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Aulas 01 02 03 E 04 MCPLTD

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Disciplina: Modelagem de Custos, Preços e Lucros para

Tomada de Decisão
Prof.ª Cristiane Tabosa

Introdução à contabilidade de custos


Agenda

• Sistema de Contabilidade

• Contabilidade Financeira x Contabilidade Gerencial

• Contabilidade Gerencial – Conceito

• Contabilidade de Custos

2
3
Qual o custo?

4
“Quem parte e reparte
e não fica com a melhor
parte ou é tolo ou não
tem arte” Informações
contábeis
Por isso...

Internos Externos
Sistemas de Contabilidade

• Registra eventos e transações econômicas;

• Processa os dados e transforma em informação útil OBJETIVO


para os gestores: Prover
• Relatórios internos para os gestores, para planejar e controlar informações úteis
operações de rotina; às organizações!

• Relatórios internos para os gestores, para uso em decisões


não rotineiras e na formulação dos principais planos e
políticas;

• Relatórios para os acionistas, governo e outros interessados. 6


CONTABILIDADE CONTABILIDADE
FINANCEIRA GERENCIAL

Público Alvo externo Público Alvo interno

Objetiva reportar o desempenho Objetiva informar para tomada de


passado com finalidades decisões internas
externas

Orientado para o passado Orientado para o futuro 7


CONTABILIDADE CONTABILIDADE
FINANCEIRA GERENCIAL

Reguladas Sem regras estabelecidas

Medidas financeiras somente Medidas financeiras, operacionais


e físicas

Escopo agregado Escopo desagregado

Envolve contadores e Envolve Engenheiros, Administradores,


advogados Economistas e Contadores “Controllers”
8
Contabilidade Gerencial:
Conceito

• Contabilidade gerencial é o processo de medição, análise e divulgação


de informações financeiras e não financeiras que ajuda os gestores a
tomar decisões para cumprir os objetivos de uma organização.
(Datar e Rajan, 2018)

Os gerentes usam gerenciamento da informação contábil para:

1. desenvolver, comunicar e implementar estratégias

2. coordenar design de produto, produção e decisões de marketing e avaliar o


desempenho de uma empresa. 9
Contabilidade de Custos

C O N TA B I L I D A D E C O N TA B I L I D A D E
FINANCEIRA GERENCIAL

C O N TA B I L I DA D E D E
C U STO S
Surgiu com o objetivo de avaliar o valor dos custos de cada produto que comporia o valor
dos estoques. Atualmente assume a perspectiva de informações de custo coletadas para
basear as decisões gerenciais. Assim, a distinção entre contabilidade gerencial e
contabilidade de custos não é tão clara, e muitas vezes são tratadas como sinônimos.
10
Exemplos Práticos

1. Um fazendeiro resolveu produzir queijos e manteiga, aproveitando o leite que produzia.


Qual o custo do leite empregado na fabricação de leite e queijo?

Registro Tomada de Decisão


Exemplos Práticos

2. Comprei um caminhão ontem por R$ 400.000,00 ontem. Hoje percebi que o caminhões
similares ao meu são vendidos por R$ 500.000,00.
Qual o valor do caminhão?

Registro Tomada de Decisão

12
Exemplos Práticos

2. Um restaurante vende um vinho francês comprado por R$ 30,00 no início do mês. Uma
quinzena depois o vinho é comprado a R$ 40,00 e o fornecedor já avisa que na reposição do
mês posterior o valor será de R$ 60,00. Atualmente o vinho possui preço de venda de RS
50,00.
Qual o lucro por garrafa?

Registro Tomada de Decisão

13
Principais referências utilizadas nessa aula

• Básica:

Eliseu, MARTINS,. Contabilidade de Custos, 11ª edição. Grupo GEN, 2018. [Minha Biblioteca].

Padoveze, Clóvis L. Contabilidade de custos. Cengage Learning Brasil, 2014. [Minha Biblioteca].

• Complementar:

DATAR, S. and RAJAN, M.. Horngren's Cost Accounting Plus Pearson Mylab Accounting with Pearson
Etext. PEARSON EDUCATION Limited, 2017.

14
Disciplina: Modelagem de Custos, Preços e Lucros para
Tomada de Decisão
Prof.ª Cristiane Tabosa

Terminologia e classificação de gastos


Agenda

• Terminologia

• Exercício

• Classificação de Gastos

16
Terminologia

Despesa ou custo de matéria prima?

Custo ou gasto de material direto?

Custo ou despesa de pessoal do RH?

17
Terminologia

CUSTO
Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na
GASTO produção de outros bens ou serviços.
Compra de um produto ou
serviço, que gera sacrifício DESPESA
financeiro, representado Bem ou serviço consumido direta ou
por entrega ou promessa indiretamente para a obtenção de receitas.
de entrega de ativos.
INVESTIMENTO
Gasto ativado em função de sua vida útil ou de
benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s).

PERDA
Bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. 18
Terminologia

Custo Produto ou
Despesa
Serviço

Investimento

Gasto
Exercício

( ) Compra de matéria-prima
( ) Consumo de energia elétrica
•Investimento ( I )
( ) Utilização de mão de obra
( ) Consumo de combustível •Custo (C)
( ) Gastos com pessoal do faturamento (salário) •Despesa (D)
( ) Aquisição de máquinas
•Perda (P)
( ) Depreciação das máquinas
( ) Depreciação do prédio da empresa
( ) Aquisição de embalagens
( ) Deterioração do estoque de matéria-prima por enchente
20
Exemplos práticos

Na abertura de um restaurante foi adquirido um fogão industrial.


Qual a classificação contábil desse fato?

Para fabricar quatro medalhões de filé de 200g cada, o restaurante


consome 1 kg de filé mignon comprado por R$ 50,00. Qual o custo
de cada medalhão?

Os gastos dos funcionários envolvidos na cozinha do restaurante


são classificados como? E os gastos relacionados à taxa sobre
pedido do iFood?
21
Objeto de Custos

DEFINIÇÃO:
É o elemento que será́ alvo de mensuração monetária, com a finalidade de se obter
seu custo unitário ou total. Um objeto de custo pode ser um produto, um serviço,
uma mercadoria, uma atividade, um departamento, uma divisão, um processo, um
recurso, etc.

22
Classificação de Gastos

Com relação ao produto feito ou serviço prestado, e não à produção no


sentido geral ou aos departamentos:

DIRETOS E INDIRETOS

Com relação ao valor total de um custo e o volume de atividade numa


unidade de tempo:

SEMIFIXOS E SEMIVARIÁVEIS
FIXOS E VARIÁVEIS OS MISTOS
23
Classificação de Gastos
Objeto de custo: Produto
EXEMPLOS Objeto de custo: Produto
Matéria-prima indireta (cola,
Não oferecem condição
Podem ser diretamente EXEMPLOS
de uma medida objetiva e
lubrificantes, material limpeza,
apropriados
manutenção aos produtos,
e reparos) • qualquer tentativa
Matéria-prima direta de
(madeira,
bastando haver uma alocação tem
plástico, aço, de ser feita
embalagens e
Mãomedida de consumo.
de obra indireta (supervisores e de maneira estimada e
tecido)
mecânicos, cujo trabalho não estiver muitas vezes arbitrária.
ligado diretamente à fabricação) • Mão de obra direta (Salário dos
operários diretamente
envolvidos na produção)
DIRETOS
Outros custos indiretos (aluguel,
iluminação e depreciação)
INDIRETOS
24
Classificação de Gastos

MD MOD OCD CIF DESPESAS

Custo primário ou direto

Custo de transformação

Custo total, contábil ou fabril

Gastos incorridos ou custo pleno 25


Classificação de Gastos

Permanece inalterado para Muda em proporção às


um dado período de mudanças no nível de
tempo, apesar de grandes atividade relacionada ou
alterações no nível de volume total produzido.
atividade relacionada ou
volume total produzido.

FIXOS VARIÁVEIS
26
Classificação de Gastos

São aqueles que, dentro


de um determinado
período, apresentam uma
parcela variável e outra
parcela fixa de custos.

MISTOS
27
R$ 3.500,00

R$ 3.000,00

R$ 2.500,00
Gasto

R$ 2.000,00

R$ 1.500,00

R$ 1.000,00

R$ 500,00

0
0 50 100 150 200 250 300 350
Quantidade 28
Exemplo prático

O mesmo restaurante de exemplos anteriores apresenta os seguintes


dados:
• Quantidade de pratos servidos: 3000/mês
• Custos fixos: R$ 12000,00
• Custos variáveis: R$ 15000,00
• Preço de venda por prato: R$ 10,00 por prato
• Capacidade: 5000 pratos por mês

Calcule o custo por prato.

29
Exemplo prático

O restaurante recebeu uma proposta de fornecimento de 1000


pratos feitos mensais a R$ 6,00 o prato.
A proposta é viável?

30
Classificação de Gastos
EXEMPLO
Objeto de Custo: Número de financiamentos habitacionais
DIRETOS INDIRETOS

VARIÁVEIS
Valores pagos ao engenheiro
Valore pago à empresa de telefonia
contrato para avaliação por
financiamento habitacional

Salário pago aos executivos para


Custo para organização de evento
FIXOS

desenvolvimento de campanhas de
de corrida comemorativo de
incentivo ao financiamento
aniversário do banco
habitacional

31
Principais referências utilizadas nessa aula

• Básica:

Eliseu, MARTINS,. Contabilidade de Custos, 11ª edição. Grupo GEN,


2018. [Minha Biblioteca].

Padoveze, Clóvis L. Contabilidade de custos. Cengage Learning Brasil,


2014. [Minha Biblioteca].

32
ATÉ A PRÓXIMA AULA!

33
Disciplina: Modelagem de Custos, Preços e Lucros para
Tomada de Decisão
Prof.ª Cristiane Tabosa

DRE E CUSTOS DIRETOS


Agenda

• Equação do lucro gerencial uniproduto


• Equação do lucro contábil uniproduto
• Equação do lucro contábil multiproduto
• Equação do lucro gerencial multiproduto
• DRE
• Material Direto
• Mão de Obra Direta

35
Equação do Lucro Gerencial Uniproduto

Na sua forma mais sintética, o Lucro (L) de um determinado período de operação


corresponde à Receita Líquida (RL) menos o Gasto Total (GT) do período:
L = RL – GT
A Receita Líquida (RL) é igual à Receita Bruta (RB) menos as Deduções e Impostos
sobre Vendas (DIV), O Gasto Total (GT), por sua vez, pode ser desdobrado em
Custo Total (CT) e Despesa Total (DT):
L = (RB – DIV) – CT – DT
Gerencialmente, o Custo Total (GT) pode ser desdobrado em Custo Variável Total
(CVT) e Custo Fixo Total (CFT). Por sua vez, a Despesa Total (DT) pode ser
desdobrada em Despesa Variável Total (CVT) e Despesa Fixa Total (CFT):
L = RL – CVT – CFT – DVT – DFT
Adaptado de Guerreiro (2006)
Equação do Lucro Gerencial Uniproduto
A Receita Líquida (RL) também pode ser encontrada a partir da
multiplicação entre o Preço de Venda Líquido (PV) do produto e a
Quantidade Produzida/Vendida (Q) do mesmo produto.
L = (PV × Q) – CVT – CFT – DVT – DFT
O Custo Variável Total (CVT) corresponde à multiplicação entre o Custo
Variável Unitário (CVU) do produto e a Quantidade Produzida (Q) do
mesmo produto:
L = (PV × Q) – (CVU × Q) – (DVU × Q) – CFT – DFT
Colocando (Q) em evidência, temos:
L = [(PV – CVU – DVU) × Q] – CFT – DFT
O Preço de Venda Líquido (PV) do produto subtraído do Custo Variável
Unitário (CVU) e da Despesa Variável Unitária (DVU) do produto, resulta
na Margem de Contribuição Unitária (MCU) do produto:
L = [MCU × Q] – CFT – DFT
Equação do Lucro Gerencial Uniproduto
A Margem de Contribuição Unitária (MCU) multiplicada pela
Quantidade Produzida e Vendida (Q) do mesmo produto resulta na
Margem de Contribuição Total (MCT) da empresa no período.
MCU × Q = MCT
Desta forma, o Lucro (L) da empresa para determinado período é dado
pela seguinte equação:

L = MCT – CFT – DFT


OBS: Lucro negativo = prejuízo

OBS: O LUCRO aqui exposto refere-se ao


Lucro Líquido Antes dos Impostos Incidentes sobre Renda (LAIR ou
LLAIR).
Equação do Lucro Gerencial Uniproduto
Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda do período (LAIR) = RL – GT
LAIR = (RB – DIV) – CT – DT (da Receita bruta, são descontados os Impostos e Deduções sobre Vendas
(DIV) para se obter a Receita Líquida)

LAIR = RL – CVT – CFT – DVT – DFT


LAIR = (PV × Q) – CVT – CFT – DVT – DFT
LAIR = (PV × Q) – (CVU × Q) – CFT – (DVU × Q) – DFT
LAIR = [(PV– CVU – DVU) × Q] – CFT – DFT
LAIR = [(MCU) × Q] – CFT – DFT
LAIR = MCT – CFT – DFT

GT = Gasto Total (do período) CFT = Custo Fixo Total (do período) CVU = Custo Variável Unitário
RL = Receita Líquida (total do período) DVT = Despesa Variável Total (do período) DVU = Despesa Variável Unitária
CT = Custo Total (do período) DFT = Despesa Fixa Total (do período) MCU = Margem de Contribuição Unitária
DT = Despesa Total (do período) PV = Preço de Venda Líquido MCT = Margem de Contribuição Total (do39período)
CVT = Custo Variável Total (do período) Q = Quantidade Produzida e Vendida
Equação do Lucro Contábil Uniproduto
Na sua forma mais sintética, o Lucro (Líquido Antes dos Impostos Incidentes
sobre Renda - LAIR) de um determinado período de operação corresponde à
Receita (RL) menos o Gasto Total (GT) do período:
LAIR = RL – GT
A Receita Líquida (RL) é igual à Receita Bruta (RB) menos as Deduções e Impostos
sobre Vendas (DIV), O Gasto Total (GT), por sua vez, pode ser desdobrado em
Custo Total (CT) e Despesa Total (DT):
LAIR = (RB – DIV) – CT – DT
Contabilmente, o Custo Total (CT) pode ser desdobrado em Custo de Material
Direto (MD), Custo de Mão de Obra Direta (MOD) e Custos Indiretos de
Fabricação (CIF):
LAIR = RL – MD – MOD – CIF – DT

Adaptado de Guerreiro (2006)


Equação do Lucro Contábil Uniproduto
A Receita Líquida (RL) também pode ser encontrada a partir da multiplicação entre o Preço
de Venda Líquido (PV) do produto e a Quantidade Produzida/Vendida (Q) do mesmo
produto. Então, teremos:
LAIR = (PV × Q) – MD – MOD – CIF – DT
Contabilmente, o Custo de Material Direto (MD), o Custo de Mão de Obra Direta (MOD) e o
Custo Indireto de Fabricação (CIF) podem ser expressos em termos unitários (ex: por
unidade do produto). Desta forma, a equação contábil do lucro seria:
LAIR = (PV × Q) – (MDU × Q) – (MODU × Q) – (CIFU × Q) – DT
Obtido através
Colocando (Q) em evidência, teremos: de RATEIO!
LAIR = (PV – MDU – MODU – CIFU) × Q – DT
O Preço de Venda Líquido (PV) do produto subtraído do Custo Unitário de Material Direto
(MDU), do Custo Unitário de Mão de Obra Direta (MODU) e do Custo Indireto de Fabricação
Unitário (CIFU) do produto, resulta na
Margem Bruta Unitária (MBU) do produto. Desta forma, teremos:
LAIR = [(MBU) × Q] – DT
Equação do Lucro Contábil Uniproduto
A Margem Bruta Unitária (MCU) multiplicada pela Quantidade Produzida e
Vendida (Q) do mesmo produto resulta na Margem Bruta Total (MBT) da
empresa no período.
MBU × Q = MBT
Desta forma, o Lucro (LAIR) da empresa para determinado período é dado
pela seguinte equação:

LAIR = MBT – DT
OBS: Lucro negativo = prejuízo

OBS 1: A MBT também é chamada de Lucro Operacional Bruto (LOP);


Equação do Lucro Contábil Uniproduto
Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda do período (LAIR) = RB – GT
LAIR = (RB – DIV) – CT – DT (da Receita bruta, são descontados os Impostos e Deduções sobre
Vendas (DIV) para se obter a Receita Líquida)

LAIR = RL – MD – MOD – CIF – DT


LAIR = (PV × Q) – MD – MOD – CIF – DT
LAIR = (PV × Q) – (MDU × Q) – (MODU × Q) – (CIFU × Q) – DT
LAIR = [(PV– MDU – MODU – CIFU) × Q] – DT
LAIR = [(MBU) × Q] – DT
LAIR = MBT – DT
OBS: DT pode ser dividida em DVT e DFT

GT = Gasto Total (do período) CFT = Custo Fixo Total (do período) CVU = Custo Variável Unitário
RL = Receita Líquida (total do período) DVT = Despesa Variável Total (do período) DVU = Despesa Variável Unitária
CT = Custo Total (do período) DFT = Despesa Fixa Total (do período) MCU = Margem de Contribuição Unitária
DT = Despesa Total (do período) PV = Preço de Venda Líquido MCT = Margem de Contribuição Total (do43período)
CVT = Custo Variável Total (do período) Q = Quantidade Produzida e Vendida
Equação do Lucro Gerencial Multiproduto
Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda do período (LAIR) = RL – GT
LAIR = (RB – DIV) – CT – DT (da Receita bruta, são descontados os Impostos e Deduções sobre
Vendas (DIV) para se obter a Receita Líquida)

LAIR = RL – (CVT + CFT) – (DVT + DFT)


LAIR = (∑PVi × Qi) – (∑CVUi × Qi) – (∑DVUi × Qi) – CFT – DFT
LAIR = (∑MCUi × Qi ) – CFT - DFT
LAIR = MCT – CFT – DFT
OBS: LAIR ou LLAIR negativo = prejuízo

GT = Gasto Total (do período) CFT = Custo Fixo Total (do período) CVU = Custo Variável Unitário
RL = Receita Líquida (total do período) DVT = Despesa Variável Total (do período) DVU = Despesa Variável Unitária
CT = Custo Total (do período) DFT = Despesa Fixa Total (do período) MCU = Margem de Contribuição Unitária
DT = Despesa Total (do período) PV = Preço de Venda Líquido MCT = Margem de Contribuição Total (do44período)
CVT = Custo Variável Total (do período) Q = Quantidade Produzida e Vendida
Equação do Lucro Contábil Multiproduto
Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda do período (LAIR) = RB – GT
LAIR = (RB – DIV) – CT – DT (da Receita bruta, são descontados os Impostos e Deduções sobre
Vendas (DIV) para se obter a Receita Líquida)

LAIR = RL – (MD + MOD + CIF) – DT


LAIR = (∑PVi × Qi) – (∑MDUi × Qi) – (∑MODUi × Qi) – (∑CIFUi × Qi) – DT
LAIR = ∑[(PVi – MDUi – MODUi – CIFUi) × Qi] – DT
LAIR = ∑(MBUi × Qi) – DT
LAIR = MBT – DT
OBS: LAIR ou LLAIR negativo = prejuízo; DT pode ser dividida em DVT e DFT

GT = Gasto Total (do período) CFT = Custo Fixo Total (do período) CVU = Custo Variável Unitário
RL = Receita Líquida (total do período) DVT = Despesa Variável Total (do período) DVU = Despesa Variável Unitária
CT = Custo Total (do período) DFT = Despesa Fixa Total (do período) MCU = Margem de Contribuição Unitária
DT = Despesa Total (do período) PV = Preço de Venda Líquido MCT = Margem de Contribuição Total (do45período)
CVT = Custo Variável Total (do período) Q = Quantidade Produzida e Vendida
Demonstração do Resultado do Exercício

46
EXERCÍCIO 01

A empresa Plastic SA é uma pequena fábrica que manufatura um tipo específico de mesa para restaurantes. A estrutura de
custos, a capacidade da fábrica e o preço de venda da mesa são dados a seguir:

• PV = R$ 100,00 / mesa
• Capacidade máxima da fábrica = 150 unidades / mês
• CFT = R$ 3.000,00 / mês
• CVU = R$ 50,00 / und

O proprietário da fábrica, Sr. Geraldo, pede auxílio a um sobrinho que é Engenheiro de Produção para realizar as seguintes
atividades:

1. Considerando o intervalo entre 1 e 150 unidades de produção e venda, construir gráficos que representem: CVT, CVU,
CFT e CFU.
2. Quantificar o Prejuízo e o Lucro Bruto máximos mensais que se pode obter na fábrica.
3. A um nível de produção/vendas de 100 unidades, calcular a MCU da mesa e a MCT da empresa.
4. Se a empresa for lucrativa, identificar o nível de produção a partir do qual a empresa começa a gerar lucro (LAIR 
representar graficamente).
47
EXERCÍCIO 02
A empresa Platit Ltda. pretende adquirir uma nova máquina que possibilitará a produção de mais dois tipos de produtos (A e B) com preços
de venda projetados de, respectivamente, R$ 30,00 e R$ 25,00 por unidade. A equipe de pesquisa de mercado estimou uma demanda de
12000 unidades para o produto A e 10000 para o B. Considere uma alíquota de deduções e impostos (ICMS, IPI e PIS/CONFINS) de 30% sobre
as vendas, sendo que 20% representa impostos recuperáveis e os demais não recuperáveis. Abaixo o diagrama de montagem com cinco
operações produtivas:

OP 2 OP 1 MP1
PV= R$ 30,00 5 min/un. 1 min/un. (1 un.)
12000 OP 5 R$ 4/un.
3 min/un.
un./mês OP 4 OP 3 MP2
PRODUTO A 2 min/un. 2 min/un. (2 un.)
R$ 2/un.

OP 2 MP1
OP 1 (1 un.)
4,5
PV= R$ 25,00 OP 5 min/un.
1 min/un. R$ 4/un.
10000 1,5 MP2
un./mês min/un. OP 4 OP 2 (2 un.)
PRODUTO B 2 min/un. 1 min/un. R$
1,5/un.

Cada operário (MOD) recebem R$15 por hora trabalhada e são polivalentes. Considere os custos de material e de mão de obra como variáveis e
diretos. Os custos indiretos de fabricação completam um total de R$ 60.000 por mês. A despesa fixa mensal é de R$15.000 e a empresa conta,
ainda, com um representante de vendas que recebe um salário mensal fixo de R$ 1.000 mais uma comissão de 0,1% sobre o preço de venda
por produto vendido. 48
Apuração de Custos

Consiste em identificar todos os componentes e variáveis que permitam


determinar o valor agregado que represente adequadamente o custo do
recurso utilizado. Devem ser identificados:

• o custo básico do recurso


• os impostos não recuperáveis
• os impostos recuperáveis
• gastos complementares associados ao recurso
• aspectos financeiros de transações a prazo 49
Custo de Material Direto - MD

É o custo de qualquer material diretamente identificável com o produto e que se


torne parte integrante dele.
Os principais tipos de material direto são:

MATÉRIA-PRIMA MATERIAL SECUNDÁRIO


Principal material que entra na
Não é componente básico na
composição do produto final. Sofre a
composição do produto, mas podem ser
transformação no processo de
perfeitamente identificável ao produto.
fabricação.

EMBALAGENS
Materiais utilizados para embalagem do
produto ou seu acondicionamento para
remessa. Com fácil identificação com o
produto 50
Custo de Material Direto - MD

Algumas questões relacionadas a materiais em uma empresa...

Qual montante atribuir quando vários lotes são comprados por preços
diferentes?

O que fazer com o custo do setor de compras?

Como tratar tributos relacionados a compra?

51
Critérios de Avaliação de Materiais

MÉDIA PONDERADA MÓVEL Controle constante dos estoques com atualização de preço médio após cada aquisição.

MÉDIA PONDERADA FIXA Cálculo do preço médio após encerramento do período ou quando a empresa decide
apropriar todos os produtos no exercício, preço único por unidade.
PEPS (FIFO) O primeiro a entrar é o primeiro a sair. O material utilizado é custeado pelos preços mais
antigos.

UEPS (LIFO) O último a entrar é o primeiro a sair. Tendência de apropriação de custos mais recentes aos
produtos feitos. 52
EXERCÍCIO 03

A Comercial Ouro Fino Ltda., durante o mês de agosto de 2022, efetuou as seguintes operações
de compra e venda da cachaça Velho Porto:

(Data 1) Saldo inicial de 20 unidades ao custo unitário de R$ 20;


(Data 2) Compra de 20 unidades ao custo unitário de R$ 30;
(Data 3) Venda de 10 unidades pelo total de R$ 500;
(Data 4) Venda de 20 unidades pelo total de R$ 1.000;
(Data 5) Compra de 30 unidades ao custo unitário de R$ 35;
(Data 6) Venda de 10 unidades pelo total de R$ 500.

Pede-se:
- Contabilizar os fatos que envolvem mercadorias, utilizando os critérios/métodos de avaliação
PEPS, UEPS e CMP.
- Calcular o Imposto de Renda (30%) que a empresa pagaria com base em cada um dos critérios
(despesas = R$0,00).

53
Composição do Custo de Material

Preço bruto ao fornecedor


+ Impostos não recuperáveis
+ Frete e seguro no transporte
+ Armazenamento e manuseio
- Impostos recuperáveis
- Desconto Comercial
- Abatimentos
54
Conceito

MÃO-DE-OBRA DIRETA

Relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o


produto em elaboração, desde que seja possível a
mensuração do tempo despendido e a identificação
de quem executou o trabalho, sem necessidade de
qualquer apropriação indireta ou rateio.

55
MÃO-DE-OBRA DIRETA X MÃO-DE-OBRA
INDIRETA
Ocorre, muitas vezes, haver a possibilidade de a empresa medir a mão de
obra direta, mas, por razões econômicas, não o fazer.

Essas razões de desistência de medição podem ser:


• pequeno valor da mão de obra direta, inexistindo interesse de mensuração mais
apurada;
• custo elevado para se fazer a medição;
• dificuldade de se processar a mensuração.

56
MÃO-DE-OBRA DIRETA X MÃO-DE-OBRA
INDIRETA
Devido à evolução das tecnologias de produção, há uma tendência
cada vez mais forte à redução da proporção de Mão-de-obra direta
no custo dos produtos.

Exemplos comuns de Mão-de-obra Direta:


torneiro, prensista, soldador, cortador, pintor etc.

Exemplos comuns de Mão-de-obra Indireta:


supervisor, encarregado de setor, pessoal da manutenção, etc.

57
COMPOSIÇÃO DA MÃO-DE-OBRA DIRETA

Precisa-se calcular para cada empresa/ departamento, dependendo da forma de contrato de


trabalho. A composição mais comum contem os seguintes itens:
• Salário (remuneração/hora) • Repousos semanais remunerados
• Férias
• 13º salário
• Contribuição ao INSS
• Remuneração dos feriados
• Faltas abonadas
• Contribuições sindicais
• Direitos garantidos por acordos ou convenções
coletivas de trabalho
58
EXEMPLO

Suponhamos que um operário seja contratado por $10,00 por hora com jornada de trabalho
de 44 h/semanais (sem considerar horas extras), considerando semana de seis dias. Qual o
custo total anual para o empregador e o custo hora do operário?

I) Calcular o número de horas que o trabalhador pode oferecer:


Número total de dias por ano

(-) Repousos Semanais Remunerados

(-) Férias

(-) Feriados

(=) Número de dias à disposição do empregador

× jornada máxima diária (em horas)

(=) Número de horas à disposição, por ano 59


EXEMPLO

Suponhamos que um operário seja contratado por $10,00 por hora com jornada de trabalho
de 44 h/semanais (sem considerar horas extras), considerando semana de seis dias. Qual o
custo total anual para o empregador e o custo hora do operário?

II) Calcular da remuneração anual do trabalhador:


/Salários

Repousos Semanais

Férias

13º Salário

Adicional Constitucional de Férias

Feriados

Total 60
EXEMPLO

Suponhamos que um operário seja contratado por $10,00 por hora com jornada de trabalho
de 44 h/semanais (sem considerar horas extras), considerando semana de seis dias. Qual o
custo total anual para o empregador e o custo hora do operário?
III) Calcular o custo total anual para o empregador Percentuais de recolhimento de contribuições:
Previdência Social 20,0 %
Fundo de Garantia 8,0 %
Seguro – acidentes do trabalho 3,0 %
Salário – educação 2,5 %
SESI ou SESC 1,5 %
IV) Calcular o custo-hora SENAI ou SENAC 1,0 %
INCRA 0,2 %
SEBRAE 0,6 %
Total 36,8 %

61
EXEMPLO

Caso o salário mensal fosse considerado, seria preciso


considerar o fato de que descansos semanais remunerados,
feriados e faltas abonadas já estariam incluídos no salário.
Um exemplo está apresentado na tabela seguinte:
Principais referências utilizadas nessa aula

• Básica:

Eliseu, MARTINS,. Contabilidade de Custos, 11ª edição. Grupo GEN, 2018.


[Minha Biblioteca].

Padoveze, Clóvis L. Contabilidade de custos. Cengage Learning Brasil, 2014.


[Minha Biblioteca].

BRUNI, Adriano L.; FAMÁ, Rubens. Série Finanças na Prática - Gestão de


Custos e Formação de Preço, 7ª edição: Grupo GEN, 2019.[Minha
Biblioteca].

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ATÉ A PRÓXIMA AULA!

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