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Resumo 1

CAPÍTULO 1 DO LIVRO ECONOMETRIA ESPACIAL DE EDUCARDO ALMEIDA

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Daniel Hendro
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ECONOMIA REGIONAL E URBANA

Docente: Fernando Daniel De Oliveira Mayorga


Discente: Daniel Hendro Vasconcelos da Silva – 500138

Resumo do capítulo 1 de Economia Espacial Aplicada

INTRODUÇÃO

O capítulo apresenta os conceitos fundamentais da econometria espacial, um


campo que busca lidar com questões relacionadas à localização e interações
espaciais. A motivação central é que os métodos econométricos tradicionais
frequentemente desconsideram as especificidades espaciais, como a dependência
e a heterogeneidade, levando a interpretações equivocadas. Almeida ressalta a
importância de adaptar os modelos para incorporar essas particularidades,
especialmente em análises de fenômenos regionais e urbanos.

HIPÓTESES DE GAUSS-MARKOV

O capítulo revisita as hipóteses clássicas do modelo de regressão linear,


necessárias para garantir que os estimadores de mínimos quadrados ordinários
(MQO) sejam eficientes, ou seja, os melhores estimadores linearmente não
viesados. As hipóteses são:

1. Linearidade dos parâmetros: Os coeficientes do modelo devem ser


lineares.
2. Não colinearidade perfeita: As variáveis explicativas não podem ser
perfeitamente correlacionadas.
3. Média condicional zero: O termo de erro deve ter uma expectativa
condicional nula.
4. Homocedasticidade: A variância do termo de erro deve ser constante.
5. Independência dos erros: Os erros devem ser independentes entre si.
6. Normalidade do erro: O termo de erro segue uma distribuição normal
(necessária para testes estatísticos).

Essas premissas servem como base para avaliar os modelos espaciais, destacando
os desafios introduzidos pelos efeitos espaciais.

EFEITOS ESPACIAIS

Os efeitos espaciais são fenômenos que surgem devido às relações entre as


observações em diferentes localidades. Almeida os categoriza em três principais
tipos:
1. Dependência espacial: Quando valores em uma localização dependem dos
valores em localidades próximas. Essa interação pode levar a autocorrelação
espacial, violando a independência dos erros.

2. Heterogeneidade espacial: Refere-se a variações estruturais nos dados ao


longo do espaço, que podem tornar inadequada a suposição de
homocedasticidade.

3. Imbricação dos efeitos espaciais: Uma interação complexa entre


dependência e heterogeneidade espacial, dificultando a separação clara
entre os dois efeitos.

Esses fatores exigem ajustes nos modelos tradicionais para evitar estimativas
enviesadas ou ineficientes.

OS EFEITOS ESPACIAIS E AS HIPÓTESES DE GAUSS-MARKOV

A análise de Almeida conecta os efeitos espaciais às hipóteses clássicas,


mostrando como eles podem violar os pressupostos:

Linearidade dos parâmetros: Não é diretamente impactada pelos efeitos


espaciais, mas pode exigir transformações para capturar corretamente as
relações espaciais.

Não colinearidade perfeita: Pode ser comprometida pela inclusão de


variáveis espaciais correlacionadas.
Média condicional zero: A dependência espacial nos erros viola essa
hipótese, pois os erros passam a ser correlacionados.

Homocedasticidade: A heterogeneidade espacial resulta em variâncias não


constantes ao longo das observações.

Independência dos erros: A dependência espacial quebra essa premissa,


requerendo modelos que incorporem a estrutura de autocorrelação.

Normalidade do erro: Pode ser comprometida pela presença de efeitos


espaciais não modelados corretamente.

HISTÓRIA DA ECONOMETRIA ESPACIAL

O capítulo encerra com uma breve história da evolução econometria espacial. A


evolução de qualquer ramo da econometria depende da interdependência de três
fatores: o teórico (teoria econômica para modelos e hipóteses), metodológico
(modelos e testes econométricos) e tecnológico (dados e capacidade
computacional). A evolução da econometria espacial é dividida em quatro fases,
conforme Anselin (2010). A primeira fase envolve a preparação das condições para
o desenvolvimento do campo. A segunda fase é marcada pela criação de diversos
modelos teóricos e pelo avanço na metodologia econométrica. A terceira fase
representa a maturidade e consolidação da econometria espacial como parte do
mainstream da econometria. Também se sugere uma fase inicial que abrange os
primórdios das ideias nesse campo. O livro "Spatial Econometrics" de Paelinck e
Klaassen (1979) é um marco na econometria espacial, estabelecendo cinco
princípios: interdependência espacial, assimetria, alotropia, não linearidade e
inclusão de variáveis topológicas. O ano de 1979 marcou um avanço com
publicações de Paelinck e Klaassen, Bartels e Ketellapper, e Bennet. Luc Anselin,
em 1980 e 1988, contribuiu com sua tese de doutorado e o livro "Spatial
Econometrics", sistematizando conceitos e terminologias da área. Até o final dos
anos 80, a econometria espacial era vista como ferramenta quantitativa para ciência
regional e economia urbana. A partir do século XXI, a econometria espacial se
consolidou como mainstream, com a comunidade reconhecendo a necessidade de
controlar efeitos espaciais para estimativas consistentes. Isso é demonstrado pela
publicação de artigos em importantes revistas e pela criação da Associação de
Econometria Espacial em 2006.

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