CENTRO UNIVERSITÁRIO ATENAS
LUANA GONÇALVES TORRES
O PAPEL DO ENFERMEIRO AOS CUIDADOS PALIATIVOS
EM PACIENTES ONCOLÓGICOS
Paracatu
2021
LUANA GONÇALVES TORRES
O PAPEL DO ENFERMEIRO AOS CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES
ONCOLÓGICOS
Monografia apresentada ao Curso de
Enfermagem do Centro Universitário
Atenas, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem.
Área de concentração: Saúde Pública.
Orientador: Prof.ª. Esp. Francielle Alves
Marra.
Paracatu
2021
T693p Torres, Luana Gonçalves.
O papel do enfermeiro aos cuidados paliativos em
pacientes oncológicos. / Luana Gonçalves Torres. –
Paracatu: [s.n.], 2021.
31 f.
Orientador: Profª. Francielle Alves Marra.
Trabalho de conclusão de curso (graduação) UniAtenas.
1. Enfermeiro. 2. Cuidados Paliativos. 3. Câncer. 4.
Assistência. I. Torres, Luana Gonçalves. II. UniAtenas. III.
Título.
CDU: 616-083
LUANA GONÇALVES TORRES
O PAPEL DO ENFERMEIRO AOS CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES
ONCOLÓGICOS
Monografia apresentada ao Curso de
Graduação do Centro Universitário Atenas,
como requisito parcial para obtenção do
título de Bacharel em Enfermagem.
Área de Concentração: Saúde Pública.
Orientador: Prof.ª. Esp. Francielle Alves
Marra.
Banca Examinadora:
Paracatu-MG, 06 de junho de 2021.
___________________________________________________________________
Prof.ª. Esp. Francielle Alves Marra.
Centro Universitário Atenas
___________________________________________________________________
Prof. Msc. Thiago Alvares Da Costa.
Centro Universitário Atenas
___________________________________________________________________
Prof. Douglas Gabriel Pereira.
Centro Universitário Atenas
A todos os que sofrem e estão
sós, daí sempre um sorriso de alegria. Não
lhes proporciones apenas os vossos
cuidados, mas também o vosso coração.
Madre Teresa de Calcutá, 1997.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por me permitir chegar até aqui, por ser
presença importante em minha vida, por permitir realizar e concretizar esse sonho e
nunca ter me abandonado.
Aos meus pais, pelo apoio e torcida.
Aos meus irmãos, pela paciência e contribuição de tornar esse sonho
realidade.
Aos meus amigos, pela torcida e companheirismo.
Aos meus professores, pela presteza e disposição em me ajudar nesta
batalha, tornando meu sonho possível.
A todos meu muito obrigado.
RESUMO
Este estudo abordou o papel do enfermeiro aos cuidados paliativos em
pacientes oncológicos. O Cuidado Paliativo surgiu para amenizar a dor dos doentes
que sofriam com enfermidades consideradas incuráveis, e tem o mesmo objetivo nos
dias atuais. Em pacientes oncológicos em estado de terminalidade é muito comum
dor, tristeza, solidão dentre outros sentimentos ruins. E ao receber os Cuidados
Paliativos estes doentes tem a oportunidade de receber carinho, respeito, dignidade
e principalmente a solidariedade do profissional de enfermagem. É este profissional
que vai exercer da melhor forma possível suas habilidades profissionais para oferecer
respeito e amenizar ao máximo todas as dificuldades para enfrentar a doença. O
objetivo geral foi compreender os cuidados da enfermagem realizados à pacientes
oncológicos em estágio final, tomar o total conhecimento dos cuidados prestados ao
paciente terminal, afim de identificar medidas possam trazer conforto e priorizar uma
assistência de qualidade para aquele paciente, tendo em vista amenizar a dor e
sofrimento causado pela doença. O trabalho foi realizado por meio de pesquisas
bibliográficas, verificando através do estudo que o cuidado paliativo para doentes
oncológicos é uma necessidade e um direito de ter seu sofrimento e dor amenizado.
A pergunta de pesquisa foi respondida, pois o enfermeiro (a) é considerado de suma
importância para que o doente e sua família possa aceitar melhor a doença. É o
profissional de Enfermagem que vai está o mais próximo do paciente, respeitando e
promovendo bem-estar, tranquilidade, confiança e afetividade, que auxiliam o
paciente em seu restabelecimento.
Palavras-chave: Enfermeiro. Cuidados Paliativos. Câncer. Assistência.
ABSTRACT
This study addressed the nurse's role in palliative care in cancer patients.
Palliative Care was created to alleviate the pain of patients who suffered from diseases
considered incurable, and has the same objective nowadays. In cancer patients in a
terminal state, pain, sadness, loneliness and other bad feelings are very common. And
when receiving palliative care, these patients have the opportunity to receive affection,
respect, dignity and especially the solidarity of the nursing professional. It is this
professional who will exercise his professional skills in the best possible way to offer
respect and ease to the maximum all the difficulties to face the disease. The general
objective was to understand the nursing care provided to oncology patients in the final
stage, to take full knowledge of the care provided to the terminal patient, in order to
identify measures that can bring comfort and prioritize quality care for that patient, in
order to mitigate the pain and suffering caused by the disease. The work was carried
out through bibliographic research, verifying through the study that palliative care for
cancer patients is a necessity and a right to have their suffering and pain alleviated.
The research question was answered, as the nurse is considered of paramount
importance so that the patient and his family can better accept the disease. It is the
nursing professional who is closest to the patient, respecting and promoting well-being,
tranquility, confidence and affection, which assist the patient in his recovery.
Keywords: Nurse. Palliative care. Cancer. Assistance.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABRALE Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia
ANCP Academia Nacional de Cuidados Paliativos
CACON Centro de Alta Complexidade em Oncologia
CIE Conselho Internacional de Enfermagem
DNA Ácido Desoxirribonucleico
GESTO Grupo Especial de Suporte Terapêutico Oncológico
INCA Instituto Nacional de Câncer
SP São Paulo
SUS Sistema Único de Saúde
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 11
1.1 PROBLEMA 13
1.2 HIPÓTESE 13
1.3 OBJETIVOS 13
1.3.1 OBJETIVO GERAL 13
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 14
1.4 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO 14
1.5 METODOLOGIA DO ESTUDO 14
1.6 ESTRUTURAS DO TRABALHO 15
2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA E A IMPORTÂNCIA DOS CUIDADOS PALIATIVOS 16
3 FISIOPATOLOGIA E AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA EVOLUÇÃO DO
CÂNCER 19
4 CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO COM ÊNFASE
NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 23
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 27
REFERÊNCIAS 28
11
1 INTRODUÇÃO
Os cuidados paliativos se originaram na antiguidade, meados século XVII,
com as primeiras definições sobre cuidar. Eram abrigadas em monastérios todas as
pessoas que necessitavam de cuidados especiais. Esta forma de hospitalidade tinha
como característica o acolhimento, o alivio do sofrimento, a proteção, mais do que a
busca pela cura (HERMES; LAMARCA, 2013).
Porém, de acordo com a Abrale - Associação Brasileira de Linfoma e
Leucemia - os cuidados paliativos na contemporaneidade foram pensados apenas
para o tratamento oncológico, mas atualmente abrangem qualquer doença que
ameace a vida por ser progressiva ou até mesmo incurável. Outro fato importante para
a Abrale, é a desmistificação da ideia de que, cuidados paliativos só devem ser
empregados, usados quando não há mais possibilidade de tratamento e o paciente
estiver em estado terminal. Isto não é verdade, uma vez que seu principal objetivo é
promover a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares por meio de
prevenção e alívio do sofrimento (ABRALE, 2020).
O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo e já está entre
as quatro principais causas de mortes na maioria dos países. A mortalidade por câncer
vem crescendo gradualmente, em partes pelo envelhecimento, pela expansão
populacional, como também na prevalência dos fatores de risco do câncer,
relacionados principalmente as condições e desenvolvimentos socioeconômicos. Os
hábitos e estilo de vida, também, é um fator importantíssimo para o desenvolvimento
neoplásico, como a alimentação inadequada, o sedentarismo, entre outros (INCA,
2020).
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (2020), há fatores internos e
externos que contribuem para o seu crescimento, entre 80% (oitenta por cento) e 90%
(noventa por cento) estão associados a causas externas. Significando que atualmente
o câncer está diretamente relacionado ao ambiente vivemos e o estilo de vida que
levamos.
A neoplasia surge a partir de uma mutação genética, ocorrendo assim, o
crescimento anormal do número de células. Esse aumento celular foge do controle do
organismo, causando consequências graves. O câncer pode ser denominado em
maligno e benigno. A neoplasia benigna é de crescimento lento e organizado,
representado por células semelhantes presentes no tecido normal, já a neoplasia
12
maligna tem seu crescimento rápido, composto por células diferentes do tecido,
podendo assim causar metástase, que é quando o tumor se desprende do tecido
primário e entrar na correndo sanguínea, circulando pelo organismo e se estabelecer
em outros órgãos (INCA, 2019).
Nas últimas décadas o câncer vem se disseminando em uma velocidade
assustadora. O INCA estima-se que no ano de 2020 foram mais 700.000 pessoas,
homens e mulheres, diagnosticadas com a doença no Brasil. Esses dados alarmantes
são de pesquisas realizadas pela Coordenação de Prevenção e Vigilância/Divisão de
Vigilância e Análise de Situação do próprio Instituto (INCA, 2019).
O câncer é uma doença crônica que acarreta dor, sofrimento e diversos
transtornos aos pacientes e seus familiares. Um número grande de pessoas, de todas
as idades e de ambos os sexos, tem sido acometido por este mal. Por se tratar de
uma doença ativa, progressiva e ameaçadora, podendo levar à morte, causa
sentimentos de medo, insegurança e não aceitação (INCA, 2012).
Segundo Teixeira e Fonseca (2007), por muito tempo o câncer foi visto de
diversas formas, e sua história foi marcada pelo incessante esforço de entendê-la e
controla-la. Entretanto sua complexidade e suas várias formas mostraram-se como
limitadoras, dificultando a ação terapêutica e consequentemente uma cura definitiva
para este mal que há séculos aflige a humanidade.
Segundo informações do INCA nos dias de hoje o câncer é uma das
maiores causas de morte do mundo, mais de 12 milhões de pessoas são
diagnosticadas todo ano com câncer e cerca de oito milhões morrem. No Brasil, o
INCA estimou em 700 mil novos casos da doença para 2020. Se medidas efetivas não
forem tomadas, haverá 26 milhões de casos novos e 17 milhões de mortes por ano
no mundo em 2030 (BRASIL, 2011).
Porém, segundo Barreto e Trevisan (2015), aconteceram diversos avanços
para o tratamento do câncer. De modo geral, radioterapia, quimioterapia e cirurgia são
os meios mais comuns de tratamento utilizados. Entretanto a Hormonioterapia e a
Imunoterapia também são utilizadas para o tratamento de alguns tipos de tumores.
Essas técnicas podem ser empregadas separadamente ou em uso combinado,
levando em consideração que a opção de tratamento deve ser estabelecida segundo
o tipo de câncer e o estágio da doença, a fim de assegurar melhores resultados.
Apesar dos avanços da medicina no sentido de oferecer mais opções de
tratamento, o índice de mortalidade por câncer tem aumentado bastante nas últimas
13
décadas. Porém, ainda que esta realidade traga muito medo e insegurança, morrer é
um processo natural e com os muitos progressos da medicina a tendência é prorrogar
este momento (BRASIL, 2009).
As ações do enfermeiro são compreender todo o processo de assistência
ao paciente oncológico, levando em consideração os múltiplos aspectos de
complexidade como: físicos, psicológicos, sócias, culturais, espirituais e econômicos.
A equipe de Enfermagem é o maior elo direto com o paciente durante o tratamento
oncológico, o enfermeiro deverá trabalhar em conjunto com os demais profissionais a
fim de promover um atendimento integral, seguro e humanizado para o paciente e
para família.
1.1 PROBLEMA
Qual a importância do enfermeiro no processo de aceitação do diagnóstico
oncológico para o paciente e a família?
1.2 HIPÓTESE
a) Acredita-se que o enfermeiro pode ser um grande ponto de apoio para
ambos os lados, pois, está sempre presente nos cuidados prestados,
assim, facilitando o vínculo com paciente e família. O paciente precisa
se sentir importante para o profissional, assim, criam “laço” de segurança
e o total conhecimento que seu tratamento está sendo humanizado.
b) O enfermeiro deverá minimizar os medos e ansiedades, oferecendo os
uma escuta atenta e empática, afim de, sintonizar melhores
possibilidades de cuidados que adequem a situação do paciente.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 OBJETIVO GERAL
Compreender os cuidados da Enfermagem realizados à pacientes
oncológicos em estágio final, tomar o total conhecimento dos cuidados prestados ao
paciente terminal, afim de identificar medidas possam trazer conforto e priorizar uma
14
assistência de qualidade para aquele paciente, tendo em vista amenizar a dor e
sofrimento causado pela doença.
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) apresentar a evolução histórica e a importância dos cuidados paliativos;
b) descrever a fisiopatologia, as manifestações clínicas da evolução do
câncer;
c) definir os cuidados de Enfermagem ao paciente oncológico com ênfase
na assistência de Enfermagem.
1.4 JUSTIFICATIVA
O tema abordado é de grande magnitude para a pesquisa apresentada,
pois, os casos neoplásicos vêm crescendo de forma significante, segundo o Instituto
Nacional de Câncer (2019), sendo, uma das principais causas de mortalidades entre
homens e mulheres.
Os cuidados paliativos são primordiais no estágio final de um paciente
neoplásico, a equipe de Enfermagem atua no modo interdisciplinar, visando reduzir o
sofrimento e promover conforto e dignidade humana ao paciente oncológico e sua
família. O enfermeiro demonstra um compromisso em prol de um cuidar que tem a
qualidade de vida como objetivo principal, afim de, oferecer uma vida melhor a curto
prazo, ao invés de prolongar o sofrimento (ANCP,2012).
1.5 METODOLOGIA
Esse trabalho será caracterizado por uma pesquisa bibliográfica, segundo
Gil (2010), esse tipo de pesquisa, é fundada com base em matérias publicadas, como
artigos, livros e outros matérias impressos, a qual tem objetivo de fornecer
fundamentação teórica ao trabalho, permitindo revisão literária do tema por
pesquisadores renomados.
Essa pesquisa terá característica exploratória, de acordo com Gil (2010), o
propósito é fornecer maior envolvimento com o problema por meio de referências e
sua importância está no fato que, através dela, é possível apresentar diversos
15
acontecimentos, pois há, várias informações disponíveis nos mais diversos meios.
Também busca discorrer sobre as diferentes contribuições disponíveis sobre o tema.
Para Lakatos e Marconi (2008), a pesquisa bibliográfica também é
entendida como um processo de aprendizagem, tanto do indivíduo quando da
sociedade, uma vez que é um processo desenvolvido buscando a construção do
conhecimento.
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO
O presente trabalho é composto em sua estrutura de cinco capítulos.
O primeiro apresenta a contextualização do tema, construção do problema,
as hipóteses, os objetivos, justificativa, metodologia e a exposição da estrutura do
trabalho.
O segundo capítulo apresenta a evolução histórica e a importância dos
cuidados paliativos.
O terceiro capítulo descreve a fisiopatologia e as manifestações clínicas da
evolução do câncer.
O quarto capítulo vem definir os cuidados da Enfermagem ao paciente
oncológico com ênfase na assistência de enfermagem.
O quinto capítulo é elaborado as considerações finais, que mostra a
importância dos cuidados paliativos oferecidos dos profissionais da enfermagem,
comprovando os objetivos do trabalho.
16
2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA E A IMPORTÂNCIA DOS CUIDADOS PALIATIVOS
De acordo com pesquisas os Cuidados Paliativos surgiram para amenizar
a dor daqueles que sofriam de dores e não tinham cura de suas doenças. Com base
em dados históricos os cuidados paliativos não eram tidos como uma prática comum.
Pesquisadores informam que era tida como uma prática que desagradava a Deus.
Neste sentido Capelas et al. (2014) afirmam:
Até o século IV a.C. não se considerava ético tratar o doente durante o seu
processo de morte. Os médicos tinham medo de fazê-lo, pelo risco de serem
castigados por estarem a desafiar as leis da natureza. Após a propagação do
Cristianismo, estabelece-se a necessidade de ajudar estas pessoas, surgindo
a primeira instituição para ajudar os desprotegidos, doentes e moribundos em
Roma, por Fabíola, como resultado do seu compromisso cristão (CAPELAS
et al. (2014, p. 8).
As pesquisas apontam que os cuidados paliativos surgiram na antiguidade,
com o objetivo de amenizar a dor e o sofrimento das pessoas atormentadas por dores
físicas. As pessoas que se dispunham a cuidar na maioria das vezes não tinham
conhecimento técnico, tinham apenas compaixão pelo próximo. Coli (2020),
transcreve que o início dos cuidados paliativos se deu no decorrer das Cruzadas na
Idade Média, onde era comumente encontrado lugares denominado hospices, que
tinham como propósito acolher doentes, pessoas com fome, mulheres com dores de
parto, pessoas em condições de miserabilidade, os conhecidos como leprosos e
órfãos.
É claro e notório que os responsáveis pelo pioneirismo com os cuidados
paliativos objetivavam amenizar o sofrimento dos doentes, sejam dores físicas ou
psicológicas. A evolução histórica dos cuidados paliativos a nível internacional teve
seu marco, segundo Capelas et al. (2014), na década de 1960 com a psiquiatra suíça
Elizabeth Kübler-Ross pioneira da Tanatologia (estudo da morte), e a inglesa Dame
Cicely Saunders (enfermeira, assistente social e médica oncologista), que
levantaram a bandeira do cuidado (humanismo) diante do sofrimento do outro.
De acordo com Figueiredo (2011), o pioneirismo no Brasil nasceu em Porto
Alegre (RS), com a Profa. Dra. Miriam Martelete, anestesiologista, que no ano de 1979
instituiu o Serviço de Dor no Hospital de Clínicas, e no ano de 1983 o Serviço de
Cuidados Paliativos. Logo depois, foi a vez da cidade de São Paulo (SP), com o
médico fisiatra Dr. Antônio Carlos Camargo de Andrade Filho instituindo o Serviço de
Dor da Santa Casa no ano de 1983 e no ano de 1986 fundou o Serviço de Cuidados
17
Paliativos. Em seguida no Rio de Janeiro, no ano de 1989, foi a vez do Instituto
Nacional do Câncer com o GESTO (Grupo Especial de Suporte Terapêutico
Oncológico).
Portanto, com base nas datas, é possível afirmar que os cuidados paliativos
são recentes no Brasil. De acordo com Figueiredo (2011), foi na direção de José Serra
que o Ministério da Saúde publicou a Portaria 3535/1998, determinando a
obrigatoriedade dentro das unidades de Centro de Alta Complexidade em Oncologia
- CACON de qualquer categoria, a celebrarem contratos de terceirização com o
Sistema Único de Saúde - SUS, para prestarem um Serviço de Dor e Cuidados
Paliativos.
Carvalho e Parsons (2012), observam que o Cuidado Paliativo no Brasil
iniciou na década de 1980 e cresceu significativamente a partir do ano 2000,
consolidando cuidados já existentes, pioneiros e com a criação de outros não menos
importantes. Atualmente surgem iniciativas novas a todo o momento em todo o Brasil.
Apesar de recente aqui no Brasil, o cuidado paliativo é de suma importância
para todas aquelas pessoas que estão passando por momentos difíceis e dolorosos
em sua vida. Figueiredo (2011) traz a seguinte informação:
O Instituto Nacional do Câncer – INCA, calculou que a mortalidade por câncer
em 2010 fosse de 319.596 doentes por todo o país. Ora, a Organização
Mundial da Saúde – OMS calcula que 70% a 80% dos doentes que falecem
por câncer, o fazem com sofrimento insuportável. Usando no caso do Brasil
o índice menor, isto é 70%, vê-se que 111.858 doentes morreram com intenso
sofrimento! Supondo que existiriam 100 unidades de Serviço Paliativo em
2010 em todo o país, que cada uma delas tivesse capacidade para um
atendimento anual de 200 pessoas, seriam 20.000 doentes. Subtraindo esse
último número de 111.858 ficamos com 91.858 doentes morrendo
miseravelmente! E some-se a isso, que o crescimento anual de câncer
diagnosticado no Brasil é de 2% ou pouco mais (FIGUEIREDO, 2011, p.2).
É por meio do cuidado paliativo que é possível ouvir para cuidar melhor.
Entender a dor para amenizá-la. Neste sentido Andrade; Costa e Lopes (2013,
p.2526), abordam que é “no momento que o profissional se comunica com o paciente,
vivencia a terminalidade de maneira adequada, fortalece o vínculo, adquire confiança
e quase sempre, consegue decifrar informações essenciais e amenizar-lhe a
ansiedade e a aflição”.
É por esta e muitas outras razões que o cuidado paliativo é considerado
como uma melhora na qualidade de vida do doente seja em estado terminal ou em
um estado difícil, não importa o estágio da doença. O objetivo é oferecer uma
humanização ao seu tratamento. Para Coli (2020), o tratamento paliativo necessita
18
ser iniciado simultaneamente ao tratamento curativo, aplicando dessa forma todos os
esforços necessários para melhor compreender e controlar os sintomas do doente. Os
cuidados paliativos têm que ser visto como parte da assistência completa à saúde, no
tratamento de todas as doenças crônicas, e em programas de atenção aos idosos.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer - INCA – o câncer é
a segunda causa que mais mata no Brasil. Se trata de uma doença progressiva e
crônica, provocando em inúmeras pessoas muitas dores e em seus familiares muita
angústia e tristeza. E o cuidado paliativo é um meio de amenizar e demonstrar que os
funcionários da saúde sentem empatia e compaixão pelo seu estado (ANCP, 2012).
Silva e Hortale (2006, p. 2059), asseguram que “os cuidados paliativos
podem e devem ser oferecidos o mais cedo possível no curso de qualquer doença
crônica potencialmente fatal, para que esta não se torne difícil de tratar nos últimos
dias de vida”.
Dado a sua importância e necessidade, o cuidado paliativo tem objetivo à
alcançar. No site do Instituto Nacional do Câncer é apresentado o objetivo dos
cuidados paliativos como sendo promover a qualidade de vida do paciente e de seus
familiares através da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce de
situações possíveis de serem tratadas, da avaliação cuidadosa e minuciosa e do
tratamento da dor e de outros sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais
(ANCP, 2012).
A conceituação de cuidado paliativo é apresentada pela Organização
Mundial de Saúde. E é transcrita por Silva e Hortale (2006),da seguinte maneira:
"Cuidados paliativos é uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos
pacientes e seus familiares frente a problemas associados à doença terminal,
através da prevenção e alívio do sofrimento, identificando, avaliando e
tratando a dor e outros problemas, físicos, psicossociais e espirituais” (SILVA;
HORTALE, 2006, p. 2059).
Portanto o cuidado paliativo é um conjunto de condutas realizado pelos
profissionais de saúde com o objetivo de amenizar e melhorar a dor e o sofrimento do
paciente e de sua família, uma vez que o câncer em seu estágio terminal é muito
sofrido e doloroso.
19
3 FISIOPATOLOGIA E AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA EVOLUÇÃO DO
CÂNCER
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (2012), o vocábulo câncer vem do
grego karkínos, e quer dizer caranguejo, e foi Hipócrates (viveu entre 460 e 377 a. C.),
o pai da medicina quem mencionou tal palavra pela primeira. O que deixa evidente
que não se trata de uma doença nova. Pois foi diagnosticada em múmias egípcias
comprovando sua existência há pelo menos 3 (três) mil anos antes de Cristo. Na
atualidade, o nominal câncer é utilizado de forma geral para nominar o conjunto de
mais de 100 doenças, com características comuns do crescimento desordenado de
células com tendência de invasão de tecidos e órgãos vizinhos.
Bastos (2014), afirma que o câncer tem como principal característica o
crescimento descontrolado de células que passaram por mutações de genes que
comandam o crescimento e a mitose celular. Constituindo basicamente de uma
enfermidade nas células que não apresentam mecanismos de desvios de controle
responsáveis pela proliferação e diferenciação celular.
Portanto a Fisiopatologia do câncer é apresentada por esta multiplicação
celular descontrolada, ou seja, enquanto uma célula normal tem seu crescimento
controlado por meio do equilíbrio entre fatores estimulantes e fatores inibidores, as
células propensas ao câncer rompe este equilíbrio, e inicia-se então um processo de
proliferação celular desordenado, com o surgimento de células com propensão ao
crescimento e divisão anômalos, insensíveis aos mecanismos reguladores normais,
que levam ao surgimento de neoplasias (BRASIL, 2008).
De acordo com Hermes; Lamarca (2013), para que as células tumorais
sejam geradas, é necessário que aconteça um processo denominado de oncogênese,
também conhecido como carcinogênese. A oncogênese tem como característica
alterações que ocorrem no DNA celular por meio de mutações de genes responsáveis
por controlar o crescimento e a mitose celular. Esses genes mutantes são
conceituados de oncogenes. E para que a célula seja considerada cancerosa é
preciso dois ou mais oncogenes presentes em sua composição. Ressalvando que
uma única mutação, raramente procede na formação de um tumor. E para que
aconteça o câncer são necessárias várias mutações efetivando a modificação
genética celular, que progressivamente irá interferir nos mecanismos responsáveis
pela proliferação, diferenciação celular.
20
Para os pesquisadores a principal diferença entre as células saudáveis e
as doentes são que as normais morrem enquanto que as cancerígenas não morrem.
O crescimento das células cancerosas é diferente do crescimento das células
normais. As células cancerosas, em vez de morrerem, continuam crescendo
incontrolavelmente, formando outras novas células anormais. Diversos
organismos vivos podem apresentar, em algum momento da vida,
anormalidade no crescimento celular – as células se dividem de forma rápida,
agressiva e incontrolável, espalhando-se para outras regiões do corpo –
acarretando transtornos funcionais. O câncer é um desses transtornos (Brasil,
2011, p. 18).
Santos; Gonzaga (2018), afirmam que o câncer representa um conjunto de
mais de cem doenças e é qualificado por ser uma enfermidade complexa com
potencial mutacional, proliferativo, com crescimento celular descontrolado e atípico,
em que as células neoplásicas podem invadir tecidos e órgãos adjacentes, com
capacidade migratória para regiões distantes do organismo definindo o conceito de
metástase.
Com base em dados do Instituto Nacional de Câncer (2012), é possível
afirmar que os efeitos cumulativos de diferentes agentes cancerígenos ou
carcinógenos são os responsáveis pelo início, promoção, progressão e inibição do
tumor. A carcinogênese é determinada pela exposição a esses agentes, em uma dada
frequência e em dado período de tempo, e pela interação entre eles. Devendo ser
consideradas, no entanto, as características individuais, que facilitam ou dificultam a
instalação do dano celular.
A estimulação para que haja o crescimento se inicia com a liberação de
fatores de crescimento que se ligam às membranas celulares por meio de
receptores dos fatores de crescimento desencadeando ativação de uma
cascata de proteínas transdutoras de sinais. Após a ligação do fator de
crescimento a um receptor específico, ocorre a ativação do mesmo por meio
da proteína transmembrana responsável por ativar proteínas transdutoras de
sinais presentes, tais proteínas ficam localizadas no citoplasma e é efetivada
através do domínio interno do receptor (Bastos, 2014, p.8/9).
O processo de iniciação da carcinogênese é dividido em três estágios:
Estágio de iniciação: onde os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos, que
provocam modificações em alguns de seus genes. Estágio de promoção: as células
geneticamente alteradas, sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados
como oncopromotores. A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma
lenta e gradual. Porém para o acontecimento desta modificação, é preciso extenso e
contínuo contato com o agente cancerígeno promotor. A interrupção do contato com
agentes promotores muitas vezes suspende o processo neste estágio. Alguns
ingredientes de determinado alimento, exposição demasiada e prolongada a
21
hormônios são exemplos de fatores que proporcionam a transformação de células
iniciadas em malignas. Estágio de progressão: é caracterizado pela multiplicação
descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesta fase, o câncer já está
hospedado, pronto para progredir até o surgimento das primeiras manifestações
clínicas da doença. Os produtores que propiciam a iniciação ou progressão da
carcinogênese são denominados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo
é um agente carcinógeno completo, pois possui componentes que atuam nos três
estágios da carcinogênese (INCA, 2012).
Para que um tumor maligno seja detectado é necessário que o mesmo
alcance até 1 cm de diâmetro, tornando-se detectável por meio dos métodos
diagnósticos, devendo conter aproximadamente 10º células alteradas. Não sabendo
ao certo, o período de tempo necessário para que o tumor atinja este tamanho,
podendo levar anos para que tal evento aconteça (BARRETO; TREVISAN, 2015).
Os tumores malignos apresentam duas propriedades peculiares: invasão dos
tecidos circunvizinhos e comprometimento à distância (metástase).
A metástase é definida como o comprometimento à distância, por uma parte
do tumor que não guarda relação direta com o foco primário. A disseminação
tumoral é um processo complexo e não de todo esclarecido, que pode ser
dividido em cinco etapas:
1) Invasão e infiltração de tecidos subjacentes por células tumorais, dada a
permeação de pequenos vasos linfáticos e sanguíneos;
2) Liberação na circulação de células neoplásicas, tanto isoladas como na
forma de pequenos êmbolos;
3) Sobrevivência dessas células na circulação;
4) Sua retenção nos leitos capilares de órgãos distantes;
5) Seu extravasamento dos vasos linfáticos ou sanguíneos, seguido do
crescimento das células tumorais disseminadas (BRASIL, 2008, p. 67).
O diagnóstico vem na maioria das vezes quando o paciente procura o
médico com sintomas diversos, a depender da localização da neoplasia. De acordo
com dados do INCA, existem descoberta no estágio bem inicial, de pacientes que foi
ao consultório fazer exames de rotina, estes são raros, mas acontecem; bem como de
pacientes que apesar de sintomas, não busca ajuda médica a tempo e acaba
recebendo o diagnóstico tardio, dificultando o tratamento (BASTOS, 2014).
De acordo com as pesquisas um câncer é considerado em estágio
avançado ou terminal quando as avaliações diagnosticam que sua proliferação atingiu
o órgão em quase sua totalidade ou quando os tratamentos e medicações não surgem
os resultados esperados, não responde ao tratamento e a neoplasia continua a
disseminar por outros órgãos, não sendo possível seu controle. Neste caso os
22
médicos recomendam os cuidados paliativos para amenizar a dor e sofrimento
(BRASIL, 2019).
O paciente em estado terminal senti sintomas comuns, que podem ser
tratados, controlados ou aliviados pelos cuidados paliativos. Os sintomas comumente
são: dores, problemas respiratórios, perda de apetite, perda de peso, fadiga,
depressão e ansiedade, confusão, náuseas e vômitos, Constipação. Todavia nem
todos os pacientes vão sentir todos os sintomas. Podendo sentir alguns dos sintomas
que normalmente ocorre quando o câncer avançado atinge diferentes partes do corpo
(INCA, 2012).
As recomendações médicas é de que a qualquer suspeita procure um
médico, pois quanto antes o diagnóstico, maiores são as chances de cura. Existem
câncer raro e muito agressivo, mas como informado raro, a maioria consegue um
resultado satisfatório quando detectado em fase inicial (BRASIL, 2008).
23
4 CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO COM ÊNFASE NA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
O Conselho Internacional de Enfermagem (CIE), declara que “uma pronta
avaliação, a identificação e a gestão da dor e das necessidades físicas, sociais,
psicológicas, espirituais e culturais” é capaz de amenizar o sofrimento e melhorar, de
fato, a qualidade de vida dos pacientes de Cuidados Paliativos e de seus familiares
(ANCP, 2009).
Atender pacientes com câncer requer muito mais que só cuidados. O
profissional de enfermagem se torna uma presença indispensável, seja para medicar
ou só mesmo para ouvir e acalmar. Silva e Cruz (2011, p. 181), afirma que:
Perceber o paciente com câncer traz significados diversos, mudanças de
valores, crenças e atitudes que demandam intervenções apropriadas e
individualizadas, para minimizar a ameaça à sua integridade física e psíquica,
o que leva a enfermeira, e demais profissionais de sua equipe, a confrontar-
se com sua própria vulnerabilidade e finitude. Assistir ao paciente com câncer
vai além de uma prescrição de cuidados: envolve acompanhar sua trajetória
e de sua família, desde os procedimentos diagnósticos, tratamento, remissão,
reabilitação, possibilidade de recidiva e fase final da doença, ou seja,
vivenciando situações do momento do diagnóstico à terminalidade (Silva e
Cruz, 2011, p. 181).
De acordo com Gutierrez (2001), a terminalidade da vida, acontece no
momento que exaurem todas as possibilidades de cura de uma certa doença e a morte
se torna inevitável. E é neste momento crucial que o cuidado humanizado ao paciente
terminal e seus familiares é de uma importância ímpar.
No Manual de Cuidados Paliativos é apresentado diversas técnicas que o
profissional de Enfermagem deve possuir para melhor atender o paciente em estado
terminal. Dentre elas estão: de cunho pragmático, domínio da técnica de
hipodermóclise, curativos nas lesões malignas cutâneas – frequentemente ditas
“feridas tumorais” – técnicas de comunicação terapêutica, cuidados espirituais, zelo
pela manutenção do asseio e da higiene, medidas de conforto e trabalho junto às
famílias. São considerados requisitos essenciais para a melhor atuação do Enfermeiro
em Cuidados Paliativos (ANCP, 2009).
Além das técnicas citadas acima, existem várias outras como: Nasoentérica
- Troca de sonda, higienização e fixação; Traumáticas e pós-operatórias - Manter o
leito da ferida limpo, livre do risco de infecção, e com curativos diários ou conforme
necessidade; Feridas com presença de infecção ou inflamação - Remover ou reduzir
a infecção e inflamação, controlar a dor, orientar o cuidador quanto aos cuidados com
24
a contaminação e manuseio com o paciente; Hipodermóclise - Higienização e curativo;
Nutrição enteral - Cuidados no preparo da dieta, higienização, administração e
orientações aos familiares e cuidador etc. Porém são usadas caso a caso,
dependendo do paciente e de suas necessidades (BASIL, 2013).
Conforme afirma Silva e Cruz (2011), o câncer evidencia mais que uma dor
física e um desconforto. Ele prejudica os objetivos de vida do paciente, de sua família,
seu trabalho e renda; sua mobilidade, sua imagem corporal, e seu estilo de vida
podem ser drasticamente alterados. Onde tais modificações podem ser transitórias ou
definitivas, produzindo consequências que prejudicam a todos, incluindo os
profissionais responsáveis pela assistência, pois cada pessoa tem maneiras ímpar de
enxergar o mundo, e, por conseguinte de enfrentar a doença.
Maciel (2008), afirmar quão é importante amenizar o sofrimento que
precede a morte, oferecendo cuidados paliativos a pacientes e familiares que se
deparam com a ameaça à continuidade da vida.
Fernandes et al., (2013, p. 2590) apresentam os cuidados paliativos como
sendo um “ato de cuidar é uma atividade eminentemente humana que visa promover
o bem-estar do ser fragilizado. O cuidado é parte integrante da vida; sem ele, o ser
humano não conseguiria sobreviver”. E os autores continuam afirmando a importância
da relação entre doente e paciente como “uma relação de afetividade que se configura
numa atitude de responsabilidade, atenção, preocupação e envolvimento com o
cuidador e o ser cuidado”.
Os cuidados paliativos proporcionados aos pacientes terminais não
antecipam e nem retardam a morte, eles aliviam a dor e o sofrimento, propiciando
melhor qualidade de vida, até que aconteça de forma natural a morte. Estes cuidados
começam com o diagnóstico da doença e se estendem até o luto. É imprescindível
uma equipe multiprofissional qualificada, com preparo suficiente para que haja
interação e muita dedicação aos pacientes para alcançar os resultados pretendidos
(BRASIL, 2008).
De acordo com a prática dos Cuidados Paliativos, a Enfermagem é
apresentada, no contexto humano, como uma resposta consoladora, confortadora de
uma pessoa para outra, em uma fase de necessidade, com vistas ao desenvolvimento
do bem-estar e do vir-a-ser. Nesse cenário, a presença é a qualidade de estar aberto,
receptivo, pronto, disponível para a outra pessoa de modo recíproco (SANTOS,
PAGLIUCA; FERNANDES, 2007).
25
Assim sendo, de acordo com Andrade; Costa e Lopes (2013, p. 2524):
Os cuidados paliativos constituem um campo interdisciplinar de cuidados
totais, ativos e integrais, destinados a melhorar a qualidade de vida do
paciente sem possibilidades de cura e dos seus familiares, por meio de
avaliação correta e de tratamento adequados para o alívio da dor e dos
sintomas decorrentes da fase avançada de uma doença, além de
proporcionar suporte psicossocial e espiritual, em todos os estágios, desde o
diagnóstico de uma doença incurável até o período de luto da família
(ANDRADE; COSTA e LOPES, 2013, p. 2524).
Seguindo a mesma linha de raciocínio Santos, Pagliuca e Fernandes
(2007) asseveram que:
Os Cuidados Paliativos constituem uma modalidade terapêutica integrada e
multidisciplinar ao portador de câncer em fase avançada, sem possibilidade
terapêutica de cura. Essa possibilidade, descrita como de baixa tecnologia e
de alto contato, busca evitar que os últimos dias do paciente se convertam
em dias perdidos, oferecendo um tipo de cuidado apropriado às suas
necessidades (SANTOS; PAGLIUCA; FERNANDES, 2007, p. 351).
Conforme Fernandes et al., (2013), particularizam que neste modelo de
cuidar, o profissional de Enfermagem torna-se capaz de enxergar o mundo e doar
seus fundamentos e práticas essenciais para amparar, cuja prioridade é utilizar-se de
habilidades profissionais para amenizar o sofrimento do paciente em todas as suas
formas. Todavia, para alcançar esses propósitos é de suma importância que este
profissional promova uma assistência pautada no respeito, na humanização e no
acolhimento.
O profissional de Enfermagem vai prestar os cuidados pautados nas
necessidades do doente, usando de suas habilidades e competências. Para Franco
et al., (2017, p. 51) “em relação à amenização da dor e de outros sintomas físicos, a
Enfermagem tem de aprender a interpretar não só as queixas verbais, mas aquelas
que estão veladas no movimento, na expressão corporal, nos sinais fisiológicos”.
Porém sempre atenta ao ponteiro da obstinação terapêutica quando se trata de
procedimentos que podem se tornar repetitivos no dia a dia do paciente.
Santos, Pagliuca e Fernandes (2007), asseguram que na equipe de
Cuidados Paliativos, o profissional de Enfermagem exerce um papel ímpar, cujo
cuidado inclui uma visão humanística que considera não somente a dimensão física,
mas também as preocupações psicológicas, sociais e espirituais do paciente.
O profissional de Enfermagem é quem acolhe, ouve, orienta, acalma e que
sempre está por perto. É o primeiro a chegar próximo do paciente acamado. E durante
os Cuidados Paliativos o enfermeiro é considerado o curinga da equipe, sem
desmerecer a importância de toda e equipe multidisciplinar. E compactuando com
26
todas as informações, Santos, Lattaro e Almeida (2011), asseguram que o profissional
de Enfermagem deve respeitar as limitações dos pacientes, possibilitando-lhes
autonomia para o desempenho de ações que dignificam a vida; incentivar a
capacidade do auto cuidado; incluir o paciente e a família nas decisões e cuidados até
a sua finitude; oportunizar condições de planejar e controlar sua vida e doença; e
finalmente, aliviar e fiscalizar os sintomas, especialmente a dor e o desconforto.
A Enfermagem precisa orientar os familiares do paciente e dar suporte
relacionado a dúvidas do tratamento, procedimentos e até mesmo quanto tempo o
ente querido tem. A dor é inevitável, mas o profissional da Enfermagem por meio das
conversas, vai conscientizar os familiares, de modo especial aquele que tem uma
relação mais próxima com o paciente de que a morte é menos dolorosa para ele do
que continuar vivo, porém com muitas dores. É sempre uma conversa difícil, mas
necessária. Também é orientado a família a se alimentar bem, fazer as refeições
normais, cuidar dos sentimentos, uma vez que, o paciente já se encontra em
sofrimento, e não deve sentir o sofrimento da família. Eles precisam estar fortes para
ajudar e confortar o acamado. A família necessita entender que com os sentimentos
nos lugares poderão enfrentar melhor os altos e baixos da doença e principalmente
saberão lidar com a depressão, tristeza e angústia do parente doente (BRASIL, 2019).
27
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O câncer apesar de ainda assustar as pessoas não é uma doença
contemporânea. As pesquisas demonstraram que ele já afetava a saúde das pessoas
3.000 anos a.C. Apesar de ainda ter muito o que descobrir a seu respeito a medicina
avançou bastante em se tratando de medicamentos e tratamentos para o câncer.
Esta doença até os dias atuais é responsável por um número muito alto de
pessoas. Por se tratar de uma diversidade muito ampla e por ser muito agressiva é
comum um número muito grande de diagnóstico no mundo. Existem casos em que o
câncer é silencioso dificultando e tardando sua descoberta. Com uma fisiopatologia
de multiplicação muito rápida dissemina pelo corpo do paciente em uma velocidade
gigante causando muita dor, angustia e sofrimento para o doente e sua família.
E diante de muitos casos de incurabilidade, o doente se ver perdido e sem
expectativas de melhoras. Contudo, mesmo diante de uma impossibilidade de um
tratamento eficaz para a cura, a medicina criou caminhos que possibilite esses
pacientes passarem pela doença com menor dor e sofrimento.
Assim, o objetivo da assistência da Enfermagem é descobrir no trabalho
cotidiano, próximo aos que recebem cuidados paliativos, uma estabilidade
harmoniosa entre a razão e a emoção. O enfermeiro é o profissional da saúde que
está diretamente ligado ao paciente, tendo assim o compromisso e responsabilidade
de ouvir e compreender melhor às necessidades de cada um, proporcionando-lhes
apoio, compreensão e afetividade no momento de carência que possuem no
enfrentamento da doença e consequentemente a caminho da terminalidade.
Portanto, é imprescindível que sejam intensificadas a presença de equipes
multidisciplinar de cuidados paliativos para pacientes com câncer em todas as
unidades que prestam este tipo de atendimento, com o objetivo de fornecer
atendimento humanizado capaz de amenizar a dor e sofrimento daqueles que tem um
caminho longo e doloroso devido ao câncer.
28
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