantiu a escravização de africanos nas Américas, resultando na
exploração colonial da África.
[E] A população existente nas Américas não desejava adquirir escravos,
porém, foram obrigados a comprar africanos escravizados, deteriorando,
assim, a história da América colonial.

22. (UNIFENAS) “Disposto a abraçar a fé de Cristo, o Manicongo enviou, em


1489, uma embaixada para o rei português, que foi presenteado com tecidos de
palmeiras e objetos de marfim, formalizando seu desejo de se converter ao
cristianismo e pedindo o envio de clérigos, assim como de artesãos, mestres de
pedraria e carpintaria, trabalhadores da terra, burros e pastores. Junto com os
pedidos, deixou claro, segundo Rui de Pina, cronista que registrou o evento, seu
desejo de que doravante os dois reinos se igualassem nos costumes e na
maneira de viver, solicitando que alguns jovens, enviados com a embaixada,
fossem instruídos na fala, escrita e leitura latinas, além dos mandamentos da fé
católica. E, com efeito, durante todo o ano de 1490 os enviados do rei do Congo
permaneceram em Portugal, aprendendo o português, os mandamentos da fé
católica e os costumes da sociedade portuguesa.” (VAINFAS, Ronaldo e MELLO
e SOUZA, Marina de. Catolização e poder no tempo do tráfico: o reino do Congo
da conversão coroada ao movimento antoniano, séculos XV-XVIII. Disponível
em: https://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/artg6-7.pdf.)

Ao retratar aspectos da organização da sociedade do Congo, o texto destaca a

[A] Clara relação imediatamente percebida pelos congoleses entre fé e


poder.
[B] Centralidade política estatal dificultada pela imposição de costumes
europeus.
[C] Complexidade política legitimada pelas tradições comerciais iorubás e
nagôs.
[D] Diversidade religiosa estimulada pelo expansionismo colonial português.
[E] Fragilidade real impulsionada pelo contato com os traficantes de
escravos.

23. (FCMSCSP) Njinga foi uma guerreira destemida, que liderava pessoalmente
seus exércitos, governando gentes distribuídas pelo Dongo e por Matamba.
Controlou boa parte das rotas do tráfico que traziam escravos do interior e não
deixou que os portugueses penetrassem nos sertões angolanos. ((Marina de
Mello e Souza. Além do visível: poder, catolicismo e comércio no Congo e em
Angola (séculos XVI e XVII), 2018. Adaptado.)

Os vínculos entre os portugueses e Njinga eram essenciais para

[A] A proteção dos povos da África atlântica frente aos traficantes de


escravos.
[B] A manutenção de portos de abastecimento de caravelas a caminho do
Oriente.
[C] O controle militar português sobre as rotas atlânticas recém-
descobertas.
[D] O fornecimento de mão de obra para a indústria açucareira no Brasil.
[E] O comércio de produtos coloniais brasileiros para as tribos do território
angolano.

24. (UFPR) Considere o seguinte trecho de uma carta enviada pelo rei do
Congo ao rei de Portugal em 1526:

Os comerciantes estão sequestrando o nosso povo dia após dia – filhos deste
país, filhos de nossos nobres e vassalos, mesmo as pessoas de nossa própria
família [...]. Essa corrupção e depravação estão tão generalizadas que a nossa
terra é inteiramente despovoada. [...] Precisamos neste reino só de sacerdotes
e professores, e nenhuma mercadoria, a menos que seja vinho e farinha para o
santo sacramento [...]. É nosso desejo que este reino não seja um lugar para o
comércio ou transporte de escravos. (MEREDITH, Martin. O Destino da África:
cinco mil anos de riquezas, ganância e desafios. Tradução Marlene Suano. Rio
de Janeiro: Zahar, 2017, p. 122.)

Com base no texto acima e nos conhecimentos acerca dos contatos entre
sociedades africanas e europeias no início da Idade Moderna, é correto afirmar
que:

[A] O tráfico de pessoas escravizadas por parte de Portugal visava o


despovoamento do Reino do Congo como estratégia para uma futura
colonização.
[B] A cristianização do Reino do Congo se deu através da presença militar e
da construção de feitorias portuguesas na costa africana.
[C] O Reino do Congo buscava, através da diplomacia, estabelecer suas
próprias leis para a regulação do tráfico de pessoas escravizadas.
[D] As influências políticas e culturais de Portugal eram recebidas com
hostilidade pelo Reino do Congo porque entravam em conflito com tradições
locais.
[E] As tensões decorrentes do tráfico de pessoas escravizadas ocasionaram
a Primeira Guerra Luso-Portuguesa.
25. (UECE) A parte da África localizada ao sul do equador foi habitada por
povos cuja língua falada pertencia a um tronco linguístico com dezenas de
famílias e cerca de 470 línguas, as quais atualmente são faladas por
aproximadamente 100 milhões de pessoas em territórios como o Congo,
Angola e Moçambique.

Por extensão, os povos que falam essas línguas são chamados de

[A] Mbanza longos.


[B] Malinezes.
[C] Bantos.
[D] Congolezes.

26. (UEA) Njinga dizia que não queria a paz com os portugueses porque os
portugueses haviam aprisionado sua irmã e não queriam libertá-la. O padre
Serafim de Cortona escreveu, então, para o governador português de Angola,
pedindo- -lhe que libertasse a irmã de Njinga, com o que faria grande serviço a
Deus e ao rei, com a introdução “da nossa santa fé naquelas partes”. A favor da
devolução, disse ainda que assim acabaria a já longa guerra e se abriria o
“comércio ao resgate dos negros”. (Marina de Mello e Souza. Além do visível:
Poder, Catolicismo e Comércio no Congo e em Angola (Séculos XVI e XVII),
2018. Adaptado.)

O episódio é relatado pelo padre Serafim de Cortona em um documento escrito


em 1658 sobre Njinga, rainha de territórios do interior da África.

Para o sacerdote,

[A] O fim da exploração do trabalho escravo dependia da conversão dos


nativos ao cristianismo
[B] Os povos do continente africano viviam em paz política antes da chegada
dos colonizadores.
[C] As decisões políticas dos colonizadores prejudicavam o crescimento
econômico das tribos africanas.
[D] As populações de religiões fetichistas resistiam com destemor às
invasões europeias.
[E] Os diversos interesses religiosos, políticos e econômicos dos
colonizadores eram complementares.
27. (PUC-Rio) A Comissão de Património Mundial da UNESCO declarou, em
08.07.2017, o centro histórico da cidade de Mbanza Congo, norte de Angola,
como Património Mundial da Humanidade.

A candidatura de Angola destacava que o Reino do Congo estava perfeitamente


organizado quando da chegada dos portugueses, no século XV, uma das mais
avançadas em África à data.

Dividido em seis províncias que ocupavam parte das atuais República


Democrática do Congo, República do Congo, Angola e Gabão, o Reino do Congo
dispunha de 12 igrejas, conventos, escolas, palácios e residências

Mbanza Congo declarada Património Mundial da Humanidade -09.07.2017.


Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2017.

Tendo como referência a notícia acima e os conhecimentos que você possui,


analise as afirmativas seguintes com relação à história do antigo Reino do
Congo.

I - O Reino do Congo foi um dos mais conhecidos reinos da região centro-


ocidental da África. Fundado no fi nal do século XIII, chegou a abranger parte
dos atuais países de Angola, República do Congo, República Democrática do
Congo e Gabão.

II - A partir do século XV ocorreram os primeiros contatos dos portugueses


com as autoridades políticas do Reino do Congo, transformando essa região em
uma das maiores exportadoras de africanos escravizados para as Américas.

III - A capital do Reino do Congo era Mbanza Congo ou São Salvador, como
ficou conhecida após a conversão ao catolicismo do manicongo (rei do Congo)
e a construção da Catedral de São Salvador do Congo.

IV - A organização política do Reino do Congo somente ocorreu após a chegada


dos portugueses na região, quando estes influenciaram a formação de uma
“elite burocrática” que ajudava o manicongo (rei do Congo) a governar.

Estão corretas SOMENTE as afirmativas:


[A] II, III e IV.
[B] I, II e III.
[C] I, II e IV.
[D] I e II.
[E] I e III.

28. (UENP) Leia o texto a seguir.

Enquanto a posição da Rainha Njinga com relação ao tráfico [de escravos] era
ambivalente, às vezes abrindo e às vezes fechando os mercados, os reinos de
Matamba e Cassanje, que controlavam a aquisição e distribuição de escravos e
artigos de comércio nos sertões de Luanda, foram estabelecidos devido a seus
vínculos com os portugueses. (MELO E SOUZA, M. Reis Negros no Brasil
Escravocrata. Belo Horizonte: UFMG, 2006. p.109.)

Sobre as Guerras Angolanas, ocorridas no século XVII, considere as afirmativas


a seguir.

I. As alianças feitas entre a Rainha Njinga e os comerciantes europeus deveriam


ser entendidas como uma estratégia para que seu reino, Ndongo, mantivesse
uma relação de independência em relação ao reino do Congo.

II. A posição de Njinga de ora manter aliança com os portugueses ora desfazê-la
deve ser entendida pelo seu arrependimento de ter abandonado o islã e ter se
convertido ao cristianismo.

III. O reino do Congo manteve-se, ao longo de todo o período das guerras,


aliado aos portugueses. Garcia Afonso II, rei do Congo, era considerado irmão
de armas do reino de Portugal.

IV. Os holandeses entraram na disputa com os portugueses pela aliança política


e comercial com os reinos africanos da região, pois naquele momento
precisavam de escravos para abastecer as plantações de cana no Nordeste
brasileiro.
Assinale a alternativa correta.

[A] Somente as afirmativas I e II são corretas.


[B] Somente as afirmativas I e IV são corretas.
[C] Somente as afirmativas III e IV são corretas.
[D] Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
[E] Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

29. (FGV-SP) [Desde o início do século XIV], no reino do Congo (...) moravam
povos agricultores que, quando convocados pelo mani Congo, partiam em sua
defesa contra inimigos de fora ou para controlar rebeliões de aldeias que
queriam se desligar do reino. Aldeias (lubatas) e cidades (banzas) pagavam
tributos ao mani Congo, geralmente com o que produziam: alimentos, tecidos
de ráfia vindos do nordeste, sal vindo da costa, cobre vindo do sudeste e
zimbos (pequenos búzios afunilados colhidos na região de Luanda que serviam
de moeda). (...) o mani Congo, cercado de seus conselheiros, controlava o
comércio, o trânsito de pessoas, recebia os impostos, exercia a justiça, buscava
garantir a harmonia da vida do reino e das pessoas que viviam nele. Os limites
do reino eram traçados pelo conjunto de aldeias que pagavam tributos ao
poder central, devendo fidelidade a ele e recebendo proteção, tanto para os
assuntos deste mundo como para os assuntos do além, pois o mani Congo
também era responsável pelas boas relações com os espíritos e os ancestrais.

(...) O mani Congo vivia em construções que se destacavam das outras pelo
tamanho, pelos muros que a cercavam, pelo labirinto de passagens que
levavam de um edifício a outro e pelos aposentos reais que ficavam no centro
desse conjunto e eram decorados de tapetes e tecidos de ráfia. Ali o mani vivia
com suas mulheres, filhos, parentes, conselheiros, escravos, e só recebia os que
tivessem nobreza suficiente para gozar desse privilégio. (Marina de Mello e
Souza. África e Brasil africano, 2006)

A partir da descrição do reino do Congo, é correto afirmar que, nesse reino,


[A] Toda a organização administrativa estava voltada para a acumulação de
riquezas nas mãos do soberano, que as redistribuía entre as aldeias mais leais e
com maior potencialidade econômica.
[B] O político e o sobrenatural estavam intimamente relacionados, além das
semelhanças entre uma corte europeia e uma de um reino na África, porque
ambas eram caracterizadas por hierarquias rígidas.
[C] A ordem política derivava de uma economia voltada para a produção
baseada no uso da mão de obra compulsória, por isso o soberano era o maior
beneficiado com a captura de homens para serem escravizados.
[D] A fragmentação do poder entre os chefes das aldeias e os conselheiros
do soberano permitiu a consolidação de uma prática política pouco usual na
África, na qual as decisões eram tomadas pelos moradores do reino.
[E] A prevalência da condição tribal favoreceu sua dominação por outros
povos africanos, mas especialmente pelos comerciantes europeus, interessados
na exploração de metais amoedáveis.

30. (UNICAMP) A rainha Nzinga (1624-1663), governante seiscentista do


Ndongo, um reino da África Central situado na atual Angola, chegou ao poder
graças à sua competência militar, à diplomacia bem sucedida, à manipulação da
religião e de conflitos entre potências europeias. Ela criou as condições para a
primeira sublevação popular mbundu contra a exploração portuguesa ao atrair
para sua causa os chefes que estavam sob influência europeia. Depois
conquistou o reino vizinho de Matamba e o governou por três décadas junto
com o que restou do poderoso reino Ndongo; desafiou treze governadores
portugueses que regeram Angola entre 1622 e 1633. Apesar de seus feitos e o
longo reinado, comparável ao de Elizabeth I (1503—1603) da Inglaterra, ela
foi desacreditada pelos contemporâneos europeus e por autores posteriores.
(Adaptado de Linda Heywood, Nzinga de Angola: a rainha guerreira de África.
Lisboa: Casa das Letras, 2017. p. 10-12; 82.)

Com base no excerto e em seus conhecimentos, é correto afirmar que a rainha


Nzinga:

[A] Utilizou, como estratégias políticas para conter o avanço português em


seus territórios, a formação de alianças com reinos vizinhos (como Congo), a
exploração dos conflitos entre Portugal e Holanda e a interferência nas redes
do tráfico.
[B] Expulsou os portugueses de Angola e reconstruiu o reino do Ndongo em
sua extensão original através da política de distribuição de terras aos sobas
que aceitaram a sua legitimidade no trono.
[C] Aboliu o tráfico atlântico de escravizados, apesar da oposição de
missionários e comerciantes portugueses que viviam em Luanda, e perseguiu
os sobas envolvidos com o comércio.
[D] Enfrentou um mundo onde o imaginário monárquico e o ideário político
eram hegemonicamente masculinos e, assim como a Rainha Elizabeth I, não
teve sucesso político e militar.

31. (FGV-SP) (...) quais mecanismos levaram à escravidão nas sociedades


africanas do século VII ao século XV?

(...) Genericamente, a escravidão esteve presente na África como um todo,


fazendo-se necessário observar as especificidades históricas próprias de
complexos sociais e políticos e das formas de poder das diversas sociedades
africanas. Mas é fundamental acrescentar que a dinâmica e a intensidade da
escravidão no continente africano tem a ver com a maior ou menor demanda
do tráfico atlântico gerada pelo expansionismo europeu na América. Isso
acarreta mudanças sociais na África, como a expansão e a subsequente
transformação da poligenia, o desenvolvimento de diferentes tipos de
escravidão no continente, além do empobrecimento de uma classe de
mercadores africanos. (Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: visita à
história contemporânea, 2008, p. 37-8)

A partir do fragmento, é correto afirmar que

[A] A maior mudança ocorrida na África, após a imposição do colonialismo


ibérico, esteve relacionada com a passagem da mercantilização do trabalho
compulsório para formas mais brandas de exploração da escravidão, com o
avanço de direitos para os africanos convertidos ao cristianismo.
[B] A chegada do colonialismo europeu na África subsaariana foi
fundamental para o desenvolvimento do continente, em razão da organização
do tráfico intercontinental de escravos, permitindo que a maior parte das
rendas advindas dessa atividade ficasse no próprio continente.
[C] A existência da escravidão na África negra era desconhecida até a
chegada dos primeiros exploradores coloniais, caso dos portugueses, que
impuseram essa forma de organização do trabalho, condição necessária para a
posterior acumulação de capitais entre as elites regionais africanas.
[D] As práticas de utilização do trabalho compulsório em todo o território
africano, até a chegada dos exploradores europeus, estavam articuladas com a
essência da religiosidade do continente, caracterizada pela concepção de que
os sacrifícios materiais levavam os homens à graça divina.
[E] A escravidão existente no continente africano, antes da expansão
marítima, tinha uma multiplicidade de características, sendo inclusive
doméstica, e o tráfico de escravos, para atender aos interesses mercantilistas
europeus, trouxe decisivas transformações para as inúmeras regiões da África.

32. (UFRGS) Com relação à história das antigas sociedades africanas e do


Oriente Médio, assinale a alternativa correta.

[A] Os assírios notabilizaram-se pelo estabelecimento de relações


comerciais pacíficas com os diversos grupos sociais localizados entre o Golfo
Pérsico e o Mar Mediterrâneo, e foram reconhecidos como o único império
antigo desprovido de exército.
[B] Muitas sociedades do norte da África, antes do contato com as religiões
cristã e islâmica, organizavam-se de forma matrilinear, conferindo às mulheres
um papel destacado nas relações de poder.
[C] A civilização egípcia, favorecida pelo sistema hidráulico do Nilo,
encontrou no rio uma barreira de proteção natural que impedia o avanço e o
contato com os demais povos da África.
[D] Os povos da Núbia, situados no nordeste do continente africano,
formaram a civilização meroítica, caracterizada pela ausência de práticas
religiosas, pela simplicidade dos seus modelos arquitetônicos e pelo
isolamento social.
[E] Os hebreus organizaram-se a partir de clãs patriarcais, localizados às
margens do rio Jordão, e constituíram-se como povos predominantemente
agrícolas, proibindo as atividades pastoris, consideradas impuras pela Torá.
Gabarito

01.A 02.D 03.E 04.C 05.E 06.E 07.E


08.E 09.B 10.B 11.A 12.E 13.B 14.A
15.C 16.D 17.C 18.E 19.B 20.A 21.D
22.A 23.D 24.C 25.C 26.E 27.B 28.B
29.B 30.A 31.E 32.B

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