Índice
Lista de abreviaturas.................................................................................................................................4
Dedicatória...............................................................................................................................................5
Declaração................................................................................................................................................6
Agradecimentos........................................................................................................................................7
Resumo....................................................................................................................................................8
Introdução................................................................................................................................................9
Objectivos................................................................................................................................................9
Geral.........................................................................................................................................................9
Específicos.............................................................................................................................................10
Metodologia...........................................................................................................................................10
CAPITULO I..........................................................................................................................................11
FUNDAMENTAÇÃO TEORICA..........................................................................................................11
Definição................................................................................................................................................11
Relatorio.................................................................................................................................................11
Conceito.................................................................................................................................................11
Praticas Pedagógicas..............................................................................................................................11
Qual a importância das práticas pedagógicas?........................................................................................12
Objectivos, princípios e fases da Prática e Estágio Pedagógico Objectivos gerais.................................13
Princípios orientadores gerais.................................................................................................................15
1.6.Noção de observação........................................................................................................................16
1.7.A observação como técnica requer:..................................................................................................17
1.8.Aspectos a ter em conta na observação.............................................................................................17
1.8.1.Conhecimento do assunto a ser pesquisado;..................................................................................17
1.9.Observação directa...........................................................................................................................18
1.9.1.Formas e meios de observação......................................................................................................18
1.10.Tipos de observação.......................................................................................................................19
1.10.1.Observação vulgar.......................................................................................................................19
1.10.2.Observação científica..................................................................................................................20
1.10.3.Observação assistemática............................................................................................................20
2
1.10.4.Observação sistemática................................................................................................................20
1.10.4.1.A observação sistemática sustenta-se a partir dos seguintes elementos:...................................20
CAPITULO II........................................................................................................................................21
2.Breve historial da escola primária do 1º e 2º grau de icídua................................................................21
2.1.Localização político -administrativa................................................................................................21
CAPITULO III.......................................................................................................................................22
3.A recepção e apresentação do estagiário na escola..............................................................................22
3.1.Observação.......................................................................................................................................22
3.2.Pós-observação.................................................................................................................................23
3.3.Relato das aulas dadas na sala de aulas de Portugues 3ª Classe........................................................23
3.8.Após observação, eis as recomendações:..........................................................................................24
3.9.Sugestões..........................................................................................................................................24
4.Conclusão............................................................................................................................................26
5.Referencia Bibliografica......................................................................................................................27
Apendices...............................................................................................................................................28
Anexos...................................................................................................................................................29
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Lista de abreviaturas
EPC – Escola Primaria Completa.
PP – práticas pedagógicas
PEA – processo de ensino e aprendizagem
PPG – pratica pedagógicas gerais
MINED – Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano
SDEJT - Serviço Distritais da Educação Juventude e Tecnologia
DPEC - Direcção Provincial da Educação e Cultura
TPC – trabalho para casa
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Dedicatória
Dedico este presente relatório aos meus pais em especial meu mano Januário, que de forma
incondicional soube proporcionar apoio na elaboração do relatório e aos meus pais pelo material
e emocional nos momentos exactos que necessitamos e acima de tudo pela paciência
tranquilidades que encaravam as nossas retiradas ou ausências do convívio familiar para a
ocupação nesta etapa terminada, mas não finita, razão pelo qual o seu merecimento neste espaço.
5
Declaração
Declaro, por minha honra, que este relatório nunca foi apresentada para a obtenção de qualquer
grau académico e que a mesma constitui o resultado do meu estagio pedagógico pessoal, estando
devidamente referenciadas no texto as fontes e a bibliografia por mim utilizadas.
Fernando Tomas Pedro
_____________________
Quelimane, Dezembro de 2021
6
Agradecimentos
A materialização de um trabalho científico constitui uma tarefa muito difícil que tem exigido uma
contribuição ou colaboração externa, isto é, para a materialização do presente relatório foi
necessário a contribuição de directa e indirecta de muitos, o que me leva a mostrar o quão grato
estou. Sinto-me lisonjeado por ter Dr. Piedosa Pio Cardoso como a metodologa ele esteve sempre
presente nas actividades aqui descritas, o meu muito obrigado esta direccionado aos meus
docentes de formação e em particular aos meus amigos Guidion Januario, Salvador Saue e os
demais, muito obrigado.
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Resumo
O presente relatório tem como requisito parcial para obtenção do nível Médio Académico, em
torno do relatório foram abordados conteúdos relevantes como os conceitos fundamentais da
pedagogia, desenvolvendo também conhecimentos adquiridos na sala de aulas.
Entretanto o presente relatório contou com vários pontos ou seja aspectos tais como a fase de
observação da aula com efeito de assimilação dos conteúdos, visando situar nos de modo a
leccionarmos num modo racional usando todos os métodos assistidos na sala de aulas pelo
professor, e também o relatório conta com uma outra fase de leccionação ou seja estagio
pedagógico onde o contacto com os estudantes na sala de aulas era fundamental e por fim da os
principais pontos positivos assim como negativos que duma ou de outra maneira contribuem
negativamente para o ensino de aprendizagem saudável.
Palavras chaves: Metodologia. Pedagogia. Processo de Ensino e Aprendizagem.
8
Introdução
O presente relatório descreve como as actividades foram desenvolvidas durante as práticas
pedagógicas de assistência realizadas na Escola Primária de Sangariveira, tendo como o tempo
máximo de assistência de 3 meses. Além da participação das aulas, os estagiários de assistência
também tiveram a oportunidade de ter a experiencia de como a direcção escolar é constituída,
como funciona o pessoal administrativo e também algumas características físicas da escola que
de uma maneira indirecta podem afectar o processo de ensino-aprendizagem.
Essa é uma fase em que os formandos têm a oportunidade de vivenciar como as actividades
escolares são realizadas no próprio campo, e também vista como preparo para uma outra fase
conhecida como a fase do Estagio pedagógico da disciplina de Matemática. Então, as práticas
pedagógicas não só visam o desenvolvimento psicopedagógico dos formandos (estagiários de
assistência), mas também dos próprios alunos, bem como as práticas pedagógicas que associam
ao saber fazer e estar dos alunos.
Todavia este trabalho não ira apenas descrever como foram as actividades desenvolvidas no
campo, mas também dos seminários ocorridos de modo a sensibilizar todos estudardes antes de
entrar no local do trabalho. Um relatório que visa descrever as actividades, realizar apreciar os
resultados quer parciais ou finais obtidos, como também dar sugestões e a melhoria de qualidade
de ensino. Razão pela qual para melhor entendimento das actividades aqui desenvolvidas, o
relatório está dividido em três partes essenciais: primeiro a introdução, Desenvolvimento fase
onde são descritas todas as actividades desenvolvidas e fases das práticas pedagógicas de
assistência. Entretanto tivemos também uma outra fase de estagio que envolvia a a leccionação na
sala de aulas onde desenvolver-se todos os conhecimentos estudados na sala de aulas com os
professores de modo a primorar os conhecimentos.
Objectivos
Geral
Conhecer os principais métodos que se deve ter em conta na leccionação das aulas;
Descrever de uma forma coesa todas actividades desenvolvidas durante as praticas
pedagogicas.
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Específicos
Observar se as condicoes das turmas se são adequadas para o processso de ensino-
aprendizagem;
Assistir todas as aulas enquanto o tutor vai leccionando;
Ajudar o tutor na elaboração do plano de aulas para melhor aperfeicoamento;
Conhecer a hierarquia da escola onde as praticas são desenvolvidas;
Analisar as caracteristicas fisicas das turmas asssistidas;
Metodologia
Segundo Gil (1994), a pesquisa científica pode ser caracterizada de diversos tipos, procedimentos
técnicos e técnicas específicas.
A obtenção de dados que compõem o relatório cuja recolha foi segundo os objectivos
preconizados no mesmo, foi através do uso dos seguintes métodos e técnicas: Observação-
consiste na assistência de micro-aulas outras actividades. O uso deste método advém no facto de
certos fenómenos não serem estudados de outra maneira.
Portanto, tratando-se um relatório de práticas pedagógicas de assistência, esse relatório quanto
aos procedimentos metodológicos é uma pesquisa de estudo de campo, uma vez que o estudante
estará ligado aos próprios acontecimentos. Os dados foram recolhidos durante as práticas
pedagógicas.
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CAPITULO I
FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
Definição
Relatorio
De acordo com Rei (1990:183) O relatório trata-se de uma declaração formal dos resultados de
uma investigação feita por alguém, que em relação a ela recebeu instruções de um outro, sob
forma de pedido ou ordem. Exige estudo prévio, e aprofundado, elevado grau de elaboração, e
matéria para apreciação e decisões posteriores.
De acordo com Marconi e Lakatos (2004:275) “ observação é uma técnica de colecta de dados
para conseguir informações utilizando os sentidos na obtenção de determinados aspectos da
realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar factos ou fenómenos
que se deseja estuda. ”
Os Relatórios de Práticas e Estágio Pedagógico (RPEP) resultam de um trabalho científico
destinado à pesquisa de determinadas questões pedagógicas relacionadas com a prática
pedagógica escolar, sobretudo com o ensino de uma determinada disciplina na escola
moçambicana. Através deles, o estudante articula os saberes científicos específicos com os
psicopedagógicos e didácticos. Assim, eles visam contribuir para a melhoria da qualidade de
ensino (Normas para a produção de trabalhos científicos na UP,2003:4).
Conceito
Praticas Pedagógicas
Primeiramente, é importante saber que esse é um conceito fluido e em constante actualização,
conforme avanços e novas compreensões são alcançados na educação.
Uma forma de compreendê-lo é ver as práticas pedagógicas como acções intencionais para
estimular o aprendizado e o interesse do aluno, por seu desenvolvimento integral. Ou seja: dentro
e fora da sala de aula.
11
Além disso, a prática pedagógica pode ser compreendida como um conjunto de acções que
facilitam e promovem a aprendizagem dos estudantes, levando em conta seu contexto social e
cultural, a etapa de escolarização em que se encontram, as necessidades, entre outros critérios
Sendo o objectivo da universidade pedagógica é formar o professor para a realidade heterogenia,
diversa, e fundamental efectuar mudanças rápidas na maneira de conceber a formação de
professores, isto é, uma diversidade deve colocar como prioridade a formação de profissional
prático e de um professor que saiba reflectia sobre a sua realidade, a fim de modificar essa
mesma realidade, Dias (2009:153), para tal, as instituições de formação de professores devem
encontrar desenvolvimento competências, capacidade, habilidades e atitudes nos seus
profissionais.
As práticas pedagógicas são actividades curriculares, articulado da teoria é prática que garantem
o contacto experimental com situações psicopedagogias e didácticas e concretas que contribuem
para preparar a forma gradual o estudante para a vida profissional:
Um conjunto de atividades que, integrada uma perspectiva disciplinar, contribuem para que o
aluno futuro professor se sensibilize, discuta e experimente situações educativas e didáticas.
Exercício da pratica real do ensino mediante uma supervisão orientada e distinta com os
formadores, por tanto se trata do tirocínio em que o aluno transita com o professorado;
Conhecimento adquiridos nas aulas teóricas-práticas de cada disciplina na perspectiva da
integração da teoria e pratica.
Portanto as PP’s consistem em integrar alunos em contato reais, nos quais vão nos assimilar
progressivamente um dado organismo.
Qual a importância das práticas pedagógicas?
As práticas pedagógicas são instrumentos que podem ajudar as escolas a concretizarem seus
objectivos de aprendizagem. Por exemplo, por meio delas, é possível manter alunos nativos
digitais engajados com a escola ou para estabelecer uma dinâmica de sala de aula mais
participativa e inclusiva (SAS, 2012).
12
Portanto, sua importância é vital para que alunos, escolas e professores atinjam seus objectivos.
Naturalmente, para isso, é fundamental que as práticas sejam intencionais e planejadas
previamente, criando um alinhamento claro entre intenções e resultados (SAS, 2012).
Objectivos, princípios e fases da Prática e Estágio Pedagógico Objectivos gerais
13
Integrar, progressivamente, o estudante em contextos reais de ensino e aprendizagem de
uma certa disciplina;
Contribuir para a formação de um professor que possua saberes teóricos e práticos, um
professor que saiba fazer a gestão de um currículo, que saiba diferenciar as aprendizagens
e orientar a sua auto-formação;
14
Proporcionar a aquisição de habilidades e competências que possibilitem a intervenção, a
investigação e a prática de projectos pedagógicos;
Contribuir com as suas variadas actividades para a formação de um professor que saiba
ser autónomo, que saiba diferenciar o ensino da aprendizagem, gerindo de forma
adequada as várias situações de ensino e aprendizagem.
Princípios orientadores gerais
A análise teórica da prática escolar deve ser o impulsionador das actividades da PEP. Deve ser
iniciado o exercício da interdisciplinaridade e o trabalho de reflexão sobre o ensino de uma
disciplina a partir de um modelo sistémico, em que as reflexões sobre a disciplina sejam feitas a
partir da complexidade que a caracteriza.
Os estudantes devem começar a tomar consciência das relações e interpenetrações
multidimensionais existentes entre as várias áreas de estudo, de ensino e de aprendizagem das
disciplinas para as quais se estão a formar. Os estudantes praticantes devem ser capazes de
“mobilizar”, para a observação e reflexão sobre a realidade escolar, conhecimentos adquiridos
nas várias disciplinas do curso. A unidade entre a teoria e a prática é imperiosa e deve ser,
permanentemente, praticada.
As actividades exercidas durante as PEP devem desenvolver a competência de trabalhar na
complexidade, na dúvida, no incerto, o treino de agir rapidamente e de associar conhecimentos. A
PEP tem de ser um momento de treino do trabalho na totalidade e na complexidade que permita
caminhar para a superação de algumas dicotomias que se mantêm na formação inicial de
professores como, por exemplo, entre a teoria e a prática e entre o ensino e a pesquisa.
15
1.6.Noção de observação
A palavra observar provém do latim observare, e quer dizer olhar ou examinar com minúcia e
atenção. A acção de observar implica considerar atentamente os factos para os conhecer bem.
Alarcão e Tavares (1987:103) afirmam que no contexto escolar, a observação é
o conjunto de actividades destinadas a obter dados e informações sobre o que se passa no
processo de ensino/aprendizagem com a finalidade de, mais tarde, proceder a uma análise do
processo numa ou noutra das variáveis em foco. Quer isto dizer que o objecto da observação pode
recair num ou noutro aspecto: no aluno, no ambiente físico da sala de aula, no ambiente sócio-
relacional, na utilização de materiais de ensino, na utilização do espaço ou do tempo, nos
conteúdos, nos métodos, nas características dos sujeitos, etc.
Destas definições, podem-se extrair duas ideias principais: (i) a observação é um procedimento e
uma técnica de recolha de dados e (ii) os dados recolhidos devem ser analisados.
Associado a estas ideias, o observador (seja ele quem for, supervisor ou praticante) deve ter a
consciência de que a observação escolar, sendo uma actividade de pesquisa, rege-se por
princípios da planificação, que compreendem, segundo Gil (1996:21), os seguintes elementos:
processo, eficiência, prazos e metas. A observação pode ser considerada em duas dimensões: (i)
como processo mental e (ii) como técnica organizada. Como processo mental, observar é um acto
de apreender coisas e acontecimentos, comportamentos e atributos pessoais e concretas inter-
relações. Neste sentido, ultrapassa o simples acto de ver e ouvir. É seguir o curso dos fenómenos,
seleccionando aquilo que é mais importante e significativo, a partir das intenções específicas do
pesquisador. Como técnica organizada, observar é um meio de medir por descrição, classificação
e ordenação. Transcende a simples constatação dos dados, porquanto envolve a complementação
dos sentidos por meios técnicos. Permite a apreensão directa dos fenómenos.
16
1.7.A observação como técnica requer:
Especificação: os fenómenos seleccionados devem ser passíveis de mensuração,
classificação e ordenação;
Objectividade: os fenómenos devem ser descritos tal como ocorrem;
Sistematização: a situação e os factores especiais devem ser controlados através de um
planeamento cuidadoso. Requer processos de obter, seleccionar e analisar os dados;
Validade: os resultados obtidos devem estar proporcionalmente adequados aos
objectivos. A validade depende, em grande parte, da definição e selecção de actividades
que contenham os elementos essenciais;
Treinamento: o observador deve estar preparado para a tarefa.
1.8.Aspectos a ter em conta na observação
(i) Qualidades pessoais do pesquisador
De acordo com Gil (1996:20), o sucesso de uma pesquisa depende de certas qualidades
intelectuais e sociais do pesquisador, dentre as quais se destacam:
1.8.1.Conhecimento do assunto a ser pesquisado;
Curiosidade;
Criatividade;
Integridade intelectual;
Atitude autocorrectiva;
Sensibilidade social;
Imaginação disciplinada;
Perseverança e paciência;
Confiança na experiência.
Ludke & André (2003), debruçando-se sobre os estudos etnográficos de Hall (1978), referem que
um observador deve reunir, essencialmente, as seguintes características: a capacidade de tolerar
ambiguidades; ser capaz de trabalhar sob sua própria responsabilidade; deve inspirar confiança;
17
deve ser pessoalmente comprometido, autodisciplinado, sensível a si mesmo e aos outros; deve
ser maduro e consistente e deve ser capaz de guardar informações confidenciais.
Para além dessas qualidades pessoais, as autoras citadas consideram ser importante que o
observador se preocupe “em se fazer aceito”, mostrando o seu envolvimento e comprometimento
com as actividades e evitando tomar partido, ou seja, evitando ser identificado como pertencendo
a um grupo particular. Ludke & André (ibidem:17), concluem que:
“Além dessas qualidades pessoais e das decisões que deve tomar quanto à forma e à situação de
coleta de dados, o observador se defronta com uma difícil tarefa, que é a de selecionar e reduzir a
realidade sistematicamente. Essa tarefa exigirá certamente que ele possua um arcaboiço teórico a
partir do qual seja capaz de reduzir o fenómeno em seus aspectos mais relevantes e que conheça
as várias possibilidades metodológicas para abordar a realidade a fim de melhor compreendê-la e
interpretála.”
1.9.Observação directa
1.9.1.Formas e meios de observação
Estrela (1994:30) realizou um estudo com vista a simplificar as acepções da palavra observação
na área da Pedagogia e Ciências de Educação. Esse trabalho foi realizado pelo facto de o autor ter
constatado a existência de mais de setenta vocábulos designando conceitos diferentes,
semelhantes ou idênticos. O autor antes citado entendeu que essa diversidade deriva da falta de
sistematização, tendo, por isso, apresentado a seguinte proposta de sistematização a que chamou
de formas e meios de observação:
a) Na perspectiva da Situação ou na Atitude do Observador
Observação participante e não participante;
Distanciada e participada;
Intencional (ou orientada) e espontânea.
b) Quanto ao Processo de Observação
18
Observação Sistemática e Ocasional
Armada (ou instrumental) e desarmada;
Contínua e intermitente;
Directa e indirecta.
c) Quanto aos aspectos e características do Campo de Observação
Observação molar e molecular;
Verbal e gestual;
Individual e grupal.
1.10.Tipos de observação
Rudio (1999) afirma haver dois tipos de observação: a observação vulgar e a observação
científica.
1.10.1.Observação vulgar
É a fonte de obtenção de conhecimentos diários para o homem, sobre si próprio e sobre o mundo
que o rodeia (pessoas, coisas, factos). Rudio (1999:41), afirma que pela observação vulgar o
homem conhece e aprende sobre o que é útil e necessário para a sua vida, desde coisas muito
simples como, por exemplo, qual o ônibus que o leva ao trabalho, qual o ponto em que deve
tomar o ônibus e deve saltar, qual o estado de humor do “chefe”, pela fisionomia que apresenta,
etc.
A observação vulgar pode ser feita (i) directamente: através das palavras, dos gestos e acções
das pessoas, ou (ii) indirectamente: inferindo sobre os pensamentos e os sentimentos, desde que
estes se manifestem em forma de palavras, gestos e acções;
também se pode observar, indirectamente, as atitudes e as predisposições em relação à
determinadas tarefas, pessoas, acontecimentos, etc..
19
1.10.2.Observação científica
Segundo Rudio (1999:41), ela complementa, enriquece e aprofunda a observação vulgar, de
forma a lhe dar maior validade, fidedignidade e eficácia. A observação científica pode ser de
dois tipos: assistemática e sistemática.
1.10.3.Observação assistemática
De acordo com Rudio (1999:41), a observação assistemática, também conhecida por ocasional,
simples, não estruturada é aquela que “se realiza sem planejamento e sem controle anteriormente
elaborados, como decorrência de fenómenos que surgem de imprevisto”.
1.10.4.Observação sistemática
A observação sistemática, designada também, por planificada, estruturada ou controlada é a que
se realiza em condições controladas para se responder a propósitos, que foram anteriormente
definidos. Requer planificação e necessita de operações específicas para o seu desenvolvimento.
1.10.4.1.A observação sistemática sustenta-se a partir dos seguintes elementos:
Por que observar (motivações)?
Para que observar (objectivos)?
Como observar (instrumentos)?
O que observar (o campo de observação)?
Quem observa (sujeito)?
20
CAPITULO II
2.Breve historial da escola primária do 1º e 2º grau de icídua
2.1.Localização político -administrativa
Administrativamente a Escola Primária do 1º e 2º grau de Icídua, localiza-se no bairro de Icídua
que se encontra entre o rio Muarua e o rio Chipaca, concretamente no 2º bairro, posto
administrativo de Sangariveira, com uma área de 4660,89 m2 segundo título de uso e
aproveitamento de terra.
O espaço onde está construída a Escola, antes da independência nacional, pertencia a um cidadão
português que era vulgarmente conhecido por Branquinho, ele desenvolvia actividades como
criação de gado bovino, gado caprino e cavalos, também tinha muitos palmares, muitas árvores
de fruta como mangueiras e goiabeiras. Depois da independência, o Sr. Branquinho regressou a
seu país de origem (Portugal). Aproveitou-se a desocupação do espaço para desenvolver-se a
actividade de alfabetização de adultos.
Em 1986 foram construídas as primeiras salas de aulas com material precário que funcionavam
como salas anexas da Ex- Escola dos Continuadores, Cidade de Quelimane.
Na altura o director da Escola era Sr. Mutaliano. Alguns anos depois, atravez de uma
organização Espanhola foram construidas cinco salas e uma secretaria com material
convencional.
Actualmente a escola tem quinze salas de aulas, 11 de material convencional e 4 material
precário. E alberga alunos da 1ª classe a 7ª classe, que funcionam em quatro turnos, obedecendo a
seguinte distribuição de tempo: 1º Turno funciona das 06h:30mn - 09h:45mn, e o 2º Turno
funciona das 10:00h -13h:15mn, o 3º turno inicia as 13h:30-16h:45mn, o 4º e último turno tem o
inicio as 17h:45 - 20h:45mn.
Importa referir que estão em construção mais cinco sala de aulas para cobrir a demanda
crescente de números de alunos que procuram dos nossos serviços.
21
CAPITULO III
3.A recepção e apresentação do estagiário na escola
Receber uma visita de boas maneiras é uma das formas de manifestar a educação padronizada,
mas manter o respeito com o mesmo é uma acção que necessita de aplausos. Quando o estagiário
ingressou pela primeira vez na escola, as boas maneiras de receber um hóspede, felizmente não
foi esquecida pela direcção recebendo-o das melhores maneiras até a sua apresentação ao seu
tutor, esse por sua vez, também as suas acções estavam cobertas de boas maneiras.
A direcção da escola sem hesitar apresentou ao estagiário a sala de aulas onde poderá
desenvolver todas suas actividades, com características especificas que poderão ser apresentadas
com mais detalhes na fase seguinte.
3.1.Observação
O estágio possibilita ao aluno fazer uma ligação, uma ponte entre tudo o que vem aprendendo e
estudando no curso com a realidade e a dinâmica do quotidiano escolar, oferecendo-lhe a
oportunidade de reflectir sobre os conhecimentos teóricos adquiridos de forma isolada e articulá-
los com o objectivo de desenvolver a práxis (reflexão/acção sobre e na construção humana. É a
unidade entre teoria e prática). São produzidos na relação entre teoria e prática. Ambas têm
papéis importantes nesse processo, pois, sem o trabalho de reflexão teórica sobre a prática, não é
possível avançar na avaliação do fazer da prática. É exactamente nisto que consiste a práxis! A
actividade docente é práxis!
No relatório essa fase corresponde a mais importante de todas, uma vez que o estagiário vai
descrever todas actividades que foram desenvolvidas no decurso das práticas pedagógicas de
assistência.
Como todos sabemos a tarefa exercida pelo professor não é fácil durante as aula, razão pela qual
senti-me entusiasmado com a maneira como o professor encara as realidades nas salas de aula
explicando os conteúdos de maneira mais simples e precisa para garantir a eficácia do processo
de ensino e aprendizagem.
22
Durante os três meses de assistência foi possível ter a noção básica de como as aulas decorrem na
sala de aula, dizer que as actividades na sala de aulas são muito diferentes, isto é requer muito
trabalho para executar.
Dentre as actividades presenciadas a que o estagiário entusiasmado foi a maneira como o
professor se relaciona com os alunos fora e dentro da sala de aulas, assim como os alunos e
professores, é uma relação aplausível sem esquecer do respeito que todos mantem um pelos
outros. A relação professor-aluno e aluno-professor verificou-se em todos em momentos na sala
assim como fora da sala de aulas e de facto é uma característica necessária para um professor.
3.2.Pós-observação
Como um estagiário de assistência, após assistir todas aulas não na foi solicitado para uma outra
actividade sendo somente a recolha de informações, a despedida dos estagiários a direcção da
escola, mantendo as boas maneiras e costumes. Entretanto apois a observação notei que não e
uma actividade fácil de estar em frente dos alunos ensinando os o a,b e c, observei grande esforço
e empenho por parte do professor porque mostrava todos os meios possíveis pra trazer a matéria
de uma maneira sólida.
3.3.Relato das aulas dadas na sala de aulas de Portugues 3ª Classe
No primeiro dia de aulas abordei da leitura e interpretacao do texto onde se fez a leitura
individual e notei que muitos dos alunos não sabiam ler, houve a necessidade de procurar mais
meios eficazes de modo a ajudar os alunos na compreensao e interpretacao da leitura.
Entretanto não so notei a dificuldade na leitura mas tambem a maior dificuldade enfrentada pelos
alunos foi o medo ou seja a falta de coragem para se voluntariar na leitura do texto.
De modo a fazer com que os alunos assimilem os conteudos tive que ocupar quase todo o mês na
leitura e interpretacao do texto meios este que directa ou indirectamente ajudou os alunos na
assimilacao ou seja na juncao do alfabeto de modo a poderem efectuar a leitura oque não foi
facil.
23
3.8.Após observação, eis as recomendações:
Que a escola deveria alocar material didáctico para todos os alunos, como forma de
incentivar e aumentar o interesse da leitura dos alunos;
Também a escola deveria criar condições para se adquirir mas carteira, onde os
alunos poderiam sentar a vontade;
A outra sugestão é que a escola deveria ter um psicólogo para dar acompanhamento
aos alunos com necessidades especiais, ou alunos com problemas de dislexia,
deficiência auditiva, Disortografia; Perturbação da Leitura e da Escrita, etc.
3.9.Sugestões
No final da experiencia, observei alguns aspectos que devem ser trabalhados, para começar
verificou-se que a uma certa dificuldade dos alunos na percepção da matéria sendo assim poderia
se apostar em utilização de alguns meios que possam ajudar o aluno, como o caso do uso da
tecnologia em sala de aulas isso faz com que o processo de aprendizagem fique mais próximo da
realidade dos alunos. Isso potencializa o ensino da sua instituição e melhora o desempenho dos
alunos.
Também deve se ensinar os alunos algumas estratégias de estudo, porque Muitos alunos
gostariam de melhorar o seu desempenho em sala de aula. Porém, cada um tem uma forma
diferente de aprender e é difícil identificar isso sozinho. Portanto, uma boa estratégia para
potencializar os resultados dos estudantes é criar actividades que ensinem os alunos a entender
qual a melhor forma de aprender para cada um deles e aplicar metodologias de estudo eficientes
para o desenvolvimento e aprendizagem. Dessa forma, eles podem actuar como protagonistas da
própria educação e melhoram o desempenho como um todo.
Outro aspecto é a falta de pontualidade nos primeiros tempos, porque notava-se um número
reduzido nos primeiros tempos.
24
Devem melhorar bastante na assimilação e memorização de conteúdos trazidos nos anos passados
(classes anteriores). Os alunos também devem ter hábitos de apresentarem duvidadas, pedirem
melhor esclarecimento das matérias que não foram bem detalhadas ou explicadas, devem ter
hábitos de resolverem exercícios no quadro, resolverem TPCs em casa e apresentaram na sala de
aula. Visto que o estudante praticante “estagiário” pode notar que um número menor de alunos é
que fazem os trabalhos para casa.
Em questões de higiene, as limpezas das salas de aulas não são feitas constantemente, o estudante
notou que a maioria das vezes a sala ficava suja. Entre outros aspectos precisam melhorar.
25
4.Conclusão
Feito o presente relatório de cadeira de estágio pedagógico conclui-se que relatório de estágio
pedagógico é um trabalho científico no qual o estudante descreve e analisa de forma científica,
coerente e integrada, a experiência adquirida. Contudo este relatório debruçou-se entorno de
todas as actividades feitas na cadeira de estágio pedagógico com vista a detalhar as actividades no
Instituto Médio Politécnico Pedagógico de Quelimane e as actividades da Escola Primaria de
Icidua. Entretanto como um estagiário de assistência, após assistir todas aulas não na foi
solicitado para uma outra actividade sendo somente a recolha de informações, a despedida dos
estagiários a direcção da escola, mantendo as boas maneiras e costumes.
26
5.Referencia Bibliografica
Alarcão, Isabel e Tavares, José.(2003). Supervisão da Prática Pedagógica. Uma Perspectiva de
Desenvolvimento e Aprendizagem.( 2ª ed). Coimbra, Almedina.
Estrela, A.(1994). Teoria e Prática de Observação de Classes, Uma Estratégia de Formação de
Professores, 4.ed.. Porto, Porto Editora.
Gil, António Carlos.(1996). Como Elaborar Projetos de Pesquisa. (3.ed.) São Paulo, Editora
Atlas.
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Apendices
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Anexos
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