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TOC Religioso Izabel Goulart

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Sumário

Introdução
Capítulo 1
Minha história
Capítulo 2
Nova crise
Capítulo 3
O nascimento de um milagre
Capítulo 4
De novo
Capítulo 5
Descobrindo o TOC
Capítulo 6
O que diz a medicina
Capítulo 7
Pensamentos Obsessivos e a natureza pecaminosa
Capítulo 8
Desmistificando o Pecado da blasfêmia Contra O Espírito Santo
Capítulo 9
Vencendo o medo
Capítulo 10
Os passos para a cura interior
Conclusão
Citações e vídeos auxiliares no combate Ao TOC:
INTRODUÇÃO

Já ouvimos muito falar de TOC, inclusive filmes e séries de TV já abordaram o assunto


tanto de forma séria, quanto cômica, que é o caso de “Monk, um detetive diferente”. No entanto
sempre pensamos em TOC, que é a sigla para Transtorno Obsessivo Compulsivo, como aquelas
manias exageradas de limpeza, atos repetitivos, checagem de ações etc.
O TOC é um transtorno, em que a pessoa sofre com pensamentos obsessivos voltados
para um ou mais temas que variam, e esses pensamentos são incontroláveis e involuntários
transformando a vida desse indivíduo em uma luta interna diária.
Na forma mais conhecida a pessoa desenvolve manias para aquietar os pensamentos e
temores, como limpeza excessiva, repetição de ações, rituais; elas se tornam obsessivas, mas em
outros casos a pessoa não tem essas manias, somente os pensamentos intrusivos e se não contar
ninguém saberá que ela está passando por isso.
CAPÍTULO 1
MINHA HISTÓRIA

Recentemente descobri que sofri com esse transtorno boa parte da minha vida, e por
medo de pesquisar sobre o assunto, esse tempo foi bem longo. O TOC vem do medo. Sim, medo
de ferir alguém ou algo sagrado, medo de mudanças, medo do futuro, medo da morte, medo,
medo, medo.
O medo é paralisante e ele nos impede de dar um passo em direção à solução do
problema. Por isso, para combater o TOC e vencê-lo, é necessário combater e enfrentar o medo.
Depois desse esclarecimento em minha mente, lembrei-me de alguns fatos do passado,
da infância que já eram alguns indícios. Cresci num lar cristão evangélico, numa família
estruturada e cheia de amor. Isso prova que qualquer um, mesmo numa família feliz pode vir a
ter o TOC.
Quando pequena, por volta dos oito anos de idade, tive um sonho que muito me
perturbou, e ao acordar, chorava muito ao relatá-lo a minha mãe e avó. No sonho havia uma
escadaria muito alta, em que havia várias pessoas subindo, inclusive eu e minha família; era uma
escadaria para os céus. Em certo ponto das escadas, meu irmão que estava alguns degraus acima
voltava e me dizia: “Deus mandou dizer que você tem que descer, pois não pode entrar nos céus,
é do inferno.” Minha mãe e avó me consolaram dizendo que era só um pesadelo, mas nunca mais
me esqueci desse sonho.
Em minha casa, meus pais sempre me ensinaram a Bíblia, da forma como aprenderam,
um pouco rígida, mas nada exagerado. Minha avó materna era bem alarmista e fatalista em
relação às suas convicções principalmente na área religiosa.
Ela tinha muito medo de tudo em relação ao sagrado, e certa vez, ficou doente de cama,
acreditando que havia cometido um pecado sem perdão. Isso só passou quando um pastor
esclarecido foi até ela a confortou e tirou esse peso de seus ombros.
Acho que ela passou um pouco desse medo para minha mãe e para mim. Quando eu era
criança, minha mãe também passou pelo mesmo episódio, mas guardou para si e se recuperou
sozinha através da fé. Só soube disso anos mais tarde.
Eu sempre amei a palavra de Deus, e nunca fui uma criança problemática. Na escola era
bem comportada, tirava boas notas e nunca repeti o ano. Sofri algum tipo de buylling por ser
muito “certinha”, mas na época a provocação não tinha essa proporção de hoje e acabava sendo
apenas brincadeira de criança.
Desde pequena, aprendi que todos os pecados são perdoados por Deus, exceto a
blasfêmia contra o Espírito Santo que, se praticado, impediria a salvação da alma após a morte.
Porém eu não sabia exatamente o que era esse tipo de pecado.
A maioria dos cristãos acredita na imortalidade da alma e que a vida aqui na terra é
apenas uma passagem para uma vida eterna que começará após a morte. E eu comecei a ter um
medo muito grande de cometer tal pecado e perder minha salvação.
A primeira vez foi o medo de pensar algo terrível contra Deus ou o Espírito Santo que
não tivesse mais perdão. Eu pensava: eu amo a Deus e jamais farei nada contra essa fé, mas em
seguida o medo me dizia: “mas e se eu pensar sem querer? Aí será tarde”. E eu pensava: “jamais
pensarei algo assim”; mas foi aí que tudo começou.
O medo fez com que esses pensamentos terríveis viessem um após o outro,
involuntariamente. Hoje depois de muito pesquisar e me informar sobre o assunto, aprendi que
quanto mais você tenta não pensar as coisas ruins, mais elas virão, pois o cérebro não entende o
não da forma como queremos.
Uma psicóloga deu o seguinte exemplo: se você disser para uma pessoa: “Não pense
em um elefante rosa”, ela pensará exatamente isso. Quanto mais eu tentava não pensar e dizia
“não vou pensar, não vou pensar” mais os pensamentos vinham, um atrás do outro. Era uma
situação desesperadora e uma luta na mente sem limites que consumia todas as minhas forças.
Desejei que Deus me levasse logo, para que o sofrimento acabasse, mas ao mesmo
tempo esse pensamento me assustava, pois se realmente tivesse pecado e morresse não estaria
salva. Eu chorava dia e noite sem parar, pois pensava que Deus havia me abandonado, que havia
pecado e estava condenada para sempre.
Estava destruída por dentro, porém não tinha coragem de contar para ninguém, nem
mesmo meus pais, pois o medo de falar em voz alta sobre minhas suspeitas era muito grande. Eu
não sabia nada sobre TOC na época, mas sozinha, resolvi que, já que não conseguia fazer os
pensamentos pararem, iria substituí-los por outros pensamentos bons. Então sempre que eles
vinham eu pensava em versículos da Bíblia ou no sangue de Jesus e aos poucos eles foram
diminuindo até que sumiram.
Acredito que essa primeira crise, se deu por conta da adolescência. Eu havia acabado de
fazer 15 anos e como presente, ganhara uma viagem para São Paulo, na casa de uma tia. Fiquei
dois meses por lá, e ganhei muito peso. Quando voltei estava irreconhecível, e começou uma luta
contra a balança.
Eu que até então era desinibida e tranquila, comecei a sentir complexo de inferioridade
e timidez. E isso, somado aos conflitos naturais da idade afetou minhas emoções
significativamente.
Minha mãe quando se casou, demorou muito tempo para conseguir engravidar. Ela fez
um voto que se tivesse uma filha, nunca cortaria seus cabelos. Por esse motivo até os 14 anos eu
nunca os cortei. Porém com 15 anos “quebrei” esse voto dela e lá no fundo me sentia culpada,
mesmo ela me isentando dessa responsabilidade.
Existem gatilhos ativadores em que situações remetem a uma lembrança ou crença ruim
e que podem facilitar o surgimento da crise de ansiedade que precede ao TOC. Então esses,
segundo minha visão atual, foram alguns gatilhos que desencadearam a primeira crise.
CAPÍTULO 2
NOVA CRISE

A crise havia passado, mas a partir daí, passei a sentir uma sensação de que era uma
pessoa ruim, pecadora, pior que todos. Sentia-me indigna de Deus e ficava com certa “inveja”
das outras pessoas que não tinham esse problema, pois para mim eu era a única a tê-lo.
Na igreja via as pessoas cantando felizes, pensava na minha situação e aquela dúvida
cruel persistia. Passei a não querer mais frequentar a igreja e tive uma fase um pouco rebelde na
adolescência, mas que passou rapidamente.
Com 24 anos conheci meu esposo e começamos a namorar, com 25 anos ficamos
noivos e ele se mudou para trabalhar em outra cidade. Escrevíamos cartas, pois onde ele estava
não havia internet nem sinal de celular. As coisas iam bem, porém eu estava preocupada se ele
voltaria, se tudo daria certo, enfim preocupações quanto ao futuro.
Foi aí que aconteceu uma nova crise.
Um dia, estávamos conversando em casa, eu e minha mãe, e ela relembrou a história da
minha avó, que mencionei acima, e também a dela. Aliás, me parece que foi nesse dia que soube
que minha mãe também havia passado por isso.
Nesta noite tive um sonho ruim. No sonho, eu estava na igreja ao lado de uma amiga, e
me chamavam à frente para ler a Bíblia. Quando eu tentava ler, olhava para a Bíblia e não
conseguia, as letras sumiam. Eu ia me sentar e no sonho eu tinha a certeza que era porque eu
havia pecado contra o Espírito Santo. E minha amiga me consolava.
Essa conclusão a qual eu cheguei durante o sonho, por não conseguir ler a Bíblia, se
deve ao disco de vinil “a última trombeta” que ouvíamos muito quando crianças. Nele dizia que
após o arrebatamento, o Espírito Santo foi retirado da terra e as pessoas não conseguiam mais ler
a Bíblia e entendê-la, pois quem dá o discernimento é O Espírito. Esse disco fez muito sucesso
na época, e sei que muitos que lerão este livro devem tê-lo ouvido quando crianças.
O fato é que ao acordar, esse sonho não me saía da cabeça, e recomeçaram as dúvidas e
medos de ter os tais pensamentos. Nesse dia eu pensei: ”como deve ser triste uma pessoa pecar
contra o Espírito Santo e perder sua salvação. Deve ser terrível para ela saber disso e ainda ter
que viver com essa certeza.”.
E assim os pensamentos angustiantes voltaram, mas desta vez com muito mais força
que antes, pois desta vez, eu acreditava que o sonho havia sido um aviso de Deus de que não
adiantava mais nada e que eu estava perdida.
Eu trabalhava em casa com costuras, mas a partir daí não conseguia fazer mais nada.
Cancelei todas as minhas encomendas, pois só sabia chorar e chorar e lutar. A luta na mente é
algo muito desgastante. Você quer fugir, mas é impossível fugir de si mesma.
Desta vez contei para meus pais. Era madrugada e acordei os dois, pois não dormia. Os
pensamentos me perturbavam também à noite. Contei sobre os pensamentos, eles oraram por
mim, me tranquilizaram. Trouxe-me certo alívio, porém isso já estava muito forte em meu ser e o
problema continuou.
Eu não tinha fome, emagreci bastante. Minha mãe e irmã mais nova eram muito
atenciosas e carinhosas comigo, o que me ajudou muito. Mas eu me sentia sozinha por dentro,
presa em meus pensamentos. Além dos pensamentos obsessivos, outros pensamentos negativos
também me perturbavam.
Eram pensamentos pessimistas quanto ao futuro e eu sempre pensava o pior sobre
tudo. Comecei a colocar em prática novamente a substituição dos pensamentos, mas desta vez
foi bem mais difícil. Parecia que existiam duas pessoas discutindo dentro de mim.
Cerca de um mês depois, consegui um emprego em uma loja e a situação melhorou um
pouco, mas não por completo. Meu noivo retornou para minha cidade, e alguns meses depois nos
casamos. Eu não disse nada a ele sobre o assunto que ainda me perturbava, porém com menos
intensidade. Esta segunda crise ainda perdurou alguns meses após o casamento e durou quase
dois anos no total.

O medo ainda me impedia de buscar conhecimento sobre o assunto. Eu tinha


verdadeiro pavor de buscar na internet e confirmar minhas suspeitas de que havia cometido um
pecado sem perdão. E conversar com um pastor ou psicólogo sobre o assunto então, nem pensar.
Hoje sei que não devemos ter medo do conhecimento, pois ele é libertador como diz na
Bíblia: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” e” O meu povo perece por falta de
conhecimento”. (João 8:32 e Oséias 4:6)
CAPÍTULO 3
O NASCIMENTO DE UM MILAGRE

Com dois anos de casados, decidimos que não usaríamos mais nenhum método
contraceptivo pois queríamos ter um filho. Mas os anos foram se passando e a gravidez não
acontecia. Fizemos vários exames investigativos, mas não encontraram a causa da infertilidade.
O médico especialista em reprodução considerado um dos melhores de nosso estado
por fim nos disse que a única forma seria fazendo fertilização ou inseminação. Saímos dali um
pouco abatidos, mas decidimos entregar nas mãos de Deus. Se fosse da vontade Dele, seríamos
pais naturalmente. A partir daí ficamos tranquilos.
Meus pais nos convidaram a fazer um culto em sua casa às quartas feiras para orarmos
sobre esse assunto. E após dois meses de culto eu estava grávida. Foi um verdadeiro milagre e
uma felicidade indescritível para nós e os familiares especialmente minha mãe que sempre orou
muito e sofreu junto comigo em todas as situações difíceis da vida.
A gestação foi maravilhosa, tranquila, sem sustos assim como o parto que foi natural e
perfeito. E em 2014 após seis anos de casados nasceu nosso filho, um lindo e saudável menino
que muito alegra nossos dias.
Essa foi uma fase maravilhosa em minha vida, pois um filho era a realização de um
sonho e o TOC parecia coisa do passado. Nem sinal dos pensamentos obsessivos e negativos.
Meus dias eram preenchidos nos cuidados e carinhos com nosso bebê. Meu esposo um pai
sempre presente e participativo. Assim foi por mais alguns anos.
CAPÍTULO 4
DE NOVO

Os últimos anos, foram difíceis para nós e passamos por algumas dificuldades
financeiras, erramos em alguns investimentos que fizemos. Além disso, tive três abortos sendo
que em dois deles tive que passar por curetagem do útero. O último em 2018 foi o mais difícil,
pois já estava com 16 semanas, nosso filho estava feliz em ter um irmão ou irmã e foi
complicado explicar a ele a situação.
Após exames, descobrimos que eu estava com alguns problemas que impediam a
gestação de ir avante, e que nova tentativa significaria uma gestação de risco para mãe e bebê.
Sempre sonhamos em ter dois filhos, e que nosso filho tivesse irmãos, por isso iniciamos um
processo de adoção que está em curso atualmente.
Fizemos uma reforma em nossa casa o que me deixou muito feliz, porém um dia estava
sentada à mesa, refletindo sobre os últimos anos e de repente sem aviso começou uma nova crise.
Não sei se é porque eu me sentia feliz, com novas expectativas e talvez não me julgasse
digna de tal felicidade, a tal da auto sabotagem, ou se foi ao procurar uma causa para os abortos,
ou todos os fatores juntos. Enfim o fato é que os pensamentos voltaram com força total e me
derrubaram novamente.
Desta vez foi ainda mais difícil, pois com uma criança pequena e o marido que não
sabia do assunto e, portanto, não podia ajudar, as coisas se complicaram. Mais uma vez eu
chorava muito e não me alimentava direito. Meu filho me abraçava, perguntava por que eu estava
triste e eu me sentia muito mal. Meu esposo também me perguntava, mas eu não tinha coragem
de responder.
Até que um dia, exausta pela pressão contei a ele a história desde o começo. Ele me deu
total apoio com palavras de ânimo, amor e compreensão. Agradeço a Deus pela vida dele, um
verdadeiro companheiro em todas as horas. Também contei com o apoio e orações de meus pais,
irmã e cunhado que foram essenciais neste momento difícil.
Já ouvi relatos de pessoas que, ao contarem para seus familiares sobre como se sentiam,
não tiveram nenhum apoio, pelo contrário, apenas julgamentos e críticas. A família é muito
importante, pois é um porto seguro para o portador desse transtorno. Se a pessoa não tiver esse
apoio e ajuda, ficará bem mais difícil superá-lo.

Eu conseguia dormir, diferente das outras vezes, mas se acordava no meio da noite para
beber água, ou se meu filho me chamasse, os pensamentos pareciam que acordavam comigo. Na
verdade eu já acordava ligando o alerta na mente para não pensar e imediatamente os
pensamentos vinham. Depois era difícil pegar no sono novamente. Quando meu filho me
acordava de madrugada eu já ficava triste e irritada, pois sabia o que aconteceria, mas jamais
deixei isso transparecer para ele.
Eu e meu esposo temos uma empresa na qual trabalhamos juntos; é um e commerce, ou
seja, trabalhamos online, por isso passamos a maior parte do tempo em casa no Home Office.
Era muito difícil me concentrar no trabalho, pois a cabeça ficava exausta emocionalmente.
Cheguei a ter uns picos de pressão alta e taquicardia.
Fiz diversos exames que não encontraram nada. Os médicos disseram que devia ser
emocional ou estresse e me aconselharam a praticar algum esporte, fazer passeios em família o
que realmente ajuda bastante, mas não soluciona o problema.
O TOC te persegue onde quer que você vá. Pode ser uma reunião de família, uma festa,
um culto na igreja, mas os pensamentos estão lá tirando sua concentração. Às vezes você tem
dificuldades em conversar com alguém, pois está lutando contra os pensamentos intrusivos a
maior parte do tempo.
CAPÍTULO 5
DESCOBRINDO O TOC

Cansada dessa situação, finalmente criei coragem pela primeira vez de pesquisar sobre
o assunto. Fiquei chocada quando descobri que existiam centenas de pessoas com o mesmo
problema. Eram relatos exatamente iguais aos meus e vi que não estava sozinha.
Isso me animou a continuar com as pesquisas e pela primeira vez associei meu dilema
ao TOC e mais adiante ao chamado TOC Religioso. É um problema da mente, onde pensamentos
imagens e palavras invadem a consciência da pessoa muitas vezes ao dia podendo durar
semanas, meses ou anos.
São os pensamentos intrusivos, que você sabe que não são seus, mas não consegue
impedi-los ou controlá-los. Isso pode causar depressão, crises de pânico e fobias. No caso do
T.O.C religioso, os pensamentos são agressivos, impuros, imorais contra Deus e o sagrado. Ele
atinge a pessoa naquilo que é um tabu para ela.
Também assisti a diversos vídeos de psicologia sobre crenças limitantes, pensamentos
intrusivos, auto sabotagem, medo, ansiedade e outros temas que de alguma forma se conectaram
ao TOC. Era como se um mundo novo se apresentasse diante de mim e tive ânimo e esperança.
Segundo alguns estudos, as causas do TOC podem ser diversas como, genética,
infecções na infância, abusos, algum trauma emocional e até uma alteração no córtex pré-frontal,
mas acredito que o causador principal e o que o alimenta é o medo. A maioria das pessoas tem
medo e vergonha de falar sobre isso o que tornou o TOC “a doença do segredo”. Isso porque
algumas pessoas ridicularizam e até fazem piada com o assunto.
Como mencionei anteriormente, sempre tive esse medo secreto que realmente era muito
forte desde a infância. Do medo vem a culpa e isso alimenta os pensamentos.
Estudos dizem que o cérebro tem um mecanismo de defesa em que quando alguma
coisa lhe causa muito medo, o cérebro entende que se a pessoa está com medo é por que existe
um perigo real, então ele não deixa a pessoa se esquecer para se proteger contra esse perigo. Por
isso é tão difícil se livrar desses pensamentos já que o cérebro está constantemente te lembrando
sobre eles.
O medo de alguma situação que vai acontecer no futuro como uma prova, algo que está
demorando a acontecer, também desencadeia uma crise, mesmo que o assunto nada tenha a ver
com esse tipo de pensamentos. Isso por que o medo, sozinho ou aliado com a ansiedade e culpa
são fatores decisivos para que ela aconteça.
Assistindo a algumas palestras de pastores e debates bíblicos, vi algumas histórias e
testemunhos de pessoas que pareciam estar lendo meus pensamentos. Ao ouvir as respostas que
os pastores enviavam a cada uma delas, chorei muito e senti em meu coração certo alívio como
se estivesse carregando um fardo e ele fosse tirado de meus ombros.
Também li o livro ”Graça abundante ao principal dos pecadores” de John Bunyan que
foi muito importante em meu processo de cura. Deixarei algumas referências de livros e vídeos
que me ajudaram ao final deste livro.
Além de seguir vários conselhos que aprendi em pesquisas na internet, procurei ajuda
médica. Ainda existe muito preconceito no meio cristão sobre buscar ajuda profissional como
psicólogos, psiquiatras, mas é de extrema importância, pois existem alguns casos mais graves
que precisam de medicação aliadas a terapias como a TCC (terapia cognitivo comportamental).
No meu caso, fiz apenas as sessões de terapia.
CAPÍTULO 6
O QUE DIZ A MEDICINA

Já foram realizados vários estudos sobre o assunto, com progressos significativos.


Através deles, sabemos que o TOC pode começar na infância, mas também pode aparecer na
adolescência ou idade adulta. Porém apesar dos avanços, suas causas ainda não foram totalmente
identificadas e o Transtorno continua sendo alvo de pesquisas.
Certa vez li o seguinte texto:
“Provavelmente concorrem vários fatores para o seu aparecimento: de natureza
biológica envolvendo a predisposição genética, alterações funcionais e da neuroquímica
cerebrais, e fatores psicológicos como aprendizagens de formas erradas de lidar com medos e
ansiedades, como por exemplo, fazer rituais para livrar-se de uma aflição ou evitar o contato com
objetos, pessoas ou situações que provocam medos, em vez de enfrentá-los. Também está bem
estabelecido que os indivíduos com TOC cometem erros na forma de perceber e interpretar a
realidade (exagerar o risco e a responsabilidade, dificuldade de conviver com a incerteza,
exagerar as consequências de cometer ou ser responsável por uma falha, acreditar no poder do
pensamento, etc.), que acabam contribuindo para o surgimento e a persistência dos sintomas
obsessivo-compulsivos.” (extraído do site: http://www.ufrgs.br/toc/index.php/sobre-o-
toc/4-as-causas-do-toc.html)

Algumas alterações no cérebro também foram observadas quando feitas comparações.


Nos indivíduos com TOC, acontecia uma hiperatividade cerebral quando eram submetidos a uma
situação que consideravam perigosa.
O fato é que independente das causas, o TOC pode prejudicar muito a vida da pessoa e
até incapacitar. Existem casos em que as manias ficaram tão severas que a pessoa se recusa a sair
e desenvolve vários outros transtornos da mente como síndrome do pânico, depressão e muitos
outros.
Por isso é extremamente importante procurar auxílio de psicólogos ou psiquiatras. Isso
não o torna louco e nem anula sua fé em Deus, pois temos que fazer tudo que estiver ao nosso
alcance e o impossível Ele faz.
Os tratamentos mais comuns e eficazes são a TCC que é a terapia cognitivo-
comportamental e medicamentos que inibem a recaptação de serotonina. Em vários casos se
utilizam os dois métodos simultaneamente.
A TCC consiste em fazer o indivíduo confrontar seus medos, expondo-o à situação que
gera ansiedade. Também terão que ser desconstruídas algumas crenças limitantes que favorecem
e alimentam o problema. Segundo a psicóloga Kelliny Dório (canal do you tube “Com você
psicologia”) essas crenças podem ser:
- Desamor: a pessoa não se sente amada ou capaz de despertar o amor em alguém;
- Desvalor: ela não se sente capaz de executar tarefas e isso pode ser devido ao
perfeccionismo;
- Desamparo: a pessoa não se sente capaz de resolver seus problemas sozinha por
menores que sejam. Ela sempre acha que precisa de alguém para ajudá-la e quando isso não é
possível gera a situação de ansiedade.
Na TCC a pessoa é convidada expandir seus pensamentos em relação a determinado
assunto para questioná-lo e consequentemente mudá-lo. Porque para a pessoa com TOC, tudo é
exagerado e fatalista, tanto que ela acredita que se deixar de cumprir algum ritual a que está
acostumada, algo de ruim irá acontecer.
O importante é que existem tratamentos que podem e devem ser buscados o mais cedo
possível. Infelizmente a maioria dos casos de TOC é diagnosticada na idade adulta quando a
pessoa sabe se expressar e conhece melhor suas emoções. Os pais ao perceberem atitudes e
manias exageradas nos filhos devem procurar auxílio imediato, pois quanto mais cedo melhor
será a resposta ao tratamento.
Mas e como deve ser o tratamento da família a esse indivíduo? Bom, eu tive a melhor
reação possível de meus familiares que sempre tiveram todo cuidado e atenção e em momento
nenhum desprezaram meus medos.
Os profissionais aconselham a família a:
- Encorajar a pessoa a buscar tratamento;
-Não seguir os rituais e nem adaptar a rotina familiar a eles, pois isso pode agravar o
quadro;
- Não serem agressivos e hostis, e sempre reconheçam os avanços que a pessoa faz;
- Se preciso buscar auxílio psicológico para si também.
E acima de tudo muito amor, pois o amor cura.
CAPÍTULO 7
PENSAMENTOS OBSESSIVOS E A NATUREZA PECAMINOSA

Certa vez, assisti um relato de uma moça que tinha o TOC de pensamentos, porém os
pensamentos intrusivos que ela tinha, eram sobre coisas ruins acontecendo com a família, o filho.
Eram pensamentos terríveis em que ela fazia essas coisas ruins com as pessoas que ela mais
amava e ela não conseguia eliminar esses pensamentos. Como disse anteriormente, esse tipo de
transtorno afeta a pessoa no que lhe é mais precioso, sagrado ou um tabu.
As pessoas que não tem o TOC, provavelmente já tiveram esse tipo de pensamento
passando pela mente alguma vez na vida, porém elas têm a capacidade de não dar importância,
descartar e esquecer tal coisa. Porém com a pessoa que está com o transtorno isso é muito difícil,
pois a culpa por ter “permitido” que tal pensamento passasse pela mente é maior.
Isso porque a pessoa acredita que esses pensamentos são dela, mas isso não é verdade.
Aqui deixo uma reflexão. Além do T.O.C, temos que levar em conta, que após o pecado original
por Adão e Eva, a inclinação do ser humano passou a ser para o mal. Nossa natureza é
pecaminosa e por isso precisamos do sangue de Jesus para nos purificar de todos pecados
voluntários e involuntários.
Em Gênesis 8-21 diz: “O SENHOR sentiu o aroma agradável da adoração e declarou a
si mesmo: “Jamais amaldiçoarei a terra por causa do homem, porquanto seu íntimo é
completamente inclinado para o mal, desde o nascimento. E nunca mais destruirei todos os seres
nos quais há o fôlego da vida, como fiz desta vez.” e em Romanos 8-7,8: “Porque a mentalidade
da carne é inimiga de Deus, pois não se submete à Lei de Deus, nem consegue fazê-lo.…”.
Muitas vezes já ouvimos dizer: “Ouça o seu coração”, porém a bíblia diz que o coração
é enganoso, exatamente por causa da nossa natureza pecaminosa. Em Jeremias 17-09 está
escrito: “Ora, não há nada mais enganoso e irremediável do que o coração humano, e sua doença
é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?”
Pecados voluntários são aqueles que são cometidos por vontade própria, por fraqueza
humana, em que se sabe que está cometendo algo errado, porém a pessoa não tem forças ou não
deseja resistir. Já os pecados involuntários, são exatamente coisas que estão além de nosso
controle como agir por impulso e se arrepender em seguida e também os pensamentos que
aparecem sem nosso controle que podem ser devido a transtornos psicológicos, ataque espiritual
ou simplesmente pensamentos relacionados à coisas que vemos no dia a dia como cenas de
violências, cunho sexual etc.
CAPÍTULO 8
DESMISTIFICANDO O PECADO DA BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO
SANTO

Cresci num lar cristão evangélico, e posso dizer que nunca vi algum estudo, pregação,
explicação sem tabus sobre o pecado sem perdão mencionado por Jesus em Mateus 12:31. Acho
que isso é uma grande falha, pois acaba favorecendo interpretações erradas e assustadoras como
aconteceu comigo.
Se os pastores soubessem quantas pessoas estão se martirizando por dentro por não
conhecerem esse assunto, com certeza falariam com clareza e mais frequentemente sobre o tema.
Eu aprendi que, todo pecado será perdoado aos homens, menos o pecado contra o
Espírito Santo, pois, veio Deus e os homens pecaram contra Ele; veio Jesus e os homens mais
uma vez o rejeitaram. Mas me foi ensinado, e todas as poucas pessoas que ouvi falarem sobre o
assunto achavam o mesmo, que a blasfêmia é dizer palavras abusivas contra o Espírito, e a meu
ver isso valia também para os pensamentos.
Então, desde nova, fiquei aterrorizada com a possibilidade que tais pensamentos
poderiam passar pela minha mente contra minha vontade e então eu estaria perdida. Esse assunto
é realmente evitado nas igrejas e as poucas vezes que ouvi falar sobre isso, foi algum comentário
sobre o que outra pessoa havia dito ou feito e que poderia ser esse tipo de pecado, sempre em
tom de tristeza e fatalismo.
Na terceira e última crise pela qual passei, decidi buscar conhecimento, e pela primeira
vez, vi pastores e debates falando abertamente sobre o assunto. Certo dia, conversando com
minha irmã, ela me deu o seguinte exemplo: “A nossa mente é humana, falha e enganosa. A
prova de que é difícil controlar o que pensamos é o fato de quando escutamos muito alguma
música passando em algum lugar (tipo bar, vizinhança), a gente fica com aquela música na
cabeça sem querer! Toda hora ela fica voltando á nossa mente”.
Ela também me enviou o trecho de um livro que transcrevo a seguir:
“A obra do Espírito Santo é levar os pecadores a ter consciência de seu pecado e
despertar neles o desejo de aceitar Jesus, o único que perdoa o pecado. A blasfêmia contra o
Espírito Santo, portanto, deve ser entendida como a rejeição deliberada e persistente da obra
salvadora de Jesus. Ela ocorre quando alguém, de maneira intencional e obstinada, resiste ao
testemunho do Espírito sobre Cristo, Sua salvação e Sua graça.

Jesus não está falando de alguém que profere algumas palavras caluniosas.
A blasfêmia contra o Espírito Santo é cometida apenas no contexto de uma postura
persistente de incredulidade e de hostilidade aberta para com Jesus. A blasfêmia contra o Espírito
não se dá em um único episódio; é um decidido estilo de vida.
Em vez de aceitar a evidência a eles oferecida e reconhecer, nas obras de Cristo, o dom
do Céu, se apegaram aos seus propósitos pecaminosos, e disseram: Ele realizou esta obra
maravilhosa por meio do diabo. Esse foi o pecado contra o Espírito Santo”.
Note que o pecado cometido nesse trecho de Mateus e a qual Jesus se referiu, foi que
esses homens eram tão obstinados em seus corações que preferiram atribuir ao diabo a obra
maravilhosa que haviam acabado de presenciar, do que admitirem e reconhecerem que Jesus era
o Filho de Deus e portanto, O Salvador do mundo.
Deus conhece nossas limitações e sabe que somos falhos. Fomos apresentados a um
Deus que é “um Deus de amor, porém também é fogo consumidor”; o problema é que ao que
parece, a parte do fogo consumidor é mais relevante para nós e aprendemos a ter medo de Deus
como se ele estivesse pronto a nos fulminar por algum erro mais grave.
Conheço muitas pessoas que sempre estão dispostas a julgar os atos de outras e
atribuem a Deus, coisas ruins que acontecem a alguém, dizendo ser consequência de algum
pecado que ela possa ter comentido.
Essas pessoas agem assim, não por maldade, ou falta de compaixão, mas sim porque foi
dessa forma que foram ensinadas, e é muito difícil mudar esses conceitos.
Elas na verdade acreditam que ao fazê-lo, estão agradando a Deus e combatendo o
pecado. Esse medo de Deus é muito prejudicial, pois nos impede de conhecê-lo mais
profundamente e provar de seu amor, visto que passamos a servi-lo somente pelo medo e
perdemos a oportunidade de ter experiência com Ele e viver o sobrenatural.
CAPÍTULO 9
VENCENDO O MEDO

Em 1 João 4-18 diz: “No amor não há medo, pelo contrário, o verdadeiro amor expulsa
o medo, porque o medo supõe castigo; aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor”.
Esse é o amor de Deus! A única forma de vencer o medo é pela fé e confiança em Deus.
Se confiarmos que Ele tem todo nosso futuro em suas mãos e que cuida completamente
de tudo venceremos o medo. Esse é um exercício diário. E podemos pedir a Deus mais fé, a
própria Bíblia diz.
A vida nessa terra é passageira e é só o começo de uma vida maravilhosa ao lado de
Jesus, mas não quer dizer que temos que viver uma vida de derrotas aqui. Deus quer tenhamos
vida em abundância, vida plena e ainda moremos com Ele eternamente. Se pensarmos assim não
temeremos a morte e nada mais. O maior medo do ser humano é a morte e só o vencemos pela fé
e esperança de vida eterna.
Jesus morreu na cruz para nos resgatar o direito que perdemos com o pecado. Isso é
possível pela graça e misericórdia de Deus. Teimamos em pensar que sempre temos que fazer
coisas para ser salvos como boas obras etc; porém, nenhum ser humano jamais merecerá a
salvação por melhor que ele seja. Ela só é possível através do amor de Deus por nós.
Nossa parte é ter uma vida íntegra, honesta e sempre que pecarmos, nos arrependermos
e pedir a Deus o perdão de coração.
Temos que entregar a Ele todos os nossos medos e simplesmente confiar. Mas confiar
de verdade. Sempre que vem o medo e a incerteza, logo penso: “Meu futuro está nas mãos de
Deus e sei que ELE TEM O MELHOR PARA MIM”.
Não tente controlar tudo. Eu sempre tive o hábito de querer controlar todas as situações
ao meu redor, e sempre dava um “jeitinho” para que as coisas acontecessem mais depressa e à
minha maneira. Isso pode atropelar a vontade de Deus para nós e também desencadear uma crise
de ansiedade e TOC quando as coisas saem de controle. Ainda estou em processo de mudança,
pois é difícil, mas não impossível mudar os hábitos que temos principalmente os errados.
O medo é importante para o ser humano, pois é através dele que nos prevenimos em
situações de perigo real, porém nesse sentido em que estamos falando ele nos paralisa, incapacita
e impede nosso crescimento. Para vencê-lo temos que entregar o controle total de nossas vidas a
Deus e confiar sem questionar, pois este é o segredo da vitória.
Deus é o dono de tudo, ele está em seu futuro. Ele fez um plano de salvação
maravilhoso, para que não tenhamos mais esse tipo de medo e possamos ir para junto Dele.
Como o medo é o combustível dos transtornos, ao vencê-lo, você se livrará do TOC, pânico,
depressão, ansiedade e outros mais.
CAPÍTULO 10
OS PASSOS PARA A CURA INTERIOR

Ao amanhecer:
Acorde dizendo para si mesmo uma frase de agradecimento, motivação e ânimo, algo
positivo. Eu utilizei e uso até hoje uma frase do “Devocional da mulher vitoriosa” de Elizete
Malafaia que diz: “Tenho uma aliança com Deus. Sou abençoada, amada, aceita, valorizada e
ungida e vou fazer a diferença nessa terra” e também outras como: “ Esse dia vai ser
maravilhoso, obrigada Senhor pelo dia que está começando”. Acredite, a gratidão faz milagres!

Substitua os pensamentos:
Tentar lutar contra os pensamentos obsessivos vai minar suas energias e não será eficaz
na luta contra o TOC. Então você pode pensar em uma ou mais frases para sobrepor ao
pensamento intrusivo todas as vezes que eles vierem. Nos primeiros dias vai parecer que não está
funcionando e vai ser difícil, mas depois vai melhorando até que eles desaparecem. Alguns
exemplos:

- “O sangue de Jesus Cristo me purifica de todo pecado”;


- “Eu amo a Deus, e vou morar no céu com ele”;
- “Nada me separa do amor de Deus”;
- “Jesus me ama e me salvou pela sua graça”;
- “Sou imagem e semelhança de Deus, ele tem um plano maravilhoso para mim”.

Para outros tipos de T.O.C de pensamentos:


- “Eu não sou meus pensamentos”;
-“A paz que excede todo entendimento, inundará meu coração”;
- “Eu amo minha família e sou amado por eles”;
- “Minha família é um presente de Deus”;
- “Sou imagem e semelhança de Deus, ele tem um plano maravilhoso para mim”;
- “Deus me ama apesar dos meus erros”.
Questione os pensamentos:
Tente pensar no quão absurdos são esses pensamentos, visto que não são por vontade
sua, portanto você não tem culpa deles aparecerem. Tente enxergá-los como algo ridículo e sem
sentido. Se forem no sentido religioso, pense em como você ama a Deus e jamais falaria ou
pensaria tais coisas por vontade própria.
Só o fato de estar triste e abatido por tais pensamentos já mostra que você não tem
culpa ou pecado, pois quem blasfema contra Deus e o Espírito Santo perde essa sensibilidade e
não se importa mais se pecou ou não, pois é o Espírito Santo que convence o homem do pecado.
Da mesma forma, quem tem pensamentos obsessivos com coisas ruins relacionados às
pessoas e família, deve ressaltar em seus pensamentos o quanto ama e respeita sua família; uma
prova disso é o quanto se fica aterrorizada, triste e em pânico com tais pensamentos intrusivos.
Se esses pensamentos fossem seus, provavelmente isso não te afetaria tanto
emocionalmente. Lembre-se que eles vêm do medo que você tem em que algo ruim aconteça
com seus entes mais queridos.

Ao dormir:
Quando se deitar, cante em sua mente uma música que traga esperança ou cite um
capítulo da Bíblia. Em meu caso nos dias mais difíceis pensava no salmo 46, 23 ou 91 até
adormecer. E quando acordava pela madrugada e os pensamentos queriam me tirar o sono, agia
da mesma forma. E ainda o faço se os pensamentos tentam aparecer.

Tenha fé:
A fé e confiança em Deus são imprescindíveis em sua cura interior, acredite você
nasceu para vencer, ter uma vida plena e feliz, Foi isso que Deus planejou para você!

Atividades prazerosas
Sempre que possível faça passeios em família, tenha contato com a natureza, brinque
com seus filhos. Isso ajuda relaxar a mente e desviar o foco de si mesmo e seus problemas.

Tenha amigos
Ninguém é uma ilha, e se isolar nesse momento não irá ajudar, pelo contrário. Amigos
nos fazem ter novas perspectivas sobre as coisas e podem ampliar nossa visão, pois existem
amigos mais chegados que irmãos.

Filtre as coisas que lê e assiste


Antigamente eu não tinha muito cuidado com as coisas que assistia na TV e mais tarde
na internet. Os jornais de hoje só trazem violência e mais violência. Alguns filmes e séries são
muito tendenciosos e imorais.
Isso acaba intoxicando a mente e trazendo certa perturbação, pois de que adianta não
praticarmos certas ações que consideramos erradas, e assistir uma série que faz tudo ao
contrário? Existe muita coisa boa para se assistir inclusive séries e filmes que podemos assistir
em família.
Depois que percebi que essas coisas me faziam mal, passei a filtrar muito mais o
conteúdo que consumia dos canais de comunicação.

Converse com Jesus


Jesus é nosso melhor amigo, Ele nos ouve, nos entende e nos ajuda. Está conosco em
todos os momentos, bons e maus e intercede por nós: ”Quem os condenará? Cristo Jesus é quem
morreu, ou antes, quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também
intercede por nós; Romanos 8:34.
Oração é uma conversa. Conte sobre seu dia, seus problemas, suas alegrias, suas
tristezas que ele te ouve e te ajuda.
CONCLUSÃO

Entendo que a cura para o TOC, não é deixar de ter os tais pensamentos, mas sim
conseguir deixar que quando vierem, eles passem e vão embora como algo sem relevância para o
seu eu consciente que é o que realmente importa.
Se você acha que não tem mais solução para sua vida e que tudo está perdido, saiba que
isso não é verdade. O inimigo se aproveita de nossas fraquezas e doenças para nos abater e
desanimar. O TOC tem solução e tem cura sim! Você pode e vai vencê-lo. Basta acreditar.
Existem crenças limitantes sobre Deus e sobre a vida, que infelizmente aprendemos em
um sistema religioso, social ou familiar rígido no qual fomos criados, mas ao conhecer Deus
realmente somos livres de todo tipo de escravidão.
Seja livre! Romanos 8:01 diz: Portanto, agora nenhuma condenação há para os que
estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. A carne aqui
descrita é nossa natureza que tem inclinação somente para o pecado e para o que é errado.
Temos a escolha de ceder à carne (desejos, paixões etc) ou permanecer no espírito e
quando entregamos nossas vidas a Jesus, escolhemos permanecer no espírito.
Essa sua escolha faz toda a diferença. Você não precisa “pagar o preço”, pois Jesus já
pagou na cruz, e não foi porque somos bons que Ele nos salvou, mas pela sua graça.
Para sermos salvos temos que crer que Jesus é o Salvador, termos uma vida honesta
de caráter e em comunhão com Deus, pois somos luz neste mundo e precisamos brilhar para
que todos possam ver Cristo em nós. Isso não significa que precisamos ser perfeitos, pois
perfeito é só um que é Jesus.
Espero que este livro alcance e ajude muitas pessoas que como eu outrora, estão na
ignorância e passando por sofrimentos desnecessários quando poderiam estar desfrutando de
tudo que Deus tem para nos proporcionar se entregarmos tudo em suas mãos.
São palavras Dele: “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz
o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais”. Jeremias 29:11.
Ele é nosso pai e tem os melhores sonhos e planos para nós. Desejo que todos tenham uma vida
linda e abundante, livre de transtornos e obsessões. Livres!
REFERÊNCIAS DE LIVROS E LINKS:

- Pastor Antonio Junior (canal):


https://www.youtube.com/watch?v=-7tIr5yRQ80

- Pastor Lamartine Posela (canal):


https://www.youtube.com/watch?v=frNMW5PXteY

- Elizete Malafaia (livro):


“Devocional da mulher vitoriosa”

- Kelliny Dório (canal “Com você psicologia”):


https://www.youtube.com/watch?v=0yGf6QlYNgs

- Dr. Cesar Vasconcellos de Souza (canal “Claramente”)


https://www.youtube.com/watch?v=05etGRQaZOc

- https://drauziovarella.uol.com.br/psiquiatria/toc-como-a-familia-pode-ajudar-no-
tratamento/)

- Loma Linda Messages, p. 156 - Ellen G. W.

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