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Projeto Prob

O relatório analisa a implementação da logística reversa no Brasil, destacando que mais de 50% dos municípios não cumprem a legislação até 2022, resultando em 27,9 milhões de toneladas de resíduos sólidos enviados a lixões. A pesquisa revela que, embora investimentos em gestão de resíduos estejam correlacionados à geração de empregos, a coleta seletiva sozinha não gera impacto significativo, necessitando de políticas integradas e investimentos em infraestrutura. O estudo conclui que a logística reversa é crucial para a economia circular e a redução de impactos ambientais, mas enfrenta barreiras que exigem maior colaboração entre setores públicos e privados.

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Projeto Prob

O relatório analisa a implementação da logística reversa no Brasil, destacando que mais de 50% dos municípios não cumprem a legislação até 2022, resultando em 27,9 milhões de toneladas de resíduos sólidos enviados a lixões. A pesquisa revela que, embora investimentos em gestão de resíduos estejam correlacionados à geração de empregos, a coleta seletiva sozinha não gera impacto significativo, necessitando de políticas integradas e investimentos em infraestrutura. O estudo conclui que a logística reversa é crucial para a economia circular e a redução de impactos ambientais, mas enfrenta barreiras que exigem maior colaboração entre setores públicos e privados.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Projeto de Extensão:

Análise do Ritmo da Logística


Reversa no Brasil

Tamires Morais Rodrigues - 163994

Giovanni Brunelli Colaço Bello - 168864

Letícia Maximiano Augusto - 164919

Gabriel Venerando Santos - 170327

Jonatas Jacob Sá de Castro - 168865

São José dos Campos

2025
1.​Resumo

O relatório analisa a implementação da logística reversa no Brasil, um


mecanismo essencial para a gestão sustentável de resíduos sólidos, conforme
estabelecido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei
12.305/2010. Apesar dos avanços, o país ainda enfrenta desafios significativos, com
mais de 50% dos municípios não cumprindo integralmente a legislação até 2022. Em
2022, o Brasil gerou 77,1 milhões de toneladas de resíduos sólidos, dos quais 27,9
milhões foram destinados a lixões, evidenciando a necessidade de melhorias na gestão
e destinação adequada.

A pesquisa utilizou uma abordagem mista, combinando análise quantitativa e


qualitativa de dados secundários provenientes de fontes como a Associação Brasileira
de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e a Associação
Brasileira de Limpeza Pública (ABLP). Foram analisados indicadores como geração de
resíduos, coleta seletiva, destinação final e geração de empregos, com foco nas cinco
regiões brasileiras.

Os resultados mostram que, embora haja uma forte correlação entre os


investimentos municipais em gestão de resíduos e a geração de empregos, a coleta
seletiva por si só não demonstra um impacto significativo na criação de empregos. Isso
sugere que a expansão da coleta seletiva precisa ser acompanhada de políticas
integradas e investimentos em infraestrutura para gerar benefícios socioeconômicos
mais amplos.

O estudo conclui que a logística reversa é fundamental para a economia circular


e a redução de impactos ambientais, mas enfrenta barreiras como resistência setorial,
falta de fiscalização e dificuldade de engajamento da sociedade. Para avançar, é
necessário maior integração entre setores públicos e privados, investimentos em
tecnologia e educação ambiental, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) da ONU, em especial o ODS 11 (Cidades e Comunidades
Sustentáveis) e o ODS 12 (Consumo e Produção Responsáveis).

O relatório reforça a urgência de políticas públicas robustas e da participação


ativa de todos envolvidos para garantir uma gestão sustentável de resíduos, reduzir os
impactos ambientais e promover o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

1
2.​Sumário

Introdução………………………………………………………....….3

Objetivo………………………………………………………….……5

Materiais e Métodos…………………………………………………6

Resultados e Discussões……………………………………………7

Conclusão……………………………………………………………14

Referências…………………………………………………………..15

2
3.​Introdução

Com mais de 203 milhões de habitantes, segundo o Censo Demográfico 2022, o


Brasil é um dos países que mais gera resíduos sólidos - como materiais, substâncias e
objetos descartados - cuja destinação final deveria receber tratamento com soluções
economicamente viáveis, de acordo com a legislação e as tecnologias atuais, mas
acabam, ainda em parte, sendo despejados a céu aberto, lançados na rede pública de
esgotos ou até queimados.
No Brasil em meio a uma situação urgente, o governo federal promulgou em
2010 a lei 12.305, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS, um
marco regulatório que prevê a gestão integrada e o gerenciamento de resíduos sólidos,
institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos, sendo eles,
fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços
de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e
embalagens pós-consumo.
Originalmente a PNRS decretou um prazo de quatro anos para a disposição final
adequada dos rejeitos, cabendo aos municípios a responsabilidade pelos resíduos
gerados em seus territórios. Embora tenha expirado em 2014 o prazo inicial para que os
municípios se adequassem à legislação, dados da Associação Brasileira de Empresas
de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, Abrelpe, mostram que em 2022, foram
coletados 93% dos resíduos sólidos gerados no Brasil, equivalente a 71,7 milhões de
toneladas. Em que desses, 27,9 milhões foram enviadas para os mais de 3.000 lixões
que se estima haver no país.
O setor privado, por sua vez, fica responsável pelo gerenciamento
ambientalmente adequado dos resíduos sólidos, sua reincorporação na cadeia
produtiva, adoção de inovações que tragam benefícios socioambientais bem como pelo
uso racional dos materiais e prevenção da poluição ambiental. Por fim, cabe ao Poder
Público a fiscalização do processo e, de forma compartilhada com os demais
responsáveis pelo sistema, conscientizar e educar o cidadão.
A logística reversa é, segundo o Ministério do Meio Ambiente, um instrumento
de desenvolvimentos social e econômico que inclui diversas ações, procedimentos e
meios para fazer a coleta e a restituição dos resíduos sólidos. Portanto, desempenha
um papel fundamental na gestão sustentável de resíduos e na economia circular, sendo
um dos principais desafios e oportunidades para o desenvolvimento sustentável no
Brasil. Trata-se do processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de
produtos, materiais e informações do consumidor final de volta à cadeia produtiva, seja
para reaproveitamento, reciclagem ou descarte adequado. Nesse sistema os
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes são corresponsáveis pelo ciclo
de vida de seus produtos, desde a produção até o descarte final.
A legislação estabelece prazos e metas ambiciosas para a implementação de
sistemas de logística reversa. No entanto, a prática tem demonstrado que o
cumprimento desses prazos tem sido um desafio complexo. Diversos fatores
contribuem para o prolongamento da implementação da logística reversa no país. Entre
eles, destacam-se a resistência de setores da indústria, a dificuldade de fiscalização, a
complexidade do território brasileiro e a falta de engajamento da sociedade.

3
Perante a crescente preocupação com a sustentabilidade e das exigências
legais, como a PNRS, é essencial compreender o nível de avanço da logística reversa
em diferentes regiões do país.
Diante desse cenário, este estudo é fundamental, pois radiografa o avanço da
logística reversa no Brasil, revelando o panorama da implementação de sistemas
eficientes, permitindo analisar o status da adoção de sistemas eficazes de logística
reversa em cada localidade. Ao investigar dados específicos das cinco regiões
brasileiras, este trabalho contribui para a identificação de barreiras que podem estar
dificultando a expansão dessa estratégia no território nacional.
Acreditamos que este estudo pode contribuir para o aumento da conscientização
da sociedade e para a promoção de um futuro mais sustentável. Ademais, a pesquisa
está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS, nº 11, Cidades
e Comunidades Sustentáveis, reforçando a necessidade de soluções inovadoras que
contribuam para a criação de comunidades mais resilientes e ambientalmente
responsáveis.
Esse plano de ação global busca, até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per
capita das cidades, inclusive prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de
resíduos municipais e outros.
​ A escolha do tema desta análise reside na crescente importância da logística
reversa como ferramenta essencial para a gestão sustentável de resíduos sólidos no
Brasil. A destinação correta de rejeitos urbanos desempenha um papel vital na
preservação do meio ambiente. Quando descartados de forma inadequada, os resíduos
sólidos podem acabar em locais impróprios, desprovidos de infraestrutura adequada ou
chegar a corpos d'água, causando poluição e representando uma ameaça à vida e aos
ecossistemas.

​ ​

4
4.​Objetivo

O presente estudo busca avaliar o progresso da implementação da logística


reversa no Brasil ao longo dos últimos quatro anos, com foco na coleta e gestão de
resíduos sólidos. A pesquisa se concentra em analisar dados sobre a geração,
destinação final de resíduos, além de investigar o número de empregos diretos e a
quantidade de municípios com coleta seletiva envolvidos nesses processos. O objetivo
é traçar um panorama abrangente da logística reversa no país, mensurando a evolução
das práticas e dos resultados ao longo do período em questão.

A análise detalhada dos dados coletados identificará as etapas do processo que


dificultam uma gestão sustentável de resíduos sólidos no Brasil, alinhando-se às
diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, PNRS. Com o intuito de encontrar
um resultado ao questionamento ao que, na prática, está freando a aplicação da gestão
de logística reversa no país.

Os resultados contribuirão para a conscientização da importância do


investimento no desenvolvimento e aplicação de estratégias eficazes, dentro da gestão
de logística reversa, para reduzir os impactos ambientais causados pelo descarte
inadequado de resíduos, promovendo a criação de cidades e comunidades mais
sustentáveis, em linha com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 11.

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5.​Materiais e Métodos

A metodologia adotada para esta pesquisa é baseada em uma abordagem


mista, combinando análise quantitativa e qualitativa dos dados secundários
provenientes das instituições governamentais como a Associação Brasileira de
Resíduos e Meio Ambiente, ABRELPE, que realiza o Panorama dos Resíduos Sólidos
no Brasil onde apresenta um detalhamento mais abrangente sobre o fluxo de resíduos
nas regiões brasileiras, tendo uma abordagem técnica e reflexiva sobre o setor. Este
levantamento é feito anualmente.
Além disso, utilizamos alguns editoriais da Associação Brasileira de Limpeza
Pública, ABLP, o material coletado foi feito pela Revista Limpeza Pública que publica
estudos originais de técnicos e pesquisadores brasileiros, propondo soluções aos
problemas de resíduos sólidos.
Foram reunidos os valores das variáveis geração de RSU, municípios com
coleta seletiva , destinação final de resíduos e o número de empregos diretos durante
os Panoramas dos anos de 2020 a 2023.
A estatística descritiva foi aplicada para a análise inicial desse conjunto de
dados amostrais. Apresentados por gráficos de barras, usado para dados categóricos,
gráficos de pizza (setores), mostrando a proporção de cada categoria e gráfico de
linhas, as informações são exibidas por uma série de marcadores ligados por
segmentos de linha reta.
Os gráficos foram confeccionados pela biblioteca Plotly na linguagem Python, é
uma biblioteca de plotagem interativa que oferece 40 tipos exclusivos de gráficos que
abrangem uma ampla variedade de casos de uso estatísticos, financeiros, científicos e
entre outros. A documentação pode ser acessada pelo site https://plotly.com/python/. O
código fonte esta disponível para acesso em
https://colab.research.google.com/drive/19oBwPePb69JI25POm3SXHANcogmeXuvi.
Para explorar a correlação, dependência ou associação causal ou não causal
entre duas variáveis citadas utilizaremos o coeficiente de correlação de Pearson,
aplicado para medir a relação linear entre duas variáveis, analisado a variação de -1,
significando uma correlação negativa perfeita, a 1, uma correlação positiva perfeita. Os
resultados estão melhor descritos por gráficos divididos pelas regiões brasileiras. Com o
propósito de descobrir se há uma relação linear entre os recursos aplicados pelos
municípios e a geração de empregos, analisando se a mudança em uma variável está
diretamente associada a uma mudança proporcional.
Por fim, será calculado o Teste de Hipótese visto que é um método estatístico
utilizado para avaliar a validade de uma afirmação, a hipótese, sobre um parâmetro
populacional, como a média. Busca-se saber se a expansão da coleta seletiva para
outras regiões aumentaria significativamente o emprego.


6
6.​Resultados e Discussões

​ Visando otimizar a análise dos dados, vamos elaborar gráficos que ilustrem a
geração de resíduos sólidos por região ao longo dos anos de 2020, 2021, 2022 e 2023.
Essa representação visual permitirá identificar padrões e tendências com maior clareza.

A fim de facilitar a análise da evolução dos dados, vamos utilizar um gráfico de


linhas. Esse tipo de representação visual é ideal para identificar tendências de
crescimento ou decaimento ao longo do tempo.

7
O investimento governamental na coleta de resíduos sólidos, por sua vez,
apresenta-se como um dado de grande relevância para a análise em questão.

Novamente, utilizaremos o gráfico de linhas para visualizar o aumento ou queda


dos dados.

8
Obtivemos dados a respeito da disponibilidade de coleta de resíduos sólidos nos
municípios, o que nos permitirá traçar um panorama da situação.

Assim, podemos visualizar o Brasil e comparar as cidades que não tem coletas
de resíduos sólidos.

9
Para entendermos os pontos finais dos lixos, juntamos os dados em uma tabela
em seguida analisamos a média em um gráfico

2020 2021 2022 2023


Adequados Inadequados Adequados Inadequados Adequados Inadequados Adequados Inadequados

NORTE 1.683.745 3.086.440 1.773.927 3.209.013 1.870.470 3.240.105 1.695.017 2.939.546

NORDESTE 5.686.700 10.286.795 6.016.948 10.558.666 6.214.527 10.491.191 5.844.347 9.822.541

9.636.432
SUDESTE 28.121.425 10.560.180 29.542.830 10.706.257 29.754.601 10.563.286 27.916.327

CENTRO-OESTE 2.252.415 3.201.050 2.456.849 3.323.972 2.532.762 3.288.281 2.453.280 3.175.017

SUL 5.556.030 2.313.735 6.011.894 2.479.482 6.020.694 2.388.097 5.903.246 2.344.088

Seguido de uma representação em pizza do Brasil para analisarmos as


proporções.

10
Dados que trazem relevâncias para a pesquisa são de empregos gerados

É importante destacar que a avaliação do ritmo da logística reversa no Brasil


demanda a análise de diversos indicadores para entender como os investimentos na
gestão de resíduos influenciam os aspectos econômicos.

Um dos primeiros pontos a serem investigados é a conexão entre os recursos


que os municípios direcionam para os serviços públicos de limpeza urbana e gestão de
resíduos sólidos e a geração de empregos nesse mesmo setor. Esses serviços
abrangem atividades como coleta, transporte, e destinação final de resíduos, além de
varrição, capina, manutenção de parques e jardins e cuidado com córregos, entre
outros.

A relação entre variáveis quantitativas pode ser mensurada por várias métricas,
sendo a correlação linear de Pearson uma das mais comuns. A Pearson analisa a força

11
e a direção da relação entre duas variáveis, indicando se um aumento em uma tende a
levar a um aumento ou a uma diminuição na outra.

Para exemplificar essa relação, foram examinados dados das cinco regiões do
Brasil (ABRELPE).

Podemos observar que em todas as regiões o coeficiente de correlação se


aproxima de 1 (Sendo, em números absolutos: 0.9962 (Norte), 0.9931 (Nordeste),
0.8291 (Centro-Oeste), 0.9088 (Sudeste) e 0.9954 (Sul)), o que indica uma associação
forte entre os recursos aplicado pelos municípios e a geração de empregos.

Queremos saber se a adoção do mesmo processo de coleta seletiva em outras regiões


resultaria em um aumento significativo na geração de empregos.

Formulação das Hipóteses

●​ Hipótese Nula (H₀): Não existe relação significativa entre a coleta seletiva e a
geração de empregos.
●​ Hipótese Alternativa (H₁): Existe uma relação significativa entre a coleta seletiva
e a geração de empregos.

Nosso objetivo é verificar se podemos rejeitar H₀ com base nos dados.

12
Coleta dos Dados

Usamos os dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2023:

●​ Número de empregos diretos no setor de resíduos por região:


○​ Norte: 26.466
○​ Nordeste: 103.084
○​ Sudeste: 152.030
○​ Centro-Oeste: 28.231
○​ Sul: 41.332
●​ Percentual de coleta seletiva porta a porta por região:
○​ Norte: 2,0%
○​ Nordeste: 1,9%
○​ Sudeste: 20,3%
○​ Centro-Oeste: 11,6%
○​ Sul: 31,9%

Escolha do Teste Estatístico

Optamos pelo teste de correlação de Pearson para avaliar a relação entre duas
variáveis numéricas:

●​ X: Percentual de coleta seletiva


●​ Y: Número de empregos diretos

O coeficiente de correlação de Pearson (r) mede a força e a direção da relação linear


entre duas variáveis.

●​ r próximo de +1: Correlação positiva forte


●​ r próximo de -1: Correlação negativa forte
●​ r próximo de 0: Pouca ou nenhuma correlação

○​ .
○​ Conclusão: Não há evidências estatísticas de que a coleta seletiva esteja
diretamente relacionada ao aumento de empregos.

Com base nos dados analisados:

●​ Resposta: Não há evidências suficientes para afirmar que adotar o mesmo


processo de coleta seletiva em outras regiões aumentaria significativamente a
geração de empregos.

13
7.​Conclusão

O relatório evidencia que o Brasil enfrenta desafios significativos na gestão de


resíduos sólidos, com 77,1 milhões de toneladas geradas em 2022, das quais 27,9
milhões foram destinadas a lixões, apesar da existência da Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS) desde 2010. Mesmo com os avanços, mais de 50% dos
municípios ainda não cumpriram integralmente a legislação, o que reflete a
complexidade da implementação de sistemas eficientes de logística reversa e
destinação adequada de resíduos. A logística reversa, essencial para a economia
circular e a redução de impactos ambientais, ainda enfrenta barreiras como a
resistência setorial, a falta de fiscalização e a dificuldade de engajamento da sociedade.
Os dados mostram que a geração de empregos no setor de resíduos sólidos
está fortemente correlacionada com os investimentos municipais em gestão de
resíduos, mas a coleta seletiva, por si só, não demonstra um impacto significativo na
criação de empregos. Isso sugere que a expansão da coleta seletiva precisa ser
acompanhada de políticas integradas e investimentos em infraestrutura para gerar
benefícios socioeconômicos mais amplos.
Esses dados estão alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) da ONU, em especial o ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis), que
visa reduzir o impacto ambiental negativo das cidades, incluindo a gestão adequada de
resíduos. Além disso, o estudo também se relaciona com o ODS 12 (Consumo e
Produção Responsáveis), que busca promover a gestão sustentável dos recursos
naturais e a redução da geração de resíduos por meio da prevenção, redução,
reciclagem e reuso.
Portanto, é urgente que o Brasil avance na implementação efetiva da PNRS e
da logística reversa, com maior integração entre setores públicos e privados,
investimentos em tecnologia e educação ambiental. Somente com ações coordenadas
e alinhadas aos ODS será possível alcançar uma gestão sustentável de resíduos,
reduzir os impactos ambientais e promover o desenvolvimento socioeconômico do país.
Este relatório reforça a necessidade de políticas públicas robustas e da participação
ativa de todos os colaboradores e sociedade envolvidos para garantir um equilíbrio e
redução de resíduos sólidos produzidos.

14
8.​Referências Bibliográficas

<Recursos usados para criação de gráficos>


https://plotly.com/python/
https://colab.research.google.com/drive/19oBwPePb69JI25POm3SXHANcogmeXuvi?us
p=sharing
https://www.abrema.org.br/
https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/artigos/artigos/217-residuos-solidos-u
rbanos-no-brasil-desafios-tecnologicos-politicos-e-economicos
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
https://www.abrema.org.br/panorama/
https://openknowledge.worldbank.org/entities/publication/d3f9d45e-115f-559b-b14f-2855
2410e90a
https://antigo.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-perigosos/logistica-reversa
https://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/plano-nacional-de-residuos-sol
idos
https://g1.globo.com/google/amp/jornal-nacional/noticia/2025/01/10/florianopolis-e-a-uni
ca-cidade-lixo-zero-do-brasil.ghtml

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