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Forum Etica Arcanjo

O documento discute a importância do esforço humano voltado para o bem comum, enfatizando que ações éticas podem transformar interesses individuais em benefícios sociais. A falta de ética, por outro lado, compromete a confiança nas profissões e na sociedade, resultando em práticas prejudiciais como fraude, nepotismo e omissão de informações. A promoção de um ambiente ético é essencial para a sustentabilidade profissional e a harmonia social.

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O documento discute a importância do esforço humano voltado para o bem comum, enfatizando que ações éticas podem transformar interesses individuais em benefícios sociais. A falta de ética, por outro lado, compromete a confiança nas profissões e na sociedade, resultando em práticas prejudiciais como fraude, nepotismo e omissão de informações. A promoção de um ambiente ético é essencial para a sustentabilidade profissional e a harmonia social.

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VALOR ÉTICO DO ESFORÇO HUMANO E ANALISE ATÉ QUE PONTO ESSE

ESFORÇO DEVE SER FOCADO NO INTERESSE COMUM, AO INVÉS DE


SER VOLTADO APENAS PARA BENEFÍCIOS INDIVIDUAIS

A reflexão sobre o valor ético do esforço humano assume uma dimensão completa
quando nossas acções ultrapassam a esfera do interesse puramente individual e se
voltam para a construção do bem comum. Conforme Singer (2011), os princípios éticos
podem e devem orientar as escolhas pessoais para ampliá-las de modo a beneficiar um
grupo maior, demonstrando que a aplicação de uma ética prática pode transformar
esforços individuais em acções que promovam a maximização do bem social.

De forma complementar, Sandel (2009), defende que a justiça em uma sociedade não se
concretiza apenas pelo reconhecimento dos direitos individuais, mas pelo equilíbrio
entre estes e a promoção da igualdade e do bem-estar colectivo. Ao direccionar o
esforço para a comunidade, o indivíduo não só fortalece os vínculos sociais, mas
também contribui para o surgimento de práticas mais éticas e solidárias que sustentam a
própria ideia de justiça.

Sob outra perspectiva, Scanlon (2003), ressalta que as obrigações morais que temos em
relação aos demais configuram a base das relações humanas e da ética. Segundo essa
visão, o reconhecimento de que nossas acções impactam outras pessoas leva à
construção de uma sociedade onde o compromisso mútuo é valorizado, transformando a
realização pessoal em um instrumento para a edificação de um projecto social mais
robusto.

Guyer (2006), ao reinterpretar o pensamento de Kant, reforça a ideia de que o


imperativo categórico exige que nossas acções sejam formuladas como princípios que
possam ser universalizados. Essa abordagem implica que a ética não se resume à
satisfação de desejos individuais, mas se manifesta quando cada acção contribui para o
bem-estar colectivo, fortalecendo o tecido social e promovendo uma convivência mais
harmoniosa.

Dessa maneira, o esforço humano ganha seu significado ético máximo quando é
orientado pelo entendimento de que nossos propósitos individuais podem – e devem –
integrar um projecto maior, o de uma sociedade mais justa, colaborativa e solidária.
Cultivar esse equilíbrio passa não apenas pela auto-reflexão pessoal, mas também por
políticas, iniciativas e práticas que valorizem o engajamento cívico e a cooperação. Ao
transformar o sucesso individual em combustível para o bem comum, somos
convidados a construir pontes que unem talentos e esforços para a construção de um
futuro melhor e mais humano.

Referências bibliográficas

Guyer, P. (2006). Kant. Nova York, Nova York, EUA: Routledge.

Sandel, M. J. (2009). Justiça: Qual é a coisa certa a fazer? Nova York, Nova York,
EUA: Farrar, Straus and Giroux.

Scanlon, T. M. (2003). O que devemos uns aos outros. Cambridge, Massachusetts,


EUA: Harvard University Press.

Singer, P. (2011). Ética prática (3ª ed.). Cambridge, Reino Unido: Cambridge
University Press.
De que forma a falta de ética pode impactar de maneira desfavorável uma
profissão e a comunidade em geral

A ausência de ética compromete os alicerces da confiança e da credibilidade, essenciais


não só para a reputação de uma profissão, mas também para o bem-estar de toda a
sociedade. Conforme enfatizam Trevino e Nelson (2014), a integridade no ambiente
profissional é o pilar fundamental para relações de confiança e para a condução de
negócios de forma sustentável. Quando práticas antiéticas se infiltram no cotidiano
corporativo ou institucional, o crédito conquistado ao longo do tempo é rapidamente
minado, afectando investidores, colaboradores e a população em geral (Trevino &
Nelson, 2014).

Entre as diversas manifestações de condutas antiéticas, destaca-se a prática da fraude e


da corrupção. Boatright (2000) e Ferrell, Fraedrich e Ferrell (2010) demonstram, em
suas obras, como a manipulação de informações e a apropriação indevida de recursos
podem gerar prejuízos financeiros significativos. Tais práticas não só comprometem o
desempenho e a transparência das organizações, mas também semeiam a desconfiança
no mercado, gerando um ambiente económico instável e menos seguro para todos
(Boatright, 2000; Ferrell et al., 2010).

Outra forma de manifestação de desvio ético é o nepotismo e o favoritismo, que


corroem a meritocracia e a justiça na selecção e promoção de profissionais. Crane e
Matten (2007) apontam que, quando as escolhas administrativas se baseiam em relações
pessoais, o ambiente de trabalho torna-se desmotivador e as capacidades individuais são
ignoradas, prejudicando não só a evolução da instituição, mas também a qualidade dos
serviços prestados à sociedade (Crane & Matten, 2007). Esse tipo de comportamento
pode levar a uma cultura organizacional permeada por injustiças e desconfiança, onde a
excelência profissional é ofuscada por interesses pessoais.

Além disso, o conflito de interesses, onde decisões são tomadas para favorecer
benefícios individuais em detrimento do bem colectivo, representa uma séria ameaça à
integridade do processo decisório. Segundo Ferrell et al. (2010), quando profissionais
priorizam ganhos pessoais como a busca por comissões ou vantagens não justificadas
eles colocam em risco não apenas a reputação de sua área de actuação, mas também a
segurança e o equilíbrio de sectores estratégicos, como o da saúde, da justiça e das
finanças. Essa distorção impede que as medidas tomadas sejam feitas com base em
critérios objectivos e transparentes.

A omissão de informações relevantes também é um comportamento profundamente


antiético. Trevino e Nelson (2014), argumentam que a falta de transparência,
especialmente em áreas críticas como engenharia e construção civil, pode resultar em
consequências desastrosas, incluindo acidentes e perda de vidas. Quando informações
cruciais são escondidas ou manipuladas, a confiança que a sociedade deposita nesses
profissionais e instituições é abruptamente abalada, e o risco é ampliado, podendo
culminar em crises de grandes proporções (Trevino & Nelson, 2014; Boatright, 2000).

Por fim, o desrespeito às normas e regulamentos evidencia a necessidade de uma cultura


robusta de ética, na qual tanto os indivíduos quanto as organizações estejam
comprometidos com padrões que privilegiam o interesse público. Crane e Matten (2007)
afirmam que o cumprimento rigoroso das directrizes legais e éticas fortalece a
credibilidade das instituições e protege a sociedade de práticas que coloquem seu bem-
estar em risco. Assim, a promoção de um ambiente ético não pode ser encarada apenas
como uma obrigação profissional, mas como uma condição indispensável para a
manutenção da ordem e da segurança social (Crane & Matten, 2007; Ferrell et al.,
2010).

Portanto, esses impactos nos lembram que a ética não é um acessório opcional, mas sim
um requisito essencial para a sustentabilidade de qualquer profissão e para a harmonia
social. Pensar na construção de um ambiente onde os valores éticos são plenamente
respeitados pode ser o primeiro passo rumo a uma sociedade mais transparente e
resiliente.

Bibliografia

Boatright, J. R. (2000). Ética e conduta nos negócios: Uma introdução (4ª ed.). Upper
Saddle River, NJ, EUA: Prentice Hall.

Crane, A., & Matten, D. (2007). Ética nos negócios: Gerenciando cidadania
corporativa e sustentabilidade na era da globalização. Oxford, Reino Unido: Oxford
University Press.

Ferrell, O. C., Fraedrich, J., & Ferrell, L. (2010). Ética nos negócios: Tomada de
decisões éticas e casos práticos. Boston, MA, EUA: Cengage Learning.
Trevino, L. K., & Nelson, K. A. (2014). Gerenciando a ética nos negócios: Falar
claramente sobre como fazer isso da maneira certa (6ª ed.). Nova York, NY, EUA:
Wiley.

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