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CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPO REAL

GABRIEL DA ROSA VIEIRA


OSMAR LEAL PINHEIRO

PORTIFÓLIO DE PESQUISA

GUARAPUAVA
2020
GABRIEL DA ROSA VIEIRA
OSMAR LEAL PINHEIRO

PORTIFÓLIO DE PESQUISA

Portifólio de Pesquisa apresentado ao Centro


Universitário Campo Real, Curso de Direito,
embasado no desenvolvimento do Problema de
Pesquisa, como requisito parcial para
aprovação na disciplina de Metodologia da
Pesquisa Jurídica.

Professor da Disciplina: RUDY HEITOR


ROSAS

GUARAPUAVA
2020
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO

Brasil é conhecido como país do futebol. E como todo brasileiro, somos


apaixonados pelo esporte. Apaixonados também pelo direito, pelo dever de
lutar pela justiça. Então, porquê não fazer a junção de duas paixões em um
único trabalho? É partindo disso que surgiu o grande propósito desse trabalho,
explorando um tema pouco discutido e exposto no cotidiano do acadêmico de
direito: o Direito Desportivo.
E, portanto, por ser um tema pouco elucidado, nos trás um desafio onde
levamos como incentivo a paixão que nos move pelo desporto, e, doutro norte,
o Direito que vem como base para orientar e construir um âmbito desportivo
mais justo.
O trabalho discorrerá sobre a legislação que rege o desporto nacional,
bem como, os órgãos formadores da Justiça Desportiva, responsáveis pelo
julgamento de causas onde há o descumprimento da regulamentação onde a
entidade ou o atleta estão inscritos. Também, a pesquisa tem por objetivo
analisar a eficácia da Justiça Comum em suas decisões, em face de uma
matéria em que não é predominante em seu campo de ação.

2 CONSTRUÇÃO DA PERGUNTA DE PARTIDA

No âmbito desportivo, como forma de punição aos participantes de


determinada competição, é dada autonomia à justiça desportiva para proferir
decisões, como está previsto na nossa Constituição Federal. Somente após
esgotadas todas as instâncias da justiça desportiva, poderá ser recorrido o
Poder Judiciário. Destarte, é aí que surge nossa indagação: Justiça
Desportiva: qual a competência e eficácia da justiça comum no âmbito
desportivo no Brasil?

3 DIÁRIO DE EXPLORAÇÃO TEÓRICA

O termo “desporto” significa a prática organizada do esporte, estando


sujeito a normas e estruturado por federações, geralmente visando ao esporte
de alto rendimento e competitivo. Portanto, Direito Desportivo é o conjunto de
normas e princípios reguladores da organização e prática do desporto.
Assim como no Direito Penal, no Direito Desportivo, atletas e entidades
desportivas que não respeitam a normatização geral, ou mesmo as impostas
por determinada competição, estão sujeitos a sofrer as sanções e serem
responsabilizados pelos seus atos. A normatização que atualmente rege o
esporte no Brasil é a Lei Geral do Desporto, n° 9.615 de 1998, mais conhecida
como Lei Pelé, em homenagem ao grande jogador brasileiro
internacionalmente conhecido, Edson Arantes do Nascimento.
Anteriormente, no período de 1930, o Estado considerava o desporto
somente como modalidade de exercício, jogo ou atividade física. Foi somente
no ano de 1941, que foi promulgado o Decreto Lei n° 3.199/41, editado pelo
presidente da república Getúlio Vargas. Trouxe como inovação, a
Confederação Brasileira de Desportos, sendo essa a entidade hierárquica
principal nas relações esportivas brasileiras. Todas as federações e
confederações deveriam ser filiadas a esse órgão. Também houve a fundação
dos Conselhos Nacionais e Regionais do Desporto, atribuindo competência
privativa à União para legislar sobre desporto.
Esse período, foi marcado pelo forte intervencionismo estatal, sendo
promulgados diversos Decretos afim de manter a legislação adequada a
situação atual do esporte no Brasil. Foi elaborado o Decreto nº 53.820/64, que
fixou critérios para a profissão de atleta de futebol e estabeleceu a sua
participação no valor de venda do seu passe; a Lei nº 5.939/73 dispôs sobre
benefícios da seguridade social aos atletas profissionais de futebol; a Lei nº
6.251/75, regulamentada pelo Decreto nº 80.228/77, outorgou à União a
competência para legislar sobre normas gerais do desporto e atribuiu ao
Conselho Nacional do Desporto as funções legislativas, executivas e
judicantes; a Lei nº 6.269/75, que instituiu o sistema de assistência
complementar ao atleta profissional e inseriu o atleta no âmbito das relações de
trabalho; e a Lei nº 6.354, de 2 de setembro de 1976, que até hoje, com as
alterações introduzidas pelas Leis Zico e Pelé, rege o relacionamento entre
jogadores de futebol e entidades de prática desportiva.
Durante todo esse lapso temporal, assuntos relacionados ao desporto
eram de competência exclusiva da União legislar e decidir. Porém, no ano de
1988, com a reformulação da Constituição Federal, inovou prevendo em seu
artigo 217, a garantia da autonomia as entidades desportivas, dirigentes e
associações, quanto a sua organização e funcionamento.
A Resolução nº 03/90 revogou, quase que por completo, os normativos
do Conselho Nacional do Desporto. E, pós revogação, com a promulgação da
Lei nº 8.028/90, atribuiu à lei federal sobre desportos dispor sobre a Justiça
Desportiva e a criação de tribunais, órgãos administrativos que discutem e
aplicam a legislação desportiva ao caso concreto, sendo autônomos e
competentes para proferir decisões.
No ano de 1993, o direito desportivo brasileiro ficou sujeito a novas
alterações. Dessa vez, foi a Lei Zico (Lei nº 8.672/93), que atribuiu aos clubes a
faculdade de se tornarem empresas, previu o fim do passe, a exclusão do
Tribunal Superior de Justiça Desportiva da organização da Justiça Desportiva
brasileira e regulamentou os bingos.
Em seguida, no ano de 1998, é a vez da Lei Pelé. A Lei nº 9.615 (Lei
Pelé), revogou algumas disposições da Lei Zico, porém, ainda foi conservando
cerca de 80% de seu texto original. Apresentou alterações importantes, como a
obrigatoriedade, em substituição à facultatividade, de os clubes se tornarem
clubes-empresas, o enquadramento do torcedor no conceito de consumidor,
nos termos do Código de Defesa do Consumidor (art. 43, § 3º), e a
possibilidade de criação de ligas pelas entidades de prática do desporto sem a
intervenção das entidades de administração (art. 20), além da malfadada
regulamentação do funcionamento dos bingos.
E é aqui que nos encontramos durante essa linha do tempo feita até
agora. A legislação que rege o direito desportivo do Brasil, data do ano de
1998. Considerada ultrapassada por muitos, a Lei Pelé já sofreu diversas
alterações. Uma delas, foi feita pela a Lei nº 9.981, de 14 de julho de 2000, que
trouxe de volta o STJD à organização da Justiça Desportiva brasileira, atribuiu
à União, aos Estados e ao Distrito Federal o poder de legislar sobre o desporto
e ainda possibilitou aos Municípios editar leis sobre desportos, desde que não
confrontem diretamente os dispositivos da Lei Pelé.
Hoje está em tramite no Congresso Nacional o Projeto de Lei do Senado
nº 68, de 2017, sua situação encontrasse pronta para pauta na comissão,
depois de recebido relatório do Senador Roberto Rocha (PSDB) com voto
favorável em decisão proferida no dia 01 de março de 2021, encaminhado à
CCJ - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. O projeto de Lei ressalta
através de seu conteúdo a autonomia desportiva trazendo em seu texto
questões de cunho relevante, entre elas pode ser citado; Criação do Fundo
Nacional do Esporte; Maior efetividade no combate a discriminação e violência
no esporte; a relação de trabalho entre atletas e clubes; a criminalização da
corrupção privada no campo desportivo; adoção de arbitragem em matéria de
disciplina esportiva e competições. Assim propondo profundas mudanças no
sistema desportivo brasileiro, elencando pontos decisivos para o meio
desportivo que são debatidos e aguardam regulamentação mais apropriada.

Posto a evolução histórica da legislação que rege o desporto no Brasil,


ficou demonstrado que a Justiça Desportiva e seus órgãos integradores são
autônomos e competentes para proferir decisões. Porém, exauridas todas as
instâncias, poderá ser acionada a Justiça Comum, a fim de proferir nova
decisão a respeito do tema.
A proposição do presente trabalho, terá como objetivo analisar as
decisões tomadas no âmbito do Poder Judiciário, em matéria de direito
desportivo. De que forma é garantido autonomia a Justiça Desportiva, sendo
que, da decisão proferida por ela, ainda poderá existir nova decisão? E ainda,
por um órgão que analisará uma matéria totalmente atípica de seu domínio,
podendo prejudicar as competições, as entidades desportivas e os atletas que
nela participam.

4 DIÁRIO DE EXPLORAÇÃO EMPÍRICA (NÃO OBRIGATÓRIO)

5 CONSTRUÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA

JUSTIÇA DESPORTIVA; QUAL A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM NO


ÂMBITO DESPORTIVO NO BRASIL?
Em meio a tantos processos em andamento no âmbito desportivo, fica
claro o que os doutrinadores já previam, os debates e indagações deixam as
linhas da lei e tomam forma nos casos práticos, que envolvem atletas,
profissionais, empresários, comissões desportivas, agremiações, pessoas
jurídicas do mundo esportivo e as várias ramificações a sua volta, os vários
embates nesse âmbito jurídico colocam a prova a independência da Justiça
Desportiva, deixando realçada a indagação de qual seria a verdadeira
competência em decisões e decretos emitidos pela Justiça Desportivas? Esse
questionamento leva ao centro das discussões e polemicas ao que remete a
questão elencada pela própria CF, ou seja, o limite da atuação da Justiça
Desportiva e a estrada da Justiça Comum nesse âmbito, e qual será a eficácia
das medidas relativas a ações tomadas pela Justiça Comum, depois de já
terem passagem pelos Tribunais da Justiça Desportiva. E em relação aos
efeitos, seriam eles juridicamente adequados a áreas tão especificas
relacionadas ao Desporto brasileiro? Seria o novo projeto de lei que está em
tramite final no Congresso Nacional a solução para esses embates?
Indagações, dúvidas, questionamentos, que podem ser solucionados
levando a Justiça Desportiva a ter realmente a palavra final dando não só o
crédito as decisões proferidas por esse órgão, mas deixando claro a
fidedignidade, celebridade e legitimidade das decisões proferidas pela Justiça
Desportiva.

REFERÊNCIAS

CAUS, Cristiana e GÕES, Marcelo. Pesquisas denominadas “Direito aplicado à


gestão do esporte”;
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788599519561/cfi/5!/
4/2@100:0.00 acesso em 11 de abril de 2021.
MORAES, Alexandre. Pesquisa denominadas “Justiça Desportiva e o Vínculo
de Justiça”. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional.
Editora Atlas. São Paulo, 2002, pag,1979.
MORAES, Wladimir Vinicius. Pesquisa denominadas “Nova Lei Geral do
Desporto: Projetos da Câmara e do Senado Federal” disponível em:
Camargoshttps://cursos.institutodc.com.br/dashboard/aula/16/11038
SCHMITT, Paulo Marcos. Pesquisas denominadas “Curso de Justiça
Desportiva”. v.1. Edição Eletrônica 2013. São Paulo, 2007. Pg. 66 Disponível
em: https://www.passeidireto.com/arquivo/33962560/direito-e-justica-
desportiva-paulo-marcos-schmitt
SENADO FEDERAL. Atividade legislativa, Projeto de Lei do Senado n° 68, de
2017.< disponível em
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/128465> acesso
em: 14/04/2021.

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