Capítulo 0: Prólogo
sgard, um continente de beleza incomparável, era um verdadeiro paraíso esculpido pela
A
própria natureza. Suas vastas planícies verdejantes e imponentes montanhas formavam
uma paisagem de tirar o fôlego. No coração desse reino, reinava o sábio e humilde rei
Drake, que governava com justiça e compaixão. Sob sua liderança, o povo de Asgard vivia
em perfeita harmonia e prosperidade. A educação, a saúde e a segurança eram direitos
fundamentais garantidos a todos, enquanto a economia florescia em um estado de
estabilidade invejável.
magia, conhecida como "Mana", permeava todos os aspectos da vida em Asgard. Os
A
m agos eram reverenciados e sua habilidade mágica era uma força poderosa, utilizada na
agricultura, na medicina, na construção e em diversas outras áreas. Graças ao domínio da
Mana, Asgard era um reino avançado e sofisticado. A energia mágica era extraída de cristais
especiais, encontrados somente em determinadas regiões do continente. O governo
regulava o seu uso, assegurando que fosse empregado de forma equilibrada e justa, em
benefício de todos os cidadãos.
o outro lado da fronteira, erguia-se o sombrio reino de Mindgard, governado pelo ambicioso
D
e egoísta Klaus. Seu território era marcado por uma paisagem desolada e árida, onde a
natureza hostil forçava as pessoas a se abrigarem em cidades fortificadas para se
protegerem de invasores e criaturas perigosas. Enquanto Asgard prosperava, em Mindgard
a população sofria com a pobreza, a fome e a ausência de oportunidades. Klaus explorava
impiedosamente seus súditos em busca de poder e riquezas, deixando um rastro de
desespero e desigualdade por onde passava.
magia também existia em Mindgard, mas sob uma perspectiva opressiva e brutal. A Mana
A
era extraída através de trabalho forçado nas sombrias minas do reino, onde os
trabalhadores eram submetidos a condições desumanas. Os magos, considerados uma
ameaça ao regime tirânico de Klaus, eram perseguidos e subjugados, sendo aprisionados
ou executados sem piedade. O medo e a opressão pairavam sobre a população, que vivia
aprisionada em um mundo onde a liberdade de expressão e a contestação eram luxos
inalcançáveis.
nquanto Asgard e Mindgard existiam lado a lado, um abismo intransponível os separava.
E
Esses dois reinos, distintos em seus valores e governantes, estavam destinados a colidir
em um conflito épico que abalaria suas fundações e moldaria o destino de todos os seus
habitantes. O palco estava preparado para uma batalha de proporções cataclísmicas, onde
a esperança e a coragem seriam testadas até o limite e onde o destino de ambos os reinos
s eria selado.
tensão entre os reinos de Asgard e Mindgard se arrastava há anos, com disputas
A
territoriais e diferenças ideológicas profundas. Drake, o líder de Asgard, sempre defendeu a
independência de seu reino, resistindo às propostas de unificação feitas por Klaus, o astuto
rei de Mindgard. Enquanto Drake priorizava a liberdade e a soberania de seu povo, Klaus via
a unificação como um caminho para fortalecer seu poder e expandir sua influência.
o entanto, a paciência de Klaus chegou ao limite, e ele decidiu que a única maneira de
N
obter o que desejava era através da força. Ele começou a mobilizar seu exército,
preparando-se para uma invasão em larga escala. Drake, embora fosse um líder corajoso e
astuto, não esperava que a batalha chegasse tão cedo. Suas defesas, embora robustas,
não estavam totalmente preparadas para enfrentar uma ofensiva tão determinada.
invasão começou de forma avassaladora, com Klaus empregando táticas cruéis e
A
desumanas. Os primeiros alvos foram os mais vulneráveis: mulheres, crianças e idosos.
Essa estratégia desumana, embora esperada, chocou Drake profundamente. Ele sabia que
os inimigos de Asgard treinavam até mesmo crianças para a violência, então ele havia
instruído seu próprio povo a se preparar para o pior. No entanto, presenciar seus próprios
c idadãos sendo massacrados diante de seus olhos foi uma dor indescritível.
guerra se arrastou por quatro dias e quatro noites intermináveis, sem trégua. O som dos
A
gritos agonizantes e o cheiro do sangue impregnaram todo o continente. Ambos os
exércitos lutavam com uma fúria implacável, movidos pelo desejo de vitória ou pela
s obrevivência desesperada. Os campos de batalha se transformaram em cenários de
horror, com corpos espalhados por toda parte e destroços, destruindo a paisagem outrora
pacífica.
rake liderava seus homens com coragem, mas também sabia que seus recursos
D
estavam se esgotando. Klaus parecia ter uma reserva inesgotável de soldados e
equipamentos,
e seus ataques se tornavam cada vez mais brutais a cada hora que passava.
aguardada batalha atingiu seu clímax quando Drake e Klaus se encontraram frente a
A
frente, olhares firmes e determinados. Ambos possuíam uma vasta experiência em
c ombate, líderes natos acostumados a tomar decisões cruciais em meio ao caos da guerra.
Era o confronto entre dois titãs, uma colisão iminente de forças poderosas capazes de
abalar os alicerces do mundo.
ar ao redor parecia eletrificado, carregado com a tensão da iminente batalha. Cada
O
m ovimento, cada respiração, era executado com precisão e destreza. Os olhos ardiam com
a chama da rivalidade, espelhando a determinação inabalável que ardia em seus corações.
rake empunhava sua espada com firmeza, seus músculos rígidos e preparados para o
D
c onfronto iminente. Anos de treinamento incansável e batalhas travadas o tornaram um
adversário formidável. Seu olhar destilava coragem e uma resoluta convicção de proteger
s eu povo e a liberdade que representava.
or outro lado, Klaus emanava uma aura sinistra, seu rosto marcado pelas marcas da
P
c rueldade e da ganância. Cada fibra de seu ser estava impregnada de um desejo insaciável
de poder e dominação. Sua espada, envolta em escuridão, era uma extensão de sua alma
s ombria, pronta para derramar sangue em prol de sua ambição desmedida.
tensão era palpável quando os dois guerreiros se lançaram ao combate. Golpes rápidos e
A
precisos se encontravam no ar, o metal chocando-se em uma cacofonia ensurdecedora.
Cada movimento era calculado, cada passo estrategicamente pensado. A dança mortal que
e desenrolava era uma exibição de habilidade e bravura, enquanto a terra tremia sob a
s
intensidade da luta.
choque de poderes reverberava pelo campo de batalha, ecoando como trovões distantes.
O
A energia mágica se entrelaçava com a força física, criando um espetáculo impressionante
de luz e sombras. Faíscas de Mana se dispersavam pelo ar, iluminando o confronto com
uma intensidade sobrenatural.
nquanto suas espadas se chocavam, as emoções transbordavam em cada olhar e cada
E
m ovimento. Era uma batalha não apenas pelo domínio dos reinos, mas também um duelo
de ideais e valores. O destino de suas terras e de todos aqueles que nelas habitavam
estava em jogo, pendendo na balança daquela épica disputa.
cada golpe evitado e contra-ataque desferido, as forças de Drake e Klaus se igualavam
A
em intensidade. O cansaço começava a se insinuar em seus corpos exaustos, mas suas
m entes permaneciam afiadas e focadas em sua determinação inabalável. Era uma batalha
de resistência, uma prova de quem poderia suportar mais, quem poderia persistir até o
último suspiro.
nquanto a luta prosseguia, o campo de batalha se transformava em uma paisagem de
E
c aos e destruição. Terra arrasada, corpos caídos e o eco agonizante dos gritos dos feridos
preenchiam o ar. Aquele momento era a encarnação da guerra em sua forma mais brutal e
c ruel, onde cada decisão, cada movimento, poderia significar a diferença entre a vida e a
m orte.
batalha entre Drake e Klaus alcançou um nível transcendental, transcendendo a mera luta
A
física. Eles personificavam os próprios ideais de seus reinos, enfrentando-se com toda a
fúria e paixão de um povo que acreditava fervorosamente em suas causas. Suas espadas
brandidas eram símbolos do conflito em si, dois mundos colidindo em uma explosão de
glória e desespero.
inda que o resultado final permanecesse incerto, uma coisa era inegável: aquela batalha
A
entre titãs jamais seria esquecida, uma chama ardente na história de ambos os reinos. Era
um confronto que transcendia a vida dos combatentes, ecoando nos corações daqueles que
testemunharam o espetáculo da coragem e do sacrifício. A batalha prosseguia, e a
esperança de uma vitória definitiva permanecia tanto para Drake quanto para Klaus,
enquanto o destino de seus reinos pairava no fio da espada.
rake, com sua constituição física imponente e resistência notável, começou a ganhar uma
D
vantagem inegável. Seu corpo preparado para batalhas prolongadas lhe conferia resistência
e vigor superiores. Em contrapartida, Klaus, com sua habilidade limitada na arte da espada
e uma forma física apenas "aceitável", se via em desvantagem clara. No entanto, Klaus
ainda guardava um trunfo ardilosamente planejado. Consciente de que não poderia derrotar
Drake em um confronto direto, o rei astuto havia descoberto um elixir proibido, capaz de
c onceder poderes inimagináveis àquele que o consumisse.
ontudo, o preço a ser pago por essa ousada barganha com o destino era exorbitante: a
C
m orte certa aguardava aquele que ousasse beber da poção do "Poder Absoluto". Klaus,
ovido pela urgência da situação, confrontou a brevidade de sua própria vida e não hesitou
m
em fazer o sacrifício supremo. Consumindo a poção proibida, ele aceitou pagar o preço final
em troca de um vislumbre fugaz de poder inigualável.
rake observava atentamente enquanto Klaus retirava, com cautela, um frasco contendo
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um líquido vermelho viscoso do bolso de sua túnica. O líquido parecia pulsar e borbulhar
dentro do recipiente, evidenciando sua natureza instável e poderosa. Klaus, com um sorriso
de triunfo estampado em seu rosto, desenroscava cuidadosamente a rolha do frasco,
revelando a essência da sua astúcia. Com passos lentos e calculados, ele se aproximava
de Drake, portando o frasco como um símbolo de vitória iminente.
ar carregava uma tensão palpável, saturado de eletricidade. O semblante de Klaus
O
transbordava confiança, como se estivesse prestes a conquistar a vitória definitiva. Drake
s entiu um arrepio percorrer-lhe a espinha, consciente de que aquela batalha seria
verdadeiramente épica. Em um gesto ágil e determinado, Klaus despejou o líquido rubro em
s ua boca, engolindo-o em um único gole. Rapidamente, os efeitos da poção começaram a
s e manifestar. Klaus foi envolvido por uma aura vermelha pulsante, e sua pele começou a
s e distorcer, como se estivesse sendo alterada por uma força misteriosa. A velocidade de
s eus movimentos aumentou dramaticamente, tornando-se quase sobrenatural, enquanto
s ua força se multiplicava de maneira assombrosa. A espada que Klaus empunhava parecia
ganhar vida própria, emitindo um brilho intenso e penetrante, como se estivesse ansiosa
para desferir golpes cortantes em nome do seu possuidor.
rake se posicionou, antecipando o que estava por vir, porém, Klaus se moveu com uma
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velocidade tão assombrosa que se tornou quase invisível a olho nu. Um breve raio de luz
atravessou diante dos olhos de Drake, atingindo seu braço e seu olho em um instante
terrível de devastação. A dor lancinante irrompeu em seu corpo, enquanto o sangue jorrava
das feridas abertas, pintando um quadro agonizante diante de seus sentidos atordoados.
Por um momento, Drake ficou desnorteado, incapaz de compreender completamente o que
havia acontecido, mas a sensação excruciante e o calor da vida escoando de seu ser não
deixavam margem para dúvidas.
ntretanto, o preço pelo repentino aumento de poder começava a se manifestar de forma
E
implacável. O corpo de Klaus parecia à beira de uma explosão iminente. Sua carne parecia
s er retalhada por uma força interior voraz, como se estivesse sendo devorada por uma
besta mitológica insaciável. O suor escorria incessantemente pela testa de Klaus, enquanto
s eus olhos irradiavam uma intensidade quase insana. Era evidente que ele estava perdendo
o controle sobre si mesmo, sucumbindo aos efeitos avassaladores do poder que havia
abraçado.
rake, por sua vez, era consumido por uma dor lancinante que se irradiava por todo o seu
D
c orpo. Gritos de angústia e agonia escapavam de seus lábios, enquanto ele lutava para se
m anter de pé. Seu braço e sua mão pendiam quase que completamente separados de seu
c orpo dilacerado, enquanto seu olho direito vertia um fluxo incessante de sangue. O
desespero envolvia Drake como um manto opressor, o medo da morte pairando
intensamente no ar. Seu coração martelava descompassadamente, numa cacofonia
frenética de pulsações aceleradas. A situação era uma encruzilhada de dor, temor e
incerteza, envolvendo-o numa atmosfera de aflição que parecia sufocante.
o turbilhão caótico que consumia a mente de Drake, um raio de esperança surgiu quando
N
Lilian,s ua amada esposa e rainha de Asgard, emergiuna cena correndo em direção a ele.
Consciente de suas próprias limitações como guerreira, ela se posicionou corajosamente
na linha de frente, pronta para proteger seu amado a qualquer custo. A aparição
s urpreendente de Lilian pegou Klaus de surpresa, fazendo-o hesitar por um breve momento,
diante da presença determinada e destemida da rainha.
rake ficou atônito ao testemunhar o audacioso avanço de sua esposa em direção a Klaus,
D
c om uma expressão determinada esculpida em seu rosto. A incredulidade inundou sua
m ente, misturando-se como uma angústia profunda. Era difícil compreender a ousadia de
Lilian ao se colocar em perigo iminente para protegê-lo. Drake estava plenamente ciente de
que Lilian não possuía as habilidades de uma guerreira formidável ou de uma maga
poderosa, mas, mesmo assim, ela estava ali, desafiando Klaus em um ato de amor e
c oragem incomparáveis.
visão de Lilian desafiando Klaus reverberava em sua mente como um eco pulsante. Era
A
um testemunho vívido de sua devoção inabalável e uma prova da imensidão de seu amor.
Drake sentia-se simultaneamente inspirado e tomado pela preocupação, pois reconhecia a
vulnerabilidade de Lilian diante da ameaça iminente. O impacto da escolha de Lilian ecoava
por todo o campo de batalha, transcendendo a mera luta física e ressoando como um
exemplo supremo de devoção e sacrifício.
laus foi tomado por uma surpresa momentânea diante da coragem audaciosa de Lilian,
K
m as logo um sorriso irônico se desenhou em seus lábios. Parecia que ele encontrava certo
prazer naquela situação inesperada. Habilmente, ele se esquivou do primeiro golpe
desajeitado desferido por Lilian, como se fosse uma mera brincadeira. No entanto, a
determinação inabalável estampada no rosto dela era indiscutível. Lilian persistia
incansavelmente, lançando golpes desordenados e pouco efetivos contra Klaus, mesmo
diante de sua superioridade evidente.
laus soltou uma risada de desprezo enquanto se movia com agilidade, desviando
K
facilmente de todos os ataques direcionados a ele. Cada esquiva graciosa apenas
intensificava seu ar de superioridade, alimentando seu desdém pela aparente futilidade dos
esforços de Lilian. Era como se ele se divertisse com a desvantagem dela, aproveitando
c ada momento para exibir sua supremacia diante daquela luta desigual. O contraste entre a
determinação incansável de Lilian e a zombaria impiedosa de Klaus criava um clima de
tensão crescente, enquanto a batalha se desenrolava em meio à dança perigosa entre a
esperança e a desvantagem.
m um instante trágico, Klaus percebeu que seu próprio corpo estava em um estado
E
próximo à decomposição, a carne apodrecendo e se desfazendo perante seus próprios
olhos. Sem hesitar, ele se lançou impetuosamente em direção a Lilian, seus olhos repletos
de selvageria e sedentos pelo golpe final. O desespero inundou a voz de Drake, que gritou
desesperadamente, implorando para que Lilian se afastasse do caminho iminente da morte.
Porém, o tempo traiçoeiro não estava a seu favor, e o destino implacável agiu sem piedade.
Em um turbilhão de ferocidade, Klaus desferiu um golpe avassalador com sua espada,
c eifando a vida de Lilian de forma implacável.
cena se desdobrou diante dos olhos dilacerados de Drake, cada detalhe gravado em sua
A
m ente como uma ferida aberta, enquanto o ar ao seu redor se transformava em uma
atmosfera carregada de luto e trevas. O tempo parecia desacelerar, prolongando a agonia
de Drake, enquanto a cabeça decapitada de Lilian repousava silenciosamente aos seus pés,
uma cruel lembrança da perda insuperável e do sacrifício supremo.
esde jovens, Drake e Lilian compartilharam uma jornada de amor que floresceu e se
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fortaleceu com o passar do tempo. Seu vínculo transcendia as palavras e era alimentado
por um amor genuíno e incondicional. A cumplicidade entre eles era palpável, e o futuro
prometia ser repleto de felicidade. Contudo, um raio de luz foi abruptamente ofuscado pelas
s ombras do destino.
m dia antes da invasão fatídica, Lilian surpreendeu a todos com uma notícia que ressoou
U
c omo uma sinfonia de esperança: ela estava grávida do seu primeiro filho. A alegria
transbordava nos corações de todos, mas era em Drake que ela encontrava sua morada
m ais profunda. A perspectiva de ser pai, de construir uma família ao lado da mulher que
amava, inundava Drake de felicidade e sonhos de um futuro radiante.
o entanto, as asas do destino foram cruelmente cortadas. Diante da terrível cena que se
N
desenrolava perante seus olhos, Drake se viu atormentado por uma dor indescritível. Sua
m ente lutava para processar a realidade: a mulher que amava, o portador da vida que
c rescia dentro dela, agora jaziam sem vida aos seus pés. Paralisado, ele estava imobilizado
pela terrível revelação da crueldade do destino. O mundo parecia desmoronar ao seu redor,
as fundações de sua existência ruindo como uma tragédia insondável.
rake se encontrava em um estado de choque e desolação. A dor dilacerante rasgava seu
D
c oração, enquanto ele contemplava o corpo sem vida de Lilian, como uma marionete
abandonada e destituída de alma. O silêncio pesado pairava no ar, amplificando a tragédia
que se desdobrava perante seus olhos atordoados. Cada detalhe se fixava em sua
m emória, como cicatrizes indeléveis que ecoariam por toda a eternidade. A tristeza infinita e
o vazio insondável inundavam sua alma, deixando-o afundado na escuridão de uma perda
insuperável.
rake sentiu como se o mundo ao seu redor desaparecesse, deixando-o flutuando em um
D
abismo de vazio e desespero. Enquanto seu coração se despedaçava em meio à agonia,
Klaus se deleitava com a miséria que consumia o rosto de Drake. Um sorriso sádico
adornava seus lábios, refletindo a satisfação perversa que inundava sua alma.
om um movimento desdenhoso, Klaus curvou-se para recolher a espada de Lilian,
C
apreciando sua beleza enquanto provocava ainda mais a angústia de Drake. As palavras
c arregadas de desprezo ecoaram no ar, ecoando com uma crueldade insensível.
Que desperdício de uma espada tão bela –, debochou Klaus, examinando-a com cuidado
–
antes de lançá-la com violência em direção a Drake. A lâmina afundou no solo ao lado dele,
uma presença ameaçadora e imóvel. Drake permaneceu imóvel, incapaz de reagir, seu
c orpo entorpecido e sua mente em um estado de vazio absoluto. O choque da perda ainda
reverberava dentro dele, abafando qualquer pensamento racional. Em um torpor desolador,
le permanecia preso em um abismo de desamparo, sem saber como dar um próximo
e
passo ou encontrar uma saída desse pesadelo avassalador.
o turbilhão daquela angústia insuportável, Drake encontrou um fio de determinação para
N
lutar. Seus sentidos aguçaram-se, e o tempo parecia esticar-se como se tentasse capturar
c ada instante desse momento crucial. Enquanto Klaus avançava, sua espada se erguendo
ameaçadoramente, Drake mergulhou em um oceano de pensamentos tumultuados.
imagem do rosto de Lilian, repleto de alegria e esperança, ressurgiu vívida em sua mente.
A
As palavras sussurradas em seus ouvidos ecoavam: "Eu estou com você, sempre". Ele
s abia que não poderia se render, não quando ela havia sacrificado sua própria vida para
protegê-lo. Uma chama interior, ainda tênue, começou a arder dentro de seu peito,
empurrando-o para a ação.
om uma velocidade e agilidade renovadas, Drake se lançou para o lado, escapando por
C
um fio da lâmina letal que assobiava em sua direção. Seus movimentos eram um reflexo do
turbilhão de emoções dentro de si. A dor e a tristeza que o envolviam eram como garras
afiadas, rasgando seu coração partido, mas agora, essa mesma dor era canalizada para a
determinação de se vingar e proteger o que restava de seu reino.
nquanto se movia, Drake sentia o pulsar de sua respiração ofegante, o calor do sangue
E
fervendo em suas veias e a sombra da morte que pairava sobre ele. Ele sabia que cada
passo era uma dança perigosa com a vida e a morte. O destino de seu reino, e talvez até
m esmo sua própria alma, estava sendo moldado nesse momento. Não havia margem para
hesitação ou fraqueza. Ele teria que superar a dor avassaladora e encontrar forças onde
parecia não haver mais.
rake se concentrou na imagem de Lilian, em sua coragem e no amor que compartilharam.
D
Essas lembranças se tornaram sua armadura, alimentando sua determinação em meio à
escuridão que ameaçava engoli-lo.
s últimas faíscas de esperança dançavam no ar enquanto os golpes se tornavam mais
A
erráticos e desesperados. Os combatentes, exaustos e feridos, lutavam com a força
restante de seus corpos e a determinação queimando em seus olhos. O tempo parecia
desacelerar, prolongando cada segundo de agonia.
suor escorria pelas testas contorcidas de Klaus e Drake, seus rostos exibindo marcas de
O
dor e resolução. Suas respirações ofegantes criavam nuvens de vapor no ar frio, enquanto
s e moviam com uma ferocidade que beirava a selvageria. Era uma dança mortal e
desesperada, onde cada passo podia ser o último.
m um instante crucial, uma fração de segundo de descuido de ambos os lados, a chama
E
do destino se acendeu. Klaus e Drake encontraram brechas nas defesas um do outro. Suas
espadas se encontraram em um choque metálico ressoante, um confronto de força e
vontade. O tempo pareceu congelar, as respirações suspensas no ar.
om golpes fatais, suas lâminas perfuraram a armadura de seus oponentes. O som
C
m etálico foi acompanhado por gritos de agonia que se fundiram em uma cacofonia
ngustiante. Sangue jorrou em um arco sinistro, manchando o solo úmido e trazendo um
a
tom macabro para aquele cenário dantesco.
uma miríade de dor e agonia, Klaus e Drake caíram em câmera lenta, seus corpos
N
c olidindo com o chão áspero. O impacto reverberou através de suas feridas abertas, uma
onda de sofrimento que parecia ecoar por todo o campo de batalha. Suas mãos, uma vez
firmes no punho de suas espadas, agora se afrouxavam, revelando a fraqueza inevitável que
os consumia.
assim, lado a lado, os dois guerreiros caíram naquele leito de morte compartilhado, suas
E
vidas e destinos entrelaçados em uma dança final. O chão, encharcado de sangue,
testemunhava sua luta épica e implacável. A escuridão os envolveu, envolvendo-os em seu
abraço gelado, enquanto o mundo ao seu redor desaparecia gradualmente em um vácuo de
s ombras e silêncio.
, com o último suspiro de vida, abandonando seus pulmões dilacerados, Drake
E
entregou-se à escuridão que o envolvia. Enquanto a consciência escorria de seu corpo
ferido, as memórias de Lilian invadiram sua mente como um filme em câmera lenta. Ele se
viu novamente segurando sua mão, rindo de suas piadas e compartilhando momentos de
amor e felicidade. O peso do luto misturou-se à agonia física, envolvendo-o em uma
m elancolia profunda.
pesar de sua coragem inabalável e sede de vingança, Drake não foi capaz de superar seu
A
adversário implacável. Naquele campo de batalha sangrento, ambos encontraram seu
destino final. A vitória escapou por entre os dedos ensanguentados de Drake, enquanto a
m orte reclamava sua alma exausta. Ninguém emergiu como vencedor naquela noite fatídica,
apenas uma amarga sensação de derrota e perda.
m silêncio pesado caiu sobre o campo de batalha, como se a própria natureza lamentasse
U
a carnificina humana. Os corpos de Drake e Klaus permaneceram imóveis, lado a lado,
c omo dois símbolos mudos da futilidade da guerra. Enquanto os primeiros raios de sol
despontavam no horizonte, banhando a paisagem com uma luz pálida, as árvores e a terra
m anchada de folhas e sangue pareciam testemunhar a efemeridade da vida e a crueldade
do destino humano.
natureza continuava seu ciclo imparável, indiferente ao conflito que se desenrolara.
A
Enquanto as aves começavam a cantar e a brisa soprava suavemente, o mundo seguia em
frente, alheio à tragédia que ali acontecera. A dor e o sacrifício de Drake e Lilian fundiram-se
c om a própria essência da terra, deixando para trás apenas memórias e cicatrizes que
perdurariam para sempre…