Lições Essências
Lições Essências
1
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
APRESENTAÇÃO
2
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
ÍNDICE
Introdução 04
Conversão 06
Batismo 09
Dons e Ministérios 13
Dízimos e Ofertas 17
Discipulado 22
Igreja 27
Ser Membro – Um Privilégio 32
3
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
INTRODUÇÃO
A CAMINHO DA CONSOLIDAÇÃO
Este livro trata de assuntos essenciais da vida cristã. Uma pessoa minimamente
consolidada ou a caminho da consolidação na fé em Cristo aprende e desenvolve sua vida
a partir de algumas experiencias que procuramos esclarecer neste manual.
Toda grande obra prima nasce de elementos fundamentais sem os quais não se
pode continuar sua construção. Um grande prédio não é erguido sem as fundações; uma
pessoa madura e com sabedoria tem que passar pelos elementos primários do
conhecimento sem os quais não se pode adquirir o mestrado.
Você vai estudar alguns assuntos primordiais que geralmente dão inicio à nossa
caminhada com Jesus Cristo. Nessa trilha, existem algumas características que definem
uma pessoa consolidado/a ou em processo de consolidação. Isto nos dá condições de
fazermos uma avaliação pessoal da nossa maturidade como crentes.
Ser batizada
Uma pessoa consolidada no evangelho é alguém que confessou publicamente essa
experiência de fé. Essa confissão se dá através do batismo. E aqueles/as que tiveram o
privilégio de nascer em uma família cristã e foram batizados/as na infância, devem fazê-lo
através da sua pública profissão de fé. O batismo é também uma ordem de Jesus que disse
para fazermos discípulos “batizando e ensinando”.
Exerce os Dons
Um/a discípulo/a consolidado/a é alguém que está usando os dons que recebeu
de Deus em ministérios dentro e fora da igreja local. Os dons são ferramentas para serem
usados no serviço a Deus e às pessoas. Uma leitura da primeira carta do apóstolo Paulo
aos Coríntios, no capítulo 12, nos ajuda a entender a importância de (como membros do
Corpo de Cristo) usarmos os dons que Deus nos deu. Esse é um chamado fundamental na
vida do/a cristão/ã visto que o nosso Senhor “não veio para ser servido, mas para servir”.
Exerce a mordomia
Um/a discípulo/a consolidado/a é alguém que está contribuindo para a missão da
Igreja através dos seus dízimos e ofertas. O sustento da missão da igreja é responsabilidade
de cada membro do corpo de Cristo.
Caminha no Discipulado
Um cristão(ã) consolidado(a) é alguém que continua sendo discipulada por alguém
e está fazendo novos discípulos. Esse processo de SER e FAZER discípulo nunca deixa de
existir na vida daquele/a que assumiu compromisso com Jesus.
Então, vejamos:
✓ Uma experiência pessoal com Jesus Cristo;
4
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
5
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
1
CONVERSÃO
Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhe digo que, se alguém não nascer de
novo, não pode ver o Reino de Deus. João 3.3
Em Atos 2.37-38 vemos que após ouvirem a pregação de Pedro, e reconhecendo que
ele estava correto, os ouvintes foram exortados a arrependerem-se. Arrependimento é mais
do que um sentimento, é o reconhecimento de nosso erro e a decisão de mudar abandonando
o erro.
O que é necessário?
Em Lucas 15.11-32 temos a história do filho mais novo que foi pródigo em errar. É a
história de um rapaz que fez algumas escolhas erradas e como consequência sofreu. Em
determinado momento ele reconhece seu erro e decide voltar atrás, pedir perdão ao pai e
pagar o preço necessário. Ele arrepende-se. Para conseguir transformar a intenção em ação
foi necessário:
Humildade – É mais fácil arrumar desculpas ou justificativas para nossos erros do
que reconhecer o erro e assumir a responsabilidade. Mas Deus dá graça ao humilde (Tiago
4.6b)
Restituição – Isto é a disposição de voltar atrás quando percebe que tomou uma
decisão errada (Lucas 15.17-19)
Confissão – O filho pródigo não só volta a casa do pai como fala ao pai que pecou
contra o céu e diante dele (Lucas 15.20-21)
Firme propósito – O rapaz está disposto a ser tratado como empregado para acertar o
seu erro. Está disposto a fazer o que é preciso, pagar o preço necessário.
Frutos do arrependimento
Novo Nascimento.
No texto de João 3.3 Jesus diz que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino
de Deus. Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhe digo que, se alguém não nascer
de novo, não pode ver o Reino de Deus.
6
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
A Salvação.
O texto de Efésios 2.1 nos mostra que estávamos mortos em nossos delitos e pecados.
Como vimos o pecado nos separou da comunhão com Deus gerando morte espiritual, mas o
resultado da desobediência do ser humano não foi só a morte espiritual. Mas fomos salvos,
de uma existência miserável à parte da comunhão com Deus.
Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de
Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Efésios 2.8-9
Tínhamos uma “dívida” com Deus que precisava ser quitada. Jesus pagou essa dívida
para nós.
Cancelando o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos
era prejudicial, removeu-o inteiramente, cravando-o na cruz. Colossenses 2.24
7
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
O preço pelo pecado (desobediência) precisava ser pago. Deus, que é amor, desejava
nos isentar da punição (juízo), mas por ser justo não podia desconsiderar nosso erro,
inocentando o culpado (Êxodo 34.7b).
Um justo pecou, maculando toda a criação de Deus; um outro justo precisava redimi-
la. Como todos pecaram (Romanos 3.23) ninguém podia trazer salvação a humanidade. Por
isso Cristo Jesus assumiu a forma humana (encarnou-se), viveu uma vida sem pecado
(Hebreus 4.15), pagou o preço pela nossa dívida morrendo na cruz (Colossenses 2.14 e João
19.30) e derramando o seu sangue para nos purificar (1 João 1.7). Esta é a graça imerecida
pela qual somos salvos.
A salvação foi um presente concedido por Deus através de Cristo Jesus. Mas isso tudo
de nada adianta se não crermos e aceitarmos o presente de Deus. Precisamos crer para
usufruir do presente.
Em verdade, em verdade lhes digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me
enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. (João 5.24)
E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está no seu Filho.
Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas
escrevi a vocês que creem no nome do Filho de Deus para que saibam que têm a vida eterna.
(1 João 5.11-13)
A nossa certeza se baseia na Bíblia que é a nossa segurança.
Conclusão
Como vemos a salvação é dom de Deus e não fruto de nossas obras. Isso não quer
dizer que as obras não são importantes, somente não são a causa, o motivo da nossa
salvação. A Bíblia nos ensina que devemos praticar obras dignas de arrependimento (Atos
26.20), que Deus nos redimiu (criou em Cristo Jesus) para praticarmos boas obras (Efésios
2.10).
8
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
2
O Batismo.
Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes as feridas dos açoites.
Logo a seguir, ele e todos os membros da casa dele foram batizados. Atos 16.33
É sabido que o uso da água coo ritual de purificação de pecado já era conhecido
na própria tradição da Torah, conforme pode-se encontrar em Levítico. Sobre o dia da
expiação fala-se que o sacerdote, após realizar a expiação por si mesmo, pelo altar pelo
povo, deveria despir-se banhar-se no lugar santo, só então oferecer o holocausto
perante Deus, pois ele e o povo já fizeram seu sacrifício pelo pecado, e ele, ao banhar-
se , estava simbolizando sua purificação e a do povo, podendo então oferecer holocausto
diante de Deus. (Levítico 16.15-28)
9
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
igreja em Corinto (1 Coríntios 1.16) Estéfanes e sua casa foram batizadas por Paulo,
assim como Crispo, o chefe da Sinagoga de Corinto, foi batizado com toda a sua Família
(Atos 18.18)
b) Morte para a velha vida. O batismo indica que o crente morreu para o velho
modo de viver e entrou na novidade da vida, mediante a redenção em Cristo. O ato do
batismo não leva a efeito essa identificação com Cristo, mas a pressupõe e a simboliza.
Desse modo, o batismo não salva, mas confirma a fé. É sinal legítimo, exterior,
da obediência, da vida de quem já é salvo (Gálatas 3.27; 1 Coríntios 12.13). É um ato
de fé genuína, que precisa ser acompanhada de obras de salvação, indispensáveis ao
bom testemunho cristão ( Romanos 2.6; Tiago 2.14; Mateus 5.16; Efésios 2.10).
Não há motivos para alguém não ser batizado, a não ser que um impedimento
de ordem espiritual, moral ou legal subsista. Neste caso, a pessoa precisa de orientação
e ajuda na busca da solução de seu problema.
Batismo Infantil
Alguns afirmam que crianças não podem receber este sacramento porque não
creem. Mas, vemos inúmeras provas na Bíblia que lhes assegura o direito no Reino dos
Céus, que uma criancinha, ao morrer, não será lançada no inferno: “das tais é o Reino
dos Céus” (Mateus 19.14).
10
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
Formas de Batismo.
A igreja Metodista reconhece como válidos três formas para o batismo: aspersão,
derramamento e imersão, conforme a sua tradição e leis canônicas.
Sendo o batismo um símbolo de purificação do pecado, pelo sangue de Cristo,
era muito simples para os judeus entenderem a prática da “aspersão no batismo”, pois
estavam acostumados à cerimonia de purificação pela aspersão de água (João 2.6).
Assim como no dia de Pentecostes quando foram batizados em Jerusalém 3 mil pessoas,
numa região onde a agua era escassa e proveniente de poços, com certeza estes foram
batizados por aspersão ou ablução (forma de banho) que era comum.
Para João Wesley o que importava não era a quantidade de água em si mesma.
Sendo que o batismo é um simbolismo, a quantidade de água ou a forma de utilizar não
era essencial na questão de fé. Vejamos como se dá o batismo na Igreja:
a) Aspersão. Nesta forma de batismo é posto um pouco de água sobre a cabeça
da pessoa que está sendo batizada.
11
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
Conclusão
O Batismo marca o início da caminhada cristã e serve como o primeiro
testemunho público da fé em Cristo. É uma forma de se tornar membro do Corpo de
Cristo, a exemplo do que ocorria na Igreja Primitiva, orientada pelos primeiros apóstolos.
Uma vez batizado(a), o cristão deve buscar uma vida de comunhão com Deus,
entendendo que o perdão remove a barreira do pecado que o separa de seu Criador. Ao
se identificar com o sacrifício de Jesus, quem vivia como escravo do pecado é liberto
para viver em santidade, como filho(a) de Deus.
12
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
3
DONS E MINISTÉRIOS
Entretanto, procurem, com zelo, os melhores dons.
1 Coríntios 12.31
Um dom é uma dádiva. A palavra “dádiva” ou dom vem do grego “Caris”, que
significa "graça", algo que é dado gratuitamente. É a palavra que aparece em Romanos
12.3,6; Efésios 4.7 e 1 Pedro 4.10.
Um dom espiritual é um presente divino. Do grego “Doma”, um dom (Efésios.
4.8). É uma capacitação espiritual gratuitamente concedida pelo Espírito Santo ao
cristão para expressar, de alguma maneira, um poder espiritual ou miraculoso, além da
capacidade humana de realizar. Dom é a capacidade sobrenatural para o serviço.
Sabemos que uma pessoa está consolidada na igreja quando está inserida em
um ministério e servindo. Para isto, vamos descobrir um pouco mais sobre essa
importante fase da vida do cristão.
Graça
13
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
É essencial à vida cristã. O Salmo 63 nos diz que: “A tua graça é maior do que a
vida”. Efésios afirma: “Pela graça sois salvos... isto não vem de vós...é dom de
Deus...para que ninguém se glorie (2.1-10).Paulo fala que a “graça foi concedida a cada
um...segundo a proporção do dom de Cristo” (Efésios 4.7) e que temos diferentes dons
segundo a graça que nos foi dada...(Romanos 12.6).O texto em 1 Pedro afirma que
devemos servir uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como “bons
despenseiros da multiforme graça de Deus”(1 Pedro 4.10).
Dons
A Bíblia testifica a respeito dos dons. Primeiramente nos fala do “Dom” - que é o
próprio Deus, presente em Cristo e também no Espírito. Antes dos dons, temos que
possuir O dom – o próprio Deus. Dons sem o Dom não tem sentido. Muitos procuram
os “dons” sem antes terem a experiência com o “Dom de Deus”.
Ministérios
Muitos perguntam: “Para que o dom?” ou “os dons”? Os dons edificam as
pessoas, a Igreja e toda a comunidade humana. Não visam à nossa glória, orgulho,
superioridade e nem nossa dominação sobre outras pessoas.
Dons visam ao ministério de todo esse corpo, nos seus diferentes membros e
partes. Ministério significa serviço. Nosso guia é Cristo: que não veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mateus 20.28). Cristo usou o
dom de Deus para o serviço.
14
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
Deus nos concede dons para o proveito comum, ou seja, o bem de todos (1
Coríntios 12.7). O Pai ama a cada um de Seus filhos e nos abençoa com os dons para
que possamos servir para o bem dos outros.
Deus também nos concede dons para o aperfeiçoamento dos santos, para que a
igreja cresça em maturidade pelo auxílio de toda junta e pela justa cooperação de cada
parte (Efésios. 4.12-16). Nós precisamos dos dons para contribuir com a edificação da
igreja (1 Coríntios. 12.7, 11,12-27). Cada dom é importante para que a igreja cresça em
qualidade e quantidade.
15
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
Caráter e dons
A velha natureza tem talentos. A nova hospeda dons. Os poderes da raça
adâmica estão contaminados pela presunção, mas os dons espirituais são
demonstrações da graça de Deus. Os talentos são artigos do homem natural, enquanto
os dons são propriedades do Espírito Santo na vida dos cristãos.
Conclusão.
A Igreja Metodista está organizada em dons e ministérios. Entendemos que
assim a pessoa tem a oportunidade de servir ao corpo de Cristo na área que ela se sente
chamada e capacitada por Deus a servir. Como disse o apóstolo Paulo em 1 Coríntios
12.4-6, os dons são diversos, há diversidade nos serviços e nas realizações; mas o
Espírito é o mesmo, o Senhor é o mesmo e é Ele quem opera tudo em todos. Esperamos,
com o estudo, despertar o discípulo a servir ao Reino de Deus através de seus dons e
talentos, desempenhando com isso seu ministério.
16
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
4
DÍZIMOS E OFERTAS
E Deus, que dá semente ao que semeia e pão para alimento, também suprirá e
aumentará as sementes e multiplicará os frutos da justiça de vocês. 2 Coríntios 9.10
Sabemos quando uma pessoa está consolidada e atuante em uma igreja quando
contribui prazerosa e responsavelmente com a igreja.
Dízimo significa a décima parte. Deus o separou para que fosse a porção usada
para a edificação do Seu Reino. É o teto mínimo ordenado ao seu povo que, pela
obediência, fosse respeitado. Também é um princípio espiritual que garante o sustento
do seu povo através da confiança que depositam nEle.
Segundo a Bíblia, o dízimo, como tudo o que existe, já é de Deus. Ele lhe concede
o privilégio de devolvê-lo como prova de confiança. Muitos crentes jamais provarão de
uma bênção financeira que está ao seu alcance, porque têm roubado o santo dízimo e
guardado para eles mesmos. Semente não é para comer, mas para plantar.
17
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
tanto dos cereais como das frutas, pertence a Deus, o SENHOR, e será dada a
ele.
Você pode perceber que a décima parte é requerida. Este ato de obediência é
recompensado pelo nosso Pai através do seu sustento sem limites para seus filhos e
filhas que observam Sua palavra. Os princípios que estão na Bíblia são
recompensadores até para quem não confia em Deus, pois seus conselhos e orientações
são carregados de sabedoria e há muitos livros de motivação e autoajuda inspirados na
Bíblia. Quanto mais aos que são discípulos de Jesus e obedecem por fé!
Por isso, a Bíblia fala a respeito das primícias como a mais pura expressão da
espontaneidade e gratidão humana. Com o passar do tempo, pouco a pouco, o povo foi
deixando de entregar o dízimo como uma doação espontânea, então, no livro de
Deuteronômio se observa uma regulamentação para a prática de dar o dízimo. “Todos
os anos separarás o dízimo de todo o produto da tua semeadura que o campo produzir
(Deuteronômio 14.22).”
Aquilo que era espontâneo, agora se tornou regulamentado por Deus, por falta
da espontaneidade, generosidade, e expressão de gratidão do povo à Deus, pelas
bênçãos nas colheitas, fertilidade dos animais, benção da terra. Por esta falta, agora o
Senhor regulamenta o dízimo, condicionando assim também suas bênçãos. Tudo isso
porque o povo, que estava recebendo as bênçãos, provisão e cuidado de Deus, se
esquecem da fidelidade, honra e gratidão. A infidelidade, falta de honra e ingratidão,
trouxe para o povo algumas consequências:
Ageu 1.6, 10-11: “Semeais muito, e recolheis pouco; comeis, porém não vos fartais;
bebeis, porém não vos saciais; vestis-vos, porém ninguém se aquece; e o que recebe
salário, recebe-o num saco furado.”
“Por isso retém os céus sobre vós o orvalho, e a terra detém os seus frutos. E
mandei vir a seca sobre a terra, e sobre os montes, e sobre o trigo, e sobre o mosto, e
sobre o azeite, e sobre o que a terra produz; como também sobre os homens, e sobre o
gado, e sobre todo o trabalho das mãos.”
PERPECTIVA DA GRATIDÃO
18
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
Somos abençoados e por isso muito gratos a Deus pela provisão. Deus tem nos
abençoado com a terra, trabalho, colheita, família, suprido nossas necessidades.
Quando devolvemos o dizimo, estamos agradecendo.
Davi entendeu bem isso: 1 Crônicas 29
“Porque tenho afeto à casa de meu Deus, o ouro e prata particular que tenho eu
dou para a casa do meu Deus, afora tudo quanto tenho preparado para a casa do
santuário: Davi louvou ao Senhor na presença de toda a congregação; e disse : Bendito
és tu, Senhor Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade. Tua é, Senhor, a
magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto
há nos céus e na terra; teu é, Senhor, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos.
Riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e
poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo. Agora, pois, ó Deus nosso,
graças te damos, e louvamos o nome da tua glória. Porque quem sou eu, para que pudesse
oferecer voluntariamente coisas semelhantes? Porque tudo vem de ti, e do que é teu te
damos.”
19
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
2 Coríntios 9.6-11 “O que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia
em abundância, em abundância ceifará. Cada um contribua; não com tristeza, ou por
necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer
abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência,
abundeis em toda a boa obra; Aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê
pão para comer, multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça;
Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se deem
graças a Deus.”
O Plano de Deus.
É o reconhecimento e obediência à vontade de Deus, a aceitação da nossa
posição como mordomos e depositários da Sua graça com relação às posses,
administração de tudo quanto está às nossas mãos e que foram doadas por Ele.
Devemos utilizar os recursos que Deus nos concede para:
O suprimento de nossas necessidades básicas (Filipenses 4.19)
O suprimento da obra (casa) de Deus (Ageu 1.9 e Malaquias 3.10)
O suprimento dos irmãos (Igreja) (1 Pedro 4.10 e 1 João 3.17)
Auxílio à missão da Igreja.
Ajuda aos necessitados do mundo.
Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e
despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é
que cada um deles seja encontrado fiel. (1 Coríntios 4.1-2)
A palavra despenseiro significa mordomo. Somos desafiados a exercer com
sabedoria a administração que o Senhor nos concede. Sabendo que Ele continua sendo
dono de tudo.
Ato de Fé
Para o cristão autêntico o ato de doar não termina com o dízimo, mas todo o seu
dinheiro está cem por cento sob a orientação de Deus. Muitos entregam o dinheiro de
forma legalista e não estão vivendo na prática de confiar. Wesley dizia que o cristão não
deveria dar apenas a décima parte, mas doar toda renda extra, desde que a família
estivesse bem cuidada e os débitos devidamente quitados. Ele acreditava que o
crescimento de sua renda poderia não somente elevar o padrão de vida dos cristãos,
mas também elevar o conceito de “dar”. Uma vida sem fé jamais poderá entender isto.
20
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
Conclusão
Investir no Reino de Deus é muito mais lucrativo. Quando falamos que é um
investimento eterno, queremos enfatizar que tal pessoa fiel faz parte de um projeto de
vida muito superior, que confia e não tem dúvida da garantida morada que Jesus foi
preparar (João 14.2).
O tesouro no céu é eterno, ninguém rouba. Serão ricos na eternidade aqueles
que semearam de acordo com princípios bíblicos. Não se dedique somente à comida que
perece, mas à comida que dura para a vida eterna.
21
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
5
DISCIPULADO E A HERANÇA METODISTA
Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a
guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias
até o fim dos tempos. Mateus 28.18-20
A Igreja e o Discipulado
Discipulado busca algo mais do que um mero processo educativo. Ele é um estilo de
vida, uma maneira de ser em que as pessoas se relacionam, entram em comunhão, acolhem
umas às outras, compartilham o que são, sentem e carecem; oram umas pelas outras,
louvam e adoram ao Senhor juntas, estudam a Palavra à luz da graça, da experiência e da
razão da comunidade da fé.
Os Objetivos do Discipulado
- O mais forte é convidado a suportar e ser o suporte mais frágil – Romanos 15.1
22
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
O discipulado pode ser usado como método de pastoreio, no qual o pastor e a pastora
dedicam maior atenção aos grupos pequenos e promovem, dessa forma, relacionamentos
mais fraternos e pastoreio mútuo entre os membros da Igreja. Assim, a Igreja de Tessalônica
foi orientada a admoestar os “insubmissos”, a consolar os “desanimados”, a amparar os
“fracos” e agir com longanimidade para com todos (cf. 1 Tessalonicenses 5.14). Ao
desenvolver o pastoreio mútuo, a Igreja ensina sua membresia a valorizar os
relacionamentos e a praticar o respeito de uns para com os outros.
O escritor quaker Elton Trueblod, falecido em 1994, fez a seguinte observação a respeito
da igreja cristã: “talvez a maior fraqueza da igreja cristã contemporânea é que milhões dos
seus supostos membros não estão de fato envolvidos. O que é pior, esses membros não
pensam que isso seja estranho.
Tão logo reconhecemos a intenção de Jesus de fazer de sua igreja uma companhia
militante, percebemos imediatamente que o que convencionalmente entendemos por igreja,
não é suficiente. Não existe chance real de vitória para uma companhia se noventa por cento
dos seus soldados estão sem treinamento e não querem se envolver. E essa é, de fato, a
nossa situação”.
João Wesley disse: “A igreja não transforma o mundo fazendo novos convertidos. Ela
transforma o mundo fazendo discípulos”. A ordem de Jesus foi “Ide e fazei discípulos de
todas as nações” Mateus 28. E o fundamento do discipulado é o fato de que “aquele que diz
estar nele, também deve andar como ele andou” 1 João 2.6.
Com base no ministério terreno de Jesus, João Wesley desenvolveu um plano simples
para amadurecer e equipar os metodistas do seu tempo. Esse plano refletia as seguintes
convicções básicas de João Wesley a respeito do discipulado:
João Wesley escreveu: “estou cada dia mais convencido de que o maior desejo do diabo
é que em todos os lugares as pessoas sejam apenas semi-despertas e que depois sejam
abandonadas e voltem a adormecer novamente”.
Em 1743 Wesley organizou a sociedade. “Tal sociedade é nada mais do que uma
companhia de homens tendo a forma e buscando o poder da piedade, unidos a fim de orar
juntos, receber a palavra de exortação e cuidar uns dos outros em amor, para que possam
se ajudar mutuamente no desenvolvimento da sua salvação”.
Discipulado era a chave para esse nível de vida em santidade. Assim Wesley criou seu
tripé para o desenvolvimento da dinâmica do discipulado: a) Sociedade; b) Classes e c)
Bands.
23
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
b) Classes (os 12 discípulos de Jesus): O propósito das classes era gerar mudança de
comportamento. As classes refletiam a estrutura mais básica da sociedade. Cada classe era
composta de 12 a 20 membros, de ambos os sexos, com variedade de idade e classe social,
sob a direção de um líder treinado.
Para continuar na sociedade, era necessário pertencer a uma classe. Em 1742, numa
sociedade em Londres havia 426 membros, divididos em 65 classes. Dezoito meses mais
tarde, aquela mesma sociedade tinha 2.200 membros, todos envolvidos em uma classe. Toda
semana cada membro da classe tinha o dever de falar aberta e honestamente a respeito da
“situação da sua alma”.
c) “Bands” (semelhante aos três discípulos mais próximos de Jesus: Pedro, Tiago e João):
O propósito das “bands” era gerar mudança de direção, coração e posição. Uma “band”
era composta de 4 membros, do mesmo sexo, aproximadamente da mesma idade e estado
civil. Eram células voluntárias com pessoas que tinham um compromisso claro e que
desejavam crescer em amor; santidade e pureza de intenção. O ambiente nas “bands” era
de completa honestidade e franqueza.
Havia regras sobre pontualidade e ordem nos encontros. Perguntas específicas foram
introduzidas para que semanalmente cada membro respondesse aberta e honestamente:
Que pecado conhecido você cometeu desde a nossa última reunião? Que tentações você
encontrou? Como você foi liberto delas? Você pensou, disse ou fez qualquer coisa que tem
dúvida se é pecado ou não? Há qualquer coisa que você tem o desejo de manter em segredo?
Podemos notar que nas “bands” não havia espaço para fingimento. Ali havia
compromisso de confidencialidade e mútua submissão. Era um “centro de treinamento” para
futuros líderes.
Num modelo como esse, a necessidade de líderes é grande. João Wesley treinou e
mobilizou um grande número de líderes. Eram homens e mulheres, barbeiros, ferreiros,
padeiros, donas de casa. E a descrição da função daqueles que cuidavam das sociedades e
das classes era muito simples: “pregue; ensine; estude; viaje; reúna-se com as sociedades,
classes e bands, exercite-se diariamente e alimente-se moderadamente”.
O alvo a partir do qual todo o processo deveria ser constantemente avaliado era:
santidade e boa vontade – espiritualmente e serviço. Essa dinâmica produziu um novo tipo
de cidadão e cidadã, num período da história da Inglaterra em que a criminalidade e toda
24
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
“Ide e fazer discípulos (...) Ensinando-os a guardar (obedecer)”. Não é possível fazer
discípulos e discípulas sem treinamento. E não pode haver treinamento sem prestação de
conta.
Reunir irmãos e irmãs nos bairros estratégicos em grupos familiares, com o objetivo de
acolher vizinhos/as e amigos/as que não conheçam o Evangelho, e demonstrem interesse
em participar de um grupo de oração e estudo bíblico, ajudando-os a ter um encontro com
Cristo.
Reunir pessoas e grupos com o objetivo de aprimorar a capacitação das pessoas visando
ao exercício de Dons e Ministérios, à intimidade no relacionamento com Deus e à convivência
entre as pessoas
Discipuladores Disponíveis
Atos dos Apóstolos 4.36 - José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé,
que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre,
A Bíblia fala de Barnabé, um filho de gente abastada que morava em Chipre, uma ilha-
país da época e importante região produtora de cobre. Seu nome significa “filho da profecia”
e foi dado pelos outros apóstolos com carinho, pois percebiam um dom especial na sua vida.
Acredita-se que ele tenha sido um dos 70 missionários enviados por Jesus em Lucas 10.
Barnabé era muito liberal e havia vendido sua parte da terra em Chipre e dado o dinheiro
para a Igreja.
25
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
A pessoa que realmente ajuda os outros a se integrar na vida da igreja não é alguém
egoísta nem com seus bens financeiros, nem com o seu tempo, nem com a sua folga, com seu
final de semana ou com suas férias. Ela é uma pessoa desprendida, que abre mão do conforto
para ajudar os outros quantas vezes precisar. O ganhador de vidas é alguém que investe
pesado no Reino de Deus. Barnabé fez isto e não guardou para si o dinheiro, mas preferiu
morrer apedrejado porque sabia o que realmente tinha valor.
Quando alguém precisa de você, o que mais pesa, seus interesses e no que vai atrasar
seus planos ou você vai ao encontro daquele que precisa de você como obreiro de Deus?
Você é capaz de sacrificar um filme ou futebol para fazer uma visita e falar de Jesus Cristo?
Abe Huber sugere que nosso nome seja acrescido por “abnegado”: irmão tal abnegdo!
Atos dos Apóstolos 9.27 - Mas Barnabé, tomando-o consigo, levou-o aos apóstolos; e
contou-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que este lhe falara, e como em Damasco
pregara ousadamente em nome de Jesus.
1 Coríntios 9.22 - Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-
me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.
Como já vimos antes, primeiro você ganha a pessoa para você, depois ganha-a para
Jesus. Precisamos nos misturar com os não crentes, convidar os colegas de trabalho para
comerem em nossa casa, convidar aquelas pessoas que vemos sempre para ter um contato
mais pessoal. Não precisamos nos importar primeiramente em levar para a célula ou para a
igreja, mas importá-las para a nossa vida. O restante será consequência, pois não tem como
a luz não iluminar as trevas. Lembre-se que foi depois que Barnabé vivenciou na prática o
significado de seu nome que os apóstolos deram-lhe o apelido de filho da profecia, da
consolação.
Conclusão
Diz-se que nada levaremos desta terra. Mas Jesus disse que existe uma coisa: os amigos
que fazemos aqui. Estes estarão conosco no céu, nos recebendo de braços abertos (Lucas
16.9). O que podemos fazer para ganhar mais um para Jesus? Uma multidão nos espera
para serem salvas deste mundo. Se você andar assim, sua recompensa será indescritível.
26
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
6
A IGREJA.
Também eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a
minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Mateus 16.18
O termo ekklesia não era uma ideia nova no período do Novo Testamento.
Foi um conceito estabelecido no mundo grego bem antes de Cristo. Era um
termo genérico, usado para designar qualquer assembleia (ou reunião). Porém,
Jesus e em seguida os escritores bíblicos, tomaram esse conceito e o aplicaram
em um contexto espiritual, para que pudéssemos entender melhor a realidade
espiritual da Igreja. *(Definições de Josadak Lima na revista CDV)
O que é a Igreja?
Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos
os membros têm a mesma função, assim também nós, embora sejamos muitos,
somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros. Temos, porém, diferentes
dons segundo a graça que nos foi dada: se é profecia, seja segundo a proporção
da fé; se é ministério, dediquemo-nos ao ministério; o que ensina dedique-se ao
ensino. Romanos 12.4-7
Durante seu ministério, Jesus tinha um corpo, com o qual ele falava às
pessoas, impunha as mãos, curava, pregava, etc. Hoje ele se expressa através
27
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
A Igreja metodista
28
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
"Por volta das vinte horas e quarenta e cinco minutos, enquanto ouvia a
descrição que Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através
da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que,
em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza
me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me
havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder
por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado.
Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia
em meu coração".
29
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
Igreja no Brasil
A Cruz e a Chama
Este símbolo foi criado nos Estados Unidos em 1968, ano do nascimento
da Igreja Metodista Unida. Nesse ano, um Concílio da nova Igreja (a Metodista
Unida) nomeou uma equipe liderada por Edward J. Mikula para criar uma
marca "oficial" para a nova denominação que surgiu a partir da fusão. Na equipe
de Mikula, trabalhava Edwin H. Maynard, que pesquisou os aspectos simbólicos
da marca "oficial". Tanto Mikula quanto Maynard decidiram que qualquer
símbolo que fosse criado deveria carregar alguma expressão de calor como
aquela que John Wesley sentiu em seu coração, na Rua Aldersgate, na
Inglaterra, quando da sua experiência religiosa, em 24 de maio de 1738.
Por isso é que a equipe liderada por Mikula assumiu o emblema que
contém a cruz vazia, lembrando o Cristo ressurreto, e a chama, lembrando
aquele calor estranho no coração de Wesley, naquela noite de primavera, na
Inglaterra do século 18. Além disso, o simbolismo do emblema nos relaciona
com Deus, o Pai, através da segunda e terceira pessoas da Trindade: o Cristo
(cruz) e o Espírito Santo (chama). A marca foi registrada em 1971 no
Departamento de Marcas e Patentes dos Estados Unidos. No Brasil, está
registrada no INPI - Instituto Nacional de Marcas e Patentes. Portanto, esta é
uma marca que pertence unicamente à Igreja Metodista. Qualquer pessoa ou
entidade que desejar utilizar este emblema em camisas, bottons e outros objetos
deverá solicitar autorização à Sede Nacional da Igreja Metodista.
30
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
Uma unidade
Alguém disse com muita precisão que “a igreja deve ser uma comunidade
de estímulo mútuo.” Consideremo-nos também uns aos outros, para nos
estimularmos ao amor e às boas obras. Hebreus 10:24. A palavra do Novo
Testamento para a igreja, ekklesia, significa "os chamados para fora". A igreja é
vista como uma assembleia, aqueles a quem Deus chama do mundo, longe do
pecado e em estado de graça para se estimularem.
31
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
7
SER MEMBRO – UM PRIVILÉGIO
Profissão de Fé e Batismo
A palavra profissão, neste caso, significa o ato ou efeito de professar, reconhecer
publicamente, abraçar a doutrina ou fé. Neste ato, diante da igreja, o/a candidato/a a
membro professa sua fé, declarando-a de viva voz. São feitas algumas perguntas que
abrangem a doutrina cristã para que sua fé possa ser testemunhada pelos/as presentes.
No ato da pública Profissão de Fé, realiza-se o batismo.
32
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
Assunção de Votos
Todas as pessoas que procedam de Igrejas Evangélicas cristãs nas quais estavam
integradas e demonstrem o desejo de se tornarem membros da Igreja Metodista, serão
recebidas por assunção de votos na forma do Ritual, quer apresentem ou não a certidão
ou carta de transferência, conforme as disposições canônicas. As pessoas a serem
recebidas como membros da Igreja Metodista por assunção devotos serão previamente
orientadas de acordo com a herança metodista, segundo conteúdo doutrinário mínimo
estabelecido pelo Colégio Episcopal, e instruídas quanto aos deveres e direitos de
membro.
Os Direitos
Art. 11 - Os direitos do membro leigo da Igreja Metodista são:
1 – participar do sacramento da Ceia do Senhor e receber da Igreja os demais
meios da graça;
33
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
Sessão IV Da Readmissão
Art. 13 – É readmitido/a nos direitos e deveres de membro leigo da Igreja
Metodista:
1 – o que é readmitido/a por voto do Concílio Local;
2 – o que, julgando improcedente o ato do Concílio Local que ordenou o
cancelamento do seu nome do rol da Igreja Local, recorre à instância superior e obtém
decisão favorável; Parágrafo primeiro – A readmissão de ex-membro leigo por
determinação do Concílio Local é efetuada por votação da maioria dos membros
presentes, mediante solicitação da pessoa interessada e nos seguintes casos:
a) do/a que tiver solicitado, por escrito, seu desligamento;
b) do/a que tiver seu nome cancelado por falta de cumprimento de votos e der
prova de reabilitação; Parágrafo segundo – Nenhuma pessoa cujo nome foi cancelado do
rol de uma Igreja Local pode ser arrolada em outra sem que haja entendimento prévio
entre os respectivos pastores ou pastoras.
Como você pode observar, a pessoa que se torna membro tem deveres e direitos
que são um grande privilégio, pois a nossa igreja possui uma estrutura participativa,
34
SEXTA REGIÃO - LIÇÕES ESSENCIAS
nas leis elaboradas com sobriedade pelos Concílios, sejam regionais ou gerais para
tornar nossa vida em comunidade organizada.
35