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TCC Argamassa

O trabalho analisa a viabilidade do uso de agregado reciclado de resíduos de construção e demolição na produção de argamassas, destacando a importância de alternativas sustentáveis na construção civil. Os resultados indicam que as argamassas com agregados reciclados apresentam propriedades satisfatórias, apesar de algumas perdas de trabalhabilidade que podem ser corrigidas. A pesquisa conclui que o uso de agregado reciclado é viável e pode contribuir para a redução dos impactos ambientais do setor.
Direitos autorais
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TCC Argamassa

O trabalho analisa a viabilidade do uso de agregado reciclado de resíduos de construção e demolição na produção de argamassas, destacando a importância de alternativas sustentáveis na construção civil. Os resultados indicam que as argamassas com agregados reciclados apresentam propriedades satisfatórias, apesar de algumas perdas de trabalhabilidade que podem ser corrigidas. A pesquisa conclui que o uso de agregado reciclado é viável e pode contribuir para a redução dos impactos ambientais do setor.
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Ingrid Souza Silva Scravela

Maghil Moreira da Silva

PROPRIEDADES DE ARGAMASSAS PRODUZIDAS COM


AGREGADO RECICLADO DE RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO E
DEMOLIÇÃO

ALAGOINHAS-BA
2021
Ingrid Souza Silva Scravela
Maghil Moreira da Silva

PROPRIEDADES DE ARGAMASSAS PRODUZIDAS COM


AGREGADO RECICLADO DE RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO E
DEMOLIÇÃO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso


de Engenharia Civil, oferecido pela Faculdade de
Tecnologias e Ciências da Bahia – FATEC, como
requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel
em Engenharia Civil.

Orientador (a): M. Sc. Juliane Santos Souza

ALAGOINHAS
2021
Ingrid Souza Silva Scravela
Maghil Moreira da Silva

PROPRIEDADES DE ARGAMASSAS PRODUZIDAS COM


AGREGADO RECICLADO DE RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO E
DEMOLIÇÃO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso


de Engenharia Civil, oferecido pela Faculdade de
Tecnologias e Ciências da Bahia – FATEC, como
requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel
em Engenharia Civil.

Alagoinhas, Bahia, 09 de dezembro de 2021.

________________________________________
Prof.ª M.Sc. Juliane Santos Souza
Faculdade de Tecnologia e Ciências da Bahia

________________________________________
Prof. Esp. Michel Diego de Santana Fontes
Faculdade de Tecnologia e Ciências da Bahia

________________________________________
M. Sc. Patrícia dos S. Andrade
Faculdade de Tecnologia e Ciências da Bahia
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho de conclusão de curso e todo o nosso empenho primeiramente a


DEUS, pois Ele é o nosso refúgio, fortaleza onde buscamos forças para vencer e superar todos
os obstáculos, aos nossos pais, por nos ensinar a crescer dignamente, ser exemplo de caráter
e perseverança, aos n ossos filhos, amigos e familiares, por todo gesto de carinho e incentivo.
Dedicamos também a nossos professores e colegas de turma, agradecer em especial a
professora Juliane pelo companheirismo e incentivo. Palavras não são o suficiente para
tamanha gratidão a todos que nos incentivaram e nos motivaram a tornar esse sonho realidade
e por fazer dessa nossa realização o motivo de estarmos tão plenos, obrigado por fazerem
nossas vidas valerem tanto a pena. Agradecer, enfim, agradecer.
RESUMO
A construção civil é um dos setores que mais contribuem negativamente com os impactos ambientais,
devido a utilização em grande escala de matérias-primas não renováveis que são utilizadas em seus
processos produtivos. Nesse sentido, percebe-se a importância de se buscar destinações mais adequadas
para os resíduos de construção e demolição, assim como alternativas mais sustentáveis para a redução
do consumo de recursos naturais pelo setor da construção civil. Com base nisso, esse trabalho propõe
uma revisão bibliográfica com o objetivo de avaliar as propriedades e a viabilidade do uso de agregado
reciclado de resíduos da construção e demolição na produção de argamassas. Os resultados indicam que
as argamassas produzidas com percentuais de agregados reciclados em sua composição, em geral,
apresentaram resultados satisfatórios para as propriedades estudadas. No estado fresco verificou-se que
apesar da perda de trabalhabilidade para as misturas avaliadas, foi possível fazer a correção da
consistência aumentando a relação água/cimento dos traços. No estado endurecido foi observado um
bom desempenho para as resistências mecânicas e a absorção. Com base nisso percebe-se que é viável
o uso de agregado reciclado na produção de argamassas.
Palavras-chave: Reciclagem; Agregados; Resíduo de construção e demolição; Construção civil.
ABSTRACT
Construction is one of the sectors that contribute most negatively to environmental impacts, due to the
large-scale use of non-renewable raw materials that are used in its production processes. In this sense,
the importance of seeking more suitable destinations for construction and demolition waste, as well as
more sustainable alternatives for reducing the consumption of natural resources by the civil construction
sector, is perceived. Based on this, this work proposes a literature review with the aim of evaluating the
properties and feasibility of using recycled aggregate from construction and demolition waste in the
production of mortars. The mortars produced with percentages of recycled aggregates in their
composition, in general, presented satisfactory results for the studied properties. In the fresh state, it was
found that despite the loss of workability for the mixtures evaluated, it was possible to correct the
consistency by increasing the water/cement ratio of the mixes. In the hardened state, a good performance
for mechanical strength and absorption was observed. Based on this, it is clear that the use of recycled
aggregate in the production of mortar is viable.
Keywords: Recycling; Aggregates; Construction and Demolition Waste; Construction.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Total de RCD coletado pelas cidades no ano de 2019 ............................................ 12


Figura 2 Imagens do agregado reciclado e agregado ............................................................. 14
Figura 3 Grão de agregado reciclado cimentício observado na lupa estereoscópica ............. 15
Figura 4 Distribuição granulométrica dos AR e AN .............................................................. 16
Figura 5 Aspecto das argamassas no ensaio de consistência ................................................. 17
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Ensaio de granulometria exibe uma maior diferença entre as areias ........................ 16
Tabela 2 Massa específica ....................................................................................................... 17
Tabela 3 Trabalhabilidade avaliada por meio do índice de consistência ............................... 23
Tabela 4 Densidade de massa no estado fresco ...................................................................... 24
Tabela 5 Resistência à compressão ........................................................................................ 26
Tabela 6 Resistência à tração .................................................................................................. 27
Tabela 7 Absorção por capilaridade ........................................................................................ 28
Tabela 8 Absorção por imersão .............................................................................................. 29
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 10
1.1. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 11
2. REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................... 122
2.1. GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO .......................... 12
2.2. AGREGADOS RECICLADOS .................................................................................... 13
2.3. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS RECICLADAS NO ESTADO FRESCO .. 17
2.3.1. Trabalhabilidade ............................................................................................................ 17
2.3.2. Densidade de Massa ...................................................................................................... 18
2.4. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS RECICLADAS NO ESTADO
ENDURECIDO ...................................................................................................................... 199
2.4.1. Resistência à compressão ............................................................................................ 199
2.4.2. Resistência à tração ....................................................................................................... 20
2.4.3. Absorção por capilaridade e absorção por imersão ....................................................... 20
3. METODOLOGIA........................................................................................................ 21
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................................. 22
4.1. TRABALHABILIDADE AVALIADA POR MEIO DO ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA
.................................................................................................................................................. 22
4.2. DENSIDADE DE MASSA NO ESTADO FRESCO....................................................... 24
4.3. PROPRIEDADES NO ESTADO ENDURECIDO.......................................................... 25
4.3.1. Resistência à Compressão.............................................................................................. 25
4.3.2. Resistência à tração..........................................................................................................26

4.3.3. Absorção por Capilaridade e absorção por imersão........................................................27

5. CONCLUSÃO.............................................................................................................. 29
6. REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 31
10

1. INTRODUÇÃO

A construção civil é um dos setores que mais contribuem para a geração de impactos
ambientais, devido a utilização em grande escala de matérias-primas não renováveis que são
aplicadas em seus processos produtivos. Diante disso e buscando redução da degradação do
meio ambiente a Resolução CONAMA N° 307 (2002), estabeleceu no uso de suas
competências, diretrizes que visam diminuir os danos causados pelo setor.

Para isso, um dos métodos que sustentam a ideia de preservação do meio ambiente é o
reaproveitamento da matéria-prima por meio da reciclagem e reutilização, como é o caso da
reutilização de resíduos da construção e demolição (RCD) em forma de agregado na produção
de argamassas.

Conforme Jochem, Rocha e Cheriaf (2012), dentre as principais vantagens na utilização dos
RCD como agregado destacam-se a redução do custo, redução dos impactos ambientais e a
conservação das matérias-primas naturais. Além disso, o uso do agregado reciclado (AR) em
substituição ao agregado natural (AN) na produção de materiais cimentícios pode contribuir
para a redução do descarte de RCD na natureza.

A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE)


(2019) afirma que a indústria da construção é responsável pela maior parcela de resíduos sólidos
urbanos gerados no Brasil. Associado a isso é possível observar que restos de concreto, tijolos,
madeiras, ferro e tantos outros materiais são descartados em aterros sanitários ou em terrenos
baldios.

Conforme Schalch e Neto (2010), a produção e disposição final dos entulhos se tornaram um
dos principais problemas desencadeados pelas obras de construção civil e, consequentemente,
trata-se de um problema operacional e de gestão. Aspectos como constantes aumentos nos
custos de limpeza pública, degradação de ambientes e esgotamento de áreas de descarte têm
levado o poder público e pesquisadores da área a refletirem sobre possíveis alternativas de
gestão desses materiais (SCHALCH E NETO, 2010).

De acordo com Matuti (2019), em volta das grandes cidades, a areia e agregados naturais
tendem a ser mais escassos, inclusive graças ao crescente controle ambiental da extração das
matérias-primas. Para isso, a utilização de materiais provenientes da reciclagem de resíduos de
11

obras, contribui significativamente na conservação e preservação das fontes naturais de


significativamente matérias primas.

Apesar do uso do RCD na produção de argamassas viabilizar a redução dos impactos


ambientais, é inegável que esse tipo de material possui diferentes propriedades, quando
comparados aos AN (CARASEK, 2018; GIRARDI, 2016). Estudos indicam que há uma
variação na granulometria, massa específica, massa unitária, formato do grão e rugosidade
(ANDRADE et al., 2018; SOUZA e LEITE, 2020). Essa condição faz com que seja necessária
uma avaliação das propriedades desses materiais e também das argamassas produzidas a partir
dos AR, a fim de avaliar a viabilidade da utilização dos AR de RCD.

Diante do que foi apresentado, percebe-se a importância de se buscar destinações mais


adequadas para os RCD, assim como alternativas mais sustentáveis para a redução do consumo
de recursos naturais pelo setor da construção civil. Com base nisso, esse trabalho propõe uma
revisão bibliográfica com o objetivo de avaliar a viabilidade do uso de AR de RCD na produção
de argamassas.

1.1. OBJETIVOS

Esta pesquisa tem como objetivo geral realizar uma revisão bibliográfica sobre a viabilidade de
produção de argamassas produzidas com AR de RCD.

Para alcançar o objetivo geral, tem-se os seguintes objetivos específicos:

• verificar as propriedades dos agregados reciclados de RCD;


• avaliar as propriedades das argamassas produzidas com agregado reciclado de RCD no
estado fresco;
• avaliar as propriedades das argamassas produzidas com agregado reciclado de RCD no
estado endurecido.
12

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO

Os RCD são gerados nas atividades de construção, reforma ou demolição e são constituídos, de
forma geral, pelos seguintes materiais: tijolos, blocos cerâmicos, concretos em geral, madeiras
e compensados, argamassa, gesso, entre outros (CONAMA, 2002; ANGULO, 2005).

Marques Neto (2005), ainda afirma que o aumento da demanda por infraestrutura e habitação
nos últimos anos impulsionou a geração de RCD, inexistindo inicialmente uma política voltada
para gestão e destinação final. O cenário de desenvolvimento demanda uma grande quantidade
de matéria prima e gera um elevado volume de resíduos.

Buttler et al. (2006), cita que a quantidade de RCD produzidos mundialmente gira em torno de
um bilhão de toneladas por ano. No Brasil, conforme os dados da ABRELPE, no ano de 2019
foram coletados pelos municípios aproximadamente 44,5 milhões de toneladas de RCD. No
mesmo panorama consta um comparativo entre os anos de 2010 e 2019, indicando um aumento
do total coletado, como indicado na Figura 1.

Figura 2: Total de RCD coletado pelas cidades no ano de 2019

Fonte: ABRELPE, 2020.

Com base nos números apresentados, percebe-se um crescimento na quantidade de RCD gerado
nos últimos anos, assim como também é perceptível que é um material gerado a altas
13

quantidades e que precisa de uma destinação adequada, para evitar que seja descartado de
maneira inadequada.

O aproveitamento dos RCD é uma das ações que devem ser popularizadas na construção civil,
pois esses resíduos apresentam elevado potencial de reaproveitamento e reciclagem. A
incorporação desses materiais em alguns produtos pode ser uma alternativa para a economia de
matéria prima e também para a redução do descarte inadequado (SPOSTO, 2006).

Com base no que é preconizado pela Resolução CONAMA Nº. 307 (2002), de forma geral,
esses materiais possuem potencial de reutilização e reciclagem, conforme descrita na
classificação que segue:

• Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou


encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo
a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;
• Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de
armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou
reciclagem futura;
• Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com
as normas técnicas específicas.
• Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em
conformidade com as normas técnicas específicas.

Com base no apresentado, percebe-se que o aproveitamento dos RCD é uma das ações que
devem ser incentivadas na construção civil, pois esses resíduos apresentam elevado potencial
de reaproveitamento e reciclagem, podendo ser empregados, por exemplo, em forma de AR na
produção de argamassas (FERREIRA, 2019; GIRARDI, 2016).

2.2. AGREGADOS RECICLADOS

As propriedades dos agregados influenciam diretamente nas propriedades das argamassas. Essa
condição faz com que seja necessário avaliá-los antes da sua incorporação nas misturas para
uma dosagem adequada. Entre as propriedades a serem avaliadas, é importante verificar:
granulometria, massa específica, módulo de finura, impurezas orgânicas, materiais
pulverulentos, entre outros (NBR 15116, ABNT 2004).
14

Também é importante citar que os AR de RCD apresentam diferentes propriedades quando


comparados aos AN, essa condição faz com que ao ser introduzidos na composição das
argamassas, estas possam apresentar diferentes propriedades no estado fresco e no estado
endurecido (SOUZA e LEITE, 2020). Os autores ainda salientam que essas propriedades ainda
podem variar conforme o tipo de agregado avaliado: concreto, cerâmico, argamassa e misto
(concreto, cerâmico e argamassa).

Segundo Carasek et al. (2018), os AR têm como característica um formato laminar, isso é
decorrente do processo de moagem do grão, que faz com que apresentem esse formato, essa
característica pode ser observada na Figura 2 que mostra um comparativo entre o AR de RCD
e o AN.

Figura 2: Imagens do agregado reciclado e agregado natural a) AR – Resolução de 2X0.67; b) AR – Resolução


de 2X3.0; c) AN – Resolução de 2X0.67; d) AN – Resolução de 2X3.0.

Fonte: Silva Neto e Leite (2018).

De acordo com Silva Neto e Leite (2018) e Carasek et al. (2018), os AR são bastante porosos
(Figura 3) devido ao maior número de vazios no seu interior, em comparação aos AN. Essa
característica se dá em função dos materiais que compõem esse tipo de agregado, que em sua
15

maioria são compostos por concreto, argamassa e material cerâmico. Isso faz com que o teor
de absorção de água seja maior que o AN (FERREIRA, 2019).

Figura 3: Grão de agregado reciclado cimentício observado na lupa estereoscópica, onde se pode notar a alta
porosidade do material.

Fonte: Carasek et al., 2018.

Malta et al. (2014) notaram que a granulometria do AR apresentou melhor distribuição que o
AN, como pode ser verificado na Figura 4. Esse mesmo comportamento foi observado por
Oliveira e Silva (2019) e SOUZA (2020). Nos estudos citados também foi observado que os
AR possuem um maior teor de finos na sua composição, o que pode influenciar diretamente na
dosagem das argamassas produzidas com esse material.
16

Figura 4: Distribuição granulométrica dos AR e NA

Fonte: Malta et al. (2014).

Outra propriedade importante que também deve ser avaliada quando se trata de agregados é o
módulo de finura. De forma geral, a literatura indica que os AR possuem maior módulo de
finura que os AN (CARASEK et al., 2018; MARCEDO et al., 2019; SOUZA 2020). Esses
resultados podem ser observados na Tabela 1.

Tabela 1: Ensaio de granulometria exibe uma maior diferença entre as areias

Areia
Autor
Natural Areia Reciclada
Calcado e Ferreira, (2013) 2,55 2,89
Carasek et al. (2018) 2,60 2,90
Leite, (2018) 2,10 10,90
Macedo et al., (2019) 2,23 2,99
Souza (2020) 2,40 8,60
Fonte: Autores, 2021.

O ensaio de granulometria exibe uma maior diferença entre as areias, já que areia reciclada há
mais finos. No ensaio de materiais pulverulentos a areia reciclada tem um teor muito acima do
permitido pela norma ABNT NBR 7211:2019

Quanto à massa específica, observa-se que a areia reciclada e a areia natural possuem valores
distintos. Entretanto, vale ressaltar que essa variação está associada ao tipo de material que deu
origem ao AR (material cerâmico, concretos e argamassas) (CARASEK et al., 2018). Andolfato
17

(2002), por exemplo, identificou em seu trabalho um valor de 2,6g/cm² para o AN, entretanto
no AR verificou que os valores eram inferiores a 2,6 g/cm², independentemente do material
analisado. A tabela 2 contém resultados de massa específica verificados por outros autores,
corroborando o que foi indicado por CARASEK et al. (2018).

Tabela 2: Massa específica

Areia Areia
Autor Natura Reciclada
(g/cm³)l (g/cm3)
Calcado e Ferreira, (2013) 2,67 2,45
Carasek et al. (2018) 2,73 2,54
Leite, (2018) 2,62 2,48
Ribeiro (2016) 2,63 2,68
Macedo et al., (2019) 2,63 2,47
Souza (2020) 2,62 2,57
Fonte: Autores, 2021.

2.3. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS RECICLADAS NO ESTADO FRESCO

2.3.1. Trabalhabilidade

As argamassas de revestimento contêm múltiplas propriedades, que subdivide entre as


propriedades no estado fresco e as propriedades no estado endurecido.

A propriedade mais significativa no estado fresco é a trabalhabilidade, que determina a


facilidade do manuseio da argamassa com que elas podem ser misturadas, transportadas,
aplicadas, consolidadas e finalizadas. Para as argamassas essa propriedade pode ser avaliada
por meio do ensaio de consistência, descrito pela NBR 13276 (CARASEK et al., 2018;
DAVISON, 1961).

A incorporação do AR na composição das argamassas afeta diretamente a trabalhabilidade, pois


as partículas são mais angulosas, mais permeáveis, consequentemente, o teor de absorção de
água da água de mistura é maior (GIRARDI, 2016; JIMÉNEZ et al., 2013; SOUZA e LEITE,
2020). A Figura 5 apresenta o ensaio de consistência realizado no estudo de SOUZA (2020), é
perceptível que o aumento do percentual de RCD na mistura produz uma redução do
espalhamento da argamassa, o que indica perda de trabalhabilidade.
18

Figura 5: Aspecto das argamassas no ensaio de consistência a) 0 %; b) 15 % de RCD; c) 30 % RCD.

Fonte: Souza, 2020

Para solucionar os efeitos da absorção do agregado, a literatura indica a necessidade de uma


maior quantidade de água para alcançar a trabalhabilidade desejada, que gera modificações das
propriedades das argamassas no estado endurecido. Os autores indicam aumento da porosidade
e redução da resistência mecânica (FERREIRA et al., 2019; GIRARDI 2016; SOUZA e LEITE,
2020)

2.3.2. Densidade de Massa

A densidade da argamassa em seu estado fresco faz a relação entre a massa e o volume de
material obtido, isto quer dizer que, quanto menos densa for essa argamassa, mais leve ela será
e mais maleável, trazendo menos esforço em sua aplicação e aumentando a produtividade do
serviço (CARASEK, 2007).

Girardi (2016) afirma que a densidade de massa está ligada diretamente à massa específica dos
materiais constituintes, principalmente do agregado, como o AR possui massa específica
diferente do AN, há uma tendência de a incorporação desse material promover uma modificação
dessa propriedade.

É importante salientar que em detrimento da proporção de massa e volume de material, misturas


menos densas resultam em argamassas mais porosas após seu endurecimento, por apresentar
maior teor de ar aprisionado (JIMÉNEZ et al., 2013; LEDESMA et al., 2014). Essa condição
torna as argamassas mais suscetíveis a ação de agentes externos e, também, no estado
endurecido pode promover uma redução da resistência mecânica.
19

2.4. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS RECICLADAS NO ESTADO


ENDURECIDO

2.4.1. Resistência à compressão

Entre tantas propriedades mecânicas, a resistência à compressão é uma das propriedades mais
analisadas nas argamassas. As proporções de materiais utilizadas na dosagem e a quantidade de
água adicionada ao traço interferem diretamente na resistência à compressão.

Souza (2020) indica que as argamassas produzidas com percentuais de AR não apresentam um
comportamento bem definido quanto à resistência à compressão. O autor ressalta que vai
depender do tipo de agregado utilizado, da quantidade de RCD adicionada, do traço, assim
como da relação água/cimento.

Para (Assunção e Martins 2010, citado por ALMEIDA, 2020), quanto maior o teor de finos
nos agregados, maior a quantidade de água para resultar na trabalhabilidade desejada, sendo
assim, resultará em uma argamassa com baixa resistência e bastante porosa. Essa afirmação
leva a crer que agregados com altos teores de finos resultarão em argamassas menos resistentes,
como observado por Calcado (2015), que as amostras avaliadas apresentaram redução da
resistência à compressão quando comparadas às misturas com areia natural.

Souza e Leite (2021) em sua pesquisa identificaram que as argamassas produzidas com AR
utilizando um percentual de até 30 % de AR apresentaram redução da resistência à compressão.
Esse resultado foi associado a maior quantidade de água adicionada à mistura, que promoveu a
maior porosidade das argamassas avaliadas.

No entanto, nos estudos de (LIMA et al., 2016) as amostras de argamassa para o ensaio de
resistência de compressão axial, obtiveram resultados positivos com a substituição de agregado
natural por AR produzida com teor de substituição de 20 %, devido a AR se espalhar de maneira
uniforme na massa, preenchendo os vazios e melhorando a aderência à pasta de cimento.
Resultado compatível foi verificado por Alvarenga (2018), que ao utilizar até 50 % de AR de
argamassa identificou aumento da resistência à compressão.
20

2.4.2. Resistência à tração

Alguns autores, analisaram o comportamento de argamassas com o acréscimo do teor de areia


reciclada na resistência à compressão de argamassas, os resultados não mostram com clareza a
influência ao procedimento estudado, uma vez que, em alguns corpos de provas o
comportamento permaneceu similar as argamassas sem AR, em outras amostras houve aumento
da resistência e também foram identificadas perdas de resistência.

Nas amostras que foram identificadas aumento na resistência alguns autores justificaram pelo
fato de o AR possuir partículas de cimento não hidratado, apresentar maior rugosidade, dessa
forma permite que o travamento com a matriz de cimento seja favorável (SILVA; BRITO;
DHIR, 2016; ALVARENGA, 2018).

No entanto, Girardi (2016) notou em sua pesquisa uma redução das resistências das amostras
avaliadas. Neste trabalho foi utilizado um percentual de 100 % de AR, o que demandou uma
quantidade de água no traço maior que a argamassa de referência, influenciando diretamente na
resistência à tração. Comportamento também observado por Pimentel et al. (2018).

2.4.3. Absorção por capilaridade e absorção por imersão

O coeficiente de capilaridade representa a velocidade de absorção de água ao entrar em contato


com o líquido. Souza (2020) e Oliveira (2018) indicam uma maior absorção de água conforme
aumenta-se a incorporação do resíduo nas argamassas. Esses autores justificam esse
comportamento pela maior quantidade de água na mistura, que aumenta a porosidade das
argamassas.
No entanto Silva Neto e Leite (2018) que utilizaram a mesma relação água/cimento nos traços,
identificaram uma queda na absorção. Foi dado como justificativa que a faixa de diâmetros de
poros foi diminuída devido ao aumento de finos na mistura, esses materiais de menor
granulometria são provenientes da moagem do RCD.

A literatura indica que é comum ocorrer o aumento da absorção de água por imersão com a
incorporação de AR de RCD. A maioria dos autores apontam que a maior necessidade de água
de amassamento para uma consistência adequada acaba influenciando diretamente para que
21

aumente a chamada porosidade aberta das argamassas (GIRARDI, 2016; OLIVEIRA, 2012;
SOUZA, 2020).

Outros autores também apontam a maior porosidade do AR que faz com que esses materiais
influenciem diretamente na absorção das argamassas ao serem submetidas ao ensaio de
absorção por imersão (LIMA et al., 2016).

No entanto a baixos teores de substituição, até 40 %, Silva Neto e Leite (2018) constataram
redução da absorção por imersão, isso se deve aos autores utilizarem na produção das
argamassas a mesma quantidade de água e o teor de finos do AR aplicado era alto, o que fez
com que a porosidade fosse diminuída.

3. METODOLOGIA

Este trabalho abordou o comportamento de argamassas produzidas a partir da substituição


parcial de AR por AN. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, do tipo exploratório
descritivo em conformidade de um trabalho científico. Lakatos e Marconi (2006, p.82) afirmam
que toda pesquisa se inicia com algum tipo de problema, ou indagação. Todavia, a conceituação
adequada de problema de pesquisa não constitui tarefa fácil, em virtude das diferentes acepções
que envolvem este termo.

Segundo Marconi e Lakatos (2006) nenhuma pesquisa emerge da estaca zero. mesmo que
exploratória, isto é, de avaliação de uma situação concreta desconhecida, em um dado local,
alguém ou um grupo, em algum lugar, já deve ter feito pesquisas iguais ou semelhantes, ou
mesmo complementares de certos aspectos da pesquisa pretendida. o mesmo permite também,
a síntese de múltiplos estudos e possibilita conclusões do tema abordado, no caso deste,
propriedades de argamassas produzidas com resíduo de construção e demolição.

Para a coleta de dados foram utilizadas as bases de dados virtuais: SciELO (Scientific Electronic
Library Online), anais de congressos, periódicos e manuais de normas de construção civil.
Os artigos, trabalhos de conclusão de cursos e dissertações provenientes das bases de dados
acima citadas foram selecionados por meio dos seguintes descritores, de forma isolada e/ou em
conjunto: Agregados reciclados, Argamassas com RCD, resíduos de construção e demolição.

Como critério de inclusão foram selecionados os artigos que apresentassem pelo menos um dos
descritores no seu resumo; textos completos em idioma português e inglês de livre acesso.
22

A análise dos dados baseou-se na proposta de elaboração da revisão integrativa, na qual


encontram-se seis fases: a primeira correspondeu à elaboração da questão norteadora, a segunda
associada à fase anterior tratou-se da busca de dados, na terceira fase foram selecionados os
materiais com base nos critérios de inclusão e exclusão, na quarta fase foi realizada a análise
dos artigos previamente selecionados, na quinta os resultados encontrados foram discutidos e a
sexta fase corresponderá a apresentação do estudo de forma contextualizada.

Para isso, foram primeiramente investigadas em que medida os artigos analisados interessavam
à pesquisa. Em seguida, a leitura seletiva determinou, de maneira crítica, a classificação
documental e triagem destes materiais. A leitura analítica foi realizada a fim de identificar as
ideias centrais dos textos já selecionados, organizando-os. Por fim, a leitura interpretativa,
trouxe o significado mais amplo dos dados e relacionou o conteúdo dos textos analisados com
os objetivos do trabalho.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Neste capítulo é feita a apresentação dos resultados obtidos a partir da revisão de literatura, que
teve como objetivo responder às questões relacionadas à incorporação de AR na composição
de argamassas.

4.1. TRABALHABILIDADE AVALIADA POR MEIO DO ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA

A Tabela 3 apresenta os resultados de ensaios de consistência obtidos durante a etapa de revisão


bibliográfica.
23

Tabela 3: Trabalhabilidade avaliada por meio do índice de consistência

Índice de Relação
Tipo de Percentual de
Autor consistência água/cime
agregado AR (%)
(mm) nto
Alvarenga (2018) Argamassa 30 330 1,25
Alvarenga (2018) Argamassa 50 320 1,25
Andrade et al. (2018) NA 0 270 0,99
Andrade et al. (2018) Cerâmico 50 268,70 1,07
Andrade et al. (2018) Cerâmico 75 263,50 1,08
Girardi (2016) AN 0 267 1,73
Girardi (2016) Misto 100 258 1,79
Oliveira (2012) AN 0 295 1,12
Oliveira (2012) Misto 25 295 1,18
Oliveira (2012) Misto 50 295 1,25
Pimentel et al. (2018) Misto 0 260 ± 5mm 1,50
Pimentel et al. (2018) Misto 30 260 ± 5mm 1,60
Pimentel et al. (2018) Misto 60 260 ± 5mm 1,90
Silva Neto e Leite (2018) Misto 0 270 0,88
Silva Neto e Leite (2018) Misto 20 265 0,88
Silva Neto e Leite (2018) Misto 40 243 0,88
Souza (2020) AN 0 262 0,68
Souza (2020) Misto 15 231 0,68
Souza (2020) Misto 30 214 0,68

É possível observar que no estudo feito por todos os autores citados na tabela 3, há uma
concordância em todos resultados analisados de que a alta absorção dos agregados influenciam
na consistência das misturas, independentemente do tipo do AR, seja cerâmico, misto ou de
argamassa. Outro aspecto que também pode ser citado como justificativa para esse
comportamento é a maior angulosidade e rugosidade superficial dos grãos, que aumentam o
atrito entre os materiais presentes na mistura, conforme é observado pelos autores (ANDRADE
et al. 2018; OLIVEIRA, 2012; PIMENTEL et al., 2018; SILVA NETO e LEITE, 2018)

Alvarenga (2018), Girardi (2016) e Souza (2020) por exemplo, notaram em seus trabalhos o
comportamento supracitado, indicando que um dos principais fatores para esse desempenho é
a diminuição da relação água/cimento efetiva presente na mistura ainda no estado fresco, dada
a maior absorção dos AR.

Para solucionar esse comportamento, muitos autores optam pelo aumento da relação
água/cimento utilizada na produção do traço. Oliveira (2012), por exemplo, visando manter o
índice de consistência semelhante a mistura produzida com apenas AN no traço, teve que
aumentar a quantidade de água, como pode ser visto na Tabela 3. Também é perceptível que
quanto maior o percentual de AR de RCD utilizado, maior também será a relação água/cimento.
24

Ao produzir misturas sem a correção da água Souza (2020) observou perda de trabalhabilidade
conforme aumentava o percentual de RCD no traço, chegando a uma redução de 22,43 % para
o traço com 30 % de AR ao comparar com a argamassa produzida apenas com AN. Já Girardi
(2016) constatou uma redução da consistência de 3,8 %. Essa perda de trabalhabilidade com o
aumento do RCD é um comportamento identificado pela maioria dos autores.

4.2. DENSIDADE DE MASSA NO ESTADO FRESCO

A Tabela 4 apresenta os resultados de densidade de massa no estado fresco obtidos por meio da
revisão bibliográfica.

Tabela 4: Densidade de massa no estado fresco

Tipo de Percentual de Densidade de


Autor
agregado AR (%) massa (kg/m³)
Girardi (2016) NA 0 2010
Girardi (2016) Misto 100 1830
Oliveira (2012) NA 0 2006
Oliveira (2012) Misto 25 1999
Oliveira (2012) Misto 50 1985
Pimentel et al. (2018) Misto 0 2050
Pimentel et al. (2018) Misto 30 2020
Pimentel et al. (2018) Misto 60 1942
Silva Neto e Leite (2018) NA 0 2029
Silva Neto e Leite (2018) Misto 20 2037
Silva Neto e Leite (2018) Misto 40 2049
Souza (2020) NA 0 2115
Souza (2020) Misto 15 2064
Souza (2020) Misto 30 2040

Ao observar os dados da Tabela 4, percebe-se que ao comparar as argamassas produzidas com


o AN e as misturas produzidas com AR, a densidade das argamassas no estado fresco
apresentou uma diminuição dos valores, pois o AR é menos denso do que o AN. Esse
comportamento é corroborado por Girardi (2016) e Silva Neto e Leite (2018), que salientam
que a tendência é que ocorram reduções da densidade de massa com a incorporação do agregado
reciclado nas misturas. Esses resultados são compatíveis com a avaliação da massa específica
dos AN, que é levemente superior quando comparada aos AR.

A Tabela 4 também indica que a tendência é que os valores da densidade de massa sejam
reduzidos conforme se aumenta o teor de AR na composição das argamassas, condição
25

observada por Pimentel et al. (2018), que identificou uma redução de 5,6 % ao comparar a
mistura de referência e a de 60 % de AR. Girardi (2016) percebeu um decréscimo de 9,84 %.

Souza (2020) cita em seu trabalho outro fator que também pode contribuir para a diferença da
densidade: a compensação de água realizada nos traços que possuem AR. O autor indica que
quanto maior a quantidade de água livre na mistura, melhor preenchimento de vazios no estado
fresco e também maior será a densidade de massa.

4.3. PROPRIEDADES NO ESTADO ENDURECIDO

Para determinar a resistência à compressão quanto a tração é fundamental que os pesquisadores


determinem o critério regido pelas normas utilizadas, bem como, o de tempo, o traço o tipo de
agregado reciclado utilizado no experimento, entre outros, pois, isto influencia diretamente nos
resultados destas propriedades no estado endurecido, como podemos ver nas tabelas a seguir.

4.3.1. Resistência à Compressão

A Tabela 5 apresenta os resultados do ensaio de resistência à compressão obtidos por meio da


revisão bibliográfica.

Alvarenga (2018) determinou a resistência da compressão e observou que os valores não


apresentaram um comportamento bem definido, notou-se também que o teor de 30 % de AR
foi a única mistura que realmente se destacou como mais resistente, inclusive com resistência
superior a argamassa produzida com AN, aumento de 40,07 %.

Girardi (2016), Oliveira (2012), Silva Neto e Leite (2018) notaram que ao acrescentar AR o
desempenho da resistência à compressão melhorou, isso pode ser justificado pela maior
rugosidade e absorção do grão, que gerou maior aderência com a pasta de cimento. Já Pimentel
et al. (2018) e Andrade et al. (2018) notaram que as argamassas apresentaram uma menor
resistência à compressão quando se aumentou o percentual de RCD no traço.
26

Tabela 5 Resistência à compressão

Percentual de
Tipo de Resistência
Autor AR (%)
agregado média (MPa)
Alvarenga (2018) Argamassa 0 5,94
Alvarenga (2018) Argamassa 30 8,32
Alvarenga (2018) Argamassa 50 6,45
Andrade et al. (2018) AN 0 7,04
Andrade et al. (2018) Cerâmico 50 5,00
Andrade et al. (2018) Cerâmico 75 5,25
Girardi (2016) AN 0 3,90
Girardi (2016) Misto 100 3,20
Oliveira (2012) AN 0 4,30
Oliveira (2012) Misto 25 4,90
Oliveira (2012) Misto 50 5,40
Pimentel et al. (2018) Misto 0 6,36
Pimentel et al. (2018) Misto 30 5,16
Pimentel et al. (2018) Misto 60 3,71
Silva Neto e Leite (2018) Misto 0 13,50
Silva Neto e Leite (2018) Misto 20 14,90
Silva Neto e Leite (2018) Misto 40 17,50
Souza (2020) AN 0 17,10
Souza (2020) Misto 15 18,80
Souza (2020) Misto 30 19,40

A partir da análise da tabela 5 é perceptível que os teores de substituição para cada tipo de AR,
tem um comportamento específico para esta propriedade, não sendo dependente apenas do teor
de substituição. Porém segundo Souza (2020) essa resistência é melhorada quando não se faz a
compensação da relação água/cimento, também há uma tendência a redução da resistência
quando a quantidade de água no traço é aumentada. Vale salientar que como mostra a literatura
a não correção da quantidade de água adicionada ao traço vai diminuir a trabalhabilidade das
argamassas, o que seria prejudicial a sua aplicação, por exemplo.

4.3.2. Resistência à tração

A Tabela 6 apresenta os resultados de resistência à tração obtidos por meio da revisão


bibliográfica realizada neste estudo.
27

Tabela 6: Resistência à tração

Tipo de Percentual de Resistência


Autor
agregado AR (%) média (MPa)
Alvarenga (2018) Argamassa 0 2,58
Alvarenga (2018) Argamassa 30 2,46
Alvarenga (2018) Argamassa 50 2,75
Andrade et al. (2018) AN 0 2,29
Andrade et al. (2018) Cerâmico 50 2,43
Andrade et al. (2018) Cerâmico 75 2,84
Girardi (2016) AN 0 1,50
Girardi (2016) Misto 100 1,08
Oliveira (2012) AN 0 1
Oliveira (2012) Misto 25 1
Oliveira (2012) Misto 50 1
Oliveira (2012) Misto 75 1,67
Pimentel et al. (2018) Misto 0 2,25
Pimentel et al. (2018) Misto 30 1,95
Pimentel et al. (2018) Misto 60 1,79
Silva Neto e Leite (2018) Misto 0 4,20
Silva Neto e Leite (2018) Misto 20 6,00
Silva Neto e Leite (2018) Misto 40 5,80
Souza (2020) AN 0 5,09
Souza (2020) Misto 15 5,90
Souza (2020) Misto 30 7,20

Souza (2020) identificou que as amostras com 15 % e 30 % apresentaram as maiores


resistências entre as misturas avaliadas, porém é importante ressaltar que o autor não realizou
compensação de água. Isso implica que a maior absorção dos AR faz com que ocorra um maior
travamento entre a fase pasta e a fase agregado, igualmente observado por Silva Neto e Leite
(2018). Em ambos os trabalhos não foi realizada a correção da trabalhabilidade, o que fez com
que ao incorporar o AR na mistura houvesse um aumento da resistência à tração.

Oliveira (2012) notou que o os traços com AR utilizando os teores de 25 % e 50 % tiveram o


mesmo resultado da resistência à tração na flexão das argamassas, inclusive a mesma da
argamassa de referência.

Os AR, contém partículas menores do que o AN, conseguindo preencher os vazios com mais
facilidade, criando maior resistência a tração, isso justifica o comportamento de algumas
argamassas apresentarem maiores resistência à tração, como indicado na Tabela 5.

No trabalho de Pimentel et al. (2018) e Girardi (2018) verificou-se uma perda de resistência
quando foi utilizado o AR para compor os traços, esses resultados podem ser justificados pela
maior quantidade de água utilizada nos traços quando se utilizou os AR.
28

4.3.3 Absorção por Capilaridade e absorção por imersão

Os resultados de absorção por capilaridade obtidos por meio da revisão bibliográfica estão
indicados na Tabela 7.

Tabela 7 Absorção por capilaridade

Absorção por
Tipo de Percentual de
Autor capilaridade
agregado AR (%)
(g/cm³)
Alvarenga (2018) NA 0 1,54
Alvarenga (2018) Argamassa 30 2,48
Alvarenga (2018) Argamassa 50 1,98
Lima et al. (2016) NA 0 3,14
Lima et al. (2016) Misto 20 3,12
Lima et al. (2016) Misto 50 3,16
Macedo et al. (2019) NA 0 1,02
Macedo et al. (2019) Misto 50 1,19
Macedo et al. (2019) Misto 100 1,14
Oliveira (2012) NA 0 1,22
Oliveira (2012) Misto 25 1,37
Oliveira (2012) Misto 50 1,40
Oliveira (2012) Misto 75 1,84
Pimentel et al. (2018) Misto 0 2,7
Pimentel et al. (2018) Misto 30 4,7
Pimentel et al. (2018) Misto 60 3,8
Ribeiro et al. (2016) NA 0 2,11
Ribeiro et al. (2016) Pó de brita 50 2,14
Ribeiro et al. (2016) Pó de brita 100 2,62
Silva Neto e Leite (2018) NA 0 0,70
Silva Neto e Leite (2018) Misto 20 0,63
Silva Neto e Leite (2018) Misto 40 0,52

Como se pode notar na tabela 7 no geral, quanto maior o teor de AR na argamassa, maior a
absorção de água por capilaridade, como observado por Ribeiro et al. (2016), aumento de 24,17
% e Pimentel et al. (2018), acréscimo de 40,74 %. Esse comportamento pode ser justificado
pela maior porosidade das argamassas, dada a também maior relação água/cimento utilizada no
traço. Outra justificativa pertinente é a maior absorção do AR, que influencia diretamente na
absorção.

Entretanto, Silva Neto e Leite (2018) identificaram redução na absorção das argamassas de até
34,61 %, que pode ser justificada pela maior presença de finos no AR, que faz com que os poros
sejam reduzidos.
A Tabela 8 apresenta os resultados de absorção por imersão obtidos por meio da revisão
bibliográfica.
29

Tabela 8 Absorção por imersão

Percentual de AR Absorção por


Autor Tipo de agregado
(%) imersão
Alvarenga (2018) AN 0 13,49
Alvarenga (2018) Argamassa 30 13,31
Alvarenga (2018) Argamassa 50 12,82
Girardi (2016) AN 0 14
Girardi (2016) Misto 50 16,9
Girardi (2016) Cim 50 22,9
Lima et al. (2016) AN 0 18,15
Lima et al. (2016) Misto 20 18,69
Oliveira (2012) AN 0 15,91
Oliveira (2012) Misto 25 17,05
Oliveira (2012) Misto 50 19,39
Oliveira (2012) Misto 75 20,4
Ribeiro et al. (2016) AN 0 13,51
Ribeiro et al. (2016) Pó de brita 50 12,15
Ribeiro et al. (2016) Pó de brita 100 14,79
Santos (2020) AN 0 12,9
Santos (2020) Pó de brita 50 12,9

De forma geral nota-se que quando se utiliza AR nas argamassas, a absorção é maior e essa
absorção tende a aumentar com o maior percentual de RCD na mistura. Como identificado por
Girardi (2016), Oliveira (2012) e Lima et al. (2012). Esses resultados podem ser justificados
pela maior quantidade de água utilizada no traço para produzir essas argamassas, assim como
pela maior absorção do AR.

No entanto, Alvarenga (2018) notou redução da absorção de até 5,23 %, conforme aumentou a
proporção de AR no traço, esse comportamento pode ser justificado pela maior quantidade de
finos na mistura, que pode ter promovido a redução dos vazios.

É perceptível que a absorção por imersão e a absorção por capilaridade seguem a mesma
tendência de comportamento e, de forma geral, tem uma predisposição a aumentar a absorção
com o aumento do teor de RCD na argamassa.

5. CONCLUSÃO

É possível concluir, com base na análise dos resultados, que ao incorporar o AR na composição
das argamassas há uma modificação no comportamento das propriedades, seja no estado fresco
ou endurecido.
30

De forma geral, foi possível identificar que o AR reduz a trabalhabilidade das argamassas e
também reduz a densidade de massa no estado fresco, pois o AR é menos denso do que o AN.
Quanto à massa específica, observa-se que a areia reciclada, no geral, é relativamente menor
que a areia natural, vale ressaltar que essa variação está associada ao tipo de material que deu
origem ao AR (material cerâmico, concretos e argamassas).

Também pode-se concluir que em decorrência das diferentes propriedades dos AR é importante
observá-las durante o processo de dosagem, pois esses materiais são mais porosos, mais rugosos
e angulares que os AN, fazendo com que seja necessário utilizar mais água no processo de
dosagem, principalmente nos AR cerâmico devido ao maior teor de finos, para obter uma boa
trabalhabilidade.

No estado endurecido foi notado um decréscimo da resistência à compressão e aumento da


absorção das argamassas, sendo avaliada a absorção por imersão ou capilaridade. Já a
resistência à tração apresentou valores compatíveis com os observados para as argamassas
produzidas apenas com AN.

Em relação a influência do AR sem compensação da taxa de absorção, resulta em uma


argamassa com menores valores de consistência, consequentemente menor trabalhabilidade.
Entretanto o AR misto foi o que apresentou maiores valores de consistência.

Apesar da modificação das propriedades com o uso do AR, percebeu-se que os resultados
obtidos para cada ensaio não inviabilizam o uso do AR, visto que as argamassas ainda
apresentam bons resultados, resistência à tração, resistência à compressão, absorção, e
densidade de massa.
31

6. REFERÊNCIAS

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