A P O S T I L A
Fios Estratégicos
"SEJA BEM VINDO
AO NOSSO CURSO!
Eu estou aqui para guiar você no seu processo de
construção de uma carreira brilhante.
Eu acredito que as sobrancelhas, assim como o
rosto de cada cliente, são únicas e tem sua própria
beleza. E que nosso papel é realçá-las de maneira
inteligente, saudável e responsável.
Eu acredito na harmonia com naturalidade! Tanto
pela beleza do resultado e satisfação
inquestionável do cliente, quanto pelo potencial
imensurável do nosso mercado.
Trabalhar com naturalidade é democrático,
atemporal, sustentável e muito rentável.
Mas para tudo isso, é necessário mais do que boa
vontade. É necessário ser de fato um profissional
especialista devidamente capacitado.
É por isso que a formação em Fios Estratégicos é
mais do que um curso, é uma imersão.
EU TE CONVIDO A VIVER ESSA
EXPERIÊNCIA!"
FIOS
ESTRATÉGICOS
"A arte de criar fios
artificiais perfeitamente
camuflados aos fios
reais."
Arte é uma forma do
ser humano expressar
suas emoções, sua
história e sua cultura
através de alguns
valores estéticos, como
beleza, harmonia,
equilíbrio.
Os fios artificiais são
feitos através de micro
fissuras na pele, na
qual implantamos
pigmento. O efeito é
semi-permanente.
Cada fio criado é
estrategicamente
planejado para se
camuflar aos pelos
naturais de cada cliente,
atingindo assim, a
máxima naturalidade.
MICROPIGMENTAÇÃO
A micropigmentação é um procedimento semi permanente que introduz um
pigmento de cor específica para cada pessoa, mais comum na região das sobrancelhas
e lábios, com a intenção de realçar a área desejada ou de corrigir eventuais falhas. Essa
técnica não se confunde com a maquiagem definitiva, uma vez que necessita da
realização de retoques conforme o passar do tempo, o que pode variar entre seis
meses a um ano, em média.
O tempo de durabilidade da micropigmentação é extremamente benéfico porque
garante sempre a naturalidade da região, uma vez que, por ser implantado em uma
camada superficial da pele, o pigmento será absorvido rapidamente pelo organismo,
assim, não ocorrerá mudança da cor com o passar do tempo. Além disso, garante que o
cliente não fique refém de uma despigmentação, uma vez que o procedimento sai
sozinho; o procedimento pode ser refeito sem perder qualidade; não ocorre expansão
dos fios; há possibilidade de manter a técnica sempre atual.
Tipos de Micropigmentação:
São dois os tipos de micropigmentação: a estética e a paramédica, também chamada
corretiva.
Na primeira, as razões para a realização são puramente estéticas, dependendo
exclusivamente da vontade do cliente, já na micropigmentação paramédica há a
indicação, cuja intenção é corrigir falhas ou problemas que possam afetar a saúde,
principalmente psicológica.
Micropigmentação por Estética se subdivide em 3: esfumada, compacta e técnica fio a
fio.
Esfumada: consiste em um desenho mais
nublado, um efeito semelhante ao do lápis de
sobrancelha. É indicado para quem precisa de
volume na cobertura.
Compacta: É um desenho chapado, que delimita
de forma forte e artificial, geralmente compacto e
marcante. Esse tipo de correção de sobrancelha
não é aconselhado, pois marca muito a face.
Fio a Fio: essa é a técnica mais natural e mais
pedida atualmente. Nela, os fios são desenhados
na mesma espessura e direção dos pelos já
existentes, o que torna o visual muito natural. O
método ainda pode criar volume usando uma
trama de fios de diferentes tamanhos, fornecendo
um aspecto ainda mais realista às sobrancelhas.
Quando feita com o instrumento tebori é chamada
de microblading/nanoblading.
MICROBLADING / NANOBLADING
Microblading/nanoblading é uma técnica manual de micropigmentação, a
qual reproduz os fios das sobrancelhas de maneira delicada e sutil,
resultando em um design natural e harmonioso.
O instrumento utilizado é o Tebori, que significa "esculpir com as mãos"
ou "tatuagem a mão". É uma técnica de origem japonesa utilizada para
fazer tatuagem e os primeiros registros surgiram em meados do século
XIX.
O instrumento é chamado também de “indutor manual” por ser realizado
totalmente à mão, sem eletricidade.
Bem parecido com um micro bisturi, é um tipo de caneta, uma haste de
aço cirúrgico ou titânio com micro lâminas acopladas que possui
tamanhos e formatos variados. As lâminas são descartáveis e de aço
inoxidável. Atualmente alguns teboris já possuem lâminas acopladas.
PELE
HISTOLOGIA
A pele é um dos maiores
órgãos, alcançando 16% do
peso corporal, e desempenha
múltiplas funções. Graças à
camada queratinizada da
epiderme, protege o
organismo contra
desidratação e atrito. Por
meio de suas terminações
nervosas sensoriais, recebe
constantemente informações
sobre o ambiente e as envia
para o sistema nervoso
central. Graças a seus vasos
sanguíneos, glândulas e
tecido adiposo colabora com
a termorregulação do corpo.
Suas glândulas sudoríparas
participam da
termorregulação e da
excreção de várias
substâncias. Um pigmento
que é produzido e acumulado
na epiderme, a melanina, tem
função protetora contra os
raios ultravioleta. Na pele se
forma vitamina D3 pela ação
da radiação ultravioleta do sol
sobre precursores
sintetizados no organismo.
Apresenta ainda células do
sistema imunitário, que
atuam contra a invasão de
microrganismos.
A pele é dividida em três
camadas: epiderme, derme e
hipoderme.
Epiderme
É a primeira camada da pele e envolve o corpo todo. Não possui vasos
sanguíneos e é formada por um epitélio estratificado pavimentoso com
células escamosas dispostas em várias camadas. A mais importante
dessas células é o queratinócito, que produz a queratina, uma resistente
proteína responsável pela proteção e impermeabilização da pele. É na
epiderme que encontramos os melanócitos, que produzem a melanina,
pigmento que dá cor à pele e tem a importante função de proteção de
raios solares. Nessa primeira camada estão também as células de
Langerhans, responsáveis pela defesa imunológica. A epiderme tem como
principal função proteger o corpo contra agentes agressores, e é onde, na
iminência da invasão de fungos e bactérias, ocorre um mecanismo onde
seus agentes agressores atuam se alimentando de células mortas da
camada córnea (última camada da epiderme), estabelecendo uma
simbiose com os microrganismos).
Camada Basal - é a camada mais profunda da epiderme. Possui contato
direto com a derme e é responsável pela renovação da epiderme, que é
formada por uma fileira de células prismáticas ou cubóides. Nesta
camada ocorre intensa divisão celular, onde as células partem da camada
basal e se deslocam de maneira que passam a pertencer a outras
camadas, até a superfície. Este mecanismo, que é denominado mitose,
formam novas fileiras de tecido queratinizado originando as camadas
espinhosa, granulosa, lúcida e córnea.
As células da camada basal transportam suprimentos vasculares da
derme para a epiderme.
Derme
É o tecido conjuntivo em que se apoia a epiderme e une a pele ao tecido subcutâneo ou
hipoderme. Sua superfície externa é irregular, observando-se saliências, as papilas
dérmicas, que acompanham as reentrâncias correspondentes da epiderme. A derme é
constituída por duas camadas, de limites pouco distintos: a papilar, superficial, e a
reticular, mais profunda.
A camada papilar é delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as
papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que se
inserem por um lado na membrana basal e pelo outro penetram profundamente a
derme. Essas fibrilas contribuem para prender a derme à epiderme. Os pequenos vasos
sanguíneos observados nessa camada são responsáveis pela nutrição e oxigenação da
epiderme.
A camada reticular é mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso. Ambas as
camadas contêm muitas fibras do sistema elástico, responsáveis, em parte, pela
elasticidade da pele. Além dos vasos sanguíneos e linfáticos, e dos nervos, também são
encontradas na derme as seguintes estruturas, derivadas da epiderme: folículos pilosos,
glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas.
Hipoderme
É formada por tecido conjuntivo frouxo, que une de maneira pouco firme a derme aos
órgãos subjacentes. É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre as
estruturas nas quais se apoia. Dependendo da região e do grau de nutrição do
organismo, o hipoderme pode ter uma camada variável de tecido adiposo que, quando
desenvolvida, constitui o panículo adiposo. O panículo adiposo modela o corpo, é uma
reserva de energia e proporciona proteção contra o frio (a gordura é bom isolante
térmico).
CAMADA
DE IMPLANTAÇÃO
Superficial
Som
Profundo
Seco - superficial
Exsudato
Sangue - profundo
Quando esperar mais sangramento:
Peles muito oleosas;
Peles muito finas;
Clientes com pressão alta;
Clientes que consumiram álcool, café ou aspirina;
Clientes em seu período menstrual;
Vasinhos (veias estouradas na região da face).
+ claro, transparente - superficial
Cor vermelho - não há pigmento - requer + SATURAÇÃO
+ frio, sombra - profundo
E SE EU ERRAR?
Corte profundo
Corte superficial
Opção 1
Opção 2
RETOQUE
TIPOS DE LÂMINAS
As lâminas são fundamentais para realizar um bom trabalho!
Existem lâminas de diversos tipos que variam de acordo com a quantidade de agulhas e
flexibilidade, produzindo efeitos diferentes de acordo com a técnica escolhida pelo
profissional.
Flexibilidade das Lâminas
Lâminas Flex: São envolvidas em um plástico e, por isso, são mais flexíveis. Ideais para
traços curtos e curvados, que exigem maleabilidade da agulha na pele. Ideais para
acabamentos, esses tipos de laminas são indicadas para o uso em peles normais e em
peles mais maduras, que se tornam mais finas com o tempo.
Lâminas HARD: Vem do inglês “duro”, são firmes, envolvidas em metal. São mais
usadas em peles oleosas, que apresentam dificuldade em receber o pigmento, ou peles
com mais melanina e mais grossas.
Perfis de Lâminas
Lâminas plana serrilhadas: Esses tipos de
lâminas são utilizadas em técnicas de
despigmentação, neutralização, efeito shadow e
ponteio. Ideais para serem utilizadas no contorno,
pois seu desenho forma “tracinhos”. São utilizadas
a 45 graus, com pequenas batidas, sem arrastar,
pois o arraste lesiona mais a pele e dificulta a
cicatrização.
Lâminas circulares, redondas ou round: Como
o próprio nome diz, são agrupadas em formato de
círculo. Ideais para criar volume, efeito shadow e
são ótimas para trabalhos entre fios. Lâminas
circulares com 3 agulhas são utilizadas entre os
fios. Para um sombreado mais forte, são utilizadas
lâminas com mais agulhas e movimentos mais
rápidos. Esse tipo de lâmina também é utilizada no
pontilhismo, técnica que exige maior habilidade,
uma vez que marca mais. Devem ser inclinadas a
45 graus, pois quando em ângulo reto furam mais
e depositam menos pigmento.
Lâminas chanfradas ou em
diagonal: Essas são as lâminas usadas
para desenhar fios longos e utilizadas para
criar efeitos de transição. Lâminas com
mais de 14 agulhas desenham fios mais
longos e grossos, já as com menos número
de agulhas são ideais para fios mais finos.
Lâminas em U: Podem ser utilizadas em
todos os tipos de pele. Os fios ficam
bonitos, naturais e bastante curvados. As
lâminas 18U são utilizadas para criar as
bordas arredondadas com bastante
qualidade. Indicadas para o
procedimento fio a fio.
CICATRIZAÇÃO
A cicatrização é o nome dado ao processo de reparação tecidual que substitui o tecido
lesado por um tecido novo, seja por um acidente ou por ação intencional como no
processo de micropigmentação. O corpo realiza uma série de atividades bioquímicas
sequenciais e ordenadas para recuperar a integridade do tecido em menor prazo.
O processo de cicatrização tem por objetivo restabelecer a integridade da pele e para
isso o organismo usa diversos meios para que o tecido seja regenerado. A fisiologia da
cicatrização pode ser dividida em três estágios: inflamatório, proliferativo e remodelação
(maturação).
FASE INFLAMATÓRIA
Esta fase tem início com o surgimento da ferida, dura entre 48 e 72 horas e é
caracterizada pela presença dos sinais da inflamação: dor, calor, rubor e edema. A
vasoconstrição é a resposta tecidual espontânea na tentativa de estancar o
sangramento. Além disso, fluem para a ferida as plaquetas, as quais auxiliam no
processo de hemostasia. Com a hemostasia controlada, a vasoconstrição reativa é
substituída por um período mais persistente de vasodilatação, promovendo assim um
aumento de fluxo sanguíneo para o local da lesão. Esse aumento da irrigação promove
a ruborização (aspecto avermelhado) e o aumento da temperatura local presente em
muitas feridas. A reação inflamatória local ativa os mecanismos de defesa do corpo.
As seguintes células estão presentes nessa fase: macrófagos (alta capacidade de
fagocitose), linfócitos e neutrófilos. São responsáveis por realizar a defesa do organismo
contra agentes infecciosos (vírus, bactérias, substâncias alérgicas e outros corpos hostis
que podem penetrar no corpo humano), além de combatê-los.
INFLAMAÇÃO X FIXAÇÃO
Controlar a inflamação aumenta a fixação.
Para Controlar a inflamação:
Manuseio delicado da pele;
Mínima extração de pelos - design;
Cuidado com a Biossegurança;
Materiais esterilizados (principalmente tebori e lâmina);
Antissepsia da pele;
Paramentação;
Soluções calmantes;
Gelo.
Outras opções
FASE PROLIFERATIVA
A fase proliferativa ocorre por volta do 3° dia pós-trauma e tem duração média de 12 à
14 dias. Nessa fase as células locais formam um tecido de granulação, miofibroblastos
agem promovendo a contração da ferida juntamente com os fibroblastos e durante o
fechamento há o processo de angiogênese, que permitirá a necessária oferta de
oxigênio e nutrientes, permitindo a atividade dos fibroblastos
As células nas margens da ferida proliferam e migram para a superfície, repondo a
perda celular e formando as camadas da epiderme. Sendo assim dividimos essa fase
didaticamente em três subfases:
1. Reepitelização - acontece pela migração dos queratinócitos das margens da ferida.
O movimento desses queratinócitos é determinado pela presença de água no leito
da ferida, da umidade.
2. Fibroplastia - é a formação da matriz, que é uma coleção de elementos celulares
como fibroblastos, fibronectina, colágeno e outros. Essa matriz é a base para a
formação do tecido de granulação.
3. Angiogênese - como todo processo de reparação exige um gasto grande de
energia, e existe a necessidade de um aumento no aporte sanguíneo para o local da
lesão. Esse aumento circulatório se dá pela formação de novos vasos sanguíneos,
ou seja, a neo angiogênese.
FASE DE MATURAÇÃO OU REMODELAÇÃO
Há diminuição da vascularização e da força de contração. Nessa fase o tecido é
remodelado, a quantidade de fibroblastos diminui e as fibras de colágeno se orientam
aumentando a força tênsil.
O tecido de granulação muda de avermelhado para branco pálido e avascularizado, isso
se dá devido a dois processos que ocorrem de forma simultânea, que é a síntese de
tecido realizada pelo fibroblastos e a lise do colágeno coordenada pela colagenase. Essa
fase dura de 20 dias a 1 ano.
QUANDO FAZER / NÃO
FAZER O PROCEDIMENTO
A micropigmentação é um procedimento pouco invasivo e a sua realização deve ser
executada após uma avaliação das condições da pele e saúde do cliente.
Gravidez - não
Período de amamentação - sim (sem o uso de anestésico)
Dermatite Seborreica (região facial) - não
Diabetes - sim, se controlada
Botox ou preenchimentos - sim (após 3 semanas)
Alergias - realizar teste antes
Período menstrual - aconselhável evitar
Cliente com glaucoma - aconselhável evitar (devido a pressão exercida na
face)
Câncer - sob autorização médica, após finalização do tratamento da doença
Cliente sob uso do Roacutan - após 6 meses que o tratamento estiver
finalizado
Cliente que fez cirurgia de transplante de órgão recente - não
Lupos - não
Dermatite Seborreica
Inflamação na pele que causa principalmente descamação e vermelhidão em algumas
áreas da face, como sobrancelhas e cantos do nariz, couro cabeludo e orelhas. Clientes
que tem dermatite sentirão dor intensa, apresenta um sangramento mais expressivo e
por conta da rápida regeneração da pele, o pigmento não fixa na pele.
Botox e Preenchimentos
Após o procedimento de BOTOX ou preenchimento é necessário aguardar 3 semanas
para realizar o procedimento. Porque a região onde o produto foi aplicado não pode ser
pressionada.
Após o microblading, não há impedimento para fazer o BOTOX ou preenchimento.
Micropigmentação antiga
O procedimento de Microblading só pode ser executado na pele que possui
micropigmentação antiga se:
O formato estiver correto;
A cor estiver consideravelmente clara;
Não há relevo na pele.
Cicatriz
O procedimento pode ser executado sobre a pele que possui cicatriz, desde que a a
pele já esteja completamente reparada. Ex: cicatriz de mais de um ano que já não
possui coloração vermelha e já possui tom da pele.
É importante advertir a cliente que nestes casos, quando o procedimento é executado,
a retenção de cor durante a cicatrização neste tipo de pele diminui em até 50%.
Pele madura
É importante ressaltar alguns detalhes sobre a pele madura, antes de executar o
procedimento de Microblading:
Com a idade, a pele tende a afinar cada vez mais, um dos motivos pelo qual
o pigmento possui maior duração/retenção na pele (o processo de
regeneração celular da pele madura é mais lento);
Procurar sempre trabalhar com pigmentos de cor mais clara, já que a cor
tende a escurecer após 30 dias.
Uso de medicação
O uso de alguns medicamentos podem afetar no resultado final (cicatrização). Os fios
tem maior probabilidade de clarearem ou às vezes desaparecem devido ao uso da
medicação. É importante que isto seja explicado à cliente antes da realização do
procedimento.
Pílulas hormonais;
Anticoagulantes;
Antibióticos.
Situações que demandam uma atenção especial aos que correspondem
positivamente a:
TPM (tensão pré-menstrual) – sente mais sensibilidade;
Asma – levantar o cliente caso tenha crise;
Depressão – ter mais atenção porque o cliente pode ter uma crise de ansiedade,
por exemplo;
Gripe ou resfriado – ter mais atenção porque o cliente pode tossir ou espirar;
Hipertensão – somente controlada com medicamento;
Alcoolizadas – anestésicos não pegam;
HIV + (todo cuidado na assepsia);
Diabetes – controlada;
Hepatite (cuidado com a higienização);
Pessoas que usam marca-passo só podem fazer a microblading;
Anemia – fica mais claro;
Reumatismo infeccioso – com autorização médica;
Lúpus – não pode fazer.
Pessoas que se recusam a assinar o formulário de anamnese não podem realizar o
procedimento.
TIPOS DE PELE
Normal
A pele normal tem textura saudável e aveludada, produz gordura em quantidade
adequada, sem excesso de brilho ou ressecamento. Geralmente apresenta poros
pequenos e pouco visíveis.
Seca
A perda de água em excesso caracteriza a pele seca, que normalmente tem poros
poucos visíveis, pouca luminosidade e é mais propensa à descamação e vermelhidão.
Também pode apresentar maior tendência ao aparecimento de pequenas linhas e
fissuras. A pele seca pode ser causada por fatores genéticos ou hormonais, como
menopausa e problemas na tireoide, condições ambientais, como o tempo frio e seco, o
vento e a radiação ultravioleta.
Oleosa
Tem aspecto mais brilhante e espesso, devido a maior produção de sebo em relação a
pele normal. Além da herança genética, os fatores hormonais contribuem para a
oleosidade da pele, além do excesso de sol, o estresse e a alimentação. A pele oleosa
apresenta poros dilatados e maior tendência à formação de acne, cravos e espinhas.
Mista
É o tipo de pele mais frequente, tem aspecto oleoso e poros dilatados na "Zona T"
(testa, nariz, queixo), podendo apresentar acne nestas regiões. E estado de pele seca
nas bochechas e extremidades.
FOTOTIPO CUTÂNEO
A cor da pele está relacionada a uma série de fatores. A pigmentação constitutiva da
pele é herdada geneticamente, sem interferência da radiação solar, portanto, constante.
A cor facultativa da pele é reversível e pode ser induzida. Ela resulta da exposição solar
A mais famosa classificação dos fototipos cutâneos é a escala Fitzpatrick, criada em
1976 pelo médico norte-americano Thomas B. Fitzpatrick. Ele classificou a pele em
fototipos de um a seis, a partir da capacidade de cada pessoa em se bronzear, assim
como, sensibilidade e vermelhidão quando exposta ao sol, sendo:
CUIDADOS PÓS
1° Dia: Caso tenha sido aplicado a película protetora, removê-la
após 8 horas e passar a pomada.
Evitar atividade física por 3 a 7 dias.
Do 2° ao 15° dias: lavar manhã/noite com sabonete neutro em água
fria e passar a pomada.
Caso sinta a sobrancelha ressecada durante o dia, passe a pomada
novamente em pequena quantidade.
Não passar maquiagem nem filtro solar na sobrancelha por 15
dias.
Evite exposição solar, piscina, sauna por 15 dias.
Evite alimentos gordurosos e picantes por 3 dias.
Não coçar ou arrancar as “casquinhas” que podem surgir.
Para manter o desenho do procedimento, é necessário realizar o
design de sobrancelhas a cada 30 dias.
Do 2° ao 5° dia, ela estará mais escura, normal você estranhar.
Do 5° ao 20° dia você vai ter a impressão que ela sumiu, pois a pele
estará em regeneração em resposta ao procedimento.
Do 20° ao 30° dia, os fios começam a ficar mais aparentes à medida
que a cicatrização é concluída.
Pomada pós - Película protetora -
fornecemos uma para aplicamos ao fim do
cada cliente procedimento
COLORIMETRIA
É a ciência que estuda a
medida das cores. Na
micropigmentação, é de
extrema importância o
conhecimento das
características das cores, pois
somado ao conhecimento
sobre tinta e a melanina
natural da cliente, o resultado
final do procedimento será
satisfatório.
As cores são faixas de luz
perceptíveis aos nossos
olhos. O branco corresponde
a união de todas as cores do
espectro enquanto o preto é
a ausência de luz e, portanto,
segundo a teoria das cores,
significa ausência de cor.
Dentro da teoria das cores
temos as cores primárias,
secundárias e terciárias.
Cores primárias
Existem apenas três cores verdadeiras:
vermelho, amarelo e azul. Elas são
chamadas de primárias, porque nada
pode ser misturado para produzi-las.
Cores secundárias
Misturando pares de cores primárias chegaremos aos laranjas, verdes e violetas, que são
chamados de cores secundárias.
Cores terciárias
São as misturas obtidas de uma cor primária mais uma cor secundária.
A Estrela de Oswald e a Colorimetria
A Estrela de Oswald é uma ciência e a matemática das cores e nos mostra como
neutralizar tons indesejados e entender suas misturas criadas das três cores primárias:
vermelho, azul e amarelo. Outro aspecto que a Estrela de Oswald deixou para a
micropigmentação, é a temperatura da cor, na imagem podemos entender que as cores
possuem "vibrações" diferentes e são consideradas quentes (as mais vibrantes) e frias
(as menos vibrantes).
Uma questão muito importante que vale lembrar, é que as estruturas químicas e
colorações específicas da matéria prima das tintas não seguem a Estrela de Oswald
como parâmetro, elá esta ligada apenas à neutralização
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PIGMENTOLOGIA
É a ciência que estuda os
pigmentos, suas composições
químicas, interações e
reações com o organismo
humano. ,
Pigmento é uma substância
sólida que confere sua cor ao
material. Sua forma física é
um pó. O pigmento é
insolúvel e precisa ser
misturado em vários líquidos
para que fique "molhado".
Sendo sua forma líquida
chamada de tinta.
Esses líquidos são
umectantes, conservantes,
dispersantes, diluentes, etc.
PIGMENTO TINTA
Pigmentos orgânicos são produzidos na síntese a partir de derivados do petróleo.
Comumente o termo "orgânico" é confundido com o termo 'natural', extraído da
natureza como plantas e animais e tem em sua composição carbono e hidrogênio. Um
dos pigmentos orgânicos mais comuns é o carbon black, sintetizado a partir da
combustão de matéria orgânica, gerando a futilagem que é utilizada para fazer
tatuagem e micropigmentação. Todavia com um grau altíssimo de purificação da
matéria prima. No cenário atual, os pigmentos orgânicos são considerados os melhores
os melhores para este tipo de pigmentação artificial na pele por possuírem estruturas
similares ao corpo humano e por isso, apresentam uma durabilidade muito boa, além
de possuírem nuances que não são encontradas na química inorgânica.
Pigmentos Inorgânicos são elementos químicos derivados dos óxidos de ferro e
óxidos de titânio, ou seja, são produzidos com matérias primas minerais que são
facilmente encontrados na natureza. Contudo, também são sintetizados em laboratório
onde se tornam mais seguros e livres de metais. Esse grupo químico por não possuir
carbono em sua estrutura tende a ser incompatível com o corpo, e essa
incompatibilidade contribui para uma menor durabilidade do pigmento no organismo.
Os pigmentos inorgânicos utilizados na micropigmentação também são sintéticos, assim
como os orgânicos.
Color Index
É uma sequência de cinco números que identifica cada molécula corante de acordo
com a estrutura química.
PIGMENTOS INORGÂNICOS SINTÉTICOS
Óxido de ferro vermelho Óxido de ferro preto Óxido de ferro Dióxido de Titânio
CI 77491 CI 77499 amarelo CI 77492 CI 77891
PIGMENTOS ORGÂNICOS SINTÉTICOS
Carbon black CI 77266
Yellow 74 CI 11741
Yellow 138 CI 56300
Blue 15 CI 74160
Orange 13 CI 21110
Orange 73 CI 561170
Red 254 CI 56110
Red 122 CI 73915
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PHIBROWS
Hidrofóbico - não se mistura com a água e por isso garante a
criação de fios muito precisos.
Bioinerte - o que significa que nenhuma reação indesejada (por
exemplo, inchaço, alergia, infecção ou coceira) pode ocorrer
durante o tratamento.
O pigmento é projetado de forma que o organismo não o veja
como um corpo estranho.
O processo de revestimento oferece proteção contra a exposição
aos raios UV.
Os aditivos contidos em nossos pigmentos microblading servem
para acalmar a pele e desempenham um papel positivo na cura
mais rápida, levando a melhores resultados.
Verdadeira cor, mesmo em pele oleosa
PHIBROWS - CORES
Golden Brown: esta cor é usada em cabelos e pele naturais muito
claros.
(3Y + 1R + 1B)
Fox: ruivas naturais.
(3Y + 2R + 1B)
Brown 1: loiro natural.
(2Y + 1R + 1B)
Brown 2: castanho claro e médio e pele clara. Também pode ser
usado em loiras em pequenas quantidades ou em clientes de pelos
escuros e pele clara.
(1Y + 1R + 1B)
Brown 3: castanho escuro.
(1Y + 1R + 2B)
CORES GERADORES
Yellow
Red
Black
BIOSSEGURANÇA
A micropigmentação é um processo dermoestético que envolve serviços específicos
prestados à população, e possui riscos inerentes da profissão que podem ser
biológicos, químicos ou ergonômicos. Abordar os requisitos de biossegurança é
essencial para que seu ambiente de trabalho esteja protegido, assim como a saúde
das pessoas que a eles se submeterem e o meio ambiente.
Biossegurança, segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é a
“condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir,
controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer
a saúde humana, animal e o meio ambiente”, ou seja, são as medidas que podemos (e
devemos) utilizar em nossa rotina diária buscando a proteção da saúde tanto pela
prevenção ou controle quanto pela redução ou erradicação de agentes maléficos ao
meio e organismos vivos.
Na micropigmentação os equipamentos de proteção individual para o profissional são
basicamente: o jaleco, luvas, máscara e touca descartáveis; e para o cliente, utiliza-se a
touca e o lençol descartáveis.
A proteção do ambiente externo se refere à contenção secundária, ou seja, tudo
aquilo que puder ser feito para evitar ou minimizar os riscos de contaminação desse
ambiente deve ser realizado, especialmente com relação aos processos de descarte.
Conhecer os riscos que a norma de biossegurança possui facilita a implementação do
ambiente de trabalho seguro:
Risco Físico
São os riscos provenientes de energia, oriundas e dependentes dos equipamentos,
vindos do manuseio ou até do próprio ambiente. Exemplos dos riscos físicos: calor ou
frio extremo, ruídos, vibrações, etc.
Risco Químico
São os elementos químicos que podem entrar no organismo, pelas vias respiratórias ou
ingestão. Podem estar na forma líquida, sólida ou gasosa.
Risco Biológico
São os elementos que provêm de seres vivos como bactérias, plantas, fungos, animais,
parasitas e do próprio ser humano (sangue, urina, etc).
Risco Ergonômico
São os fatores que afetam a saúde do trabalhador, alteram características
psicofisiológicas e geram desgaste ou desconforto ao trabalhador. Estes riscos são
evitados com o posicionamento adequado dos móveis e instrução à postura do
trabalhador. Ações como atividades laborais e móveis adequados previnem risco
ergonômico.
ESTERILIZAÇÃO
Esterilização é a destruição de todas as formas de vida microbiana (vírus, bactérias,
esporos, fungos, protozoários e helmintos) por um processo que utiliza agentes
químicos ou físicos.
A prática da esterilização visa a incapacidade de reprodução de todos os organismos
presentes no material a ser esterilizado, causando a morte microbiana até que a
probabilidade de sobrevivência do agente contaminante seja menor que 1:1.000.000,
quando um objeto pode então ser considerado estéril.
O esporo bacteriano (forma mais resistente aos agentes esterilizantes) é o parâmetro
utilizado para o estudo microbiológico da esterilização, ou seja, para se assegurar a
esterilização de um artigo todos os esporos devem ser destruídos.
Quanto à diferenciação da esterilização aos processos de limpeza e assepsia, estão
sentenciados pelo fato de que a esterilização elimina por completo qualquer forma de
vida e tipo de microrganismo e outros a estão atuantes no controle de microrganismos
SEQUÊNCIA GERAL DE ESTERILIZAÇÃO
1. Material Contaminado
2. Pré – lavagem (desincrustante)
3. Lavagem ( água corrente )
4. Secagem
5. Embalagem
6. Esterilização
7. Armazenamento
Material Contaminado
São todos os instrumentos dispostos no campo de trabalho, utilizados no paciente ou
não. Os instrumentos são contaminados pela deposição dos aerossóis constituídos de
sangue, saliva, tecidos e fluidos orgânicos.
Pré Lavagem
Função: Remoção de matéria orgânicos aderida aos instrumentos (desincrustantes)
Métodos: limpeza manual (escovas), limpeza mecânica (máquinas), limpeza ultra –
sônica (cubas de ultrassom).
Lavagem
Lavagem em água corrente.
Função: remover os detritos desincrustados das superfícies.
Secagem
Pode ser realizado com toalha, papel toalha, ar quente (secador de cabelo).
Embalagem
Embalar de acordo com o uso.
Material sugerido: grau cirúrgico ( precisa ser selado) ou envelope auto selante).
EXERCÍCIOS
CADERNO DE
LEMBRE-SE: SOMENTE A PRÁTICA LEVA À
EVOLUÇÃO, ENTÃO O RESULTADO DO
O DESENVOLVIMENTO TÉCNICO DEPENDERÁ
100% DA SUA DEDICAÇÃO. TRATA-SE
DE UMA FORMAÇÃO PROFISSIONALIZANTE
COMPLETA, MAS ACREDITE: O AVANÇO
DE SEU TRABALHO DEPENDE DA ESCOLHA DE
CONTINUAR TREINANDO APÓS A
FORMAÇÃO, POR ISSO, A PALAVRA CHAVE É
TREINO!
TIPOS DE FIOS
Existem 4 tipos de fios:
reto;
C;
vírgula;
S.
A construção de cada um desses fios demanda uma habilidade manual específica, por
isso, é importante que você treine cada um deles de forma individual.
TREINE A EXECUÇÃO DOS FIOS!
LEMBRE-SE, PARA CADA PROJEÇÃO (PARA
CADA TIPO DE FIO), UM MOVIMENTO. TUDO
ESTÁ NA PONTA DOS DEDOS.
ESPINHA
A ESPINHA de uma sobrancelha representa o "limite" até onde pode-se criar fios
inferiores (ascendentes) e fios superiores (descendentes).
Cada sobrancelha tem um tipo de espinha.
A Seguir as três variações mais comuns: universal, asiática e selvagem.
ESPINHA UNIVERSAL
Na espinha UNIVERSAL e suas variações, a quantidade de fios inferiores é maior ou igual
a quantidade de fios superiores.
ESPINHA SELVAGEM
As sobrancelhas SELVAGENS possuiem a espinha sobreposta a linha superior do design,
ou não tem espinha.
Todos os fios são ascendentes.
Para um resultado mais natural, os últimos fios precisam finalizar passando sobre a
linha do design.
ESPINHA ASIÁTICA
Na espinha ASIÁTICA e suas variações, a quantidade de fios superior é maior do que a
quantidade de fios inferiores.
Para um resultado mais natural, os últimos fios inferiores precisam finalizar passando
sobre a linha da espinha. E os últimos fios inferiores precisam finalizar passando sobre a
linha inferior do design.
RAMIFICAÇÕES 1
TRAMA
UNIVERSAL 1
Início: duas camadas de fios em “C"
T3
T2
T1
Transição: T1, T2 E T3
T2: caminha na linha da espinha, ultrapassando T3
T3: caminha na linha superior do design.
Fios inferiores principais em “S"
Fios inferiores de finalização em “C”
Fios inferiores de complemento em "vírgula"
Fios superiores em “C"
Fios superiores de finalização em “vírgula"
*volume central: opcional
*Volume na região inicial: opcional
TRAMA
SELVAGEM 1
Início: ramificação de fios em “C"
Fios inferiores principais em “S"
Fios inferiores de complemento em "vírgula"
Fios inferiores de finalização em “C”
TRAMA
ASIÁTICA 1
Início: ramificação de fios em “C"
T3
T2
T1
Transição: T1, T2 E T3
T2: caminha na linha da espinha, ultrapassa T1 eT3
T3: caminha na linha superior do design.
Fios inferiores principais em “S"
Fios inferiores de finalização em “C”
Fios inferiores de complemento em "virgula"
Fios superiores em “C"
Fios superiores de finalização em “vírgula"
Fios superiores de complemento em "C" e finalização em "vírgula"
TRAMA
UNIVERSAL2
TRAMA
ASIÁTICA2
TRAMA
SELVAGEM2
RAMIFICAÇÕES
AVANÇADAS
SOBRANCELHA DIREITA
SOBRANCELHA ESQUERDA
FIOS SUPERIORES
TRAMAS
LIVRES
EXEMPLOS