Gerenciamento de Efluentes
Líquidos Domésticos e Industriais
Gustavo André Cabral
Tratamento de Esgoto
Procedimentos Iniciais:
• Definir os objetivos do tratamento;
• Estudo de Impacto Ambiental no corpo receptor;
•Definição do nível de tratamento do esgoto.
Tratamento de Esgoto
•Tratamento: remover as impurezas físicas, químicas ,
biológicas e organismos patogênicos do efluentes.
• Objetivos: adequação a uma qualidade desejada ou ao
padrão de qualidade vigente.
Tratamento de Esgoto
O tratamento de esgotos pode ser dividido em
níveis de acordo com o grau de remoção de
poluentes ao qual se deseja atingir.
Níveis de tratamento:
Preliminar
Primário
Secundário
Terciário.
Tratamento de Esgoto
Planta de tratamento
Decantadores Secundários
Tanques de Aeração
Tratamento de lodo
Decantadores Primários
Gradeamento/
Caixas de Areia
ETE-Franca – SP
Níveis de Tratamento
Tratamento Preliminar
•Mecanismos Físicos
Peneiramento
Sedimentação Grades grosseiras
Desarenador
•Poluentes Removidos
Sólidos em suspensão Grades Médias
Sólidos grosseiros
Areia
Níveis de Tratamento
Remoção de sólidos grosseiros
Proteção dos dispositivos de transporte dos esgotos
Proteção das unidades de tratamento subseqüentes
Proteção dos corpos receptores
Remoção da areia
Evitar abrasão nos equipamentos e tubulações
Eliminar ou reduzir a possibilidade de obstrução em
tubulações, tanques e orifícios
Facilitar o transporte líquido, principalmente a
transferência do lodo em suas diversas fases
Níveis de Tratamento
Tratamento Primário
Poluentes Removidos
Sólidos em suspensão sedimentáveis
Matéria orgânica em suspensão
Lodo primário bruto
Sólidos Flutuantes
Óleos e Graxas
Níveis de Tratamento
Tratamento Primário
Decantador primário
Vista aérea dos decantadores primários
Sedimentação: parte sólida do esgoto - lodo primário;
Flotação : óleos e graxas contidos nos esgotos.
Níveis de Tratamento
Tratamento Secundário
Poluentes removidos
Matéria orgânica dissolvida
Matéria orgânica em suspensão
Sólidos não sedimentáveis
Nutrientes (parcialmente)
Patogênicos (parcialmente)
Níveis de Tratamento
Tratamento Secundário
Decomposição dos poluentes
Reações bioquímicas realizada por microrganismos
Condições controlada
Intervalos de tempo menores que na natureza
Acelerar os mecanismos de degradação que ocorrem
naturalmente nos corpos receptores
Níveis de Tratamento
Tratamento Secundário
Processo Biológico
Contato entre os microrganismos e material orgânico contido no esgoto
Bactérias
Bactérias
+
Matéria Orgânica
H 2 O + C O2 (Processo Aeróbio)
H2O + CO2 + CH4 + H2S (Processo Anaeróbio)
Níveis de Tratamento
Tratamento Secundário
Métodos mais comuns de tratamento secundário
Lagoas de estabilização
Lodos ativados
Filtros biológicos
Tratamento anaeróbio
Disposição sobre o solo
Decantador secundário
Lagoas de estabilização
DBO
CO2
Respiração
Fotossíntese
Processo de construção simples Bactérias Algas
LAGOA JARDIM PAULISTANO I Franca-SP
O2
Eficiência satisfatória
Necessita de grandes áreas
Tempo de detenção típico 20dias
Lagoas de estabilização
40a50%
DBO
Conhecido por sistema australiano
Economia de 1/3 de área em relação a facultativa
Possibilidade de liberação de maus odores( gás sulfídrico)
Lagoas de estabilização
O2 obtido através de aeradores
Dimensões menores que as facultativas convencionais
Consumo de energia elétrica
Tempo de detenção típico 5 a 10 dias
Lagoas de estabilização
Os sólidos são mantidos em suspensão e mistura completa
Maior contato matéria orgânica – bactéria
Tempo de detenção típico 2 a 4 dias
Lodos ativados
Os sólidos são recirculados do fundo da unidade de decantação,
por meio de bombeamento para a unidade de aeração
Bactéria em suspensão Assimilação de M.O.
Lodos ativados
LODOS ATIVADOS – FLUXO CONTÍNUO (CONVENCIONAL / PROLONGADO)
Filtros biológicos
A biomassa cresce aderida a um meio suporte
Sistemas aeróbios
Leito de material grosseiro ( pedras, ripas ou plástico)
Aplicação de esgoto na forma de jatos ou gotas
Crescimento bacteriano na superfície do material do leito
Filtro biológico de baixa carga com distribuidor rotatório
Tratamento Anaeróbio
Filtro anaeróbio
A biomassa cresce aderida a um meio suporte
Fluxo de líquido ascendente
O filtro trabalha afogado
A unidade é fechada
Baixa produção de lodo
Filtro Biológico Anaeróbio (FBA)
Tratamento Anaeróbio
Reator anaeróbio de manta de lodo
A biomassa cresce dispersa no meio
A biomassa se aglutina formando grânulos ETE - UFES
Fluxo de líquido ascendente
Coleta do
afluente
Formação de gases (CH4 e CO2) Compartimento de decantação
Separador
Trifásico
Baixa produção de lodo
Bolha de
gás Manta de Partícula de
lodo lodo
Compartimento de digestão
Leito de
lodo
Afluente
Disposição sobre o solo
Forma de disposição final e tratamento
Nível Primário
Nível Secundário
Nível Terciário
Retenção na matriz do solo Disposição no solo em tabuleiros inclinados
Retenção pelas plantas
Aparecimento na água subterrânea
Disposição sobre o solo
Tipos mais comuns
Infiltração Lenta ( irrigação)
Infiltração Rápida (altas taxas)
Escoamento superficial no Solo (EES)
Infiltração superficial
Escoamento superficial
Vala de filtração
Níveis de Tratamento
Tratamento Terciário
Poluentes Removidos
Nutrientes
Ovo de helminto.
Patogênicos
Compostos não biodegradáveis
Metais pesados
Sólidos inorgânicos dissolvidos
Sólidos em suspensão remanescentes
Níveis de Tratamento
Tratamento Terciário
Métodos mais comuns de tratamento terciário
Lagoas de maturação
Desinfecção
Processos de remoção de nutrientes
Filtração final
Lagoa de Maturação
A função desta lagoa é a remoção de patogênicos. Esta é uma
alternativa mais barata à outros métodos como por exemplo a
desinfecção por cloração.
Lagoa de maturação
Desinfecção
Tipos de Desinfecção:
Cloração
Raios utravioleta
Reator de Desinfecção com Tecnologia Ultravioleta.
Ozonização (O3)
Principal forma de desinfecção
ClO2
Cloração Cl2 Utilizado em estações de grande porte
NaOCl
Utilizados em estações de
Ca(OCl)2 menor porte
Desinfecção
Cloração
O cloro,Cl2, penetra nas células dos microrganismos e
reage com suas enzimas destruindo-as .
Outras vantagens da cloração:
Controle do odor;
Facilita a remoção de escuma em
decantadores;
Aumenta a eficiência na decantação;
Desinfecção
Cloração
ETE Caçadores (CAMBÉ-PR) - Tanque
de contacto do Processo de Dióxido de Cloro.
Tanque de hipoclorito de sódio
Desinfecção
Aspectos contrários à Cloração
Formação de cloraminas:
NH3 + HOCl NH2Cl + H2O (monocloramina)
NH2Cl + HOCl NHCl2 + H2O (dicloramina)
NHCl2 + HOCl NCl3 + H2O (tricloramina)
HOCl = Ácido Hipocloroso
A capacidade bactericida das cloraminas é bastante
reduzida.
Desinfecção
Aspectos contrários à Cloração
Demanda de cloro:
O cloro adicionado reage com Fe, Mn, NO2-, H2S, CN-, aumentando sua
demanda e diminuindo a eficiência da desinfecção.
Composto organoclorados:
Compostos
matéria orgânica + Cloro = organoclorados
Substâncias carcinogênicas
Eficiência de remoção
E = Co – Ce * 100
Co
E = eficiência de remoção
Co= Concentração afluente do poluente
Ce = Concentração efluente do poluente
Eficiência de remoção
Estimativa da eficiência de remoção esperada nos diversos níveis de tratamento
incorporados numa ETE.
Matéria Sólidos em
Nutrientes Bactérias
Tipo de orgânica suspensão
(% nutrientes) (% remoção)
tratamento (% DBO) (% SS)
Preliminar 5 – 10 5 –20 Não remove 10 – 20
Primário 25 –50 40 –70 Não remove 25 –75
Secudário 80 –95 65 –95 Pode remover 70 – 99
Terciário 40 - 99 80 – 99 Até 99 Até 99,999
Fonte: (CETESB, 1988 - http://www.fec.unicamp.br/~vanys/sisttrat.htm)
Conclusão
O nível de tratamento que um efluente deve receber esta
relacionado com os impactos e os usos previstos para corpo
receptor.
De acordo com a área, com os recursos financeiros disponíveis e
com o grau de eficiência que se deseja obter, um ou outro processo
de tratamento pode ser mais adequado.