Lei 3175
Lei 3175
O Povo do Município de Montes Claros, por seus representantes, aprovou e eu, Prefeito Municipal, em seu nome,
sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Montes Claros, Estado de Minas
Gerais, instituído pela Lei nº 1.035, de 25 de março de 1974 e suas alterações.
Art. 2º - Servidor Público, para os efeitos desta Lei, é a pessoa legalmente investida em cargo público, em caráter efetivo
ou em comissão, ou detentora de função pública.
Art. 3º - Cargo Público é a unidade de ocupação funcional, permanente e definida, preenchida por servidor público, com
direitos e obrigações estabelecidos em lei.
Parágrafo único - Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, assim como aos estrangeiros, na forma da lei, são
criados por lei, com denominação e atribuições próprias e vencimentos pagos pelos cofres públicos.
Art. 4º - Função Pública é o conjunto de atribuições que, por sua natureza ou suas condições de exercício, não
caracterizam cargo público e são cometidas a detentor de função pública nos casos e forma previstos em lei.
Art. 5º - Os cargos públicos de provimento efetivo, de mesma denominação e para cujo exercício se exija a mesma
escolaridade, são agrupados em segmentos de classes e estes organizados em carreiras.
§ 2º - Os cargos em comissão de recrutamento limitado e as funções gratificadas são providos por servidor público efetivo
ou detentor de função pública estável.
§ 3º - Os cargos em comissão de recrutamento amplo são providos por qualquer pessoa que preencha os requisitos
estabelecidos em lei.
Art. 7º - Função gratificada é a instituída em lei para atender ao exercício de atividades que não justifiquem a criação de
cargos específicos.
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TÍTULO II
DO PROVIMENTO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
VII - habilitação em concurso público, salvo quando se tratar de cargo para o qual a lei assim não o exija;
§ 1º - Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de inscrição em concurso público para provimento de
cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras, para as quais serão reservadas até
10% (dez por cento) das vagas oferecidas no concurso.
§ 2º - Não preenchidas as vagas de que trata o parágrafo anterior, serão elas destinadas aos classificados no respectivo
concurso.
I - nomeação;
II - promoção;
III - reintegração;
IV - recondução;
V - aproveitamento;
VI - reversão.
CAPÍTULO II
DA NOMEAÇÃO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
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II - em comissão, quando se tratar de cargo que, em virtude de lei, assim deva ser provido.
Parágrafo único - O cargo em comissão de que trata o inciso II do artigo poderá ser preenchido, temporariamente, por
designação, até o seu provimento por ato de nomeação.
SEÇÃO II
DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 12 - A investidura em cargo público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo, observados o prazo de validade e a ordem de classificação,
ressalvada a nomeação para cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
§1º - O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, contados de sua homologação, podendo ser prorrogado 1
(uma) vez, por igual período.
§ 2º - O prazo de validade do concurso e as demais condições de sua realização serão fixados em edital, publicado em
jornal diário de grande circulação e/ou diário oficial do Estado.
§ 3º - Uma vez publicada a classificação definitiva dos candidatos aprovados, o concurso público deverá ser homologado
no prazo máximo de 90 (noventa) dias, sob pena de ser considerado tacitamente homologado.
Art. 13 - Enquanto houver candidato aprovado em concurso público anterior, cujo prazo de validade ainda não se tenha
expirado, não poderá haver nomeação de aprovado em outro concurso para o mesmo cargo.
SEÇÃO III
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 14 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório
pelo período de 36 (trinta e seis) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o
desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:
I - assiduidade e pontualidade;
II - disciplina;
IV - produtividade;
V - responsabilidade;
§ 1º - Doze meses antes de findo o estágio probatório, a avaliação de desempenho do servidor, realizada de acordo com o
que dispuser o regulamento, será submetida à homologação da autoridade competente, sem prejuízo da continuidade da
apuração dos fatores enumerados nos incisos deste artigo.
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§ 2º - Uma vez demonstrada aptidão funcional, no prazo de que trata o parágrafo anterior, o servidor, 4 (quatro) meses
antes do término do estágio, será submetido a avaliação final e, aprovado, terá homologado o estágio probatório.
§ 3º - A avaliação de desempenho será promovida por Comissão Especial instituída para essa finalidade.
§ 4º - O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente
ocupado, assegurando ao servidor o contraditório e a ampla defesa.
CAPÍTULO III
PROMOÇÃO
Art. 15 - A promoção é disciplinada em lei que disponha sobre Quadro de Pessoal, Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos dos Servidores do Município de Montes Claros.
CAPÍTULO IV
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 16 - A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou de sentença judicial transitada em julgado, é o ato
pelo qual o servidor demitido reingressa no serviço público, com ressarcimento dos vencimentos e vantagens próprios do
cargo.
§ 1º - A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado e, se este houver sido transformado, o servidor será
reintegrado no cargo resultante da transformação.
§ 2º - Se o cargo anteriormente ocupado se encontrar provido ou extinto, o servidor será reintegrado em cargo de
natureza, vencimento ou remuneração equivalentes, respeitada a habilitação profissional.
§ 3º - Não sendo possível a reintegração pela forma prescrita nos parágrafos anteriores, será o servidor posto em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até ser aproveitado em outro cargo.
CAPÍTULO V
DA RECONDUÇÃO
Art. 17 - Recondução é o retorno do servidor efetivo e estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de inabilitação
em estágio probatório relativo a outro cargo.
Parágrafo único - Se o cargo anteriormente ocupado estiver provido, o servidor será colocado em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até a ocorrência de vaga.
CAPÍTULO VI
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
Art. 18 - Poderá ocorrer a disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço, quando extinto o cargo
efetivo ou declarada a sua desnecessidade e desde que não seja possível atribuir, de imediato, ao servidor, cargo ou
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função compatível.
Art. 20 - O retorno à atividade do servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo ou
função de atribuições e vencimentos compatíveis com o cargo anteriormente ocupado.
Art. 21 - Serão tornados sem efeito o aproveitamento e a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo
legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.
CAPÍTULO VII
DA REVERSÃO
Art. 22 - Reversão é o ato pelo qual o aposentado por invalidez reingressa no serviço público, após verificação por junta
médica oficial de que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria.
§ 2º - O aposentado não poderá reverter à atividade se contar mais de 70 (setenta) anos de idade.
§ 3º - Será cassada a aposentadoria do servidor que, após a reversão, não entrar em exercício no prazo de 30 (trinta) dias
a contar da publicação do respectivo ato.
Art. 23 - A reversão far-se-á no mesmo cargo efetivo ou no cargo resultante de sua transformação.
Parágrafo único - Encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência
de vaga.
Art. 24 - O servidor que retornar à atividade, após a cessação dos motivos que causaram a sua aposentadoria por
invalidez, terá direito à contagem do tempo relativo ao período de afastamento para todos os fins, salvo para promoção.
CAPÍTULO VIII
SEÇÃO I
DA POSSE
Art. 25 - Posse é o ato que investe o cidadão no cargo público para o qual foi nomeado.
§ 1º - A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo e preenchimento dos requisitos exigidos para o provimento do
cargo a ser ocupado.
§ 2º - O cidadão prestará, no ato da posse, o compromisso de cumprir fielmente os deveres e atribuições inerentes ao
cargo.
§ 3º - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de nomeação, podendo esse prazo ser
prorrogado por igual período, mediante solicitação fundamentada do interessado e despacho da autoridade competente.
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§ 5º - No ato da posse, o cidadão apresentará declaração de bens que constituam seu patrimônio e declarará o exercício
ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
§ 6º - Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer nos prazos previstos no § 3º deste artigo e nos
parágrafos do artigo 26 desta Lei.
§ 1º - Em se tratando de servidor licenciado por motivo de doença, acidente do trabalho ou gestação, o prazo para posse
será contado do término do impedimento.
§ 2º - O não-servidor impedido temporariamente de tomar posse por motivo de saúde, retornará à junta médica no prazo
estabelecido, até o limite de 60 (sessenta) dias contados da nomeação.
§ 3º - No caso de gestante não servidora, a posse ocorrerá no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, contados da
nomeação.
§ 5º - A lotação do servidor nomeado e empossado será determinada pelo Secretário Municipal de Administração.
SEÇÃO II
DO EXERCÍCIO
§ 1º - É de 10 (dez) dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contado da data da posse, no caso de nomeação, e
da data de publicação do ato, nos demais casos de provimento.
§ 2º - Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo previsto no parágrafo anterior.
§ 3º - Cabe à autoridade competente do órgão para onde for designado o servidor dar-lhe exercício.
Art. 28 - O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do
servidor.
TÍTULO III
DA MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
I - remoção;
II - redistribuição;
III - disposição;
IV - readaptação.
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CAPÍTULO II
DA REMOÇÃO
Art. 30 - Remoção é o deslocamento do servidor de uma para outra secretaria ou de uma para outra unidade dentro da
mesma secretaria, a pedido ou de ofício, podendo dar-se sob a forma de permuta.
§ 1º - Ao servidor efetivo em estágio probatório e ao detentor de função pública não se concederá remoção a pedido.
§ 2º - A remoção do servidor de uma secretaria para outra, dar-se-á por ato do Secretário Municipal de Administração,
ouvidos os titulares das respectivas pastas.
CAPÍTULO III
DA REDISTRIBUIÇÃO
Art. 31 - Dar-se-á a redistribuição para ajustamento de quadro de pessoal às necessidades dos serviços, inclusive nos
casos de reorganização, extinção ou criação de órgão.
Parágrafo único - Nos casos de extinção de órgão, os servidores estáveis que não puderem ser redistribuídos na forma
deste artigo serão colocados em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
aproveitamento na forma prevista nesta Lei.
CAPÍTULO IV
DA DISPOSIÇÃO
Art. 32 - Disposição é a cessão do servidor para ter exercício, por prazo determinado, em órgão ou entidade diversa do
quadro em que se encontrar lotado seu cargo, observada a conveniência do serviço.
§ 2º - A disposição que decorra do cumprimento de requisição prevista em lei federal, será com ônus para o Município, se
a lei específica assim o determinar.
Art. 34 - O ato de disposição é de competência do Prefeito Municipal, não podendo haver delegação.
CAPÍTULO V
DA READAPTAÇÃO
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Art. 35 - Readaptação é o cometimento, ao servidor, de encargo compatível com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica oficial e específica.
§ 2º - A readaptação não implicará acréscimo ou perda remuneratória e nem se caracteriza como provimento em outro
cargo público.
TÍTULO IV
DO TEMPO DE SERVIÇO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 36 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de
365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Parágrafo único - Serão computados os dias de efetivo exercício, à vista de documentação própria, especialmente registro
de freqüência e folha de pagamento.
Art. 37 - São considerados de efetivo exercício os afastamentos do servidor por motivo de:
I - férias regulamentares;
III - falecimento do cônjuge ou companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela, por
5 (cinco) dias consecutivos;
IV - falecimento de sogro, sogra, genro e nora, irmãos, avós e netos, por 3 (três) dias consecutivos;
XIII - missão ou estudo de interesse da administração, em outros pontos do território nacional ou no exterior, quando o
afastamento houver sido expressamente autorizado pelo Prefeito Municipal, com ônus para os cofres públicos municipais;
Parágrafo único - Na hipótese dos incisos VI, VII e IX, o tempo de serviço não será considerado para promoção.
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Art. 38 - É vedada a soma de tempo de serviço simultaneamente prestado em dois ou mais cargos.
I - o tempo de serviço público prestado à União, aos Estados e outros municípios, da administração direta e indireta,
desde que não seja simultâneo;
IV - o tempo de contribuição para o INSS, na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em
que os diversos regimes de previdência se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.
CAPÍTULO II
DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 41 - A duração do trabalho normal do servidor público, estabelecida em lei ou regulamento, não poderá exceder a 8
(oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais.
Parágrafo único - É facultada a redução temporária da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à nova carga
horária, para os fins do disposto no artigo 23 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de
Responsabilidade Fiscal).
II - segundo a forma determinada em regulamento, quanto aos servidores não sujeitos ao ponto.
Parágrafo único - Ponto é o registro do comparecimento do servidor ao trabalho e pelo qual se verifica, diariamente, a sua
entrada e saída.
Art. 43 - Salvo nos casos expressamente previstos em lei ou regulamento, é vedado dispensar o servidor do registro diário
do ponto, abonar faltas ou reduzir-lhe a jornada de trabalho.
Parágrafo único - A infração do disposto no artigo anterior determinará a responsabilidade da autoridade que tiver
expedido a ordem ou que a tiver consentido, sem prejuízo da ação disciplinar cabível.
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III - do dia destinado ao repouso semanal, do feriado ou do dia em que não houver expediente, na hipótese de faltas
sucessivas ou intercaladas na semana que os anteceder.
§ 1º - Para efeito do disposto no inciso II do artigo, arredondar-se-á para meia hora a fração de tempo inferior a 30 (trinta)
minutos e, para 1 (uma) hora, a fração superior a 30 (trinta) minutos.
§ 2º - Consideram-se sucessivas as faltas cometidas em seqüência, inclusive aquelas verificadas na sexta-feira de uma
semana e na segunda-feira da semana imediatamente subseqüente.
TÍTULO V
DA VACÂNCIA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
IV - aposentadoria;
VI - falecimento.
CAPÍTULO II
DA EXONERAÇÃO
CAPÍTULO III
DA DEMISSÃO
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Art. 48 - A demissão será aplicada como penalidade, observado o disposto nesta Lei.
CAPÍTULO IV
DA APOSENTADORIA
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de serviço, exceto se decorrente de acidente em
serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, quando os proventos serão
integrais;
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público e 5
(cinco) anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) 60 (sessenta) anos de idade e 35 (trinta e cinco) de exercício, se homem, e 55 (cinqüenta e cinco) anos de idade e 30
(trinta) de exercício, se mulher;
b) 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos de idade, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço;
c) 55 (cinqüenta e cinco) anos de idade e 30 (trinta) de exercício, se professor, e 50 (cinqüenta) anos de idade e 25 (vinte
e cinco), se professora, que comprovem exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na
educação infantil e no ensino fundamental e médio.
§ 1º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração
do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da
pensão.
§ 2º - Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão calculados com base na remuneração do
servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria e, na forma da lei, corresponderão à totalidade da remuneração.
§ 3º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria, ressalvados os casos
de atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física,
definidos em lei complementar federal.
§ 4º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma da Constituição Federal, é vedada a
percepção de mais de uma aposentadoria à conta de único regime previdenciário.
§ 5º - Considera-se acidente em serviço o evento danoso que determine lesão corporal, levando à perda ou restrição
permanente da capacidade laborativa, e que tenha como causa mediata ou imediata o exercício das atribuições inerentes
ao cargo.
I - a agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício de suas atribuições, que, embora não tenha sido causa
única, haja contribuído para a perda ou redução de sua capacidade para o trabalho;
II - o acidente sofrido pelo servidor no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela.
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§ 7º - A prova do acidente será feita em processo especial, no prazo de 8 (oito) dias, prorrogável quando as circunstâncias
o exigirem.
§ 8º - Entende-se por moléstia profissional a que decorrer das condições do serviço ou de fatos nele ocorridos, que
exponham o servidor a agentes patógenos próprios da atividade, devendo o laudo médico estabelecer-lhe a rigorosa
caracterização.
§ 9º - Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo: quadros
psicóticos orgânicos; psicoses endógenas; neoplasias malignas; cegueira profissional posterior ao ingresso no serviço
público;
hanseníase; cardiopatia grave; pênfigo foliáceo ou vulgar; espondiloartrose anquilosante; osteíte deformante (doença de
Paget); insuficiência renal crônica;
síndrome de imunodeficiência adquirida - Aids; doenças desmielinizantes e degenerativas do sistema nervoso central;
paralisias de qualquer etiologia, irreversíveis, que prejudiquem ou impeçam a locomoção; lupus eritematoso sistêmico;
artrite reumatóide; doença pulmonar obstrutiva crônica avançada; diabetes mellitus grave com complicações renais,
circulatórias ou neurológicas irreversíveis, e outras que a lei venha a indicar com base na medicina especializada.
§ 10 - A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde por período não excedente a 24
(vinte e quatro) meses.
§ 11 - Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor
será aposentado.
§ 12 - O servidor aposentado por invalidez será submetido, periodicamente, a inspeção médica, conforme se dispuser em
regulamento.
§ 13 - O servidor aposentado por invalidez não poderá dedicar-se a qualquer atividade remunerada, sob pena de ter a
aposentadoria cassada.
Art. 50 - Nos casos de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas, observar-se-ão, quanto à
aposentadoria, as exceções que venham a ser estabelecidas em lei complementar federal, nos termos da Constituição da
República.
Art. 51 - A aposentadoria compulsória terá vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite
de permanência no serviço ativo.
Art. 52 - A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.
§ 2º - O lapso de tempo compreendido entre o término da licença para tratamento de saúde e a publicação do ato de
aposentadoria por invalidez será considerado como de prorrogação da licença.
Art. 53 - Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar
a remuneração dos servidores em atividade, na forma da Lei.
Parágrafo único - São estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos
servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo em que se tenha
dado a aposentadoria.
SEÇÃO II
DA RENÚNCIA À APOSENTADORIA
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Art. 54 - Ao servidor aposentado voluntariamente fica assegurada a renúncia à aposentadoria, hipótese em que será
garantida, apenas, a contagem de tempo de serviço que tenha dado origem ao benefício.
Parágrafo único - A renúncia de que trata este artigo implica a automática suspensão do pagamento dos proventos e não
gera, em hipótese alguma, o retorno do servidor ao exercício do cargo em que se deu a aposentadoria.
CAPÍTULO V
DA PENSÃO
Art. 55 - Por morte do servidor ou do aposentado, os seus dependentes fazem jus a pensão mensal de valor
correspondente ao da respectiva remuneração ou provento, a partir da data do óbito.
§ 1º - O direito ao benefício da pensão por morte não prescreverá, mas prescreverão as prestações respectivas não
reclamadas no prazo de 5 (cinco) anos contados da data em que forem devidas.
§ 2º - A pensão distingue-se, quanto à sua natureza, em vitalícia e temporária, e se extinguirá, em ambos os casos, com a
cessação do motivo que lhe tenha dado causa, conforme disposto em lei específica.
Parágrafo único - A pensão vitalícia é devida ao cônjuge ou ao dependente incapaz, e a pensão temporária é devida aos
demais dependentes.
TÍTULO VI
CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
Art. 56 - Vencimento é a retribuição pecuniária fixada em lei, a que tem direito o servidor pelo exercício de cargo público.
Parágrafo único - A fixação dos padrões de vencimento observará a natureza, o grau de responsabilidade, a
complexidade, os requisitos para investidura e as peculiaridades dos cargos.
Art. 57 - Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes ou temporárias
estabelecidas em lei.
§ 1º - O vencimento do cargo e emprego público é irredutível, observado o disposto no art. 37, inciso XV da Constituição
Federal e no § 2º do artigo 23 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000.
§ 2º - A remuneração dos servidores somente poderá ser fixada ou alterada por lei específica, assegurada a revisão geral
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.
Art. 58 - A remuneração do servidor público do Município, percebida cumulativamente ou não, incluídas as vantagens
pessoais ou de qualquer natureza, não poderá exceder o subsídio mensal, em espécie, do Prefeito Municipal.
Art. 59 - Salvo por imposição legal ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.
Parágrafo único - Poderá haver consignação em folha de pagamento, mediante autorização do servidor, nos termos de
regulamento.
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Art. 60 - As reposições e indenizações ao erário poderão ser descontadas em parcelas mensais, na forma de
regulamento.
Art. 61 - O débito com o erário, de servidor que for demitido, exonerado, ou que tiver a sua aposentadoria ou
disponibilidade cassadas, será deduzido de seu crédito financeiro com o Município, devendo o saldo devedor, se houver,
ser quitado dentro de 60 (sessenta) dias, sob pena de sua inscrição em dívida ativa.
Art. 62 - O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos
de prestação de alimentos resultantes de decisão judicial.
Art. 63 - Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, pelo exercício do cargo ou função, vencimento inferior ao
salário mínimo vigente no País, observada a jornada normal de trabalho.
CAPÍTULO II
DAS VANTAGENS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
I - indenizações;
II - gratificações;
III - adicionais;
IV - abono-família.
§ 2º - As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.
Art. 65 - É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de
pessoal.
Parágrafo único - Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados,
para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
SEÇÃO II
DAS INDENIZAÇÕES
I - diária;
II - transporte;
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Art. 67 - Os valores das indenizações e as condições para a sua concessão serão estabelecidos em regulamento,
observados os limites previstos nesta Lei.
SUBSEÇÃO I
DAS DIÁRIAS
Art. 68 - O servidor que, a serviço, se afastar do Município em caráter eventual ou transitório, para outro ponto do território
nacional, fará jus a diárias, para cobrir as despesas de pousada, alimentação e locomoção urbana.
§ 1º - A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir
pernoite fora do Município.
§ 2º - A diária será paga antecipadamente e, em qualquer caso, estará sujeita a posterior comprovação.
Art. 69 - O servidor que receber diária e não se afastar do Município, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-la
integralmente, no prazo de 3 (três) dias.
Parágrafo único - Na hipótese de o servidor retornar ao Município em prazo menor do que o previsto para o seu
afastamento, restituirá a diária recebida em excesso, no prazo estabelecido no artigo.
SUBSEÇÃO II
DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE
Art. 70 - O servidor que, a serviço, afastar-se da sede do Município fará jus às passagens necessárias para o seu
deslocamento.
Parágrafo único - Poderá ser concedida indenização ao servidor que realizar despesas com transporte para a execução
de serviços fora da sede, em situações inadiáveis e excepcionais, conforme se dispuser em regulamento.
SEÇÃO III
DO ABONO-FAMÍLIA
Art. 71 - O abono-família é devido ao servidor ativo ou ao inativo, por dependente econômico, à razão de 1% (um por
cento) sobre o menor vencimento básico pago pela municipalidade.
§ 1º - Somente terá direito ao abono-família o servidor que perceba até duas vezes o menor vencimento básico pago pela
municipalidade.
I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados, até 18 (dezoito) anos de idade ou, se estudante, até 24
(vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade;
II - o menor de 18 (dezoito) anos que, mediante autorização judicial, viva na companhia e às expensas do servidor, ou do
inativo.
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Art. 72 - Não se configura a dependência econômica quando o beneficiário do abono-família perceber rendimento do
trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou provento da aposentadoria, em valor igual ou superior ao menor
vencimento básico da municipalidade.
Art. 73 - Quando pai e mãe forem servidores públicos, o abono-família será pago a um deles, e, se separados, as cotas a
que faziam jus serão atribuídas àquele a cujo cargo ficar a guarda do dependente.
Parágrafo único - Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto e a madrasta, e, na falta deles, os representantes legais dos
incapazes.
Art. 74 - O abono-família não está sujeito a quaisquer tributos, nem servirá de base para qualquer contribuição, inclusive
para a seguridade social.
SEÇÃO IV
DAS GRATIFICAÇÕES
IV - natalina;
Art. 76 - A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de
dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
§ 2º - A gratificação natalina será paga até o dia 20 de dezembro de cada ano, facultado o pagamento, a título de
adiantamento, de 50% (cinqüenta por cento) da gratificação no período de fevereiro a novembro de cada ano.
Art. 77 - O servidor exonerado perceberá a gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada
sobre a remuneração do mês da exoneração.
Art. 78 - A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
Art. 79 - As gratificações previstas nos incisos I, II e III do artigo 75 serão disciplinadas em lei, nos seguintes percentuais:
a) do inciso I, de até 150% (cento e cinquenta por cento) sobre o vencimento básico;
b) do inciso II, de até 100% (cem por cento) sobre o vencimento básico;
c) do inciso III, de até 50% (cinquenta por cento) da média do somatório dos vencimentos dos componentes da equipe de
trabalho para cada um de seus membros;
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SEÇÃO V
DOS ADICIONAIS
SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
III - de férias.
SUBSEÇÃO II
Art. 81 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação ao valor da
hora normal de trabalho.
§ 1º - Somente será permitido serviço extraordinário mediante autorização do Prefeito, através de Portaria, para atender a
situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas diárias, podendo ser prorrogado por
igual período, diante de situações inadiáveis cuja inexecução possa acarretar prejuízos irreparáveis.
§ 2º - O adicional por serviço extraordinário não integra a remuneração, nem serve de base de cálculo para nenhum efeito,
salvo nos casos em que a lei dispuser em contrário.
SUBSEÇÃO III
DO ADICIONAL NOTURNO
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Art. 82 - O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas
do dia seguinte, terá o valor-hora normal de trabalho acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).
SUBSEÇÃO IV
DO ADICIONAL DE FÉRIAS
Art. 83 - Será pago ao servidor, por ocasião das férias, adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração mensal.
SEÇÃO VI
Art. 84 - O servidor poderá receber, além das previstas nesta Lei, as seguintes vantagens pecuniárias, de acordo com
regulamento:
a) pelo exercício de docência ou de função auxiliar em programa de desenvolvimento de recursos humanos, desde que
não correspondam às atribuições específicas do cargo ocupado;
b) pela elaboração de trabalhos técnicos de especial interesse do serviço público municipal, desde que não correspondam
às atribuições específicas do cargo ocupado;
CAPÍTULO III
DAS FÉRIAS
Art. 85 - O servidor gozará, por ano, obrigatoriamente, 30 (trinta) dias consecutivos de férias, sem prejuízo da
remuneração.
§ 1º - Excepcionalmente, no caso de comprovada necessidade do serviço, as férias poderão ser acumuladas até o
máximo de 2 (dois) períodos, ressalvado o disposto no artigo 87, e nas hipóteses em que haja legislação específica.
§ 2º - As férias serão concedidas de acordo com a conveniência do serviço, observada a escala que for organizada em
dezembro de cada ano, para o ano subseqüente, não se permitindo a liberação, em um só mês, de mais de 1/3 (um terço)
dos servidores de cada unidade administrativa.
§ 3º - Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício, podendo, nos períodos
seguintes, ser concedidos a partir do 11º (décimo primeiro) mês.
§ 4º - O servidor estudante terá o direito de fazer coincidir suas férias com as férias escolares.
§ 5º - As faltas do servidor, sem amparo legal, durante o período aquisitivo, serão descontados das férias até o limite de
15 (quinze) dias.
§ 6º - O servidor que gozar de licença sem vencimento, ao retornar ao serviço, somente obterá direito às férias após 12
(doze) meses de exercício.
§ 7º - Em casos excepcionais, a critério da Administração, poderão as férias ser concedidas em 2 (dois) períodos, sendo
que nenhum deles poderá ser inferior a 10 (dez) dias consecutivos.
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Art. 86 - O pagamento do adicional de 1/3 (um terço) de que trata o artigo 83 desta Lei, será efetuado juntamente com a
remuneração relativa ao mês imediatamente anterior ao do gozo das férias.
Art. 87 - O servidor que opere, direta e permanentemente, com raio X ou substância radioativa, gozará 20 (vinte) dias
consecutivos de férias por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.
Art. 88 - As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de superior interesse público.
Art. 89 - O servidor transferido quando em gozo de férias não será obrigado a apresentar-se antes de terminá-las.
Art. 90 - Em caso de exoneração ou demissão do servidor, ser-lhe-á paga a remuneração correspondente ao período de
férias, cujo direito tenha adquirido.
CAPÍTULO IV
DOS AFASTAMENTOS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
SEÇÃO II
Art. 92 - O servidor investido em cargo de provimento em comissão da administração direta, fica automaticamente
afastado do exercício de seu cargo efetivo ou função pública, enquanto durar o comissionamento.
SEÇÃO III
Art. 93 - Ao servidor público da administração direta, autárquica ou fundacional investido em mandato eletivo aplicam-se
as seguintes disposições:
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
a) havendo compatibilidade de horário, manter-se-á em exercício e perceberá as vantagens do seu cargo, sem prejuízo do
subsídio do cargo eletivo;
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b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração.
Parágrafo único - Em qualquer caso que exija o afastamento do servidor para exercício de mandato eletivo, o seu tempo
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto promoção por merecimento.
SEÇÃO IV
Art. 94 - O afastamento do servidor que se candidatar a cargo eletivo observará o que dispuser a legislação eleitoral.
Parágrafo único - Configurada fraude no afastamento de que trata o artigo, o servidor devolverá aos cofres públicos a
remuneração que tenha recebido durante o afastamento, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
CAPÍTULO V
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 96 - O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por prazo superior a 24 (vinte e quatro) meses,
salvo nos casos dos incisos V, VII e VIII, do artigo anterior.
Art. 97 - É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período das licenças previstas nos incisos I, II, III e IV do
artigo 95.
Art. 98 - As licenças concedidas dentro de 30 (trinta) dias contados do término da anterior serão consideradas
prorrogação.
Art. 99 - O servidor poderá gozar licença onde lhe convier, ficando obrigado a comunicar, por escrito, o seu endereço, à
unidade de pessoal do órgão a que estiver vinculado.
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SEÇÃO II
Art. 100 - Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, por motivo de doença, acidente em serviço ou
moléstia profissional, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração, e pelo prazo
indicado no laudo ou atestado médico oficiais.
§ 2º - Estando o servidor impossibilitado de locomover-se, a inspeção médica será realizada em sua residência ou no
hospital onde esteja em tratamento.
§ 3º - O servidor licenciado para tratamento de saúde não poderá dedicar-se a qualquer atividade remunerada, sob pena
de ter cassada a licença.
§ 4º - O exame para a concessão da licença será feito por médico credenciado pelo Município.
§ 5º - O atestado ou laudo passado por médicos do trabalho só produzirá efeitos depois de homologado pela Secretaria
Municipal de Administração.
§ 6º - As licenças superiores a 15 (quinze) dias dependerão de exame do servidor por médico do Instituto de Previdência
ao qual estiver vinculado.
§ 7º - No curso da licença, poderá o servidor requerer exame médico, caso se julgue em condições de reassumir o
exercício.
§ 8º - Considerado apto em exame médico, o servidor licenciado assumirá o exercício de suas funções, sob pena de se
apurarem, como faltas injustificadas, os dias de ausência.
§ 9º - A licença a servidor acometido de doença prevista no § 9º do art. 49 desta lei será concedida com base nas
conclusões da medicina especializada, quando o exame médico não concluir pela concessão imediata da aposentadoria.
SEÇÃO III
Art. 102 - O servidor poderá obter licença por motivo de doença na pessoa de pai, mãe, filho, enteado, irmão, cônjuge ou
companheiro, mediante laudo médico oficial e comprovação da necessidade de sua assistência pessoal e permanente.
§ 2º - Havendo mais de um servidor da mesma família com direito à licença de que trata o artigo, esta será concedida a
apenas um deles ou, alternadamente, a um e outro.
§ 3º - Quando a pessoa da família do servidor se encontrar em tratamento fora do Município permitir-se-á o exame médico
por profissionais pertencentes ao quadro de servidores federais, estaduais ou municipais da localidade.
§ 4º - O servidor que obtiver a licença prevista neste artigo somente poderá obter nova licença decorridos 12 (doze)
meses do término da anterior.
SEÇÃO IV
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Art. 103 - Será concedida licença à servidora gestante, por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da
remuneração.
§ 1º - A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.
§ 3º - No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a exame médico e, se
julgada apta, reassumirá o exercício.
§ 4º - No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de licença remunerada.
Art. 104 - Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.
Art. 105 - Para amamentar o próprio filho até a idade de seis meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de
trabalho, a intervalo de 30 (trinta) minutos por turno.
Art. 106 - À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade serão concedidos 60
(sessenta) dias de licença remunerada.
Parágrafo único - No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano e menos de 6 (seis) anos de
idade, o prazo de que trata este artigo será de 15 (quinze) dias.
SEÇÃO V
Art. 107 - Ao servidor que for convocado para o serviço militar e outros encargos da segurança nacional será concedida
licença com vencimentos ou remuneração integrais.
§ 1º - A licença será concedida mediante comunicação, por escrito, do servidor ao chefe ou diretor da repartição de
lotação, acompanhada de documento oficial que comprove a incorporação.
§ 3º - O servidor desincorporado, reassumirá dentro de 30 (trinta) dias consecutivos, o exercício de seu cargo, sob pena
de perda dos vencimentos ou remuneração e, se a ausência exceder àquele prazo, de demissão por abandono de cargo.
Art. 108 - Ao servidor oficial da reserva das forças armadas será também concedida licença, com vencimentos ou
remuneração integrais, durante os estágios previstos nos regulamentos militares, quando não perceber qualquer
vantagem pecuniária pela convocação.
Parágrafo único - Quando o estágio for remunerado, assegurar-se-á ao servidor o direito de opção.
SEÇÃO VI
Art. 109 - Ao servidor estável poderá ser concedida, a critério da Administração, licença sem remuneração, para tratar de
interesses particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, prorrogável por igual período.
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§ 1º - Protocolado o requerimento, devidamente instruído, o servidor deverá aguardar em exercício, por 15 (quinze) dias
consecutivos, a concessão da licença.
§ 2º - Vencido o prazo previsto no parágrafo anterior e não publicado o respectivo ato, o servidor será liberado, sem
remuneração, pelo período solicitado.
Art. 110 - A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço.
Art. 111 - A concessão de nova licença somente ocorrerá após decorrido período de efetivo exercício igual ou superior ao
da licença anterior.
SEÇÃO VII
Art. 113 - Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar o cônjuge ou companheiro que, servidor público, for
mandado servir, independentemente de solicitação, em outro ponto do Estado, do território nacional ou no exterior, ou
quando for cumprir mandato eletivo.
§ 1º - A licença será concedida sem remuneração, mediante pedido devidamente instruído, e vigorará pelo prazo de até 2
(dois) anos.
§ 2º - Findo o prazo a que se refere o parágrafo anterior, e persistindo as razões do afastamento, a licença poderá ser
prorrogada no máximo por igual período, e somente poderá ser renovada após cumprido igual período de efetivo
exercício.
§ 3º - Decorrido o prazo de prorrogação da licença, e não tendo o servidor reassumido o exercício, poderá ser demitido
por abandono de cargo, mediante processo administrativo.
SEÇÃO VIII
Art. 114 - É assegurado ao servidor o direito à licença para o exercício de mandato eletivo em diretoria de entidade
sindical da categoria do servidor público de âmbito municipal, sem prejuízo da remuneração de seu cargo, na forma de
regulamento.
§ 1º - Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção nas referidas entidades, até o máximo
de 2 (dois) por entidade.
§ 2º - A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição.
CAPÍTULO VI
DA ESTABILIDADE
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Art. 115 - O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade
no serviço público ao completar 3 (três) anos de efetivo exercício.
Parágrafo único - Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por
comissão instituída para essa finalidade.
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei, assegurada ampla defesa.
CAPÍTULO VII
DAS CONCESSÕES
V - por 5 (cinco) dias consecutivos, em razão de falecimento do cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente,
madrasta ou padrasto, enteados, menor sob guarda ou tutela;
VI - por 3 (três) dias consecutivos, em razão de falecimento de irmãos, avós, sogra, sogro, genro e netos.
Art. 118 - Ao servidor estudante poderá ser concedido horário especial, quando comprovada a incompatibilidade entre o
horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício das atribuições do cargo, obedecidas as seguintes condições:
I - deverá apresentar ao Setor de Pessoal atestado fornecido pelo estabelecimento de ensino, comprovando a matrícula e
declarando o horário das aulas;
III - manterá em dia e em boa ordem os trabalhos que lhe forem confiados.
TÍTULO VII
CAPÍTULO I
DO DIREITO DE PETIÇÃO
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Art. 119 - É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.
Art. 120 - O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a
que estiver imediatamente subordinado o requerente.
Art. 121 - Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não
podendo ser renovado.
Parágrafo único - O prazo para interposição do pedido de reconsideração é de 15 (quinze) dias a contar da publicação ou
da ciência da decisão.
II - conhecimento de informações relativas à sua pessoa, constantes de registros ou bancos de dados de órgãos.
III - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.
Parágrafo único - O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da ciência pelo
interessado, quando o ato não for publicado.
Art. 125 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.
CAPÍTULO II
DOS RECURSOS
I - de revisão;
II - de revisão extraordinária.
Parágrafo único - O prazo para interpor recurso é de 15 (quinze) dias a contar da publicação ou da ciência da decisão
recorrida.
I - do indeferimento do pedido;
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§ 1º - O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão.
Art. 129 - O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente, caso em que, provido,
os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.
Art. 130 - São improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Título, salvo motivo de força maior.
TÍTULO VIII
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
Art. 131 - São deveres do servidor, além dos que lhe cabem em virtude de seu cargo ou função e dos que decorrem, em
geral, da sua condição de agente público:
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tenha ciência em razão do cargo;
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Parágrafo único - Havendo reclamação escrita contra o servidor, este será ouvido pela chefia imediata, podendo, inclusive,
sofrer sanções disciplinares previstas nesta Lei.
CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuições que sejam de
sua responsabilidade ou de seu subordinado;
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou entidade sindical, ou a partido
político;
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade do cargo;
X - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartição pública, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
XIV - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e
transitórias;
XV - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo e com o horário de trabalho.
Parágrafo único - O disposto no parágrafo único do artigo anterior aplica-se, no que couber, ao servidor que infringir as
normas deste artigo.
CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO
III - a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
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§ 1º - A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas
públicas, sociedade de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente, da União, do
Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios.
§ 2º - A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários.
Art. 134 - É proibida também a acumulação de proventos de aposentadoria com a remuneração de cargo público, nas
mesmas condições estabelecidas no artigo anterior.
Parágrafo único - Exclui-se da proibição de acumular uma aposentadoria com a remuneração de cargo eletivo ou de cargo
em comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
Art. 135 - O servidor que acumular licitamente 2 (dois) cargos, empregos ou funções, quando investido em cargo de
provimento em comissão, ficará afastado de ambos, podendo optar pela remuneração destes ou a do comissionamento.
Art. 136 - O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto se já for ocupante de um deles, situação
em que poderá ser designado para exercer, interinamente, outro cargo em comissão, sem prejuízo de suas atribuições,
devendo optar pela remuneração de um dos cargos, durante o período de interinidade.
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 137 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
Art. 138 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao
erário ou a terceiros.
§ 1º - A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no artigo 61 na
falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.
§ 2º - Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
§ 3º - A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da
respectiva herança.
Art. 139 - A sanções civis, penais e administrativas poderão acumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 140 - A responsabilidade administrativa do servidor será considerada inexistente no caso de absolvição criminal que
negue a existência do fato ou sua autoria.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
I - advertência;
II - suspensão;
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III - demissão;
Art. 142 - Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que
dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
I - a reincidência da infração;
II - a acumulação de infrações;
§ 3º - Outros atenuantes e agravantes não previstos nos parágrafos anteriores poderão ser considerados na aplicação das
penalidades, a critério da autoridade competente.
Art. 143 - A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do artigo 132, incisos I a
VIII, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna, que não justifique imposição de
penalidade mais grave.
Art. 144 - A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência ou de violação das
demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder a 60 (sessenta)
dias.
Art. 145 - As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5
(cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesses períodos, praticado nova infração
disciplinar.
II - abandono de cargo;
IV - improbidade administrativa;
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VII - ato lesivo da honra ou ofensa física em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de
outrem;
XI - corrupção;
Art. 147 - Verificada em processo disciplinar acumulação proibida e provada a boa-fé, o servidor optará por um dos
cargos.
Parágrafo único - Provada a má-fé, o servidor perderá, além do cargo que caracterizou o acúmulo, o que exercia há mais
tempo e restituirá o que tiver percebido indevidamente.
Art. 148 - Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do servidor que houver praticado, na atividade, falta punível
com a pena de demissão.
Art. 149 - Terá suspensa a licença e poderá sofrer as penalidades cabíveis o servidor que, licenciado na forma dos incisos
I, II, III e IV do artigo 95, dedicar-se a qualquer atividade remunerada.
Art. 150 - A destituição de cargo em comissão será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão
ou de demissão.
Parágrafo único - Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada nos termos do artigo 47 será
convertida em destituição de cargo em comissão.
Art. 151 - A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do artigo 146, implica
a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 152 - A demissão ou a destituição de cargo em comissão por infringência do artigo 146, incisos I, IV, VIII, X e XI,
incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público municipal.
Parágrafo único - As demais hipóteses do artigo 146 implicam a incompatibilização do ex-servidor para nova investidura
em cargo público municipal pelo prazo de 3 (três) anos.
Art. 153 - Configura abandono de cargo a ausência injustificada do servidor ao serviço por mais de 30 (trinta) dias
consecutivos, ou 90 (noventa) intercalados em um ano.
Art. 154 - Considera-se desidiosa a conduta reveladora de negligência no desempenho das atribuições e a transgressão
habitual dos deveres de assiduidade e pontualidade.
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Art. 155 - O ato de imposição de penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.
I - pelo Prefeito Municipal, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor
vinculado a órgão abrangido por esta Lei;
II - pelo Secretário Municipal de Administração, quando a aplicação da penalidade decorrer de processo administrativo
que tenha tramitado pela Corregedoria;
III - pelo Secretário Municipal, quando se tratar de suspensão superior a 15 (quinze) dias, ressalvado o disposto no inciso
anterior;
IV - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquela mencionada no inciso III, quando se
tratar de advertência ou suspensão de até 15 (quinze) dias, excetuada a hipótese prevista no inciso II;
V - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão.
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
destituição de cargo em comissão;
§ 2º - Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como
crime.
§ 3º - A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final
proferida por autoridade competente.
§ 4º - Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar o motivo que lhe tenha
dado causa.
TÍTULO IX
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 158 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a providenciar a sua apuração
imediata, mediante comunicado ao órgão correicional, para fins de instauração de sindicância ou processo administrativo
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
Parágrafo único - A sindicância e o processo administrativo poderão ser antecedidos de procedimento preliminar que
objetive ao levantamento de circunstâncias ou fatos indicadores de ilícito.
Art. 159 - Como medida cautelar e a fim de que não venha a influir na apuração da irregularidade, o servidor, por
solicitação do titular do órgão correicional, poderá ser afastado do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta)
dias, sem prejuízo da remuneração.
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Parágrafo único - O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que
não concluído o processo ou encerrada a sindicância.
Art. 160 - O titular do órgão correicional, durante a tramitação do processo, em qualquer de suas fases, poderá adotar
providências ou determinar as diligências
necessárias, objetivando o bom andamento do processo e a melhor elucidação dos fatos nele versados.
Art. 161 - Ao titular do órgão correicional e aos membros das comissões processantes é assegurada ampla garantia no
exercício de suas atribuições, incorrendo em falta grave, passível de suspensão ou demissão, o servidor que, por qualquer
meio, obstar-lhes dolosamente o andamento dos trabalhos ou incorrer em atitude de ofensa ou desrespeito em relação a
qualquer deles.
CAPÍTULO II
DA SINDICÂNCIA
Art. 162 - Aplicam-se à sindicância, no que couber, os procedimentos previstos para o processo disciplinar.
Art. 164 - Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo
disciplinar.
Art. 165 - Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar como peça informativa da instrução.
Parágrafo único - Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a
autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da instauração do
processo disciplinar.
CAPÍTULO III
DO PROCESSO DISCIPLINAR
Art. 166 - O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidades de servidor por infração praticada
no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido.
Art. 167 - O processo disciplinar obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a
utilização dos meios e recursos admitidos em direito, garantida, na forma da lei, a presença de advogado constituído ou de
defensor público.
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II - instrução, que compreende depoimento pessoal, defesa prévia, produção de provas e relatório;
III - julgamento.
Art. 169 - O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis, designados pelo
titular do órgão correicional, que indicará, dentre eles, o seu presidente.
§ 1º - Da comissão de que trata o artigo, não poderão participar cônjuge, companheiro ou parente do indiciado,
consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
§ 2º - O titular do órgão correicional poderá requisitar servidores estáveis para integrar Comissão de Processo
Administrativo Disciplinar, sem prejuízo da remuneração.
Art. 170 - A comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à
elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração.
Art. 171 - Os membros da comissão dedicarão todo o seu tempo aos trabalhos da mesma, ficando, por isso,
automaticamente dispensados do serviço de sua repartição, sem prejuízo da remuneração decorrente do exercício, até
entrega do relatório final.
Art. 172 - O prazo para conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de
publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por mais 30 (trinta) dias por motivo de força
maior.
Art. 173 - Na instrução do processo disciplinar, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações e diligências
cabíveis, objetivando a coleta de provas, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a
completa elucidação dos fatos.
Art. 174 - É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, pessoalmente ou por intermédio de procurador,
arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.
§ 2º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial de
perito.
Art. 175 - O presidente da comissão mandará citar o indiciado para prestar depoimento pessoal, em dia e hora
designados.
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§ 2º - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado por 3 (três) vezes no órgão
oficial, no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 3º - Entre a expedição da carta de citação e o depoimento pessoal mediará prazo não inferior a 15 (quinze) dias.
Art. 176 - Prestado o depoimento pessoal, abrir-se-á vista ao indiciado, pelo prazo de 15 (quinze) dias, para, querendo,
apresentar defesa prévia.
II - juntar documentos;
Art. 177 - Será dado defensor dativo, de preferência bacharel em direito, ao indiciado que não comparecer para o
depoimento pessoal ou que, comparecendo, assim o requerer, procedendo-se de conformidade com o disposto no artigo
anterior.
Art. 178 - Apresentado o rol de testemunhas, estas serão chamadas a depor mediante carta de intimação, expedida pelo
presidente da comissão, cuja segunda via será anexada aos autos.
§ 1º - Se a testemunha for servidor público, a intimação será comunicada à sua chefia imediata, com a indicação do dia e
hora marcados para o depoimento.
§ 2º - A testemunha que, servidor público, não atender, injustificadamente à intimação para depor, perderá a remuneração
do dia, sem prejuízo da penalidade a que se sujeitar, em virtude da infrigência do disposto no inciso V, da alínea "c" do
artigo 133 desta Lei.
Art. 179 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, vedado à testemunha trazê-lo por escrito.
§ 1º - As testemunhas serão inquiridas separadamente, facultando-se ao procurador do indiciado ou a seu defensor dativo
reinquiri-las por intermédio do presidente da comissão.
Art. 180 - Concluída a instrução, o indiciado será intimado para, no prazo de 10 (dez) dias, oferecer razões finais de
defesa.
Art. 181 - Após as razões finais de defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, em que resumirá as peças principais
dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.
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§ 3º - Se a conclusão do relatório não se der por unanimidade, o voto vencido poderá ser a ele anexado.
§ 4º - A comissão deverá, no relatório, sugerir quaisquer providências que lhe pareçam de interesse público.
Art. 182 - O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade competente, para julgamento.
Art. 183 - Ressalvada a carta de citação de que trata o artigo 175, as intimações previstas neste Título se farão na pessoa
do procurador constituído, do defensor dativo ou do indiciado.
Art. 184 - O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado
voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
CAPÍTULO IV
DO JULGAMENTO
Art. 185 - No prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora definida no artigo 156
desta Lei proferirá a decisão, da qual caberá recurso para o órgão correicional, salvo se proferida pelo Prefeito Municipal.
§ 1º - Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a
imposição da pena mais grave.
Art. 186 - Recebido o relatório, a autoridade julgadora poderá acatá-lo ou, motivadamente, agravar a penalidade proposta,
abrandá-la ou isentar de responsabilidade o indiciado.
Art. 187 - Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou parcial do
processo e determinará a constituição de outra comissão, para instauração de novo processo.
Art. 188 - Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos assentamentos
individuais do servidor.
Parágrafo único - A autoridade julgadora que der causa à extinção da punibilidade pela prescrição será responsabilizada
na forma da lei.
CAPÍTULO V
Art. 189 - O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido do interessado, desde que se aduzam
fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
§ 1º - Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do punido, a revisão do processo poderá ser requerida pelo
cônjuge ou qualquer parente em linha ascendente, descendente ou colateral, até terceiro grau.
§ 2º - No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador.
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Art. 191 - A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos
novos, ainda não apreciados no processo originário.
Art. 192 - O requerimento do interessado, dirigido ao Prefeito Municipal, devidamente instruído e fundamentado, deverá
ser remetido ao órgão central do sistema de administração de pessoal, para exame preliminar e devido encaminhamento.
§ 1º - Caso o interessado deseje fundamentar o pedido com prova testemunhal ou de outra espécie, poderá requerer
procedimento justificatório ao titular do órgão, que deferirá ou não o solicitado.
§ 2º - Caberá ao órgão correicional ouvir as testemunhas arroladas, bem como se pronunciar sobre o pedido.
Art. 193 - Concluído o procedimento justificatório e instruído o pedido de revisão, será a matéria devolvida ao titular do
órgão central do sistema de administração geral, que determinará a sua remessa, juntamente com o respectivo processo
administrativo, ao Prefeito Municipal, para decisão.
Art. 194 - Julgado procedente o pedido de revisão, o Prefeito Municipal adequará ou tornará sem efeito a penalidade
aplicada ao servidor.
Art. 195 - O julgamento favorável do processo implicará também o restabelecimento de todos os direitos perdidos em
conseqüência da penalidade aplicada.
TÍTULO X
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
CAPÍTULO I
Art. 196 - Para atender a necessidade de excepcional interesse público, poderá haver, mediante autorização do Prefeito,
contratação de pessoal por prazo determinado, sob a forma de contrato de direito administrativo, caso em que o
contratado não será considerado servidor público.
Art. 197 - Consideram-se de necessidade de excepcional interesse público as contratações que visem a:
II - fazer recenseamento;
IV - permitir a execução de serviços técnicos por profissional de notória especialização, inclusive estrangeiro;
V - suprir necessidades excepcionais, transitórias e inadiáveis que, por sua natureza e interesse público relevante,
possam gerar situações de calamidade ou prejuízo ao cidadão, em áreas ou setores específicos da Administração Pública
Municipal, bem como a substituição imediata de Professor ou Médico.
§ 1º - As contratações de que trata este artigo terão dotação específica e obedecerão aos seguintes prazos:
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§ 2º - O contrato firmado com base neste artigo só gera efeitos a partir de sua publicação no Órgão Oficial, sob forma de
extrato, especificando as partes contratantes, objeto, prazo, regime de execução, preço, condições de pagamento,
critérios de reajuste, quando for o caso, e dotação orçamentária a ser utilizada.
§ 3º - É vedado o desvio de função de pessoa contratada na forma deste artigo, bem como sua recontratação, sob pena
de nulidade do contrato e responsabilidade civil da autoridade contratante.
§ 4º - Na hipótese do inciso IV do artigo, quando os serviços técnicos forem essenciais para a concretização de projetos
especiais de pesquisa científica ou desenvolvimento técnico-administrativo especializado, o prazo da contratação poderá
ser de até 4 (quatro) anos.
Art. 198 - Nas contratações por tempo determinado, serão observados os padrões de vencimento do plano de cargos,
vencimentos e carreiras do órgão contratante, exceto na hipótese do inciso IV do artigo anterior, quando serão observados
os valores do mercado de trabalho.
CAPÍTULO II
DOS ESTAGIÁRIOS
Art. 199 - Para o desempenho de atividades auxiliares, poderá o Município admitir estagiários, por prazo de 12 (doze)
meses, prorrogável por igual período, mediante convênio com instituições educacionais.
§ 2º - Os estudantes de nível médio poderão estar cursando qualquer ano, sendo que os estudantes de nível superior
deverão estar matriculados e cursando um dos 3 (três) últimos anos do respectivo curso.
Art. 200 - Ficam criadas 200 (duzentas) vagas para a admissão de estagiários, sendo 80 (oitenta) destinadas a estudantes
de ensino médio e 120 (cento e vinte) destinadas a estudantes de nível superior.
Art. 201 - O exercício das funções dos estagiários deve guardar correlação entre a área de estudo e as atividades próprias
das unidades administrativas de designação.
Art. 202 - Os estagiários serão indicados pelas instituições educacionais e poderão ser submetidos a teste seletivo, a ser
aplicado pela Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos.
Art. 203 - A jornada de trabalho para o desempenho das atividades auxiliares será de 4 (quatro) horas, sendo que o
horário de expediente será acertado entre o estagiário e a administração, observada a compatibilidade com o horário
escolar.
Art. 204 - A administração municipal poderá conceder aos estagiários auxílio financeiro, a título de bolsa complementar
educacional.
Parágrafo único - O auxílio financeiro, calculado sobre o menor vencimento pago pela municipalidade, a título de bolsa
complementar educacional será:
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Art. 205 - O Município poderá conceder o auxílio transporte ao estagiário nos termos do regulamento.
II - documento comprobatório de regularidade escolar - atestado de matrícula e freqüência -, com indicação do ano ou
período do respectivo curso;
Art. 207 - Aplicam-se aos estagiários, durante o período de estágio, os deveres, proibições e normas disciplinares a que
estão sujeitos os servidores públicos municipais.
Art. 208 - A admissão do estagiário será firmada por Termo de Compromisso de Estágio, com a interveniência da escola,
e não caracteriza vínculo empregatício com o Município na definição da Lei Federal nº 6.494/77, com a redação dada pela
Lei nº 8.859/94.
Art. 209 - O estagiário poderá ser dispensado a qualquer tempo por ato do Secretário Municipal de Administração, a
pedido, ou mediante representação motivada do Secretário Municipal da Pasta onde estiver em exercício.
Art. 210 - Ao término do estágio, será expedido certificado pelo Secretário Municipal de Administração, quanto ao período,
desempenho e assiduidade do estagiário.
CAPÍTULO III
Art. 211 - Em todos os Concursos Públicos para provimento de cargo de provimento efetivo do quadro de pessoal da
Administração Direta e Indireta do Município de Montes Claros serão reservados 10% (dez por cento) do número de vagas
para as pessoas portadoras de deficiência, salvo quanto aos cargos para os quais a Lei exija aptidão plena.
Art. 212 - Considera-se pessoa portadora de deficiência, para os fins desta Lei, aquela que apresenta, em caráter
permanente, perda ou anormalidade de natureza psicológica, fisiológica ou anatômica, que gere incapacidade para o
desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano, desde que conceituada na medicina
especializada de acordo com os padrões mundialmente estabelecidos.
Art. 213 - Os órgãos da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo aplicarão provas especiais para o
preenchimento das vagas reservadas, nos termos desta Lei.
§ 1º - No ato da inscrição, o candidato portador de deficiência é obrigado a declará-la e, em caso de declaração falsa,
confirmada em qualquer fase do concurso, poderá sofrer conseqüências legais decorrentes.
§ 2º - O candidato deficiente, no ato da inscrição, caso seja necessário, deverá solicitar condições especiais para se
submeter às provas e demais exames previstos no Edital.
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Art. 214 - Os candidatos portadores de deficiência, aprovados em concurso público, terão seus nomes publicados em lista
à parte.
Parágrafo único - A cada 20 (vinte) nomeações de candidatos aprovados, serão nomeados 2 (dois) candidatos portadores
de deficiência, obedecida a classificação da lista de deficientes aprovados.
Art. 215 - Caso o número de candidatos portadores de deficiência aprovados seja menor do que o número de vagas
reservadas aos mesmos, as remanescentes serão ocupadas pelos demais concorrentes, obedecida a ordem de
classificação.
Art. 216 - Os candidatos aprovados, portadores de deficiência, serão submetidos a avaliação pela junta médico-pericial
municipal, para se verificar a compatibilidade da deficiência com as atividades do cargo ou emprego, devendo seu parecer
ser fundamentado.
Art. 217 - Os servidores ou empregados portadores de deficiência serão avaliados, no exercício de suas atribuições,
segundo regras próprias, fixadas por Decreto.
CAPÍTULO IV
Art. 218 - Ficam instituídos os Títulos de Estabilidade, de Experiência e de Pós-graduação, para fins de classificação em
concurso público para investidura em cargo ou emprego públicos da administração direta e indireta do Município de
Montes Claros.
Art. 219 - Aos servidores públicos do Município de Montes Claros considerados estáveis, nos termos do artigo 19, do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal, serão atribuídos 20 (vinte) pontos, para efeito de
classificação, a Título de Estabilidade, desde que tenham conseguido o mínimo de pontos exigidos para aprovação no
concurso.
Art. 220 - O tempo de serviço público prestado à administração direta ou indireta da União, Estados e Municípios será
contado como Título de Experiência, para efeito de classificação em concurso público, aos candidatos não alcançados
pelo disposto no artigo anterior, observado o seguinte:
I - o tempo de serviço na função específica do cargo ou emprego a que estiver concorrendo será contado à base de 4
(quatro) pontos por ano completo de efetivo exercício ou fração superior a seis meses, até o limite de 20 (vinte) pontos.
II - o tempo de serviço em função diferente do cargo ou emprego a que estiver concorrendo será contado à base de 3
(três) pontos por ano completo de efetivo exercício ou fração superior a seis meses, até o limite de 20 (vinte) pontos.
Parágrafo único - A um mesmo candidato poderão ser atribuídos pontos pelos dois critérios dos incisos anteriores,
respeitado, todavia, o limite de 20 (vinte) pontos, para fins tão-somente de classificação.
Art. 221- Ao candidato a cargo ou emprego público de nível superior, detentor de diploma de Pós-Graduação na área
específica a que concorrer, serão atribuídos pontos a título de Pós-Graduação, observado o seguinte:
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Parágrafo único - Os pontos atribuídos de acordo com os critérios deste artigo obedecerão ao limite máximo de 15
(quinze) pontos, podendo, todavia, ser acumulados com os dos Títulos de Estabilidade e de Experiência, para fins tão
somente de classificação no concurso.
Art. 222 - A comprovação de Título de Estabilidade, Título de Experiência e Título de Graduação, far-se-á através de
certidão expedida pelo órgão público onde adquiriu estabilidade ou prestou serviço e diploma registrado, respectivamente.
Art. 223 - Será considerado aprovado o candidato que alcançar o mínimo de 50% (cinqüenta por cento) do total de pontos
possíveis na prova de conhecimentos.
TÍTULO XI
Art. 224 - O dia 28 de outubro é consagrado ao servidor público do Município, sendo considerado ponto facultativo.
Art. 225 - A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
Art. 226 - O Município manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e seus dependentes, assegurando a
aposentadoria e pensão, nos termos do art. 40 da Constituição Federal e da Lei Municipal nº 2.101/1993 - Instituto de
Previdência dos Servidores do Município de Montes Claros.
Art. 227 - Para atender ao disposto no artigo anterior, o Município instituirá contribuições dele próprio e do servidor, para o
custeio dos benefícios assegurados.
Art. 228 - Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas
e constem do seu assentamento individual.
Parágrafo único - Equipara-se ao cônjuge, a companheira ou companheiro que comprove união estável como entidade
familiar.
Art. 229 - O servidor investido em cargo de direção ou chefia poderá ter substituto indicado na forma de regulamento.
Parágrafo único - O substituto fará jus à remuneração atribuída ao cargo em que se der a substituição.
Art. 230 - Será assegurado ao servidor, quando no exercício do mandato de Prefeito Municipal, o direito de optar pelo seu
vencimento.
Art. 231 - Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da Constituição da República e da Lei Orgânica do Município,
o direito à livre associação sindical e os seguintes direitos, dentre outros delas decorrentes:
b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano após o final do mandato, exceto a pedido;
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c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, o valor das mensalidades e contribuições
definidas em assembléia geral da categoria, observado o disposto no parágrafo único do artigo 59 desta Lei.
Art. 232 - É facultado ao Prefeito Municipal delegar competência para a prática de atos administrativos.
Art. 233 - Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, o servidor não poderá ser privado de
quaisquer direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem se eximir do cumprimento de seus deveres.
Art. 234 - Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o
do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo que se iniciar ou vencer em dia em que não
haja expediente.
Art. 235 - O Prefeito Municipal baixará, por Decreto, os regulamentos necessários à execução da presente Lei.
Art. 236 - Fica garantida a contagem de tempo pra fins de concessão dos benefícios de adicionais por tempo de serviço e
de férias-prêmio, até 31 de dezembro de 2003.
Parágrafo Único - Ao servidor já efetivado, na data da publicação desta Lei, fica assegurado o direito à percepção de
adicional equivalente à sexta-parte do seu vencimento base, ao completar 25(vinte e cinco) anos de serviço público
municipal.
Art. 238 - Revogam-se as disposições em contrário, no que couber, da Lei nº 1.035, de 25 de março de 1974 e suas
alterações.
Prefeito Municipal
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