PDF Praticas de Geraao Transmissao e Distribuiao de Energia Eletrica Compress
PDF Praticas de Geraao Transmissao e Distribuiao de Energia Eletrica Compress
RANSMISSÃO E
TDISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA
Prof. João Lucas de Souza Silva
Prof. Mendelsson Rainer Macedo Neves
Profa. Michelle Melo Cavalcante
Indaial – 2021
2a Edição
Copyright
Copyrig ht © UNIASSE
UNIASSELLVI 2020
Elaboração:
Prof. João Lucas de Souza Silva
Prof. Mendelsson Rainer Macedo Neves
Profa. Michelle Melo Cavalcante
S586p
Silva, João Lucas de Souza
Impresso por:
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Convidamos você a conhecer o Livro Didático de
Práticas de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica (GTD),
este livro trará até você o estudo prático de sistemas de geração trifásica
de energia elétrica, linhas de transmissão e estações transformadoras. Nesse
caso,frequência
com consideraremos queuma
ajustável, o sistema sejatransmissão
linha de composto por um gerador
trifásica trifásico
simulando linha
curta, média e longa e estações transformadoras, além do sistema de medição
trifásica com analisador de energia industrial e dispositivos de aplicação de
cargas ativas e reativas de valores diversos.
O livro está dividido em três unidades, de modo que siga uma
sequência didática dos conteúdos a serem estudados
e studados ao longo da disciplina.
Em cada unidade você encontrará conteúdos baseados em práticas e
situações que ocorrem na área de sistemas de potência, proporcionando
a você, acadêmico e futuro engenheiro, a aplicação de conceitos vistos em
outras disciplinas (eletromagnetismo, eletrônica de potência, sistemas de
potência, máquinas elétricas, controles, circuitos elétricos etc.).
A Unidade 1 traz os conceitos inicias referentes ao Sistema Elétrico
Brasileiro, com informações como sua estrutura, características e um
panorama do balanço energético nacional. Nesta unidade, serão apresentados
os conceitos básicos dos principais sistemas de geração de energia elétrica e
seus métodos de geração de energia.
A Unidade 2 tem como foco a segunda etapa presente no caminho
da energia elétrica, a transmissão de energia elétrica, sendo apresentados
os materiais e componentes que compõem uma linha de transmissão, tais
como condutores, isoladores e estruturas. Serão apresentados os parâmetros
necessários
sua para realizar a modelagem de uma linha de transmissão tal como
operação.
A Unidade 3 se dedicará a distribuição de energia elétrica, a etapa
em que estão presentes as cargas de um sistema elétrico de potência, ou
seja, as unidades consumidoras. Nesta unidade, é apresentado como está
subdividido o sistema de distribuição, através de seus alimentadores e
subestações na rede, além de como as características das cargas inuenciam
nas perdas nessa etapa e no funcionamento de todo sistema GTD. Com
esta proposta de material, pretendemos trazer a você, acadêmico, uma
ampla e rica experiência de aprendizado na área de Geração, Transmissão e
Distribuição de Energia Elétrica, bons estudos!
Prof.ª Michelle M. Cavalcante, Prof. Mendelsson Neves e Prof. João
Lucas S. Silva
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão.
Bons estudos!
E
LEMBRET
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................82
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................159
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................246
UNIDADE 1 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender o circuito equivalente de um gerador trifásico;
• avaliar o funcionamento de geradores trifásicos dentro de um sistema
de potência;
• avaliar como a tensão de terminal do gerador trifásico varia com a carga;
• operar um gerador trifásico e controlar sua frequência de saída;
• sincronizar um gerador trifásico com a linha usando o método
método das tr
três
ês
lâmpadas apagadas;
• sincronizar um gerador trifásico com a linha usando um sincronoscópio.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três
três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 1 – SISTEMAS ELÉTRICOS
ELÉ TRICOS DE POTÊNCIA
TÓPICO 2 – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA: CONCEITOS BÁSICOS
TÓPICO 3 – GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA: MÉTODOS DE
GERAÇÃO DE ENERGIA
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
A energia elétrica está presente em diversas atividades de nosso dia
a dia e é um bem sem o qual não podemos viver hoje. Sendo necessária para
o desenvolvimento humano e social da população. Países que possuem baixa
oferta de energia elétrica tendem a ser menos desenvolvidos do que os que não
a possuem. E para isso são necessários diversos processos ocorrerem até que a
energia elétrica chegue na unidade consumidora de forma que possa ser utilizada.
O Sistema Elétrico de Potência (SEP) torna isto tudo possível com a
aplicação de tecnologias que contribuem em cada etapa de transformação da
energia elétrica.
geradores, Segundo Monticelli
transformadores e Garcia (2011), linhas
elevadores/abaixadores, um SEPde étransmissão
formado pore
alimentadores de distribuição.
No Brasil, o SEP é estruturado através do Sistema Interligado Nacional
(SIN) sendo composto por empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste,
Nordeste e parte da região Norte, sendo que o único estado não conectado ao
sistema é Roraima, permanecendo isolado. O SIN é um sistema de geração e
transmissão de energia elétrica com forte predominância de usinas hidrelétricas e
com múltiplos proprietários, considerado único em âmbito mundial.
Neste tópico abordaremos uma visão geral do funcionamento de sistemas de
energia elétrica:
a estrutura geração,
do SEP transmissão
brasileiro e como eé distribuição. Incialmenteesquemática,
feita sua representação será apresentada
suas
características e um panorama do Balanço Energético Nacional (BEN) elaborado e
publicado anualmente pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Relembraremos também conceitos básicos de circuitos de corrente
alternada, serão discutidos alguns conceitos de potência complexa, de potência
ativa e potência reativa. Serão vistos tanto circuitos monofásicos como
polifásicos (bifásicos e trifásicos), em particular situações para circuitos trifásicos
estacionários. Além do cálculo de grandezas através de valores por unidade, um
método de cálculo muito utilizado nos SEPs.
3
UNIDADE 1 — GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
2 ESTRUTURA
A estrutura de um SEP compreende os sistemas de geração, transmissão
e distribuição de energia elétrica. Na geração temos a presença de centrais de
produção de energia elétrica com subestações de transformação que interligam
essas centrais às linhas de transmissão, que ao chegar na etapa de distribuição
temos as cargas conectadas ao sistema.
Para PINTO (2014), um sistema elétrico de potência é uma estrutura
complexa, quase sempre interligada regional ou nacionalmente, que necessita de
estudos sérios para seu planejamento e operação. A representação do sistema
elétrico segundo PINTO (2014), é mostrada na Figura 1, na qual temos as três
costumeiras etapas de um sistema de potência, indicando as tarifas de uso do
sistema de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) envolvidas.
FIGURA 1 – ETAPAS
ETAPAS DE GERAÇÃO,
GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
4
TÓPICO 1 — SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA
5
UNIDADE 1 — GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
3 CARACTERÍSTICAS
O sistema atual de energia elétrica brasileiro é baseado em grandes usinas
de geração, cuja energia gerada é transmitida através de sistemas de transmissão
de alta tensão, que atingem os sistemas de distribuição de média e baixa tensão,
nos quais estão os consumidores. Podemos dizer que os objetivos principais do
SEP são:
• gerar energia elétrica em quantidade suciente, nos locais mais apropriados;
• transmiti-la em grandes quantidades aos centros de carga;
• distribuí-la aaos
os consumidores individuais com os índices de qualidade
(frequência,
• menor custotensão etc.) apropriados;
econômico e ecológico possível.
Desde a década de 1990 o modelo do setor elétrico brasileiro vem sofrendo
diversas mudanças, com a criação da ANEEL (Agência Nacional de Energia
Elétrica), agente regulador e scalizador da produção, transmissão, distribuição
e comercialização de energia. Foi criado também o ONS – Operador Nacional
do Sistema, responsável pela coordenação e controle da operação da geração e
transmissão de energia elétrica no SIN.
Os níveis de tensão utilizados nas várias partes do sistema de potência são
mostrados na Tabela 1.
6
TÓPICO 1 — SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA
3.1 GERAÇÃO
Devido as suas grandes dimensões e ao potencial hídrico, o Brasil tem a
maior parte de sua energia elétrica gerada por esse tipo de aproveitamento; ao
nal da década de 1990, a energia elétrica compreendia mais de 90% da potência
elétrica instalada no país (REIS, 2011).
As formas de produção de energia elétrica podem ser diversas, sendo
gerada através da conversão de alguma outra forma de energia, são utilizadas
máquinas elétricas rotativas, geradores síncronos ou alternadores acionados por
turbinas hidráulicas, eólicas ou a vapor. E ainda, no caso da energia fotovoltaica
através de módulos solares que utilizam o efeito fotovoltaico nas células de silício.
As possíveis formas de geração podem ser vistas na Figura 3.
FONTE: O autor
7
UNIDADE 1 — GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
3.2 TRANSMISSÃO
O sistema de transmissão tem por função
f unção transportar energia elétrica dos
centros de produção aos centros de consumo. O Brasil conta com um sistema
elétrico interligado, com mais de 100.000 km de linhas de transmissão com tensão
igual ou superior a 230 kV e capacidade de transformação superior a 265.000
MVA,
MV A, estendendo-se a todos os eestados,
stados, exceto Roraima.
Para distâncias relativamente pequenas, que representam a maioria do
sistema de transmissão, as linhas são trifásicas e operam
o peram em tensões na faixa de 230
a 500 kV, percorrendo centenas de quilômetros. Subestações, SEs, de transmissão
ocupam-se em realizar as interligações e compatibilizar os vários níveis de tensão
(KAGAN; OLIVEIRA; ROBBA, 2010).
As linhas de transmissão são basicamente constituídas por os condutores
metálicos suspensos em torres, também metálicas, por meio de isoladores
cerâmicos ou de outros materiais altamente isolantes. Como os sistemas de
potência são trifásicos, geralmente, existem três conjuntos de cabos de cada lado
das torres, acompanhados por um cabo mais alto no topo – o cabo para-raios, ou
também chamado de cabo guarda.
No Brasil as linhas de transmissão são classicadas de acordo com o nível
de tensão de sua operação. Conforme estipulado pela ANEEL (PRODIST, 2017),
para cada faixa de tensão, existe um código que representa todo um conjunto de
linhas de transmissão de mesma classe. São eles:
• A1 – tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV.
• A2 – tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV
kV..
• A3 – tensão de fornecimento de 69 kV.
8
TÓPICO 1 — SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA
FONTE: O autor
3.3 DISTRIBUIÇÃO
A conexão, o atendimento e a entrega efetiva de energia elétrica ao
consumidor do ambiente regulado ocorrem por parte das distribuidoras de
energia. A energia distribuída, portanto, é a energia efetivamente entregue aos
consumidores conectados à rede elétrica da concessionária, pode ser do tipo aérea
(suportada por postes) ou do tipo subterrânea (com cabos ou os localizados sob
o solo, dentro de dutos subterrâneos) (A DISTRIBUIÇÃO [...], c2021).
A etapa de distribuição é um dos mais regulados e scalizados do setor
elétrico, com regulação através da ANEEL que edita resoluções, portarias e
outras normas para o funcionamento do setor. A ANEEL estabelece que os
Procedimentos de Distribuição (PRODIST) são documentos elaborados pela
ANEEL, e normatizam e padronizam as atividades técnicas relacionadas ao
funcionamento e desempenho dos sistemas de distribuição de energia elétrica.
Além do PRODIST, há outro referencial para o setor de distribuição é
a Resolução 414 de 2010, a qual elucida, tanto para consumidores quanto para
os demais agentes do setor, o que é a distribuição, conceitos-chave e normas de
funcionamento, cobrança, atendimento etc.
As redes de distribuição são compostas por linhas de alta, média e baixa
tensão. As linhas de média tensão são aquelas com tensão elétrica entre 2,3 kV e 44
kV, são frequentem
frequentemente
ente compostas por três os condutores aéreos sustentados
susten tados por
cruzetas de madeira em postes de concreto. As redes de baixa tensão, com tensão
elétrica que pode variar entre 110 e 440 V, são aquelas que, também axadas nos
amesmos postes
uma altura de concreto
inferior que sustentam
chamados as redes(AdeDISTRIBUIÇÃO
ramais de ligação média tensão, localizam-se
[...], c2021).
9
UNIDADE 1 — GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
Para Vasconcelos
Vasconcelos (2017), as redes de distribuição brasileiras (e
( e mundiais),
quanto à operação, são tipicamente radiais e passivas, isto é, não possuem
muitos mecanismos de automação e automatização, e por isso com a adoção de
microgeração,, torna-se um desao gerenciar os uxos multidirecionais de energia,
microgeração
já que tais redes não foram projetadas para admitir geração de eletricidade
próxima às cargas.
NOTA
10
TÓPICO 1 — SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA
Notas / Notes:
1. Inclui gás de coqueira / Includes coke oven gas
2. Inclui importação de eletricidade / Includes electricity imports
3. Inclui lenha, bagaço de cana, lixivia e outras recuperações / Includes firewood,
sugarcane bagasse, black-liquor and other primary sources
FONTE: EPE (2020, p. 35)
11
UNIDADE 1 — GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
12
TÓPICO 1 — SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA
• Participa
Participação
ção de renováveis na matriz elétrica
Em relação aos recursos renováveis, conforme os dados apresentados pela
EPE (2020), em 2019 houve incremento da geração eólica e solar fotovoltaica. A
geração hídrica subiu, mas a oferta decresceu em função do recuo da importação.
Houve ainda recuo da geração através de derivados do petróleo e aumento da
geração via gás natural para lidar com a variabilidade das renováveis. Apesar do
incremento de renováveis no ano de 2019, apresentou uma pequena retração no
uso de renováveis no período de 2018, como pode ser visto nos grácos da Figura 8.
ATENCAO
NOTA
A admitância é representada
representada pela seguinte expressão: Y = G + jB. Onde G é
a condutância (o inverso da resistência R) e B é a susceptância (o inverso da reatância
reatância X).
15
(1.5)
Assim temos ϕ > 0 para cargas indutivas, e ϕ < 0 para cargas capacitivas.
FIGURA 10 – REPRESENTAÇÃO
REPRESENTAÇÃO DA IMPEDÂNCIA COM CARACTERÍSTICAS INDUTIVA E CAPACI-
TIVA, RESPECTIVAMENTE
RESPECTIVAMENTE
(1.6)
Onde,
pode serApositiva
defasagem dos ângulos
ou negativa. ϕ) entre
No (caso de ϕapositivo
correnteaecorrente
a tensão,está
ecomo já foi dito,
stá atrasada em
relação à tensão, caracterizando um circuito indutivo. Para ϕ negativo a corrente
está adiantada em relação à tensão, caracterizando um circuito capacitivo.
FONTE: O autor
(1.10)
Como
geradores arma CHAPMAN
monofásicos, (2013),
com tensões iguaisum
quegerador
diferemtrifásico
entre siconsiste
120° no em três
ângulo
de fase. A corrente que ui para cada carga pode ser obtida da equação:
IL = Iϕ (1.12)
A corrente de linha IL é igual a corrente de fase. Já para a relação entre as
tensões de linha a linha (VLL) e da linha ao neutro (fase Vϕ), temos;
5.4 FASORES
Para facilitar a notação e simplificar os cálculos, utiliza-se representação
por variáveis complexas, ou seja, representação fasorial. Lembrando que o valor
eficaz de uma corrente periódica Ief de período de tempo é equivalente ao valor da
corrente contínua que dissipa a mesma
me sma quantidade de energia em certo intervalo
de tempo. Para a corrente eficaz temos:
Onde,
19
S = VrmsIrms (1.17)
A potência complexa (em VA) é o produto do fasor de tensão RMS e o
conjugado complexo do fasor de corrente RMS. Por ser um número complexo,
sua parte real é a potência real P e sua parte imaginária é a potência reativa Q.
DICAS
DIC
CA
AS
DICAS
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A estrutura de um SEP compreende os sistemas
sistemas de geração, ttransmissão
ransmissão e
édistribuição de energia elétrica. A maior parte da energia produzida no Brasil
de origem hidráulica.
• Na eta
etapa
pa de transmissão temos tatanto
nto a transmissão em CA quanto em CC, na
qual, apesar de o Brasil ter linhas que transmitem em CC, na maior parte do
território há presença de linhas CA.
• O sistema de distribuição de energia é dividido em sistema de subtransmissão
e distribuição primária e secundária.
• Dentre aass entida
entidades
des pr
presentes
esentes no modelo do setor elétrico br
brasileiro
asileiro temos
a ANEEL, agente regulador e scalizador da produção, da transmissão, da
distribuição e da comercialização de energia.
• O ONS é responsáv
responsável
el pela coordenação e controle da operaçã
operaçãoo da geração e
transmissão de energia elétrica do SIN. As formas de geração utilizadas no
Brasil utilizam combustível fóssil, nuclear e biomassa para geração de energia
elétrica através da transformação de energia térmica em mecânica e por m
em elétrica.
• Todos os estados do território brasileiro estão inter
interligados
ligados ao SIN, exceto
Roraima. Em sistemas trifásicos de potência, existem três conjuntos de cabos
de cada lado das torres, acompanhados por um cabo mais alto no topo – o
cabo para-raios, ou também chamado de cabo guarda.
• A energia distribuída é a energia efetivamente entregue aaos
os consumidores
à rede elétrica da concessionária, sendo uma das etapas mais reguladas e
scalizadas do setor elétrico através do PRODIST pela ANEEL.
• O BEN tem a nalidade de apresentar a contabilização relativa à oferta e
ao consumo de energia no Brasil, contemplando atividades de extração
de recursos energéticos primários, sua conversão em formas secundárias,
importação e exportação, a distribuição e uso nal de energia, tendo sempre
como base o ano anterior.
• Uma fonte ideal de tensão fornece sempre a mesma tensão,
tensão, seja qual for o
valor da (circuito
atrasada corrente indutivo)
que circula
oupelo circuito.
adiantada A corrente
(circuito elétricaempode
capacitivo) estarà
relação
tensão a depender da carga.
24
AUTOATIVIDADE
CIRCUITO MONOFÁSICO
MONOFÁSICO DE UM SISTEMA EQUILIBRADO
a) A corrente de linha que circula no circuito equivalente por fase é dada por:
b) A potência monofásica
monofásica ativa e aparente
aparente consumida pela carga é:
5 Um sistema de potência ttrifásico
rifásico equilibrado tem tr
três
ês linhas conectando
cada fonte com cada carga. Tipicamente, os diagramas Unilares incluem
todos os componentes principais de um sistema de potência, tais como
geradores, transformadores, linhas de transmissão e cargas, sendo as
linhas de transmissão representadas por uma única linha. Considerando
o diagrama unilar do sistema de potência a seguir, quais os passos que
devem ser seguidos para encontrar a corrente e o fator de potência em
qualquer ponto do sistema de potência?
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Existem diversas formas de geração de energia elétrica; as de geração
renovável que utilizam recursos que não se esgotam, podem ser repostos pela
natureza sem prejudicar o equilíbrio ambiental, e as de geração não renovável, que
utilizam recursos esgotáveis e que demoram milhares de anos para se formarem
novamente, não acompanhando a velocidade de consumo dos recursos.
Além dessas denições de energia renovável e não renovável é essencial
entender as denições básicas a respeito de fontes de energia primárias e
secundárias.
De acordo com Vasconcelos (2010), as fontes de energia podem ser
classicadas como primárias ou secundárias, dependendo da origem. As fontes
primárias são aquelas que têm origem direta nos recursos naturais, tais como o
sol, a água, o vento, o petróleo, o gás natural, o urânio, o carvão etc.
As fontes secundárias, por sua vez, provêm de um processo de
transformação, tais como a energia elétrica advinda das quedas d´água, e a
gasolina e o óleo diesel, provenientes do reno do petróleo.
Neste tópico serão vistos os conceitos básicos relacionando as principais
formas de geração de energia com máquinas elétricas girantes (geradores
síncronos). Serão apresentados também os componentes essenciais
e ssenciais de um sistema
de energia elétrica (sistema de potência): geradores, linhas de transmissão,
transformadores etc.
2 CONCEITOS BÁSICOS
A energia elétrica pode ser produzida por diversos tipos de centrais,
sendo estas as principais: termoelétricas, nucleares e hidráulicas. Na Figura
14 são identicadas as fontes básicas de energia assim como os processos de
transformação que podem conduzir à geração de eletricidade, conforme descrito
por Reis (2011). Segundo Reis (2011), as transformações de energia são:
29
FIGURA 18 – REPRESENTAÇÃO
REPRESENTAÇÃO TRIFÁSICA E UNIFILAR
Conformeque
são dispositivos Monticelli
permitem e Garcia (2011), tanto
ligar (quando estão as chaves, ou
fechados) como os disjuntores
desligar (quando
estão abertos) dois condutores que fazem parte de uma rede elétrica. Onde, na
modelagem de circuitos, a posição aberta corresponde a uma impedância innita
enquanto a posição fechada corresponde a um curto-circuito (impedância nula).
Contudo, chaves e disjuntores não executam a mesma função elétrica, exceto
a parte lógica no circuito, já que a chave tem somente a função de abertura e
fechamento de circuito com algumas limitações, enquanto o disjuntor apresenta
essa mesma função, mas também atua como elemento de proteção nos sistemas
elétricos de potência.
O objetivo deste tópico não é tratar de forma aprofundada a respeito de
sistemas de proteção, mas é importante saber a relação de alguns elementos de
proteção com os demais elementos da rede, já que todos funcionam para operar de
forma segura os sistemas elétricos de potência. Estes que sofrem, com frequência,
falhas que resultam em interrupções no fornecimento de energia.
Para Mamede Filho (2013), a principal função de um sistema de proteção
é assegurar a desconexão de todo o sistema submetido a qualquer anormalidade
que o faça operar fora dos limites previstos ou parte dele. Além disso, pode
também fornecer informações do sistema através de transformadores de
potencial, transformadores de corrente, relés etc. Todos atuando juntamente com
um sistema supervisório.
3.2 BARRAS
elétrica Os estudosdedemodelo
chamado uxo de potência no
barra-linha emqual
geralasutilizam umbarramentos)
barras (ou modelo da rede
são
os nós da rede e as linhas/transformadores são os elos entre esses nós.
As barras, na realidade, são condutores com resistência desprezível, pelo
menos quando comparadas com as impedâncias de linhas e transformadores, e
isso justica sua representação na forma de nós elétricos nos quais a tensão é uma
só em todas as partes do condutor (MONTICELLI; GARCIA, 2011).
A inserção das barras neste tópico é um precedente para estudos de uxo
de potência para poder entender seu funcionamento que no decorrer deste livro
será citado. Para estudo do uxo de potência consideramos o funcionamento
do sistema elétrico
funcionamento em regime permanente simétrico, que é o estado normal de
do sistema.
Um sistema de potência, normalmente, contém barras de carga e barras
de geração. Ao se resolverem as equações de uxo de potência, normalmente
adotam-se uma barra como referência, também conhecida como barra slack ou
barra innita.
Assim chamada pelo fato de que a tensão permanece constante,
independentemente do valor de corrente ou potência, onde o valor da tensão e do
deslocamento angular da barra de referência é conhecido, sendo o mais comum
adotar uma barra de geração como referência.
De acordo com Alencar Vasconcelos (2017), para a análise do uxo de
potência consideramos alguns tipos de barras:
34
• Barras PQ ou de carga – nessa barra são xadas a potência ativa (P) e reativa
(Q) da carga. Sendo calculadas a magnitude de tensão de barra e a fase.
f ase. T
Tanto
anto
as barras de geração quanto as barras de carga podem ser do tipo PQ.
• Barras PV ou de geração – nessa
nessass barr
barras
as com tensão cont
controlada,
rolada, ou ainda,
barras nas quais se conhece a tensão e esta é mantida constante, através de
injeções de reativos. Nesse tipo de barra a potência ativa e o módulo da tensão
são conhecidos e a potência reativa Q e o desfasamento angular da tensão são
• Barra
incógnitas.
Swing (ou Slack) ou Vθ – nessa barra são xadas a magnitude da tensão
e a fase, sendo adotada, somente, uma única barra slack em um sistema
síncrono. É o gerador localizado nessa barra que absorve os desvios de potência
necessários para atender a rede. Por isso, essa barra deve ser escolhida de
modo que nela haja uma usina que tenha elevada disponibilidade de potência.
Conforme Alencar Vasconcelos (2017), as barras dos tipos PQ e PV são
utilizadas para representar, respectivamente, barras de carga e barras de geração
(incluindo as barras de tensão reguladas, mesmo que possuam geradores). E
a barra slack tem dupla função fornecendo a referência angular do sistema e é
utilizada para fechar o balanço de potência do sistema levando em conta as pe
perdas
rdas
de transmissão não conhecidas antes de termos a solução nal do problema.
A Figura 20, ilustra um sistema exemplo: geração (barras 1, 2 e 4), cargas
(barras 1, 2 e 3) e uxo das potências (setas) pela rede elétrica. O uxo de potência
ativa e reativa uem pela rede elétrica a m de atender as cargas localizadas
em determinadas barras. Para que haja estabilidade no sistema, a frequência e
as várias tensões de barra devem ser mantidas dentro de limites especicados,
podendo sofrer variações imprevisíveis devido a falhas de equipamentos e até
demandas das cargas.
Tanto a resistência série (rse) como a reatância série (xse) são parâmetros
positivos: indicando que a linha dissipa potência ativa e que a reatância é do
tipo indutiva. De acordo com Monticelli e Garcia (2011), para sistemas com
tensões elevadas, por exemplo, 500 kV ou 750 kV, a reatância xse é bem maior que
37
a resistência rse , com xse é da ordem de 20 a 30 vezes maior que rse. Para níveis de
1
Dessa forma foi adotada uma convenção de sinais para uxos de potência:
os uxos são considerados positivos quando “saem” da barra e “entram” na
linha. A Figura 24 mostra a convenção de sinais para os uxos de potência ativa e
reativa em uma linha de transmissão.
DICAS
3.4 TRANSFORMADORES
Na maior parte dos casos do sistema de energia elétrica a geração está
localizada longe dos grandes centros de consumo, principalmente quando se trata
de usinas hidrelétricas ou térmicas de grande porte. Assim, é necessário realizar
a transmissão de grandes quantidades de energia, no entanto, as características
construtivas dos geradores possuem uma limitação de tensão. Desse modo, para
que a transmissão
no decorrer defaz-se
da linha energia
usoCA
detenha a menor quantidade
transformadores de perda
que eliminam de energia
as restrições de
alcance e de capacidade dos sistemas de energia elétrica.
O transformador converte um nível de tensão CA em outro nível de tensão
sem afetar a potência elétrica real fornecida, sem alterar a frequência da rede.
Como o transformador mantém a potência constante, se ele elevar a magnitude
de tensão de um circuito, ele deverá diminuir a corrente para manter a potência
inalterada. Isso acaba por diminuir as perdas na linha de transmissão, pois em
um sistema de energia elétrica, as perdas de transmissão são proporcionais ao
quadrado da corrente que circula nas linhas.
diversosDenomes,
acordodependendo
com Chapman (2013),
do uso queos transformadores
é feito nos sistemasde
depotência
po tência recebem
potência elétrica.
Um transformador conectado à saída de uma unidade geradora e usado para
elevar a tensão até o nível de transmissão (110 kV) é denominado algumas vezes
transformador da unidade de geração.
Na outra extremidade da linha de transmissão, o denominado
transformador da subestação abaixa a tensão do nível de transmissão para o nível
de distribuição (de 2,3 a 34,5 kV). Finalmente, o transformador que recebe a tensão
de distribuição é denominado transformador de distribuição. Esse transformador
abaixa a tensão de distribuição para o nível nal, que é a tensão realmente utilizada
(110, 127, 220 V etc.). Todos esses dispositivos são essencialmente o mesmo – a
única diferença entre eles está na nalidade da utilização.
A modelagem do transformador para um modelo unilar é constituída
de duas partes, segundo Monticelli e Garcia (2011): um transformador ideal com
relação de transformação 1:a e uma impedância série Zse = rse + jxse , como ilustrado
na Figura 26. Tanto Xse como rse são positivos com o transformador apresentando
perdas de potência ativa e a reatância é do tipo indutiva.
Ao compararmos as perdas das linhas de transmissão com as dos
transformadores, estes possuem perdas reativas (Xse) relativamente mais elevadas.
Isso é justicado pela elevada reatância de magnetização. Assim na modelagem do
transformador a impedância considerada corresponde ao efeito do uxo disperso
e as perdas no cobre. Na Unidade 2 quando aprofundarmos o estudo nas linhas
de transmissão serão apresentadas, de forma
fo rma mais detalhada, as características de
um transformador e como é a representação de um transformador real.
40
3.5 GERADORES
Neste subtópico, será apresentada somente uma visão geral dos geradores.
A apresentação de cada um dos segmentos que limitam a região de operação
viável do gerador será feita mais adiante no tópico seguinte, com a inclusão da
apresentação dos componentes que formam um gerador.
Continuando com a explanação dos problemas nos estudos de uxo de
carga, nessa situação normalmente são especicadas as tensões desejadas para
a operação do gerador e calculadas as injeções de potência reativa. Esses valores
calculados devem obedecer a limites máximos e mínimos de geração de potência
reativa. Por outro lado, nos problemas de despacho econômico da geração (ou
uxo de potência
os níveis ótimo),
de geração as cargas e os(variáv
são determinados (limites dedependentes),
variáveis
eis transmissão são especicados
desde que limitese
máximos e mínimos de geração sejam obedecidos (MONTICELLI; GARCIA,
2011).
41
3.6 CARGAS
As cargas atendidas por uma rede elétrica
e létrica são compostas por aglomerados
de consumidores vistos das subestações de distribuição. Como existe uma
diversidade muito grande dos elementos que compõem tais cargas, variando
imprevisivelmente com o tempo, sua modelagem torna-se mais complicada do
que a dos geradores, transformadores e linhas. A Figura 30 indica a convenção
positiva de sinais (valores positivos “saindo” da barra) para a carga.
DICAS
Conforme
(a) indutiva ilustrado na
e (b) capacitiva. EmFigura
ambos 31 são representadas
os casos, cargas
a carga absorve variáveis,
potência ativa
(positiva), mas a potência reativa pode ser positiva (indutiva) ou negativa
(capacitiva).
DICAS
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Existem d
diversas
iversas formas de gerar energia at
através
ravés de process
processos
os químicos
químicos e
mecânicos, com várias origens.
estão correlacionados E todos
de alguma os processos
forma com o Sol.de As
geração de energia
transformações
de energia são através da transformação de trabalho gerado por energia
mecânica, aproveitando a energia cinética e potencial do processo. Além da
transformação de trabalho temos as reações químicas de células a combustível
e células fotovoltaicas.
• Quando estamos analisando sistemas de potência, adotamos a representação
unilar sabendo que esta corresponde a um sistema trifásico. Contendo
geradores, barras, linhas de transmissão e cargas que são representados no
modelo barra-linha.
• Chaves e disjuntores
dois condutores são dispositivos
que fazem parte de umaque redepermitem ligar
elétrica. Na ou desligar
posição aberta
corresponde a uma impedância innita enquanto a posição fechada
corresponde a um curto-circuito. Na representação unilar podem ser
interpretados juntos como a parte lógica do circuito.
• No modelo bar
barra-linha
ra-linha as barras são os nnós
ós d
daa rede e as linhas/transformadores
são os elos entre esses nós. Um sistema de potência contém três tipos de
barras que são: barras PQ ou de carga (apresentam potência ativa e reativa
conhecidas), barras PV ou de geração (apresentam potência ativa e o módulo
da tensão conhecidos) e barra swing ou slack (é única no sistema e apresenta
magnitude da tensão e fase xas).
• Na maior parte dos casos existentes representamos as linhas de ttransmissão
ransmissão
por um modelo π. No estudo do uxo de potência leva-se esse modelo em
consideração.
46
AUTOATIVIDADE
I- No eestudo
studo de u
uxo
xo de potência temos alguns tipos de barras: PQ oouu de
geração, PV ou de carga e a barra de refe
referrência slack.
II- No uxo de potência, com relação à conve
convenção
nção de sina
sinais,
is, os u
uxos
xos são
considerados
caso das barraspositivos quando saem da barra e entram na linha para o
de geração.
III- Tanto nas barras PV como PQ a potência reativa não pode uir de maneiras
diferentes somente em um sentido, gerando reativos para a rede.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Somente a sentença I está correta.
b) ( ) Somente a sentença II está corr
correta.
eta.
c) ( ) Somente a sentença III está correta.
d) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
e) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
4 responsáveis
Os dispositivos
pelade controle
geração atuam
ou pela sobre equipamentos,
transmissão muito
de grandes blocos
blo cos deles,
de energia
até a carga. Quais são os principais equipamentos do sistema elétrico de
potência e os equipamentos de manobra e proteção?
5 No circuito a seguir, está uma representação simplicada de três subestações
subestações..
Estão representados apenas:
Barramentos – (1), (4), (7), (9), (11) e (13)
Linhas – (12), (14) e (15)
Transformador – (10)
Geradores – (2) e (3)
Carga – (8) – 1 a 13
Disjuntores
48
UNIDADE 1 TÓPICO 3 —
1 INTRODUÇÃO
Um gerador síncrono é um dispositivo usado para converter energia
mecânica produzida por uma máquina motriz, em energia elétrica CA com tensão
e frequência especícas. O termo síncrono refere-se ao fato de que a frequência
elétrica dessa máquina está vinculada ou sincronizada com a velocidade mecânica
do eixo de rotação. O gerador síncrono é usado para produzir a maior parte da
energia elétrica usada no mundo inteiro.
Saber como é o funcionamento de um gerador síncrono por dentro é
um dos pontos vistos com mais profundidade nas disciplinas que estudam as
máquinas elétricas, permitindo entender a inuência da carga na geração. Isso
nos ajuda a poder melhorar o rendimento da máquina geradora. As ferramentas
analíticas básicas para o estudo dos geradores síncronos são as equações das
tensões geradas e do conjugado eletromecânico. Em conjunto, elas exprimem o
acoplamento entre sistemas elétrico e mecânico.
Neste tópico estudaremos a modelagem de geradores síncronos do ponto
de vista de circuito elétrico atuando no modelo unilar para ver as características
que afetam seu funcionamento, além de analisar a modelagem do ponto de vista
do estudo de uxo de carga em redes de energia elétrica. Estando interessado
em saber quais os limites que podem atuar e como esses limites inuenciam a
capacidade de geração de potência ativa e reativa dos geradores em diversas
situações de operação.
2 GERADORES SÍNCRONOS
Geradores síncronos ou alternadores são máquinas síncronas utilizadas
para converter potência mecânica em potência elétrica CA. Conforme arma
Chapman (2013), em um gerador síncrono, um campo magnético é produzido no
rotor. Para obter o campo magnético no rotor é possível utilizar um ímã permanente
ou de um eletroímã, obtido pela aplicação de uma corrente CC a um enrolamento
desse rotor. O rotor é, então, acionado por uma máquina motriz primária que
produz um campo magnético girante dentro da máquina. Esse campo magnético
girante induz um conjunto de tensões trifásicas nos enrolamentos de estator do
gerador.
51
2.2 CIRCUITO
CIRCUITO EQ
EQUIV
UIVALENTE
ALENTE DO GERADOR
GERADOR
A tensão
síncrono. EA é a tensão gerada interna produzida em uma fase do gerador
Entretanto, essa tensão EA não é usualmente a tensão que aparece nos
terminais do gerador. De fato, o único momento em que a tensão interna EA é
igual à tensão de saída Vϕ ou dos terminais de uma fase é quando não há corrente
de armadura circulando na máquina (CHAPMAN, 2013). Os fatores responsáveis
por essa diferença de tensão nos terminais estão relacionados à forma de como
podemos modelar uma máquina. Esses fatores são:
• A distorção do campo magnético do entreferro pela corrente que ui no
estator, denominado reação de armadura.
• A autoindutância das bobinas da armadura.
• A resistência das bobinas da armadura.
• O efeito do formato dos polos salientes do rotor.
52
Onde:
tensõesQuando utilizamos
e correntes, fasores os
consideramos nosmódulos
cálculos edeângulos
circuitos elétricos
dessas envolvendo
grandezas, com
seus diagramas fasoriais mostrando as relações entre essas grandezas. A Figura
33 ilustra essas relações quando o gerador está alimentando uma carga com
fator de potência unitário (carga puramente resistiva), atrasado (carga indutiva)
e adiantado (carga capacitiva). Ao observar o diagrama fasorial para o fator de
potência atrasado da Figura 33, temos que para uma dada tensão de fase e uma
dada corrente de armadura é necessária uma tensão gerada interna EA maior para
as cargas atrasadas do que para as adiantadas. Ainda na Figura 33, no diagrama
fasorial do fator de potência adiantado, temos que para uma dada corrente de
campo e uma intensidade de corrente de carga, a tensão de terminal será menor
com cargas atrasadas e maior com cargas adiantadas.
3 MÉTODOS
MÉTODOS DE OPERAÇÃO DE GERADORES SÍNCRONOS
O comportamento de um gerador síncrono sob carga varia grandemente
conforme o fator de potência da carga e se o gerador está operando isolado ou em
paralelo com outros geradores síncronos (CHAPMAN, 2013). Neste subtópico,
veremos o comportamento dos geradores quando operam isolados e em paralelo.
Para estes casos são ignorados os efeitos de RA, além disso assume-se que a
velocidade dos geradores
obtidas assumindo-se é constante
velocidade e que todas
constante, e queasocaracterísticas
uxo no rotorde terminal
dos são
geradores
é constante, a não ser que haja uma alteração das correntes de campo.
FONTE: O autor
Ao nas
alterações examinarmos os diagramas
tensões de terminal fasoriais da primeiramente
Vϕ . Examinando Figura 36, vemos que há
o diagrama
fasorial com fator de potência atrasado, temos a situação que ocorre caso haja um
aumento da carga para um mesmo fator de potência. Nessa situação, conforme
descrito por Chapman (2013), o módulo da corrente de armadura|IA| aumentará,
mas permanecerá no mesmo ângulo ө em relação à tensão Vө de antes. Desse modo,
a tensão da reação de armadura jXSIA será maior do que antes, mas permanecerá
com o mesmo ângulo. Como a tensão interna EA do gerador deve operar nas
mesmas condições de antes do aumento da carga, esse valor de tensão não pode
ser alterado. Ao obedecermos a esta restrição e plotarmos no diagrama fasorial
veremos que, quando a carga aumenta, a tensão Vϕ diminui acentuadamente.
Analisando
de potência agora
unitário. a situação
Levando em que há um
em consideração as aumento da carga com
mesmas restrições fator
de antes,
pode-se ver no diagrama fasorial de fator de potência unitária, que desta vez,
Vϕ diminui apenas ligeiramente, como pode ser visto na Figura 36. Quando o
gerador fornecer potência para cargas com fator de potência adiantado, o aumento
da carga para o mesmo fator de potência, a tensão da reação de armadura será
diferente de seu valor anterior e a tensão de terminal Vϕ na realidade aumentará.
56
(3.4)
57
DICAS
• A pr
presença
esença d
dee muitos geradores em paralelo permite qque
ue um ou mais deles
sejam removidos para desligamentos e manutenção preventiva
preventiva..
• Quando apenas um gerador
gerador está sendo usa
usado
do e não est
estáá opera
operando
ndo próximo
da plena carga, então ele será relativamente ineciente. Quando há muitas
máquinas menores em paralelo é possível operar com apenas uma fração
delas. As que estiverem realmente operando estarão funcionando próximo
da plena carga e, portanto, mais ecientemente
ecientemente..
A Figura 37 ilustra uma conexão em paralelo de dois geradores, na
situação o Gerador 1 está fornecendo potência para uma carga, e após algum
tempo o Gerador 2 será conectado em paralelo com o Gerador 1 com o fechamento
da chave S1. Entretanto, a conexão desses dois geradores não pode ocorrer
sem que sejam respeitadas as condições de paralelismo, pois caso a chave seja
fechada arbitrariamente em qualquer instante poderá ocasionar danos graves aos
geradores, e o fornecimento de potência para a carga será comprometido.
Ao analisarmos
não forem o caso
exatamente as de fechamento
mesmas arbitrárioque
em cada condutor da está
chavesendo
S1, se as tensões
conectado,
haverá um uxo muito grande de corrente quando a chave for fechada, podendo
danicar os enrolamentos dos geradores.
Para evitar esse problema, cada uma das três fases deve ter exatamente o
mesmo valor de tensão e ângulo de fase que o condutor ao qual está sendo ligada.
Chapman (2013) arma que para conseguir o acoplamento correto, as seguintes
condições de paralelismo devem ser atendidas:
• As tensões ecazes de linha dos dois geradores devem ser iguais.
• Os dois geradores devem ter a mesma sequência de fases.
•• A
Osfrequência
ângulos dedofase dasgerad
duasor,
fases a devem ser iguais.
novo gerador, o gerador que está entrando em paralelo, deve
ser ligeiramente superior à frequência do sistema que já está em operação.
59
FONTE: O autor
um gastoOscom
doisum
métodos citados são
sincronoscópio. usados em
O método dasaplicações em que
três lâmpadas não seé justifica
apagadas comum
em aplicações de baixas potências. O método das duas lâmpadas acesas e uma
apagada pode ser utilizado em aplicações de baixas e altas potências. Assim se as
três
três lâmpadas brilharem e apagarem-se em conjunto, isso significa que os sistemas
terão a mesma sequência de fases. Se as lâmpadas brilharem sucessivamente uma
depois da outra, os sistemas terão a sequência oposta de fases e uma das sequências
deverá ser invertida.
NOTA
65
FIGURA 44 – UM SINCRONOSCÓPIO
SINCRONOSCÓPIO
TANTE
IMPORTA
O método das duas lâmpadas acesas e uma apagada também utiliza lâmpadas
para determinar quando os alternadores estão sincronizados. Os passos seguidos são: Passo
1 – Conectar as lâmpadas indicadoras e a chave de sincronização; Passo 2 – Operar dois
alteradores e verificar a sequência de fases correta; Passo 3 – inverter duas das lâmpadas
indicadoras; Passo 4 – sincronizar os geradores; Passo 5 – fechar a chave de sincronização
(PACOTE [...], 2008).
(3.8)
Este limite
aquecimento leva em consideração
dos enrolamentos a corrente
por perdas ôhmicas.deApesar
armadura
dessaI que provoca
perda não sero
representada no circuito, este limite tem um papel importante no comportamento
térmico da máquina e pode ser a responsável pela limitação da potência máxima
fornecida em algumas situações (MONTICELLI; GARCIA, 2011). A Figura 49
mostra a curva do limite de aquecimento da armadura.
69
quanto Nesses
menor casos, o ângulo
a excitação máximo
menor varia possível.
o ângulo com o nível de excitação
Onde, quando do gerador:
a excitação
cai, cai a magnitude de EA e, portanto, cai o valor máximo de potência teórica
(MONTICELLI; GARCIA, 2011).
71
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como seu objetivo principal analisar algumas
peculiaridades do processo de energia fotovoltaica, onde será explanado sobre
o seu processo mundial de desenvolvimento. Será realizado um estudo dessa
energia dentro do cenário nacional, para que possa ser entendido como está
atualmente, seu desenvolvimento no Brasil. Assim sendo, será feita uma análise
das diculdades e vantagens que a sua produção e crescimento tem enfrentado
no setor energético brasileiro.
Os cuidados realizados pelo homem devido ao conhecimento de
problemas ambientais causados por si próprio vêm acarretando grande
incentivo ao desenvolvimento através de formas de energia mais limpas e que
sejam renováveis. Entretanto, devido a isso, há incessante busca por um meio
que seja menos agressivo ao meio ambiente e que ele possa promover o seu
desenvolvimento de maneira sustentável.
Segundo Severino e Oliveira (2010), o Brasil é um país que possui o benefício
de ter uma vasta capacidade de produção de recursos naturais, e devido a sua
localização é considerado um dos países com a melhor posição para a produção
de energia solar. O país conta também com uma farta mão de obra devido a sua
população, fazendo
energia solar com que
fotovoltaica. ele possa
Embora ter uma
tenha uma grande capacidade
innidade de produção
de recursos de
disponíveis
que contribuem com seu crescimento de produção de energia fotovoltaica, o país
ainda tem alguns problemas que impedem o seu desenvolvimento de produção
de grandes volumes e assim, impede a utilização como meio de matriz elétrica
do país.
2 FUNCIONAMENTO BÁSICO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO
RESIDENCIAL
O funcionamento do sistema fotovoltaico de energia, mais popularmente
conhecido como sistema de energia solar, é um sistema que realiza a produção de
energia elétrica através da matéria prima radiação solar.
74
O Brasil
capacidade é dotadodedaenergia,
de produção capacidade,
ou seja,quando
todos oslevado emusinas
tipos de contaque
toda sua real
produzem
a energia elétrica, a de capacidade e de 135 giga was (GW). Desta quantidade, o
número de 0,0010% é realizado através do sistema solar fotovoltaico, sistema esse
que realiza a produção de energia elétrica através da luz do sol. Através desses
números é capaz de ocorrer uma reexão onde explica qual a razão de nosso país
possuir uma utilização tão baixa de uma fonte tão barata e sustentável de energia
que é abundante.
De acordo com A revista Potencial de Energia (2016) o nosso país vem
realizando um aproveitamento ruim do seu potencial de produção de energia
solar. A produção do Brasil quando comparada a outros países pode ser
considerada residual, como por exemplo; a eólica.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (2015) apontou como sua
estimativa a produção de 283,5 milhões de MW por ano de energia fotovoltaica
em caso de utilização total do seu potencial solar. A realização da utilização da
potência do país seria mais do que suciente para atender o consumo doméstico
por mais de duas vezes, de 129 milhões de MW a cada ano. A cada região do país,
devido a sua capacidade de investimento e posição, é dotada de características
que reetem no seu potencial, mas o Nordeste é considerado uma região que
contém privilégios acima do que é considerado média nacional.
Segundo Severino e Oliveira (2010) o Brasil possui o privilégio de ser o
único país que recebe a quantidade de mais de 3000 horas de brilho solar por ano
no mundo. Sendo a região Nordeste do país conta com uma incidência média
diária entre 4,5 a 6 kWh. Devido a essa quantidade de energia solar, o Brasil pode
76
ser considerado um dos países que possui maior capacidade solar do planeta.
Entretanto, graças a essa abundância, ca demonstrado e justicado que se trata
apenas de um incentivo para o desenvolvimento do setor no país.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Brasil é um dos mais privilegiados países do mundo na capacidade de
produção
adoção dede energiapara
medidas fotovoltaica,
estimulareleo vem tentando
aumento de formasolar
da utilização não satisfatória
fotovoltaica.a
Contudo, o que se tem feito não pode ser considerado suciente para que ocorra
um crescimento a nível nacional que seja satisfatório a um ponto de se tornar a
Matriz Energética do Brasil.
O Brasil desde 2016 vem enfrentando uma das mais severas crises de
estiagem do último século, o que tem diminuído a capacidade real das Usinas
Hidroelétricas e fazendo com que o país seja obrigado a operar com o auxílio de
Usinas Térmicas. E para suprir essa falta, poderá ser sentido o preço aumentar
nas tarifas de serviço. Sendo assim, a Energia Fotovoltaica vem demonstrando ser
uma das melhores alternativas para compensar décit de geração por causa da
escassez de eágua
é mais cara e evitar
polui muitoooaumento no gasto
meio ambiente através
para de Usinas
produzir Térmicas, pois ela
energia.
Por m, ca claro a necessidade de crescimento do mercado de Energia
Fotovoltaica no Brasil e as grandes perspectivas do setor. O Brasil possui essa
expectativa devido ele ser privilegiado com a luz solar por muito tempo e em
diversas áreas. Entretanto, para que possa a energia fotovoltaica se tornar a
matriz energética brasileira, ainda é necessário que ocorram ações coordenadas
com o objetivo de incentivar e informar as vantagens ao meio ambiente e a parte
econômica dos interessados, e assim conseguir um desenvolvimento ordenado.
Fica ainda necessário lembrar que, a Energia Fotovoltaica não é apenas
uma solução viável à sustentabilidade do país, mas sim uma forma nova de
produção de riqueza e conhecimento ao Brasil, podendo ser responsável de
livrá-lo de contas caras e custos altos para fornecimento de energia e cortar a
dependência de água para a produção da energia no país.
FONTE: <hps://bit.ly/3wV7EiF>. Acesso
Acesso em: 16 mar. 2021.
77
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A tensão interna gerada em um gerador sí síncrono
ncrono depende da vvelocidade
elocidade
do eixo de rotação e da intensidade do uxo de campo, com a tensão dos
terminais diferindo da tensão interna gerada, devido às perdas geradas pela
reação de armadura da máquina e das resistências internas da máquina. A
tensão de terminal do gerador é igual à tensão de fase ou está relacionada com
esta por um fator √3, dependendo se a máquina está ligada em Δ ou em Y.
• Quando um gerador opera isolado, a ca carga
rga é quem determina as potênci
potências
as
ativa e reativa que serão fornecidas pelo gerador. Os ajustes na corrente de
campo e no regulador de velocidade controlam a frequência e a tensão de
terminal da máquina, respectivamente. Já quando o gerador está conectado
a um barramento innito, a frequência e a tensão são xadas de modo que o
pontode
uxo depotências
ajuste de ativa
operação no regulador
e reativa e a corrente de campo controlam o
do gerador.
• A capa
capacidade
cidade de produção de potência elétrica de um gerador síncr
síncrono
ono é
limitada basicamente pelo aquecimento no interior da máquina entre outros
limites elétricos e das fontes primárias. Quando os enrolamentos (armadura
e campo) do gerador sobreaquecem, a vida útil da máquina é seriamente
diminuída. Lembrando que o aquecimento em cada tipo de enrolamento
está ligado a uma característica elétrica de geração. O aquecimento dos
enrolamentos de armadura está ligado à corrente de armadura IA, ou seja,
a corrente que irá para o barramento ou para a carga. O aquecimento dos
enrolamentos de campo está ligado ao valor máximo da tensão interna EA .
• Os limites de geração ativa e reativ
reativaa se relacionam por meio das chamadas
curvas de capacidade. Onde, em problemas de uxo de potência, normalmente
são especicadas as tensões desejadas para a operação do gerador e calculadas
as injeções de potência reativa. Esses valores devem obedecer às limitações
dos geradores, a m de alcançar a máxima potência sem encurtar a vida útil
da máquina, visando à operação ótima do sistema.
CHAMADA
AUTOATIVIDADE
REFERÊNCIAS
A DISTRIBUIÇÃO de energia. ABRADEE – Associação Brasileira de Distri-
buidores de Energia Elétrica. Brasília, DF, c2021. Disponível em: hps://www.
abradee.org.br/setor-de-distribuicao/a-distribuicao-de-energia/.
abradee.org.br/setor-de-distribuicao/a-distribuicao-de-energia/. Acesso em: 21
jun. 2021.
ALENCAR VASCONCELOS, J. Sistemas elétricos – uxo de potência. Goiânia:
PUC, 2017. (Notas de aula).
ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de circuitos elétricos. 5.
ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
CHAPMAN, S. J. Fundamentos de máquinas elétricas. 5. ed., Porto Alegre:
Editora Mc Graw Hill 2013.
CUNHA, D. C.; SANTOS, P. H. F.; FREITAS, D. l. A. C. Energia solar fotovol-
taica no Brasil. Revista Científca Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento.
São Paulo, a. 3, ed. 11, v. 5, p. 148-161, nov. 2018. Disponível em: hps://www.
nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-eletrica/energia-solar. Acesso em: 21
jun. 2021.
EPE – EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. BEN 2020 – balanço energético
nacional 2020: ano base 2019. Rio de Janeiro: EPE – Empresa de Pesquisa Ener-
gética, 2020.
KAGAN, N. C.; OLIVEIRA, C. B.; ROBBA, E. J. Introdução aos sistemas de dis-
tribuição de energia elétrica, 2. ed. São Paulo:
Paulo: Edgar Blucher, 2010.
UNIDADE 2 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender o circuito equivalente de uma linha de transmissão;
• avaliar o funcionamento das linhas de transmissão dentro de um siste-
ma de potência;
• avaliar os materiais e equipamentos utilizados nas linhas de transmis-
são; como a tensão,
• avaliar tensão, potência e corrente na linha de transmissão
transmissão va-
riam com a carga;
• modelar a linha de transmissão de energia elétrica;
• determinar os parâmetros de linhas de transmissão;
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três
três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 1 – SISTEMAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA:
INTRODUÇÃO
TÓPICO 2 – PARÂMETROS
PARÂMETROS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
TÓPICO 3 – MODELAGEM DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
A
CHAMAD
85
86
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
A Unidade 1 deste livro abordou a parte de geração de energia elétrica que
trata da produção de grandes quantidades de energia, (ex.: centrais hidrelétricas,
termelétricas, usinas eólicas etc.), a primeira etapa do caminho até a carga que
será alimentada. A etapa seguinte é a etapa de transmissão, cuja principal função
é transportar a energia elétrica, com o mínimo de perdas, dos grandes centros
de geração aos centros de carga, com distâncias elevadas (PINTO, 2014). Tal
interligação é exigida por várias razões, dentre elas destacando-se a conabilidade
e a possibilidade de intercâmbio entre áreas (NELSON; OLIVEIRA; ROBBA,
2010).
Uma linha de transmissão é formada, basicamente, por condutores, torres,
cabos, para-raios e isoladores, o circuito de uma linha pode ser simples, duplo ou
múltiplo com a disposição dos condutores triangular vertical ou horizontal. Pode
ser descrita matematicamente em termos de ondas eletromagnéticas transversais,
sendo ideal que a linha apresente resistência nula, não havendo perdas por efeito
joule (térmico) (PINTO, 2014). Os sistemas de transmissão constituem-se de linhas
de transmissão (LTs), sistemas de proteção (reles, disjuntores etc.) e subestações,
de modo que as LTs são constituídas de cabos condutores, de isoladores e
ferragens, de torres e de cabos para-raios (V
(VASCONCELOS,
ASCONCELOS, 2017).
Nesteelétrica,
de energia tópico abordaremos
destacando osprincipalmente
conceitos básicos
o de sistemas de transmissão
funcionamento de linhas
de transmissão e seus principais componentes (cabos condutores, isoladores
e ferragens, torres e demais equipamentos que as compõem). Permitindo a
compreensão de todos os elementos no que se refere à capacidade de transporte
de energia e as principais causas de perdas de energia elétrica nesse transporte.
Isolador
Condutor
89
dez vezes maior do que o da linha aérea tradicional. Assim a rede subterrânea
é utilizada para trechos curtos e em que não há a possibilidade de instalação
de rede aérea, como em áreas urbanas. Os cabos são fabricados para comportar
tensões de transmissão da ordem de 400 kV.
2.2 COMPARAÇÕES
TRANSMISSÃO EM CC ENTRE TRANSMISSÃO EM CA E A
O Sistema de potência apresenta, na maior parte, transmissão de potência
elétrica através de linhas de corrente alternada (CA), mas há também a utilização
de linhas de corrente contínua (CC) em
e m casos onde o emprego deste tipo de linha
se torna viável pelas vantagens que apresenta em relação a CA. Cada sistema tem
suas vantagens e desvantagens:
• Transmissão em CC: segundo Pinto (2014), é cacaracterizada
racterizada por nnão
ão ter fases,
tendo o polo positivo e negativo. Não apresenta frequência, portanto não é
uma variável a se preocupar nos sistemas interconectados. Os links de alta
tensão são usados para transmitir grandes quantidades de energia ao longo
de grandes distâncias. Nesse tipo de transmissão é necessária uma eletrônica
de potência mais complexa, com o uso de conversores e inversores para
realizar a conversão CA-CC e CC-CA, respectivamente.
Vantagens Desvantagens
A potência pode ser gerada em Necessita de mais cobre do que a opção
altas tensões. em CC.
A manutenção das subestações é A construção da linha de transmissão é
mais fácil e mais barata. mais complicada do que a da linha em
CC.
Devido ao efeito pelicular, a resistência
A tensão pode ser elevada ou
abaixada por transformadores com efetiva da linha se torna maior.
alguma facilidade e eciência, o A linha tem capacitância, havendo,
que permite transportar energia portanto, uma perda contínua de
em altas tensões e distribuí-la em potência devido à corrente de carga
níveis seguros. (mesmo quando a linha estiver aberta).
FONTE: Adaptado de Pinto (2014)
Vantagens Desvantagens
São econômicos para transmitir Os conversores geram quantidade
grande quantidade de energia considerável de harmônicos em
a longa distância, já que o custo ambos os lados, CA e CC. Alguns são
com condutores é reduzido, com o ltrados, mas outros permanecem
sistema necessitando de apenas dois no sistema, podendo interferir no
condutores. sistema de comunicação.
Não há problemas de instabilidade na A manutenção dos isoladores precisa
linha. ser mais frequente.
Uma maior transmissão de potência Uma considerável quantidade de
por condutor é possível com o potência reativa é necessária nas
sistema DC. estações conversoras.
Há perdas adicionais nos
As perdas por efeito corona são transformadores conversores. O
baixas, e a radiointerferência
radiointerferência é menor. sistema de refrigeração tem que ser
eciente para dissipar o calor.
As estações conversoras são
Há fácil reversibilidade e compostas
alta potência,por
umatiristores de
tecnologia
controlabilidade do uxo de potência. relativamente cara se comparada aos
sistemas CA.
FONTE: Adaptado de Pinto (2014)
93
NOTA
DICAS
atençãoOespecial
projeto das ferragens deve
principalmente no levar emrefere
que se consideração fatores
aos efeitos externos e umae
eletromagnéticos
eletrostáticos, tais como a rádio interferência e o efeito corona.
97
3.3 TORRES
As torres ou suportes constituem os elementos de sustentação dos cabos
das linhas de transmissão. Conforme Fuchs (1977), existem pontos que devem ser
levados em consideração, os pontos de suspensão dos cabos condutores e cabos
para-raios. As dimensões e formas dos cabos para-raios dependem da disposição
dos condutores, materiais estruturais, distância entre condutores, echas dos
condutores, altura de segurança, função mecânica, forma de resistir, números de
circuitos etc. Desse modo, as torres podem apresentar inúmeras estruturas para
atender essas solicitações elétricas e mecânicas. A disposição dos condutores nas
torres é empregada de forma triangular, horizontal e vertical. Cada um com uma
aplicação conforme a situação apresentada no projeto. Na disposição triangular
os condutores são dispostos segundo os vértices de um triângulo, podendo ter
uma disposição eletricamente simétrica ou assimétrica.
Na disposição horizontal os condutores são xados em um mesmo
plano horizontal, podendo ser simétrica ou assimétrica. Apresenta a vantagem
de permitir estruturas de menor altura. A disposição vertical é a mais utilizada
para linhas de circuito duplo e para linhas que acompanham vias públicas
(VASCONCELOS, 2017).
Segundo VASCONCELOS (2017), as estruturas das torres também são
classicadas quanto aos esforços, a função e aos materiais usados na fabricação.
Quanto ao esforço podem ser estruturas autoportantes e estaiadas. Quanto
à função podem ser estruturas de suspensão, ancoragem, ângulo, derivação,
transposição ou rotação de fase.
Quanto aos materiais usados na fabricação temos estruturas de madeira,
não utilizadas atualmente, de concreto, utilizadas em tensões de 69 e 138 kV, e
metálicas,, utilizadas em tensões aci
metálicas acima
ma de 138 kV
kV.. A Figura 6 ilustra as congurações
de estruturas metálicas utilizadas atualmente nas redes de transmissão aérea.
NOTA
FONTE: <https://bit.ly/2W4jgmM>.
<https://bit.ly/2W4jgmM>. Acesso em: 22 jun. 2021.
98
No Brasil, a norma ABNT NBR 5422/85 tem por nalidade xar os princípios
básicos segundo os quais as linhas aéreas de transmissão e de subtransmissão
devem ser projetadas. Esta norma determina as faixas de servidão, sendo que
essa faixa é maior quanto maiores forem os níveis de tensão da rede. A Figura 7
mostra as faixas de servidão utilizadas no Brasil baseadas em suas tensões.
99
3.4 PÁRA-RAIOS
Os transmissão
torres de cabos para-raios estão localizados
e se destinam na parte
a interceptar superioratmosféricas
descargas mais alta das
de
origem atmosférica e encaminhá-las até o solo, evitando que causem danos e
interrupções nos sistemas. Os cabos para-raios podem ser rigidamente aterrados
ou com isoladores de baixa resistência disruptiva. Os tipos de cabos e suas bitolas
são denidos em função da quantidade de corrente a ser transportada, da tensão
da linha, do efeito corona, das interferências de rádio e TV, dos vãos entre torres
e da quantidade de cabos por fase (PINTO, 2014). A Figura 8 ilustra os cabos de
para-raios em uma torre de transmissão.
100
FONTE: <https://bit.ly/3rmzpQ1>.
<https://bit.ly/3rmzpQ1>. Acesso em: 18 jun. 2021.
101
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• As LTs aéreas são caracterizadas por apresentar cabos aéreos xados em
grandes torres de metal. Podendo apresentar circuitos com apenas um, dois
ou mais condutores por fase, além da disposição dos condutores poder ser
do tipo triangular, vertical ou horizontal. Os circuitos presentes nas LTs em
corrente alternada (CA) são trifásicos, neste tipo de sistema de transmissão
sempre terá três ou seis condutores, já que são redes tipicamente trifásicas.
• Nos sistemas de transmissão, os níveis de tensão são elevados apropriadamente,
principalmente com base na distância percorrida e no montante de energia a
ser transportado, de modo que se evite “ao máximo” as perdas elétricas ao
longo do transporte dessa energia. Onde as tensões são elevadas para valores
compatíveis que melhor atendam aos custos dos equipamentos usados na
rede para poder transportar a energia e custo das perdas elétricas envolvidas.
• Os cabos condutores são elementos aativos
tivos e dev
devem
em tter
er aalta
lta condutibilidade
elétrica; baixo peso especíco; baixo custo; boa resistência mecânica; alta
resistência à oxidação e à corrosão por agentes químicos poluentes.
• Os isoladores apresentam formas diferentes que permitem um uxo de ar e
distribuição de potência com o objetivo de assegurar tensões de descargas
adequadas. A radiointerferência que pode ocorrer é causada por minúsculos
pontos de disrupção elétrica para o ar chamados de corona.
103
AUTOATIVIDADE
105
106
UNIDADE 2 TÓPICO 2 —
1 INTRODUÇÃO
Estuda-se no uxo de potência a operação do sistema elétrico em regime
permanente, ou seja, tensões e correntes variando senoidalmente. Para facilitar
os estudos, serão consideradas as fases equilibradas, possibilitando que uma
das fases possa ser representativa em relação ao que ocorre com as demais. Para
se modelar uma linha de transmissão, vários parâmetros devem ser utilizados,
sendo a impedância um dos mais importantes na denição da capacidade de
transmissão de uma linha. A impedância depende basicamente da indutância,
que será analisada por unidade de comprimento da linha (H/km).
Uma linha de transmissão de energia elétrica possui quatro parâmetros
que impactam no transporte de energia elétrica, são: a resistência, a indutância,
a capacitância e a condutância. A condutância só merece consideração quando
os níveis de tensão são elevados, em virtude de serem insignicantes as perdas,
por ela provocadas, nas linhas com baixo nível de tensão. Nenhum estudo será
realizado para linhas em cabos tripolares usados em distribuição e transmissão
subterrâneos.
Neste tópico estudaremos os parâmetros básicos utilizados na modelagem
de linhas de transmissão e corrente alternada. O tipo de modelo utilizado depende
do tipo de estudo ou projeto que se pretende realizar. Serão considerados os
sistemas
das fases operando em condições
pode ser tomada equilibradas, ou
como representativa do seja, situações
que ocorre nas nas quais uma
demais.
2 INDUTÂNCIA
IN DUTÂNCIA DAS LTs
A indutância de uma LT é o mais importante dos parâmetros de linha, pois
é por meio dela que é possível obter a reatância da LT, elemento predominante
no cálculo de sua impedância. Sendo assim, é necessário que atenção especial
seja dada a esse parâmetro, em particular, se estivermos
e stivermos preocupados em buscar
formas de reduzir o seu valor. Nesse contexto, vale ressaltar, de antemão, que os
valores das indutâncias das LTs dependem de sua conguração física e do meio
no qual se encontram os condutores (FUCHS, 1977).
107
(EQ. 2.1)
A indutância das LT
LTss em corrente alternada varia conforme o comprimento
da linha. Assim, quanto mais longas as linhas, maior a indutância da linha e,
portanto, maior a impedância e a oposição oferecida pela linha à transmissão
de potência elétrica, que será analisada por unidade de comprimento da linha
(H/km). Veremos que a intensidade do uxo varia diretamente com o valor da
corrente, com a geometria do condutor e com o meio no qual o condutor está
inserido.
Considerando um condutor cilíndrico, retilíneo, de comprimento innito,
maciço, homogêneo e isolado. Quando uma corrente i percorre este condutor é
produzido um campo magnético concêntrico ao condutor, com a intensidade do
campo sendo proporcional à intensidade da corrente e pode ser representado em
um plano perpendicular ao condutor por linhas de uxo concêntricas (FUCHS,
1977).
108
(EQ. 2.2)
(EQ. 2.3)
(EQ. 2.4)
DICAS
109
(EQ. 2.5)
(EQ. 2.6)
110
(EQ. 2.7)
(EQ. 2.8)
(EQ. 2.9)
(EQ. 2.10)
(EQ. 2.11)
E o uxo
pois, o uxo incremental
externo e oconcatena
ao condutor uxo incremental concatenado
toda a corrente vão coincidir,
do condutor. Logo:
112
(EQ. 2.12)
DIC
CA
AS
Podemos ver que a indutância externa pode ter um valor innito já que
dependerá da distância D que pode ir ao innito. Após todas as demonstrações
matemáticas necessárias para entender o fenômeno algebricamente, vemos
que em sistemas práticos, tanto monofásicos como polifásicos, sempre se têm
dois ou mais condutores
(MONTICELLI, percorridos
2011). A variação por correntes
da intensidade cuja soma
do campo algébrica
magnético, é nula
conforme
nos afastamos do eixo da linha do condutor, decresce mais rapidamente que 1/x,
implicando em uma integral nita.
(EQ. 2.13)
114
(EQ. 2.14)
FIGURA 15 – CÁLCULO
CÁLCULO DA INDUTÂNCIA DE UMA LINHA MONOFÁSICA BIFILAR
A parcela do uxo ϕc11 pode ser obtida através do mesmo raciocínio visto
anteriormente, utilizando integração
integração e o raio reduzido do condutor 1. O uxo ϕc11
abrange a área do campo magnético que vai do R'1 ao ponto P'(d1P) condutor 1:
(EQ. 2.15)
(EQ. 2.16)
(EQ. 2.18)
Vale ressaltar que para d2P > d12 para que o uxo criado por i2 enlace o
condutor 1. E d3P > d13 para que o uxo criado por i3 enlace o condutor 1. Realizando
a análise matemática teremos que o uxo total concatenado com a corrente i1 é:
119
(EQ. 2.20)
(EQ. 2.21)
(EQ. 2.22)
Para uma linha com os condutores dispostos de forma horizontal onde d12
= D, d23 = D, d13 = 2D, a equação matricial
matricial ca da seg
seguinte
uinte forma quan
quando
do aplicado
essas condições na matriz supracitada:
120
(EQ. 2.23)
3 CAPACITÂNC
CAP ACITÂNCIA
IA DAS
D AS LT
LTss
Da mesma forma que a indutância de uma linha, a capacitância é medida
por unidade de comprimento da linha (F/km). As linhas apresentam o efeito
capacitivo devido à forma como os condutores estão dispostos ao longo
long o da linha,
se comportando como placas de capacitores, gerando uma capacitância entre os
condutores e entre os condutores e a terra (MONTICELLI, 2011). Para facilitar
vamos considerar as fases equilibradas, possibilitando que uma das fases possa
ser representativa em relação ao que ocorre com as demais.
A capacitância da linha de transmissão é, no geral, um resultado da
diferença de potencial elétrico dos condutores e depende das dimensões e da
distância entre estes. A fórmula da capacitância é:
(EQ. 2.24)
121
(EQ. 2.25)
(EQ. 2.26)
(EQ. 2.27)
(EQ. 2.28)
(EQ. 2.30)
(EQ. 2.31)
(EQ. 2.32)
(EQ. 2.33)
(EQ. 2.34)
(EQ. 2.35)
(EQ. 2.36)
4 RESISTÊNCIA
RES ISTÊNCIA DAS LTs
A resistência nas linhas de transmissão dependerá da resistividade de
corrente contínua do condutor, do comprimento do condutor e da área da seção
transversal do condutor, descrito pela Segunda Lei de Ohm (MOURA; MOURA;
ROCHA, 2019):
(EQ. 2.37)
126
Onde:
ρ é a resistividade do condutor a uma dada temperatura;
l é o comprimento do condutor;
A é a área da seção transversal.
(EQ. 2.38)
(EQ. 2.39)
NTE
IMPORTA
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• No estudo e aanálise
nálise de uma linha de transmissão, é im
importante
portante a determinação
da impedância série e da admitância shunt da linha de transmissão. A
impedância em série é composta pela resistência ôhmica e a reatância da linha,
sendo do tipo indutiva. Sendo que a reatância é o elemento predominante
no cálculo de sua impedância, buscando diminuir esse valor atendendo as
solicitações elétricas da linha. A corrente elétrica gera um campo magnético e
um uxo magnético a ele associado, a intensidade do uxo varia diretamente
com a magnitude da corrente e esta é afetada conforme forem dispostos os
condutores, ou seja, a geometria dos condutores.
• As lilinhas
nhas ssão
ão formada
formadass por dois ou mais ccondutores.
ondutores. Qua
Quando
ndo a terra é usada
para a corrente de retorno ela é considerada um segundo condutor, como no
sistemaserão
agora, MRTrealizados com
– monolar comosretorno
raios reduzidos
por terra.dos condutores,
Todos considerados
os estudos, a partir de
somente os uxos externos, para distâncias maiores que o raio do condutor.
• Da mesma forma que a indutân
indutância
cia de uma linha, a capacit
capacitância
ância é medida
por unidade de comprimento da linha (F/km). As linhas apresentam o efeito
capacitivo devido a forma como os condutores estão dispostos ao longo da
linha, se comportando como placas de capacitores, gerando uma capacitância
entre os condutores e entre os condutores e a terra. A capacitância da linha de
transmissão é, em geral, o resultado da diferença de potencial elétrico entre
os condutores e depende das dimensões e da distância entre os condutores.
• A
daresis
resistência
tência
linha, masdas llinhas
inhas é um
a reatância fator que
indutiva é oest
está
á inseridoque
parâmetro na im
impedância
pedância em
predomina série
na hora
de realizar as avaliações técnicas e econômicas na construção das linhas de
transmissão.
131
AUTOATIVIDADE
I- A indutância
para o solo. própria de uma LT depende apenas da distância do condutor
II- A reatância indutiva para linhas monofásicas depende apenas do raio
médio geométrico do condutor, da frequência
f requência de operação e da distância
entre os condutores.
132
III- As linhas são formadas por dois ou mais condutores. Quando a terra é
usada para a corrente de retorno ela é considerada um segundo condutor,
como no sistema MRT – monolar com retorno por terra.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Somente a sentença I está correta.
b) ( ) As sentenças I e II estão correta
corretas.
s.
c) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
d) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
e) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
3 A transposição é uma rotaçã
rotaçãoo física dos condutores de modo que o condutor
é movido para ocupar a próxima posição física na sequência regular.
A transposição é feita principalmente na estação de comutação e nas
subestações. Levando em consideração o contexto da forma de transmissão
de energia elétrica, julgue as armativas a seguir:
I- A transposição pode ser utilizada em qualquer tipo de arranjo de linha.
II- Os condutores variam nas posições; esquerda, centr
centroo e d
direita,
ireita, a cada 1/3
do percurso (que pode ser denido em postos de chaveamento,
chaveamento, manobra).
III- A transposição equilibra a capacitância da linha devido à qual a tensão
também é balanceada. Apresenta como desvantagem a mudança
frequente da posição dos condutores enfraquece a estrutura de apoio, o
que aumenta o custo do sistema.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) A sentença I está correta.
b) ( ) A sentença II está correta.
c) ( ) Asentença III está correta.
d) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
e) ( ) As sentenças I, II e III estão corretas.
4 Determinar a reatância indut
indutiva
iva da linha tri
trifásica
fásica a seguir, composta por
condutores ACRS Pheasant. Informação do fabricante: raio reduzido do
condutor tipo Drake é R’ = 1,42. D = 8 m e d = 45 cm. Comprimento da linha
l = 160 km.
5 Determinar a rreatância
eatância indutiva
indutiva por fase, a 60 Hz, da linha trifásica a seguir,
composta por condutores ACRS Drake. Informação do fabricante: Raio
reduzido do condutor tipo Drake é R’ = 0,0373.
FONTE: O autor
133
134
UNIDADE 2 TÓPICO 3 —
1 INTRODUÇÃO
As linhas de transmissão em corrente alternada podem ter comprimento
que varia entre alguns metros até em torno de mil quilômetros. É interessante
neste ponto calcularmos o comprimento de onda de um sinal senoidal de 60 Hz.
As linhas mais longas em operação no Brasil têm aproximadamente 1000 km,
ou seja, são menores que um quarto do comprimento de onda. Para o cálculo
de tensões e correntes, no início e no nal das linhas de transmissão, em regime
permanente, é necessário o desenvolvimento de modelos que representem as
linhas de transmissão. Esses modelos são obtidos para linhas de transmissão
curtas, médias e longas.
Neste tópico realizaremos a análise do comportamento das linhas
de transmissão. A análise depende de modelos matemáticos denidos pelos
parâmetros eletromagnéticos das linhas de transmissão. Veremos que esses
parâmetros dependem da conguração geométrica da linha, do meio onde a
linha esteja inserida e dos efeitos dos campos elétrico e magnético associados à
corrente elétrica nos condutores.
O modelo π será utilizado no cálculo de uxo de potência, sendo
considerado o sistema operando em regime senoidal estacionário. Determinaremos
as expressões dos uxos de potências ativa e reativa na linha em função das
tensões dos terminais e barramentos.
2 MODELO DE LINHAS
Quando estudamos os modelos de linhas de transmissão, geralmente
dividimos as linhas em dois tipos de comprimentos: linhas curtas, para uma
extensão menor que 80 km, e linhas longas para uma extensão maior que 80
km. Para estudos mais especícos, as linhas podem ser modeladas para três
comprimentos: linhas curtas, para uma extensão menor que 80 km, linhas médias,
para um comprimento entre 80 e 240 km, e linhas longas para distâncias maiores
que 240 km (MONTICELLI; GARCIA, 2011).
135
(EQ. 3.1)
(EQ. 3.2)
136
z = R + jωLy = G + jωC
(EQ. 3.3)
(EQ. 3.4)
(EQ. 3.5)
Para linhas sem perdas, ϒ – jβ, sendo β = ω(LC) a constante de fase da
linha. Utilizando as expressões denidas anteriormente, para a indutância e a
capacitância por unidade de comprimento, por fase:
(EQ. 3.5)
(EQ. 3.6)
138
(EQ. 3.9)
2.3 MATRIZ
MATRIZ ADMITÂNCIA DA REDE
Para obter a matriz admitância do modelo π, são consideradas positivas
as correntes que saem das barras e entram na linha. Utilizaremos a Figura 25 para
montar a matriz admitância:
139
FIGURA 25 – REPRESENTAÇÃO
REPRESENTAÇÃO DA MATRIZ ADMITÂNCIA DE UMA LINHA DE TRANSMISSÃO
(EQ. 3.10)
(EQ. 3.11)
Na matriz admitância temos duas características evidentes: a primeira, nos
elementos da diagonal principal temos a soma das admitâncias ligadas às barras
correspondentes (barra k); a segunda, nos elementos fora da diagonal principal
temos as admitâncias das linhas correspondentes (linha k, m), com sinal trocado.
ATENCAO
(EQ. 3.12)
143
(EQ. 3.13)
O uxo de potência complexa saindo da barra k para a barra m é Skm = EkI*km,
onde I*km é o conjugado da corrente Ikm. Realizando as simplicações matemáticas:
(EQ. 3.14)
Os uxos de potência ativa e reativa k são:
(EQ. 3.15)
(EQ. 3.16)
Analogamente, os uxos de potência complexa saindo da barra m em
direção à barra k, Smk = EmI*mk, são:
(EQ. 3.19)
NTE
IMPORTA
145
DICAS
DIC
CA
AS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
148
FONTE: O autor
FONTE: O autor
149
FONTE: O autor
150
FONTE: O autor
FONTE: O autor
151
ATENCAO
DICAS
A fim de ampliar os conhecimentos
conhecimentos de fluxo de potência em software,
software, su-
gerimos que baixe o programa PowerWorld na sua versão educacional. Permitindo que
o aluno possa simular diversas situações de contingência não tratadas aqui. Acesse em:
https://www.powerworld.com/download-purchase/demo-software.
LEITURA COMPLEMENTAR
153
vento. Na engenharia primitiva (há mais de 100 anos) estes estados poderiam ser
considerados, “do lado da segurança” trazendo relativo conforto ao investidor
ou construtor.
O estado mais tracionado é calculado com a echa do cabo, o esforço de
tração longitudinal, o peso linear do cabo e o vão entre as estruturas
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Modelos qque
ue represent
representam
am as linhas de transmissão possibilitam a análise do
comportamento das linhas de transmissão.
• Os modelos de linhas de transmissão, geralmente são divididos em dois tipos
de comprimentos: linhas curtas, para uma extensão menor que 80 km, e linhas
longas para uma extensão maior que 80 km. Para estu
estudos
dos mais especícos, as
linhas podem ser modeladas para três comprimentos: linhas curtas, para uma
extensão menor que 80 km, linhas médias, para um comprimento entre 80 e
240 km, e linhas longas para distâncias maiores que 240 km.
• Utiliza-se o modelo π para linhas curtas. Para linhas longas, ao contrário
do método utilizado para linhas curtas, que considera os parâmetros
proporcionais ao comprimento da linha, deve-se considerar os parâmetros
distribuídos ao longo da linha. Isso porque, se for usado o modelo de linhas
curtas a precisão piora com o aumento do comprimento da linha.
• A imp
impedância
edância de ssurto
urto apresenta característica puramente real e a constante
de propagação é puramente imaginária. A impedância de surto é utilizada
como parâmetro de carregamento das linhas de transmissão. Isso pode dizer
se a linha está gerando ou consumindo potência reativa, já que uma linha
carregada abaixo da impedância de surto gera potência reativa e acima
consome potência reativa.
CHAMADA
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156
AUTOATIVIDADE
1 No estudo de sistema
sistemass de grande porte é necessário a adoção de modelos
que representem o comportamento real do sistema, tratando como um
circuito ideal e real com as perturbações que podem ocorrer na linha. A
modelagem é realizada conforme a extensão das linhas de transmissão.
A respeito da modelagem das linhas de transmissão de energia elétrica,
analise as armativas:
I- As linhas de transmissã
transmissãoo são modeladas, geralmente, para dois
comprimentos: Linhas curtas (< 80 km) e linhas longas (> 80 km).
II- No modelo π para linhas curtas, os parâmetros série e a capacitância shunt
são proporcionais ao comprimento da linha.
III- Para linhas longas o modelo π considera os parâmetros proporcionais
ao comprimento da linha, sem considerar os parâmetros distribuídos ao
longo da linha.
IV- A impedância de surto ocorre quando a resistência tende ao innito e a
condutância da linha vai a zero.
Com base nas armativas, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Somente a armativa III está correta.
b) ( ) Somente as a
armativas
rmativas I e II estão cor corretas.
retas.
c) ( ) Somente as armativ
armativas as I, II e IV estão corretas.
d) ( ) As armativas I, II, III e IV estão corretas.
e) ( ) Somente as armativa
armativass III e IV estão corretas.
2 O problema de uxo de popotência,
tência, ou uxo de ca
carga,
rga, tem co
como
mo função oobter-
bter-
se o estado operativo de uma rede elétrica em regime permanente senoidal,
sinalizando os caminhos percorridos pelas potências ativa e reativa em
todos os elementos da rede elétrica, além do fasor tensão em todas as barras.
A resolução e a análise do uxo de potência são de grande importância
para as operações em tempo real do sistema e também para o planejamento
de sua melhor operação e expansão. Com base em conhecimentos de uxo
de potência, julgue as armações que se seguem:
FONTE: <https://peteel.ufsc.br/2020/07/27/fluxo-d
<https://peteel.ufsc.br/2020/07/27/fluxo-de-potencia/>.
e-potencia/>. Acesso em: 6 jul.
j ul. 2021.
I- O est
estudo
udo d dee u
uxo
xo de potência é uutilizado
tilizado tanto no plan
planejamento
ejamento como
na operação de redes elétricas. Determina-se, essencialmente: as tensões
complexas das barras; as distribuições dos uxos de potência que uem
pelas linhas.
II- O sobrecar
sobrecarregamento
regamento de uma linha de transmi
transmissão
ssão não altera os nív
níveis
eis de
tensão das barras de um sistema de elétrico de potência.
III- Quando a impedância da carcarga
ga for igual à impedância da linha, situação
de linha casada, as perdas reativas na linha são nulas.
157
a) Determinar
Resistência eascondutância
expressões da tensão e daFrequência:
desprezadas; corrente ao 60
longo
Hz; da linha.noDados:
Tensão início
da linha: V(0) = 130 < 0° kV; Corrente no início da linha: I(0) = 50 < –20° A.
5 Quando vamos realizar o estudo de caso em softwares devemos seguir uma
metodologia para escolher da melhor forma possível uma ação de controle
para evitar danos às redes de energia elétrica. Cite os possíveis passos
para realização de estudo do uxo de potência utilizando um software e
descreva o que será visto em cada passo.
158
REFERÊNCIAS
ANEEL – AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Plano de dados
abertos – 2016-2017. Brasília, DF: ANEEL, 24 abr. 2017. Disponível em: hps://
www.aneel.gov.br/do
www.aneel.gov.br/documents/656835
29-8570-682d-e06d337ae945.
29-8570-682d-e06d337ae945. 22 jun. 2021. G_2_1.pdf/b7e51d-0d--
cuments/656835/15191813/DD_I
/15191813/DD_IG_2_1.pdf/b7e51d-0d
Acesso em:
ALENCAR VASCONCELOS, J. Sistemas elétricos – fuxo de potência. Goiânia:
PUC, 2017. (Notas de aula).
ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de circuitos elétricos. 5.
ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
BENEDITO, R. A. S. Sistemas elétricos de potência. Curitiba: Universidade Tec-
nológica Federal do Paran
Paraná,
á, 2013. Disponível em: hps://bit.ly/3qfagGp. Acesso
em: 22 jun. 2021.
DISRUPÇÃO. In: MICHAELIS. Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa.
Disponível em: hps://michaelis.uol.com.br/busca?id=vwW4.
hps://michaelis.uol.com.br/busca?id=vwW4. Acesso em: 6 jul.
2021.
EPE – EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. BEN 2020 – balanço energético
nacional 2020: ano base 2019. Rio de Janeiro: EPE – Empresa de Pesquisa Ener-
gética, 2020.
FUCHS, R. D. Transmissão de energia elétrica: linhas aéreas, teoria das linhas
em regime permanente. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Cientícos, 1977.
159
UNIDADE 3 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de
de::
• compreender o circuito equivalente de uma rede de distribuição;
• analisar o funcionamento das redes de distribuição dentro de um siste-
ma de potência;
• analisar os materiais e equipamentos que são utilizados nas redes de
distribuição;
• analisar como a ten
tensão,
são, potência e corrente na rede de distribuição vva-
a-
riam com a carga;
• modelar a rede de distribuição de energia elétrica;
• determinar os parâmetros das redes de distribuição;
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da
unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o
conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assi
assimm absorverá
melhor as informações.
161
162
UNIDADE 3 TÓPICO 1 —
1 INTRODUÇÃO
O sistema de distribuição tem a responsabilidade na qualidade do serviço
prestado ao consumidor, por ter o contato entre distribuidora e cliente, tendo
uma importância fundamental no contexto do sistema elétrico exigindo grandes
investimentoss na rede elétrica.
investimento
A atividade de planejamento, que é essencial a qualquer sistema, torna-se
imprescindível à distribuição, de forma a se atender ao crescimento da carga em
níveis de qualidade de serviço compatíveis com suas características, procurando-
se otimizar a aplicação de recursos nanceiros disponíveis.
O planejamento de sistemas de distribuição de energia elétrica é uma
atividade na qual o principal objetivo é adequar, ao menor custo, o sistema
elétrico e o sistema-suporte de distribuição às futuras solicitações do mercado
consumidor, garantindo um suprimento de energia elétrica, com níveis de
qualidade compatíveis com o mercado de distribuição.
Neste tópico relembraremos alguns dos conceitos já falados na Unidade 1
deste livro, dando uma visão geral da constituição dos sistemas de potência, mas
agora com o sistema de distribuição com maior ênfase.
2 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
Como já vimos nas unidades anteriores que os sistemas elétricos de
potência – SEP podem ser subdivididos em trê
trêss grandes blocos:
• Geração: converte alguma forma de energia em energia elétrica.
• Transmissão: transporta a ener
energia
gia elét
elétrica
rica dos centros de prod
produção
ução aaos
os de
consumo.
• Distribuição: distribui a ene
energia
rgia elétrica recebida do si
sistema
stema de tr
transmissão
ansmissão
aos grandes, médios e pequenos consumidores
consumidores..
163
164
165
NOTA
168
4 Nota 3
a
ot Nota 1
N 4
Nota 4 ta
Nota 3 o
N
Nota 3 Nota 3 o
Nota 2
A 4 im
x
ta á
B Nota 3 o m
N 0
5
Nota 2 Nota 2 7
Nota 2
Nota 1 4
ta
Nota 3 o
+0,5 N
Furo φ -0 Nota 3
Nota 2
Nota 2
169
devido ao especiais
acessórios pleno iso
isolamento
lamento daentre
acopláveis rede,si,su
suas
as conexõesque
garantindo sãoo efetuadas por
sistema que
totalmente isolado.
• Os principais componentes da Rede de Distribuição Isolada de Média Tensão
são (ELETROBRÁS, 2012a):
օCondutores: cabos de alumínio
alumínio isolados, com uma camada isolante,
blindagens semicondutoras,
semicondutoras, blindagem
blindagem metálica e capa
capa..
օAcessórios desconectáveis: peças moldadas em borracha EPDM, utilizadas
em todas as conexões e derivações de rede, com formatos geométricos
especícos para cada aplicação.
Terminações: peças moldadas em bases poliméricas diversas, para
օ
3.1 ALIMENTADOR
ALIMENTADOR PRIMÁRIO RADIAL SIMPLES
Na Figura 9 estão apresentados dois alimentadores derivados de uma
mesma SE. Diversos ramais são derivados de cada alimentador, protegidos por
chaves fusíveis. Também são instaladas nos alimentadores chaves seccionadoras,
operando na condição normalmente fechadas – NF, para isolar blocos de carga,
170
3.2 INTERLIGAÇÃO DE
D E EMERGÊNCIA DO CIRCUITO
CIRCUITO
PRIMÁRIO
A eciência do dispositivo de seccionamento em reduzir a extensão
das consequências de uma falta permanente depende do ponto do sistema de
distribuição em que tal falta ocorre. Dependendo da localização do defeito, dois
ou mais trechos ou até mesmo o alimentador completo será desenergizado até o
defeito ser encontrado e eliminado.
Portanto, para
faltas permaneçam que os
o menor trechos
espaço que não
de tempo forem desenergizados,
possível afetados diretamente
desenergizado pelas
s, os sistemas
de distribuição são dotados de recursos que permitem o suprimento temporário
de tais trechos por outros alimentadores. Com a interligação de emergência, a
queda de tensão vericada é geralmente maior e pode provocar um desequilíbrio
de fases signicativo.
171
Cada alimentador deve ter capacidade suciente para atender a sua carga
mais a carga adicional de emergência prevista para ele. Quanto mais interligações
houver, mais eciente será o suprimento e menor a folga que cada alimentador
deve ter em condições normais de operação, reduzindo os custos envolvidos. Ao
analisarmos como exemplo o circuito da Figura 9, veremos como deve ser feito o
cálculo de carregamento de um determinado sistema de distribuição.
Para que a manobra citada na rede de distribuição da Figura 9 possa
acontecer, o circuito dois deverá ter capacidade para transportar a sua própria
carga e a carga transferida do circuito um. Um critério utilizado para a xação
do carregamento de circuitos, em regime normal de operação, é o de se denir
o número de circuitos que irão receber a carga a ser transferida. Em geral, são
utilizados dois circuitos para auxiliar um terceiro, sendo que o carregamento dos
circuitos que receberão a carga transferida não deve exceder o seu limite térmico
(KAGAN; OLIVEIRA; ROBBA, 2005), ou seja:
n – número de circuitos que irão observar a carga do circuito em contingência;
Sterm – carregamento correspondente ao limite térmico do circuito.
1.1
1.2
Evidentemente a tensão do outro circuito deve ser não nula. Nesse arranjo,
cada circuito deve ter capacidade para absorver toda a carga do outro. Assim, o
carregamento admissível,
admissível, em condições normais de operação deve ser limitado a
50% do limite térmico.
174
4 ESTAÇÕES TRANSFORMADORAS
TRANSFOR MADORAS – ETs
ETs
As estações transformadoras – ETs, segundo Kagan, Oliveira e Robba
(2005), compreendem o transformador que reduz a tensão primária, ou média
tensão, para por
constituídas a tensão de distribuição
para-raios, secundária,
que protegem ou baixa tensão.
contra sobretensões, As ETs que
e elos fusíveis são
protegem contra sobrecorrentes. Essas duas proteções são instaladas no primário.
Nas redes aéreas, em geral, os transformadores são instalados diretamente nos
postes. As potências nominais dos transformadores são padronizadas: 10, 15, 30,
45, 75, 112,5 e 150 kVA. No Brasil, são padronizados dois valores de tensão de
distribuição secundária: 220/127 V e 380/220 V.
O transformador mais utilizado é o trifásico, com resfriamento a óleo,
enrolamentos do primário em triângulo e enrolamentos do secundário em estrela,
com centro aterrado. Também
Também são utilizados, em alguns sistemas, transformadores
transform adores
monofásicos e bancos de transformadores monofásicos. Os transformadores
devem ser instalados
secundária e também opróximo
mais próximo
a cargaspossível do centro
concentradas de carga
(KAGAN; da rede
OLIVEIRA;
ROBBA, 2005). A substituição dos transformadores deve ser indicada quando
seu carregamento, no horário de ponta de carga, ultrapassar 120% da potência
nominal. Em condições de emergência, a demanda máxima do transformador
pode atingir até 150% por um período de até duas horas.
175
NOTA
No Brasil os projetos das redes de distribuição eram realizados de forma que
os cabos de maior seção na média tensão eram instalados nos trechos mais próximos da
subestação primária e os de menor seção nas seções mais distante. Isso se deve ao fato da
energia ser drenada ao longo do trecho do alimentador primário.
176
FIGURA 16 – ALIMENTADOR
ALIMENTADOR PRIMÁRIO SECCIONADO
6 SISTEMA SECUNDÁRIO
O sistema
em arranjo deem
radial ou distribuição secundária pelo
malha. É responsável deriva da estaçãoaos
suprimento transformadora,
consumidores
de baixa tensão, como os consumidores residenciais, comércios e pequenas
indústrias. O grau de conabilidade exigido de cada segmento que compõe um
SEP é denido em função do montante da potência transportada.
177
O sistema
distribuição, secundário
circuito secundárde
iodistribuição
secundário é formado
e ramais de serviço. pelos transformadores
Quando de
se projeta uma rede
de distribuição secundária, o traçado tem conguração em malha.
Braçadeira
Braçadeira Plást
Plástica
ica
0
0
8
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A tr
transmissão
ansmissãoe opera
radialmente, em malha
malha,,secundária
a distribuição a subtransmissão e a distribuição
opera tanto em malha,operam
como
radialmente. E os valores ecazes das tensões, com frequência de 60 Hz,
utilizados no Brasil, são xados por decreto do Ministério das Minas e Energia,
sendo regulados pela ANEEL através do PRODIST. O sistema de distribuição
abrange o sistema de subtransmissão e os sistemas de distribuição primária
e secundária.
• As redes de dist
distribuição
ribuição primária saem das SEs de distribuição e aalimentam
limentam
(de onde vem o termo alimentador) as instalações dos consumidores. A maior
parte das concessionárias, em suas normas técnicas que envolvem projetos de
redes de distribuição aéreas urbanas, dene, para as redes de média tensão,
três modalidades:
Isoladas Redes de
de Média Tensão Distribuição
e Redes Protegidas,
de Distribuição Redes
Aéreas de Distribuição
Convencionais.
• Tratando-se de int
interligação
erligação de em
emergência
ergência do ccircuito
ircuito primário, os sistemas
de distribuição são dotados de recursos que permitem o suprimento
temporário de tais trechos por outros alimentadores. E com a interligação
de emergência, a queda de tensão vericada é geralmente maior e pode
provocar um desequilíbrio de fases signicativo. Assim, cada alimentador
deve ter capacidade suciente para atender a sua carga mais a carga adicional
de emergência prevista para ele. Quanto mais interligações houver, mais
eciente será o suprimento e menor a folga que cada alimentador deve ter em
condições normais de operação, reduzindo os custos envolvidos.
• O sis
sistema
tema de di
distribuição
stribuição secundária deriva da eestação
stação transformadora, em
arranjo radial ou em malha. É responsável pelo suprimento aos consumidores
de baixa tensão, como os consumidores residenciais, comércios e pequenas
indústrias. O grau de conabilidade exigido de cada segmento que compõe
um SEP é denido em função do montante da potência transportada. O
sistema secundário de distribuição é formado pelos transformadores de
distribuição, circuito secundário e ramais de serviço.
181
AUTOATIVIDADE
1 A estrutura de um siste
sistema
ma elétrico de potência co
compreende
mpreende os sistemas
de geração, transmissão, distribuição e suas subestações de energia elétrica
(com transformadores, disjuntores e seccionadores das mais variadas
tensões e correntes), em geral, cobrindo uma grande área geográca
(GARCIA; DUZZI JR, 2012). Com base nesse contexto, assinale a alternativa
CORRETA:
FONTE: GARCIA D., DUZZI JUNIOR F. E. Aspectos de sistemas de geração, transmissão
e distribuição de energia elétrica. Distribuição de energia, 2012. p. 62-68. Disponível em:
https://bit.ly/2XkyyEV. Acesso em: 8 set. 2021.
182
c) ( ) O oobjetivo
bjetivo de realizar, inicialmente, a d
distribuição
istribuição em média tensão é a
diminuição das perdas.
d) ( ) As tensõ
tensões
es de fornecimento da baixa tensão es estão
tão restr
restritas
itas somente a
380 V e 127 V.
4 O uso de rede
redess subterrâneas
subterrâneas de distribuição não é tão com
comum
um quanto das
redes aéreas
uma rede de distribuição,
subterrânea issoum
apresenta se custo
deve bem
a fatores
mais econômicos. Já que
elevado. Entretanto
em quais situações devem ser construídas redes subterrâneas ao invés de
aéreas?
5 O sistema reticulado consiste de dois ou mais circuitos primários
radiais, partindo de uma mesma SE, que alimentam um certo número de
transformadores de distribuição, ligados alternadamente para evitar a
interrupção de dois transformadores adjacentes no caso de desligamento
de um dos primários. Descreva a operação desse sistema.
183
184
UNIDADE 3 TÓPICO 2 —
SUBESTAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO
1 INTRODUÇÃO
A operação de um sistema de distribuição visa manter os consumidores
abastecidos de energia elétrica segundo padrões adequados, permitindo que
o serviço se mantenha contínuo, com qualidade e maior economia. Para isso,
a distribuidora deve ter uma estrutura que lhe permita operar o sistema de
distribuição, atuando em operações rotineiras de manobra e manutenção do SEP.
As falhas que chegarem a ocorrer no sistema devem ser detectadas e corrigidas
em tempo hábil. Os componentes da estrutura das subestações serão descritos a
seguir, bem como os critérios para sua análise.
Neste tópico será mostrado como as subestações de distribuição se
dividem, relacionando suas características que permitem serem aplicadas em
diferentes situações no SEP. Serão apresentados os principais componentes que
compõem uma subestação: equipamentos de proteção e manobra. Além disso, os
barramentos existentes nos SEPs serão apresentados com suas particularidades e
aplicações.
185
DICAS
• O primeir
primeiroo díg
dígito
ito indic
indicaa o tipo de equipamento: transformador, disjuntor,
religador, chave etc.
• O se
segundo
gundo dígito indica a tensão de operação do equipamento.
• O tterceiro
erceiro dígito indica o equipamento em relação a sua função.
• O qu
quarto
arto dígito indica a sequência ou posição do equipamento.
T Transformador de força T1 a T5
T Transformador de serviço auxiliar T6 a T9
X Conjunto de medição X1 a X9
U Transformador de potencial U1 a U9
Z Transformador de corrente Z1 a Z9
W Resistor de aterramento W1 a W9
FONTE: Adaptada de Leão (2009)
NOTA
189
3.1 TRANSFORMADOR
Equipamento para elevar ou baixar as tensões entre os subsistemas de um
sistema elétrico. O transformador é o principal e mais caro equipamento em uma
subestação de transmissão ou de distribuição.
• Transformador de potência.
Equipamento utilizado em grandes potências, geralmente dezenas
de MVA, tensões nominais a partir de 69 kV, sendo utilizado basicamente por
empresas do SEP em subestações de transmissão e subtransmissão de energia.
Os dados da placa do transformador da Figura 20 indicam a potência de 25/31,5
MVA,
MV A, relação de tensões 69/13,8 kV (MAMEDE FILHO, 2013a).
FONTE: <https://bit.ly/2V5CW9O>.
<https://bit.ly/2V5CW9O>. Acesso em: 30 ago. 2021.
• Transformador de distribuição
Equipamento utilizado pelas concessionárias de distribuição de energia e
por empresas em geral, instalados em subestações aéreas. Sua potência nominal
varia de 15 a 300 kVA para os transformadores trifásicos, e de 3 a 75 kVA para
os transformadores monofásicos. Para grandes indústrias, há os transformadores
com maior potência nominal variando de 500 kVA a 5 MV
MVA,A, não sendo instalados
em postes, mas em pátios ou subestações abrigadas (MAMEDE FILHO, 2013a).
190
FONTE: <https://bit.ly/3zziE7t>.
<https://bit.ly/3zziE7t>. Acesso em: 30 ago. 2021.
3.2 DISJUNT
DISJUN TOR
De acordo com Mamede Filho (2013a), o disjuntor é um dispositivo de
manobra e proteção que permite a abertura ou fechamento de circuitos de potência
em quaisquer condições de operação, normal e anormal, manual ou automática.
Durante a abertura dos contatos principais do disjuntor há a formação do arco
elétrico, que deve ser rapidamente desionizado e resfriado. Os tipos mais comuns
de disjuntores, classicados segundo sua tecnologia para extinção do arco elétrico
são: disjuntor a óleo, disjuntor a vácuo, disjuntor a ar comprimido, disjuntor a
SF6, suas principais características estão descritas a seguir:
• Disjuntor a óleo (MAMEDE FILHO, 2013a):
օ
A grande volume de óleo (GVO): tensões até 230 kV. Nos disjuntores de
pequena capacidade, as fases cam imersas em um único recipiente de
óleo, com a nalidade de interromper a corrente e isolar as fases. Nos de
grande capacidade, o encapsulamento dos contatos é monofásico.
օA pequeno volume de óleo (PVO): todas as faixas de média tetensão;
nsão; contém
uma câmara de extinção com uxo de óleo forçado sobre o arco, aumentando
a eciência do processo de interrupção de corrente e diminuindo o volume
de óleo no disjuntor.
օO princípio de eextinção
xtinção do arco é baseado na decomposição das molécula
moléculass
de óleo pela elevada temperatura do arco, resultando na produção de
gases (principalmente hidrogênio). O gás liberado tem duas funções:
efeito refrigerante acentuado e aumento de pressão em torno do arco,
determinando uma elevação no gradiente de tensão necessário à sua
manutenção e, assim, eliminando-o.
191
օ
Ausência
A extinçãodedo
meio extintor,
arco é maisgasoso
rápidaoujálíquido.
que o vácuo apresenta excelentes
propriedades dielétricas.
օ Erosão de contato é mínima, pois o arco é ext
extinto
into rapidamente
rapidamente..
օ Suporta religamentos automáticos múltiplos.
օ Relação entre capa
capacidade
cidade de ruptura e volume é signicativ
signicativa,
a, o que torna o
disjuntor a vácuo próprio para ser usado em cubículos.
FONTE: <https://bit.ly/2Z04gId>.
<https://bit.ly/2Z04gId>. Acesso em: 30 ago. 2021.
• Disjuntor a ar comprimido (MAMEDE FILHO, 2013a):
օRapidez na operação de abertu
abertura
ra e fechamento.
օO ar comprimido apresenta exce
excelentes
lentes propried
propriedades
ades extintoras e isolantes.
192
Quando os cont
օ contatos
atos se separam
separam,, acionam o pistão que produz uum
m sopro
sobre o arco.
193
3.3 RELIGADOR
Dispositivo interruptor, religa o sistema automaticamente, após a
abertura, quando da ocorrência de faltas temporárias, ou interrompe o circuito
quando houver falta permanente (MAMEDE FILHO, 2013a). T Tem
em como princípio
de funcionamento:
• Operar quando detecta correntes de cu curto-circuito,
rto-circuito, desligando e re
religando
ligando
automaticamente,
automaticament e, por um número pré-determinado de vezes.
• Durante o temp
tempoo de religamento, seus contatos são mantidos abertos, sendo
fechados após esse tempo, automaticamente, para o restabelecimento do
sistema.
• Se, apó
apóss o fechamento dos con
contatos,
tatos, a falta persistir, a sequ
sequência
ência abertura/
fechamento é repetida até três vezes consecutiv
consecutivas,
as, cando os contatos abertos
e bloqueados, após a quarta abertura. Após essa sequência, eliminada a falta,
o fechamento só poderá ser manual.
Segundo Mamede Filho (2013a), os religadores são muito utilizados pelas
concessionárias de distribuição, tanto nas suas subestações
subestações,, como no seu sistema
de distribuição, pois reduzem a duração das interrupções, (de aproximadamente
1 hora, para menos de 1 minuto), melhorando signicativamente seus indicadores
de continuidade.
194
3.5 CHA
C HAVE
VE SECCIONAD
SEC CIONADORA
ORA
Dispositivo que, em geral, não deve ser utilizado para interromper
corrente, ou seja, não deve ser aberta sob carga.
• Chave seccionadora monofásica
Utilizada pelas concessionárias de distribuição quando a potência
envolvida é da ordem de pouco MW.
FONTE: <https://bit.ly/3hstRQ3>.
<https://bit.ly/3hstRQ3>. Acesso em: 23 jun. 2021.
195
FONTE: <https://bit.ly/396J1pG>.
<https://bit.ly/396J1pG>. Acesso em: 23 jun. 2021.
3.6 CHAVE
CHAVE DE ATERRAMEN
TERR AMENTTO
Chave seccionadora tripolar, provida de sistema de aterramento,
utilizada para garantir que um circuito não seja energizado quando for necessário
realizar alguma manutenção. Sua utilização se dá apenas quando a linha está
desenergizada. Evita que haja alguma energização indesejada do bay-pass,
localizado no lado oposto do circuito.
FONTE: <https://bit.ly/3lkS4Jr>.
<https://bit.ly/3lkS4Jr>. Acesso em: 23 jun. 2021.
3.7 PARA-RAIOS
Dispositivo utilizado para proteger os equipamentos elétricos contra so-
bretensões, principalmente de origem atmosférica, ou causadas por chaveamen-
to, fazendo com que a carga resultante da sobretensão desça para a terra, através
da malha de aterramento. São instalados nas entradas e saídas de linhas, nas ex-
tremidades de alguns barramentos de média tensão, e nas estruturas dos trans-
formadores de distribuição.
FONTE: <https://bit.ly/3kbsuHe>.
<https://bit.ly/3kbsuHe>. Acesso em: 23 jun. 2021.
197
198
Para esse arranjo, ca claro que cada um dos transformadores deve ter
capacidade, na condição de contingência, para suprir toda a demanda da SE.
Quando uma SE possui mais de um transformador, costuma-se denir:
• Potência instalada, Sinst, a soma das potências nominais de todos os
transformadores.
• Potência rme, Sfrme, a potência que a SE pode suprir quando da saída do
transformador de maior potência existente na SE.
Para uma SE com “n” transformadores, de potências nominais Ssnom(i),
com i = 1, 2, ... , n, admitindo-se que o transformador “k” é o de maior potência
nominal, e considerando-se que, na condição de contingência, os transformadores
podem operar com sobrecarga de, por exemplo, 40%, ou seja, fsob = 1,40 em pu, e
mais, que seja possível a transferência de potência, Strans, para outras SEs, o valor
da potência rme será dado por:
2.1
2.2
200
2.4
2.5
FIGURA 34 – BARRAMENTOS
BARRAMENTOS DUPLICADOS
FONTE: Kagan, Oliveira e Robba (2005, p. 12)
201
DICAS
5 LOCALIZAÇÃO DA SUBESTAÇÃO
Devem ser considerados os seguintes critérios para a escolha do local de
instalação da subestação de distribuição (LEÃO, 2009):
• Localização – o mais próximo possível do centro de carga.
• Facilidade de acesso para as linhas de subtransmissão e para as linhas de
distribuição, existentes e futuras.
• Espaço para expansões futuras que sempre serão exigidas pelo crescimento
da carga.
• Regras de uso e ocupação do solo.
• Minimização do número de consumidores afetados quando da descontinuidade
do serviço.
• O loc
local
al de
deve
ve oferecer a ma
mais
is aampla
mpla fac
facilidade
ilidade a procedimentos de emergência,
emergência,
inclusive ao combate a incêndios.
203
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
AUTOATIVIDADE
205
FONTE: A autora
a) ( ) Disjuntor e Meio.
b) ( ) Barra Simples.
c) ( ) Barra Dupla com Dois Disjuntores.
d) ( ) Barra Principal e de Transfer
Transferência.
ência.
4 O
doarranjo de uma de
chaveamento subestação de distribuição
alta tensão, é a combinação
combinaçã
dos transformadores o adequadae
abaixadores
chaveamento de tensão primária (chaves, disjuntores e religadores) de
modo a obter uma performance pré-estabelecida. Quais os aspectos que
devem ser analisados nos diagramas de subestações?
5 Cada equipamento de uma subest
subestação
ação apresenta sua função especíca não
podendo haver a transmissão e distribuição de energia em segurança se um
dos equipamentos estiver danicado ou em manutenção sendo necessário
sempre haver equipamentos reserva para eventuais situações. Descreva
brevemente os principais equipamentos relacionados à transformação de
tensão, proteção e manobra.
206
UNIDADE 3 TÓPICO 3 —
1 INTRODUÇÃO
A previsão de carga é uma ferramenta de suporte essencial para a tomada
de decisões e funções de controle do SEP. As distribuidoras tentam prever as
cargas nas situações de curto, médio e longo prazo, com o intuito de enfrentar
questões de racionamento, para que não venham a acontecer. A previsão de carga
mais exata possível é uma das coisas mais buscadas pelas empresas brasileiras, já
que o setor elétrico necessita dessas informações para viabilizar o planejamento
na construção de usinas geradoras para suprir as necessidades do país a longo
prazo.
Para atender as necessidades do planejamento do sistema, torna-se
necessário também o conhecimento da distribuição de carga, ano a ano, por áreas
elementares, de forma a possibilitar o dimensionamento dos alimentadores,
subestações etc.
Neste tópico será apresentada a caracterização da carga e demanda,
uma descrição das principais classes de consumo e as principais variáveis que
inuenciam nessas classes, assim como o consumo global. Serão apresentados
exemplos práticos para a previsão de carga e demanda. Além de conceitos
teóricos descritos nas normas dos órgãos de regulação das distribuidoras de
energia elétrica.
2 CARACTERÍSTICAS DA CARGA
De acordo com Kagan, Oliveira e Robba (2005), as cargas supridas por um
SEP se caracterizam pelos seguintes pontos comuns, quais sejam:
• localização geográca;
• tipo de utilização da energia;
• dependência da energia elétrica;
perturbações causadas pela carga ao sistema;
• tarifação;
• tensão de fornecimento.
207
NOTA
A carga de uma SE, será considerada como a potência absorvida por todos os
alimentadores que saem de seus barramentos de distribuição. O sistema de distribuição
deve estar preparado para atender esse valor, tendo o cuidado para não haver um
superdimensionamento
superdimensiona mento do sistema.
3 DEMANDA
Basicamente, demanda é denida como a média da carga solicitada
ao sistema elétrico durante um determinado intervalo de tempo. A Figura 36
apresenta a curva diária de demanda de uma determinada unidade consumidora.
209
3.3
3.2
2 intervalo (10 – 20 min.):
3.3
3.4
210
3.8
NOT
TA
A
4 CONCEITO DE DIVERSIDADE
É a demanda máxima quem vai denir o dimensionamento de um
alimentador, pois é a responsável pelas condições mais severas de queda de tensão
e aquecimento nos condutores. No entanto, deve-se observar que a demanda
máxima de um conjunto de consumidores não é igual à soma de suas demandas
máximas individuais (VASCONCELOS, 2017). Essa diferença é causada pela
diversidade existente entre os consumidores, pois cada consumidor tem um
perl de consumo próprio.
Assim, para Kagan, Oliveira e Robba (2005), a demanda diversicada de
um conjunto de cargas, num dado instante t, é a soma das demandas individuais
das cargas, naquele instante. Formalizando esse conceito, para um grupo de “n”
cargas, cada uma com demanda diária de Di(t), com i = 1, 2, ..., n, a demanda
diversicada do conjunto de cargas é:
3.13
3.15
212
3.16
3.17
3.18
3.19
Das Equações 3.17, 3.18 e 3.19, é deduzida uma relação entre os fatores de
contribuição e de coincidência:
3.20
3.21
213
3.22
3.23
• O fator de contribui
contribuição
ção dos tr três
ês tipos de consu
consumidores
midores para a demanda
máxima do conjunto.A demanda máxima do conjunto ocorre no período das
18 às 19 horas, portanto, o fator de contribuição de cada tipo de consumidores,
denido como a relação, em cada instante, entre a demanda da carga
considerada e sua demanda máxima, calculado nesse mesmo período será:
215
3.24
Em que,
• Dmáx é a demanda máxima do conjunto das n cargas, no intervalo de tempo
considerado;
• Dmáx é a potência nominal da carga.
O fator de demanda, adimensional, é quase sempre menor que um.
Contudo, se houver algum equipamento operando em sobrecarga, seu fator de
demanda pode ultrapassar a unidade.
5.2 FA
F ATOR DE UTILIZAÇÃO
UTILI ZAÇÃO
De acordo com o PRODIST (ANELL, 2016), o fator de utilização é denido
como a razão entre a demanda máxima do sistema, em um intervalo de tempo
especicado e sua capacidade.
O cálculo do fator de utilização também é de extrema importância, pois
expressa o quanto da capacidade do sistema está sendo utilizada, proporcionando
para as distribuidoras informações para analisar a situação do seu sistema como
um todo, assim como a situação de cada um dos seus alimentadores. O fator de
utilização pode ser calculado pela expressão:
3.25
Em que,
• Dmáx é a demanda máxima do sistema, no intervalo de tempo considerado;
• Csist é a capacidade do sistema.
3.26
3.27
Em que,
• Dmédia é a demanda média do sistema no período τ;
• Dmáx é a demanda máxima do sistema no período τ;
• D(t) é a demanda instantânea no instante t;
• Fcarga é o fator de carga do sistema no período τ.
3.28
3.29
)
W
k
(
a
d
n
a
m
e
D
Tempo (horas)
(ho ras)
FONTE: Kagan, Oliveira e Robba (2005, p. 30)
219
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• As carg
cargas
as suprida
supridass por um SEP se carac
caracterizam
terizam pe
pelos
los segu
seguintes
intes ponto
pontoss
comuns, quais sejam: Localização geográca; Tipo de utilização da energia;
Dependência da energia elétrica; Perturbações causadas pela carga ao
sistema; Tarifação; Tensão de fornecimento. A concessionária distribuidora de
energia elétrica tem que identicar, entre seus consumidores, aqueles em que
a interrupção no fornecimento de energia elétrica pode causar maior prejuízo.
Para tanto, as cargas podem ser classicadas em sensíveis, semissensíveis e
normais.
• A demanda é denida como a média da carga solicitada ao sistema elétrico
durante um determinado intervalo de tempo. Já o consumo é denido como
adaenergia consumida
carga (kW) um intervalo
pelo número de tempo,
de horas (h) em ou
queseja,
ela ocou
produto da expresso
ligada, potência
em quilowa-hora (kWh). Se a curva de demanda da Figura 36 representar
potência ativa, o consumo, ou energia consumida será equivalente à área sob
a respectiva curva.
• A demanda máxima é quem vai denir o dimensionamento de um
alimentador, pois é a responsável pelas condições mais severas de queda de
tensão e aquecimento nos condutores. Devendo-se observar que a demanda
máxima de um conjunto de consumidores não é igual à soma de suas
demandas máximas individuais. Essa diferença é causada pela diversidade
existente entre os consumidores, pois cada consumidor tem um perl de
consumo próprio.
221
• Os fato
fatores
res de típicos utilizados na dis
distribuição
tribuição de eenergia
nergia elétrica são: o fa
fator
tor
de demanda é a razão entre a demanda máxima em um intervalo de tempo
especicado e a carga instalada na unidade consumidora; o fator de utilização
é denido como a razão entre a demanda máxima do sistema, em um intervalo
de tempo especicado e sua capacidade; O fator de carga como a razão entre a
demanda média e a demanda máxima da unidade consumidora ocorridas no
mesmo intervalo de tempo especicado.
CHAMADA
Ficou alguma dúvida? Construímos uma trilha de aprendizagem
pensando em facilitar sua compreensão. Acesse o QR Code, que levará ao
AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
222
AUTOATIVIDADE
223
FONTE: A autora
FONTE:<https://www.f
FONTE:<https:/ /www.feis.unesp.br/Home/
eis.unesp.br/Home/departament
departamentos/engenha
os/engenhariaeletrica/apo
riaeletrica/apostila_
stila_
sdee_01.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2021.
Nesse contexto, quais são os vários tipos de cargas? Faça a distinção entre
cada uma.
224
UNIDADE 3 TÓPICO 4 —
QUEDA DE TENSÃO
1 INTRODUÇÃO
Nas redes de distribuição as quedas de tensão nos alimentadores, ramais
ou transformadores são de interesse da concessionária, pois permitem estudos
relacionados às redes elétricas.
O controle da tensão nos pontos terminais dos alimentadores deve ser
mantido dentro dos limites previstos em normas regulamentadoras, através de
controle de transformadores em subestações, e também por outros dispositivos
ao
de longo da redeque
capacitores, e dos alimentadores,
seguem o perl detais como
carga os reguladores
ao qual de tensão e banco
estão alimentando.
Neste tópico será apresentado como é realizado o cálculo da queda de
tensão pelas distribuidoras de energia, quais os níveis de tensão em que os
alimentadores devem permanecer segundo as normas regulamentadoras da
ANEEL. Serão mostradas situações práticas em que é necessário o cálculo da
queda de tensão para ajuste dos níveis de tensão na rede e a melhor alocação das
cargas ao longo da rede elétrica de distribuição.
225
226
FIGURA 41 – REPRESENTAÇÃO
REPRESENTAÇÃO DO ALIMENTADOR
ALIMENTADOR
4.3
δ é a abertura angular do alimentador.
227
4.4
4.5
4.6
228
NOTA
4.8
equaçãoSubstituindo
4.8: o valor de Z = (r = jx) l, em que r.l = Zcos θ e x.l = Z sin θ, na
4.9
229
4.11
4.12
FIGURA 43 – ALIMENTADOR
ALIMENTADOR COM CARGA CONTÍNUA
FONTE: Moura (2018, p. 24)
230
4.13
4.14
Para calcular a queda de tensão entre dois pontos separados por uma
distância finita. Entre o ponto inicial e final de um alimentador,
4.15
4.16
4.17
231
DICAS
233
234
4.20
235
4.22
4.24
Quando os condutores fase e neutro são do mesmo tipo, a equação X ca:
4.25
237
Com relação aos limites de queda de tensão, apesar dos limites mínimos
de tensão impostos pelo Módulo 8 do Prodist.
As concessionárias adotam percentuais de queda de tensão mais rigorosos,
abaixo dos permitidos. Tais como os mostrados na Tabela 7, lembrando que cada
concessionária pode indicar um limite devendo somente respeitar o proposto
pela ANEEL.
Circuito Limite
Trifásico 3,5%
Bifásico 5,0%
Monofásico 6,0%
Exclusivo 6,5%
FONTE: Adaptada de Eletrobrás (2012)
4.26
Observações:
• Numa so solução
lução mais rigo
rigorosa,
rosa, o cálcu
cálculo
lo da queda de tensão
tensão dev
devee ser ponto a
ponto. Contudo, para reduzir o trabalho se calcula utilizando trechos maiores,
sendo as cargas intermediárias consideradas uniformemente distribuídas no
trecho.
• Os circuitos em anel sãosão transforma
transformados
dos em radi
radiais,
ais, escolhendo-se
escolhendo-se um
ponto de abertura em que as quedas de tensão por ambos os lados sejam
aproximadamente iguais.
238
LEITURA COMPLEMENTAR
PARTE I
GD SOLAR FOTOVOLTAICA:
FOTOVOLTAICA: MUITO ALÉM DO SETOR ELÉTRICO
Rodrigo Sauaia
Ronaldo Koloszuk
Aldo Pereira
O papel estratégico da geração distribuída solar fotovoltaica (GDFV)
vai muito além dos notáveis ganhos elétricos que a modalidade proporciona
aos consumidores cativos. O avanço da GDFV traz liberdade de escolha,
previsibilidade de gastos e protagonismo aos consumidores. Ela representa,
na prática, uma potente locomotiva para o desenvolvimento econômico, social
e ambiental do Brasil, com geração de milhares de empregos e renda, atração
de bilhões em novos investimentos privados, diversicação da matriz elétrica
e agregando diversos benefícios sistêmicos para todos os consumidores e a
sociedade brasileira.
A partir dos dados de investimentos realizados no segmento desde 2012
e levando em consideração os incrementos de arrecadação proporcionados pela
GDFV aos governos federal, estaduais e municipais dos investimentos, novos
empregos e renda trazidos ao País, estima-se que, para cada R$1 investido em
sistemas solares fotovoltaicos de pequeno e médio portes, o setor devolve aos
brasileiros mais de R$3 em ganhos eelétricos,
létricos, econô
econômicos,
micos, sociais e ambientais.
A GDFV ajuda a aliviar a operação da matriz elétrica nacional,
economizando água dos reservatórios das hidrelétricas e reduzindo o uso de
termelétricas caras e poluentes. Tal cenário diminui a pressão pelo aumento de
bandeiras tarifárias na conta de luz de todos os brasileiros e, com isso, garante
economia mesmo aos cidadãos que nunca investiram em geração distribuída.
Adicionalmente, contribui para postergar investimentos em novos projetos de
geração, transmissão e distribuição de eletricidade, diminui perdas elétricas do
sistema, alivia as redes elétricas pelo “efeito vizinhança” e reduz as emissões de
poluentes atmosféricos e gases de efeito estufa, entre diversos outros relevantes
benefícios.
No início de 2020, a GDFV atingiu uma nova marca histórica de 2GW
de potência operacional, espalhada em residências, comércios, indústrias,
produtores rurais, prédios públicos e sistemas em pequenos terrenos. Com isso, a
fonte solar fotovoltaica passou a representar 99,8% de todos os sistemas e 92,7%
de toda a potência de geração distribuída do Pa
País,
ís, em um total de 191 mil sistemas
solares fotovoltaicos conectados à rede e mais de R$11,9 bilhões em investimentos
acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões nacionais.
239
PARTE II
PERSPECTIVAS
PERSPECTIVAS PARA A GERAÇÃO CENTRALIZADA SOLAR
FOTOVOLTAICA NO BRASIL
Ricardo Barros
Rodrigo Sauaia
Ronaldo Koloszuk
A geração centralizada solar fotovoltaica, composta por projetos de
usinas de grande porte, assim como tantas outras aplicações da tecnologia
solar fotovoltaica no Brasil, tem se consolidado cada vez mais como uma fonte
renovável de geração de energia elétrica com alto valor agregado à sociedade
brasileira.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar
Fotovoltaica (Absolar) a partir de dados ociais, hoje, já são mais de 2.000
megawas (MW) em usinas de geração centralizada solar fotovoltaica em
operação no Brasil. O número representa mais de R$ 10 bilhões em investimento
investimentoss
privados atraídos ao País desde 2014, que viabilizaram a geração de mais de 50
mil novos empregos locais qualicados pelo setor nas regiões onde os projetos
foram implantados.
As usinas em operação geram energia elétrica limpa e renovável suciente
para suprir um consumo equivalente à necessidade de mais de três milhões de
brasileiros. Adicionalmente, há mais de 1.700 MW em novos projetos em fase de
desenvolvimento e construção, com início de operação prevista para até 2022.
Trata-se de energia elétrica não apenas limpa e renovável, mas também cada
vez mais competitiva, ampliando a diversicação do suprimento elétrico de nosso
País, hoje, demasiadamente dependente de hidrelétricas e termelétricas fósseis.
Isso contribui para o alívio de nossos reservatórios hídricos e reduz a pressão
para outros usos estratégicos, como suprimento humano, agricultura, irrigação
e processos industriais. Adicionalmente, garante a redução do acionamento de
termelétricas fósseis, mais caras e poluentes, ajudando na diminuição de custos
aos consumidores e na mitigação dos impactos do aquecimento global.
O mito de que a energia solar fotovoltaica era cara já caiu por terra.
Atualmente, a fonte já apresenta um dos preços mais competitivos para a geração
de energia limpa e renovável no mercado elétrico brasileiro, além de promover o
alívio nanceiro das famílias e o aumento da competitividade do setor produtivo
no País.
Os números já impressionam, mas ainda estão muito aquém do potencial
da tecnologia e das necessidades do Brasil. Entretanto, o Governo Federal acaba de
dar um sinal claro de isonomia e transparência,
transparência, que contribuirá para a ampliação
dos investimentos em geração centralizada solar fotovoltaica.
241
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
• àO qualidade
Módulo 8 do
daProdist
energia(ANEEL, 2016), estabelece
elétrica (QEE), abordandoosaprocedimentos
qualidade do relativos
produto
e a qualidade do serviço prestado. O módulo ainda dene a terminologia,
caracteriza os fenômenos, parâmetros e valores de referência relativos à
conformidade de tensão em regime permanente e às perturbações na forma
de onda de tensão, estabelecendo mecanismos que possibilitem à ANEEL
xar padrões para os indicadores de QEE.
• A denição de um alimentador, segundo o Prodist (ANEEL, 2016), é a linha
elétrica destinada a transportar energia elétrica em média tensão que, por sua
função e utilização, tem comprimento que não ultrapassa a faixa de alguns
quilômetros. Portanto,
Portanto, é considerada linha curta, podendo ser modelada por
um circuito a parâmetros concentrados, RL série.
• Nos projetos de implantação, reforma e extensão dos sistemas de distribuição
de energia elétrica, é mais importante se conhecer a queda de tensão no
alimentador do que a própria tensão. Essa queda de tensão pode ser calculada
entre dois pontos quaisquer do alimentador, num determinado instante de
tempo, sendo que os extremos do alimentador são especialmente importantes.
• O raio de ação de um alimentador aaéreo
éreo é limitado pela queda de tensão
máxima admissível, denida na regulamentação da ANEEL (2017).
Dependendo da tensão nominal, das características do condutor (tipo,
diâmetro e espaçamento) e da carga suprida (quantidade, fator de potência e
tipo de distribuição).
• Em projetos de redes secundárias, as concessionárias instalam os
transformadores no centro da área atendida que, em muitos casos, não coincide
com o centro da carga. Assim, o cálculo de queda de tensão é fundamental
para o dimensionamento dos condutores. Para redes primárias, adota-se o
limite de queda de tensão inicial de 5%, para o horizonte de 10 ou 15 anos.
ADA
CHAM
243
AUTOATIVIDADE
244
FONTE: AID. ANEEL, 2021. Qualidade no fornecimento de energia em 2020 alcança melhor
resultado. Disponível em: https://bit.ly/3l8BtZb.
https://bit.ly/3l8BtZb. Acesso em: 8 set. 2021.
I- Continuidade do forne
fornecimento,
cimento, com ba base
se em índices qque
ue avaliam
avaliam a
duração e a frequência das interrupções em um período denido.
II- Número de tra
transformadores
nsformadores de distribuição
distribuição instalados por alimentador.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As assertivas I e II estão corretas.
b) ( ) Apenas a asser
assertiva
tiva I est
estáá correta.
c) ( ) Apenas a assertiva II está correta.
d) ( ) As assertiv
assertivas
as I e II não são proposições corretas.
4 Um alimentador de 10 km de extensão,
extensão, atende, na sua extremidade
extremidade,, a uma
carga de 1,2 kVA,
kVA, fator de potência 0,9, atra
através
vés de condutores CA 1/0. Calc
Calcule
ule
a tensão na carga, considerando a tensão V0 no início do alimentador igual
a 13,8 kV. Adotar para o cabo: z = 0,607 + j0,451 Ω/km.
5 Determinar o raio de ação ddee um alimentador de 13,8 kV,
kV, com limite de
queda de tensão de 3% impedância de 0,35 + j0,40 Ω/km, que atende uma
área cuja carga é de 1,5 MVA/km,
MVA/km, com fator de potência 0,8:
245
REFERÊNCIAS
ABRAMAN – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MANUTENÇÃO E GESTÃO
Dispositivos de manobra
Service, 2006. Disponível em: hp://www.abraman.org.br/Arquivos/32/32.pdf.
DE ATIVOS. : disjuntores – parte 2. Rio de Janeiro: W.
Acesso em: 30 ago. 2021.
AID. ANEEL, 2021. Qualidade
Qualidade no fornecimento de energia em 2020 alcança me- me-
lhor resultado. Disponível em: hps://bit.ly/3l8BtZb. Acesso em: 8 set. 2021.
ANEEL – AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Procedimentos de
distribuição de energia elétrica no sistema elétrico nacional – Prodist. Brasília,
DF: ANEEL, 2016. Disponível em: hps://www.aneel.gov.br/prodist. Acesso em:
21 maio 2021.
ANEEL
dos – AGÊNCIA
abertos 2016-2017NACIONAL
. Brasília, DF:DE ENERGIA
ANEEL, Disponível Plano
2017.ELÉTRICA. de da-
em: hps://
www.aneel.gov.br/documents/656835/15191813/DD_IG
www.aneel.gov.br/documents/656835/1 5191813/DD_IG_2_1.pdf/b7e51d-0d
_2_1.pdf/b7e51d-0d--
29-8570-682d-e06d337ae945.
29-8570-682d-e06 d337ae945. Ace
Acesso
sso em: 23 mar. 2021.
BARROS, B. F.; GEDRA, R. L.; BORELLI, R. Geração, transmissão, distribuição
e consumo de energia elétrica. São Paulo: Érica, 2012.
ELETROBRÁS. Manual de especifcações técnicas de materiais de redes de
distribuição. Maceió: Eletrobrás Distribuição Alagoas, 2012a.
246