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Lições Da Tempestade

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LIÇÕES DA TEMPESTADE

Texto base: Marcos 4:35-41

INTRODUÇÃO:

Após passar o dia inteiro ensinando a multidão que se aglomerava à beira do mar, Jesus, muito
provavelmente cansado, ordena seus discípulos que entrem no barco para atravessarem para o
outro lado da margem do mar da Galileia onde se encontravam. Lá ficava a região chamada de
Gadara, onde Jesus iria libertar um homem que estava possesso de um espírito imundo.

No decorrer da travessia, enquanto Jesus dormia calmamente na popa do barco, eles são
surpreendidos por uma grande tempestade, e vendo que não teriam condições de sair daquela
situação, apavorados eles clamam a Jesus dizendo: “...Mestre, não te importas que
morramos?"

Jesus então repreende o vento, manda o mar se aquietar e além de acalmar os discípulos,
deixa algumas lições que valem pra todos nós, principalmente nos dias que estamos vivendo.

I. AS TEMPESTADES SÃO INEVITÁVEIS.

a). De forma geral, temos a tendência de acreditar que as todas as tempestades que passamos
são resultado de nossa desobediência. Foi assim com Jonas por exemplo, ele desobedeceu e
por isso se viu em uma grande tempestade. Sendo assim, quando passamos por um momento
difícil, é muito comum buscar em nossa memória tentando achar algum erro ou pecado
cometido no passado.

• Mas aqui percebemos que isso não é uma regra. O Senhor Jesus ordenou aos discípulos:
“...Vamos atravessar para o outro lado", e eles prontamente obedeceram. Eles tinham deixado
tudo para seguir Jesus, passaram o dia inteiro o ouvindo e fazendo sua obra, mas tudo isso não
os livrou da tempestade.

Isso nos mostra que independente da circunstância que estamos vivendo, todos passam por
momentos de tempestade. Elas são inevitáveis! Jesus mesmo disse que no mundo teríamos
aflições (João 16:33).

b). Quando escreveu sua 1ª carta, o apóstolo Pedro não só incentivou aqueles que estavam
passando por problemas a ficarem firmes, como também disse que os irmãos em todo mundo
passavam pelo mesmo sofrimento (1 Pedro 5:9). Muitos personagens da bíblia também
passaram por tribulações.

• Jó perdeu tudo, mas não perdeu sua fé em Deus. Deus não livrou Daniel da fornalha, mas o
salvou do fogo, não o livrou de passar pela cova dos leões, mas fechou a boca dos leões!
Paulo tinha um espinho na carne, foi preso, perseguido, apedrejado, apanhou injustamente,
naufragou, mas isso não o parou (2 Coríntios 11:24-27).

Por isso, a síndrome do “coitadinho” não combina com quem é cristão. Temos que estar
preparados para as tempestades que certamente, em algum momento ou outro, virão e não
podemos deixar que elas nos parem.

II. AS TEMPESTADES SÃO IMPREVISÍVEIS.

a). Além de serem inevitáveis, as tempestades são também imprevisíveis. Pense comigo, o mar
da Galileia era conhecido por suas tempestades fortes e repentinas, uma realidade até hoje.
Comentando sobre isso, Warren Wiersbe compartilhou uma experiência:

“Enquanto cruzava esse mar numa tarde de verão, perguntei a um guia turístico israelita se ele
já havia enfrentado alguma tempestade na região. - Com certeza! - respondeu ele balançando a
cabeça. - E não quero passar por isso de novo!”

• A sua geografia influencia muito nisso. É um grande lago de águas doce que além de ficar à
220 metros abaixo do nível do mar mediterrâneo, é cercado por 3 grandes montanhas. A
mistura do ar quente que ficava em volta do mar com o ar frio que vem das montanhas acaba
gerando uma espécie de efeito estufa que gera essas tempestades.

b). Boa parte dos discípulos era pescador, ou seja, estavam habituados a lidar com o mar e
suas intempéries, ou seja, suas tempestades, vendavais e temporais. E talvez você esteja
perguntando: Por que todas essas informações? E a resposta é a seguinte: Para mostrar que
mesmo conhecendo a realidade do local e mesmo tendo experiência, eles foram pegos de
surpresa.

• O mesmo acontece conosco! Não importa o quanto conhecemos e o quanto temos de


experiência, as tempestades da vida nos pegam de surpresa! Uma enfermidade, uma traição,
uma crise familiar, uma crise financeira, um acidente ou até mesmo uma crise mundial, como
essa que estamos vivendo... Elas chegam sem avisar e nos pegam surpresa!

III. AS TEMPESTADES NÃO SÃO ADMINISTRÁVEIS.

a). Apesar de nenhum dos evangelhos descrever, podemos imaginar que confiando em sua
experiência em sua própria força, em 1º lugar os discípulos tentaram resolver o problema
sozinhos, afinal, muitos ali eram pescadores experientes. Muito provavelmente eles já tinham
passado por situações semelhantes. Mas essa tempestade era diferente. O evangelho de
Mateus registra o seguinte:

“De repente, uma violenta tempestade abateu-se sobre o mar, de forma que as ondas
inundavam o barco...” Mateus 8:24
Lucas também comenta:

“Abateu-se sobre o lago um forte vendaval, de modo que o barco estava sendo inundado, e
eles corriam grande perigo”. Lucas 8:23

Era uma tempestade era tão forte, que eles acharam que iam morrer e disseram:

“...Mestre, não te importas que morramos" (Marcos 4:38).

b). Aquela tempestade era diferente de todas que eles tinham enfrentado antes, de forma que
se não fosse a interferência de Jesus, eles teriam morrido ali. O grande acerto deles, foi
enquanto ainda havia tempo, clamar o Senhor Jesus por ajuda.

• Trazendo para os nossos dias, muitas vezes não agimos da mesma forma. Ao invés de
prontamente buscarmos o Senhor Jesus, quantas vezes não confiamos em nosso próprio
braço? Quantas vezes não confiamos em nossa própria capacidade? Quantas vezes não
tentamos usar nossos próprios recursos? Ou quantas vezes não tentamos resolver do nosso
jeito?

E a nossa postura tem que ser de completa dependência de Cristo, de forma que quando as
ondas das tempestades da vida começarem a se formar, temos que clamar por sua ajuda o
quanto antes!

IV. AS TEMPESTADES SÃO PEDAGÓGICAS.

• Novamente citando o pastor Warren Wiersbe, em seu comentário bíblico ele diz o seguinte:

“Jesus sabia que uma tempestade se aproximava? Com certeza, pois fazia parte da
programação de "aulas" daquele dia. Essa experiência ajudaria os discípulos a entender uma
lição que nem sabiam que precisavam aprender: é possível confiar em Jesus durante as
tempestades da vida”.

Jesus passou aquele dia inteiro ensinando à multidão e aos discípulos as parábolas do Reino,
mas ainda faltava uma aula prática particular.

E numa situação daquela, as perguntas de Jesus podem parecer absurdas; "...Por que vocês
estão com tanto medo? Ainda não têm fé"?

• Jesus queria ensinar para eles que não tinham razões para temer, em 1º lugar porque Ele
tinha falado que chegariam ao outro lado. Em 2º lugar, porque Ele estava com eles, e em 3º
lugar, Ele estava tranquilo, e Ele estava tranquilo porque sabia que tudo aquilo fazia parte da
agenda do Pai e em 4º lugar, por causa do poder d’Ele.

As tempestades que passamos em nossas vidas, todas elas, sem exceção, tem um caráter
pedagógico. São para nos ensinar. Eu gosto muito de como a versão King James traduziu o
texto de Hebreus 12:6 que diz:

“...pois o Senhor disciplina a quem ama, e educa todo aquele a quem recebe como filho”

As vezes nos lembramos apenas da parte da correção, da disciplina, e é verdade, o Senhor


disciplina e corrige aqueles que ama, mas Ele também educa, Ele também ensina. E muitas
vezes usa as situações que passamos em nosso dia a dia para isso.

O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos fez questão de lembrar que todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8:28)! E todas, são todas
literalmente! Escrevendo aos Tessalonicenses ele disse que em tudo, devemos dar graças (1
Tessalonicenses 5:18). Essa deve ser nossa postura.

CONCLUSÃO:

Para finalizar, imagino que o mais difícil para os discípulos não tenha sido a tempestade, mas o
sono de Jesus enquanto ela acontecia. O ato de dormir calmamente em seu travesseiro
enquanto um verdadeiro vendaval assolava o barco, levou-os a pensar que Ele estava
indiferente quanto ao perigo que passavam.

E nós? Não temos também, muitas vezes, a mesma sensação? Não nos perguntamos o que
aconteceu? Não nos perguntamos se Deus não está dormindo? E o Salmos 121 nos responde
isso. Ele é nosso protetor que não dorme e estará sempre alerta para nos guardar.

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