INSTITUTO DE FILOSOFIA E TEOLOGIA MATER ECCLESIAE – IFITEME
Aluno: JEFERSON LUIZ BAGINSKI
Professor: VALDEMAR HNYDA
Matéria: HISTÓRIA DA FILOSOFIA
Curso: BACHARELADO EM FILOSOFIA
Data: 28/06/2022
RESENHA DO LIVRO: CARMIDES
A obra escrita por Platão decorre dentro de um diálogo, de Sócrates,
recém-chegado de uma batalha vindo de Potidea chegando a Táureas, estando
um tempo ausente, quis retornar às distrações que costumava ter. Então foi
para a palestra e ali encontrou Querefonte, que lhe conduz até Crítias, o filho
de Caliscro, e fez o sentar-se ao lado dele, cumprimentou Crítias e os outros.
Conversando uma coisa e outra, chegou ao ponto da filosofia, querendo
saber se a juventude, ou alguém havia progredido em conhecimento ou beleza,
ou em ambas as qualidades.
Crítias, observando a porta viu alguns jovens que entraram, brincando
uns com os outros e seguidos por muitas pessoas; com relação ao mais bonito,
disse, creio que tu verás em breve, Sócrates. Esses que estão vindo são a
vanguarda e parecem ser admiradores, pelo menos no momento, do mais belo
de todos. Quem é ele perguntou, e de quem é filho?
É Cármides, o filho de meu tio Glauco, respondeu Crítias primo meu,
então. Claro que conhece, por Zeus. Naquele tempo, quando ele ainda era
uma criança, já não fazia má figura. Mal terminaram de dizer isto quando
entrou Cármides.
Querefonte pergunta a Sócrates, o que te parece o rapaz? Ficará
admirado com sua beleza mais também desejou colocar a prova sua
sabedoria, para descobrir a beleza de sua alma, se é de boa natureza. Sendo
um jovem inclinado a filosofia, revela temperamento poético.
Assim aproveitando de que Cármides se queixava de certa indisposição
que acompanhava há dois dias, (a cabeça lhe pesava ao se levantar) usaram
deste fato para começar um questionamento sobre a temperança, que se
desencadeou sobre o pretexto de um método de cura,
Ao ensinar-me o remédio e as palavras, “acautela-te”, me
disse, “para não te deixares persuadir por ninguém, no sentido de lhe
curares a cabeça, se antes essa pessoa não puser a alma à tua
disposição, para ser tratada por meio daquelas palavras. Nisto,
prosseguiu, consiste o erro dos homens de agora: imaginar que
podem ser médicos de uma só parte, isoladamente considerada,
separando da saúde e temperança”. (PLATÃO Cármides p. 06)
O dialogo termina sem uma conclusão final, mais traz em seu
desenvolvimento muitas linhas de questionamento com viver a vida, na busca
desta virtude, sendo muito útil para a reflexão.
Temos também a celebre frase, “conhece-te a ti mesmo”, muito usada
por Santo Agostinho como caminho para espiritualidade.