A. APÊNDICE II – O Método dos Elementos Finitos.
O Método dos Elementos Finitos (MEF) é uma técnica numérica
poderosa e amplamente utilizada para analisar e resolver problemas
complexos de engenharia e física, especialmente no campo das estruturas.
Ele é aplicado para calcular deslocamentos, tensões, deformações e outros
comportamentos em estruturas sujeitas a carregamentos externos. Vamos
entender o que é o MEF e quais são suas principais vantagens.
O MEF é um método numérico que divide uma estrutura complexa em
pequenas partes, chamadas de elementos finitos. Esses elementos são
interconectados por pontos chamados nós. A estrutura original, que pode
ter geometria e carregamentos complexos, é aproximada por um conjunto
desses elementos simples, como barras, vigas, triângulos, quadriláteros,
tetraedros, entre outros. Cada elemento finito possui equações
matemáticas que descrevem seu comportamento, como deslocamentos e
tensões, com base nas propriedades do material, geometria e
carregamentos aplicados. Essas equações são combinadas em um sistema
global, que é resolvido para determinar o comportamento da estrutura
como um todo.
Para aplicar o MEF a estruturas, o primeiro passo é a discretização da
estrutura, onde ela é dividida em elementos finitos interconectados.
Quanto menor o tamanho dos elementos, maior a precisão dos resultados,
mas também maior o custo computacional. Em seguida, são definidas as
propriedades dos materiais, como módulo de elasticidade e coeficiente de
Poisson, e os carregamentos externos para cada elemento. As equações de
cada elemento são então combinadas em um sistema global, que
representa o comportamento da estrutura inteira. Esse sistema é resolvido
para determinar deslocamentos, tensões, deformações e outros parâmetros
de interesse. Por fim, os resultados são analisados e visualizados em um
processo chamado pós-processamento, permitindo a interpretação do
comportamento da estrutura.
O MEF oferece diversas vantagens. Sua versatilidade permite aplicá-lo
a estruturas com geometrias complexas, materiais heterogêneos e
carregamentos variados, que seriam difíceis ou impossíveis de analisar
com métodos tradicionais. Com uma malha de elementos finitos
suficientemente refinada, é possível obter resultados altamente precisos.
Além disso, o MEF permite analisar problemas não lineares, como
grandes deformações, contato entre superfícies e comportamento plástico
dos materiais. Ele também possibilita a simulação de condições reais,
como condições de contorno complexas, carregamentos dinâmicos e efeitos
térmicos. Outra vantagem significativa é a redução de custos e tempo,
já que o MEF permite testar virtualmente diferentes configurações de
projeto, reduzindo a necessidade de protótipos físicos e acelerando o
processo de desenvolvimento. Os resultados podem ser visualizados de
forma gráfica, facilitando a interpretação de tensões, deformações e outros
parâmetros. Além de estruturas, o MEF é aplicado em diversas áreas,
como mecânica dos fluidos, transferência de calor, eletromagnetismo e
biomecânica.
Um exemplo prático de aplicação do MEF em estruturas é a análise de
pontes, onde ele pode ser usado para calcular tensões e deformações em
pontes sujeitas a cargas de tráfego, vento e sismos. No projeto de
edifícios, o MEF permite analisar o comportamento de edifícios sob
cargas estáticas e dinâmicas, como terremotos. Ele também é amplamente
utilizado no projeto e otimização de componentes mecânicos, como
eixos, engrenagens e estruturas de máquinas.
O Método dos Elementos Finitos revolucionou a análise estrutural,
permitindo a solução de problemas que antes eram intratáveis. Sua
capacidade de lidar com complexidade, combinada com a precisão e a
versatilidade, faz dele uma ferramenta indispensável para engenheiros e
projetistas. No entanto, é importante lembrar que a qualidade dos
resultados depende da escolha adequada dos elementos, da malha e das
condições de contorno, além da interpretação correta dos resultados
A partir das equações, explicadas no item,
= =
Que quer dizer que o trabalho virtual externo de um corpo elástico é
composto pelo trabalho virtual das forças atuantes no volume do corpo
∙ . , mais o trabalho realizado pelas forças atuantes na superfície
do corpo em estudo ∙ . .
=− ∙ . − ∙ .
+ =0
Escreve-se:
= ∙ . + ∙ .
∙ = ∙ . + ∙ .
Ou simplesmente, no nosso caso
∙ = + ∙ ( )∙
()
Se = ! ; = " e = # ; resultando em:
= " ; = ! " e = ∙ #
Substituindo na equação ().
" ! " ∙ = + ∙ # ∙ ( )∙
∙$ " ! " ∙ %∙ = ∙$ + # ∙ ( )∙ %
" ! " ∙ ∙ = + # ∙ ( )∙
ou
& ∙ = + '
Resultando em
& = " ! " ∙
Matriz de rigidez
Vetor força/momento aplicado no nó extremo e
' = # ∙ ( )∙
Vetor relativo as forças distribuídas na estrutura.
Demostrando que a matriz de rigidez é simétrica.
& = " ! " ∙
& = (" ! ") ∙
& = " ! (" ) ∙
Mas ( " ) = "
& = " ! " ∙
Portanto
& = &
1) Treliças
= #
( = #) ) + #* *
+ = #, , + #- -
)
# 0 #* 0
=. ) /∙0 ,
1
0 #, 0 #- *
-
onde
#) = #, = 1 −
3
#* = #- =
3
= 3 4 = #
Logo
= 3 #
Comparando com
= "
Conclui-se que
" = 3 #
Onde 3 é uma matriz de operadores diferenciais.
Mas para as treliças planas temos:
=
(
=. 0/ ( +
Conclui-se que
3 =. 0/
Se
" = 3 #
#) 0 #* 0
" =. 0/ .0 # /
, 0 #-
#) #*
" =. 0 0/
Realizando as derivadas
1 1
" = .− 0 0/
3 3
1
" = −1 0 1 0
3
Se a matriz de rigidez & é dado por:
& = " ! " ∙
Para esse caso de estruturas unidimensionais, sob esforço de tração ou
compressão ! = 5 , onde 5 é o módulo de elasticidade longitudinal da
barra.
−1
5
& = ∙ 0 0 1 −1 0 1 0 ∙
3, 1
0
−1
5
& = , ∙ 0 0 1 −1 0 1 0 ∙ 6∙
3 1
0
1 0 −1 0
56 0 0 0 01 ∙
7
& = , ∙0
3 −1 0 1 0 8
0 0 0 0
1 0 −1 0
56 0 0 0 01
& = ∙0
3 −1 0 1 0
0 0 0 0
Ou
56 1 −1
& = ∙9 :
3 −1 1
2) Vigas
= #
+ = #) ) + #, , + #* * + #- -
= #) #, #* #- ∙ 0 ,
1
*
-
onde
, *
#) = 1 − 3 < = + 2 < =
3 3
,
#, = <1 − =
3
, *
#* = 3 < = − 2 < =
3 3
,
#- = <−1 + =
3 3
= 3 4 = #
Logo
= 3 #
Comparando com
= "
Conclui-se que
" = 3 #
Onde 3 é uma matriz de operadores diferenciais.
Mas para as treliças planas temos:
,
= −?
+
,
,
= @−? ,
AB +C
Conclui-se que
,
3 = @−? ,
A
Se
" = 3 #
,
" = @−? ,
A #) #, #* #-
,
#) ,
#, ,
#* ,
#-
" = −? . /
, , , ,
Realizando as derivadas
? 2 3 2 3
" =− .6 E−1 + F 23 E−2 + F 6 E1 − F 23 E−1 + F/
3,
3 3 3 3
Se a matriz de rigidez & é dado por:
& = " ! " ∙
Para esse caso de estruturas unidimensionais, sob esforço de flexão ! = 5 ,
onde 5 é o módulo de elasticidade longitudinal da barra.
2
⎡ 6 E−1 + F ⎤
⎢ 3 ⎥
⎢ 3 ⎥
5 ∙ ? , ⎢23 E−2 + 3 F⎥ 2 3 2 3
& = ∙ ⎥ .6 E−1 + 3 F 23 E−2 + F 6 E1 − F 23 E−1 + F/ ∙
3- ⎢ 2 3 3 3
⎢ 6 E1 − F ⎥
⎢ 3 ⎥
⎢ 3 ⎥
⎣23 E−1 + 3 F⎦
2
⎡ 6 E−1 + F ⎤
⎢ 3 ⎥
⎢23 E−2 + 3 F⎥
5 ⎢ 3 ⎥. 2 3 2 3
& = ∙ ?, 6 ∙⎢ ⎥ 6 E−1 + 3 F 23 E−2 + F 6 E1 − F 23 E−1 + F/ ∙
3- 2 3 3 3
⎢ 6 E1 − F ⎥
⎢ 3 ⎥
⎢ 3 ⎥
⎣23 E−1 + 3 F⎦
5M 7
& = ∙ ∙
3- 8
2 , 3 2 2 , 3 2
⎡ 36 E−1 + F 123 E−2 + F E−1 + F −36 E−1 + F F E−1 + F⎤
123 E−1 +
⎢ 3 3 3 3 3 3 ⎥
⎢ 3 2 3 , 3 2 3 3 ⎥
⎢123 E−2 + 3 F E−1 + 3 F 43, E−2 + F 123 E−2 + F E1 − F 43 E−2 + F E−1 + F ⎥
,
3 3 3 3 3
⎢ 2 , 3 2 ⎥
2 , 3 2
⎢ −36 E−1 + F 123 E−2 + F E1 − F 36 E−1 + F 123 E−1 + F E1 − F ⎥
⎢ 3 3 3 3 3 3 ⎥
⎢ 3 2 3 3 3 2 3 ,
⎥
123 E−1 + F E−1 + F 43 E−2 + F E−1 + F
,
123 E−1 + F E1 − F 43, E−1 + F
⎣ 3 3 3 3 3 3 3 ⎦
∙
125M 65M 125M 65M
⎡ * − ⎤
⎢ 3 3, 3* 3, ⎥
65M 45M 65M 25M
⎢ − , ⎥
& =⎢ 3 3 3 3 ⎥
,
⎢− 125M 65M
− ,
125M 65M
− ,⎥
⎢ 3* 3 3 * 3 ⎥
⎢ 65M 25M 65M 45M ⎥
⎣ 3, − ,
3 3 3 ⎦
3) Grelhas
= #
∅ = #) ) + #, ,
= #) #, ∙ 9 :
)
,
onde
#) = 1 −
3
#, =
3
P = 3 4 = #
Logo
P = 3 #
Comparando com
P = "
Conclui-se que
" = 3 #
Onde 3 é uma matriz de operadores diferenciais.
Mas para barras em torção planas temos:
P=Q
∅
P = .Q / ∅
Conclui-se que
3 = .Q /
Se
" = 3 #
" = .Q / #) #,
#) #,
" = Q. /
Realizando as derivadas
1 1
" = Q .− /
3 3
Q
" = −1 1
3
Se a matriz de rigidez & é dado por:
& = " ! " ∙
Para esse caso de estruturas unidimensionais, sob esforço de torção ! = R ,
onde R é o módulo de elasticidade transversal da barra.
R. Q, −1
& = ∙ 9 : −1 1 ∙
3, 1
R −1
& = ∙ 9 : −1 1 ∙ Q, ∙ 6 ∙
3, 1
RS 1 −1 7
& = ∙9 :∙
3, −1 1 8
RS 1 −1
& = ∙9 :
3 −1 1
A. Transformação para o Sistema Global
As matrizes de rigidez locais ([k][k]) são definidas no sistema de coordenadas
local do elemento. Para montar a matriz de rigidez global da estrutura
([K][K]), é necessário transformar as matrizes locais para o sistema global de
coordenadas. Isso é feito usando uma matriz de transformação [T][T], que
depende do ângulo de inclinação do elemento em relação ao sistema global.
Resumo:
A matriz de rigidez local ([k][k]) é específica para cada tipo de elemento (barra
de treliça, viga, pórtico, etc.).
Ela relaciona os esforços internos aos deslocamentos nos nós do elemento, no
sistema de coordenadas local.
Para estruturas mais complexas, as matrizes locais são transformadas para
o sistema global e montadas na matriz de rigidez global da estrutura.
Tendo em vista que o nosso objetivo é a análise estrutural de pórticos, e com
essas estruturas apresentam barra inclinadas é necessário, nessa seção,
desenvolver uma transformação das forças e dos deslocamentos e cada
membro do pórtico entre o sistema de coordenadas localizada para um
sistema de referência global de coordenadas.
– Deslocamentos Locais – Deslocamentos Globais
T8 – Ações Locais 8 – Ações Globais
– Ações Locais U – Ações Globais
& – Matriz de Rigidez Local &′ – Matriz de Rigidez Globais
Matrizes de transformação para barras inclinadas W e X
Os vetores indicados na figura representam as direções e os sentidos dos
deslocamentos, lineares e rotacionais, e das ações, forças e momentos.
Analisando vetores forças e momento no nó inferior da figura podemos
escrever.
U) [\]^ −]4_^ 0 )
YU, Z = Y]4_^ [\]^ 0Z Y , Z
U* 0 0 1 *
U = W
Considerando a barra total
U)
⎡U ⎤ ⎡ ⎤
)
⎢ ,⎥ ⎢ ,
⎥
⎢U* ⎥ = . W 0 ⎢
/ *⎥
⎢U- ⎥ 0 W ⎢ -⎥
⎢U` ⎥ ⎢ `⎥
⎣Ua ⎦ ⎣ a⎦
U = X
Onde
[\]^ −]4_^ 0 0 0 0
⎡]4_^ [\]^ 0 0 0 0⎤
⎢ 0 0 1 0 0 0 ⎥⎥
X =⎢
⎢ 0 0 0 [\]^ −]4_^ 0⎥
⎢ 0 0 0 ]4_^ [\]^ 0⎥
⎣ 0 0 0 0 0 1⎦
Fazendo desenvolvimento análogo para os deslocamentos.
) [\]^ −]4_^ 0 )
Y , Z = Y]4_^ [\]^ 0Z Y ,Z
* 0 0 1 *
= W
Considerando a barra total
⎡ ⎤
) )
⎡ ⎤
⎢ ,
⎥
0 ⎢ ⎥
,
⎢ *⎥ W
=. /⎢ ⎥
*
⎢ -⎥ 0 W ⎢ -⎥
⎢ `⎥ ⎢ `⎥
⎣ ⎣ a⎦
a⎦
= X
Onde
[\]^ −]4_^ 0 0 0 0
⎡]4_^ [\]^ 0 0 0 0⎤
⎢ 0 0 1 0 0 0 ⎥⎥
X =⎢
⎢ 0 0 0 [\]^ −]4_^ 0 ⎥
⎢ 0 0 0 ]4_^ [\]^ 0⎥
⎣ 0 0 0 0 0 1⎦
Como X é uma matriz ortogonal pode-se escrever:
= X
Sendo
[\]^ ]4_^ 0 0 0 0
⎡−]4_^ [\]^ 0 0 0 0⎤
⎢ 0 0 1 0 0 0 ⎥⎥
X =⎢
⎢ 0 0 0 [\]^ ]4_^ 0 ⎥
⎢ 0 0 0 −]4_^ [\]^ 0 ⎥
⎣ 0 0 0 0 0 1 ⎦
Substituindo
= X
Em relativo ao sistema local.
= T8 + & ∙
= T8 + & ∙ X
Em pré-multiplicando a igualdade por X , temos:
X = X T8 + X & ∙ X
Tomando U = X ; 8 = X T8 e &′ = X & ∙ X
Chega-se a
U = 8 + &′ ∙
Equacionamento relativo ao sistema global.
B. Obtenção da Matriz de Rigidez Através do 1° Teorema de
Castigliano.
1) Revisão de Conceitos Fundamentais
Define-se trabalho como sendo o produto escalar entre o vetor força e o
vetor deslocamento.
Trabalho de forças elásticas, ao estudar as deformações em molas quando
da atuação de uma força, Robert Hooke (1635 - 1703) verificou que as
deformações elásticas aumentam proporcionalmente às forças aplicadas.
Daí, estabeleceu-se a seguinte lei, = & ∙ , denominada lei de Hooke,
onde o trabalho realizado por essas forças é denominado de Trabalho de
Forças Elásticas e esse trabalho é numericamente igual à área mostrada
na figura a seguir.
= ( )∙
= &∙ ∙
&. ,
=
2
A energia associada à força elástica é denominada de energia de
deformação, e ela é numericamente igual ao trabalho realizado pela força
aplicada ao corpo elástico, que vai da posição inicial até a posição
deformada, neste caso:
= = ( )∙
Ou
b, c, ,
X,
= ∙ + ∙ + ∙ + ∙
2∙5∙6 2∙5∙M 2 ∙ R ∙ 6d 2∙R∙S
No Caso de Vigas e Pórticos normalmente se reduz para:
b, c,
= ∙ + ∙
2∙5∙6 2∙5∙M
Ou
1 f
, , ,
= Y56 E F + 5M e g Z∙
2 ,
O Primeiro Teorema de Castigliano estabelece que: “A derivada parcial da
energia de deformação em relação à deformação elástica segundo a direção de
uma carga aplicada é igual ao valor desta carga”
1 h,
= ∙ 4 = &h ∙
2 & h h
i i 1 h, i
= e ∙ g ∴ = [\k\ = ∙
h
i h i h 2 & i h & h h h
Temos
i
=
i h
h
2) Matriz de Rigidez Local para uma Barra de Treliça (Elemento de Barra
Simples)
Uma barra de treliça é um elemento que só resiste a esforços axiais (tração
ou compressão) e não resiste a momentos fletores ou esforços cortantes. A
matriz de rigidez local para uma barra de treliça é dada por:
56 1 −1
& = ∙9 :
3 −1 1
Explicação:
A matriz é 2×2 porque uma barra de treliça tem dois nós, cada um com um
grau de liberdade (translação axial).
A primeira linha/coluna corresponde ao nó 1, e a segunda linha/coluna
corresponde ao nó 2.
Os termos da matriz representam a relação entre as forças axiais e os
deslocamentos axiais nos nós.
3) Matriz de Rigidez Local para uma Viga (Elemento de Viga)
Uma viga é um elemento que resiste a esforços de flexão (momentos fletores)
e esforços cortantes. A matriz de rigidez local para uma viga é mais complexa
e é dada por:
125M 65M 125M 65M
⎡ * − ⎤
⎢ 3 3, 3* 3, ⎥
65M 45M 65M 25M
⎢ − , ⎥
l =⎢ 3 3 3 3 ⎥
,
⎢− 125M 65M
− ,
125M 65M
− ,⎥
⎢ 3* 3 3 * 3 ⎥
⎢ 65M 25M 65M 45M ⎥
⎣ 3, − ,
3 3 3 ⎦
Explicação:
A matriz é 4×4 porque uma viga tem dois nós, cada um com dois graus de
liberdade (translação vertical e rotação).
A primeira linha/coluna corresponde à translação vertical no nó 1.
A segunda linha/coluna corresponde à rotação no nó 1.
A terceira linha/coluna corresponde à translação vertical no nó 2.
A quarta linha/coluna corresponde à rotação no nó 2.
Os termos da matriz representam a relação entre forças/momentos e
deslocamentos/rotações nos nós.
4) Matriz de Rigidez Local para um Elemento de Pórtico Plano
Um elemento de pórtico plano resiste a esforços axiais, cortantes e momentos
fletores. A matriz de rigidez local para um elemento de pórtico plano é uma
combinação das matrizes de barra de treliça e viga, resultando em uma
matriz 6×6:
56 56
⎡ 0 0 − 0 0 ⎤
⎢ 3 3 ⎥
⎢ 125M 65M 125M 65M ⎥
0 0 − *
⎢ 3* 3, 3 3, ⎥
⎢ 65M 45M 65M 25M ⎥
⎢ 0 0 − ,
l =⎢ 3, 3 3 3 ⎥
56 56 ⎥
⎢− 0 0 0 0 ⎥
⎢ 3 3 ⎥
⎢ 0 125M 65M 125M 65M ⎥
− * − , 0 − ,
⎢ 3 3 3* 3 ⎥
⎢ 65M 25M 65M 45M ⎥
⎣ 0 3, 3
0 − ,
3 3 ⎦
Explicação:
A matriz é 6×6 porque um elemento de pórtico plano tem dois nós, cada um
com três graus de liberdade (translação horizontal, translação vertical e
rotação).
Os termos da matriz representam a relação entre forças/momentos e
deslocamentos/rotações nos nós.
Referência
56 56
m)) = ; m-) = (]4oá _4qrWsf\ _r krWost f4o o4T4oê_[sr) ;
3 3
m,) = m*) = m`) = ma) = 0
125M 65M 65M
m), = m-, = 0; m,, = ; m*, = ; m =
3* 3, a,
3,
125M
m`, = (]4oá _4qrWsf\ _r krWost f4o o4T4oê_[sr)
3*
65M 45M 25M
m)* = m-* = 0; m,* = ; m** = ; ; ma* =
3, 3 3
65M
m`* = (]4oá _4qrWsf\ _r krWost f4o o4T4oê_[sr)
3,
56 56
m)- = (]4oá _4qrWsf\ _r krWost f4o o4T4oê_[sr); m-- = ;
3 3
m,- = m*- = m`- = ma- = 0
125M
m)` = m-` = 0; m,` = (]4oá _4qrWsf\ _r krWost f4o o4T4oê_[sr);
3*
65M 65M
m*` = ; ma` = , (]4oá _4qrWsf\ _r krWost f4o o4T4oê_[sr);
3, 3
125M
m`` =
3*
65M 25M 45M
m)a = m-a = 0; m,a = ; m*a = ; ; maa =
3, 3 3
65M
m`a = (]4oá _4qrWsf\ _r krWost f4o o4T4oê_[sr)
3,
Portanto:
m)) m), m)* m)- m)` m)a
⎡ ⎤
m m,, m,* m,- m,` m,a
⎢ ,) ⎥
m m*, m** m*- m*` m*a ⎥
l = ⎢ *)
⎢m-) m-, m-* m-- m-` m-a ⎥
⎢m`) m`, m`* m`- m`` m`a ⎥
⎣ma) ma, ma* ma- ma` maa ⎦
56 56
⎡ 0 0 − 0 0 ⎤
⎢ 3 3 ⎥
⎢ 125M 65M 125M 65M ⎥
0 0 − *
⎢ 3* 3, 3 3, ⎥
⎢ 65M 45M 65M 25M ⎥
⎢ 0 0 − ,
l =⎢ 3, 3 3 3 ⎥
56 56 ⎥
⎢− 0 0 0 0 ⎥
⎢ 3 3 ⎥
⎢ 0 125M 65M 125M 65M ⎥
− * − , 0 − ,
⎢ 3 3 3* 3 ⎥
⎢ 65M 25M 65M 45M ⎥
⎣ 0 3, 3
0 − ,
3 3 ⎦
Para o caso de análise de vigas, quando da desconsideração do esforço normal,
temos a exclusão das linhas 1 e 4 e das colunas 1 e 4 da matriz de rigidez
anterior.
Referência
ESTADO E1
125M 65M
m)) = ; m,) = m-) = ;
3* 3,
125M
m*) = (]4oá _4qrWsf\ _r krWost f4o o4T4oê_[sr)
3*
ESTADO E2
65M 45M 25M
m), = ; m,, = (k4]k\ vr \); ; m-, = (vr \ \ \]W\)
3, 3 3
65M
m*, = (]4oá _4qrWsf\ _r krWost f4o o4T4oê_[sr)
3,
ESTADO E3
125M
m)* = (]4oá _4qrWsf\ _r krWost f4o o4T4oê_[sr);
3*
65M
m,* = m-* = (]4oá _4qrWsf\ _r krWost f4o o4T4oê_[sr)
3,
125M
m** =
3*
ESTADO E4
65M 25M 45M
m)- = ; m = (vr \ \ \]W\); ; m-- = ( k4]k\ vr \)
3, ,-
3 3
65M
m*- = (]4oá _4qrWsf\ _r krWost f4o o4T4oê_[sr)
3,
Matriz de Rigidez para Vigas
125M 65M 125M 65M
⎡ * − ⎤
⎢ 3 3, 3* 3, ⎥
65M 45M 65M 25M
⎢ − , ⎥
l =⎢ 3 3 3 3 ⎥
,
⎢− 125M 65M
− ,
125M 65M
− ,⎥
⎢ 3* 3 3 * 3 ⎥
⎢ 65M 25M 65M 45M ⎥
⎣ 3, − ,
3 3 3 ⎦
Resumo dos Estados E, relativos aos deslocamentos unitários aplicados em
uma viga bi-engastada.
Tabela de Reações (Estado wx )
∙ v, ∙v
c)8 = c,8 = 4 y)8 = y,8 =
12 2
b∙v b
c)8 = c,8 = 4 y)8 = y,8 =
8 2
b∙r∙ ,
b ∙ r, ∙ b∙ ,
∙ (3 ∙ r + )
c)8 = ; c,8 = ; 4 y)8 = ;
v, v, v*
b ∙ r, ∙ (r + 3 ∙ )
y,8 =
v*
c∙ ∙ (2 ∙ r − ) c ∙ r ∙ (2 ∙ − r) 6∙c∙r∙
c)8 = ; c,8 = ; 4 y)8 = ;
v, v, v*
6∙c∙r∙
y,8 = (]4oá _4qrWsf\f4o o4T4oê_[sr)
v*
∙ v, ∙ v, 3∙ ∙v
c)8 = ; c,8 = ; 4 y)8 = ;
30 20 20
7∙ ∙v
y,8 =
20