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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO DO SUMBE
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
ESPECIALIDADE DE ENSINO DE HISTÓRIA
DIDÁCTICA DA HISTÓRIA
AS VISITAS DE ESTUDO NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA.
GRUPO Nº 4
SUMBE, MAIO, 2024
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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO DO SUMBE
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
ESPECIALIDADE ENSINO DE HISTÓRIA
DIDÁCTTICA DA HISTÓRIA
AS VISITAS DE ESTUDO NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA.
OS MESTRANDOS:
1- João Abrantes Jesus Quitende
2- Narciso Corrente Mário Marcolino
3- Sabino Galo Sassoma
4- Sansão Mendonça Raúl Casimiro
5- Winnie Mandela
Trabalho orientado pelo professor:
Osvaldino Wilson Mweleyavo António, Ph.D
SUMBE, MAIO, 2024
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 04
AS VISITAS DE ESTUDO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA.......05
Conceito de visitas de estudo. ...................................................................................................... 05
Razões que justificam a sua realização no processo de ensino-aprendizagem da história ................. 05
Diferentes tipos de visita de estudo...........................................................................................06
Passos para a preparação das visitas de estudo.......................................................................................06
Importância das visitas de estudo no ensino da história. .......................................................... 07
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 08
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 09
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INTRODUÇÃO
O ensino da História é bastante complexo, e para garantir uma certa excelência requerer-se a
adopção de estratégias viáveis para o devido efeito. Assim, precisa-se que o professor prepare
as suas aulas de tal modo que aproxime os alunos a realidade dos factos a serem abordados.
Para a concretização deste objectivo, existem várias actividades que o professor pode realizar,
sendo uma delas as Visitas de estudo, pela natureza que elas apresentam, de fazer o aluno sair
da sala de aulas e ir ao encontro dos objectos a serem estudadas ou das fontes históricas. Deste
modo, o presente trabalho tem como objectivo analisar as formas de realização das Visitas
de estudos, no ensino da História.
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AS VISITAS DE ESTUDO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA
HISTÓRIA
Conceito de visitas de estudo
Entende-se por Visitas de estudo as actividades realizadas fora da escola ou da sala de aulas,
em que os objectos de estudos são observados e muitas vezes analisados nos seus lugares
funcionais (Freitas & Pereira, 2010).
Para Rêgo, Henriques & Chitamba, a Visita de Estudo corresponde a uma aula que acontece
em espaços diferentes do habitual, quebrando rotinas e despertando mais curiosidade nos
alunos. O saber científico pode ser demonstrado, recorrendo a exemplos concretos,
proporcionando uma aprendizagem significativa, através da interligação que se estabelece entre
a teoria e a prática A Visita de Estudo é uma actividade curricular intencionalmente planeada,
que serve para desenvolver ou complementar conteúdos estudados nas salas de aula (Nazir Gani
& Romeu Pinheiro Uanicela, p.59).
Já Proença, (1990) Visita de estudo é uma das estratégias que mais estimula os alunos devido
ao seu caracter motivador da saída do espaço tradicional no desenrolar do processo de ensino-
aprendizagem.
Deste modo, conseguimos perceber que as visitas de estudo pressupõe a realização de uma
actividade lectiva em que os alunos são convidados a abandonar o espaço tradicional de aula,
para ir ao encontro ou aproximar-se dos objectos a serem estudados.
Razões que justificam a sua realização no processo de ensino-arendizagem da história
Freitas & Pereira (2010) consideram três razões que justificam a realização das visitas de
estudos:
1. Razões psicológicas (motivam o aluno na aprendizagem);
2. Razões epistemológicas (ligadas a construção consciente dos conhecimentos, visto que
aproximam o aluno aos factos a serem abordados em sala de aulas);
3. Razões sociológicas (as actividades realizadas nos lugares distantes podem funcionar como
uma abertura a um mundo inacessível para crianças de estratos mais desfavorecidos).
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Diferentes tipos de visita de estudo
Visita de Estudo Dirigida ou Guiada: trata-se de uma visita orientada por professor ou
monitor.
Visita de Estudo Livre: Os alunos munidos de um roteiro ou fichas de trabalho vão livremente,
sós ou em grupos visitar os locais indicados pelo professor.
Este tipo de visita permite uma aquisição de forma motivadora do conhecimento sobre o assunto
em estudo.
Visita de Estudo Mista: A primeira parte da visita é orientada pelo professor e em seguida os
alunos vão sozinhos complementar a visita com auxílio de um roteiro ou material de orientação.
É tida como a combinação da visita guiada com a visita livre. (Proença, 1990).
Passos para a preparação das visitas de estudo
Pelo impacto que as visitas de estudos representam no processo de ensino-aprendizagem da
História é muito importante que o professor tenha uma boa preparação sobre a mesma. Sobre a
preparação, vários autores já abordaram sobre o mesmo assunto, mas todos eles convergem que
a sua preparação deve obedecer um projecto onde seja possível constatar os passos que vão da
Preparação (planificação das visitas a realizar), Execução (realização) e Aplicação (síntese de
avaliação), conforme Freitas e Solé (2010), Proença (1990).
1. Preparação
1.1 Aspectos pedagógicos
• Definir objectivos;
• Escolha do local;
• Seleção da metodologia: tipo de visita e actividades de preparação (abordagem na aula,
elaboração do guião, recolha do material);
1.2 Aspectos burocráticos:
• Determinar o horário e as verbas;
• Contactar os responsáveis da escola e dos locais a visitar, bem como os professores;
• Obter a autorização dos pais e encarregados de educação e Providenciar os transportes;
2. Execução
• Orientar a visita ou observar os alunos;
• Cumprimento das regras;
• Realização das tarefas distribuídas;
• Realização das tarefas propostas pelos guias ou os que constam do guião (observar, tirar
fotografias, entrevistar, etc.);
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3. Aplicação/avaliação
• Elaborar relatórios; questionários;
• Debates/discussões;
• Responder questionários;
• Organizar exposições;
• Realizar a auto-avaliação.
Obs. A organização da visita de estudo não deve distanciar-se do modelo curricular
aberto.
Importância das visitas de estudo no ensino da história
Em função das razões que justificam a sua realização, é possível constatar já os valores que as
visitas de estudos são capazes de proporcionar no ensino da História. Assim, Proença, (1990)
as Visitas de estudos permite realizar um ensino activo e interessante da História, contribuindo
para uma aprendizagem integradora da realidade histórica; contribuem para a iniciação ao
método da pesquisa histórica (a partir do contacto directo com as fontes históricas e com isto,
a formação do espírito científico; promove o conhecimento e preservação do património
histórico-cultural; a sociabilidade (melhora as relações aluno-aluno, aluno-professor).
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CONCLUSÃO
A disciplina de História precisa de professores apaixonados ao ensino, e que sejam capaz de
doar parte da sua alma na preparação das aulas.
É um imperativo que os professores de imperativo preciso que se organize as Visitas de estudos,
visto que elas ajudam a aproximar os alunos a realidade dos factos a serem abordados.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Proença, M. C (1990). Didáctica da História. Universidade Aberta.
De Freitas, M. L. V., Solé, G. S & Pereira, S. (2010). Metodologia de História. Plural Editora.
De Freitas, M. L. V. & Pereira, S. (2010). Metodologia de Geografia. Plural Editora. Luanda.
Angola.
Rêgo, P., Henriques, V. Chitamba, J. (n.d). a visita de estudo: (re)descoberta e reflexão.
Universidade de Évora/ Instituto Superior de Educação da Huíla (Angola).