Título III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Capítulo I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa
do Brasil compreende a União, os estados, o Distrito Federal e os
municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a capital federal.
§ 2º Os territórios federais integram a União, e sua criação,
transformação em estado ou reintegração ao estado de origem serão
reguladas em lei complementar.
§ 3º Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos
estados ou territórios federais, mediante aprovação da população
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de
municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado
por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia,
mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e
publicados na forma da lei.
• Parágrafo 4º com redação dada pelo artigo único da EC nº 15/1996.
• Lei nº 10.521/2002: "Assegura a instalação de municípios criados por lei
estadual".
• Lei nº 9.709/1998: "Regulamenta a execução do disposto nos incisos I, II e III do
art. 14 da Constituição Federal".
• Ac.-TSE, de 22.10.2013, no PA nº 2830: impropriedade de realização de
plebiscito para definir criação, incorporação, fusão ou
desmembramento de município, enquanto não editada lei
complementar federal.
• Ac.-TSE, de 10.4.2012, no PA nº 14533: os requisitos para criação, incorporação,
fusão e desmembramento de municípios devem ser preenchidos
concomitantemente.
Art. 19. É vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos
municípios:
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-
lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público;
II – recusar fé aos documentos públicos;
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
Capítulo II
DA UNIÃO
Art. 20. São bens da União:
I – os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser
atribuídos;
II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das
fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação
e à preservação ambiental, definidas em lei;
III – os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu
domínio, ou que banhem mais de um estado, sirvam de limites com
outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele
provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV – as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países;
as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas,
as que contenham a sede de municípios, exceto aquelas áreas afetadas
ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art.
26, II;
• Inciso IV com redação dada pelo art. 1º da EC nº 46/2005.
V – os recursos naturais da plataforma continental e da zona
econômica exclusiva;
VI – o mar territorial;
VII – os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII – os potenciais de energia hidráulica;
IX – os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X – as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-
históricos;
XI – as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos estados, ao Distrito
Federal e aos municípios a participação no resultado da exploração de
petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de
energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território,
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou
compensação financeira por essa exploração.
• Parágrafo 1º com redação dada pelo art. 1º da EC nº 102/2019 e com produção
de efeitos a partir da execução orçamentária do exercício financeiro de 2020.
§ 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo
das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é
considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua
ocupação e utilização serão reguladas em lei.
Art. 21. Compete à União:
I – manter relações com estados estrangeiros e participar de
organizações internacionais;
II – declarar a guerra e celebrar a paz;
III – assegurar a defesa nacional;
IV – permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente;
V – decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção
federal;
VI – autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII – emitir moeda;
VIII – administrar as reservas cambiais do país e fiscalizar as operações
de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e
capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;
IX – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do
território e de desenvolvimento econômico e social;
X – manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou
permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que
disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão
regulador e outros aspectos institucionais;
• Inciso XI com redação dada pelo art. 1º da EC nº 8/1995.
XII – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou
permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
• Alínea a com redação dada pelo art. 1º da EC nº 8/1995.
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento
energético dos cursos de água, em articulação com os estados onde se
situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos
brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de
estado ou território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII – organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do
Distrito Federal e dos territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
• Inciso XIII com redação dada pelo art. 1º da EC nº 69/2012.
XIV – organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e
o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar
assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços
públicos, por meio de fundo próprio;
• Inciso XIV com redação dada pelo art. 1º da EC nº 104/2019.
XV – organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia,
geologia e cartografia de âmbito nacional;
XVI – exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões
públicas e de programas de rádio e televisão;
XVII – conceder anistia;
XVIII – planejar e promover a defesa permanente contra as
calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;
XIX – instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e
definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
XX – instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive
habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
XXI – estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de
viação;
XXII – executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de
fronteiras;
• Inciso XXII com redação dada pelo art. 1º da EC nº 19/1998.
XXIII – explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer
natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o
enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios
e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida
para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a
utilização de radioisótopos para pesquisa e uso agrícolas e industriais;
• Alínea b com redação dada pelo art. 1º da EC nº 118/2022.
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, a
comercialização e a utilização de radioisótopos para pesquisa e uso
médicos;
• Alínea c com redação dada pelo art. 1º da EC nº 118/2022.
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência
de culpa;
• Alínea d acrescida pelo art. 1º da EC nº 49/2006.
XXIV – organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV – estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade
de garimpagem, em forma associativa;
XXVI – organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados
pessoais, nos termos da lei.
• Inciso XXVI acrescido pelo art. 2º da EC nº 115/2022.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo,
aeronáutico, espacial e do trabalho;
II – desapropriação;
III – requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em
tempo de guerra;
IV – águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V – serviço postal;
VI – sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII – política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII – comércio exterior e interestadual;
IX – diretrizes da política nacional de transportes;
X – regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e
aeroespacial;
XI – trânsito e transporte;
XII – jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII – nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV – populações indígenas;
XV – emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de
estrangeiros;
XVI – organização do sistema nacional de emprego e condições para o
exercício de profissões;
XVII – organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e
dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como
organização administrativa destes;
• Inciso XVII com redação dada pelo art. 1º da EC nº 69/2012.
XVIII – sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX – sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX – sistemas de consórcios e sorteios;
XXI – normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias,
convocação, mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e
dos corpos de bombeiros militares;
• Inciso XXI com redação dada pelo art. 1º da EC nº 103/2019.
XXII – competência da polícia federal e das polícias rodoviária e
ferroviária federais;
XXIII – seguridade social;
XXIV – diretrizes e bases da educação nacional;
XXV – registros públicos;
XXVI – atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as
modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e
fundacionais da União, estados, Distrito Federal e municípios,
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III;
• Inciso XXVII com redação dada pelo art. 1º da EC nº 19/1998.
XXVIII – defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa
civil e mobilização nacional;
XXIX – propaganda comercial;
XXX – proteção e tratamento de dados pessoais.
• Inciso XXX acrescido pelo art. 3º da EC nº 115/2022.
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os estados a
legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste
artigo.
Art. 23. É competência comum da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios:
I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições
democráticas e conservar o patrimônio público;
II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das
pessoas portadoras de deficiência;
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os
sítios arqueológicos;
IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de
arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à
tecnologia, à pesquisa e à inovação;
• Inciso V com redação dada pelo art. 1º da EC nº 85/2015.
VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de
suas formas;
VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento
alimentar;
IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das
condições habitacionais e de saneamento básico;
X – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização,
promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de
pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus
territórios;
XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do
trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a
cooperação entre a União e os estados, o Distrito Federal e os
municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-
estar em âmbito nacional.
• Parágrafo único com redação dada pelo art. 1º da EC nº 53/2006.
Art. 24. Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
III – juntas comerciais;
IV – custas dos serviços forenses;
V – produção e consumo;
VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do
solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da
poluição;
VII – proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e
paisagístico;
VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico;
IX – educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa,
desenvolvimento e inovação;
• Inciso IX com redação dada pelo art. 1º da EC nº 85/2015.
X – criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI – procedimentos em matéria processual;
XII – previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII – assistência jurídica e defensoria pública;
XIV – proteção e integração social das pessoas portadoras de
deficiência;
XV – proteção à infância e à juventude;
XVI – organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União
limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não
exclui a competência suplementar dos estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Capítulo III
DOS ESTADOS FEDERADOS
Art. 25. Os estados organizam-se e regem-se pelas constituições e leis
que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos estados as competências que não lhes sejam
vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os
serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de
medida provisória para a sua regulamentação.
• Parágrafo 2º com redação dada pelo artigo único da EC nº 5/1995.
§ 3º Os estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas
por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de
interesse comum.
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos estados:
I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de
obras da União;
II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu
domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, municípios ou
terceiros;
III – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
Art. 27. O número de deputados à Assembleia Legislativa
corresponderá ao triplo da representação do estado na Câmara dos
Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de
tantos quantos forem os deputados federais acima de doze.
• V. nota ao art. 45, § 1º, desta Constituição sobre o Ac.-STF, de 28.8.2023, na ADO
nº 38.
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos deputados estaduais,
aplicando-se-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral,
inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença,
impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
§ 2º O subsídio dos deputados estaduais será fixado por lei de iniciativa
da Assembleia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por
cento daquele estabelecido, em espécie, para os deputados federais,
observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153,
§ 2º, I.
• Parágrafo 2º com redação dada pelo art. 2º da EC nº 19/1998.
§ 3º Compete às assembleias legislativas dispor sobre seu regimento
interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os
respectivos cargos.
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo
estadual.
Art. 28. A eleição do governador e do vice-governador de estado, para
mandato de 4 (quatro) anos, realizar-se-á no primeiro domingo de
outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em
segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato
de seus antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano
subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 desta
Constituição.
• Caput com redação dada pelo art. 1º da EC nº 111/2021.
• EC nº 111/2021, art. 4º: “O presidente da República e os governadores de estado
e do Distrito Federal eleitos em 2022 tomarão posse em 1º de janeiro de 2023, e
seus mandatos durarão até a posse de seus sucessores, em 5 e 6 de janeiro de
2027, respectivamente”.
• EC nº 111/2021, art. 5º: a alteração relativa à data de posse de governador e vice-
governador será aplicada a partir das eleições de 2026.
§ 1º Perderá o mandato o governador que assumir outro cargo ou
função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse
em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e
V.
• Parágrafo único numerado como § 1º pelo art. 2º da EC nº
19/1998.
§ 2º Os subsídios do governador, do vice-governador e dos secretários
de estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa,
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, §
2º, I.
• Parágrafo 2º acrescido pelo art. 2º da EC nº 19/1998.
Capítulo IV
DOS MUNICÍPIOS
Art. 29. O município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos,
com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos
membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os
princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo estado e os seguintes preceitos:
I – eleição do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores, para mandato
de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o
país;
• Ac.-TSE, de 11.10.2011, no MS nº 162058: se inexiste disposição
específica na Lei Orgânica Municipal sobre a modalidade da
eleição suplementar, eleições diretas devem ser realizadas, ainda
que a dupla vacância dos cargos de prefeito e vice-prefeito se dê
no segundo biênio da legislatura.
• Ac.-TSE, de 1º.3.2011, no MS nº 3969103: inexistência de distinção entre
município criado e município instalado, pelo que descabe a realização de pleito
específico para instituir vigência de mandato mais curto.
II – eleição do prefeito e do vice-prefeito realizada no primeiro domingo
de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam
suceder, aplicadas as regras do art. 77 no caso de municípios com mais
de duzentos mil eleitores;
• Inciso II com redação dada pelo art. 1º da EC nº 16/1997.
• V. EC nº 107/2020, art. 1º, caput e § 4º: adia as eleições municipais de
outubro de 2020 para o dia 15 de novembro, em primeiro turno, e para
o dia 29 de novembro, em segundo turno, onde houver. No caso de
impedimentos devido às condições de ordens sanitárias de um estado
ou município não permitirem a realização das eleições nas datas
indicadas, poderá ser designada nova data para a realização do pleito,
tendo como data-limite o dia 27 de dezembro de 2020.
III – posse do prefeito e do vice-prefeito no dia 1º de janeiro do ano
subsequente ao da eleição;
IV – para a composição das câmaras municipais, será observado o
limite máximo de:
• Inciso IV com redação dada pelo art. 1º da EC nº 58/2009.
a) 9 (nove) vereadores, nos municípios de até 15.000 (quinze mil)
habitantes;
b) 11 (onze) vereadores, nos municípios de mais de 15.000 (quinze mil)
habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes;
c) 13 (treze) vereadores, nos municípios com mais de 30.000 (trinta mil)
habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes;
• Alíneas a a c com redação dada pelo art. 1º da EC nº 58/2009.
d) 15 (quinze) vereadores, nos municípios de mais de 50.000 (cinquenta
mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes;
e) 17 (dezessete) vereadores, nos municípios de mais de 80.000 (oitenta
mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;
f) 19 (dezenove) vereadores, nos municípios de mais de 120.000 (cento
e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento e sessenta mil)
habitantes;
g) 21 (vinte e um) vereadores, nos municípios de mais de 160.000 (cento
e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes;
h) 23 (vinte e três) vereadores, nos municípios de mais de 300.000
(trezentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta
mil) habitantes;
i) 25 (vinte e cinco) vereadores, nos municípios de mais de 450.000
(quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos
mil) habitantes;
j) 27 (vinte e sete) vereadores, nos municípios de mais de 600.000
(seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos e cinquenta
mil) habitantes;
k) 29 (vinte e nove) vereadores, nos municípios de mais de 750.000
(setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos
mil) habitantes;
l) 31 (trinta e um) vereadores, nos municípios de mais de 900.000
(novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta
mil) habitantes;
m) 33 (trinta e três) vereadores, nos municípios de mais de 1.050.000
(um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e
duzentos mil) habitantes;
n) 35 (trinta e cinco) vereadores, nos municípios de mais de 1.200.000
(um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e
trezentos e cinquenta mil) habitantes;
o) 37 (trinta e sete) vereadores, nos municípios de 1.350.000 (um
milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um
milhão e quinhentos mil) habitantes;
p) 39 (trinta e nove) vereadores, nos municípios de mais de 1.500.000
(um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão
e oitocentos mil) habitantes;
q) 41 (quarenta e um) vereadores, nos municípios de mais de 1.800.000
(um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois
milhões e quatrocentos mil) habitantes;
r) 43 (quarenta e três) vereadores, nos municípios de mais de 2.400.000
(dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três
milhões) de habitantes;
s) 45 (quarenta e cinco) vereadores, nos municípios de mais de
3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro
milhões) de habitantes;
t) 47 (quarenta e sete) vereadores, nos municípios de mais de 4.000.000
(quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de
habitantes;
u) 49 (quarenta e nove) vereadores, nos municípios de mais de
5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis
milhões) de habitantes;
v) 51 (cinquenta e um) vereadores, nos municípios de mais de 6.000.000
(seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de
habitantes;
w) 53 (cinquenta e três) vereadores, nos municípios de mais de
7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões)
de habitantes; e
x) 55 (cinquenta e cinco) vereadores, nos municípios de mais de
8.000.000 (oito milhões) de habitantes;
• Alíneas d a x acrescidas pelo art. 1º da EC nº 58/2009.
V – subsídios do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários municipais
fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que
dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
• Inciso V com redação dada pelo art. 2º da EC nº 19/1998.
VI – o subsídio dos vereadores será fixado pelas respectivas câmaras
municipais em cada legislatura para a subsequente, observado o que
dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na
respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos:
• Inciso VI com redação dada pelo art. 1º da EC nº 25/2000.
• Ac.-TSE, de 18.12.2012, no REspe nº 9307: pagamento a maior de
subsídio a vereadores, em descumprimento aos limites dispostos
neste inciso, constitui irregularidade insanável e ato doloso de
improbidade administrativa, atraindo a inelegibilidade prevista no
art. 1º, I, g, da LC nº 64/1990.
a) em municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos
vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos deputados
estaduais;
b) em municípios de dez mil e um a cinquenta mil habitantes, o subsídio
máximo dos vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio
dos deputados estaduais;
c) em municípios de cinquenta mil e um a cem mil habitantes, o
subsídio máximo dos vereadores corresponderá a quarenta por cento
do subsídio dos deputados estaduais;
d) em municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o
subsídio máximo dos vereadores corresponderá a cinquenta por cento
do subsídio dos deputados estaduais;
e) em municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o
subsídio máximo dos vereadores corresponderá a sessenta por cento
do subsídio dos deputados estaduais;
f) em municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio
máximo dos vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do
subsídio dos deputados estaduais;
• Alíneas a a f acrescidas pelo art. 1º da EC nº 25/2000.
VII – o total da despesa com a remuneração dos vereadores não
poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do
município;
• Inciso VII acrescido pelo art. 2º da EC nº 1/1992.
VIII – inviolabilidade dos vereadores por suas opiniões, palavras e votos
no exercício do mandato e na circunscrição do município;
• Ac.-TSE, de 2.9.2021, no AgR-REspEl nº 1053: a imunidade parlamentar não
alcança os fatos relacionados à campanha eleitoral.
• Ac.-TSE, de 11.9.2014, no RO nº 1591951: no uso da tribuna, é absoluta a
imunidade material por opiniões, palavras e votos externados por membro de
Casa Legislativa.
IX – proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança,
similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os
membros do Congresso Nacional e, na Constituição do respectivo
estado, para os membros da Assembleia Legislativa;
X – julgamento do prefeito perante o Tribunal de Justiça;
• Os incisos VIII, IX e X correspondem, respectivamente, aos
primitivos incisos VI, VII e VIII, renumerados pelo art. 2º da EC nº
1/1992.
• Ac.-TSE, de 2.5.2012, no HC nº 5003: a assunção ao cargo de prefeito, no curso de
processo criminal eleitoral, desloca a competência para o TRE, mas não invalida
os atos praticados por juiz de primeiro grau ao tempo em que era competente;
Ac.-TSE, de 7.10.2003, no HC nº 469: competência do TRE para processar e julgar
prefeito por crime eleitoral; Ac.-TSE, de 15.9.2005, nos HC nºs 519 e 520: cessa a
prerrogativa de foro com a cessação do mandato.
• Ac.-TSE, de 18.2.2020, no AgR-AI nº 48367: “O foro por prerrogativa de função se
aplica apenas aos acusados de crimes praticados durante o exercício do cargo
público e relacionados às funções desempenhadas.”
• Ac.-TSE, de 15.10.2015, no HC nº 36878 e, de 14.10.2014, no HC nº
106888: a instauração de inquérito policial para apurar suposto crime
praticado por detentor de foro por prerrogativa de função depende de
supervisão judicial do órgão competente.
XI – organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara
Municipal;
XII – cooperação das associações representativas no planejamento
municipal;
XIII – iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do
município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo
menos, cinco por cento do eleitorado;
XIV – perda do mandato do prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo
único.
• O parágrafo único mencionado foi numerado como § 1º pelo art.
2º da EC nº 19/1998.
Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos
os subsídios dos Vereadores e os demais gastos com pessoal inativo e
pensionistas, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos
ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5º
do art. 153 e nos arts. 158 e 159 desta Constituição, efetivamente
realizado no exercício anterior:
• Art. 29-A com redação dada pelo art. 1º da EC nº 109/2021.
• Ac.-TSE, de 1º.6.2017, no AgR-REspe nº 44196 e, de 2.4.2013, no AgR-
REspe nº 32679: a extrapolação do limite estabelecido pelo art. 29-A da
CF/1988 caracteriza irregularidade insanável que constitui ato doloso de
improbidade administrativa.
• Ac.-TSE, de 19.11.2008, no REspe nº 31012: a inobservância dos
limites de gastos previstos nos incisos deste artigo atrai a
inelegibilidade prevista no art. 1º, I, g, da LC nº 64/1990, por
configurar irregularidade insanável.
I – 7% (sete por cento) para municípios com população de até 100.000
(cem mil) habitantes;
II – 6% (seis por cento) para municípios com população entre 100.000
(cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes;
III – 5% (cinco por cento) para municípios com população entre 300.001
(trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes;
IV – 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para municípios
com população entre 500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três
milhões) de habitantes;
• Incisos I a IV com redação dada pelo art. 2º da EC nº 58/2009.
V – 4% (quatro por cento) para municípios com população entre
3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;
VI – 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para municípios com
população acima de 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes.
• Incisos V e VI acrescidos pelo art. 2º da EC nº 58/2009.
§ 1º A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua
receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de
seus vereadores.
§ 2º Constitui crime de responsabilidade do prefeito municipal:
I – efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo;
II – não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou
III – enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei
Orçamentária.
§ 3º Constitui crime de responsabilidade do presidente da Câmara
Municipal o desrespeito ao § 1º deste artigo.
• Parágrafos 1º a 3º acrescidos pelo art. 2º da EC nº 25/2000.
Art. 30. Compete aos municípios:
I – legislar sobre assuntos de interesse local;
II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como
aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas
e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV – criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação
estadual;
V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de
transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do
estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental;
• Inciso VI com redação dada pelo art. 1º da EC nº 53/2006.
VII – prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do
estado, serviços de atendimento à saúde da população;
VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial,
mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da
ocupação do solo urbano;
IX – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local,
observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
Art. 31. A fiscalização do município será exercida pelo Poder Legislativo
Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle
interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
• Ac.-TSE, de 29.9.2016, no REspe nº 4682: a posição firmada pelo STF, no RE nº
848.826/CE e no RE nº 729.744/MG, de que compete à Câmara Municipal julgar
contas prestadas pelo chefe do Poder Executivo não se estende aos casos de
convênio entre municípios e União, em face do disposto no art. 71, VI, desta
Constituição.
• Ac.-STF, de 10.8.2016, no RE nº 848.826: a apreciação das contas dos prefeitos,
tanto as de governo quanto as de gestão, será feita pelas câmaras municipais
com o auxílio dos tribunais de contas competentes, cujo parecer prévio somente
deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos vereadores.
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o
auxílio dos tribunais de contas dos estados ou do município ou dos
conselhos ou tribunais de contas dos municípios, onde houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas
que o prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por
decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
• Ac.-TSE, de 15.12.2016, no REspe nº 12535: “O parecer prévio exarado pela Corte
de Contas qualifica-se juridicamente como condição de procedibilidade para o
julgamento das contas do Chefe do Executivo local pelo Poder Legislativo”.
• V. nota ao caput deste artigo sobre o Ac.-STF, de 10.8.2016, no RE nº
848.826.
• Ac.-TSE, de 16.12.2008, no REspe nº 29540 e, de 30.9.2008, no
REspe nº 29684: a edição de decreto legislativo que rejeita as
contas do chefe do Poder Executivo Municipal, devidamente
antecedido de parecer de Corte ou conselho de contas,
impossibilita à Câmara Municipal proferir novo decreto
desconsiderando o anterior e aprovando as contas; v., contudo,
Ac.-TSE, de 22.10.2009, no REspe nº 35476: possibilidade de a
Câmara Municipal declarar a nulidade do decreto legislativo em
razão de vício de natureza formal; Res.-TSE nº 23258/2010:
afronta este dispositivo constitucional a mera revogação do
decreto legislativo por critérios de oportunidade e conveniência;
Ac.-TSE, de 16.12.2010, no AgR-RO nº 173170: ineficácia de
decreto legislativo que revoga outro sem nenhuma motivação.
• Ac.-TSE, de 26.11.2008, no REspe nº 33280 e, de 6.11.2008, no
REspe nº 31111: impossibilidade de aprovação do parecer da
Corte de Contas pelo mero decurso do prazo conferido à Câmara
Municipal para julgamento; v. ainda Ac.-TSE, de 10.11.2009, no
REspe nº 35791 e, de 19.9.2006, no RO nº 1247: a rejeição de
contas de prefeito em razão do decurso do prazo conferido à
Câmara Municipal para apreciar o parecer do Tribunal de Contas
não atrai a inelegibilidade cominada neste dispositivo.
§ 3º As contas dos municípios ficarão, durante sessenta dias,
anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e
apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos
da lei.
§ 4º É vedada a criação de tribunais, conselhos ou órgãos de contas
municipais.
Capítulo V
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
Seção I
DO DISTRITO FEDERAL
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em municípios, reger-se-
á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez
dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas
reservadas aos estados e municípios.
§ 2º A eleição do governador e do vice-governador, observadas as
regras do art. 77, e dos deputados distritais coincidirá com a dos
governadores e deputados estaduais, para mandato de igual duração.
§ 3º Aos deputados distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto
no art. 27.
• V. nota ao art. 45, § 1º, desta Constituição sobre o Ac.-STF, de 28.8.2023, na ADO
nº 38.
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo governo do Distrito
Federal, da polícia civil, da polícia penal, da polícia militar e do corpo de
bombeiros militar.
• Parágrafo 4º com redação dada pelo art. 2º da EC nº 104/2019.
Seção II
DOS TERRITÓRIOS
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos
territórios.
§ 1º Os territórios poderão ser divididos em municípios, aos quais se
aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.
§ 2º As contas do governo do Território serão submetidas ao Congresso
Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
§ 3º Nos territórios federais com mais de cem mil habitantes, além do
governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos
judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério
Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições
para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
Capítulo VI
DA INTERVENÇÃO
Art. 34. A União não intervirá nos estados nem no Distrito Federal,
exceto para:
I – manter a integridade nacional;
II – repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em
outra;
III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV – garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da
Federação;
V – reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos
consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos municípios receitas tributárias fixadas nesta
Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde.
• Alínea e com redação dada pelo art. 1º da EC nº 29/2000.
Art. 35. O estado não intervirá em seus municípios, nem a União nos
municípios localizados em Território Federal, exceto quando:
I – deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos
consecutivos, a dívida fundada;
II – não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde;
• Inciso III com redação dada pelo art. 2º da EC nº 29/2000.
• V. EC nº 119/2022, art. 2º, parágrafo único: inaplicabilidade dos efeitos previstos
neste inciso nos exercícios financeiros de 2020 e 2021.
IV – o Tribunal de Justiça der provimento a representação para
assegurar a observância de princípios indicados na Constituição
Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão
judicial.
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
I – no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder
Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal
Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
II – no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de
requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça
ou do Tribunal Superior Eleitoral;
III – de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação
do procurador-geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso
de recusa à execução de lei federal;
• Inciso III com redação dada pelo art. 1º da EC nº 45/2004.
IV – (Revogado pelo art. 9º da EC nº 45/2004).
§ 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e
as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor,
será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia
Legislativa do estado, no prazo de vinte e quatro horas.
§ 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia
Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de
vinte e quatro horas.
§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a
apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o
decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa
medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
§ 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de
seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.
Capítulo VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
• Ac.-TSE, de 7.8.2014, no R-Rp nº 76914: imprescindibilidade da máxima
publicidade prevista neste artigo para garantir o controle eficaz sobre as ações
do Estado.
I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim
como aos estrangeiros, na forma da lei;
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
• Caput e incisos I e II com redação dada pelo art. 3º da EC nº
19/1998.
III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos,
prorrogável uma vez, por igual período;
IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação,
aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos
será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir
cargo ou emprego, na carreira;
V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento;
• Inciso V com redação dada pelo art. 3º da EC nº 19/1998.
VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação
sindical;
VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos
em lei específica;
• Inciso VII com redação dada pelo art. 3º da EC nº 19/1998.
VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as
pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua
admissão;
IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público;
X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o §
4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei
específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada
revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
• Inciso X com redação dada pelo art. 3º da EC nº 19/1998.
XI – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional,
dos membros de qualquer dos poderes da União, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios, dos detentores de mandato eletivo e
dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão
exceder o subsídio mensal, em espécie, dos ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos municípios, o subsídio
do prefeito, e nos estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do
governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos deputados
estaduais e distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e
vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos
ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos
procuradores e aos defensores públicos;
• Inciso XI com redação dada pelo art. 1º da EC nº 41/2003.
• Ac.-TSE, de 10.4.2023, no REspEl nº 3176369 e, de 23.9.2021, no REspEl nº 59250:
incidência do teto constitucional previsto neste inciso sobre o somatório da
remuneração ou provento e pensão percebidos se a morte do instituidor da
pensão ocorrer em momento posterior ao da EC nº 19, de 4.6.1998.
XII – os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder
Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XIII – é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço
público;
• Inciso XIII com redação dada pelo art. 3º da EC nº 19/1998.
XIV – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não
serão computados nem acumulados para fins de concessão de
acréscimos ulteriores;
• Inciso XIV com redação dada pelo art. 3º da EC nº 19/1998.
XV – o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos
públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV
deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
• Inciso XV com redação dada pelo art. 3º da EC nº 19/1998.
XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer
caso o disposto no inciso XI:
• Inciso XVI com redação dada pelo art. 3º da EC nº 19/1998.
a) a de dois cargos de professor;
• Alínea a acrescida pelo art. 3º da EC nº 19/1998.
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
• Alínea b acrescida pelo art. 3º da EC nº 19/1998.
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde,
com profissões regulamentadas;
• Alínea c com redação dada pelo art. 1º da EC nº 34/2001.
XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público;
• Inciso XVII com redação dada pelo art. 3º da EC nº 19/1998.
XVIII – a administração fazendária e seus servidores fiscais terão,
dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os
demais setores administrativos, na forma da lei;
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso,
definir as áreas de sua atuação;
• Inciso XIX com redação dada pelo art. 3º da EC nº 19/1998.
XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como
a participação de qualquer delas em empresa privada;
XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,
serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo
de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações;
XXII – as administrações tributárias da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios, atividades essenciais ao funcionamento do
estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos
prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma
integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
• Inciso XXII acrescido pelo art. 1º da EC nº 42/2003.
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas
dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de
orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.
• V. art. 73, VI, b, da Lei nº 9.504/1997: restrição à publicidade
institucional nos três meses que antecedem a eleição.
• Lei nº 9.504/1997, art. 74: a infringência ao disposto neste parágrafo
configura abuso de autoridade.
• Ac.-TSE, de 7.2.2017, no RO nº 138069: a utilização de verba pública
para veiculação de publicidade institucional, em período pré-eleitoral,
com o intuito de promoção de governante e em descumprimento ao
disposto neste parágrafo atrai a sanção de inelegibilidade.
• Ac.-TSE, de 27.9.2016, no REspe nº 156388: a regra do § 3º do art. 73 da
Lei nº 9.504/1997 não autoriza publicidade em benefício de candidato
de circunscrição diversa.
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a
nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da
lei.
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na
administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
• Parágrafo 3º com redação dada pelo art. 3º da EC nº 19/1998.
I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral,
asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a
avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações
sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
• Lei nº 12.527/2011: dispõe sobre o acesso a informações.
III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou
abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.
• Incisos I a III acrescidos pelo art. 3º da EC nº 19/1998.
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão
dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos
bens e o ressarcimento ao Erário, na forma e gradação previstas em lei,
sem prejuízo da ação penal cabível.
• V. art. 15, V, desta Constituição.
• LC nº 101/2000: "Estabelece normas de finanças públicas voltadas para
a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências". Em seu
art. 73, dispõe: "As infrações dos dispositivos desta lei complementar
serão punidos segundo [...] a Lei nº 8.429, de 2.6.1992 [...]".
• Lei nº 8.429/1992: “Dispõe sobre as sanções aplicáveis em virtude
da prática de atos de improbidade administrativa, de que trata o
§ 4º do art. 37 da Constituição Federal; e dá outras providências”
(Lei de Improbidade Administrativa).
• Ac.-TSE nºs 23347/2004 e 811/2004: a suspensão dos direitos
políticos por meio de ação de improbidade administrativa
depende de aplicação expressa e motivada pelo juízo competente
e requer trânsito em julgado da decisão.
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados
por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao Erário,
ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de
cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o
acesso a informações privilegiadas.
• Parágrafo 7º acrescido pelo art. 3º da EC nº 19/1998.
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e
entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada
mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder
público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para
o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos,
obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal.
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às
sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem
recursos da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios
para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria
decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de
cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis
na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em
comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
• Parágrafos 8º a 10 acrescidos pelo art. 1º da EC nº 20/1998.
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de
que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter
indenizatório previstas em lei.
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica
facultado aos estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito,
mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como
limite único, o subsídio mensal dos desembargadores do respectivo
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal dos ministros do Supremo
Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos
subsídios dos deputados estaduais e distritais e dos vereadores.
• Parágrafos 11 e 12 acrescidos pelo art. 1º da EC nº 47/2005.
§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado
para exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física
ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a
habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino,
mantida a remuneração do cargo de origem.
§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de
contribuição decorrente de cargo, emprego ou função pública, inclusive
do regime geral de previdência social, acarretará o rompimento do
vínculo que gerou o referido tempo de contribuição.
§ 15. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores
públicos e de pensões por morte a seus dependentes que não seja
decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou que não seja
prevista em lei que extinga regime próprio de previdência social.
• Parágrafos 13 a 15 acrescidos pelo art. 1º da EC nº 103/2019.
§ 16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou
conjuntamente, devem realizar avaliação das políticas públicas,
inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos resultados
alcançados, na forma da lei.
• Parágrafo 16 acrescido pelo art. 1º da EC nº 109/2021.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e
fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes
disposições:
• Caput com redação dada pelo art. 4º da EC nº 19/1998.
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará
afastado de seu cargo, emprego ou função;
II – investido no mandato de prefeito, será afastado do cargo, emprego
ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de vereador, havendo compatibilidade de
horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função,
sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
• Lei nº 8.935/1994, art. 25, § 2º: “Art. 25. O Exercício da atividade notarial e de
registro é incompatível com o da advocacia, o da intermediação de seus serviços
ou o de qualquer cargo, emprego ou função públicos, ainda que em comissão.
[...]. § 2º A diplomação, na hipótese de mandato eletivo, e a posse, nos demais
casos, implicará no afastamento da atividade”.
• Ac.-STF, de 24.6.1999, na MC-ADI nº 1.531: medida cautelar deferida em parte
para atribuir ao § 2º do art. 25 da Lei nº 8.935/1994 interpretação que exclui de
sua área de incidência a hipótese prevista neste inciso.
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de
mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os
efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V – na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência
social, permanecerá filiado a esse regime, no ente federativo de origem.
• Inciso V com redação dada pelo art. 1º da EC nº 103/2019.
Seção II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
• Seção com denominação alterada pelo art. 2º da EC nº 18/1998.
Art. 39. A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios
instituirão conselho de política de administração e remuneração de
pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos
poderes.
• Caput com redação dada pelo art. 5º da EC nº 19/1998.
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes
do sistema remuneratório observará:
I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos
componentes de cada carreira;
II – os requisitos para a investidura;
III – as peculiaridades dos cargos.
• Incisos I a III acrescidos pelo art. 5º da EC nº 19/1998.
§ 2º A União, os estados e o Distrito Federal manterão escolas de
governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos,
constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a
promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios
ou contratos entre os entes federados.
• Parágrafos 1º e 2º com redação dada pelo art. 5º da EC nº
19/1998.
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no
art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX,
podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando
a natureza do cargo o exigir.
§ 4º O membro de poder, o detentor de mandato eletivo, os ministros
de Estado e os secretários estaduais e municipais serão remunerados
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em
qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
§ 5º Lei da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios
poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração
dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no
art. 37, XI.
§ 6º Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão
anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e
empregos públicos.
§ 7º Lei da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios
disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da
economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e
fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de
qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento,
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público,
inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira
poderá ser fixada nos termos do § 4º.
• Parágrafos 3º a 8º acrescidos pelo art. 5º da EC nº 19/1998.
§ 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou
vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo em
comissão à remuneração do cargo efetivo.
• Parágrafo 9º acrescido pelo art. 1º da EC nº 103/2019.
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares
de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de
aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial.
• V. EC nº 103/2019, arts. 3º a 36.
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será
aposentado:
I – por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que
estiver investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese em que
será obrigatória a realização de avaliações periódicas para verificação
da continuidade das condições que ensejaram a concessão da
aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo;
• Caput, § 1º e inciso I com redação dada pelo art. 1º da EC nº
103/2019.
II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco)
anos de idade, na forma de lei complementar;
• Inciso II com redação dada pelo art. 1º da EC nº 88/2015.
III – no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se
mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no
âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, na idade
mínima estabelecida mediante emenda às respectivas constituições e
leis orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais
requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo ente
federativo.
• Inciso III com redação dada pelo art. 1º da EC nº 103/2019.
§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor
mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite
máximo estabelecido para o regime geral de previdência social,
observado o disposto nos §§ 14 a 16.
§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão
disciplinadas em lei do respectivo ente federativo.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para
concessão de benefícios em regime próprio de previdência social,
ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º.
• Parágrafos 2º a 4º com redação dada pelo art. 1º da EC nº 103/2019.
§ 4º-A Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo
ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para
aposentadoria de servidores com deficiência, previamente submetidos
a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar.
§ 4º-B Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo
ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para
aposentadoria de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de
agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso
IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV
do caput do art. 144.
§ 4º-C Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo
ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para
aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com
efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à
saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por
categoria profissional ou ocupação.
• Parágrafos 4º-A a 4º-C acrescidos pelo art. 1º da EC nº 103/2019.
§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida
em 5 (cinco) anos em relação às idades decorrentes da aplicação do
disposto no inciso III do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo
exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino
fundamental e médio fixado em lei complementar do respectivo ente
federativo.
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos
acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de
mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de previdência
social, aplicando-se outras vedações, regras e condições para a
acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas no regime
geral de previdência social.
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar da única
fonte de renda formal auferida pelo dependente, o benefício de pensão
por morte será concedido nos termos de lei do respectivo ente
federativo, a qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte
dos servidores de que trata o § 4º-B decorrente de agressão sofrida no
exercício ou em razão da função.
• Parágrafos 5º a 7º com redação dada pelo art. 1º da EC nº 103/2019.
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes,
em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos
em lei.
• Parágrafo 8º com redação dada pelo art. 1º da EC nº 41/2003.
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal
será contado para fins de aposentadoria, observado o disposto nos §§
9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço correspondente será contado
para fins de disponibilidade.
• Parágrafo 9º com redação dada pelo art. 1º da EC nº 103/2019.
§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de
tempo de contribuição fictício.
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos
de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos
ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a
contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante
resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de
cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
• Parágrafos 10 e 11 acrescidos pelo art. 1º da EC nº 20/1998.
§ 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime
próprio de previdência social, no que couber, os requisitos e critérios
fixados para o regime geral de previdência social.
§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo
em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de
outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego
público, o regime geral de previdência social.
§ 14. A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios instituirão,
por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, regime de
previdência complementar para servidores públicos ocupantes de
cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do regime
geral de previdência social para o valor das aposentadorias e das
pensões em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto
no § 16.
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14
oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribuição
definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado por
intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou de
entidade aberta de previdência complementar.
• Parágrafos 12 a 15 com redação dada pelo art. 1º da EC nº
103/2019.
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§
14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço
público até a data da publicação do ato de instituição do
correspondente regime de previdência complementar.
• Parágrafo 16 acrescido pelo art. 1º da EC nº 20/1998.
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do
benefício previsto no § 3º serão devidamente atualizados, na forma da
lei.
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e
pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem
o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao
estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.
• Parágrafos 17 e 18 acrescidos pelo art. 1º da EC nº 41/2003.
§ 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo
ente federativo, o servidor titular de cargo efetivo que tenha
completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte
por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de
permanência equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição
previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória.
§ 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de
previdência social e de mais de um órgão ou entidade gestora desse
regime em cada ente federativo, abrangidos todos os poderes, órgãos e
entidades autárquicas e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu
financiamento, observados os critérios, os parâmetros e a natureza
jurídica definidos na lei complementar de que trata o § 22.
• Parágrafos 19 e 20 com redação dada pelo art. 1º da EC nº
103/2019.
§ 21. (Revogado pelo art. 35 da EC nº 103/2019).
§ 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência
social, lei complementar federal estabelecerá, para os que já existam,
normas gerais de organização, de funcionamento e de
responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos,
sobre:
I – requisitos para sua extinção e consequente migração para o regime
geral de previdência social;
II – modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos recursos;
III – fiscalização pela União e controle externo e social;
IV – definição de equilíbrio financeiro e atuarial;
V – condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária
de que trata o art. 249 e para vinculação a ele dos recursos
provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer
natureza;
VI – mecanismos de equacionamento do déficit atuarial;
VII – estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados
os princípios relacionados com governança, controle interno e
transparência;
VIII – condições e hipóteses para responsabilização daqueles que
desempenhem atribuições relacionadas, direta ou indiretamente, com
a gestão do regime;
IX – condições para adesão a consórcio público;
X – parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de
alíquota de contribuições ordinárias e extraordinárias.
• Parágrafo 22 acrescido pelo art. 1º da EC nº 103/2019.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso
público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
• Caput e § 1º com redação dada pelo art. 6º da EC nº 19/1998.
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
• Incisos I a III acrescidos pelo art. 6º da EC nº 19/1998.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável,
será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável,
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor
estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
• Parágrafo 3º com redação dada pelo art. 6º da EC nº 19/1998.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a
avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa
finalidade.
• Parágrafo 4º acrescido pelo art. 6º da EC nº 19/1998.
Seção III
DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS
• Seção com denominação alterada pelo art. 2º da EC nº 18/1998.
Art. 42. Os membros das polícias militares e corpos de bombeiros
militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina,
são militares dos estados, do Distrito Federal e dos territórios.
• Caput com redação dada pelo art. 2º da EC nº 18/1998.
§ 1º Aplicam-se aos militares dos estados, do Distrito Federal e dos
territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art.
14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual
específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as
patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores.
• Parágrafo 1º com redação dada pelo art. 1º da EC nº 20/1998.
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos estados, do Distrito Federal e
dos territórios aplica-se o que for fixado em lei específica do respectivo
ente estatal.
• Parágrafo 2º com redação dada pelo art. 1º da EC nº 41/2003.
§ 3º Aplica-se aos militares dos estados, do Distrito Federal e dos
territórios o disposto no art. 37, inciso XVI, com prevalência da atividade
militar.
• Parágrafo 3º com redação dada pelo art. 1º da EC nº 101/2019.
§ 4º (Revogado pelo art. 2º da EC nº 18/1998).
§ 5º (Revogado pelo art. 2º da EC nº 18/1998).
§ 6º (Revogado pelo art. 2º da EC nº 18/1998).
§ 7º (Revogado pelo art. 2º da EC nº 18/1998).
§ 8º (Revogado pelo art. 2º da EC nº 18/1998).
§ 9º (Revogado pelo art. 2º da EC nº 18/1998).
§ 10. (Revogado pelo art. 2º da EC nº 18/1998).
§ 11. (Revogado pelo art. 2º da EC nº 18/1998).
Seção IV
DAS REGIÕES
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação
em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu
desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.
§ 1º Lei complementar disporá sobre:
I – as condições para integração de regiões em desenvolvimento;
II – a composição dos organismos regionais que executarão, na forma
da lei, os planos regionais, integrantes dos planos nacionais de
desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes.
§ 2º Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma
da lei:
I – igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços
de responsabilidade do poder público;
II – juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias;
III – isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais
devidos por pessoas físicas ou jurídicas;
IV – prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e
das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa
renda, sujeitas a secas periódicas.
§ 3º Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a
recuperação de terras áridas e cooperará com os pequenos e médios
proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes
de água e de pequena irrigação.
§ 4º Sempre que possível, a concessão dos incentivos regionais a que se
refere o § 2º, III, considerará critérios de sustentabilidade ambiental e
redução das emissões de carbono.
• Parágrafo 4º acrescido pelo art. 1º da EC n. 132/2023.