AZENHA – A EVOLUÇÃO DA ESCRITA
Hipótese pré-silábica:
Nível 1: Escrita Diferenciada
- Baixa diferenciação existente entre uma grafia e outra..
- A interpretação só pode ser feita pelo autor.
- A escrita é instável e o próprio autor pode mudar sua interpretação.
- A grafia corresponde a alguma característica do objeto que será escrito (passarinho é pqno, Elefante é grande).
Nível 2: Diferenciação da Escrita
- Tentativa sistemática de criar diferenciações entre os grafismos produzidos.
- Crianças que já conhecem algumas letras tendem a variar a ordem das letras para cada palavra nova.
- Geralmente a criança já se apropriou de formas fixas e estáveis, como a escrita do próprio nome.
Hipótese silábica: Possui 2 níveis – Com valor sonoro e Sem valor sonoro:
- A criança atribui uma letra para cada sílaba da palavra estabelecendo relações entre o contexto sonoro da
linguagem e o contexto gráfico do registro. (pode ser atribuído letra, número, pseudo letra, garatujas...).
- A criança pode abrir mão da hipótese silábica para atender ao requisito próprio de quantidades de letras
necessárias para ler (no caso de palavras monossilábicas).
- Com valor sonoro é quando a criança identifica a sílaba com alguma letra q corresponde ao som dela
- Sem valor sonoro é qd a criança atribui qualquer letra para a sílaba.
Hipótese Silábico Alfabética:
- A criança não abandona a etapa anterior.
- A criança agrega mais letras à escrita, tentando aproximar-se do princípio alfabético, onde os sons da fala são
registrados pelo uso de mais de uma letra.
- É identificado como uma omissão de letras, mas na verdade ela está adicionando mais letras do que na
hipótese silábica, visto que a mesma está evoluindo.
Hipótese Alfabética:
- A criança já venceu todos is obstáculos conceituais da escrita.
- Realiza sistematicamente uma análise sonora dos fonemas das palavras que vai escrever.
- Não há superação total dos problemas.
- A criança já escreve, mas não tem domínio sobre ortografia correta, cometendo erros de pontuação,
acentuação e escrita.
MARTINS, MARSIGLA – A ALFABETIZAÇÃO PARA O CONSTRUTIVISMO E PARA A PSICOLOGIA HISTÓRICO
CULTURAL/PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA.
Sujeito cognoscente – é o sujeito que aprende, basicamente, através de suas próprias ações sobre os objetos do
mundo, e que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo que organiza seu
pensamento.
Comparando crianças de classe média e baixa, as autoras chegaram à conclusão de que “não há condutas
exclusivas de um grupo ou de outro como algo inato ou que algumas crianças são fadadas a não aprender.
Entretanto, essa possibilidade depende das condições objetivas de acesso ao conhecimento. Essa conclusão só
foi possível devido ao fato de que ambas autoras freqüentavam escola durante o período de pesquisa.
A educação escolar não é a mesma (modos de ocorrer a alfabetização segundo as concepções)
No construtivismo – isso ocorre pq os conhecimentos não são necessariamente escolares (podem ser
aprendidos espontaneamente), e quando estão dentro da escola, além de, nessa concepção referendarem o
cotidiano e as apropriações mais precárias do saber, não se espera que eles possam atingir todos. Nessa
concepção, o meio (isso inclui o prof.), é a fonte da criança para que ela possa observar seu entorno e perceber
as características daquilo que designa a escrita. O prof é o apresentador que por meio de diferentes situações
possibilita à criança que ela pense e descubra as particularidades do sistema alfabético incorporando-as como
hipóteses, entretanto isso ocorre unicamente pelos esforços do professor.
Na pedagogia Histórico-Crítica – O professor é mediador do processo. Ele auxilia o aluno em todos os passos
para que seu desenvolvimento tenha salto qualitativos, sendo assim, este faz sondagem, aplica métodos, avalia
e faz parte juntamente com o aluno no processo de alfabetização.
Pré instrumental (3 e 4 anos): Características: A criança lança-se ao desafio de “escrever” imitando o adulto,
mas sem atribuir significado no que a escrita representa e sem função mnemônica (não há memória).
Finalidade: Superar a imitação fazendo registros que ajudem a desenvolver a função mnemônica (contar história
e pedir pra recontar por meio de desenhos).
Atividade Gráfica Diferenciada (4 e 5 anos): Características: As marcas das crianças não têm significado em si
mesmas, mas apresentam significado ao desempenharem função mnemônica. Finalidade: Superar o registro
mnemônico atribuindo significado às marcas – diferenciar os signos por meio de expressão de um conteúdo
específico. Para isso é necessário o conhecimento de quantidades (“o gato tem 4 patas” – A criança faz 4
marcas).
Escrita pictográfica (5 e 6 anos): Características: O desenho é utilizado como meio de registro entre signo e
símbolo. Finalidade: superar o uso do desenho como recurso substituindo-o pela escrita simbólica.
Escrita Simbólica (6 e 7 anos): Características: Uso da escrita convencional sem recorrer a marcas ou desenhos.
Finalidade: Ampliar o uso do sistema alfabético dominando suas particularidades (s com som de z, j e g igual).
Escrita Simbólica Etapa Final (7 a 10 anos): Características: Uso da escrita convencional com generalização,
tendo face fonética e semântica. Finalidade: Complexificação dos domínios relacionados à gramática e aos
gêneros textuais.
MUKHINA – DESENVOLVIMENTO NA LINGUAGEM NA IDADE PRÉ ESCOLAR
A riqueza da linguagem depende das condições de vida da criança.
0-1 ano= Primeiro ano 2- 3 anos= Primeira infância
4-6 anos= Idade pré escolar(brincadeiras de papéis sociais) 6-7 anos= Idade escolar.
Atividade Principal > Atividade que a criança mais realiza e que melhor mobiliza seu desenvolvimento.
O pré escolar enrique rapidamente seu vocabulário não apenas com substantivos, mas também com verbos. O
aumento do vocabulário não teria tanta importância em si se não viesse acompanhado de uma capacidade
maior para construir frases de acordo com regras gramaticais.
O comportamento linguistico da criança revela que por trás das palavras ela percebe um objeto real. Se o pai
fosse um tigre, ela seria um trigrinho. – A idade pré escolar é de uma sensibilidade especial em relação aos
fenômenos lingüísticos. Além de interessar-se pelo sentido das palavras e da realidade que elas definem, o pré
escolar mostra vivo interesse pela forma fônica da palavra, independentemente de seu significado.
O ouvido fonemático primário desenvolve-se desde cedo, por meio da comunicação lingüística direta.
Desenvolve-se quando a criança ainda não sabe analisar foneticamente as palavras e dividi-las nos sons que as
compõe.
Tipos de linguagem presentes no desenvolvimento da criança em idade pré escolar:
- Situacional: Linguagem é constituída pelas perguntas que surgem motivadas por uma atividade. Ela é
perfeitamente entendida pelos interlocutores, mas geralmente não é para os que se encontram à margem da
situação. Está cheia de “ele”, “ela”, “eles” e fica impossível estabelecer a quem se referem estes pronomes.
Também é pródiga em advérbios “aí”.
- Contextual: a linguagem contextual descreve a situação com um número suficiente de detalhes que permitem
compreende-la sem vê-la. A criança exige cada vez mais de si e procura construir o relato de acordo com essas
exigências. (Não há abandono da linguagem situacional)
- Explicativa: desenvolve a criança social e intelectualmente. Requer que a exposição dos fatos obedeça a uma
ordem, que revele as principais relações e circunstâncias de uma situação que o interlocutor deverá
compreender. (Necessidade de explicar o conteúdo de um jogo, funcionamento de um brinquedo, etc.).
- Egocêntrica: São exclamações que expressam a atitude da criança diante do que ocorre. Na idade pré escolar
essa linguagem se transforma, agora a criança além de constatar o que está fazendo, se antecipa à ação e a
orienta. Se não estiver em contato com alguém, a linguagem egocêntrica se reduz, a criança faz a atividade em
silêncio mas sua idéia não deixou de transcorrer de forma lingüística. Essa linguagem se internaliza e mantém
sua função de planejamento. (etapa intermediaria entre ling. externa e interna).
STEMMER. A EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO
A história escrita na criança começa muito antes da primeira vez em que o professor coloca um lápis em sua
mão e lhe mostra como formar letras.
A história da escrita pode ser caracterizada como tendo três fases distintas:
- Pictográfica: se distingue pela escrita através de desenhos ou pictogramas, sendo estes associados a um som.
- Ideográfica: é caracterizada pela escrita através de desenhos especiais que se chamam ideogramas.
- Alfabética: é caracterizada pelo uso de letras.