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Amélia Mingas Kibundu

O documento analisa as interferências do Kimbundu no português falado em Luanda, destacando a importância sociocultural da língua Kimbundu e seu papel na identidade angolana. A pesquisa utiliza obras de escritores angolanos e aborda aspectos históricos, linguísticos e sociolinguísticos, evidenciando as mudanças linguísticas resultantes do contato entre as duas línguas. O estudo conclui que, apesar da predominância do português, o Kimbundu continua a influenciar a língua e a cultura em Angola.
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Amélia Mingas Kibundu

O documento analisa as interferências do Kimbundu no português falado em Luanda, destacando a importância sociocultural da língua Kimbundu e seu papel na identidade angolana. A pesquisa utiliza obras de escritores angolanos e aborda aspectos históricos, linguísticos e sociolinguísticos, evidenciando as mudanças linguísticas resultantes do contato entre as duas línguas. O estudo conclui que, apesar da predominância do português, o Kimbundu continua a influenciar a língua e a cultura em Angola.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DFE FEIRA DE SANTANA - UEFS

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS (PPGEL)


DISCIPLINA: LÍNGUA, CULTURA E SOCIEDADE

INTERFERÊNCIA DO KIMBUNDU NO PORTUGUÊS FALADO EM LUANDA

AMÉLIA MINGAS

DOCENTE – Profa. Dra. Norma Lúcia Fernandes de Almeida

DISCENTES:
Betinha da Silva
Jéssica Pâmela Bomfim Silva dos Santos
Valentina
Wagner Ribeiro de Carvalho

2025
Nasceu em 17/12/1940
Faleceu em 12/08/2019,
79 anos
Disponível em:
https://ameliamingas.org/
SENTIR E EVOCAR
AMÉLIA MINGAS DE A A Z

⚫ A ⚫ B
⚫ Amélia Mingas. Conheço muitas ⚫ Bondosa e brava. Amélia era
«Amélias». Mas na primazia da generosa, mas quando bravava…
memória, de quem me recordo, é
de Amélia Mingas.

⚫ Fidel Reis,p.297
⚫ Qual a importância do livro?
⚫ Por que o Kimbundu?
Sumário

⚫ Introdução
⚫ Capítulo I – Angola: dados geolinguísticos e históricos
⚫ Capítulo II - As línguas em contacto
⚫ Capítulo III - Uma abordagem sociolinguística
⚫ Capítulo IV - As interferências
⚫ Conclusão
⚫ INTRODUÇÃO

⚫ Objetivo
⚫ Corpus
⚫ Metodologia
⚫ Objetivo - Analisar as interferências do Kimbundu no português
falado em Luanda;

⚫ Corpus - Obras de escritores angolanos: textos extraídos do “Jornal


de Angola”, amostras de palavras/frases orais;
⚫ 84 palavras e 70 frases;

⚫ Metodologia – Seminários e cursos.


⚫ Capítulo I

⚫ Aspectos da: geografia, da


história e das línguas angolana.
Situação Geográfica

ou Austral

Fonte: Google imagens


Situação Geográfica

⚫ A África possui 54 países

⚫ 18 províncias
⚫ Angola é um país da África
⚫ População – 9 milhões
⚫ Clima úmido;
⚫ Estações da seca e das chuvas;
⚫ Riqueza: petróleo
⚫ Taxa de crescimento: 21%
⚫ Taxa de mortalidade infantil muito
elevada
Fonte: Mingas, 2000, p.27
Alguns Dados Históricos

⚫ Colônia portuguesa;
⚫ Guerras de ocupação;
⚫ Massacres;
⚫ Resistência;
⚫ “...apesar da sua presença no território
desde o século XV, somente em 1926,
puderam os colonialistas portugueses
dominar totalmente o país.”
(MINGAS,2000, p.30);
⚫ Luta de libertação: Independência em
11/11/1975.

Fonte: Google imagens


Situação Linguística

⚫ País plurilíngue;
⚫ Bantu: Umbundu, Kimbundu, Cokwe,
Kikongo, Helelo, Oxindonga, Oxiwambo,
Ngangela e o Nhaneka;
⚫ Não bantu: Khoisan e o Vatwa;
⚫ No século XVI essas línguas junta-se o
português e torna-se língua oficial
angolana;
⚫ “§ 1. É proibido o emprego das línguas
indígenas ou qualquer outra língua, a
excepção do português, por escrito ou
por panfleto, jornal … na catequese das
missões, nas escolas e em todas os
contactos com as populações locais…”
(MINGAS, 2000, p. 33).

Fonte: https://ameliamingas.org/publica
Situação Linguística

⚫ “… as línguas locais eram inferiores ao


português e por outro, um sentimento
de vergonha por parte de alguns
Angolanos ao admitirem ter uma língua
sem prestígio como língua primeira e/ou
materna.” (MINGAS, 2000, p. 16).

⚫ “… as línguas locais que eram


baptizadas, o mais frequentemente, por
‘dialectos’, não eram nunca tidas em
linha de conta alguns preocupavam-se
mesmo em demonstrar a sua
inferioridade.” (CALVET, 1981, p.35
apud MINGAS, 2000, p. 16).

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⚫ Capítulo II

⚫ As línguas em contacto
⚫ O Kimbundu
⚫ O Português em Angola
O Kimbundu

• O kimbundu é uma das línguas bantu que são faladas pelas


populações angolanas, mais precisamente na capital Luanda nas
províncias de Malanje Kwanza, Norte Bengu, nas zonas
fronteiriças ao Sul das províncias de Wije e do Zaire, assim
como nas ao Norte da província do Kwanza Sul.
• O kimbundu é falado por cerca de 1500.000 de locutores,
ocupando por este motivo, o segundo lugar, após o Umbundu,
maioritário, cujos locutores atingiram um total de 2500.000.
O papel sociocultural do kimbundu

O kimbundu desempenhou um papel sociocultural muito


significativo em Angola, especialmente em Luanda e nas regiões
adjacentes, ele destaca vários aspectos tais como: na identidade
cultural, o kimbundu é um dos principais elementos da identidade
do povo Ambundu.
Na transmissão de saberes tradicionais

A língua é fundamental na oralidade, sendo o veículo de


provérbios, contos, músicas e práticas religiosas tradicionais, como
rituais e cerimónias ligados ao culto.
Na resistência e afirmação cultural

• Durante o período colonial, o uso do kimbundu foi muitas vezes


reprimido em favor do português. Apesar disso, a língua
sobreviveu e continua a ser um símbolo de resistência cultural e
afirmação identitária.
• Na influência no português angolano: ele deixou marcas
profundas no português falado em Angola.
Estrutura linguística básica (fonética e morfologia)

A estrutura linguística do kimbundu uma das principais línguas


bantu falada em Angola, apresenta características típicas das
línguas bantu, tanto na fonética quanto na morfologia.
Estrutura linguística básica (fonética e morfologia)

• Fonética e fonologia, possui um sistema vocálico relativamente


simples, com cinco vogais orais básicas: i ,e ,a ,o, u . Ki ,lê Ka
so e lu. possui pelo menos dois tom alto e baixo.

• Na morfologia, apresenta uma morfologia altamente aglutinante


e prefixal típica das línguas bantu. possui prefixo que concorda
com outros elementos da frase (adjetivos, pronomes, verbos).
Implantação do português angolano

A história da implantação do português angolano foi um processo


gradual, marcado pela colonização, resistência africana,
assimilação urbanização e independência.
Hoje é uma língua nacional que reflete a história, cultura e
diversidade de Angola, mas que ainda convive com desafios
relacionados ao multilinguismo e a valorização das línguas
autóctones.
Níveis de uso

Língua oficial vs. outras línguas nacionais

É a única língua oficial do estado, conforme estabelecido na


constituição de Angola, língua da administração pública, do sistema
judiciário, das forças armadas e da Educação formal.
As línguas nacionais reconhecida
Interferências Fônicas
Interferências Fônicas
Interferências Fônicas
Interferências Fônicas
⚫ Capítulo III

⚫ Análise sociolinguística;
⚫ Colonialismo e pós-
independência no período
colonial
1. Introdução ao Capítulo

• Fundamentação sociolinguística sobre mudanças e


interferências linguísticas.
• Enfoque: o processo histórico-social que possibilitou a
influência do kimbundu sobre o português falado em
Luanda.
• Base teórica: “A progressão da mudança linguística está
intrinsecamente ligada à vida social da comunidade.” (Labov,
1976).
Conceito Central
• Interferência linguística: Modificações na língua de maior
prestígio (português) devido ao contato sistemático com
uma língua local (kimbundu).

Ponto-chave
• Essas mudanças só são plenamente compreendidas
quando contextualizadas no ambiente social e histórico,
sobretudo no contexto colonial angolano.
O Período Colonial: Panorama Social

• Sociedade colonial dividida em dois grandes grupos:


a) Portugueses (colonialistas, colonos)
b) Angolanos (assimilados, indígenas)
• Estrutura residencial reflete hierarquias sociais:
• Centro urbano / Colonialistas brancos
• Bairros arenosos / Zona intermediária / colonos, assimilados
• Musseques (periferia) / Maioria dos indígenas e assimilados
Organização Social: Identidade e Papéis

• Portugueses: Divisão entre nascidos em Portugal (de maior


status) e nascidos em Angola.
• Asssimilados: Angolanos (em geral, mestiços ou negros)
que adotavam a cultura e padrões portugueses, com acesso
restrito a certos direitos.
• Indígenas: População negra sem “nível de assimilação”,
sujeitos a impostos e leis restritivas.
Ensino e Política Linguística

• Objetivo: Impor o português como única língua de prestígio e uso


oficial.
• Proibições ao uso do kimbundu e outras línguas africanas,
principalmente em ambientes escolares e oficiais.
• Escolas missionárias permitiam uso auxiliar do kimbundu apenas
para facilitar a aprendizagem do português.
• Sistema educativo rigidamente filtrado: elitização do acesso,
principalmente de assimilados.
Situação Linguística e Divisão Social

• Língua portuguesa: condição de acesso a empregos,


educação e status.
• Proibição explícita do uso das línguas locais por escrito ou
nos meios de comunicação.
• Fenômeno do bilinguismo funcional:
a) Portugueses: monolíngues em português
b) Indígenas: monolíngues em kimbundu
c) Assimilados: bilíngues (kimbundu-português)
Atividades Culturais e Resistência Linguística

• Criação de associações e espaços para práticas culturais


angolanas mesmo sob repressão: “Grémio Africano”,
“Anangola”, “Liga Nacional Africana”.
• Uso das línguas nacionais em espetáculos, literatura e
organização comunitária.
• Importância das atividades culturais para a manutenção e
valorização do kimbundu: canto, teatro, contação de
histórias, etc.
Consequências Linguísticas do Período Colonial

• Redução do número de monolíngues em kimbundu,


crescimento do bilinguismo e do monolinguismo em português.
• Ainda assim, a estrutura do kimbundu resiste devido à forte
identidade e seu uso na vida cotidiana.
• O português falado em Luanda apresenta:
a) Interferências morfossintáticas e fonológicas;
b) Vocabulário ampliado por empréstimos lexicalizados do
kimbundu.
O Período Pós-Colonial: Novos Desafios

• Pós-independência (após 1975): Novo panorama político e


linguístico
• Criação do Instituto Nacional de Línguas
• Reconhecimento e valorização das línguas bantu como
nacionais
• Português permanece como língua oficial e de unidade
• Políticas de alfabetização e integração do ensino de línguas
nacionais
Panorama Linguístico Atual (Segundo a Época Estudada)
Quadro das línguas em Angola:
• Português: língua oficial, ensino, administração, mídia,
literatura;
• Línguas bantu (ex.: kimbundu, umbundu, kikongo, etc.):
consideradas nacionais, usadas nos lares, atividades culturais
e, progressivamente, no ensino;
• Línguas estrangeiras (francês, inglês, lingala, etc.): utilizadas
por minorias e diásporas
Exemplos de Interferências Observadas
1. Morfossintaxe
• “meu mãe” em vez de “minha mãe”
• Ausência de concordância nominal e verbal
2. Fonética/Fonologia
• Adaptação de consoantes e vogais inexistentes em kimbundu
• Substituição de estruturas silábicas
3. Lexicalização
• Vocábulos como “camba” (amigo), “cota” (mais velho),
“musseque” (bairro periférico), etc.
Identidade, Poder e Língua
• A língua portuguesa como instrumento de ascensão social e
poder.
• O kimbundu como elemento de resistência e manutenção da
identidade angolana.
• O processo de “angolanização” do português: surgimento de
variantes que refletem o contato intenso com as línguas
africanas.
Propostas e Desafios Sociolinguísticos
• Fortalecer o ensino do português sem desprezar as
línguas nacionais.
• Pesquisas para descrição sistemática das variantes
angolanas do português.
• Criação de políticas linguísticas realistas que promovam a
convivência harmoniosa das línguas.
• Reconhecimento do valor cultural e identitário do
kimbundu e demais línguas nacionais.
⚫ Capítulo IV

⚫ Tipos e exemplos de
interferências
Interferências Lexicais

Exemplos:

K VA LP

dikamba camba amigo


dikota cota alguém mais velho
imbamba imbamba bagagens
fungi funje prato tradicional
Interferências Fônicas

a) Nasalização das vogais orais do kimbundu

Exemplo:

K VA LP

[dikamba] [kãba] [kãba] “amigo”


[disaŋga] [sãga] [sãga] “bilha grande”
[ʒinduŋgu] [ʒĩdũgu] [ʒĩdũgu] “baga/s picante/s”
[mbumbi] [bũbe] [bũb] “hérnia testicular”
Interferências Fônicas

b) Perda de nasalização das consoantes semi-nasais


do kimbundu:

Exemplo:

K VA LP

[ dikamba] [kãba] [kãba] “amigo”


[kimbanda] [kĩbãda] [kĩbãda] “curandeiro”
[mabaŋga] [mabãga] [mabãga] “tipo de marisco”
[nzimbu] [zĩbu] [zĩbu] “primeira moeda colonial”
Interferências Fônicas

c) Mudança do grau de abertura das vogais:

Exemplos:

K VA LP

[dikamba] [kaba] [kábo] “amigo”


[makunde] [makude] [makad] “tipo de feijao”
[mbsmbo] [bobo] [bobs] — “mandioca

LP VA
Kudibota curibotar “maldizer”
mudingi moringue “recipiente largo”
Interferências Fônicas
Vogais
Interferências Fônicas
Consoantes
Comparação dos vogais e consoantes do kimbundu, português padrão e
a variedade angolana

Uma análise comparativa dos quadros permite-nos constatar que a variante comporta
vogais orais e nasais, caso do português padrão, porém sem a vogal central do 2.°
grau de abertura, característica do português. Por outro lado, a vogal nasal central é
do 4.° grau de abertura, à semelhança da vogal central do kimbundu.

A semelhança do que aconteceu com as vogais, também o complexo consonântico da


variante, acusa uma constituição híbrida que se distingue do kimbundu pela
inexistência de consoantes pré-nasais e glotal bem como, pela presença das
vibrantes; contudo ela diferencia-se do português, porquanto atesta.
Interferências Morfossintáticas

Acordos de número/gênero
Exemplos:
Classes Nominante Base nominal Nome
1 Um thu muthu “homem/mulher
2 a- thu athu “homens/mulheres”
7 ki nama kinama “pé”
lumba kilumba “rapariga”
8 i- nama inama “pés”
lumba — ilumba “raparigas”
Interferências Morfossintáticas

K LP

tata ami “meu pai”


mama ami “minha mae”
jindandu jami “meus irmãos”
O nominal complemento directo/indirecto

Exemplos do kimbundu:

ngamumono kya- nga-mu-mono/kya


eu/o/ver+perfectivo/já= “eu já o vi”

Paulo, lhe atropelaram na venida Brasil- em vez de


sr. Paulo, atropelaram-no na Avenida Brasil

Exemplos de frases e erros/desvios padronizados


Os Locativos

ku — direccional, lugar distinto e distante, interioridade; mu-


interioridade; bu — superposição, à superfície de;
ndekuna- significa – vai para lá
/nde/ku-na
ir+imperativo/locat.+ dem.

Vão depressa na casa do camarada Nazário


em vez de:
Ide depressa à casa...
Lexicalização dos Empréstimos

⚫ Incorporação dos léxicos do kimbundu no português angolano

⚫ Exemplos de verbos:

K VA LP

Kubanza banzar “reflectir, pensar”

kubaza bazar “ir-se embora, fugir”

kukanga cangar “apanhar, amarrar”

Kukoxila cochilar “dormitar”


Exemplos de palavras de que só a forma do singular foi lexicalizada e
exemplos de palavras lexicalizadas com perda do prefixo do singular

Exemplos:
kambuta cambuta anão, de pequeno porte
Kasule caçula filho/a, irmã/o, mais novo/a

dikamba camba amigo


dikota cota mais velho
dileku leco assanhadice,vivacidade
Exemplos de palavras de que só a forma do plural foi lexicalizada e
exemplos de palavras de que foram lexicalizadas
as formas do singular e plural

ambundu ambundo “os locutores de kimbundu”


imbamba imbamba “bagagens”
Jimbowa gimboa “legume local”
jindungu jindungo “bagals picante/s”

dika dica informação


maka maka problemas,discussaes
Dibute dibute ferida infectada
mábute mabute feridas infectadas
⚫ Conclusão
⚫ Referências e bibliografia
⚫ MINGAS, Amelia. Interferência do Kimbundu no Português
Falado em Lwanda. Luanda: Caxinde, 2000.
⚫ Amelia Mingas. Disponível em: <https://ameliamingas.org/> Acesso
em: 26 maio 2025
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