Rosanvallon LEGITIMIDADE E DEMOCRACIA
Rosanvallon LEGITIMIDADE E DEMOCRACIA
Nº 12/2017
Pierre Rosanvallon
JULHO DE 2017
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Pierre Rosanvallon | A DEMOCRACIA DO SÉCULO XXI
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reciprocidade se não houver certo grau de cípio. Algumas foram criadas por assembleias
confiança em seu seio. Entretanto, essa “insti- parlamentares para controlar e equilibrar um
tuição invisível” que é a confiança possui uma Poder Executivo suspeito de partidarismo;
dimensão diretamente cognitiva, como ob- outras, pelo próprio Executivo para restaurar
servara enfaticamente Niklas Luhmann. Não uma credibilidade debilitada ou conceder al-
é de fato possível confiar em alguém que seja guns de seus poderes em âmbitos nos quais
um estranho total, sobre quem não se sabe não se sentia tecnicamente equipado. Seu nú-
nada. Não se pode construir nada com aque- mero cresce atualmente em toda parte, sob a
les de quem ignoramos quase tudo. pressão também dos cidadãos que receiam os
abusos de poder partidaristas por serem sim-
A posta em prática de uma democracia narra- plesmente majoritários.
tiva depende menos de dispositivos institucio-
nais do que do desenvolvimento multiforme O povo-princípio corresponde ao fato de que
de empresas que tenham como objetivo “nar- “o povo” não é apenas uma população. Ele tem
rar a sociedade”. Isso envolve tanto as ciências também uma dimensão histórica. Não possui
naturais quanto a literatura, a fotografia e o somente uma consistência imediata, estática;
cinema. Nos Estados Unidos da grande cri- ele se apreende também de forma dinâmica
se dos anos 1930, fez-se uma tentativa nessa como uma comunidade fundada sobre valo-
direção com o lançamento do Federal Writer’s res compartilhados. Como qualificar essa di-
Project. Eu, mais recentemente, tentei por mensão coletiva senão a partir dos princípios
minha parte constituir na França o embrião que a constituem? Dar politicamente seu lu-
de um Parlamento dos Invisíveis. Existe ali um gar ao povo implica então representar o povo
canteiro de obras democrático essencial. “jurídico” em sua figura constitucional. Isso
justifica a superioridade normativa da ordem
As novas vias da legitimidade constitucional. Os tribunais constitucionais
democrática têm por função representar esse povo no qual
cada indivíduo conta, já que seus direitos são
Essas novas vias correspondem a abordagens garantidos, enquanto que a ordem majori-
da generalidade democrática que atenuam a tária por vezes toma decisões influenciadas
realização de sua expressão eleitoral-majoritá- pelos acontecimentos ou pela preocupação
ria tradicional, procurando encontrar o senti- de privilegiar interesses específicos. O poder
do de uma vontade geral entendida como ex- de todos se define aqui então como o poder
pressão unânime da sociedade. Duas noções de qualquer pessoa (ou seja, de todos os indi-
podem ser utilizadas para avançar nessa dire- víduos que têm o poder de ter seus direitos
ção: a da imparcialidade e a do povo-princípio. protegidos).
A imparcialidade se refere a uma definição
negativa da vontade geral. Uma instituição A crescente influência desses dois tipos de ins-
imparcial é uma instituição da qual ninguém tituições tem modificado progressivamente a
(nem grupo de interesse, nem partido políti- natureza e o alcance dos poderes Legislativo e
co, nem indivíduo específico) pode pretender Executivo tal como tinham sido concebidos
se apropriar. O poder democrático de todos na teoria liberal e democrática clássica. Após
se apresenta nesse caso sob as formas do poder acrescentar seu papel, as autoridades indepen-
de ninguém. As autoridades independentes de dentes de regulação e vigilância mudaram os
vigilância e de regulação se apoiam nesse prin- termos em que se podia entender a democra-
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cia. Mas trata-se apenas de uma mudança de toral-majoritária. Assim, não devemos criticá-
fato, pois essas instituições ainda não foram -las apenas por seu iliberalismo, mas também
conceituadas como formas políticas novas, por seu incumprimento democrático. O
com um papel específico na ordem democrá- problema é que hoje muitos democratas não
tica. Da mesma forma, elas podem também apresentam essa inteligência em sua crítica es-
conduzir a um aprofundamento inédito das pontânea.
democracias e não ao simples reforço de um
liberalismo tímido. O papel dos tribunais Podemos, por fim, sublinhar que a noção de
constitucionais é, por exemplo, suscetível de democracia indireta, tal como já a defini, que
se inscrever na perspectiva tradicional de um leva a refundar sobre novas bases aquela de
crescimento do poder do direito destinado a regime misto, é mais operacional do que a
limitar e enquadrar a expressão da soberania distinção classicamente utilizada na Ciência
popular. A oposição subjacente entre govern- Política entre input e output democracy.
ment by will e government by constitution não
faz mais do que reproduzir um velho topos li- A democracia de exercício, para além da
beral. A questão da correção dos limites do democracia de autorização
poder majoritário neste caso segue inscreven-
do-se implicitamente na velha perspectiva da Nossos regimes podem ser chamados de de-
denúncia dos riscos de “tirania da maioria” mocráticos, mas nós não somos governados
à que se entregavam no século XIX aqueles democraticamente. Esse é o grande hiato que
que tinham medo de se ver subjugados pelo alimenta o desencanto e o desconcerto con-
advento do sufrágio universal. Mas o desen- temporâneos. Precisemos: nossos regimes são
volvimento desses tribunais também pode considerados democráticos no sentido de que
ser visto como um instrumento de redução o poder surge das urnas após uma competi-
da margem de manobra dos governantes e, ção aberta e de que vivemos em um Estado
portanto, uma forma de aumentar o controle de direito que reconhece e protege as liber-
social sobre os representantes. Uma Consti- dades individuais. Trata-se certamente de de-
tuição, explicava nesse sentido Edouard La- mocracias em grande medida inacabadas. Os
boulaye, importante jurista do século XIX, representados se sentem então muitas vezes
pode ser entendida como “a garantia de que abandonados por seus representantes estatu-
dispõe o povo contra aqueles que fazem seus tários, e o povo, passado o momento eleitoral,
negócios, a fim de que não abusem do man- se percebe bem pouco soberano. Mas essa rea-
dato que lhes confiaram”. As autoridades lidade não deve ocultar outro fato, ainda mal
independentes de vigilância e regulação são identificado em sua especificidade: o de um
também suscetíveis de ser pensadas a partir mau governo, que também corrói profunda-
das duas perspectivas opostas. mente nossas sociedades. Se a vida política se
organiza ao redor de instituições que definem
Cabe observar que as “democracias autoritá- um tipo de regime, é também resultado da
rias” (como a Rússia, a Turquia ou inclusive ação governamental, isto é, da gestão cotidia-
a Polônia e a Hungria), que poderíamos cha- na dos assuntos públicos, instância de decisão
mar de populistas, com frequência se opõem e de comando. É o lugar de um exercício do
violentamente ao papel desses dois tipos de poder que chamamos, em termos constitu-
instituições. Elas são de fato as melhores ex- cionais, de Poder Executivo. É com ele que
poentes de uma democracia puramente elei- os cidadãos lidam imediata e cotidianamente.
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Por sua vez, o centro de gravidade da exigên- dições de controle deste último por parte da
cia democrática é definitivamente deslocado. sociedade. A relação governados-governantes
Embora durante muito tempo esta última tornou-se a questão principal. O problema é
tenha estado ligada à determinação de um que a única resposta que se tem dado a esse
vínculo positivo entre os representantes e os imperativo atualmente limita-se à eleição
representados, agora é a relação dos gover- do chefe do Executivo. Implantou-se apenas
nantes para com os governados a que deve ser uma democracia de autorização, uma permis-
considerada. são para governar que foi acordada. Nem
mais nem menos. Isso claramente não é su-
Para os cidadãos, a falta de democracia signi- ficiente, como podemos ver no mundo dos
fica não ser escutados, ver que as decisões são responsáveis eleitos, que estão bem longe de
tomadas sem consulta, que os ministros não se comportar como democratas.
assumem suas responsabilidades, que os diri-
gentes mentem com impunidade, constatar Se podemos considerar que, em certas condi-
que a corrupção reina, que a classe política vive ções, a eleição é capaz de determinar adequa-
em uma bolha e não presta contas, e que o fun- damente a relação entre representantes e repre-
cionamento administrativo permanece opaco. sentados, não ocorre o mesmo com a relação
entre governados e governantes. O ponto é
O problema é que essa dimensão da políti- essencial. A designação de um representante
ca nunca foi pensada como tal. A democra- consistiu historicamente em seu princípio
cia sempre foi entendida como regime, mas de expressar uma identidade ou transmitir
quase nunca como um modelo de governo. um mandato, todas questões que idealmente
A prova disso é que as palavras “regime” e podiam ser cumpridas pelo fato eleitoral. A
“governo” muitas vezes se confundiram1. A eleição era, com efeito, considerada capaz de
questão pode parecer secundária na primeira estabelecer o representante em sua qualidade
forma histórica do regime democrático, a do e sua funcionalidade intrínsecas, com a no-
modelo parlamentar-representativo, no qual ção de permanência que o termo implica. Já
o Poder Legislativo domina todos os outros. a eleição de um governante não faz mais que
Hoje, porém, o Poder Executivo se transfor- legitimar sua posição institucional e não lhe
mou no eixo central, e ele gira em direção a confere nenhuma qualidade. O “desempenho
um modelo presidencial-governante das demo- democrático” de tal eleição – volto sobre isso
cracias. Enquanto que antes era o sentimento – é, nesse sentido, inferior ao da eleição de
de má representação o que concentrava todas um representante.
as críticas, hoje o de mau governo também
exige que se deem respostas. Daí, nesse caso, a imperiosa necessidade de
ampliar a democracia de autorização em dire-
Nos tempos de predomínio do Poder Execu- ção a uma democracia de exercício. O objetivo
tivo, a chave da democracia reside nas con- é determinar as qualidades que se esperam
dos governantes e as regras positivas que orga-
nizam as suas relações com os governados. É
1. Foi claramente o caso nos séculos XVIII e XIX, quando o
termo “governo” era tomado como sinônimo de “regime” e no estabelecimento de tal democracia que se
abrangia portanto os poderes Legislativo e Executivo. A expres- joga o essencial de agora em diante. De fato,
são comum “governo representativo” designava dessa maneira
o que chamo aqui forma parlamentar-representativa do regime
é sua falta o que permite à eleição do chefe do
democrático. Executivo abrir caminho para um regime ili-
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beral, ou até mesmo ditatorial em alguns ca- ficaram açambarcadas pelo poder parlamentar.
sos. Nosso presente está repleto de exemplos Eles outorgam também pleno sentido ao fato
dessa natureza, cuja primeira ilustração foi de que o poder não é uma coisa e sim uma rela-
constituída pelo cesarismo francês do século ção, e que são as características dessa relação as
XIX. As patologias sangrentas e destrutivas da que definem a diferença entre uma situação de
democracia foram, no século XX, junto com dominação e uma simples distinção funcional,
o totalitarismo, patologias da representação. dentro da qual se pode desenvolver uma forma
Tratava-se então de poderes que pretendiam de apropriação cidadã do poder. Em segundo
ter superado as aporias estruturantes do siste- lugar, a determinação das qualidades pessoais
ma representativo e suas incompletudes atra- requeridas para ser um “bom governante”. São
vés de uma perfeita encarnação da sociedade, qualidades que não devem ser enumeradas para
constituindo “poderes-sociedade”, justificando criar um retrato-robô idealizado, superposição
seu absolutismo por esta adequação. Estas ve- de todos os talentos e de todas as virtudes, e sim
lhas patologias continuam sendo uma amea- para considerar mais operacionalmente as que
ça, sem dúvida. Mas as novas patologias do forem necessárias para estabelecer um vínculo
século XXI mudaram de natureza. Elas decor- de confiança entre governantes e governados de
rem agora da restrição da democracia gover- modo a fundar uma democracia de confiança.
nante ao simples procedimento de autoriza- A confiança, repito, entendida como uma des-
ção ou a formas de referendo que constituem sas “instituições invisíveis” cuja vitalidade teve
uma expressão geralmente empobrecida da uma importância decisiva na época da persona-
vontade geral. Se existe uma doença do presi- lização das democracias. Duas delas se impõem
dencialismo, é no sentido dessa atrofia. especialmente: a integridade e o falar com fran-
queza (a parrésia, relembrada por Foucault por
Vale assinalar que a noção de democracia de sua importância na Grécia Antiga).
exercício é mais forte e mais ampla do que a
referência que normalmente se faz na Ciência A construção de uma democracia de confian-
Política à necessidade de considerar a ideia de ça e de uma democracia de apropriação são
qualidade democrática. Esta última, que enfati- as duas chaves do progresso democrático na
za aspectos de gestão, não está incluída em uma era presidencial-governante. Esses princípios
redefinição global do conceito de democracia. de bom governo não devem, no entanto, ser
aplicados apenas ao Poder Executivo em suas
A democracia de exercício poder ser enfoca- diversas instâncias. Eles são chamados tam-
da de dois ângulos. Em primeiro lugar, o dos bém a reger o conjunto das instituições não
princípios que devem reger as relações dos eleitas que têm uma função reguladora (as au-
governantes para com os governados. Três me toridades independentes), as diversas catego-
parecem essenciais: a legibilidade (noção mais rias de magistraturas, e todo o mundo da fun-
ampla e mais ativa do que a de transparên- ção pública. Trata-se de pessoas e instituições
cia), a responsabilidade e a reatividade (termo que exercem de uma forma ou outra uma au-
que talvez seja o mais adequado para traduzir toridade sobre outros e que participam, desse
o conceito de responsiveness em inglês). Esses modo, dos órgãos de governo.
princípios descrevem os contornos de uma de-
mocracia de apropriação. Sua aplicação permi- É verdadeiramente uma segunda revolução
tiria aos cidadãos exercer mais diretamente as democrática a que deve operar nessa perspec-
funções democráticas que durante tanto tempo tiva, depois daquela que constituiu a conquis-
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ta do sufrágio universal. Ela nos fará entrar vazio se não significar opinião pública”, dizia
na democracia pós-eleitoral. Propus uma um importante jurista da época. Sem a mani-
descrição de suas principais direções e de sua festação dessa opinião, insistia, “o povo já não
institucionalização em meu último livro Le tem nome, é um ser puramente metafísico”.
Bon gouvernement. Limito-me então a fazer
referência a ele. Diante da democracia inter- Associado mais tarde aos excessos do Terror,
mitente das eleições, esta é uma democracia o termo “vigilância” foi abandonado. A duali-
permanente, que visa instaurar os princípios dade confiança eleitoral/desconfiança cidadã
que acabo de expor. à que se referia foi substituída finalmente por
uma distinção muito menos rica, a da opo-
Da voz do povo ao olho do povo sição entre democracia direta e democracia
representativa. Hoje é evidente que se trata
A voz do povo foi tradicionalmente a das urnas. de uma redução que empobrece o ideal de-
Ela pode assumir outras formas de expressão, mocrático, do qual o culto contemporâneo
como os abaixo-assinados ou as manifestações do referendo se tornou emblemático, com a
de rua, por exemplo. Mas, na época da demo- ilusão de que ele canaliza uma expressão total
cracia de exercício, é também o olho do povo o e definitivamente realizada de um povo. Ilu-
que aparece para desempenhar um papel sig- são aritmética, o povo não se reduz à maioria;
nificativo. Ao lado do cidadão-eleitor, a figura duplicada por uma ilusão procedimental, a
do cidadão-controlador adquirirá então uma democracia não se reduz a tomadas de decisão
importância crescente. Esta figura tem uma isoladas, implicando pelo contrário a constru-
longa história. Desde os inícios da Revolução ção, deliberada no tempo, de uma história co-
Francesa, o termo “vigilância” se impõe para mum. A noção de democracia de vigilância,
definir uma modalidade específica do exercí- com o caráter de permanência que ela impli-
cio da soberania do povo. “Amigos da liberda- ca, merece hoje, por isso, ser reativada. Tentei
de, que uma vigilância eterna nos ponha a sal- descrever suas diferentes figuras em meu livro
vo dos perigos que teríamos de correr se nosso La Contre-démocratie. Nele destaquei a distin-
destino fosse confiado inteiramente a nossos ção que conviria fazer entre uma desconfiança
ministros”, podia-se ler em um famoso jornal positiva, forma de atividade cívica que marca
da época. A vigilância do povo era entendi- a exigência democrática, e uma desconfiança
da como necessária para dar vida ao ideal de puramente negativa, crítica sistemática dos
um governo guiado pelo cuidado do interesse poderes e rechaço dos governantes. Ela é ain-
geral. A vigilância era um meio de limitar as da mais essencial na medida em que vemos
disfunções do poder e remediar o que chamei hoje esta segunda figura prosperando sob as
de “entropia democrática” (definida como formas da retórica populista.
um processo de degradação da relação entre
eleitos e eleitores). O olho da vigilância do O desafio contemporâneo
povo se impôs por essa razão como um dos te-
mas principais do imaginário revolucionário. O ideal democrático, tal como o abordei, só
Era um meio de transformar uma forma de pode então progredir complicando a demo-
desconfiança em virtude democrática ativa. cracia, acrescentando complexidade em suas
Constituía também um modo de consagrar instituições, em seus procedimentos, em suas
a opinião pública como figura sensível e co- modalidades de expressão da sociedade. Pelo
tidiana do povo. “A palavra povo é um nome contrário, as forças da simplificação são as
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Autor Responsável
Friedrich-Ebert-Stiftung (FES)
A Fundação Friedrich Ebert é uma instituição alemã sem fins lucrativos, fundada em 1925. Leva o
nome de Friedrich Ebert, primeiro presidente democraticamente eleito da Alemanha, e está com-
prometida com o ideário da Democracia Social. No Brasil a FES atua desde 1976. Os objetivos de
sua atuação são a consolidação e o aprofundamento da democracia, o fomento de uma economia
ambientalmente e socialmente sustentável, o fortalecimento de políticas orientadas na inclusão e
justiça social e o apoio de políticas de paz e segurança democrática.