06/07/2017
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Avaliação de Testes de Diagnóstico
Prof. Fredi Alexander Diaz Quijano
Departamento Epidemiologia – FSP
E-mail:
[email protected]Dimensões da avaliação de Testes de Diagnóstico
• Reprodutibilidade (Reliability)
- A consistência interna
- Confiabilidade (reprodutibilidade inter e intra-observador).
• Validade
- Facial e conteúdo.
- Critério.
- Constructo.
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• Confiabilidade
Capacidade de fornecer os mesmos resultados quando repetido.
• Validade
É a capacidade de um teste indicar quais
indivíduos possuem uma determinada doença
e quais não a possuem
Ou
a capacidade de medir corretamente aquilo a que se propõe medir
Medidas da validade de testes
• Validade de critério
• Sensibilidade
• Especificidade
• Valor preditivo positivo (VPP)
• Valor preditivo negativo (VPN)
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Sensibilidade: É a capacidade do teste de
identificar corretamente aqueles que
possuem a doença.
Especificidade: É a capacidade do teste de
identificar corretamente aqueles que não
possuem a doença
Doente Sadio
Possui a doença e o
Não possuem a doença mas
teste foi positivo
o teste foi positivo
Positivo = VERDADEIROS
=FALSOS POSITIVOS
POSITIVOS
Não possuem a doença e o
Possui a doença mas o
Negativo teste foi negativo
teste foi negativo
= VERDADEIROS
= FALSOS NEGATIVOS
NEGATIVOS
Sensibilidade = VP / (VP + FN) Especificidade= VN / (VN + FP)
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Sensibilidade e Especificidade do Teste
Padrão Ouro
Teste Doente Sadio Total
Positivo 80 100 180
Negativo 20 800 820
Total 100 900 1000
Sensibilidade = 80/100 = 80%
Especificidade = 800/900 = 89%
Muitas vezes, os testes produzem resultados quantitativos (Ex,
glicemia, temperatura, absorbâncias, etc).
Nesses casos, geralmente escolhidos pontos de corte para decidir
quem será considerado doente e saudável.
O ponto de corte escolhido vai determinar tanto a sensibilidade
quanto a especificidade.
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50
40
30
Distribuição dos não diabéticos
20
10
Distribuição dos diabéticos
0
1
0
40 80 120 160 200 240 280 320 360
Glicemia mg/100ml
50
Ponto de corte
Não diabéticos
40
30
20
10
0
1
0
40 80 120 160 200 240 280 320 360
Glicemia mg/100ml
Diabéticos
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50
Ponto de corte
Não diabéticos
40
30
20
10
Verdadeiros
0 Positivos
1 (VP)
0
40 80 120 160 200 240 280 320 360
Glicemia mg/100ml
Diabéticos
50
Ponto de corte
Não diabéticos
Verdadeiros 40
Negativos
(VN) 30
20
Falsos Positivos (FP)
10
Verdadeiros
0 Positivos
1 (VP)
0
40 80 120 160 200 240 280 320 360
Glicemia mg/100ml
Falsos Negativos (FN) Diabéticos
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50
Ponto de corte
Não diabéticos
Verdadeiros 40
Negativos
(VN) 30
20
Falsos Positivos (FP)
10
Verdadeiros
0 Positivos
1 (VP)
0
40 80 120 160 200 240 280 320 360
Glicemia mg/100ml
Falsos Negativos (FN) Diabéticos
50
Ponto de corte
Não diabéticos
Verdadeiros 40
Negativos
(VN) 30
20
Falsos Positivos (FP)
10
Verdadeiros
0 Positivos
1 (VP)
0
40 80 120 160 200 240 280 320 360
Glicemia mg/100ml
Falsos Negativos (FN) Diabéticos
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50
Ponto de corte
Não diabéticos
Verdadeiros 40
Negativos
(VN) 30
20
Falsos Positivos (FP)
10
Verdadeiros
0 Positivos
1 (VP)
0
40 80 120 160 200 240 280 320 360
Glicemia mg/100ml
Falsos Negativos (FN) Diabéticos
Valor Preditivo Positivo/Valor Preditivo Negativo
O que o teste revela a respeito deste indivíduo ?
Valor Preditivo Positivo: Se o teste é positivo,
qual a probabilidade da doença estar presente?
Valor Preditivo Negativo: Se o teste é negativo,
qual a probabilidade da doença estar ausente ?
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Conceito de Valor Preditivo de Testes
Exemplo: Assuma uma população de 1000 indivíduos dos quais
100 possuem uma doença e 900 não a possuem.
Resultado Doença Sem a Doença Total
Positivo 80 100 180
Negativo 20 800 820
Total 100 900 1000
Valor Preditivo do Teste
Resultado Doença Sem a Doença Total
Positivo 80 100 180
Negativo 20 800 820
Total 100 900 1000
Valor Preditivo Valor Preditivo
Positivo = 80/180 = 44% Negativo = 800/820 = 98%
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Influência da Prevalência de Doença para o VPP
Exemplo: Sensibilidade = 99%, Especificidade = 95%
Valor
Prevalência Resultado do Doente Não total Preditivo
teste Doente Positivo
+ 99 495 594 99/594= 17%
1% - 1 9,405 9,406
Total 100 9,900 10,000
Valor
Prevalência Resultado do Doente Não total Preditivo
teste Doente Positivo
+ 495 475 970 495/970= 51%
5% - 5 9,025 9,030
Total 500 9,500 10,000
Influência da Prevalência de Doença sobre o VPN
Exemplo: Sensibilidade = 99%, Especificidade = 95%
Valor
Prevalência Resultado do Doente Não total Preditivo
teste Doente Negativo
+ 99 495 594
9405/9406=
1% - 1 9,405 9,406 99,99%
Total 100 9,900 10,000
Valor
Prevalência Resultado do Doente Não total Preditivo
teste Doente Negativo
+ 495 475 970
9025/9030=
5% - 5 9,025 9,030 99,94%
Total 500 9,500 10,000
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O Valores Preditivos de um teste dependem de:
Da prevalência da doença:
Maior prevalência aumenta o VPP e diminui o VPN
Sensibilidade e Especificidade:
Se aumentar um deles sem diminuir o outro, os valores preditivos
aumentarão.
Relação da Prevalência com Valor Preditivo
Doença
250 250 500 Prevalência = 50%
Sensibilidade=50%
Especificidade=50%
VPP=250/500=50%
250 250 VPN=250/500=50%
500
Valor preditivo positivo
500 500 Valor preditivo negativo
1,000
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Relação da Prevalência com Valor Preditivo
Doença
100 400 500 Prevalência = 20%
Sensibilidade=50%
Especificidade=50%
VPP=100/500=20%
100 400 VPN=400/500=80%
500
200 800 1,000
Relação da Sensibilidade com Valor Preditivo
Doença
400 580 Prevalência = 20%
180 Sensibilidade=90%
Especificidade=50%
PPV=180/580=31%
400 NPV=400/420=95%
420
20
200 800 1,000
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Relação da Especificidade com Valor Preditivo
Doença
100 400 500 Prevalência = 20%
Sensibilidade=50%
Especificidade=50%
PPV=100/500=20%
100 400 NPV=400/500=80%
500
200 800 1,000
Relação da Especificidade com Valor Preditivo
Doença
80 180
100 Prevalência = 20%
Sensibilidade=50%
Especificidade=90%
720 PPV=100/180=56%
820
100 NPV=720/820=88%
200 800 1,000
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100
75
60 Relação entre prevalência e valor
preditivo para
um resultado positivo de um
“screening test” com
25 95% de sensibilidade e
especificidade
0
25 50 75 100
Prevalência %
Bibliografia
1. Gordis, L. Epidemiology. W.B. sauders Company, Philadelfia, 2009.
2. Fletcher RH, Halstead SB. Evaluation of Diagnostic Tests. In:
Thomas JC, Weber DJ. Epidemiologic Methods for the Study of
Infectious Diseases. University Press, Oxford, 2001, 192-210.
3. Pereira MG. Epidemiologia. Teoria e Prática. Guanabara Koogan, Rio
de Janeiro, 1995.
4. Medronho RA, Perez MA. Teses Diagnósticos. In: Medronho RA,
Carvalho DM, Bloch KV, Luiz RR, Werneck GL. Epidemiologia.
Atheneu, São Paulo, 2002.
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