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Aula Esgoto2 2015.2

O documento aborda o gerenciamento de efluentes líquidos, destacando os procedimentos e níveis de tratamento de esgoto, que incluem tratamento preliminar, primário, secundário e terciário. Cada nível tem objetivos específicos de remoção de poluentes, utilizando métodos físicos, químicos e biológicos. A escolha do tratamento adequado depende dos impactos ambientais e dos recursos disponíveis.

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Monica Martinez
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O documento aborda o gerenciamento de efluentes líquidos, destacando os procedimentos e níveis de tratamento de esgoto, que incluem tratamento preliminar, primário, secundário e terciário. Cada nível tem objetivos específicos de remoção de poluentes, utilizando métodos físicos, químicos e biológicos. A escolha do tratamento adequado depende dos impactos ambientais e dos recursos disponíveis.

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Gerenciamento de Efluentes

Líquidos Domésticos e Industriais

Gustavo André Cabral


Tratamento de Esgoto

Procedimentos Iniciais:
• Definir os objetivos do tratamento;
• Estudo de Impacto Ambiental no corpo receptor;
•Definição do nível de tratamento do esgoto.
Tratamento de Esgoto

•Tratamento: remover as impurezas físicas, químicas ,


biológicas e organismos patogênicos do efluentes.

• Objetivos: adequação a uma qualidade desejada ou ao


padrão de qualidade vigente.
Tratamento de Esgoto

O tratamento de esgotos pode ser dividido em


níveis de acordo com o grau de remoção de
poluentes ao qual se deseja atingir.

Níveis de tratamento:

Preliminar
Primário
Secundário
Terciário.
Tratamento de Esgoto

Planta de tratamento
Decantadores Secundários

Tanques de Aeração

Tratamento de lodo

Decantadores Primários

Gradeamento/
Caixas de Areia

ETE-Franca – SP
Níveis de Tratamento

Tratamento Preliminar

•Mecanismos Físicos
Peneiramento
Sedimentação Grades grosseiras

Desarenador
•Poluentes Removidos
 Sólidos em suspensão Grades Médias

Sólidos grosseiros
Areia
Níveis de Tratamento

Remoção de sólidos grosseiros

Proteção dos dispositivos de transporte dos esgotos


Proteção das unidades de tratamento subseqüentes
Proteção dos corpos receptores

Remoção da areia

Evitar abrasão nos equipamentos e tubulações


Eliminar ou reduzir a possibilidade de obstrução em
tubulações, tanques e orifícios
Facilitar o transporte líquido, principalmente a
transferência do lodo em suas diversas fases
Níveis de Tratamento

Tratamento Primário

Poluentes Removidos

 Sólidos em suspensão sedimentáveis


 Matéria orgânica em suspensão

Lodo primário bruto

 Sólidos Flutuantes
 Óleos e Graxas
Níveis de Tratamento

Tratamento Primário

Decantador primário

Vista aérea dos decantadores primários

Sedimentação: parte sólida do esgoto - lodo primário;


 Flotação : óleos e graxas contidos nos esgotos.
Níveis de Tratamento

Tratamento Secundário

Poluentes removidos

Matéria orgânica dissolvida

Matéria orgânica em suspensão

Sólidos não sedimentáveis

Nutrientes (parcialmente)

Patogênicos (parcialmente)
Níveis de Tratamento

Tratamento Secundário

Decomposição dos poluentes

Reações bioquímicas realizada por microrganismos

Condições controlada

Intervalos de tempo menores que na natureza

Acelerar os mecanismos de degradação que ocorrem


naturalmente nos corpos receptores
Níveis de Tratamento

Tratamento Secundário
Processo Biológico

 Contato entre os microrganismos e material orgânico contido no esgoto

Bactérias
Bactérias
+
Matéria Orgânica
 H 2 O + C O2 (Processo Aeróbio)

 H2O + CO2 + CH4 + H2S (Processo Anaeróbio)


Níveis de Tratamento

Tratamento Secundário

Métodos mais comuns de tratamento secundário

 Lagoas de estabilização

 Lodos ativados

 Filtros biológicos

 Tratamento anaeróbio

 Disposição sobre o solo


Decantador secundário
Lagoas de estabilização

DBO

CO2

Respiração

Fotossíntese
Processo de construção simples Bactérias Algas

LAGOA JARDIM PAULISTANO I Franca-SP


O2
Eficiência satisfatória

Necessita de grandes áreas

Tempo de detenção típico 20dias


Lagoas de estabilização

40a50%
DBO

Conhecido por sistema australiano

Economia de 1/3 de área em relação a facultativa

Possibilidade de liberação de maus odores( gás sulfídrico)


Lagoas de estabilização

O2 obtido através de aeradores

Dimensões menores que as facultativas convencionais

Consumo de energia elétrica

Tempo de detenção típico 5 a 10 dias


Lagoas de estabilização

Os sólidos são mantidos em suspensão e mistura completa

Maior contato matéria orgânica – bactéria

Tempo de detenção típico 2 a 4 dias


Lodos ativados

Os sólidos são recirculados do fundo da unidade de decantação,


por meio de bombeamento para a unidade de aeração

Bactéria em suspensão Assimilação de M.O.


Lodos ativados

LODOS ATIVADOS – FLUXO CONTÍNUO (CONVENCIONAL / PROLONGADO)


Filtros biológicos

A biomassa cresce aderida a um meio suporte

Sistemas aeróbios

Leito de material grosseiro ( pedras, ripas ou plástico)

Aplicação de esgoto na forma de jatos ou gotas

Crescimento bacteriano na superfície do material do leito

Filtro biológico de baixa carga com distribuidor rotatório


Tratamento Anaeróbio

Filtro anaeróbio
 A biomassa cresce aderida a um meio suporte

 Fluxo de líquido ascendente

 O filtro trabalha afogado

 A unidade é fechada

 Baixa produção de lodo

Filtro Biológico Anaeróbio (FBA)


Tratamento Anaeróbio

Reator anaeróbio de manta de lodo


 A biomassa cresce dispersa no meio

 A biomassa se aglutina formando grânulos ETE - UFES

 Fluxo de líquido ascendente


Coleta do
afluente

 Formação de gases (CH4 e CO2) Compartimento de decantação


Separador
Trifásico

 Baixa produção de lodo

Bolha de
gás Manta de Partícula de
lodo lodo
Compartimento de digestão
Leito de
lodo

Afluente
Disposição sobre o solo

Forma de disposição final e tratamento


Nível Primário
Nível Secundário
Nível Terciário

Retenção na matriz do solo Disposição no solo em tabuleiros inclinados

Retenção pelas plantas

Aparecimento na água subterrânea


Disposição sobre o solo

Tipos mais comuns


 Infiltração Lenta ( irrigação)

 Infiltração Rápida (altas taxas)


Escoamento superficial no Solo (EES)

 Infiltração superficial

 Escoamento superficial

Vala de filtração
Níveis de Tratamento

Tratamento Terciário

Poluentes Removidos

 Nutrientes
Ovo de helminto.
Patogênicos

Compostos não biodegradáveis

Metais pesados

Sólidos inorgânicos dissolvidos

Sólidos em suspensão remanescentes


Níveis de Tratamento

Tratamento Terciário

Métodos mais comuns de tratamento terciário

 Lagoas de maturação

 Desinfecção

 Processos de remoção de nutrientes

 Filtração final
Lagoa de Maturação

A função desta lagoa é a remoção de patogênicos. Esta é uma


alternativa mais barata à outros métodos como por exemplo a
desinfecção por cloração.

Lagoa de maturação
Desinfecção

Tipos de Desinfecção:
Cloração
Raios utravioleta
Reator de Desinfecção com Tecnologia Ultravioleta.
Ozonização (O3)

Principal forma de desinfecção


ClO2
Cloração Cl2 Utilizado em estações de grande porte
NaOCl
Utilizados em estações de
Ca(OCl)2 menor porte
Desinfecção

Cloração

O cloro,Cl2, penetra nas células dos microrganismos e


reage com suas enzimas destruindo-as .

Outras vantagens da cloração:


Controle do odor;
Facilita a remoção de escuma em
decantadores;
Aumenta a eficiência na decantação;
Desinfecção

Cloração

ETE Caçadores (CAMBÉ-PR) - Tanque


de contacto do Processo de Dióxido de Cloro.

Tanque de hipoclorito de sódio


Desinfecção

Aspectos contrários à Cloração

Formação de cloraminas:

NH3 + HOCl NH2Cl + H2O (monocloramina)


NH2Cl + HOCl NHCl2 + H2O (dicloramina)
NHCl2 + HOCl NCl3 + H2O (tricloramina)

HOCl = Ácido Hipocloroso

A capacidade bactericida das cloraminas é bastante


reduzida.
Desinfecção

Aspectos contrários à Cloração

Demanda de cloro:
O cloro adicionado reage com Fe, Mn, NO2-, H2S, CN-, aumentando sua
demanda e diminuindo a eficiência da desinfecção.

Composto organoclorados:

Compostos
matéria orgânica + Cloro = organoclorados

Substâncias carcinogênicas
Eficiência de remoção

E = Co – Ce * 100
Co

E = eficiência de remoção
Co= Concentração afluente do poluente
Ce = Concentração efluente do poluente
Eficiência de remoção

Estimativa da eficiência de remoção esperada nos diversos níveis de tratamento


incorporados numa ETE.

Matéria Sólidos em
Nutrientes Bactérias
Tipo de orgânica suspensão
(% nutrientes) (% remoção)
tratamento (% DBO) (% SS)
Preliminar 5 – 10 5 –20 Não remove 10 – 20
Primário 25 –50 40 –70 Não remove 25 –75
Secudário 80 –95 65 –95 Pode remover 70 – 99
Terciário 40 - 99 80 – 99 Até 99 Até 99,999
Fonte: (CETESB, 1988 - http://www.fec.unicamp.br/~vanys/sisttrat.htm)
Conclusão

 O nível de tratamento que um efluente deve receber esta


relacionado com os impactos e os usos previstos para corpo
receptor.

 De acordo com a área, com os recursos financeiros disponíveis e


com o grau de eficiência que se deseja obter, um ou outro processo
de tratamento pode ser mais adequado.

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