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Resumo de Interação Gênica

O documento aborda as extensões das leis de Mendel, destacando conceitos como interação gênica, epistasia, poligenia e pleiotropia, que revelam a complexidade da herança genética. A interação gênica mostra como múltiplos genes podem influenciar uma característica, enquanto a epistasia descreve como um gene pode inibir a expressão de outro. A pleiotropia, por sua vez, ilustra como um único gene pode afetar várias características, exemplificando a riqueza e a diversidade da genética.
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Resumo de Interação Gênica

O documento aborda as extensões das leis de Mendel, destacando conceitos como interação gênica, epistasia, poligenia e pleiotropia, que revelam a complexidade da herança genética. A interação gênica mostra como múltiplos genes podem influenciar uma característica, enquanto a epistasia descreve como um gene pode inibir a expressão de outro. A pleiotropia, por sua vez, ilustra como um único gene pode afetar várias características, exemplificando a riqueza e a diversidade da genética.
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Resumo de Interação Gênica

Lembre-se de registrar o assunto estudado.

Alguns pontos-chave dessa matéria para o ENEM que devem ser


levados em conta ao estudarmos são:
1. Extensões das Leis de Mendel: Essenciais para entender que a
genética é mais complexa do que as leis simples que Mendel formulou
no século XIX. Estas extensões revelam como múltiplos genes podem
interagir e influenciar uma única característica, permitindo maior
variedade e complexidade nas características dos organismos.
2. Interação Gênica: Este conceito destaca que a expressão de uma
característica pode ser influenciada por mais de um gene. Esse
entendimento é crucial para apreciar a intricada rede de influências
genéticas que conduzem a fenótipos específicos.
3. Epistasia: O estudo da epistasia é vital porque descreve como um
gene pode mascarar a expressão de outro gene. A compreensão da
epistasia nos ajuda a entender por que algumas características podem
não seguir as previsões baseadas nas leis de Mendel.
4. Poligenia ou Herança Quantitativa: Esta extensão é importante
porque explica como múltiplos genes, cada um contribuindo um
pouco, podem somar para determinar uma característica contínua,
como a altura ou a cor da pele em humanos. Isso adiciona uma
camada de complexidade ao nosso entendimento da genética.
5. Pleiotropia: A pleiotropia revela que um único gene pode influenciar
várias características. Este é um conceito fundamental para entender
como um gene pode ter efeitos abrangentes e variados em um
organismo, e ajuda a explicar por que mutações em um único gene
podem ter consequências amplas e diversas.
1. Extensões das Leis de Mendel:
Interação Gênica, Epistasia,
Poligenia e Pleiotropia
Algumas das principais extensões do mendelismo. Fonte: Saskya Torres.

Gregor Mendel, o pai da genética, formulou as leis básicas de herança


com base em seus experimentos com ervilhas no século 19. Suas
duas leis principais, a Lei da Segregação e a Lei da Segregação
Independente, previam padrões simples de herança, onde um único
gene determina uma única característica.
No entanto, à medida que os cientistas começaram a estudar outros
organismos e outras características, perceberam que nem todas
seguiam as previsões simples de Mendel. Essas "extensões" das leis
de Mendel reconhecem que a herança genética pode ser mais
complexa do que Mendel inicialmente sugeriu.
Vou explicar algumas dessas extensões:
Extensões já vistas:
 Codominância: Isso ocorre quando ambos os alelos para um gene
são expressos ao mesmo tempo em um organismo. Por exemplo, se
uma flor tem um alelo para pétalas vermelhas e um para pétalas
brancas, a flor terá pétalas vermelhas e brancas, e não uma cor
intermediária.
 Dominância incompleta: Isso ocorre quando nenhum dos alelos é
completamente dominante, resultando em uma expressão fenotípica
intermediária. Por exemplo, se uma flor vermelha se cruzar com uma
flor branca, a prole poderá ter flores rosa.
Extensões que veremos nesta aula:
 Interação Gênica: Na Interação Gênica, vários genes atuam juntos
para influenciar uma única característica. Isso significa que a
expressão de um gene pode afetar a expressão de outro gene
 Pleiotropia: Neste caso, um único gene pode influenciar várias
características. Por exemplo, um gene pode afetar a cor do pelo, o
tamanho do corpo e o comportamento em um animal.
 Epistasia: Isso ocorre quando um gene mascara a expressão de outro
gene. Por exemplo, um gene pode determinar a cor do pelo de um
cão, enquanto outro gene pode determinar se esse pelo será expresso
ou se o cão será careca.
 Poligenia: Isso ocorre quando várias características são controladas
por mais de um gene. Por exemplo, altura e cor da pele em humanos
são determinadas por vários genes.
a) Interação Gênica não alélica
Fonte: Ana Lívia / Slideplayer.

Hoje vamos conversar sobre um conceito muito importante em


genética, as interações gênicas não-alelas. É um assunto
interessante, pois nos ajuda a entender como diferentes genes podem
trabalhar juntos para influenciar nossas características.
Vamos começar pensando sobre o que acontece quando temos um
único par de alelos controlando uma característica. Vocês se lembram
da proporção 3:1, não é mesmo? Isso é o que encontramos quando
cruzamos dois indivíduos heterozigotos para um gene, onde um alelo
é dominante e outro é recessivo. Neste cenário, temos 3/4 da
descendência apresentando a característica dominante e 1/4
apresentando a característica recessiva. Isso nos mostra que apenas
um gene está envolvido na herança desta característica.
Mas agora vamos adicionar um pouco mais de complexidade! Vamos
imaginar que temos duas características diferentes, cada uma
controlada por um par de alelos com dominância completa. Neste
caso, a proporção que esperamos ver é 9:3:3:1. Isso significa que, ao
cruzarmos indivíduos duplo-heterozigotos, veríamos 9/16 da
descendência com ambas as características dominantes, 6/16 da
descendência com uma característica dominante e outra recessiva, e
1/16 da descendência com ambas as características recessivas.
Mas a vida e a genética raramente são tão simples, não é? Às vezes,
temos situações em que dois ou mais genes, que podem ou não estar
no mesmo cromossomo, interagem para produzir uma característica.
Isso é o que chamamos de interação gênica não-alela. Quando isso
acontece, podemos aprender muito sobre a quantidade de genes
envolvidos e como eles estão interagindo apenas olhando para as
proporções de diferentes características na descendência.
Crista da Galinha
Vamos embarcar juntos numa pequena viagem no tempo, mais
precisamente para o ano de 1905. Foi nesse ano que o geneticista
inglês William Bateson e sua equipe fizeram uma descoberta
interessante após uma série de cruzamentos experimentais com
galinhas. Eles estavam estudando um traço específico: a forma da
crista das galinhas.
Eles descobriram que a forma da crista não é determinada por apenas
um par de alelos, mas sim por dois pares que se segregam de forma
independente. Isso é um exemplo perfeito de interação gênica, o
assunto que acabamos de discutir.
Agora, você deve estar se perguntando: "E o que exatamente esses
genes fazem? Que tipos de cristas eles produzem?" Bem,
dependendo das combinações de alelos, Bateson descobriu que
poderiam surgir quatro diferentes tipos de cristas. Temos a crista rosa,
a crista ervilha, a crista noz e a crista simples. Cada uma delas é única
e representa uma maneira diferente como os genes podem interagir
para produzir características distintas.
Veja o quadro abaixo para entender melhor o formato das cristas!

b) Epistasia
Já falamos sobre genes interagindo entre si, mas agora vamos
adicionar uma nova camada nessa história: um gene pode
efetivamente bloquear a ação de outro. Isso é conhecido como
epistasia, que vem do grego epi, que significa "sobre", e stasis, que
significa "parada" ou "inibição".
O gene que faz a inibição é chamado de epistático, enquanto o gene
que está sendo inibido é chamado de hipostático. Essa relação pode
ser um pouco parecida com a de um interruptor de luz: o gene
epistático é como o interruptor que controla se o gene hipostático (a
luz) será ligado ou desligado.
Existem dois tipos principais de epistasia: a dominante e a recessiva.
Na epistasia dominante, apenas um alelo do gene epistático é
suficiente para "desligar" o gene hipostático. Já na epistasia recessiva,
são necessários dois alelos do gene epistático para inibir a ação do
hipostático.
Epistasia recessiva

Vamos agora a um exemplo prático. No mundo dos camundongos, a


cor da pelagem é determinada por dois locos gênicos. Um deles, o
loco A, determina se o pelo será aguti (uma cor mista de cinza e
marrom) ou preto. O outro loco, P, é como o nosso interruptor de luz:
controla a expressão de A. Se o genótipo de P for pp, o camundongo
será albino, independentemente do que o loco A diz. Isso é um
exemplo clássico de epistasia recessiva.

Assim, no caso dos camundongos, a única maneira de saber o


genótipo do loco P é se o camundongo for albino. No entanto, se ele
for albino, não conseguiremos determinar seu genótipo para o loco A.
Essa é a beleza e a complexidade da genética!
Então, quando estiver estudando para o vestibular, lembre-se:
Epistasia é quando um gene (epistático) bloqueia a ação de outro
(hipostático), e pode ocorrer de forma dominante ou recessiva!
Epistasia dominante
A epistasia dominante é como um pequeno "tirano" da genética.
Nesse caso, temos um gene, chamado de gene epistático, que
mesmo na forma de um único alelo, é capaz de inibir a ação de outro
gene. Pense nele como o rei que tem o poder de silenciar a voz do
povo.
Um exemplo bem concreto acontece no mundo das galinhas e suas
diversas cores de penas. Vamos imaginar que temos dois alelos
diferentes, que chamaremos de C e c. O alelo C faz com que a galinha
tenha penas coloridas, enquanto o alelo c dá a ela penas brancas.

Fonte: TodMatéria.
No entanto, temos um terceiro alelo nessa história, o alelo I. Esse
alelo é um pouco diferente, porque ele age como um "interruptor",
podendo desligar a pigmentação das penas, ou seja, ele impede que
as penas tenham cor. Ele é o nosso gene epistático e se comporta
como um alelo dominante.
Então, para que uma galinha tenha penas coloridas, ela não pode ter
o alelo I. Se tiver, não importa se ela tem o alelo C ou c, porque o alelo
I irá "silenciá-los". Então, mesmo que o gene C esteja presente,
tentando dar à galinha penas coloridas, o gene I interfere e diz "não,
vamos deixar essas penas sem cor".
c) Herança Quantitativa
A herança quantitativa é também conhecida como polimeria ou
herança multifatorial. Mas o que isso realmente significa?
Basicamente, isso acontece quando características como peso, altura
ou cor são o resultado da soma de muitos genes diferentes, cada um
contribuindo com uma pequena parte. Imagine isso como um time de
futebol: cada jogador contribui um pouco, e juntos, eles determinam o
resultado do jogo. Dessa forma, temos como característica da
Herança Quantitativa uma "curva de sino" com alguns fenótipos
médios mais frequentes e fenótipos raros, de ambos os lados, menos
frequentes, na chamada Curva de Gauss

Agora, aqui está a parte complicada. Temos dois tipos de genes:


aditivos e não aditivos. Os genes aditivos são os "jogadores" que
contribuem para a expressão do fenótipo, ou seja, eles afetam o que
vemos. Representamos esses com letras maiúsculas, como "A". Por
outro lado, os genes não aditivos não contribuem para o fenótipo e
são representados por letras minúsculas, como "a".
Quando temos características determinadas por muitos genes, vemos
um gráfico que segue uma distribuição normal. Isso é apenas uma
maneira elegante de dizer que o gráfico parece um sino.
Aqui está um exemplo com a cor da pele humana, que é determinada
por dois alelos, A/a e B/b:
 Negro: 4 alelos efetivos, genótipo AABB
 Mulato-escuro: 3 alelos efetivos, genótipo AABb ou AaBB
 Mulato-médio: 2 alelos efetivos, genótipos AaBb, AAbb ou aaBB
 Mulato-claro: 1 alelo efetivo, genótipos Aabb ou aaBb
 Branco: 0 alelos efetivos, genótipo aabb
Isso nos dá uma proporção esperada de 1:4:6:4:1 para o cruzamento
de dois heterozigotos (AaBb). Note como isso é uma modificação da
2ª Lei de Mendel.
Então, quantos fenótipos diferentes podemos ter? Isso é fácil de
calcular: é só pegar o número de alelos e adicionar 1. No exemplo da
cor da pele, temos 4 alelos + 1, o que nos dá 5 fenótipos diferentes. E
se quisermos saber o número de alelos envolvidos em uma herança,
basta subtrair 1 do número de fenótipos.
d) Pleiotropia

Na Pleiotropia, um só gene afeta múltiplas características, o contrário da Interação Gênica. Fonte: Varsomics.

A pleiotropia é um fenômeno genético onde um único gene controla


várias características diferentes. Isso pode parecer estranho, mas é
mais comum do que você pensa, tanto em animais quanto em plantas.
Eles podem influenciar diversos aspectos, chamados de fenótipos,
que são as características observáveis de um organismo.
Isso é um pouco diferente das interações gênicas, que vocês podem
se lembrar como sendo a colaboração de dois ou mais genes para
determinar uma única característica. Nesse sentido, a pleiotropia e as
interações gênicas são quase o oposto uma da outra.
Vamos resumir isto:
 Pleiotropia: Um único gene influencia mais de uma característica no
indivíduo.
 Interações gênicas: Dois ou mais genes colaboram para determinar
uma única característica.
E, claro, nada melhor do que um exemplo para facilitar a
compreensão. Uma ótima ilustração de um efeito pleiotrópico é um
gene específico em ervilhas (a mesma espécie que Gregor Mendel, o
"pai da genética", estudou). Este gene determina a coloração das
flores, que são púrpuras, a cor da casca da semente, que é cinza, e
ainda causa manchas arroxeadas perto das estípulas, que são uma
parte da planta.

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