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10 de setembro, 2016
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LEI 443 DE 1º DE JULHO DE 1981.
NOTÍCIAS
DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS POLICIAIS – MILITARES DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO E DÁ
POLÍCIAS MILITARES DE
TODO O BRASIL
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
REALIZAM MAIS DE
2.200 PRISÕES
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso
DURANTE A OPERAÇÃO
das atribuições que lhe confere o § 1o do art. 3o da Lei
FORÇA TOTAL
Complementar no 20, de 1o de julho de 1974, decreta: OFICIAL MÉDICO DA
POLÍCIA MILITAR
TÍTULO I ASSUME A PRESIDÊNCIA
DA SOCIEDADE
Generalidades BRASILEIRA DE
ORTOPEDIA E
Art. 1o – O presente Estatuto regula a situação, obrigações, TRAUMATOLOGIA NO RJ
deveres, direitos e prerrogativas dos policiais-militares do
Estado OPERAÇÃO IMPACTO:
250 POLICIAIS
do Rio de Janeiro. MILITARES ESTÃO
MOBILIZADOS PARA
Art. 2o – A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro REPRIMIR ROUBOS DE
subordinada ao Secretário de Estado de Segurança Pública, é RUA E DE VEÍCULOS
uma NAS RUAS DA ZONA
NORTE DA CAPITAL
instituição permanente, organizada com base na hierarquia
e na disciplina, destinada à manutenção da ordem pública BANCO DE TALENTOS –
no Estado PMERJ
10ª Edição da “Operação
do Rio de Janeiro, sendo considerada Força Auxiliar, reserva
Força Total – Polícias
do Exército.
Militares a serviço do
Brasil”
Art. 3o – Os membros da Polícia Militar, em razão da
destinação constitucional da Corporação e em decorrência
das leis POLÍCIA MILITAR
ENCERRA ANO DE 2024
vigentes, natureza e organização, formam uma categoria COM A MARCA DE 638
especial de servidores públicos estaduais e são FUZIS RETIRADOS DE
denominados policiais- CRIMINOSOS E BATE
militares. RECORDE DE
APREENSÕES DE ARMAS
§ 1o – Os policiais-militares encontram-se em uma das DE GUERRA
seguintes situações:
a) na ativa:
I – os policiais-militares de carreira;
II – os incluídos na Polícia Militar voluntariamente, durante
os prazos a que se obrigaram a servir;
III – os componentes da reserva remunerada da Polícia
Militar, quando convocados: e
IV – os alunos de órgãos de formação de policiais-militares
da ativa.
b) na inatividade:
I – na reserva remunerada, quando pertencem à reserva da
Corporação, e percebem remuneração do Estado, porém,
sujeitos,
ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convocação;
II – reformados, quando, tendo passado por uma das
situações anteriores, estão dispensados, definitivamente, da
prestação de
serviço na ativa, mas continuam a perceber remuneração do
Estado.
§ 2o – Os policiais-militares de carreira são os que, no
desempenho voluntário e permanente do serviço policial-
militar, têm
vitaliciedade assegurada ou presumida.
Art. 4o – O serviço policial-militar consiste no exercício de
atividades inerentes à Polícia Militar e compreende todos os
encargos previstos na legislação específica, relacionados
com a manutenção da ordem pública.
Art. 5o – A carreira policial-militar é caracterizada por
atividade continuada e inteiramente devotada às finalidades
precípuas
da Polícia Militar, denominada atividade policial-militar.
§ 1o – A carreira policial-militar é privativa do pessoal da
ativa. Inicia-se com o ingresso na Polícia Militar e obedece à
seqüência de graus hierárquicos.
§ 2o – É privativa de brasileiro nato à carreira de Oficial da
Polícia Militar.
§ 3o – Constitui requisito indispensável para ingresso no
Quadro de Oficiais Policiais-Militares a conclusão do Curso
da Escola
de Formação de Oficiais da Corporação.
Art. 6o – Os policiais-militares da reserva remunerada
poderão ser convocados para o serviço ativo, em caráter
transitório e
mediante aceitação voluntária, por ato do Governador do
Estado, desde que haja conveniência para o serviço.
Art. 7o – São equivalentes as expressões na ativa, da ativa,
em serviço ativo, em serviço na ativa, em serviço, em
atividade ou em atividade policial-militar conferidas aos
policiais-militares no desempenho de cargo, comissão,
encargo,
incumbência ou missão, serviço ou atividade policial-militar
ou considerada de natureza policial-militar, nas organizações
policiais-militares, bem como em outros órgãos do Estado
quando previsto em lei ou regulamento.
Art. 8o – A condição jurídica dos policiais-militares é definida
pelos dispositivos constitucionais que lhes forem aplicáveis,
por
este Estatuto e pela legislação que lhes outorgam direitos e
prerrogativas e lhes impõem deveres e obrigações.
Art. 9o – O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber:
I – aos policiais-militares reformados e da reserva
remunerada; e
II – aos capelães policiais-militares.
CAPÍTULO I
Do Ingresso na Polícia Militar
Art. 10 – O ingresso na Polícia Militar é facultado a todos os
brasileiros, sem distinção de raça ou de crença religiosa,
mediante inclusão, matrícula ou nomeação, observadas as
condições prescritas neste Estatuto, em lei e nos
regulamentos da
Corporação.
Art. 11 – Para a matrícula nos estabelecimentos de ensino
policial-militar destinados à formação de oficiais, de
graduados e de
soldados, além das condições relativas à nacionalidade,
idade, aptidão intelectual, capacidade física e mental e
idoneidade
moral, é necessário que o candidato não exerça, nem tenha
exercido atividades prejudiciais ou perigosas à Segurança
Nacional.
Parágrafo único – O disposto neste artigo e no anterior
aplica-se, também, aos candidatos ao ingresso nos Quadros
de Oficiais
em que é exigido o diploma de estabelecimento de ensino
superior reconhecido pelo Governo Federal, e aos Capelães
Policiais-Militares.
CAPÍTULO II
Da Hierarquia e da Disciplina
Art. 12 – A hierarquia e a disciplina são a base institucional
da Polícia Militar. A autoridade e a responsabilidade crescem
com
o grau hierárquico.
§ 1o – A hierarquia policial-militar é a ordenação da
autoridade em níveis diferentes, dentro da estrutura da
Polícia Militar. A
ordenação se faz por postos ou graduações; dentro de um
mesmo posto ou de uma mesma graduação se faz pela
antiguidade no
posto ou na graduação. O respeito à hierarquia é
consubstanciado no espírito de acatamento à seqüência de
autoridade.
§ 2o – Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento
integral das leis, regulamentos, normas e disposições que
fundamentam o organismo policial-militar, e coordenam seu
funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo
perfeito
cumprimento do dever por parte de todos e de cada uma
dos componentes desse organismo.
§ 3o – A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser
mantidos em todas as circunstâncias da vida, entre policiais-
militares da
ativa, da reserva remunerada e reformados.
Art. 13 – Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência
entre os policiais-militares da mesma categoria e têm a
finalidade
de desenvolver o espírito de camaradagem em ambiente de
estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.
Art. 14 – Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica na
Polícia Militar são fixados no quadro e parágrafo seguintes:
Círculo
De
Oficiais
Círculo de Oficiais Superiores Postos Coronel PM
Tenente-Coronel PM
Major PM
Círculo de Oficiais Intermediários Capitão PM
Círculo de Oficiais Subalternos Primeiro-Tenente PM
Segundo-Tenente PM
Art. 15 – A precedência entre policiais-militares da ativa, do
mesmo grau hierárquico, é assegurada pela antiguidade do
posto
ou na graduação, salvo nos casos de precedência funcional
estabelecida em lei ou regulamento.
§ 1o – A antiguidade em cada posto ou graduação é contada
a partir da data da assinatura do ato da respectiva
promoção,
nomeação, declaração ou inclusão, salvo quando estiver
taxativamente fixada outra data.
§ 2o – No caso de ser igual a antiguidade referida no
parágrafo anterior, a antiguidade é estabelecida:
a) entre policiais-militares do mesmo Quadro, pela posição
nas respectivas escalas numéricas e nos almanaques da
Corporação,
na conformidade do art. 17.
b) Nos demais casos, pela antiguidade no posto ou na
graduação anterior; se, ainda assim, subsistir a igualdade de
antiguidade,
recorrer-se-á, sucessivamente, aos graus hierárquicos
anteriores, à data de inclusão e à data de nascimento para
definir a
precedência, e, neste último caso, o mais velho será
considerado mais antigo.
c) Entre os alunos de um mesmo órgão de formação de
policiais-militares, de acordo com o regulamento do
respectivo órgão,
se não estiverem especificamente enquadrados nas letras a
e b.
§ 3o – Em igualdade de posto ou de graduação, os policiais-
militares da ativa têm precedência sobre os da inatividade.
§ 4o – Em igualdade de posto ou de graduação, a
precedência entre os policiais-militares de carreira na ativa e
os da reserva
remunerada que estiverem convocados é definida pelo
tempo de efetivo serviço no posto ou graduação.
§ 5o – Nos casos de nomeação simultâneas resultantes de
concurso, a precedência será estabelecida pela ordem de
classificação
final dos candidatos.
Art. 16 – A precedência entre as praças especiais e as demais
praças é assim regulada:
Círculo
De
Praças
Círculos de Subtenentes
Sargentos
Graduações Subtenentes PM
Primeiro-Sargento PM
Segundo-Sargento PM
Terceiro-Sargento PM
Círculos de Cabos e Soldados Cabo PM
Soldado PM de 1a Classe
Soldado PM de 2a Classe
Praças
Especiais
Freqüentam o Círculo de Oficiais Subalternos Aspirante-a-
Oficial PM
Excepcionalmente ou em reuniões sociais têm
acesso ao Círculo de Oficiais
Aluno-Oficial PM
§ 1o – Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato
do Governador do Estado e confirmado em Carta Patente.
§ 2o – Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido
pelo Comandante-Geral da Polícia Militar.
§ 3o – Os Aspirantes-a-Oficial PM e os Alunos-Oficiais PM são
denominados praças especiais.
§ 4o – A graduação de Soldado da Polícia Militar será
subdividida em duas classes:
1) Soldado PM de 1a Classe;
2) Soldado PM de 2a Classe.
§ 5o – A inclusão do Soldado PM dar-se-á, sempre, na 2a
Classe da sua Graduação e, nessa classe, permanecerá
durante todo o
tempo de sua formação de Policial-Militar.
§ 6o – O Soldado PM de 2a Classe, ao término da sua
formação, aprovado nos exames de instrução policial-militar,
técnica e
profissional, será declarado Soldado PM de 1a Classe.
§ 7o – O Soldado PM de 2a Classe reprovado nos referidos
exames será excluído da Corporação por conveniência do
serviço e
inaptidão para a carreira policial-militar.
§ 8o – Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos
Quadros e Qualificações são fixados, separadamente, para
cada caso,
em lei especial.
§ 9o – Sempre que o policial-militar da reserva remunerada
ou reformado fizer uso do posto ou graduação, deverá faze-
lo com
as abreviaturas indicativas de sua situação:
I – os Aspirantes-a-Oficial PM são hierarquicamente
superiores às demais praças;
II – os Alunos-Oficiais PM são hierarquicamente superiores
aos Subtenentes PM.
Art. 17 – A Polícia Militar manterá um registro de todos os
dados referentes ao seu pessoal da ativa e da reserva
remunerada,
dentro das respectivas escalas numéricas, segundo as
instruções baixadas pelo Comandante-Geral da Corporação.
Art. 18 – Os Alunos-Oficiais PM são declarados Aspirantes-a-
Oficial PM, ao final do curso da Escolada de Formação de
Oficiais, pelo Comandante-Geral da Polícia Militar, na forma
especificada em seu regulamento.
CAPÍTULO III
Do cargo e da Função Policiais-Militares
Art. 19 – Cargo policial-militar é aquele que só pode ser
exercido por policial-militar em serviço ativo.
§ 1o – O cargo policial-militar a que se refere este artigo é o
que se encontra especificado nos Quadros de Organização
ou
previsto, caracterizado ou definido com tal em outras
disposições legais.
§ 2o – A cada cargo policial-militar corresponde um conjunto
de atribuições, deveres e responsabilidades que se
constituem em
obrigações do respectivo titular.
§ 3o – As obrigações inerentes ao cago policial-militar devem
ser compatíveis com o correspondente grau hierárquico e
definidas em legislação ou regulamentação própria.
Art. 20 – Os cargos policiais-militares são providos com
pessoal que satisfaça aos requisitos de grau hierárquico e de
qualificação exigidos para o seu desempenho.
Parágrafo único – O provimento de cargo policial-militar se
faz por ato de nomeação, de designação ou determinação
expressa de autoridade competente.
Art. 21 – O cargo policial-militar é considerado vago a partir
de sua criação e até que um policial-militar tome posse ou
desde
o momento em que o policial-militar exonerado, dispensado
ou que tenha recebido determinação expressa de
autoridade
competente, o deixa e até que outro policial-militar tome
posse, de acordo com as normas de provimento previstas no
parágrafo
único do art. 20.
Parágrafo único – Consideram-se também vagos os cargos
policiais-militares cujos ocupantes:
a) tenham falecido;
b) tenham sido considerados extraviados; e
c) tenham sido considerados desertores.
Art. 22 – Função policial-militar é o exercício das obrigações
inerentes ao cargo policial-militar.
Art. 23 – Dentro de uma mesma organização policial-militar,
a seqüência de substituições para assumir cargo ou
responder por
funções, bem como as normas, atribuições e
responsabilidades relativas, são estabelecidas na legislação
própria, respeitadas a
precedência e qualificações exigidas para o cargo ou para o
exercício da função.
Art. 24 – O policial-militar ocupante de cargo provido em
caráter efetivo ou interino, de acordo com o parágrafo único
do art.
20, faz jus às gratificações e a outros direitos
correspondentes ao cargo, conforme previsto em lei.
Art. 25 – As obrigações que, pela generalidade,
peculiaridade, duração, vulto ou natureza, não são
catalogadas como posições
tituladas em Quadro de Organização ou dispositivo legal são
cumpridas como Encargo, Incumbência, Comissão,
Serviço ou Atividade, policial-militar ou de natureza policial-
militar.
Parágrafo único – Aplica-se, no que couber, ao Encargo,
Incumbência, Comissão, Serviço ou Atividade, policial-militar
ou de
natureza policial-militar, o disposto neste Capítulo para
Cargo Policial-Militar.
TÍTULO II
Das Obrigações e dos Deveres Policiais-Militares
CAPÍTULO I
Das Obrigações Policiais-Militares
SEÇÃO I
Do Valor Policial-Militar
Art. 26 – São manifestações essenciais do valor policial-
militar:
I – o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de
cumprir o dever policial-militar e pelo integral devotamento
à
manutenção da ordem pública, mesmo com o risco da
própria vida;
II – civismo e o culto das tradições históricas;
III – a fé na elevada missão da Polícia Militar;
IV – o espírito de corpo, orgulho do policial-militar pela
organização onde serve;
V – o amor à profissão policial-militar e o entusiasmo com
que é exercida; e
VI – o aprimoramento técnico-profissional.
SEÇÃO II
Da Ética Policial-Militar
Art. 27 – O sentimento do dever, o pundonor policial-militar
e o decoro da classe impõem a cada um dos integrantes da
Polícia
Militar, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com
observância dos seguintes preceitos da ética policial-militar:
I – amar a verdade e a responsabilidade como fundamento
da dignidade pessoal;
II – exercer com autoridade, eficiência e probidade as
funções que lhe couberem em decorrência em decorrência
do cargo;
III – respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV – cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as
instruções e as ordens das autoridades competentes;
V – ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na
apreciação do mérito dos subordinados;
VI – zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e,
também, pelo dos subordinados, tendo em vista o
cumprimento da
missão comum;
VII – empregar todas as suas energias em benefício do
serviço;
VIII – praticar a camaradagem e desenvolver
permanentemente o espírito de cooperação;
IX – ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua
linguagem escrita e falada;
X – abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de
matéria sigilosa, particularmente, relativa à Segurança
Nacional;
XI – acatar as autoridades civis;
XII – cumprir seus deveres de cidadão;
XIII – proceder de maneira ilibada na vida pública e na
particular;
XIV – observar as normas da boa educação;
XV – garantir assistência moral e material ao seu lar e
conduzir-se como chefe de família modelar;
XVI – conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade,
de modo que não sejam prejudicados os princípios da
disciplina,
do respeito e do decoro policial-militar;
XVII – abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para
obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para
encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
XVIII – abster-se o policial-militar em inatividade do uso das
designações hierárquicas quando:
a) em atividades político-partidárias;
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a
respeito de assuntos políticos ou policiais-militares,
excetuando-se os
de natureza exclusivamente técnica, se devidamente
autorizado; e
e) no exercício de funções de natureza não policial-militar,
mesmo oficiais;
XIX – zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um
dos seus integrantes, obedecendo e fazendo obedecer aos
preceitos
da ética policial-militar.
Art. 28 – Ao policial-militar da ativa, ressalvado o disposto
nos parágrafos 2o e 3o, é vedado comerciar ou tomar parte
na
administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou
participar, exceto como acionista ou quotista em sociedade
anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.
§ 1o – Os policiais-militares na reserva remunerada, quando
convocados, ficam proibidos de tratar, nas organizações
policiais-
militares e nas repartições públicas, civis, dos interesses de
organizações ou empresas privadas de qualquer natureza.
§ 2o – Os policiais-militares da ativa podem exercer,
diretamente, a gestão de seus bens, desde que não infrinjam
o disposto no
presente artigo.
§ 3o – No intuito de desenvolver a prática profissional dos
integrantes do Quadro de Oficiais de Saúde, é-lhes permitido
o
exercício de atividade técnico-profissional, no meio civil,
desde que tal prática não prejudique o serviço.
Art. 29 – O Comandante-Geral da Polícia Militar poderá
determinar aos policiais-militares da ativa que, no interesse
da
salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem sobre a
origem e natureza dos seus bens, sempre que houver razões
que
recomendem tal medida.
CAPÍTULO II
Dos Deveres Policiais-Militares
Art. 30 – Os deveres policiais-militares emanam de vínculos
racionais e morais que ligam o policial-militar à Pátria, à
comunidade estadual e à sua segurança, e compreendem,
essencialmente:
I – a dedicação integral ao serviço policial-militar e a
fidelidade à Pátria e à instituição a que pertence, mesmo
com o sacrifício
da própria vida;
II – o culto aos símbolos nacionais;
III – a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;
IV – a disciplina e o respeito à hierarquia;
V – o rigoroso cumprimento das obrigações e ordens; e
VI – a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com
urbanidade.
SEÇÃO I
Do Compromisso Policial-Militar
Art. 31 – Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar
mediante inclusão, matrícula ou nomeação, prestará
compromisso de
honra, no qual afirmará a sua aceitação consciente das
obrigações e dos deveres policiais-militares e manifestará a
sua firme
disposição de bem cumpri-los.
Art. 32 – O compromisso a que se refere o artigo anterior
terá caráter solene e será sempre prestado sob a forma de
juramento
à Bandeira e na presença de tropa formada, tão logo o
policial-militar tenha adquirido um grau de instrução
compatível com o
perfeito entendimento de seus deveres como integrante da
Polícia Militar, conforme os seguintes dizeres: Ao ingressar
na
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, prometo regular a
minha conduta pelos preceitos da mora, cumprir
rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver
subordinado e dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria,
ao
serviço policial-militar, à manutenção da ordem pública e à
segurança da comunidade, mesmo com o risco da própria
vida.
1o – O compromisso do Aspirante-a-Oficial PM será prestado
no estabelecimento de formação de oficiais, de acordo com
o
cerimonial constante do regulamento daquele
estabelecimento de ensino. Esse compromisso obedecerá os
seguintes
dizeres: Ao ser declarado Aspirante-a-Oficial da Polícia Militar
do Estado do Rio de Janeiro, assumo o compromisso de
cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que
estiver subordinado e dedicar-me inteiramente ao serviço da
Pátria, à manutenção da ordem pública e à segurança da
comunidade, mesmo com o risco da própria vida.
§ 2o – Ao ser promovido ou nomeado ao primeiro posto, o
Oficial PM prestará o compromisso de oficial, em solenidade
especialmente programada, de acordo com os seguintes
dizeres: Perante a Bandeira do Brasil e pela minha honra
prometo
cumprir os deveres de oficial da Polícia Militar do Estado do
Rio de Janeiro e dedicar-me inteiramente ao serviço da
Pátria.
SEÇÃO II
Do Comando e da Subordinação
Art. 33 – Comando é a soma de autoridade, deveres e
responsabilidades de que o policial-militar é investido
legalmente,
quando conduz homens ou dirige uma organização policial-
militar. O Comando é vinculado ao grau hierárquico e
constitui
uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício o policial-
militar se define e se caracteriza como Chefe.
Parágrafo único – Aplica-se à Direção e à Chefia de
Organização Policial-Militar, no que couber, o estabelecido
para o
Comando.
Art. 34 – A subordinação não afeta, de modo algum, a
dignidade pessoal do policial-militar e decorre,
exclusivamente, da
estrutura hierarquizada da Policia Militar.
Art. 35 – O oficial é preparado, ao longo da carreira, para o
exercício do Comando, da Chefia e da Direção das
Organizações
Policiais-Militares.
Art. 36 – Os subtenentes e sargentos auxiliam e
complementam as atividades dos oficiais, quer no
adestramento e no emprego
dos meios, quer na instrução e na administração; deverão
ser empregados na execução de atividades de policiamento
ostensivo
peculiares à Polícia Militar.
Parágrafo único – No exercício das atividades mencionadas
neste artigo e no comando de elementos subordinados, os
subtenentes e sargentos deverão impor-se pela lealdade,
pelo exemplo e pela capacidade profissional e técnica,
incumbindo-
lhes assegurar a observância minuciosa e ininterrupta das
ordens, das regras do serviço e das normas operativas, pelas
praças
que lhes estiverem diretamente subordinadas, e a
manutenção da coesão e do moral das mesmas praças em
todas as
circunstâncias.
Art. 37 – Os cabos e soldados são, essencialmente, os
elementos de execução.
Art. 38 – Às praças especiais cabe a rigorosa observância das
prescrições dos regulamentos que lhe são pertinentes,
exigindo-
se-lhes inteira dedicação ao estudo e ao aprendizado
técnico-profissional.
Art. 39 – Cabe ao policial-militar a responsabilidade integral
pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir e pelos
atos
que praticar.
CAPÍTULO III
Da Violação das Obrigações e dos Deveres
Art. 40 – A violação das obrigações ou dos deveres policiais-
militares constituirá crime ou transgressão disciplinar,
conforme
dispuserem a legislação ou regulamentação específicas ou
peculiares.
§ 1o – A violação dos preceitos da ética policial-militar é tão
mais grave quanto mais elevado for o grau hierárquico de
quem a
cometer.
§ 2o – No concurso de crime militar e de transgressão
disciplinar, será aplicada somente a pena relativa ao crime.
Art. 41 – A inobservância dos deveres especificados nas leis e
regulamentos ou a falta de exação no cumprimento dos
mesmos
acarreta para o policial-militar responsabilidade funcional,
pecuniária, disciplinar ou penal, consoante a legislação
específica
ou peculiar.
Parágrafo único – A apuração da responsabilidade funcional,
pecuniária, disciplinar ou penal poderá concluir pela
incompatibilidade do policial-militar com o cargo ou pela
incapacidade para o exercício das funções policiais-militares
a ele
inerentes.
Art. 42 – O policial-militar que, por sua atuação, se tornar
incompatível com o cargo ou demonstrar incapacidade no
exercício
de funções policiais-militares a ele inerentes, será afastado
do cargo.
§ 1o – São competentes para determinar o imediato
afastamento do cargo ou o impedimento do exercício da
função:
a) Governador do Estado;
b) O Secretário de Estado de Segurança Pública;
c) O Comandante-Geral da Polícia Militar; e
d) Os Comandantes, os Chefes e os Diretores, na
conformidade da legislação ou regulamentação da
Corporação.
§ 2o – O policial-militar afastado do cargo, nas condições
mencionadas neste artigo, ficará privado do exercício de
qualquer
função policial-militar, até a solução final do processo ou das
providências legais que couberem no caso.
Art. 43 – São proibidas quaisquer manifestações coletivas,
tanto sobre atos de superiores, quanto as de caráter
reivindicatório.
SEÇÃO I
Dos Crimes Militares
Art. 44 – Compete ao Tribunal estadual competente
processar e julgar os policiais-militares em segunda
instância, nos crimes
definidos em lei como militares.
Art. 45 – Aplica-se aos policiais-militares, no que couber, as
disposições estabelecidas no Código Penal Militar, nos
termos da
legislação federal.
SEÇÃO II
Das Transgressões Disciplinares
Art. 46 – O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar
especificará e classificará as transgressões disciplinares e
estabelecerá
as normas relativas à amplitude e aplicação das penas
disciplinares, à classificação do comportamento policial-
militar e à
interposição de recursos contra as penas disciplinares.
§ 1o – As penas disciplinares de detenção ou prisão não
podem ultrapassar de trinta dias.
§ 2o – Ao Aluno-Oficial PM aplicam-se as disposições
disciplinares previstas no estabelecimento de ensino onde
estiver
matriculado.
SEÇÃO III
Dos Conselhos de Justificação e Disciplina
Art. 47 – O oficial presumivelmente incapaz de permanecer
como policial-militar da ativa será submetido a Conselho de
Justificação, na forma da legislação própria.
§ 1o – O oficial, ao ser submetido a Conselho de justificação,
poderá ser afastado do exercício de suas funções
automaticamente
ou a critério do Comandante-Geral da Polícia Militar,
conforme estabelecido em lei.
§ 2o – O Tribunal estadual competente julgará os processos
oriundos dos Conselhos de Justificação, na forma
estabelecida em
lei.
§ 3o – O Conselho de Justificação também poderá ser
aplicado aos oficiais reformados e na reserva remunerada.
Art. 48 – O Aspirante-a-Oficial PM, bem como as praças com
estabilidade assegurada, presumivelmente incapazes de
permanecerem como policiais-militares da ativa, serão
submetidos a Conselho de Disciplina, na forma da legislação
aplicável.
§ 1o – O Aspirante-a-Oficial PM e as praças com estabilidade
assegurada, ao serem submetidos a Conselho de Disciplina,
serão
afastados das atividades que estiverem exercendo.
§ 2o – Compete ao Comandante-Geral da Polícia Militar
julgar, em última instância, os processos oriundos dos
Conselhos de
Disciplina convocados no âmbito da Corporação.
§ 3o – O Conselho de Disciplina também poderá ser aplicado
às praças reformadas e na reserva remunerada.
TÍTULO III
Dos Direitos e das Prerrogativas dos Policiais Militares
CAPÍTULO I
Dos Direitos
Art. 49 – São direitos dos policiais-militares:
I – garantia da patente, em toda a sua plenitude, com as
vantagens, prerrogativas e deveres a ela inerentes, quando
oficial, nos
termos da legislação específica;
II – a percepção de remuneração correspondente ao grau
hierárquico superior ou melhoria da mesma quando, ao ser
transferido
para a inatividade, contar mais de 35 (trinta e cinco) anos de
serviço, se oficial, e mais de 30 (trinta) anos de serviço, se
praça;
III – nas condições ou nas limitações impostas na legislação e
regulamentação especial:
a) a estabilidade, quando praça com 10 (dez) ou mais anos
de tempo de efetivo serviço;
b) o uso das designações hierárquicas;
c) a ocupação de cargo correspondente ao posto ou à
graduação;
d) a percepção de remuneração;
e) outros direitos previstos na legislação que trata de
remuneração dos policiais-militares do Estado;
f) a constituição de pensão policial-militar;
g) a promoção;
h) a transferência para a reserva remunerada, a pedido, ou a
reforma;
i) as férias, os afastamentos temporários do serviço e as
licenças;
j) a demissão e o licenciamento voluntários;
l) o porte de arma, quando oficial, em serviço ativo ou em
inativo, salvo aqueles em inatividade por alienação mental;
m) o porte de arma, pelas praças, com as restrições
impostas pela Polícia Militar; e
n) assistência judiciária quando for praticada a infração
penal no exercício da função policial-militar ou em razão
dela,
conforme estabelecer regulamentação especial.
Parágrafo único – A percepção da remuneração ou melhoria
da mesma, de que trata o item II, obedecerá ao seguinte:
a) o oficial que contar mais de 35 (trinta e cinco) anos de
serviço, após o ingresso na inatividade, terá seus proventos
calculados sobre o soldo correspondente ao posto imediato,
se existir na Polícia Militar posto superior ao seu, mesmo
que de
outros Quadro. Se ocupante do último posto da hierarquia
da Corporação, o oficial terá os proventos calculados,
tomando-se
por base o soldo do seu próprio posto acrescido de 20%
(vinte por cento);
b) os subtenentes quando transferidos para a inatividade
terão os proventos calculados sobre o soldo correspondente
ao posto
de Segundo-Tenente PM, desde que contem mais de 30
(trinta) anos de serviço; e
c) as demais praças que contem mais de 30 (trinta) anos de
serviço, ao serem transferidas para a inatividade, terão os
proventos
calculados sobre o soldo correspondente à graduação
imediatamente superior..
Art. 50 – O policial-militar que se julgar prejudicado ou
ofendido por qualquer ato administrativo ou disciplinar de
superior
hierárquico poderá recorrer ou interpor pedido de
reconsideração, queixa ou representação, segundo
legislação vigente na
Corporação.
§ 1o – O direito de recorrer na esfera administrativa
prescreverá:
a) em 15 (quinze) dias corridos, a contar do recebimento da
comunicação oficial, quanto a ato que decorra de inclusão
em
quota compulsória ou de composição de Quadro de Acesso;
e
b) em 120 (cento e vinte) dias corridos, nos demais casos.
§ 2o – O pedido de reconsideração, a queixa e a
representação não podem ser feitos coletivamente.
§ 3o – O policial-militar da ativa que, nos casos cabíveis, se
dirigir ao Poder Judiciário, deverá participar,
antecipadamente, esta
iniciativa à autoridade à qual estiver subordinado.
Art. 51 – Os policiais-militares são alistáveis, como eleitores,
desde que oficiais, aspirantes-a-oficial, subtenentes,
sargentos ou
alunos-oficiais da Escola de Formação de Oficiais.
Parágrafo único – Os policiais-militares alistáveis são
elegíveis, atendidas as seguintes condições:
a) o policial-militar que tiver menos de 5 (cinco) anos de
efetivo serviço será, ao se candidatar a cargo eletivo,
excluído do
serviço ativo, mediante demissão ou licenciamento ex-o"ício;
e
b) o policial-militar em atividade, com 5 (cinco) ou mais anos
de efetivo serviço, ao se candidatar a cargo eletivo, será
afastado, temporariamente, do serviço ativo e agregado,
considerado em licença para tratar de interesse particular.
Se eleito,
será, no ato da diplomação, transferido para a reserva
remunerada, percebendo a remuneração a que fizer jus, em
função do seu
tempo de serviço.
SEÇÃO I
Da Remuneração
Art. 52 – A remuneração dos policiais-militares compreende
vencimentos ou proventos, indenizações e outros direitos e
é
devida em bases estabelecidas em lei especial.
§ 1o – Os policiais-militares na ativa percebem remuneração
constituída pelas seguintes parcelas:
a) mensalmente:
I – vencimentos, compreendendo soldo e gratificações; e
II – indenizações.
b) eventualmente, outras indenizações.
§ 2o – Os policiais-militares em inatividade percebem
remuneração, constituída pelas seguintes parcelas:
a) mensalmente:
I – proventos, compreendendo soldo ou quotas de soldo,
gratificações e indenizações incorporáveis; e
II – adicional de inatividade.
b) eventualmente: auxílio-invalidez.
§ 3o – Os policiais-militares receberão salário-família de
conformidade com a lei que o rege.
Art. 53 – O auxílio-invalidez, atendidas as condições
estipuladas na legislação peculiar que trata da remuneração
dos policiais-
militares, será concedido ao policial-militar que, quando em
serviço ativo, tenha sido ou venha a ser reformado por
incapacidade definitiva e considerado inválido, isto é,
impossibilitado, total e permanentemente, para qualquer
trabalho, não
podendo prover os meios de subsistência.
Art. 54 – O soldo é irredutível e não está sujeito a penhora,
seqüestro ou arresto, exceto nos casos previstos em lei.
Art. 55 – O valor do soldo é igual para o policial-militar da
ativa, da reserva remunerada ou reformado, de um mesmo
grau
hierárquico, ressalvado o disposto no inciso II do art. 49.
Art. 56 – É proibido acumular remuneração de inatividade.
Parágrafo único – O disposto neste artigo não se aplica aos
policiais-militares da reserva remunerada e aos reformados
quanto
ao exercício de mandato eletivo, quanto ao de função de
magistério ou cargo em comissão ou quanto ao contrato
para
prestação de serviços técnicos ou especializados.
Art. 57 – Os proventos da inatividade serão revistos sempre
que, por motivo de alteração do poder aquisitivo da moeda,
se
modificarem os vencimentos dos policiais-militares em
serviço ativo.
Parágrafo único – Ressalvados os casos previstos em lei, os
proventos da inatividade não poderão exceder a
remuneração
percebida pelo policial-militar da ativa no posto ou na
graduação correspondente aos dos seus proventos.
SEÇÃO II
Da Promoção
Art. 58 – O acesso na hierarquia da Polícia Militar é seletivo,
gradual e sucessivo e será feito mediante promoções, de
conformidade com o disposto na legislação e
regulamentação de promoções de oficiais e de praças, de
modo a obter-se um
fluxo regular e equilibrado de carreira para os policiais-
militares a que esses dispositivos se referem.
§ 1o – O planejamento da carreira dos oficiais e das praças,
obedecidas as disposições da legislação e regulamentação a
que se
refere este artigo, é atribuição do Comando-Geral da Polícia
Militar.
§ 2o – A promoção de policial-militar feita em ressarcimento
de preterição será efetuada segundo os princípios de
antiguidade
ou merecimento, recebendo ele o número que lhe competir
na escala hierárquica como se houvesse sido promovido, na
época
devida, pelo princípio em que ora é feita sua promoção.
Art. 60 – Não haverá promoção de policial-militar por ocasião
de sua transferência para a reserva remunerada ou por
ocasião
de sua reforma.
SEÇÃO III
Das Férias e Outros Afastamentos Temporários do Serviço
Art. 61 – As férias são afastamentos totais do serviço, anual e
obrigatoriamente concedidos aos policiais-militares para
descanso, a partir do último mês do ano a que se referem e
durante todo o ano seguinte.
§ 1o – O Poder Executivo fixará a duração das férias.
§ 2o – Compete ao Comandante-Geral da Polícia Militar a
regulamentação da concessão das férias anuais.
§ 3o – A concessão de férias não é prejudicada pelo gozo
anterior de licenças para tratamento de saúde, por punição
anterior
decorrente de transgressão disciplinar, pelo estado de
guerra ou para que sejam cumpridos atos de serviço, bem
como não
anula o direito àquelas licenças.
§ 4o – Somente em casos de interesse da Segurança
Nacional, de manutenção da ordem, de extrema
necessidade do serviço ou
de transferência para a inatividade, os policiais-militares
terão interrompido ou deixarão de gozar, na época prevista,
o período
de férias a que tiverem direito, registrando-se o fato em seus
assentamentos.
§ 5o – Na impossibilidade absoluta de gozo de férias no ano
seguinte ou no caso de sua interrupção pelos motivos
previstos, o
período de férias não gozado será computado dia a dia, pelo
dobro, no momento da passagem do policial-militar para a
inatividade e somente para esse fim.
Art. 62 – Os policiais-militares têm direito, ainda, aos
seguintes períodos de afastamento total do serviço,
obedecidas as
disposições legais e regulamentares, por motivo de:
I – núpcias: 8 (oito) dias;
II – luto: 8 (oito) dias;
III – instalação: até 8 (oito) dias;
IV – trânsito: até 15 (quinze) dias.
Parágrafo único – O afastamento do serviço por motivo de
núpcias ou luto será concedido, no primeiro caso, se
solicitado por
antecipação à data do evento e, no segundo caso, tão logo a
autoridade a que estiver subordinado o policial-militar tenha
conhecimento do óbito.
Art. 63 – As férias e os outros afastamentos mencionados
nesta Seção são concedidos com a remuneração prevista na
legislação própria e computados como tempo de efetivo
serviço para todos o efeitos legais.
SEÇÃO IV
Das Licenças
Art. 64 – Licença é a autorização para o afastamento total do
serviço, em caráter temporário, concedida ao policial-militar,
obedecidas as disposições legais e regulamentares.
§ 1o – A licença pode ser:
a) especial;
b) para tratar de interesse particular;
c) para tratamento de saúde de pessoa da família; e
d) para tratamento de saúde própria.
§ 2o – A remuneração do policial-militar, quando no gozo de
qualquer das licenças constantes do parágrafo anterior, será
regulada em legislação própria.
Art. 65 – A licença especial é a autorização para afastamento
total do serviço, relativa a cada decênio de tempo de efetivo
serviço prestado, concedida ao policial-militar que a
requerer, sem que implique em qualquer restrição para a
sua carreira.
§ 1o – A licença especial tem a duração de 6 (seis) meses, a
ser gozada de uma só vez, podendo ser parcelada em 2
(dois) ou 3
(três) meses por ano civil, quando solicitado pelo interessado
e julgado conveniente pelo Comandante-Geral da
Corporação.
§ 2o – O período de licença especial não interrompe a
contagem do tempo de efetivo serviço.
§ 3o – Os períodos de licença especial não gozados pelo
policial-militar são computados em dobro para fins
exclusivos da
contagem de tempo para a passagem para a inatividade e,
nesta situação, para todos os efeitos legais.
§ 4o – A licença especial não é prejudicada pelo gozo anterior
de qualquer licença para tratamento de saúde e para que
sejam
cumpridos atos de serviço, bem como não anula o direito
àquelas licenças.
§ 5o – Uma vez concedida a licença especial, o policial-militar
será exonerado do cargo ou dispensado do exercício das
funções
que exerce e ficará à disposição do órgão de pessoal da
Polícia Militar.
§ 6o – A concessão da licença especial é regulada pelo
Comandante-Geral da Polícia Militar, de acordo com o
interesse do
serviço.
Art. 66 – A licença para tratar de interesse particular é a
autorização para afastamento total do serviço, concedida ao
policial
militar com mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço, que a
requerer com aquela finalidade.
§ 1o – A licença será sempre concedida com prejuízo da
remuneração e da contagem do tempo de efetivo serviço,
exceto
quanto a este último, para fins de indicação para a quota
compulsória.
§ 2o – A concessão de licença para tratar de interesse
particular é regulada pelo Comandante-Geral da Polícia
Militar, de acordo
com o interesse do serviço.
Art. 67 – As licenças poderão ser interrompidas a pedido ou
nas condições estabelecidas neste artigo.
§ 1o – A interrupção da licença especial ou de licença para
tratar de interesse particular poderá ocorrer:
a) em caso de mobilização e estado de guerra;
b) em caso de decretação de estado de sítio;
c) em caso de emergente necessidade da segurança pública;
d) para cumprimento de sentença que importe em restrição
da liberdade individual;
e) para cumprimento de punição disciplinar, conforme
regulado pelo Comandante-Geral da Polícia Militar; e
f) em caso de pronúncia em processo criminal ou indicação
em inquérito policial-militar, a juízo da autoridade que
efetivar a
pronúncia ou a indicação.
§ 2o – A interrupção da licença para tratamento de saúde de
pessoa da família, para cumprimento de pena disciplinar que
importe em restrição da liberdade individual, será regulada
na legislação própria.
CAPÍTULO II
Das Prerrogativas
Art. 68 – As prerrogativas dos policiais-militares são
constituídas pelas honras, dignidades e distinções devidas
aos graus
hierárquicos e cargos.
Parágrafo único – São prerrogativas dos policiais-militares:
a) uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e emblemas
policiais-militares da Polícia Militar, correspondente ao posto
ou
à graduação;
b) honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam
assegurados em leis ou regulamentos;
c) cumprimento de pena de prisão, reclusão ou detenção
somente em organização policial-militar, cujo Comandante,
Chefe ou
Diretor tenha precedência hierárquica sobre o preso ou
detido; e
d) julgamento em foro especial, nos crimes militares.
Art. 69 – Somente em caso de flagrante delito, o policial-
militar poderá ser preso por autoridade policial, ficando este
obrigada
a entrega-lo na delegacia ou posto policial durante o tempo
necessário à lavratura do flagrante.
§ 1o – Cabe ao Comandante-Geral da Polícia Militar a
iniciativa de responsabilizar a autoridade policial que não
cumprir o
disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que seja
maltratado qualquer preso policial-militar ou não lhe der o
tratamento devido ao seu posto ou à sua graduação.
§ 2o – Se, durante o processo em julgamento no foro civil,
houver perigo de vida para qualquer preso policial-militar, o
Comandante-Geral da Polícia Militar providenciará, junto ao
Secretário de Estado de Segurança Pública, os
entendimentos
com a autoridade judiciária visando a guarda dos pretórios
ou tribunais por força policial-militar.
Art. 70 – Os policiais-militares da ativa no exercício de
funções policiais-militares são dispensados do serviço de júri
na
justiça civil e do serviço na justiça eleitoral.
SEÇÃO ÚNICA
Do Uso dos Uniformes da Polícia Militar
Art. 71 – Os uniformes da Polícia Militar, com seus distintivos,
insígnias e emblemas são privativos dos policiais-militares e
representam o símbolo da autoridade policial-militar com as
prerrogativas que lhes são inerentes.
Parágrafo único – Constituem crimes previstos na legislação
específica o desrespeito aos uniformes, distintivos, insígnias
e
emblemas policiais-militares bem como seu uso por quem a
eles não tiver direito.
Art. 72 – O uso dos uniformes com seus distintivos, insígnias
e emblemas, bem como os modelos, descrição, composição,
peças acessórias e outras disposições são estabelecidas na
regulamentação própria da Polícia Militar.
§ 1o – É proibido ao policial-militar o uso de uniformes:
a) em reuniões, propaganda ou qualquer outra manifestação
de caráter político partidário;
b) na inatividade, salvo para comparecer a solenidades
militares e policiais-militares e, quando autorizado, a
cerimônias cívicas
comemorativas de datas nacionais ou a atos sociais solenes
de caráter particular;
c) no estrangeiro, quando em atividades não relacionadas
com a missão do policial-militar, salvo quando
expressamente
determinado ou autorizado.
§ 2o – Os policiais-militares na inatividade, cuja conduta
possa ser considerada como ofensiva à dignidade da classe,
poderão
ser definitivamente proibidos de usar uniformes, por decisão
do Comandante-Geral da Polícia Militar.
Art. 73 – O policial-militar fardado tem as obrigações
correspondentes ao uniforme que usa e aos distintivos,
emblemas ou às
insígnias que ostente.
Art. 74 – É vedado a qualquer elemento civil ou organizações
civis usar uniformes ou ostentar distintivos, equipamentos,
insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os
adotados na Polícia Militar.
Parágrafo único – São responsáveis pela infração das
disposições deste artigo os diretores ou chefes de
repartições,
organizações de qualquer natureza, firma ou empregadores,
empresas e institutos ou departamentos que tenham
adotado ou
consentido sejam usados uniformes ou ostentado
distintivos, equipamentos, insígnias ou emblemas que
possam ser
confundidos com os adotados na Polícia Militar.
TÍTULO IV
Das Disposições Diversas
CAPÍTULO I
Das Situações Especiais
SEÇÃO I
Da Agregação
Art. 75 – A agregação é a situação na qual o policial-militar da
ativa deixa de ocupar vaga na escala hierárquica do seu
Quadro
nela permanecendo sem número.
§ 1o – O policial-militar deve ser agregado quando:
a) for nomeado para cargo policial-militar ou considerado de
natureza policial-militar, estabelecido em lei ou decreto, não
previsto nos quadros de organização da Polícia Militar;
b) aguardar transferência ex-o"ício para a reserva
remunerada, por ter sido enquadrado em quaisquer
situações que a motivam;
c) for afastado temporariamente do serviço ativo por motivo
de:
I – ter sido julgado incapaz temporariamente, após um ano
contínuo de tratamento;
II – ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto
tramita o processo de reforma;
III – haver ultrapassado um ano contínuo de licença para
tratamento de saúde própria;
IV – haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos de licença
para trata de interesse particular;
V – haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença
para tratamento de saúde de pessoa da família;
VI – ter sido considerado oficialmente extraviado;
VII – haver sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de
deserção previsto no Código Penal Militar, se oficial ou praça
com estabilidade assegurada;
VIII – como desertor, ter-se apresentado voluntariamente, ou
ter sido capturado e reincluído a fim de se ver processar;
IX – se ver processar, após ficar exclusivamente à disposição
da justiça civil;
X – haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos sujeito a
processo no foro militar;
XI – ter sido condenado a pena restritiva de liberdade
superior a 6 (seis) meses, em sentença passada em julgado,
enquanto
durar a execução ou até ser declarado indigno de pertencer
à Polícia Militar ou com ela incompatível;
XII – exercer função de natureza civil em qualquer órgão da
Administração direta ou indireta, federal, estadual ou
municipal;
XIII – ter sido nomeado para qualquer cargo público civil
temporário, não eletivo, inclusive da administração indireta;
XIV – ter se candidatado a cargo eletivo desde que conte 5
(cinco) ou mais anos de efetivo serviço;
XV – ter sido condenado à pena de suspensão do exercício
do posto, graduação, cargo ou função prevista no Código
Penal
Militar.
§ 2o – O policial-militar agregado de conformidade com as
alíneas a e b do § 1o, continua a ser considerado, par todos
os
efeitos, em serviço ativo.
§ 3o – A agregação do policial-militar, a que se refere a alínea
a e os números XII e XIII da letra c do § 1o, é contada a partir
da
data de posse do novo cargo até o regresso à Corporação ou
transferência ex-o"ício para a reserva remunerada.
§ 4o – A agregação do policial-militar, a que se referem os
números I, III, IV, V, e X da alínea c do § 1o, é contada a partir
do
primeiro dia após os respectivos prazos e enquanto durar o
respectivo evento.
§ 5o – A agregação do policial-militar, a que se referem a
alínea b e números II, VI, VII, VIII, IX, XI e XV da alínea c do §
1o,
é contada a partir da data indicada no ato que torna público
o respectivo evento.
§ 6o – A agregação do policial-militar a que se refere o
número XIV da alínea c do § 1o, é contada a partir da data do
registro
como candidato até sua diplomação ou seu regresso à
Corporação, se não houver sido eleito.
§ 7o – O policial-militar agregado fica sujeito às obrigações
disciplinares concernentes às suas relações com outros
policiais-
militares e autoridades civis, salvo quando titular de cargo
que lhe dê precedência funcional sobre outros policiais-
militares
mais graduados ou mais antigos.
Art. 76 – O policial-militar agregado ficará adido, para efeito
de alterações e remuneração, à organização policial-militar
que
lhe for designada, continuando a figurar no respectivo
registro, sem número, no lugar que até então ocupava, com
a
abreviatura Ag e anotações esclarecedoras de sua situação.
Art. 77 – A agregação se faz por ato do Governador do
Estado, para os oficias e, pelo Comandante-Geral da Polícia
Militar,
para as praças.
SEÇÃO II
Da Reversão
Art. 78 – Reversão é o ato pelo qual o policial-militar
agregado retorna ao respectivo quadro tão logo cesse o
motivo que
determinou a sua agregação, voltando a ocupar o lugar que
lhe competir na respectiva escala numérica, na primeira vaga
que
ocorrer, observado o disposto no § 5o, do art. 91.
Parágrafo único – A qualquer tempo poderá ser determinada
a reversão do policial-militar agregado, exceto nos casos
previstos nos números I, II, II, VI, VII, VIII, XI, XIV e XV da alínea
c do § 1o do artigo 75.
Art. 79 – A reversão será efetuada mediante ato do
governador do Estado ou do Comandante-Geral da Polícia
Militar, quando
se tratar, respectivamente, de oficiais ou de praças.
SEÇÃO III
Do Excedente
Art. 80 – Excedente é a situação transitória a que,
automaticamente, passa o policial-militar que:
I – tendo cessado o motivo que determinou sua agregação,
reverte ao respectivo Quadro, estando este com seu efetivo
completo;
II – aguarda a colocação a que faz jus na escala hierárquica
após haver sido transferido de Quadro, estando o mesmo
com seu
efetivo completo;
III – é promovido por bravura, sem haver vaga;
IV – é promovido indevidamente;
V – sendo o mais moderno da respectiva escala hierárquica,
ultrapassa o efetivo de seu Quadro, em virtude de promoção
de
outro policial-militar em ressarcimento de preterição; e
VI – tendo cessado o motivo que determinou sua reforma
por incapacidade definitiva, retorna ao respectivo Quadro,
estando
este com seu efetivo completo.
§ 1o – O policial-militar cuja situação é a de excedente, salvo
o indevidamente promovido, ocupa a mesma posição
relativa, em
antiguidade, que lhe cabe na escala hierárquica, com a
abreviaturaExcd e receberá o número que lhe competir, em
conseqüência da primeira vaga que se verificar, observado o
disposto no § 5o do art. 91.
§ 2o – O policial-militar, cuja situação é a de excedente, é
considerado como em efetivo serviço para todos os efeitos e
concorre, respeitados os requisitos legais, em igualdade de
condições e sem nenhuma restrição, a qualquer cargo
policial-
militar, bem como à promoção e à quota compulsória.
§ 3o – O policial-militar promovido por bravura, sem haver
vaga, ocupará a primeira vaga aberta, observado o disposto
no § 5o
do art. 91, deslocando o princípio de promoção a ser seguido
para a vaga seguinte.
§ 4o – O policial-militar promovido indevidamente só contará
antiguidade e receberá o número que lhe competir na escala
hierárquica, quando a vaga que deverá preencher
corresponder ao princípio pelo qual deveria ter sido
promovido, desde que
satisfaça os requisitos para a promoção.
SEÇÃO IV
Do Ausente e do Desertor
Art. 81 – É considerado ausente o policial-militar que por
mais de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas:
I – deixar de comparecer à sua Organização Policial-militar,
sem comunicar qualquer motivo de impedimento; e
II – ausentar-se, sem licença, da Organização Policial – Militar
onde serve ou local onde deve permanecer.
Parágrafo único – Decorrido o prazo mencionado neste
artigo, serão observadas as formalidades previstas em
legislação
específica.
Art. 82 – O policial-militar é considerado desertor nos casos
previstos na legislação penal militar.
SEÇÃO V
Do Desaparecimento e do Extravio
Art. 83 – É considerado desaparecido o policial-militar da
ativa que, no desempenho de qualquer serviço, em viagem,
em
operações policiais-militares ou em caso de calamidade
pública, tiver paradeiro ignorado por mais de 8 (oito) dias.
Parágrafo único – A situação de desaparecido só será
considerada quando não houver indício de deserção.
Art. 84 – O policial-militar que, na forma do artigo anterior,
permanecer desaparecido por mais de 30 (trinta) dias, será
oficialmente considerado extraviado.
CAPÍTULO II
Do Desligamento ou Exclusão do Serviço Ativo
Art. 85 – O desligamento ou a exclusão do serviço ativo da
Polícia Militar é feito em conseqüência de:
I – transferência para a reserva remunerada;
II – reforma;
III – demissão;
IV – perda de posto e patente;
V – licenciamento
VI – exclusão a bem da disciplina;
VII – deserção;
VIII – falecimento; e
IX – extravio.
Parágrafo único – O desligamento do serviço ativo será
processado após a expedição de ato do Governador do
Estado,
quando oficial, ou do Comandante-Geral da Polícia Militar,
quando praça.
Art. 86 – A transferência para a reserva remunerada ou a
reforma não isentam o policial militar da indenização dos
prejuízos
causados à Fazenda Estadual ou a terceiros, nem do
pagamento das pensões decorrentes de sentença judicial.
Art. 87 – O policial-militar da ativa, enquadrado em um dos
itens I, II e V do art. 85 ou demissionário a pedido, continuará
no
exercício de suas funções até ser desligado da Organização
Policial-Militar em que serve.
Parágrafo único – O desligamento da Organização Policial-
Militar em serve deverá ser feito após a publicação, em
Diário
Oficial ou em Boletim da Corporação, do ato oficial
correspondente, e não poderá exceder de 45 (quarenta e
cinco) dias da
data da primeira publicação oficial.
SEÇÃO I
Da Transferência para a Reserva Remunerada
Art. 88 – A passagem do policial-militar à situação de
inatividade, mediante transferência para a reserva
remunerada, se
efetua:
I – a pedido; e
II – ex-o"ício.
Art. 89 – A transferência para a reserva remunerada, a
pedido, será concedida, mediante requerimento, ao policial-
militar que
contar, no mínimo 30 (trinta) anos de serviços.
§ 1o – O oficial PM da ativa pode pleitear transferência para a
reserva remunerada mediante inclusão voluntária na quota
compulsória.
§ 2o – No caso do policial-militar haver realizado qualquer
curso ou estágio de duração superior a 6 (seis) meses, por
conta do
Estado, no exterior, sem haver decorrido 3 (três) anos de seu
término, a transferência para a reserva remunerada só será
concedida mediante indenização de todas as despesas
correspondentes à realização do referido curso ou estágio,
inclusive as
diferenças de vencimentos.
§ 3o – Não será concedida transferência para a reserva
remunerada, a pedido, ao policial-militar que:
a) estiver respondendo a inquérito ou a processo em
qualquer jurisdição; e
b) estiver cumprindo pena de qualquer natureza.
Art. 90 – A transferência ex-o"ício para a reserva
remunerada verificar-se-á sempre que o policial-militar
incidir nos seguintes
casos:
I – atingir as seguintes idades-limites:
a) no Quadro de Oficiais Policiais-Militares (QOPM) e no
Quadro de Oficiais de Saúde (QOS):
POSTOS IDADES
Coronel PM …………………………………………… 59 anos
Tenente-Coronel PM ………………………………. 56 anos
Major PM ………………………………………………. 52 anos
Capitão PM e Oficiais Subalternos …………… 48 anos
b) no Quadro de Oficiais Auxiliares (QOA) e no Quadro de
Oficiais Especialistas (QOE):
POSTOS IDADES
Capitão PM …………………………………………… 56 anos
1o Tenente PM ………………………………………. 54 anos
2o Tenente PM ………………………………………. 52 anos
c) para as praças PM:
GRADUAÇÃO IDADES
Subtenente PM ……………………………………… 56 anos
Primeiro-Sargento PM ……………………………. 54 anos
Segundo-Sargento PM …………………………… 52 anos
Terceiro-Sargento PM ……………………………. 51 anos
Cabo PM e Soldado PM …………………………. 50 anos
II – ultrapassar o oficial superior 8 (oito) anos de
permanência no último posto previsto na hierarquia do seu
Quadro, desde
que conte 30 (trinta) ou mais anos de efetivo serviço;
III – ultrapassar o oficial intermediário 6 (seis) anos de
permanência no posto, quando este for o último da
hierarquia do seu
Quadro, desde que conte 30 (trinta) ou mais anos de efetivo
serviço;
IV – for o oficial abrangido pela quota compulsória;
V – for a praça abrangida pela quota compulsória, na forma a
ser regulada pelo Governador do Estado, por proposta do
Comandante-Geral da Polícia Militar;
VI – for o oficial considerado não habilitado para o acesso,
em caráter definitivo, no momento em que vier a ser objeto
de
apreciação para ingresso em Quadro de Acesso;
VII – ultrapassar 2 (dois) anos, contínuos ou não, em licença
para tratar de interesse particular;
VIII – ultrapassar 2 (dois) anos contínuos em licença para
tratamento de saúde de pessoa da família;
IX – ser empossado em cargo público permanente, estranho
à sua carreira, cujas funções sejam de magistério;
X – ultrapassar 2 (dois) anos de afastamento, contínuos ou
não, agregado em virtude de ter sido empossado em cargo
público
civil temporário, não eletivo, inclusive da administração
indireta; e
XI – ser diplomado em cargo eletivo, na forma da alínea b,
parágrafo único, do art. 51.
§ 1o – A transferência para a reserva remunerada processar-
se-á à medida que o policial-militar for enquadrado em um
dos itens
deste artigo, salvo quanto ao item IV, caso em que será
processada na primeira quinzena de março.
§ 2o – A transferência para a reserva remunerada do policial-
militar enquadrado no item IX será efetivamente no posto ou
na
graduação que tinha na ativa, podendo acumular os
proventos a que fizer jus na inatividade com a remuneração
do cargo para
que foi nomeado.
§ 3o – A nomeação do policial-militar para os cargos de que
tratam os itens IX e X somente poderá ser feita:
a) pela autoridade federal competente, mediante requisição
ao Governador do Estado, quando o cargo for da alçada
federal; e
b) pelo Governador do Estado ou mediante sua autorização,
nos demais casos.
§ 4o – Enquanto permanecer no cargo de que trata o item X:
a) é-lhe assegurada a opção entre a remuneração do cargo e
a do posto ou da graduação;
b) somente poderá ser promovido por antiguidade; e
c) o tempo de serviço é contado apenas para aquela
promoção e para a transferência para a inatividade.
Art. 91 – A quota compulsória, a que se refere o item IV do
art. 90, é destinada à renovação, ao equilíbrio e à
regularidade de
acesso nos diferentes Quadros, assegurando, anual e
obrigatoriamente, um, um mínimo de vagas para promoção,
nas
proporções abaixo indicadas, sempre que tal mínimo não
tenha sido alcançado com as vagas ocorridas durante o ano
considerado ano base:
I – Coronel: no mínimo 1/10 dos respectivos Quadros;
II – Tenente-Coronel: no mínimo 1/15 dos respectivos
Quadros;
III – Major: no mínimo 1/20 dos respectivos Quadros;
IV – os Oficiais dos Quadros de que trata a letra b, item I do
artigo 90:
Capital:
a) quando, nos Quadros, houver até 3 (três) 1 (uma) de 4
(quatro) em 4 (quatro) anos;
b) quando, nos Quadros, houver até 16 (dezesseis), 1/8 (um
oitavo) por ano;
c) quando, nos Quadros, houver mais de 16 (dezesseis), 1/10
(um décimo) por ano.
§ 1o – O número de vagas para promoção obrigatória em
cada ano (ano base), para determinado posto, observado o
disposto no
§ 3o, será fixado até o dia 15 de janeiro do ano seguinte, e
desse número serão deduzidas, para o cálculo da quota
compulsória:
a) as vagas havidas durante o ano base e abertas a partir de
1 (um) de janeiro até 31 (trinta e um) de dezembro, inclusive.
§ 2o – As vagas constantes da letra b do § 1o são
consideradas abertas:
a) na data da assinatura do ato que promove, passa para a
inatividade, demite, ou agrega o policial-militar; e
b) na data oficial do óbito.
§ 3o – Não estão enquadradas na letra b do § 1o, as vagas:
a) que resultarem da fixação de quota compulsória para o
ano anterior ao ano base; e
b) que, abertas durante o ano base, tiverem sido
preenchidas por oficiais excedentes nos Quadros ou que a
eles houverem
revertido em virtude de terem cessado as causas que deram
motivo à agregação, observado o disposto no parágrafo 5o.
§ 4o – As frações que resultarem da aplicação das
proporções estabelecidas neste artigo serão adicionadas,
cumulativamente,
aos cálculos correspondentes dos anos seguintes, até
completar-se pelo menos 1 (um) inteiro que, então, será
computado para a
obtenção de uma vaga para promoção obrigatória.
§ 5o – As vagas decorrentes da aplicação direta da quota
compulsória e as resultantes das promoções efetivadas nos
diversos
postos em face daquela aplicação inicial não serão
preenchidas por oficiais excedentes ou agregados que
reverterem em virtude
de haverem cessado as causas da agregação.
§ 6o – As quotas compulsórias só serão aplicadas quando
houver, no posto imediatamente abaixo, oficias que
satisfaçam as
condições de acesso.
Art. 92 – A indicação dos oficiais para integrarem a quota
compulsória obedecerá às seguintes prescrições:
I – inicialmente, serão apreciados os requerimentos
apresentados pelos oficiais da ativa que, contando mais de
20 (vinte) anos
de tempo de efetivo serviço, requererem sua inclusão na
quota compulsória, dando-se atendimento, por prioridade
em cada
posto, aos mais idosos;
II – se o número de oficiais voluntários na forma do item I
não atingir o total de vagas da quota fixada em cada posto,
esse
total será completado ex-o"ício, pelos oficiais que:
a) contarem, no mínimo, como tempo de efetivo serviço:
1) 30 (trinta) anos, se Coronel PM;
2) 28 (vinte e oito) anos, se Tenente-Coronel PM;
3) 25 (vinte e cinco) nos, se Major PM;
b) possuírem interstício para promoção, quando for o caso;
c) integrarem as faixas dos que concorrem à constituição dos
Quadros de Acesso por antiguidade ou merecimento; e
d) satisfeitas as 3 (três) condições das letras a, b e c na
seguinte ordem de prioridade:
1a) não possuírem as condições regulamentares para a
promoção, ressalvada a incapacidade física até 6 (seis)
meses contínuos
ou 12 (doze) meses descontínuos. Dentre eles os de menor
merecimento a ser apreciado pelo órgão competente da
Polícia
Militar. Em igualdade de merecimento, os de mais idade e,
em caso de mesma idade, os mais modernos;
2a) deixarem de integrar os Quadros de Acesso por
merecimento, pelo maior número de vezes no posto,
quando neles tenha
entrado oficial mais moderno. Em igualdade de condições os
de menor merecimento a ser apreciado pelo órgão
competente da
Polícia Militar. Em igualdade de merecimento os de mais
idade, e, em caso de mesma idade, os mais modernos; e
3a) forem os de mais idade, e, no caso da mesma idade, os
mais modernos.
Parágrafo único – Aos oficiais excedentes, aos agregados e
aos não numerados em virtude de lei especial aplicam-se as
disposições deste artigo e os que forem relacionados para a
compulsória serão transferidos para a reserva remunerada
juntamente com os demais componentes da quota, não
sendo computados, entretanto, no total das vagas fixadas.
Art. 93 – O órgão competente da Polícia Militar organizará,
até o dia 31 (trinta e um) de janeiro de cada ano, a lista dos
oficiais destinados a integrarem a quota compulsória, na
forma do artigo anterior.
Parágrafo único – Não serão relacionados para integrar a
quota compulsória os oficias que estiverem agregados por
terem
sido declarados extraviados ou desertores.
Art. 94 – Os oficiais indicados para integrarem a quota
compulsória anual serão notificados imediatamente e terão,
para
apresentar recursos contra essa medida, o prazo previsto na
letra a do parágrafo 1o, do art. 50.
Art. 95 – A transferência do policial-militar para a reserva
remunerada poderá ser suspensa na vigência do estado de
guerra,
estado de sítio ou em caso de mobilização.
Art. 96 – O oficial da reserva remunerada poderá ser
convocado para o serviço ativo, por ato do Governador do
Estado, para
compor Conselho de Justificação, para ser encarregado de
Inquérito Policial-Militar ou incumbido de outros
procedimentos
administrativos, na falta de oficial da ativa em situação
hierárquica compatível com a do oficial envolvido.
§ 1o – O oficial convocado nos termos deste artigo terá os
direitos e deveres dos da ativa de igual situação hierárquica,
exceto
quanto a promoção a que não concorrerá, e contará como
acréscimo, esse tempo de serviço.
§ 2o – A convocação de que trata este artigo terá a duração
necessária ao cumprimento da atividade que a ela deu
origem, não
devendo ser superior ao prazo de 12 (doze) meses,
dependerá da anuência do convocado e será precedida de
inspeção de saúde.
SEÇÃO II
Da Reforma
Art. 97 – A passagem do policial-militar à situação de
inatividade, mediante reforma, se efetua ex-o"ício.
Art. 98 – A reforma de que trata o artigo anterior será
aplicada ao policial-militar que:
I – atingir as seguintes idades-limites de permanência na
reserva remunerada:
a) para Oficial Superior, 64 anos;
b) para Capitão e Oficial Subalterno, 60 anos; e
c) para Praças, 58 anos.
II – for julgado incapaz definitivamente para o serviço ativo
da Polícia Militar;
III – estiver agregado por mais de 2 (dois) anos, por ter sido
julgado incapaz temporariamente, mediante homologação
de
Junta Superior de Saúde, ainda mesmo que se trate de
moléstia curável;
IV – for condenado à pena de reforma, prevista no Código
Penal Militar, por sentença passada em julgado;
V – sendo oficial, e tiver determinada pelo Tribunal Estadual
competente, em julgamento por ele efetuado, em
conseqüência de
Conselho de Justificação a que foi submetido; e
VI – sendo Aspirante-a-Oficial PM ou praça com estabilidade
assegurada, for para tal indicado, ao Comandante-Geral da
Polícia Militar, em julgamento de Conselho de Disciplina.
Parágrafo único – O policial-militar reformado, na forma dos
itens V ou VI, só poderá readquirir a situação policial-militar
anterior, respectivamente, por outra sentença do Tribunal
Estadual competente e nas condições nela estabelecidas ou
por
decisão do Comandante-Geral da Polícia Militar.
Art. 99 – Anualmente, no mês de fevereiro, o órgão de
pessoal da Corporação organizará a relação dos policiais-
militares que
houverem atingido a idade-limite de permanência na reserva
remunerada, a fim de serem reformados.
Parágrafo único – A situação de inatividade do policial-militar
da reserva remunerada, quando reformado por limite de
idade,
não sofre solução de continuidade, exceto quanto às
condições de convocação.
Art. 100 – A incapacidade definitiva pode sobrevir em
conseqüência de:
I – ferimento recebido na manutenção da ordem pública ou
enfermidade contraída, nessa situação, ou que nela tenha
sua causa
eficiente;
II – acidente em serviço;
III – doença, moléstia ou enfermidade adquirida, com relação
de causa e efeito a condições inerentes ao serviço;
IV – tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna,
cegueira, lepra, paralisia irreversível e incapacitante,
cardiopatia
grave, mal de Parkinson, pênfigo, espondiloartrose
anquilosante, nefropatia grave e outras moléstias que a lei
indicar com base
nas conclusões da medicina especializada; e
V – acidente ou doença, moléstia ou enfermidade, sem
relação de causa e efeito com o serviço.
§ 1o – Os casos de que tratam os itens I, II e III deste artigo
serão aprovados por atestado de origem ou inquérito
sanitário de
origem, sendo os termos do acidente, baixa ao hospital,
papeletas de tratamento ns enfermarias e hospitais, e os
registros de
baixa, utilizados como meios subsidiários para esclarecer a
situação.
§ 2o – Nos casos de tuberculose, as Juntas de Saúde deverão
basear seus julgamentos, obrigatoriamente, em observações
clínicas, acompanhadas de repetidos exames subsidiários,
de modo a comprovar, com segurança, a atividades da
doença, após
acompanhar sua evolução até 3 (três) períodos de 6 (seis)
meses de tratamento clínico-cirúrgico metódico, atualizado
e, sempre
que necessário, nosocomial, salvo quando se tratar de
formas grandemente avançadas no conceito clínico e sem
qualquer
possibilidade de regressão completa, as quais terão parecer
imediato de incapacidade definitiva.
§ 3o – O parecer definitivo a adotar, nos casos de
tuberculose, para os portadores de lesões aparentemente
inativas, ficará
condicionado a um período de consolidação
extranosocomial, nunca inferior a 6 (seis) meses, contados a
partir da época da
cura.
§ 4o – Considera-se alienação mental todo caso de distúrbio
mental ou neuromental grave persistente, no qual,
esgotados os
meios habituais de tratamento, permaneça alteração
completa ou considerável na personalidade, destruindo a
autodeterminação
do pragmatismo e tornando o indivíduo total e
permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho.
§ 5o – Ficam excluídas do conceito de alienação mental as
epilepsias psíquicas e neurológicas, assim julgadas pelas
Juntas de
Saúde.
§ 6o – Considera-se paralisia todo caso de neuropatia grave e
definitiva que afeta a motilidade, sensibilidade, troficidade e
mais
funções nervosas, no qual, esgotados os meios habituais de
tratamento, permaneçam distúrbios graves, extensos e
definitivos,
que tornem o indivíduo total e permanentemente
impossibilitado para qualquer trabalho.
§ 7o – São também equiparados às paralisias os casos de
afecção ósteo-músculo-articulares graves e crônicas
(reumatismos
graves e crônicos ou progressivos e doenças similares), nos
quais, esgotados os meios habituais de tratamento,
permaneçam
distúrbios extensos e definitivos, que ósteo-músculo-
articulares residuais, que secundários das funções nervosas,
motilidade,
troficidade ou mais funções, que tornem o indivíduo total e
permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho.
§ 8o – São equiparados à cegueira, não só os casos de
afecções crônicas, progressivas e incuráveis, que conduzirão
à cegueira
total, como também os de visão rudimentar que apenas
permitam a percepção de vultos, não suscetíveis de correção
por lentes,
nem removíveis por tratamento médico-cirúrgico.
Art. 101 – O policial-militar da ativa, julgado incapaz
definitivamente por um dos motivos constantes dos itens I,
II, III e IV
do artigo 100, será reformado com qualquer tempo de
serviço.
Art. 102 – O Policial-militar da ativa, julgado incapaz
definitivamente por um dos motivos constantes do item I do
artigo 100,
será reformado com a remuneração calculada com base no
soldo correspondente ao grau hierárquico imediato ao que
possuir
na ativa.
§ 1o – Aplica-se o disposto neste artigo aos casos previstos
nos itens II, III e IV do artigo 100, quando, verificada a
incapacidade definitiva, for o policial-militar considerado
inválido, isto é, impossibilitado total e permanentemente
para
qualquer trabalho.
§ 2o – Considera-se, para efeito deste artigo, grau
hierárquico imediato:
a) o de Primeiro-Tenente PM, para Aspirante-a-Oficial PM;
b) o de Segundo-Tenente PM, Primeiro-Sargento PM,
Segundo-Sargento PM e Terceiro-Sargento PM; e
c) o de Terceiro-Sargento PM, Cabo PM e Soldado PM.
§ 3o – Aos benefícios previstos neste artigo e seus parágrafo
poderão ser acrescidos outros relativos à remuneração,
estabelecidos em leis tanto específicas como peculiares,
desde que o policial-militar, ao ser reformado, já satisfaça as
condições por elas exigidas.
Art. 103 – O policial-militar da ativa, julgado incapaz
definitivamente por um dos motivos constantes do item V,
do artigo
100, será reformado:
I – com remuneração proporcional ao tempo de serviço, se
oficial ou praça com mais de 5 (cinco) anos de serviço, a
contar da
constatação da incapacidade; e
II – com remuneração calculada com base no soldo integral
do posto ou graduação, desde que, com qualquer tempo de
serviço,
seja considerado inválido, isto é, impossibilitado total e
permanentemente para qualquer trabalho, exceto se, por
Junta Superior
de Saúde, ficar constatado que a moléstia, por sua natureza,
era congênita, ou anterior à data de praça.
Art. 104 – O policial-militar reformado por incapacidade
definitiva que for julgado apto em inspeção de saúde por
Junta
Superior, em grau de recurso ou revisão, poderá retornar ao
serviço ativo ou ser transferido para a reserva remunerada,
conforme dispuser regulamentação especial.
§ 1o – O retorno ao serviço ativo ocorrerá se o tempo
decorrido na situação de reformado não ultrapassar 2 (dois)
anos e na
forma do disposto no § 1o do artigo 80.
§ 2o – A transferência para a reserva remunerada, observado
o limite de idade para permanência nessa situação, ocorrerá
se o
tempo decorrido na situação de reformado ultrapassar 2
(dois) anos.
Art. 105 – O policial-militar reformado por alienação mental,
enquanto não ocorrer a designação judicial do curador, terá
sua
remuneração paga aos seus beneficiários, desde que estes o
tenham sob sua guarda e responsabilidade e lhe dispensem
tratamento humano e condigno.
§ 1o – A interdição judicial do policial-militar reformado por
alienação mental, deverá ser providenciada junto ao Juízo
competente, por iniciativa de beneficiários, parentes ou
responsáveis, até 60 (sessenta) dias a contar da data do ato
de reforma.
§ 2o – A interdição judicial do policial-militar e seu
internamento em instituição apropriada, policial-militar ou
não, deverão ser
providenciados pela Corporação quando:
a) não houver beneficiários, parentes ou responsáveis; ou
b) não forem satisfeitas as condições de tratamento exigidas
neste artigo.
Art. 106 – Para fins do previsto na presente Seção, as praças
especiais e demais praças, constantes do quadro a que se
refere o
art. 14, são consideradas:
I – Segundo-Tenente PM: os Aspirantes-a-Oficial PM;
II – Aspirante-a-Oficial PM: os Alunos-Oficiais PM, qualquer
que seja o ano;
III – Terceiro-Sargento PM: os alunos do Curso de Formação
de Sargentos PM; e
IV – Cabo PM: os alunos do Curso de Formação de Cabos PM.
SEÇÃO III
Da Demissão, Da Perda do Posto e da Patente e da
Declaração
de Indignidade ou Incompatibilidade com o Oficialato
Art. 107 – A demissão da Polícia Militar, aplicada
exclusivamente aos oficiais, efetua-se:
I – a pedido; e
II – ex-o"ício.
Art. 108 – A demissão a pedido será concedida mediante
requerimento do interessado:
I – sem indenização aos cofres públicos, quando contar mais
de 5 (cinco) anos de oficialato na Polícia Militar;
II – com indenização das despesas feitas pelo Estado, com a
sua preparação e formação, quando contar menos de 5
(cinco)
anos de oficialato.
§ 1o – No caso de oficialato ter feito qualquer curso ou
estágio de duração igual ou superior a 6 (seis) meses e
inferior ou igual
a 18 (dezoito) meses, por conta do Estado, e não tendo
decorrido mais de 3 (três) anos do seu término, a demissão
só será
concedida mediante indenização de todas as despesas
correspondentes ao referido curso ou estágio, acrescidas, se
for o caso,
das previstas no item II deste artigo e das diferenças de
vencimentos.
§ 2o – No caso de o oficial ter feito qualquer curso ou estágio
de duração superior a 18 (dezoito) meses, por conta do
Estado,
aplicar-se-á o disposto no parágrafo anterior, se ainda não
houver decorrido mais de 5 (cinco) anos de seu término.
§ 3o – O oficial demissionário, a pedido, não terá direito a
qualquer remuneração, sendo a sua situação militar definida
pela Lei
do Serviço Militar.
§ 4o – O direito à demissão, a pedido, pode ser suspenso, na
vigência de estado de guerra, calamidade pública,
perturbação da
ordem interna, estado de sítio ou em caso de mobilização.
Art. 109 – O oficial da ativa empossado em cargo público
permanente, estranho à sua carreira e cuja função não seja
de
magistério, será, imediatamente, mediante demissão ex-
o"ício por esse motivo, transferido para a reserva, onde
ingressará com
o posto que possuía na ativa, não podendo acumular
qualquer provento de inatividade com a remuneração do
cargo público
permanente.
Art. 110 – O oficial que houver perdido o posto e a patente
será demitido ex-o"ício, sem direito a qualquer
remuneração ou
indenização e terá a sua situação militar definida pela Lei do
Serviço Militar.
Art. 111 – O oficial perderá o posto e a patente se for
declarado indigno do oficialato ou com ele incompatível por
decisão do
Tribunal estadual competente, em decorrência de
julgamento a que for submetido.
Parágrafo único – O oficial declarado indigno do oficialato,
ou com ele incompatível, e condenado à perda de posto e
patente
só poderá readquirir a situação policial-militar anterior por
outra sentença do Tribunal mencionado e nas condições
nela
estabelecidas.
Art. 112 – Fica sujeito à declaração de indignidade para o
oficialato, ou de incompatibilidade com o mesmo, o oficial
que:
I – for condenado, por Tribunal Civil ou Militar, a pena
restritiva de liberdade individual superior a 2 (dois) anos, em
decorrência de sentença condenatória passada em julgado;
II – for condenado, por sentença passada em julgado, por
crime para os quais o Código Penal Militar comina essas
penas
acessórias e por crimes previstos na legislação concernente
à Segurança Nacional;
III – incidir nos casos previstos em lei específica que motivam
o julgamento por Conselho de Justificação e neste for
considerado culpado; e
IV – tiver perdido a nacionalidade brasileira.
SEÇÃO IV
Do Licenciamento
Art. 113 – O licenciamento do serviço ativo, aplicado
somente às praças, se efetua:
I – a pedido; e
II – ex-o"ício.
§ 1o – O licenciamento a pedido poderá ser concedido,
desde que não haja prejuízo para o serviço, à praça engajada
ou
reengajada que conte no mínimo, a metade do tempo de
serviço a que se obrigou.
§ 2o – O licenciamento ex-o"ício será feito na forma da
legislação própria:
a) por conclusão de tempo de serviço;
b) por conveniência do serviço; e
c) a bem da disciplina.
§ 3o – O policial-militar licenciado não tem direito a qualquer
remuneração e terá sua situação militar definida pela Lei do
Serviço Militar.
§ 4o – O policial-militar licenciado ex-o"ício, a bem da
disciplina, receberá o Certificado de Isenção previsto na Lei
do Serviço
Militar.
Art. 114 – O Aspirante-a-Oficial PM e as demais praças
empossadas em cargo público permanente, estranho à sua
carreira e
cuja função não seja de magistério, serão, imediatamente,
licenciadosex-o"ício, sem remuneração e terão sua situação
militar
definida pela Lei do Serviço Militar.
Art. 115 – O direito ao licenciamento a pedido poderá ser
suspenso na vigência do estado de guerra, calamidade
pública,
perturbação da ordem interna, estado de sítio ou em caso
de mobilização.
SEÇÃO V
Da Exclusão da Praça a Bem da Disciplina
Art. 116 – A exclusão a bem da disciplina será aplicada ex-
o"ício ao Aspirante-a-Oficial PM ou às praças com
estabilidade
assegurada:
I – sobre as quais houver pronunciado tal sentença o
Conselho Permanente de Justiça, por haverem sido
condenadas, em
sentença passada em julgado, por aquele Conselho ou
Tribunal Civil, a pena restritiva de liberdade individual
superior a 2
(dois) anos ou, nos crimes previstos na legislação especial
concernente à Segurança Nacional, a pena de qualquer
duração;
II – Sobre as quais houver pronunciado tal sentença o
Conselho Permanente de Justiça, por haverem perdido a
nacionalidade
brasileira;
III– que incidirem nos casos que motivarem o julgamento
pelo Conselho de Disciplina previsto no art. 48 e neste forem
considerados culpados.
Parágrafo único – O Aspirante-a-Oficial PM ou a praça com
estabilidade assegurada que houver sido excluído a bem da
disciplina, só poderá readquirir a situação policial-militar
anterior:
a) por outra sentença do Conselho Permanente de Justiça e
nas condições nela estabelecidas, se a exclusão for
conseqüência de
sentença daquele Conselho; e
b) por decisão do Comandante-Geral da Polícia Militar, se a
exclusão for conseqüência de ter sido julgado culpado em
Conselho de Disciplina.
Art. 117 – É da competência do Comandante-Geral da Polícia
Militar o ato de exclusão a bem da disciplina do Aspirante-a-
Oficial PM, bem cômodas praças com estabilidade
assegurada.
Art. 118 – A exclusão da praça a bem da disciplina acarreta a
perda do seu grau hierárquico e não isenta das indenizações
dos
prejuízos causados à Fazenda Estadual ou a terceiros, nem
das pensões decorrentes de sentença judicial.
Parágrafo único – A praça excluída a bem da disciplina não
terá direito a qualquer remuneração ou indenização e sua
situação
militar será definida pela Lei do Serviço Militar.
SEÇÃO VI
Da Deserção
Art. 119 – A deserção do policial-militar acarreta uma
interrupção do serviço policial-militar, com a conseqüente
demissão ex-
o"ício, para o oficial, ou exclusão do serviço ativo, para a
praça.
§ 1o – A demissão do oficial ou a exclusão da praça com
estabilidade assegurada processar-se-á após 1 (um) ano de
agregação,
se não houver captura ou apresentação voluntária antes
desse prazo.
§ 2o – A praça sem estabilidade assegurada será
automaticamente excluída após oficialmente declarada
desertora.
§ 3o – O policial-militar desertor, que for capturado ou que
se apresentar voluntariamente depois de haver sido
demitido ou
excluído, será reincluído no serviço ativo e a seguir agregado
para se ver processar.
§ 4o – A reinclusão em definitivo do policial-militar de que
trata o parágrafo anterior dependerá da sentença do
Conselho de
Justiça.
SEÇÃO VII
Do Falecimento e do Extravio
Art. 120 – O falecimento do policial-militar da ativa acarreta
interrupção do serviço policial-militar, com o conseqüente
desligamento ou exclusão do serviço ativo, a partir da data
da ocorrência do óbito.
Art. 121 – O extravio do policial-militar da ativa acarreta
interrupção do serviço policial-militar com o conseqüente
afastamento temporário do serviço ativo, a partir da data em
que o mesmo for oficialmente considerado extraviado.
§ 1o – O desligamento do serviço ativo será feito 6 (seis)
meses após a agregação por motivo de extravio.
§ 2o – Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe,
calamidade pública ou outros acidentes oficialmente
reconhecidos, o
extravio ou o desaparecimento do policial-militar da ativa
será considerado como falecimento, para fins deste Estatuto,
tão
logo sejam esgotados os prazos máximos de possível
sobrevivência ou quando se dêem por encerradas as
providências de
salvamento.
Art. 122 – O reaparecimento de policial-militar extraviado ou
desaparecido, já desligado do serviço ativo, resulta em sua
reinclusão e nova agregação, enquanto se apuram as causas
que deram origem ao seu afastamento.
Parágrafo único – O policial-militar reaparecido será
submetido a Conselho de Justificação ou a Conselho de
Disciplina, por
decisão do Comandante-Geral da Polícia Militar, se assim for
julgado necessário.
CAPÍTULO III
Do Tempo de Serviço
Art. 123 – Os policiais-militares começam a contar tempo de
serviço na Polícia Militar a partir da data de sua inclusão,
matrícula em órgão de formação de policiais-militares ou
nomeação para posto ou graduação na Polícia Militar.
§ 1o – Considera-se como data de inclusão, para fins deste
artigo:
a) a data do ato em que o policial-militar é considerado
incluído em uma Organização Policial Militar;
b) a data de matrícula em órgão de formação de policiais-
militares; e
c) a data de apresentação pronto para o serviço no caso de
nomeação.
§ 2o – O policial-militar reincluído recomeça a contar tempo
de serviço na data de sua reinclusão.
§ 3o – Quando, por motivo de força maior oficialmente
reconhecida (inundação, naufrágio, incêndio, sinistro aéreo e
outras
calamidades), faltarem dados para contagem do tempo de
serviço, caberá ao Comandante-Geral da Polícia Militar
arbitrar o
tempo a ser computado, para cada caso particular, de
acordo com os elementos disponíveis.
Art. 124 – Na apuração do tempo de serviço do policial-
militar será feita à distinção entre:
I – temo de efetivo serviço; e –
II – anos de serviço.
Art. 125 – Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo,
computado dia a dia, entre a data de inclusão e a data-limite
estabelecida para a contagem ou a data do desligamento do
serviço ativo, mesmo que tal espaço de tempo seja
parcelado.
§ 1o – Será, também, computado como tempo de efetivo
serviço:
a) o tempo de serviço prestado nas Forças Armadas, em
outras Polícias Militares ou em Corpos de Bombeiros
Militares; e
b) o tempo passado dia a dia, nas Organizações Policiais-
Militares, pelo policial-militar da reserva remunerada da
Corporação
que for convocado para o exercício de funções policiais-
militares, na forma do artigo 96.
§ 2o – Não serão deduzidos do tempo de efetivo serviço,
além dos afastamentos previstos no artigo 63, os períodos
em que o
policial-militar estiver afastado do exercício de suas funções
em gozo de licença especial.
§ 3o – Ao tempo de efetivo serviço de que tratam este artigo
e parágrafos anteriores, apurado e totalizado em dias, será
aplicado
o divisor 365 (trezentos e sessenta e cinco), para a
correspondente obtenção dos anos de efetivo serviço.
Art. 126 – Anos de Serviço é a expressão que designa o
tempo de efetivo serviço a que se referem o art. 125 e seus
parágrafos, com os seguintes acréscimos:
I – tempo de serviço público federal, estadual ou municipal,
prestado pelo policial-militar anteriormente à sua inclusão,
matrícula, nomeação ou reinclusão na Polícia Militar;
II – 1 (um) ano para cada 5 (cinco) anos de tempo de efetivo
serviço prestado pelo oficial do Quadro de Oficiais de Saúde,
até
que este acréscimo complete o total de anos de duração
normal do curso universitário correspondente, sem
superposição a
qualquer tempo de serviço policial-militar ou público
eventualmente prestado durante a realização deste mesmo
curso;
III – tempo relativo a cada licença especial não gozada,
contado em dobro; e
IV – tempo relativo a férias não gozadas, contado em dobro.
§ 1o – Os acréscimos a que se referem os itens I e IV serão
computados somente no momento da passagem do policial-
militar à
situação de inatividade, e para esse fim.
§ 2o – Os acréscimos a que se referem os itens II e III serão
computados somente no momento da passagem do policial-
militar à
situação de inatividade e, nessa situação, para todos os
efeitos legais, inclusive quanto à percepção definitiva de
gratificação de
tempo de serviço e de adicional de inatividade.
§ 3o – Não é computável, para efeito algum, salvo para fins
de indicação para a quota compulsória, o tempo:
a) que ultrapassar de 1 (um) ano, contínuo ou não, em
licença para tratamento de saúde de pessoa da família;
b) passado em licença para tratar de interesse particular;
c) passado como desertor;
d) decorrido em cumprimento de pena de suspensão de
exercício do posto, graduação, cargo ou função, por
sentença passada
em julgado; e
e) decorrido em cumprimento de pena restritiva da
liberdade, por sentença passada em julgado, desde que não
tenha sido
concedida suspensão condicional da pena, quando, então, o
tempo correspondente ao período da pena será computado
apenas
para fins de indicação para a quota compulsória e o que dele
exceder, para todos os efeitos, caso as condições estipuladas
na
sentença não o impeçam.
Art. 127 – O tempo que o policial-militar passou ou vier a
passar afastado do exercício de suas funções, em
conseqüência de
ferimentos recebidos em acidente quando em serviço, na
manutenção da ordem pública ou de moléstia adquirida no
exercício
de qualquer função policial-militar, será computado como se
ele o tivesse passado no exercício daquelas funções.
Art. 128 – O tempo de serviço passado pelo policial-militar no
exercício de atividades decorrentes ou dependentes de
operações de guerra será regulado em legislação específica.
Art. 129 – O tempo de serviço dos policiais-militares
beneficiados por anistia será contado como estabelecer o
ato legal que a
conceder.
Art. 130 – A data limite estabelecida para final da contagem
dos anos de serviço, para fins de passagem para a
inatividade,
será a do desligamento do serviço ativo.
Parágrafo único – A data limite não poderá exceder de 45
(quarenta e cinco) dias, dos quais um máximo de 15 (quinze)
dias
no órgão encarregado de efetivar a transferência, da data da
publicação do ato da transferência para a reserva
remunerada ou
reforma, em Diário Oficial ou Boletim da Corporação,
considerada sempre a primeira publicação oficial.
Art. 131 – Na contagem dos anos de serviço não poderá ser
computada qualquer superposição dos tempos de serviço
público
(federal, estadual e municipal ou passado em órgão da
administração indireta) entre si, nem com os acréscimos de
tempo, para
os possuidores de curso universitário, e nem com o tempo
de serviço computável após a inclusão na Polícia Militar,
matrícula
em órgão de formação de policial-militar ou nomeação para
posto ou graduação na Corporação.
CAPÍTULO IV
Do Casamento
Art. 132 – O policial-militar da ativa pode contrair
matrimônio, desde que observada a legislação civil
específica.
§ 1o – Ao Aluno-Oficial PM é vedado contrair matrimônio,
qualquer que seja a razão invocada.
§ 2o – O casamento com mulher estrangeira somente
poderá ser realizado após a autorização do Comandante-
Geral da Polícia
Militar.
§ 3o – Excetuadas as situações previstas nos §§ 1o e 2o deste
artigo, todo policial-militar deve participar, com antecipação,
ao
Comandante da sua Organização Policial-Militar, o evento a
ser realizado.
Art. 133 – O Aluno-Oficial PM que contrair matrimônio em
desacordo com o § 1o do artigo anterior será excluído sem
direito
a qualquer remuneração ou indenização.
CAPÍTULO V
Das Recompensas e das Dispensas do Serviço
Art. 134 – As recompensas constituem reconhecimento dos
bons serviços prestados pelos policiais-militares.
§ 1o – São recompensas policiais-militares:
a) prêmios de Honra ao Mérito;
b) condecorações por serviços prestados;
c) elogios, louvores e referências elogiosas; e
d) dispensas de serviço.
§ 2o – As recompensas serão concedidas de acordo com as
normas estabelecidas nas leis e nos regulamentos da Polícia
Militar.
Art. 135 – As dispensas de serviço são autorizações
concedidas aos policiais-militares para afastamento total do
serviço, em
caráter temporário.
Art. 136 – As dispensas de serviço podem ser concedidas aos
policiais-militares:
I – como recompensa;
II – para desconto em férias; e
III – em decorrência de prescrição médica.
Parágrafo único – As dispensas de serviço serão concedidas
com a remuneração integral e computadas como tempo de
efetivo serviço.
TÍTULO V
Disposições Finais e Transitórias
Art. 137 – A assistência religiosa aos policiais-militares é
regulada em legislação própria.
Art. 138 – É vedado o uso, por parte de organização civil, de
designações que possam sugerir sua vinculação à Polícia
Militar.
Parágrafo único – Excetuam-se das prescrições deste artigo
as associações, clubes, círculos e outros que congregam
membros
da Polícia Militar e que se destinam, exclusivamente, a
promover intercâmbio social e assistencial entre policiais-
militares e
seus familiares e entre esses e a sociedade civil local.
Art. 139 – Ao policial-militar beneficiado por uma ou mais das
leis nos 288, de 08 de junho de 1948; 616, de 02 de fevereiro
de 1949; 1.156, de 12 de julho de 1950; 1.267, de 09 de
dezembro de 1950; que em virtude do disposto no art. 60
deste
Estatuto não mais usufruirá as promoções previstas
naquelas leis, fica assegurada, por ocasião da transferência
para a reserva
ou da reforma, a remuneração de inatividade relativa ao
posto ou graduação a que seria promovido em decorrência
da
aplicação das referidas leis.
Parágrafo único – A remuneração de inatividade assegurada
neste artigo não poderá exceder, em nenhum caso, a que
caberia
ao policial-militar, se fosse ele promovido até 2 (dois) graus
hierárquicos acima daquele que tiver por ocasião do
processamento de sua transferência para a reserva ou
reforma, incluindo-se nesta limitação a aplicação do disposto
no
parágrafo único do art. 49 e no art. 102 e seu parágrafo 1o.
Art. 140 – Fica assegurado aos integrantes da Polícia Militar
do antigo Estado do Rio de Janeiro a aplicação da Lei
Estadual no
3.775, de 19 de novembro de 1958.
Art. 141 – O Poder Executivo, no prazo de 60 (sessenta) dias,
a contar da data da publicação deste Estatuto, providenciará
a
instituição da Pensão Policial-Militar, bem como dos direitos
a ela atinentes, destinados a amparar os beneficiários do
policial-
militar falecido ou extraviado.
Art. 142 – Aos policiais-militares integrantes da Polícia Militar
do antigo Distrito Federal, transferidos para o ex-Estado da
Guanabara ou neste reincluídos, por força da Lei Federal no
3.762, de 14 de abril de 1960, e do Decreto-lei no 10, de 28
de
junho de 1966, além do estabelecido no Decreto-lei no 92, de
06 de maio de 1975, e neste Estatuto, aplicar-se-á, também,
no
que couber, o disposto na Lei Federal no 5.959, de 10 de
dezembro de 1973.
Art. 143 – Até o ano de 1979, inclusive, será de 7 (sete) anos
o limite de permanência do oficial superior no último posto
previsto da hierarquia do seu Quadro, observado o requisito
do art. 90 inciso II.
Parágrafo único – O disposto no presente artigo vigorará a
partir do dia 1o de janeiro de 1976.
Art. 144 – Após a vigência do presente Estatuto, serão a ele
ajustado todos os dispositivos legais e regulamentares que
com ele
tenham pertinência.
Art. 145 – São adotados na Polícia Militar, em matéria não
regulada na legislação estadual, as leis e regulamentos em
vigor no
Exército Brasileiro, no que lhe for pertinente.
Art. 146 – Este Decreto-lei entra em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 18 de julho de 1975.
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