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SISPROC
Sistema de Protocolo CORSAN
/SUPRO-DEAPPS
CONDOMÍNIO OLIVEIRA
NOVA SANTA RITA – RS
* ª VIA *
MEMORIAL TÉCNICO DESCRITIVO
SISTEMA DE ESGOTO SANITÁRIO
PROPRIETÁRIO: SPE NOVA SANTA RITA PARTICIPAÇÕES LTDA
Nova Santa Rita, Janeiro de 2022.
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1. PROJETO DE SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
1.1. Introdução
A concepção do Sistema de Esgotamento Sanitário será para Condomínio Residencial
Oliveira, formado por Unidades Unifamiliares, localizado na Rua Santa Rita ao Caju, s/n° Floresta
no Município de Nova Santa Rita, de propriedade de SPE NOVA SANTA RITA PARTICIPAÇÕES
LTDA. A rede coletora foi projetada para atendimento de 483 economias e 2.420 habitantes.
O projeto de esgotamento sanitário foi elaborado de acordo com as características
topográficas e ocupacionais da área, objetivando-se a simplificação operacional e a otimização dos
investimentos necessários.
Devido às características topográficas do local e levando-se em conta as questões
de execução do assentamento da rede coletora em locais de consideráveis declividades, o projeto foi
elaborado para um único ponto de convergência, que será em uma ETE.
1.2. Avaliação das vazões
As contribuições domésticas foram estimadas levando-se em consideração a ocupação
demográfica e os consumos de água “per capita”, de forma a possibilitar uma eventual estabilização
das unidades do sistema.
Para o cálculo destas contribuições foram utilizados alguns critérios e parâmetros
definidos de acordo com as peculiaridades locais e em conformidade com projetos afins, e com o
preconizado pelas normas técnicas brasileiras pertinentes ao assunto, ou seja:
• Consumo de água considerado, “per capita” (q): 200L/hab.dia
• Coeficientes de variações de consumo médio:
▪ coeficiente do dia de maior consumo (k1): 1,2
▪ coeficiente da hora de maior consumo (k2): 1,5
• Coeficiente de retorno esgoto/água (C): 0,8
• População atendida: 5 hab/econ
• Taxa de infiltração: 0,5 L/s.km
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1.3. Critérios Hidráulicos e de Processo
Os critérios e parâmetros utilizados para o dimensionamento das redes coletoras foram
definidos com base nas normas da ABNT.
a. Rede Coletora e Ligações Prediais
- Lâmina máxima admissível:
Conforme recomenda a ABNT, através da NBR-9649 – Projeto de Redes Coletoras de
Esgoto Sanitário, adotou-se a lâmina máxima de 75% do diâmetro da canalização para atender a
vazão de final de plano.
- Velocidade máxima e mínima:
A velocidade máxima é limitada a valores que possam garantir a integridade das
superfícies internas das canalizações, principalmente pelo efeito do atrito causado pelos sólidos
presentes no esgoto. Conforme preconiza a norma ABNT NBR-9649 – Projetos de redes Coletoras,
adotou-se a velocidade máxima igual a 5 m/s.
A velocidade mínima adquire especial importância na prevenção e controle da geração
de sulfatos e na garantia de minimizar a deposição de partículas sólidas no interior da canalização. A
velocidade mínima corresponde a uma determinada declividade mínima, que é definida em função
da tensão trativa média admissível. A tensão trativa mínima adotada foi de 1,0 Pa, sempre verificada
para a vazão mínima ocorrente na tubulação.
- Profundidade das tubulações:
A profundidade das tubulações está de acordo com o que estabelece a norma ABNT
NBR 9649/1986. A profundidade mínima adotada é aquela que permite um recobrimento mínimo de
0,90 m sobre a geratriz superior da tubulação, quando esta estiver instalada no leito das vias
de tráfego de veículos. A profundidade máxima adotada ficou limitada as condicionantes físicas e
executivas peculiares a cada trecho.
- Distâncias máximas entre inspeções:
As distâncias máximas adotadas entre poços de inspeções foram de 100 m, uma vez que
se trata de tubulações com DN < 400 mm.
- Diâmetro e material das tubulações:
Com o objetivo de facilitar o transporte, manuseio e rapidez de execução, como
paradigma de projeto previu-se tubulações de PVC de diâmetro de 100 mm para ligações prediais e
diâmetro mínimo de PVC de esgoto rígido de 150 mm para rede coletora. Todos os tubos deverão
atender a NBR 7362-1/2005 e possuírem anel de borracha nitrílica, conforme especificação do anexo
“H” da NBR 15.750/2009.
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2. MEMORIA DESCRITIVA E DE CÁLCULO
2.1. Considerações inicias
O sistema projetado é do tipo separador absoluto, orientado em função das condições
de escoamento natural. A rede coletora será dimensionada para atender respectivamente as vazões
inicial e final de projeto, tendo em vista o custo de implantação delas, aliado a pequena diferença das
contribuições de início de operação e de horizonte de projeto.
Neste projeto, serão apresentados os cálculos finais com a vazão final de projeto.
2.2. Traçado da rede coletora
O traçado da rede coletora teve por base as condicionantes topográficas existentes, o
posicionamento do sistema viário urbano e a rede coletora existente da CORSAN.
A distância máxima entre poços de inspeção ultimamente passou a ser limitada apenas
pelo alcance dos equipamentos disponíveis para desobstrução da rede, segundo a NBR-9649/86
“Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário”. O espaçamento admissível adotado entre poços de
visita será de 100 m.
A rede coletora foi projetada para ser implantada no leito viário.
2.3. Características da rede projetada
2.3.1 Diâmetro mínimo
A CORSAN adota o diâmetro mínimo para projeto de DN 150, ainda que a norma NBR
– 9649 permita o uso de DN 100, por questão de maior facilidade na manutenção.
2.3.2 Material da rede
Adotar-se-á tubulações em PVC rígido com junta elástica para coletor de esgoto
sanitário, conforme NBR 7362-1/2005, com seus respectivos anéis de borracha nitrílica
(especificação conforme anexo “H” da NBR 15.750/2009). As conexões serão em PVC rígido com
junta elástica para coletor de esgoto sanitário, conforme NBR 10.569.
2.3.3 Recobrimento da rede coletora
O recobrimento mínimo adotado no projeto é de 0,90 m, segundo a NBR 9649/86. Para
coletores assentados no passeio será adotado um recobrimento mínimo de norma, ou seja, 0,65 m.
Quando o recobrimento mínimo não for atendido, a tubulação será envelopada conforme padrão
CORSAN.
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2.3.4 Poços de visitas (PV’s)
Os poços de visitas (PV’s) foram previstos nas seguintes situações:
• nos trechos muito longos;
• nas mudanças de direção dos coletores;
• nas mudanças de diâmetros; e
• nas mudanças de declividade
Nos casos de mudança de direção com ângulos menores do que 90° deverá ser
executado um degrau no PV, com a finalidade de se garantir a continuidade do movimento.
Quando localizados em vias de tráfego, serão utilizados PV’s tipo N, os quais possuem
diâmetro interno de 1,00 metro e facilitam manutenção da rede, com tampas em ferro fundido dúctil
DN600, articulado, com travamento automático e com pintura epóxi.
Em cabeceiras de rede, tanto em passeios como em vias de tráfego,
serão utilizadas inspeções tubulares (IT’s), com diâmetro de 150mm. Os PV’s serão em concreto,
com anéis pré-moldados tipo ponta/bolsa JE, DN100, todos com pintura betuminosa, fabricados de
acordo com a NBR 16085/12. As tampas serão em ferro fundido, articulados, com travamento
automático, pintura epóxi, DN600. Os IT’s serão com curvas de PVC DN150, padrão Corsan, com
tampas em ferro fundido DN230.
2.3.5 Ligações prediais
As ligações prediais serão executadas em PVC DN 100, em tubo de PVC rígido
fabricado de acordo com a NBR 7362-1/2005, cor ocre com parede maciça, com anel de borracha
nitrílica fabricados de acordo com o anexo “H” da NBR 15.750/2009. As caixas de calçadas serão
em concreto, DN400, circulares, com alturas de 70cm, e tampas em concreto DN500.
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2.4. Determinação das vazões de projeto
2.4.1 Vazões de infiltração
As vazões de infiltração, serão determinadas a partir da taxa de 0,50 L/s.Km.
O comprimento de rede coletora total é de 3934 metros em PVC OCRE DN150 e 6
metros de PVC OCRE DN200.
A vazão de infiltração resultante é de:
Qi= 1,967 L/s
2.4.2 Vazões máximas
𝐸. 𝑁. 𝑞. 𝐶. 𝑘1. 𝑘2
𝑄𝑓 =
86400
Onde:
Qf: Vazão máxima doméstica final (L/s.);
E: número de economias no trecho;
N: número de habitantes por economia (5 hab./econ.);
q: “per capita” (200 L/hab.dia);
C: coeficiente de retorno = 0,80;
k1: coeficiente de máxima vazão diária = 1,20;
k2: coeficiente de máxima vazão horária = 1,50.
Vazão total do Condomínio Residencial Nova Santa Rita :483 lotes
Q= 20,065 L/s
2.5. Dimensionamento Hidráulico da rede coletora
2.5.1 Condições de dimensionamento
O dimensionamento hidráulico da Rede Coletora foi realizado através da soma das
vazões domésticas, com as de infiltração e concentradas, esta última quando houver, verificando-se
trecho a trecho a rede, para as condições finais do projeto.
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2.5.2 Fórmula Adotada
Para o dimensionamento dos coletores de esgoto adotou-se a fórmula de Manning,
calculada conforme critério estabelecido pela CORSAN no que se refere ao coeficiente de
rugosidade.
𝟏
𝒗= ′
𝒏. 𝑹𝒉𝟐 𝟑 . 𝐈¹′²
Onde:
v: Velocidade de escoamento (m/s);
n: Coeficiente de rugosidade (n=0,010 para PVC)
Rh: Raio hidráulico (m)
I: Declividade do coletor (m/m)
2.5.3 Vazão mínima
Pela norma NB-9649/86, o menor valor de vazão a considerar em qualquer trecho é de
1,5 L/s.
2.5.4 Tensão trativa
Tensão trativa é definida como uma tensão tangencial exercida sobre a parede do
conduto pelo liquido escoado.
Este é o critério determinado pela NB-9649 para dimensionamento dos coletores de
esgoto e envolve considerações sobre três aspectos principais: hidráulico, controle de sulfetos e ação
de auto limpeza. Este conceito substituiu a velocidade de auto limpeza preconizada pela PNB –
567/75.
A tensão trativa representa um valor médio de tensão ao longo do perímetro molhado
do conduto e é calculada pela seguinte expressão:
𝑻 = 𝜹. 𝑹𝒉. 𝑰
Onde:
T: Tensão trativa média (Pa)
δ: Peso especifico do liquido (10.000 N/m³)
Rh: Raio hidráulico (m)
I: Declividade do coletor (m/m)
2.5.5 Tensão trativa crítica
A tensão trativa crítica é de 1,0 Pa, segundo a Norma. Em qualquer trecho da rede, a
tensão trativa calculada deverá ser maior ou igual à tensão trativa critica, sendo está a condição para
que o esgoto escoado satisfaça a condição de auto limpeza e de controle de sulfetos.
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2.5.6 Altura da lâmina de esgoto
2.5.6.1 Lâmina mínima
Pelo critério de tensão trativa, haverá auto limpeza nas tubulações de esgoto desde que,
uma vez por dia a tensão trativa calculada atinja valor igual ou superior à tensão trativa critica,
qualquer que seja a altura da lâmina d’água.
2.5.6.2 Lâmina máxima
A lâmina máxima deve ser igual ou menor que 75% do diâmetro da tubulação, para a
vazão final de contribuição no trecho do coletor.
2.5.7 Velocidade de escoamento
2.5.7.1 Velocidade inicial mínima
Foi substituída pelo critério de verificação de tensão trativa crítica. A declividade
mínima admissível é a que satisfaz a tensão trativa crítica.
No presente projeto as declividades mínimas foram calculadas através da seguinte
fórmula:
𝑰𝒎𝒊𝒏 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟔𝟏𝟐𝟐. 𝑸ᵢ⁶′¹³
Onde:
Imin: Declividade mínima (m/m);
Qi: Vazão inicial (L/s)
2.5.7.2 Velocidade final máxima
A velocidade final máxima permitida será de 5,0 m/s, o que resulta na declividade
máxima.
2.5.8 Condição de controle de remanso e velocidade crítica
𝑽𝒄 = 𝟔. (𝒈. 𝑹𝒉)𝟏′𝟐
Onde:
Vc: Velocidade crítica (m/s)
g: Aceleração da gravidade (m/s²)
Rh: Raio hidráulico (m)
Sempre que a velocidade final no coletor ultrapassar a velocidade crítica, a altura da
lâmina d’água é limitada em 50% do diâmetro do coletor, assegurando a ventilação do trecho.
Sempre que a cota do nível de água na saída de qualquer PV estiver acima de qualquer
das cotas dos níveis d’água de entrada, foi verificada a influência do remanso no trecho de montante.
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3. PLANILHAS DE CÁLCULO
A seguir apresenta-se a planilha de dimensionamento da rede coletora de esgoto sanitário, conforme NBR
9649/86.
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ART - ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA
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LP ou LI – LICENÇA PRÉVIA OU DE INSTALAÇÃO
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PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
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PLANTA DE SITUAÇÃO
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ANEXO 1-PROJETO DA REDE DE ESGOTO
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ANEXO 2-PROJETO URBANÍSTICO APROVADO PELA PREFEITURA MUNICIAPAL
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