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1

Noé Davide

Ângelo Venâncio Simoco

Lemos Sixpense

Teresa Jaime

Projecto

Curso de Licenciatura em Ciências da Educação

Universidade Púngué

Chimoio

2023

Noé Davide
2

Ângelo Venâncio Simoco

Lemos Sixpense

Teresa Jaime

Projecto

Curso de Licenciatura em Ciências da Educação

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira


de MIC a ser apresentado no departamento
de ciências sociais, delegação de Manica,
curso de licenciatura em ciências de
educação, sob orientação do docente: PhD.
Pedro Uela, 1º Ano.

Universidade Púngué

Chimoio

2023

Índice
3

Resumo........................................................................................................................................................4

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO...................................................................................................................4

1.1 Contextualização....................................................................................................................................5

1.2. Formulação do problema......................................................................................................................6

1.3. Hipóteses...............................................................................................................................................7

1.3. Objectivos.............................................................................................................................................7

1.3.1. Geral..................................................................................................................................................8

1.3.2. Específicos.........................................................................................................................................8

1.4. Justificativa...........................................................................................................................................8

CAPÍTULO II – REVISÃO DA LITERATURA........................................................................................9

2.1. Definição de educação........................................................................................................................10

2.2. Cidadania............................................................................................................................................10

2.3. Evolução histórica do conceito de cidadania......................................................................................11

2.4. Relação entre educação e cidadania...................................................................................................12

2.5. As três vertentes da promoção da cidadania.......................................................................................13

2.6. Percepções e práticas de cidadania no contexto educativo escolar....................................................14

2.7. Educação básica em Moçambique: de 1992 até actualidade..............................................................15

CAPÍTULO III: METODOLOGIA...........................................................................................................17

3.1 Descrição do Local de Estudo.............................................................................................................17

3.2 Abordagem metodológica....................................................................................................................17

3.3 Método de Procedimento.....................................................................................................................17

3.4 Natureza da Pesquisa...........................................................................................................................17

3.5 Técnicas de recolha de dados..............................................................................................................18

4. Cronograma de actividades....................................................................................................................18

5. Material e orçamento.............................................................................................................................18

6. Referências Bibliográficas.....................................................................................................................19

Resumo
4

O presente trabalho é sobre a educação e cidadania no ensino básico em Moçambique. Com tema
“Educação e cidadania: Um estudo sobre as percepções e práticas de alunos e professores da Escola
Primária do 1º e 2º grau 4 de Outubro-Chimoio, procuraremos compreender quais são as percepções e
práticas dos alunos e professores daquela escola no que diz respeito à cidadania e como a partir da
educação a cidadania pode edificada. De modo mais específico, buscaremos identificar as percepções
dos alunos e professores relacionados com a cidadania além de descrever as percepções de cidadania em
alunos e professores daquele estabelecimento do ensino e também analisar as práticas de cidadania
realizadas pelos alunos e professores. Através da aplicação da técnica de grupo focal com os alunos e
entrevista semi-estrutura, envolvendo os professores da Escola Primária Completa Acordos de Roma,
foram recolhidos e analisados dados que nos levarão a concluir que embora os alunos tenham como
actividade curricular a temática de cidadania, a sua abordagem nem sempre centra-se na componente
prática. Isto é, ilustração de conteúdos e elementos da educação para e pela cidadania.
Palavras-chave: Educação, Cidadania, Percepções e Práticas de Cidadania, Educação básica.

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
5

Um dos temas que nos últimos tempos tem sido amplamente discutido é a ideia de cidadania. Como
refere Santos (2015) no campo da retórica, o conceito de cidadania é um dos temas mais proclamados,
anunciados e prometidos, mas, no campo dos factos, é também um dos mais negligenciados.

O exercício de cidadania levou com que o Homem lutasse pela sua concretização, como afirma Araújo
(2008) a concepção moderna da cidadania é marcada pelas revoluções burguesas: Revolução Gloriosa
de 1688, Revolução Americana de 1776 e Revolução Francesa de 1789.

O instrumento emblemático dessas revoluções é a Declaração Universal dos Direitos Humanos aprovada
a 10 de Dezembro de 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas (NU) em sua Resolução 217 A
(III). Dentre vários princípios ligados à conjugação restrita e ampla do conceito de cidadania, destacam-
se os seguintes:

Artigo I – Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos;

Artigo II – Todo ser humano tem capacidade de gozar os direitos sem qualquer distinção, inclusive
fundada na condição política;

A partir dos artigos acima citados, percebe-se que a educação é um direito social de todo cidadão e
independentemente de quaisquer condições socioeconómicas que o indivíduo possa ter, é dever do
Estado garantir ao cidadão todas condições que lhe permita usufruir deste direito que constitui um
requisito básico para a sua participação integral no domínio socioeconómico e político de um país.

Quanto à estrutura, o trabalho contém três capítulos. Sendo que o primeiro é referente a introdução,
problematização, objectivos, perguntas de pesquisas e justificativa.

O segundo capítulo é relativo à revisão da literatura. Neste capítulo aborda-se acerca dos conceitos de
educação e cidadania; evolução histórica do conceito de cidadania; relação entre educação e cidadania;
percepções e práticas de cidadania no contexto escolar; e por último, os contornos da educação básica
em Moçambique: de 1992 até actualidade. O terceiro capítulo apresenta os procedimentos
metodológicos utilizados para a realização de um estudo científico. O capítulo inicia com a descrição do
local do Estudo; abordagem metodológica; natureza da pesquisa; método de procedimento; população e
amostra; técnicas de recolha de dados; questões éticas e limitações do estudo.

1.2. Formulação do problema


6

A educação é um pilar fundamental para o desenvolvimento integral de qualquer nação. A partir do


momento em que o Estado adopta a perspectiva da educação para cidadania é possível propiciar-se ao
indivíduo a consciência e postura cidadã por meio dos princípios que norteiam a sociedade na qual se
encontra inserido.

Na óptica de Araújo (2008), o sistema educativo é identificado como um elemento chave para a
promoção da educação para a cidadania e para a formação de futuros cidadãos que participem
activamente e de modo crítico na construção de uma sociedade mais justa e solidária, colocando como
valores fundamentais a democracia, os direitos humanos e a tolerância.

Entretanto, Carneiro (2000) advoga que a temática da educação para a cidadania não pode ser prisioneira
de uma ou duas disciplinas curriculares, mas sim deve constituir a base de um projecto da escola, onde
as opções possam ser claras e assumidas por todos. Por seu turno, Figueiredo (2002) sustenta que a
educação para ou pela cidadania deve constituir uma finalidade essencial das políticas educativas.

Fonseca (2000), Praia (2001) e Bolivar (2007) se identificam com a visão do Carneiro (2008) na medida
em que afirmam que não deve existir uma disciplina autónoma de educação para a cidadania,
independentemente da sua designação ou nome. Para estes autores, o Estado tem a obrigação de adoptar
um sistema educativo que permita desenvolver nos alunos as competências de uma cidadania activa.
Assim, a educação escolar detém uma responsabilidade particular no desenvolvimento das competências
cívicas, quer através do currículo formal, quer através dos eventos escolares.

Segundo Marshall (1967) para o exercício efectivo dos direitos e deveres de cidadania, a educação é o
principal pré-requisito. Jones (2005) afirma que desde a conquista da independência de Moçambique em
1975, o Estado moçambicano tem estado a empreender esforços no sentido de expandir o acesso à
educação.

A Constituição da República de Moçambique vigente desde 2004, nos seus números 1 e 2 do artigo 88
estabelece que: Na República de Moçambique a educação constitui direito e dever de cada cidadão. O
Estado promove a extensão da educação à formação profissional contínua e a igualdade de acesso de
todos os cidadãos ao gozo deste direito, CRM, art 88: 1 e 2.

A constituição da república moçambicana preconiza que a educação é direito e também dever de


cidadão. A partir desta enunciação, percebe-se que a maioria de cidadãos moçambicanos vê
impossibilitada de usufruir deste direito conforme afirma António (2014), em Moçambique a lei que
determina o direito do cidadão à educação parece não ser efectiva, uma vez que é no mesmo cidadão que
recai o ónus e o dever de garantir à sua efectivação.
7

Um dos objectivos do Sistema Nacional da Educação (SNE) concernente à formação para cidadania é
proporcionar o desenvolvimento integral e harmonioso da personalidade e, inculcar na criança, no jovem
e no adulto padrões aceitáveis de comportamento: lealdade, respeito, disciplina e responsabilidade
(INDE/MINED, 2003).

Apesar das informações acima apresentadas, relativas aos instrumentos que orientam a educação básica
para cidadania em Moçambique, na prática, o exercício da cidadania ainda é pouco expressivo, de
acordo com algumas pesquisas acordo com algumas pesquisas o exercício da cidadania ainda é pouco
expressivo.

Uma das entidades responsáveis pela implementação e alcance dos objectivos do sistema educativo é a
escola. Dentre os vários actores educativos que intervêm na formação do aluno é o professor. Como
refere Mazula (2018), o professor é o motor chave do processo de ensino e aprendizagem. E no entender
de Araújo (2008), a escola e o professor desempenham um papel fundamental no contexto da educação
para a cidadania.

Questão de partida: Quais são as percepções e práticas de alunos e professores da Escola Primária
do 1º e 2º grau 4 de Outubro de Chimoio relativamente ao exercício da cidadania?

1.3. Hipóteses

Os alunos e professores da escola primária do 1º e 2º grau 4 de Outubro de Chimoio gozam


perfeitamente o exercício da cidadania, pois os professores tem noção dos direitos de cada cidadão assim
como os encarregados dos alunos.

A prática do exercício de cidadania no seio dos professores e alunos da escola primária do 1º e 2º grau 4
de Outubro de Chimoio, pode não se gozar por diversos factores qe em certa medida condiciona a
percepção e prática deste exercício de cidadania.

1.3. Objectivos
8

1.3.1. Geral

 Compreender as percepções e práticas dos alunos e professores da Escola Primária do 1º e 2º


grau 4 de Outubro-Chimoio no exercício de cidadania.

1.3.2. Específicos

 Identificar as percepções dos alunos e professores da EP do 1º e 2º grau 4 de Outubro


relacionados com a cidadania;
 Descrever as percepções de cidadania em alunos e professores da EP do 1º e 2º grau 4 de
Outubro;
 Analisar as práticas de cidadania realizadas pelos alunos e professores na EP do 1º e 2º grau 4 de
Outubro.

1.4. Justificativa

No âmbito da realização do trabalho do final do curso procuramos formular um tema que abordasse
indubitavelmente acerca da problemática de cidadania no contexto educativo escolar. “Educação e
Cidadania: Percepções e Práticas de Alunos e Professores da Escola Primária Completa Acordos de
Roma”. Nesta perspectiva, a educação (escolar) é um processo formativo e socializador do ser humano,
por isso, ela busca munir o indivíduo de qualificações e competências que correspondam as vicissitudes
sociais que marcam o mundo contemporâneo.

Este trabalho insere-se no contexto da educação básica em Moçambique. Tal como defendem vários
pesquisadores, o ensino básico é um nível basilar para o processo da socialização secundária de um
indivíduo e dependendo da política educacional adoptada por um determinado Estado, é possível
propiciar-se o desenvolvimento integral do Homem. A nível do país, a lei educativa vigente desde 1992
estabelece como um dos objectivos a educação para cidadania. Já o Plano Curricular do Ensino básico
de 2003, que é um instrumento normativo e regulador da educação básica concebido à luz da reforma
curricular de 2002, vinca a necessidade de o aluno ter uma postura e consciência cidadã pois só assim
saberá agir perante qualquer situação que lhe suceder.

Entretanto, ao nível escolar, assistem-se as práticas violentas e discriminatórias baseadas na etnia, cor e
género. Aliado a isso, assiste-se o consumo de drogas e a consequente negligencia pelos estudos por
parte dos alunos da tenra idade conforme é comum observar-se no contexto do socioeducativo escolar.
9

No nosso entender, estes são alguns dos acontecimentos que de forma categórica nos remetem a
questionar as percepções e práticas de cidadania que, por um lado, os alunos e professores têm e por
outro desenvolvem no seu dia-a-dia.

Entendemos que no contexto educativo moçambicano, a cidadania é um tema relativamente novo mas
sempre actual e realizando um trabalho por meio desta abordagem pretende-se contribuir na longa
construção da ideia de cidadania em Moçambique, cuja temática tem sido encarada por vários actores
educativos como solução ou aposta para sair-se da marginalidade cultural na qual Moçambique se
encontra hoje.
10

CAPÍTULO II – REVISÃO DA LITERATURA

Neste capítulo aborda-se acerca dos conceitos de educação e cidadania; evolução histórica do conceito
de cidadania; relação entre educação e cidadania; percepções e práticas de cidadania no contexto
escolar; e por último, os contornos da educação básica em Moçambique: de 1992 até actualidade.

2.1. Definição de educação

A educação é um conceito amplamente discutido e com diferentes visões de acordo com o contexto
temporal e espacial de cada autor. Neste contexto, Dos Santos (2005) define a Educação como sendo um
processo de aperfeiçoamento do ser humano que o prepara para a renovação de um mundo comum. Para
este autor, educação deve despertar o “apetite” por mais educação, por novas aprendizagens, pela
produção de novos significados, por novos ensinamentos e conhecimentos.

Educação é a acção exercida pelas gerações adultas sobre aquelas que ainda não estão maduras para a
vida social. Tem por objectivo suscitar e desenvolver na criança um certo número de estados físicos,
intelectuais e morais que lhe exigem na sociedade política no seu conjunto e o meio ao qual se destina
particularmente (Durkheim, 2001).

Para o sucesso da missão da educação Marx defende que o processo educativo deve ser como o processo
pelo qual os indivíduos produzem a sua existência (homem-cidadão, sujeito produtor do seu próprio
processo histórico), numa perspectiva abrangente (em vários sentidos) e como meio de combate a uma
alienação crescente, típica das sociedades capitalistas (Morrow e Torres, 1997) citado em Lopes (s/d).

Analisando a concepção dos autores acima citada, entendemos que na perspectiva durkeimiana a
educação é um meio de inserção social mediante a ordem política, social, cultural e económica de cada
sociedade. Entretanto, para Marx a educação é o meio através do qual se prepara o Homem para o
mundo do trabalho.

2.2. Cidadania

Marufo (2010) considera que o conceito de cidadania é problemático, ambíguo, multifacetado,


pluridimensional, contestado e interpretado de diferentes formas com diferentes implicações normativas.
O seu conteúdo é variável entre culturas, regimes políticos e ao nível do significado linguístico que cada
língua lhe atribui. Deste modo, ao invocar-se o conceito de cidadania é necessário, a prior, ter-se em
atenção o contexto espacial e temporal a que se faz referência.

Matos (s ̸d) concorda com a colocação do Marufo (2010) ao frisar que a cidadania não significa a mesma
coisa em todas as sociedades e em todos os tempos. Pode dizer-se que não existem padrões definitivos
11

de cidadania, no sentido de um corpo de direitos e obrigações fixas e fechadas, já que estes tendem a
reflectir e a acompanhar os padrões de determinadas sociedades políticas em diferentes níveis de
desenvolvimento.

O conceito de cidadania diz respeito à qualidade do cidadão, isto é, «do indivíduo pertencente a um
Estado livre, no gozo dos seus direitos civis e políticos e sujeito a todas as obrigações inerentes a essa
condição. Assim, a cidadania é o vínculo jurídico-político que, traduzindo a relação entre um indivíduo e
um Estado, o constitui perante esse estado num conjunto de direitos e obrigações» (Figueiredo, 1999).

Para Martins e Magarro (2010), o conceito de cidadania é, geralmente, entendido como o conjunto de
direitos e deveres do indivíduo que pertence a uma determinada comunidade, que passa a designar-se
como cidadão. Os autores enfatizam a participação cívica, cultural e política (na forma de voluntariado,
associativismo), como dimensões inerentes ao conceito de cidadania e à necessidade de promoção de
uma cultura de responsabilidade individual e social.

Por outro lado, Rivas (s/d) citado em Gorczevski e Martin (2011) advoga que cidadania é uma condição
social que se manifesta na capacidade do indivíduo em participar plenamente da vida política,
económica e cultural de uma sociedade, isto é, trata-se de uma condição social que permite ao indivíduo
desfrutar das oportunidades que a vida social propicia.

Já na óptica de Salimo (2011) a cidadania deve ser compreendida como uma prática com alicerces numa
identidade baseada no reconhecimento de pertença a uma comunidade na qual os indivíduos gozam dos
mesmos direitos e deveres, e possuem prerrogativas de participar e de exercer a sua voz em torno dos
deveres e obrigações que têm na defesa de seus direitos, e na prossecução dos seus interesses e da sua
comunidade, dentro de um quadro de direitos e deveres constitucional e culturalmente estabelecidos.

2.3. Evolução histórica do conceito de cidadania

Os teóricos que se interessam pelo estudo da cidadania atribuem a Grécia antiga como seu berço.
Segundo Matos (s ̸d) o conceito de cidadania tem suas raízes em muitas fontes, desde as religiões,
passando pela Grécia Antiga e pelo Império Romano.

Na Grécia a Polis era entendida, ao mesmo tempo, como cidade e como comunidade política. Era
justamente este segundo sentido que remetia às ideias basilares de cidadania, visto que, nas Cidades-
Estado gregas, eram os próprios membros das comunidades políticas que estabeleciam suas leis e
escolhiam seus governantes. Nesta perspectiva, a cidadania concretizava-se a partir da participação
activa na vida e nas decisões da cidade.
12

Araújo (2008) afirma que a concepção grega de cidadania fazia a distinção entre cidadão e o súbdito,
considerando-os desiguais e dando primazia ao cidadão - homem, reservando à cidadania direitos como
o da participação na vida da cidade, a possibilidade de ser eleito para cargos públicos, e excluindo do
direito de cidadania as mulheres, os escravos e os estrangeiros.

A mesma posição é defendida por Carmo (2014), ao referir que a cidadania já não é o que era, partindo
da noção da ideia de cidadania adoptada na Grécia antiga, como estatuto dos que participavam na gestão
da sociedade politicamente organizada, onde o indivíduo tinha direitos e deveres para com a
comunidade onde pertencia.

Para Matos (s/d), Siqueira & Lopes (s/d), o iluminismo, que para o nosso entendimento insere-se na
idade moderna, é marcado por revoluções sociais; intensas transformações políticas e económicas;
criações artísticas; disseminação do conhecimento científico; busca da liberdade de pensamento e
igualdade entre os indivíduos.

Locke, Hobbes e Rousseau, com base nos ideais iluministas conceberam as ideias centrais da
democracia em seu arcabouço liberal. O que permitiu que o cidadão fosse entendido como um indivíduo
livre e não apenas como um ente da comunidade política (Siqueira & Lopes, s/d). Mato destaca que as
ideias de Locke forneceram o argumento que a burguesia necessitava para alcançar o poder. O ideal de
sociedade sugerido já apontava para as desigualdades no campo social.

Na actualidade, a cidadania possui dois sentidos: restrito e amplo. Na óptica de Siqueira (1990) a
cidadania sob o ponto de vista restrito considera-se o direito de participar do processo de tomada de
decisão política, seja como eleitor, seja como elegível. Ocorre que o parâmetro para o exercício dos
direitos políticos é a nacionalidade.

2.4. Relação entre educação e cidadania

Marshall e Bottomore (1998) citados em Sacristan (2001) defendem que a escolarização obrigatória,
igual para todos, constitui um requisito que capacita o indivíduo para o exercício de cidadania plena,
advogando também que o direito social à educação e à cultura tem carácter fundamental, não só porque
dele depende a dignidade humana, na medida em que enriquece as possibilidades de seu
desenvolvimento, mas também por entrelaçar-se com outros direitos civis, políticos e económicos das
pessoas, capacitando-os para o exercício dos mesmos, possibilitando-os e potencializando-os.

Em consonância com os autores acima, Sacristan (2001) refere sem o cumprimento satisfatório do
direito à educação, não só a vida de cada um se empobrece e o seu horizonte se limita, como também
dificilmente poderão ser exercidos outros direitos como o da livre expressão, da participação política ou
13

de direito de trabalho nas sociedades avançadas, isto é, para cidadania moderna. A educação é dirigida a
facilitar a inclusão dos indivíduos com todas possibilidades de participação plena na sociedade.

De acordo com Brzezinski e Santos (2015, p. 14), “a cidadania se aprende, mas, sobretudo, se
conquista”, e a melhor forma de conquistá-la é pela educação, pois, apesar de toda a complexidade que a
envolve, é indiscutível que o conhecimento transforma pessoas e nações. Assim, a educação passa a ser
instrumento de revolução cultural, meio e fim para a construção de uma sociedade mais justa e livre.

Araújo (2008) salienta que a educação escolar é um processo que contribui para o desenvolvimento
integral da pessoa e para a construção da sua identidade, como cidadão responsável e participante no
desenvolvimento humano da sociedade, na democracia participativa e na solidariedade. Nesta
perspectiva, a cidadania não se ensina apenas como estatuto que se transmite e reproduz, não é somente
um estatuto, mas sim um processo de construção pessoal e colectivo, com base na actividade da
educação ao longo da vida.

Filho (1998) corrobora com a percepção acima descrita ao declarar que a educação escolar sempre está
ao serviço de um determinado tipo de cidadania, isto é, o tipo de educação que se oferece aos alunos
pode significar conformismo e obediência, mas dependendo da forma como o processo educacional se
desenrola na triangulação professor-aluno-conhecimento, pode levar ao desenvolvimento intelectual e
aumentar a compreensão do educando em relação ao meio natural ou socialmente criado onde vive, e
assim, actuar de modo não coercivo, contribuindo para a formação do cidadão crítico.

2.5. As três vertentes da promoção da cidadania

De acordo com Kerr (1999), a promoção da Cidadania pode ser enquadrada em três vertentes –
defendidas também por Santos (2005), no que denominou de matriz educativa orientadora para aprender
a Cidadania:

 Educação em Cidadania – conhecer como bom cidadão – envolve a aquisição de uma literacia
política, isto é, foca-se na transmissão de conhecimentos, na compreensão da história nacional,
na estrutura e mecanismos da vida política e da governação;
 Educação pela Cidadania – actuar como bom cidadão – defende que o desenvolvimento de
competências de Cidadania não resulta apenas de um processo colateral de aquisição de
informações, exige a prática (aprender fazendo), o envolvimento, a cooperação e a participação
na escola e na comunidade envolvente;
 A temática de Educar para a Cidadania – pensar como bom cidadão – engloba a educação em
Cidadania e a Educação pela Cidadania, na medida em que defende a promoção de um conjunto
14

de ferramentas (conhecimento e compreensão, competências e atitudes, valores e disposições)


que habilitem os aprendentes a participar de forma crítica, reflectida e activa nos papéis e
responsabilidades que a sua condição de pessoa e cidadão lhe reservam.

Educar para a cidadania implica a educação dos cidadãos e das cidadãs para os direitos humanos
universais, tendo em conta a noção concreta do tempo e do lugar em que se vive e um apelo de perene
consciencialização e responsabilização relativa também aos deveres de cidadania, (Fórum Educação
Para A Cidadania, 2008).

Leite e Rodrigues (2001) salientam que a educação para a cidadania «não se resume à aprendizagem dos
direitos e deveres dos cidadãos mas passa essencialmente pela construção da escola democrática onde
seja possível vivenciar situações de mútuo (re) conhecimento, valorização e respeito, que assumam um
carácter formativo e potencializador dessa formação nos vários contextos de vida dos indivíduos.

Figueiredo (1999:13-14) afirma que «educar para a cidadania pressupõe educar na cidadania e pela
cidadania, ou seja, para a liberdade pela liberdade e com responsabilidade». Desta forma, educar para a
cidadania implica práticas pedagógicas devidamente organizadas e coerentes com os valores que a
organização escolar defende. Esta autora refere ainda que o «conceito de cidadania torna-se muito mais
consistente quando permite a participação directa de cada pessoa nas várias formas de vida pública a
nível social, cultural, político e profissional» (idem:35).

Já Audigier (2000) citado por Figueiredo (2002) citando defende que a educação para a cidadania não é
um conteúdo escolar ou um conjunto de actividades: é uma finalidade essencial das políticas
educativas». A concretização para a cidadania faz-se através de «experiências diversificadas e de
práticas sociais, sendo necessário reconhecer a importância de todas as influências educativas (formais,
informais, não formais)

2.6. Percepções e práticas de cidadania no contexto educativo escolar

Muitos autores corroboram ao atribuir a escola como um espaço genuíno e fértil de vivências de práticas
voltadas para o exercício da cidadania. Nesta senda, Araújo (2008) advoga que a educação para
cidadania no contexto escolar necessita de um esforço educativo premeditado e constante ao longo de
toda a escolaridade, de modo a preparar as crianças e jovens para a participação na vida da sociedade
através do seu enriquecimento global como pessoas.

Por seu turno, Figueredo (2002) defende que a educação para a cidadania está relacionada com todos os
aspectos da vida dos alunos na escola, tem a ver com as diversas disciplinas, com os espaços não
disciplinares e com outros aspectos da participação dos alunos na vida da escola. Assim, a «educação
15

para a cidadania não se concretiza através de um discurso, de uma retórica em torno de valores e/ou
virtudes, mas sim através de experiências de vida, sendo, por isso, mais uma prática do que discurso, é
mais uma acção/reflexão do que conteúdo e/ou informação.

Nesta linha de pensamento, a educação para a cidadania visa desenvolver nos alunos atitudes de auto
estima, de respeito mútuo, de solidariedade, a aceitação e o respeito pelas diferenças, o assumir das suas
responsabilidades, a apropriação de regras de convivência, de valores fundamentais da vida em
sociedade e de competências inerentes à conduta democrática que conduzam à formação de cidadãos
solidários, autónomos, participativos e civicamente responsáveis. Pretende igualmente estimular a
participação activa dos alunos na vida da turma e da comunidade em que estão inseridos, bem como
proporcionar momentos de reflexão sobre a vida da escola e os princípios democráticos que regem o seu
funcionamento, (Araújo, 2008).

A respeito da participação de cidadãos no processo da escolha e ou tomada de decisão como um dos


princípios basilares da democracia, Marques (1992:87) afirma que para a promoção de uma educação
para a cidadania democrática e activa é necessário que a própria instituição escolar se torne num local
privilegiado de participação e de educação para a participação, uma escola democrática para todos,
aberta à diversidade e promotora de uma educação multicultural.

Afonso (2007) é peremptório ao afirmar que nem sempre os professores têm uma perspectiva clara do
que é a Educação para a Cidadania, tanto ao nível dos conceitos como ao nível da sua abrangência
temática ou do seu espaço de intervenção. Aos professores, falta, muitas vezes, um referencial teórico
que lhes permita alguma sistematização. Embora os professores considerem importante a educação
cívica, salientando valores de natureza ética e relacional, continuam a centrar-se mais no conhecimento
sobre a sociedade do que no desenvolvimento de capacidades de pensamento crítico e autónomo ou na
participação activa dos alunos em acções concretas na comunidade.

2.7. Educação básica em Moçambique: de 1992 até actualidade

Este subtítulo aborda sobre a educação básica moçambicana à luz da lei 6/92 de 4 de Maio, cuja lei
resulta da reforma do Estado de 1987 que originou a aprovação da nova Constituição da República de
1990, abrindo, deste modo o espaço para a introdução da democracia multipartidária e liberalização da
economia.

Para que em Moçambique houvesse a reforma do Estado, o Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário
Internacional (FMI) exerceram maior influência no desenho das políticas públicas. Soares (2003) diz
que a partir dos anos 80, o carácter da relação entre o BM e o Estado moçambicano mudou-se
16

drasticamente. BM (2003) salienta que desde 1986 o Banco tem procurado “apoiar activamente” os
esforços de recuperação económica do Governo moçambicano.

Nesta ordem de ideias, em 1987, o governo moçambicano apresentou um programa que, pela sua
natureza, era de cunho essencialmente económico, o Programa de Reabilitação Económica (PRE).
Abrahamsson e Nilsson (1998) fazem alusão segundo a qual o conteúdo do programa de reabilitação
económica tencionava implementar formalmente o início da reestruturação político-económica do
Estado moçambicano.

A privatização do ensino deu-se através do decreto n.º 11/90 do Conselho de Ministros, revogando,
deste modo, o decreto n.º 12/75 que proibia o ensino privado em Moçambique. Mesmo com a vigência
da lei da educação 6/92 de 4 de Maio, a educação continuou sendo direito e dever de todos os cidadãos,
o Estado promove o ensino, como parte integrante da acção educativa.

Quanto aos objectivos da educação, estes traduziram-se na erradicação do analfabetismo, introdução


gradual da escolaridade obrigatória e a garantia na formação de professores, Moçambique (1992).

A Declaração de Educação para Todos (DEPT), saída do Fórum Mundial de Educação, realizado em
Jomtien, Tailândia, em 1990, parte do reconhecimento do mal-estar geral da educação em nível mundial
e sentencia a centralidade da educação básica como direito de todos. Postula também que a educação
básica é mais do que uma finalidade em si, determinando que é a base para a aprendizagem e o
desenvolvimento humano permanentes, sobre o qual os países poderão melhorar os seus sistemas
educativos.

Em Moçambique, o ensino básico é gratuito e está dividido em dois graus: o Ensino Primário do 1º grau
(EP1, da 1ª à 5ª classe) e o Ensino Primário do 2º grau (EP2, 6ª e 7ª classes). Com a introdução do novo
currículo em 2004, este ensino foi estruturado em três ciclos de aprendizagem numa perspectiva de
oferecer um ensino básico de sete anos para todos: o 1º ciclo (1ª e 2ª classes), o 2º ciclo (3ª à 5ª classe) e
o 3º ciclo (6ª e 7ª classes).

A estrutura curricular do Ensino Básico está organizada de modo a garantir o desenvolvimento integrado
de habilidades, conhecimentos, valores e competências, sendo que, está estruturado em três áreas: área
de comunicação e ciências sociais; área de matemática e ciências sociais e área das actividades práticas e
tecnológicas. Como inovações constam os Ciclos de Aprendizagem; o Ensino Básico Integrado; o
Currículo Local; a Distribuição de Professores; a Progressão por Ciclos de Aprendizagem e a Introdução
de Línguas Moçambicanas, do Inglês, de Ofícios e de Educação Moral e Cívica.
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CAPÍTULO III: METODOLOGIA

Este capítulo debruça-se a respeito dos procedimentos metodológicos usados na realização de um


trabalho científico: Descrição do Local de Estudo; Abordagem metodológica; Natureza da Pesquisa;
Método de Procedimento; População e Amostra; Técnicas de Recolha de Dados; Questões Éticas e
Limitação de estudo.

3.1 Descrição do Local de Estudo

A Escola Primária do 1º e 2º grau 4 de Outubro localiza-se na Chimoio, Bairro Nhamatsane. A escola


possui um bloco administrativo. O mesmo é composto por sala dos professores, secretaria da escola, sala
do chefe da secretaria, sala do director adjunto pedagógico, gabinete do director e duas casas de banho
para os funcionários da escola. A escola tem também duas casas de banhos para os alunos (Feminino e
Masculino). A escola tem 12 salas de aulas distribuídas em 3 blocos.

3.2 Abordagem metodológica

A realização deste trabalho vai-se basear na combinação da pesquisa qualitativa e quantitativa. Segundo
Gil (1999) a pesquisa qualitativa é aquela que propicia o aprofundamento das questões relacionadas ao
fenómeno em estudo e das suas relações e a quantitativa como a que recorre ao uso de técnicas
estatísticas para os aspectos que podem ser quantificáveis.

3.3 Método de Procedimento

O método de estudo a ser usado para a elaboração deste trabalho é o estudo de caso porque circunscreve-
se ao estudo de uma escola específica, isto é, Escola Primária do 1º e 2º grau 4 de Outubro. Lakartos &
Marconi (2003), referem que o estudo de caso é aquele que procura analisar e examinar de forma
detalhada uma determinada situação.

3.4 Natureza da Pesquisa

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e descritiva. Foram consultados os livros e artigos científicos
cuja abordagem relaciona-se indubitavelmente com a temática da educação e cidadania. Para além disso,
analisaram-se os documentos normativos e a legislação educativa moçambicana que abordam sobre a
educação e em particular a educação básica, nomeadamente: Declaração Universal dos Direitos
Humanos de 1948, Lei nº 6/92 do SNE; Política Nacional de Educação de 1995; Plano Curricular do
Ensino Básico de 2003; CRM 2004 e Regulamento Geral do Ensino Básico de 2008.
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3.5 Técnicas de recolha de dados

Para o processo da recolha de dados aos alunos, vai-se utitilizar a técnica de grupo focal com o objectivo
de compreender as percepções e práticas de cidadania que são realizadas na Escola Primária do 1º e 2º
grau 4 de Outubro de Chimoio. Conforme refere Ressel (2008), a técnica de Grupo Focal permite que o
processo de interacção se desenvolva, favorecendo trocas, descobertas e participações comprometidas.
Igualmente, esta técnica facilita a formação de ideias novas e originais bem como a interpretação de
crenças, valores, conceitos, conflitos, confrontos e pontos de vista. E ainda possibilita entender o
estreitamento em relação ao tema, no quotidiano.

4. Cronograma de actividades

Semanas 1ª Semana 2ª Semana 3ª Semana 4ª Semana


Actividades
Definição do tema
Elaboração do projecto
Revisão do projecto
Entrega do projecto

5. Material e orçamento

Material Quantidade Valor Un. Valor Abs.


Computador 1 10.000,00mt 10.000,00mt
Impressão 1 350.00mt 350.00mt
Caneta 2 15mt 30mt
Bloco de nota 1 75mts 75mt
Valor de transporte ___________ 100mt 100mt
Total ___________ 10.540mt 10.555mts
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6. Referências Bibliográficas
Araújo. A. S (2008) Contribuição para uma educação para cidadania: professores e alunos em contexto
internacional, Portugal.

Carmo, H. (2014) Educação para a cidadania no século XXI: trilhos de intervenção. Lisboa: Escolar
Editora.

Carneiro, R. (2000). Educação para a Cidadania e Cidades Educadoras texto policopiado. Delors, J. et al.
(2012). Educação – Um Tesouro a Descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional
sobre Educação para o Século XXI. Porto: Edições ASA.

Figueiredo, C. (2002) Horizontes da Educação para a Cidadania na Educação Básica. In Novas Áreas
Curriculares. Lisboa.

Filho, J.C.P. (1998). Educação e Cidadania. UNESP.

Fonseca, A. M. (2000). Educar para a cidadania – Motivações, princípios e metodologias. Porto:


Editora.

Gerhardt,T.E & Silveira, T.S. (2009). Métodos de Pesquisas. 1 Edição. Porto Alegre. UFRGS.

Gil, A. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social (5ª ed.). São Paulo: Editora Atlas.

Gonçalves, A. C. P. (2011). Educação, modernidade e crise ética em Moçambique. Maputo: Dondza


Editora.

Gorczevski, C. & Martin, N.B. (2011). A Necessária Revisão do Conceito de Cidadania: Movimentos
Sociais e Novos Protagonistas na Esfera Pública Democrática. Santa Cruz do Sul. EDUNISC.

Lakatos, M. & Marconi, M. (2003) Fundamentos de metodologia científica (5ª ed.). São Paulo: Editora.

Atlas. Leite, C, & Rodrigues, M. L. (2001). Jogos e Contos numa Educação para a Cidadania. Lisboa.

Marchesi, A. (2006) O que será de nós, os maus alunos? Trad. Ernani Rosa. – Porto Alegre:

Artme, Marshall, T.H. (1967). Cidadania, Classe Social e Status. Rio de Janeiro: Zahar. Martins, Praia,
M. (2001). Educação para a cidadania. Porto: Edições ASA.

Mazula B. (2018) A complexidade de ser professor em Moçambique e seus desafios”, Plural Editores.

Richardson, R. J. (1999) Pesquisa social: métodos e técnicas. (3ª Edição). São Paulo: Atlas.

Sacristán, J. G. (2001). Educar e conviver na cultura global. Lisboa: Edições ASA.


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Salimo, P. (2011). Estudo de Base: Campanha de educação para a Cidadania. Moçambique: Assistência
Europeia, s/ed Siqueira, L.A & Lopes, M.L.P. Evolução Histórica dos Conceitos de Cidadania e
Direitos Humanos, s/ed

Vasconcelos, C.S (2002). Planeamento: projecto de ensino-aprendizagem e político pedagógico. São


Paulo.

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