UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
Faculdade de Ciências de Educação
Departamento de Ciências Sociais e Humanas
Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa
Tema: O impacto da gestão escolar no desempenho escolar.
Nome: Sideno Calisto Sumburane Código: 41220209
Maxixe, Março de 2025
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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
Faculdade de Ciências de Educação
Departamento de Ciências Sociais e Humanas
Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa
Tema: O impacto da gestão escolar no desempenho escolar.
Trabalho de Campo a ser submetido na
Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de Língua Portuguesa da UnISCED
Tutora: Priscilla dos Anjos Fernando Alface
Nome: Sideno Calisto Sumburane Código: 41220209
Maxixe, Março de 2025
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I. ÍNDICE
Conteúdo
I. ÍNDICE .............................................................................................................................. 3
II. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
2.1. Metodologia .................................................................................................................... 4
2.2. Objectivos ....................................................................................................................... 4
a. Objectivo Geral .......................................................................................................... 4
b. Objectivos Específicos ............................................................................................ 4
III. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 5
3. 1. A influência dos líderes escolares na melhoria da qualidade do ensino ................... 5
3.2. Mudanças nas práticas de ensino (métodos e técnicas activas-participativas) ........ 6
IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 8
V. REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 9
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II. INTRODUÇÃO
Este estudo analisa os conceitos, teorias e métodos relacionados à liderança e seu impacto
na melhoria das escolas, especialmente no que diz respeito ao aprimoramento da qualidade
de ensino.
2.1. Metodologia
O trabalho apresentado foi desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica, que envolve
a revisão de materiais relacionados ao tema em questão. Para isso, foram consultados livros,
artigos, sites da Internet, entre outras fontes.
Segundo Boccato (2006, p. 266), a pesquisa bibliográfica tem como objetivo encontrar a
solução para um problema (ou hipótese) utilizando referências teóricas já publicadas,
promovendo a análise e discussão das diversas contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa
fornecerá fundamentação para o entendimento do que foi investigado, incluindo a maneira
como o assunto foi abordado e as perspectivas adotadas na literatura acadêmica.
2.2. Objectivos
a. Objectivo Geral: Refletir em relação à melhoria da qualidade do ensino.
b. Objectivos Específicos:
➢ Identificar as teorias sobre liderança no contexto do ensino;
➢ Descrever teorias sobre liderança no contexto do ensino;
➢ Caracterizar as teorias sobre liderança no contexto do ensino;
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III. REFERENCIAL TEÓRICO
3. 1. A influência dos líderes escolares na melhoria da qualidade do ensino
A formação profissional dos educadores está ligada tanto às características individuais dos
professores quanto ao ambiente em que atuam (Geijsel, 2001, p. 40). Em relação à inovação
na educação, a formação de professores é entendida como o processo pelo qual os docentes
aprendem novas habilidades e valores, visando o aprimoramento contínuo e melhoria do seu
trabalho (Kwakman, 1999, conforme mencionado em Bazo, 2011). Como forma de promover
a aprendizagem e o aprimoramento profissional, são verificados quatro tipos de actividades que
incentivam a reflexão e a interação:
(i) leitura – acompanhando as novas tendências na área;
(ii) prática e experimentação – aplicando inovações e insights;
(iii) reflexão – análise do próprio desempenho; e
(iv) colaboração – trabalho conjunto em políticas e questões práticas (Kwakman, 1999;
conforme citado em Bazo, 2011).
Os três primeiros itens estão relacionados ao aprendizado individual, enquanto o último diz
respeito ao aprendizado em grupo.
No que diz respeito ao crescimento profissional, Geijsel, Sleegers, Stoel e Kruger (2009,
referenciados em Bazo, 2011) descrevem a aprendizagem profissional como a participação dos
educadores em diversas actividades de aprendizado no ambiente escolar. Eles analisam a
colaboração dos docentes nas (i) aprendizagens não reflexivas – que incluem a atualização e a
coleta de novos conhecimentos e informações, bem como inovações (modificações nas
práticas); e (ii) aprendizagens reflexivas – que envolvem experimentação e reflexão sobre a
prática. A colaboração foi substuída pela inovação, mencionada nos estudos de Kwakman
(1999, referenciado em Bazo, 2011). Contudo, Geijsel, Sleegers, Stoel e Kruger (2009,
referenciados em Bazo, 2011) apontam que nem toda forma de aprendizagem entre os docentes
contribui para o aprimoramento profissional e para a melhoria da escola. Os professores
adquirem experiências de aprendizado ao participarem de diversas atividades de
aprimoramento profissional, adquirindo novos conhecimentos, habilidades e valores, que estão
mais relacionados a actividades pedagógicas e didácticas, além do conteúdo em si.
Sillins e Mulford (2002, mencionados em Bazo, 2011) afirmam que o modo como os indivíduos
processam o conhecimento ao resolver problemas coletivamente resulta em transformações nos
valores, crenças e normas, culminando em uma cultura de aprendizado única. Geijsel, Sleegers,
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Stoel e Kruger (2009, também citados por Bazo, 2011) enxergam a formação docente como um
processo que é ao mesmo tempo construtivo e situado no contexto social e cultural. Esses
autores argumentam que a envolvência dos professores em diversificadas atividades
profissionais na escola impacta tanto seu progresso profissional quanto o desenvolvimento da
instituição, contribuindo significativamente para o aprimoramento da qualidade do ensino e da
aprendizagem. Além disso, eles ressaltam que a liderança transformacional é fundamental para
os docentes. O envolvimento dos professores em experiências de aprendizado profissional
tendem a aumentar na presença de práticas de liderança transformacional. Geijsel e outros
estudiosos identificaram que, ao estabelecer e comunicar uma noção clara, a liderança escolar
consegue fortalecer o envolvimento dos professores nas tarefas escolares, definir metas
individuais e aumentar a autoconfiança dos docentes em sua habilidade de aprimorar suas
práticas. Ao oferecer suporte e atenção individual aos professores, esses líderes podem alinhar
as necessidades actuais dos educadores com os objectivos da organização e a meta da escola
(Geijsel, Sleegers, Stoel & Kruger, 2009, p. 419, conforme citado em Bazo, 2011).
Depois, eles indicam que, para serem bem-sucedidos, os gestores escolares devem empregar
uma mescla de comportamentos de liderança transformacional.
3.2. Mudanças nas práticas de ensino (métodos e técnicas activas-participativas)
No nosso país (Moçambique), a metodologia focada no aprendente representa uma inovação no
currículo actual das escolas primárias. Anteriormente, o ensino era predominantemente
orientado pelo docente (que era considerado detentor do conhecimento) e baseado na
memorização e em mecanismos mecânicos, ao invés de incentivar os alunos a mostrarem seu
conhecimento e competência (Assis et al., 1992, conforme mencionado em Mucavele, 2008;
Passos, 2009). De acordo com Kwakman (2003, citado em Bazo, 2011), nas abordagens actuais
teóricas, a aprendizagem é vista como uma actividade activa, construtiva, colaborativa e
contextualizada. Essa perspectiva está alinhada com a observação de Terwel (1999),
mencionada em Mucavele (2008), que, após muitos anos de pesquisa, os estudiosos agora sabe-
se que aprender por meio da interação é uma alternativa promissora. Em determinadas
circunstâncias e com objetivos específicos, métodos de aprendizagem cooperativa
demonstraram ser motivadores e eficazes (p. 78). Middlewood e Burton (2001, conforme
referenciado em Bazo, 2011) afirmam que uma abordagem de aprendizagem focada no
estudante visa incentivar os estudantes a assumirem maior responsabilidade por seu próprio
aprendizado. Para McLaughlin (1997, conforme citado em Bazo, 2011), a teoria atual defende
que os alunos aprendem de forma mais eficaz quando têm a chance de construir ativamente seu
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próprio conhecimento (p. 149). Fomentar esse tipo de aprendizagem exige que os educadores
adotem uma nova análise pedagógica, que envolve um aprendizado especializado em certas
áreas, com vista a criar focos de aprendizagem estimulantes que atendam aos interesses e
questionamentos dos alunos (Van den Akker, 2003, conforme referenciados em Bazo, 2011).
Compreendemos que, em uma abordagem que coloca o aluno como centro, os professores
actuam como orientadores. Porém, de acordo com Scheerenset (2007, p. 203) e D'Agostino
(2000, conforme citados em Bazo, 2011), as abordagens que colocam como centro o professor
tendem a ser mais eficazes para alunos das primeiras e segundas séries, enquanto uma
abordagem que centraliza o aluno é mais adequada para a quarta série. Eles argumentam que o
ensino baseado no construtivismo e as abordagens de ensino direto mais tradicionais podem ser
vistas como estratégias que os educadores podem aplicar de maneira melhorada. Isto é, pode
ser mais vantajoso considerar essas abordagens como auxiliares, de acordo com a sua eficácia
em diferentes contextos educacionais, em vez de tratá-las como estratégias totalmente opostas.
(p. 203)
Segundo Marsh e Willis (1999), a liderança do diretor é essencial para mudar positivamente o
currículo, estimulando a elaboração colaborativa do mesmo. Os líderes nas escolas têm a
capacidade de motivar os docentes a alterarem suas abordagens de ensino, favorecendo o
desenvolvimento profissional dos educadores. Pesquisas sobre o desenvolvimento profissional
docente e práticas de ensino centradas no aluno (Sleegers, Bolhuis e Geisel, 2005; Toole &
Louis, 2002, conforme citado em Bazo, 2011), assim como investigações sobre aprendizagem
organizacional e escolas como instituições que aprendem (Silins, Mulford, & Zarins, 2002,
conforme mencionado em Bazo, 2011), indicaram que o desenvolvimento profissional dos
professores pode ser afetado pelas condições organizacionais da escola, incluindo a participação
na tomada de decisões, formação de equipes, colaboração entre docentes e liderança
transformacional.
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IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste estudo, nosso objetivo foi explorar os conceitos, teorias, tipos, estilos, práticas e
abordagens da liderança. Entre os diversos conceitos, o capítulo destacou a liderança
transformacional ou modelos transformadores de liderança (visão e metas, estrutura,
cultura, suporte individualizado, estímulo intelectual e expectativas de desempenho),
fazendo uma comparação com a liderança transacional. Além disso, o capítulo também
tratou dos conceitos de melhoria escolar e métodos de ensino. Considerando a abordagem
metodológica deste estudo, também foram discutidos os conceitos de autoavaliação e
avaliação por terceiros.
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V. REFERÊNCIAS
BARROSO, J. (2005). Políticas Educativas e Organização Escolar. Lisboa: Universidade Aberta.
BOWDICH,J.; Buono, A.(1992). Elementos do Comportamento Organizacional. São Paulo:
Pioneira.
BILHIM, J. (2008). Teoria organizacional. Estruturas e pessoas. Lisboa: Universidade Técnica de
Lisboa. Instituto Superior de Ciências Sociais e políticas.
BOLÍVAR, A. (2009). Liderar as escolas no séc. XXI: uma liderança para a aprendizagem.
Conferência Uma Liderança para a Aprendizagem (Universidade da Madeira).