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Modelo Contestação - CONTESTAÇÃO

A ATIVOS S.A. apresenta contestação ao processo movido por CARLOS MAGNO, alegando que a inscrição de seu nome em cadastro de proteção ao crédito é indevida, uma vez que a dívida foi quitada em 2019. A defesa argumenta sobre a prescrição do pedido de indenização por danos morais, a incompetência do juízo e impugna a gratuidade de justiça, além de contestar o valor da causa. Por fim, a ré requer a extinção do processo, a remessa ao juízo competente e a improcedência do pedido do autor.

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Modelo Contestação - CONTESTAÇÃO

A ATIVOS S.A. apresenta contestação ao processo movido por CARLOS MAGNO, alegando que a inscrição de seu nome em cadastro de proteção ao crédito é indevida, uma vez que a dívida foi quitada em 2019. A defesa argumenta sobre a prescrição do pedido de indenização por danos morais, a incompetência do juízo e impugna a gratuidade de justiça, além de contestar o valor da causa. Por fim, a ré requer a extinção do processo, a remessa ao juízo competente e a improcedência do pedido do autor.

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JUÍZO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS ESTADO DE SC

Processo nº: 5001460-18.2024.8.24.0012

ATIVOS S.A. SECURITIZADORA DE CRÉDITOS FINANCEIROS, já qualificada nos


autos do processo em epígrafe, que lhe move CARLOS MAGNO, vem por intermédio
de sua advogada, apresentar CONTESTAÇÃO, nos seguintes termos:

1 – SÍNTESE DOS FATOS

O autor declarou que, no dia 01/06/2020 teve conhecimento que seu nome fora
inserido junto ao cadastro de proteção ao crédito pela empresa Ré. Alegou que tal
ação é indevida, pois não obteve em tempo algum, inadimplência de suas obrigações
para com a Ré e realizou o pagamento da suposta dívida no ano de 2019, e requereu
a procedência da ação para condenar a requerida ao pagamento de indenização por
danos morais no valor de R$1.518 (mil quinhentos e dezoito reais) e pleiteia também o
benefício da gratuidade de justiça.

2 – PRELIMINARES

2.1 – PREJUDICIAL DE MÉRITO

Os direitos morais do autor são imprescritíveis e não se extinguem pelo não exercício
ao longo do tempo. No entanto, a indenização por danos morais decorrentes da
violação daqueles direitos está sujeita a prazo, conforme previsto no Código Civil,
artigo 206, §3°, inciso V, que prescreve em três anos a pretensão da reparação civil,
fato esse que cabe na referida ação, uma vez que o prazo de ajuizamento já se faz
superior a quatro anos.

Menciona-se também o artigo 487, inciso II, do Código de Processo Civil que prevê a
resolução do mérito sobre a ocorrência de decadência ou prescrição, sendo assim,
solicito a extinção do processo com resolução do mérito.

2.1 – DA INCOMPETÊNCIA DE JUÍZO

Com base nos arts. 64 do Código de Processo Civil, reitero nessa preliminar a
incompetência em relação ao foro:

“ Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar
de contestação.”

O autor pleiteia ação de indenização e conforme artigo 53, inciso IV, alínea a, do CPC,
é foro competente para ação de reparação de dano o lugar do ato ou fato.

A referida ação se encontra na 1ª Vara Cível da Comarca da Capital e o foro


competente é o de São José, SC, conforme consta da qualificação da parte autora,
sendo assim, solicito que seja acatada a preliminar de incompetência relativa e que
seja remetido ao juízo competente.

O art. 485, IV do CPC dispõe que o juiz não resolverá o mérito quando não reconhecer
os pressupostos necessários para validar e regular o processo, ou seja, o mesmo não
poderá continuar caso não estejam presentes pressupostos necessários para a
continuação do feito, sendo um deles a competência do foro.

2.2 – IMPUGNAÇÃO AO BENEFÍCIO DA GRATUIDADE

Alega o autor a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, uma vez que não tem
condições de arcar com os pagamentos das custas processuais e honorários
advocatícios, sem prejuízo de sustento próprio e de sua família.

Sob a ótica do artigo 337, inciso XIII do código de Processo Civil, a Ré contesta a
concessão e afirma que, na posição de instituição financeira fornecedora de crédito,
com cadastro ativo e atualizado do Autor da ação, o mesmo informou renda mensal de
R$25.000 (vinte cinco mil reais), renda que descaracteriza a presunção de carência.
Documento probatório veiculado no Anexo I.

Diante do exposto, requer que seja revogado o pedido, por não se tratar o autor de
pessoa necessitada e, sob a luz do artigo 290, do CPC, o recolhimento das custas
iniciais, sob pena de extinção do processo.

2.3 – IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA

O autor da ação requer reparação por dano moral no valor de R$ 65.000 (sessenta e
cinco mil reais) conforme declarado na petição inicial, porém, também foi informado
nos autos que o valor da causa é do montante de R$ 1.518 (mil quinhentos e dezoito
reais), portanto, conforme previsto no artigo 337, inciso III, do CPC, requer a
retificação do valor da causa e a complementação das custas e honorários do
processo.

3 – DO MÉRITO

A pretensão do autor está pautada em uma suposta inscrição indevida de dívida


quitada e, em decorrência deste ato, busca reparação por dano moral a que foi
submetido. Contudo, o autor não faz prova da mencionada negativação em tempo,
ainda que tivesse conhecimento do feito no ano de 2020, conforme dito na inicial.

O autor não faz prova mínima de que seu nome tenha sido de fato negativado,
portanto fere o dispositivo do artigo 320, do CPC.

Caso seja diverso o entendimento do juízo, de forma a reconhecer a indenização,


solicita-se a fixação dos danos morais observando os princípios da razoabilidade e
proporcionalidade, bem como o do artigo 944, parágrafo único, do CC, onde se houver
excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir
equitativamente a indenização.
É sabido que, para caracterização do dano moral, há necessidade de sofrimento, ou
humilhação, ou seja, um dano. Nem todo mal-estar configura dano moral, senão seria
esse o caso de proteger qualquer tipo de aborrecimento. A ré, ao obter conhecimento
do erro, realizou correção perante os órgãos no prazo legal de 5 dias úteis, sendo
assim, não há elementos suficientes para requerer a quantia pretendida.
Há ainda que se mencionar o artigo 884, do CC, que veda o enriquecimento sem
causa.

Sendo assim, requer-se que seja julgado improcedente o pedido e que


subsidiariamente, seja fixado o valor de acordo com as normas jurídicas, limitando-se
ao valor de R$ 2.000 (dois mil reais).

4 – DAS PROVAS

Requer a produção de todas as provas em direito admitidas.

5 – DOS PEDIDOS

Diante do exposto requer:

a) O acolhimento do pedido de extinção do processo, por prescrição, com


resolução do mérito.
b) Seja remetida a ação ao juízo competente.
c) Seja revogado o pedido de gratuidade de justiça e recolhimento das custas
iniciais, sob pena de extinção do mérito.
d) Seja retificado o valor da causa e a complementação das custas e honorários
do processo.
e) no mérito, que seja julgado improcedente o pedido formulado pelo autor,
condenando-se o autor ao pagamento de custas e honorários advocatícios,
subsidiariamente a fixação do valor da condenação em R$2.000 (dois mil reais)

Pelos termos propostos, pede deferimento,

Florianópolis, 02 de abril de 2025

Susan Caroline Machado Cauduro


Adriana Sandra de Oliveira

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