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Guia Ubs

O guia para enfermeiros da UBS aborda diversos tópicos essenciais, incluindo sinais vitais, vacinação infantil e adulta, exames citopatológicos e cuidados com a saúde. O documento detalha procedimentos, doses e vias de administração de vacinas, além de orientações sobre a coleta de exames. É uma ferramenta abrangente para a prática de enfermagem em unidades básicas de saúde.

Enviado por

Iramar Lima
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Guia Ubs

O guia para enfermeiros da UBS aborda diversos tópicos essenciais, incluindo sinais vitais, vacinação infantil e adulta, exames citopatológicos e cuidados com a saúde. O documento detalha procedimentos, doses e vias de administração de vacinas, além de orientações sobre a coleta de exames. É uma ferramenta abrangente para a prática de enfermagem em unidades básicas de saúde.

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guia

Para Enfermeiros da UBS

@enferya
conteúdos abordados:
1. SINAIS VITAIS
2. PAPANICOLAU
3. HIPERTENSÃO
4. DIABETES
5. CURATIVOS
6. SONDAS
7. OSTOMIAS
8. PRÉ-NATAL
9. PUERICULTURA
10. EXAME FÍSICO
11. VITAMINAS A e K
12. MARCOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
13. TRIAGEM NEONATAL E SINAIS VITAIS
14. CALENDÁRIO VACINAL
15. IST
16. SOAP

COORDENADOR DA OBRA: FRANCISCO JOEL


AUTORA DA OBRA: YAPONIRA LEAL

@enferya
sinais vitais
Temperatura: Frequência cardíaca:
a faixa normal é considerada de 36 a 38 °C, Normal: 60-100 bpm
porem pode variar com a literatura. Taquicardia: >100 bpm
Locais: oral, retal, artéria temporal, axilar, Bradicardia: <60 bpm
membrana timpânica, esofágica, artéria
pulmonar, bexiga urinária. Lactente: 120-160 bpm
Hipotermia: <36 °C Infante: 90-140 bpm
Pirexia 39 °C -40° C Pré-escolar: 80-110 bpm
Hiperpirexia > 40 °C Escolar: 75-100 bpm

Frequência respiratória:
Eupneico: 12-20 rpm
Taquipneia: >20 rpm Saturação de SatO2
Bradipneia: <12 rpm Valores normais em adulto e crianças: 92 a 98%

Recém-nascido: 30-60 rpm


6 Meses: 30-50 rpm
Criança: 20-30 rpm
@enferya 3
CALÉNDARIO DE VACINA INFANTIL PART 1
nome das VACINAS essa vacina protege contra: quantas doses? qual volume? qual a VIA DE ADM?

BCG Formas graves de TB meníngea e miliar Dose única 0,05 / 1ml ID

HEPATITE B Hepatite B Dose ao nascer 0,5 ml IM

3 doses
VIP Poliomielite 2, 4 e 6 meses 0,5 ml IM
Reforço aos 15 meses

2 doses
VRH Diarreia por rotavírus 1,5 ml VO
2 e 4 meses

Difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus, influenzae B, 3 doses


PENTA 0,5 ml IM
hepatite B 2, 4 e 6 meses

2 doses
PENUMO-10 Pneumonias, otites, meningites e sinusites. 0,5 ml IM
2, 4 e reforço ao 12M

2 doses
MENINGO C Meningite C 0,5 ml IM
3, 5 e reforço ao 12M

FEBRE AMARELA febre amarela 2 doses: 9M e 4 anos 0,5 ml SC

TRÍPLICE VIRAL sarampo, caxumba e rubéola 2 doses: 12M e 15M 0,5 ml SC

TETRAVIRAL sarampo, caxumba, rubéola e varicela 2 doses: 12M (tríplice) e 15M (tetra) 0,5 ml SC

HEPATITE A hepatite A 1 dose: 15 M 0,5 ml IM

DTP difteria, tétano e coqueluche 2 reforços: 15M e a 4 anos 0,5 ml IM

DT difteria e tetano dose a cada 10 anos 0,5 ml IM

@enferya 4
CALÉNDARIO DE VACINA INFANTIL PART 2

nome das
essa vacina protege contra: quantas doses? qual volume? qual a VIA DE ADM?
VACINAS

HPV papilomavírus humano dose única 0,5 ml IM

meningite, sepse, sinusite,


PNEUMO-23 1 dose a partir dos 5 anos 0,5 ml IM
pneumonias, otite e bronquite

VARICELA catapora dose aos 4 anos 0,5 ml SC

Crianças de 6 meses a 4 anos, 11 1ª dose: Monovalente XBB, moderna e 2ª dose:


COVID-19 0,2 ml IM
meses e 29 dias não vacinados após 4 semanas da 1ª dose, com vacina XBB

A partir de 5 anos de idade não 6 meses a menores de 12 anos: 0,25ml/dose


COVID-19 1 dose: Monovalente XBB IM
vacinadas: 12 anos e mais: 0,5ml/dose

1ª dose: Monovalente XBB, moderna; 2ª dose: após


Imunocomprometidos a partir de 5 4 semanas da 1ª dose 3ª dose: após 8 semanas da 6 meses a menores de 12 anos: 0,25ml/dose
COVID-19 IM
anos de idade não vacinados 2ª dose; Reforço: 2 doses anuais (com intervalo 12 anos e mais: 0,5ml/dose
de 6 meses entre elas

INFLUENZA inflenza 6e7M 0,25/0,5 ml IM/SC

@enferya 5
CALÉNDARIO DE VACINA INFANTIL- RESUMO
Ao nascer BCG e Hepatite B
2 meses Penta, Vip, Pneumo-10 e VORH
3 meses Meningo C
4 meses Penta, Vip, Pneumo-10 e VORH
5 meses Meningo C
6 meses Penta, Vip e Covid-19, Influenza
7 meses Covid-19, Influenza
9 meses Febre amarela, Covid-19
12 meses Pneumo-10, Meningo C, Tríplice viral
15 meses Hepatite A, VIP (reforço), DTP e Tetra viral
4 anos DTP. Varicela e Febre amarela
7 anos DT
10 anos a 14 anos Dengue
11 anos Meningo ACWY
9 a 14 anos HPV

@enferya 6
OBSERVAÇÕES:

VIA IM: VIA SC:


1. Influenza e Dengue
1. Hepatite B, Polio, 1. Febre amarela, vão depender da
Penta, Pneumo-10, Tríplice viral, campanha.
Meningo C, Tetra viral,
Hepatite A, DTP, varicela,
DT, HPV, Pneumo- influenza e 1. Apesar de a bula da
23, Covid, dengue Qdenga indicar o
Influenza. imunizante para
pessoas com idade
entre 4 e 60 anos, o
ministério anunciou
VIA ID: VIA ORAL: que, no SUS, o
público-alvo, neste
1. BCG 1. VORH primeiro momento,
vai incluir apenas
crianças e
adolescentes de 10 a
14 anos

@enferya 7
CALÉNDARIO DE VACINA ADOLESCENTE
nome das VACINAS essa vacina protege contra: quantas doses? qual volume? qual a VIA DE ADM?
HEPATITE B Hepatite B 3 doses 0,5 ml IM
Meningite meningocócica A, C,
MENINGO ACWY 1 dose 0,5 ml IM
W, Y

FEBRE AMARELA febre amarela dose única 0,5 ml SC


iniciar ou
completar o
TRÍPLICE VIRAL sarampo, caxumba e rubéola 0,5 ml SC
esquema
2 doses.

DT difteria e tetano 3 doses 0,5 ml IM


HPV papilomavírus humano dose única 0,5 ml IM
DENGUE dengue 2 dose 0,5 ml SC
meningite, sepse, sinusite,
PNEUMO-23 1 dose 0,5 ml IM
pneumonias, otite e bronquite

sars-cov-2 5 a 11 anos: 2 doses 5 a 11 anos: 0,2ml


COVID-19 as doses vão depender do tipo 12 a 17 anos: 2 + de 12 anos: bivalente, IM
de vacina doses 0,3ml
@enferya 8
CALÉNDARIO DE VACINA ADULTO/IDOSO
nome das
essa vacina protege contra: quantas doses? qual volume? qual a VIA DE ADM?
VACINAS

HEPATITE B Hepatite B 3 doses 0,5 ml IM


FEBRE AMARELA febre amarela dose única 0,5 ml SC
iniciar ou completar o esquema
TRÍPLICE VIRAL sarampo, caxumba e rubéola 0,5 ml SC
2 doses.

DT difteria e tetano 3 doses 0,5 ml IM


HPV papilomavírus humano 2 doses 0,5 ml IM
DENGUE dengue 2 dose 0,5 ml SC
meningite, sepse, sinusite,
PNEUMO-23 1 dose 0,5 ml IM
pneumonias, otite e bronquite

+ 18 anos: 2 doses + BIVALENTE


COVID-19 sars-cov-2 0,3ml IM

COVID-19
proteína spike codificada para Duas doses anuais da vacina covid-19 monovalente
Idosos acima de 0,5ml IM
a subvariante XBB 1.5 (XBB) com intervalo de 6 meses entre cada dose
60 anos

@enferya 9
OBSERVAÇÕES:
COVID-19

Pessoas a partir de 5 anos de idade que não fazem parte


dos grupos prioritários e nunca foram vacinados (nenhuma
dose), terão a oportunidade de se vacinar com o esquema
primário (uma dose da vacina COVID-19 monovalente (XBB)

@enferya 10
CALÉNDARIO DE VACINA GESTANTE
nome das
essa vacina protege contra: quantas doses? qual volume? qual a VIA DE ADM?
VACINAS

HEPATITE B Hepatite B 3 doses 0,5 ml IM


DT difteria e tetano 3 doses 0,5 ml IM
1 dose
difteria, tétano e
DTPa OBS: adm a partir da 20° semana de 0,5 ml IM
coqueluche
gestação

1 dose
Influenza Influenza 0,5 ml IM
OBS: campanha

Duas doses anuais da vacina covid-19


proteína spike codificada
COVID-19 monovalente (XBB) com intervalo de 6 0,5ml IM
para a subvariante XBB 1.5
meses entre cada dose

@enferya 11
SALA DE IMUNIZAÇÃO: ARMAZENAMENTO
TEMPOS DOS IMUNOBIOLÓGICOS
NAS INSTÂNCIAS:
CENADI: CENTRAIS ESTADUAIS: (6 A 12 MESES)
CRIE: CENTRAIS REGIONAIS, DISTRITAIS OU MUNICIPA
(3 A 6 MESES)
LOCAL: SALA DE VACINAÇÃO (1 MÊS)
REFRIGERADOR:
CÂMARA REFRIGERADA:
IMUNOBIOLÓGICOS ARMAZENADOS À TEMPERATURA
POSITIVA (+2 A +8 °C; IDEAL +5 °C)

FREEZER CIENTÍFICO:
IMUNIBIOLÓGICOS ARMAZENADOS À TEMPERATURA
NEGATIVA (-25 A -15 °C)
INDICADO PARA ARMAZENAMENTO DAS BOBINAS
PARA CONSERVAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS.

MANUAL_rede_frio_2017_web_VF.pdf 12
@enferya
EXAME CITOPATÓLOGICO
O Câncer de Colo de Útero é uma lesão É recomendado abstinência sexual prévia ao exame, mas
invasiva intrauterina ocasionada na prática a presença de espermatozoides não
principalmente pelo HPV, o papilomavírus compromete a avaliação microscópica.
humano. O exame não deve ser feito no período menstrual. Deve-se
aguardar o quinto dia após o termino da menstruação.

Material necessário: Procedimento:


1. Identifique as iniciais da paciente e a 2. Introduza o espéculo, gire e abra-
Espéculos de tamanhos variados data do nascimento no lado fosco da o lentamente e com delicadeza.
Lâminas de vidro com lâmina, utilizando lápis grafite.
extremidade fosca
Espátula de Ayre
Escova endocervical
Par de luvas descartáveis
3. Colete a amostra ectocervical 4. Realize o esfregaço de maneira
Pinça de Cherron com a espátula de Ayre, girando a distribuir uniformemente o
Solução fixadora 360° e a amostra endocervical, material em camada fina.
Gaze girando a escova 360°.
Recipiente para
acondicionamento das lâminas
Formulários de requisição do
exame citopatológico
Fita adesiva de papel para a
identificação dos frascos
Lápis
Avental / Camisola para a
mulher
Lençóis 5. Fixe imediatamente o material
na lâmina.
Equipamentos de Proteção
Individual (EPI);

@enferya https://www.diagnosticosdobrasil.com.br/uploads/requisicoes-e-orientacoes/2022/07/instrucao-de-coleta- 13
papanicolau-meio-liquido-web.pdf
EXAME CITOPATÓLOGICO
Coleta Ectocervical
Coleta endocervical

@enferya https://www.diagnosticosdobrasil.com.br/uploads/requisicoes-e-orientacoes/2022/07/instrucao-de-coleta- 14
papanicolau-meio-liquido-web.pdf
EXAME CITOPATÓLOGICO
Coleta em gestantes
No caso de pacientes grávidas, a coleta endocervical não é contraindicada, mas
deve ser realizada de maneira cuidadosa e com uma correta explicação do
procedimento e do pequeno sangramento que pode ocorrer após o procedimento.
Como existe uma eversão fisiológica da junção escamo-colunar do colo do útero
durante a gravidez, a realização exclusiva da coleta ectocervical na grande
maioria destes casos fornece um esfregaço satisfatório para análise laboratorial
(INCA, 2016).

@enferya https://www.diagnosticosdobrasil.com.br/uploads/requisicoes-e-orientacoes/2022/07/instrucao-de-coleta- 15
papanicolau-meio-liquido-web.pdf
EXAME CITOPATÓLOGICO

≥ 25 anos, interrompidos, depois de 64 anos, ≥ 2


mulheres com até os 64 anos negativos consecutivos nos últimos 5
atividade sexual anos

depois ter
realizado 2 o intervalo entre os
exames exames será agora 3 anos
negativos com de:
intervalo anual

> 64 anos, nunca realizar 2 exames


se ambos forem negativos, são
realizaram o com intervalo de 1 a
dispensadas
exame 3 anos

Fonte: BRASIL, 2016

@enferya 16
EXAME CITOPATÓLOGICO
Recomendações iniciais após resultado de exame citopatológico anormal
Grau de
Resultados suspeição Conduta

Repetição da citologia em 6
Em células escamosas Provavelmente não neoplásica Menor meses (≥ 30 anos) ou 12 meses
(< 30 anos)

Não se pode afastar lesão de alto


Em células escamosas Maior Encaminhamento para colposcopia
grau
Atipias de
Significado
Em células glandulares Provavelmente não neoplásica Maior Encaminhamento para colposcopia
Indeterminado
(ASCUS)
Não se pode afastar lesão de alto
Em células glandulares Maior Encaminhamento para colposcopia
grau

De origem indefinida Provavelmente não neoplásica Maior Encaminhamento para colposcopia

Não se pode afastar lesão de alto


De origem indefinida Maior Encaminhamento para colposcopia
grau

Fonte: BRASIL, 2016


@enferya 17
EXAME CITOPATÓLOGICO
Recomendações iniciais após resultado de exame citopatológico anormal

Grau de
Resultados suspeição Conduta

Lesão intraepitelial de baixo


Menor Repetição da citologia em seis meses
grau

Lesão intraepitelial de alto


Atipias em grau
Maior Encaminhamento para colposcopia
células
escamosas
(ASCH) Lesão intraepitelial de alto
grau, não podendo excluir Maior Encaminhamento para colposcopia
microinvasão

Carcinoma epidermoide
Maior Encaminhamento para colposcopia
invasor

Fonte: BRASIL, 2016


@enferya 18
Consulta de pré-natal
O Ministério da Saúde recomenda que o pré-natal inclua, no mínimo, seis consultas,
alternadas entre médicos e enfermeiros, com início precoce – a primeira consulta deve
ocorrer no primeiro trimestre, até a 12ª semana de gestação.

As consultas de pré-natal devem ser: O pré-natal é uma oportunidade


Mensais, até a 28ª semana para ofertar a realização dos
gestacional; testes rápidos de HIV, Sífilis,
Quinzenais, até 36ª semana; Hepatites B e C e atualização do
Semanais, a partir da 36ª semana calendário vacinal para o(a)
até o parto; parceiro(a).

@enferya 19
Sinais de gravidez

Sinais de gravidez
atraso mentrual; náuseas; vômitos; tonturas; salivação excessiva; mudança de apetite;
aumento da frequência urinária; aumento do volume das mamas; hipersensibilidade nos
Sinais de presunção de gravidez
mamilos; saída de colostro pelos mamilos; cor violácea da vulva e aumento do volume
abdominal.
amolecimento do cérvice uterina; paredes vaginais aumentadas com aumento da
Sinais de probabilidade
vascularização; positividade do beta HCG.
Sinais de certeza presença dos batimentos cardíacos fetais, movimentos fetais; ultrassonografia.

@enferya 20
cálculo
Como calcular a:
É a referência de duas datas: data da última menstruação e data da consulta
Contam-se quantos dias se passaram entre esse intervalo;
IDADE GESTACIONAL
O total de dias será dividido por 7
O resultado da divisão será a quantidade de semanas, e o resto da divisão será o n° de dias.
Pode ser pelo gestograma ou a regra de naegele;
DATA PROVÁVEL DO PARTO Se a DUM foi em janeiro, fevereiro ou março será: +7 dias e +9 meses, mantendo o ano.
Se a DUM foi entre abril e dezembro, o cálculo será: +7 dias, -3 meses e +1 ano.

quando o número de dias encontrado for maior que o número de dias no mês, passe os dias excedentes para o mês
seguinte, adicionando 1 ao final do cálculo no mês.

@enferya 21
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
1º TRIMESTRE
Hemoglobina e Hematócrito:
COMO INTERPRETAR:
Valor normal: Hemoglobina acima de 11 g/dL
Anemia leve a moderada: Hemoglobina entre 8 e 11 g/dL
Anemia grave: Hemoglobina abaixo de 8 g/dL
O QUE FAZER:
Se houver anemia: realizar o tratamento e monitorar os níveis de hemoglobina seguindo os
Protocolos de Atenção Básica: Saúde das Mulheres.
Anemia grave ou sem resposta ao tratamento: encaminhar para o Pré-Natal de Alto Risco.

Eletroforese de hemoglobina
COMO INTERPRETAR:
HbAA: Normal, ausência de doença falciforme.
HbAS: Traço falciforme (heterozigose para hemoglobina S), sem doença falciforme.
HbAC: Traço para hemoglobina C (heterozigose), sem doença falciforme.
HbA com outra variante: Não indica doença falciforme.
HbSS ou HbSC: Indicam presença de doença falciforme.
O QUE FAZER:
Gestantes com traço falciforme: Devem receber orientações detalhadas sobre a condição
genética pela equipe da Atenção Primária à Saúde (APS). Além disso, é necessário solicitar a
eletroforese de hemoglobina do(a) parceiro(a).
Doença falciforme: Encaminhar para o Pré-Natal de Alto Risco Tipo II.

@enferya 22
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
1º TRIMESTRE
Urina tipo I
COMO INTERPRETAR:
Leucocitúria: Quantidade superior a 10.000 células/mL ou mais de 5 células por campo.
Hematúria: Quantidade superior a 10.000 células/mL ou entre 3 a 5 hemácias por campo.
Proteinúria: Valores alterados quando superiores a 10 mg/dL.
Presença de outros elementos: Não requer condutas específicas.
O QUE FAZER:
Leucocitúria: Realizar urocultura para confirmar a presença de infecção do trato urinário
(ITU). Se a urocultura não estiver disponível, iniciar tratamento empírico.
Cilindrúria, hematúria sem ITU ou sangramento genital, e proteinúria maciça ou persistente
em dois exames consecutivos: Avaliação médica necessária; encaminhar ao Pré-Natal de
Alto Risco, se indicado.
Proteinúria:
Traços de proteinúria: Repetir em 15 dias; se persistir, encaminhar para o Pré-Natal de Alto
Risco.
Traços de proteinúria com hipertensão e/ou edema: Encaminhar imediatamente à emergência
obstétrica.
Proteinúria maciça: Encaminhar ao Pré-Natal de Alto Risco.
Pielonefrite: Encaminhar diretamente à emergência obstétrica.
ITU refratária ou de repetição: Encaminhar ao Pré-Natal de Alto Risco.

@enferya 23
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
1º TRIMESTRE
PCR para clamídia e gonococo Pessoa gestante ≤30 anos ou >30 anos com fatores de risco
COMO INTERPRETAR:
Negativo: Resultado normal.
Positivo: Indica presença de Chlamydia trachomatis e/ou Neisseria gonorrhoeae.
O QUE FAZER:
Nos casos positivos, deve-se tratar conforme o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) ou suas
atualizações.
Fatores de risco incluem:
Novo parceiro(a) sexual nos últimos 60 dias.
Múltiplos parceiros(as) sexuais simultâneos.
Parceiro(a) sexual com IST.
Não uso ou uso inadequado de preservativo.
Trabalhadoras do sexo.
Uso abusivo de álcool e outras drogas.
HIV positivo.
História prévia de IST.

@enferya 24
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
1º TRIMESTRE
Tipo sanguíneo e Fator Rh
COMO INTERPRETAR:
Tipo sanguíneo + fator Rh positivo: A(+), B(+), AB(+), O(+).
Tipo sanguíneo + fator Rh negativo: A(-), B(-), AB(-), O(-).
O QUE FAZER:
Realizar o exame de Coombs indireto nos seguintes casos:
Fator Rh negativo.
Histórico de hidropsia fetal ou neonatal, independentemente do fator Rh.

@enferya 25
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
1º TRIMESTRE
TSH Para pessoa gestante com fatores de risco
COMO INTERPRETAR:
Valores normais (na ausência de valores específicos fornecidos pelo laboratório):
1º trimestre: 0,1 a 2,5 mU/L
2º trimestre: 0,2 a 3 mU/L
3º trimestre: 0,3 a 3 mU/L
O QUE FAZER:
Tratar conforme o diagnóstico e encaminhar ao Pré-Natal de Alto Risco nas seguintes situações:
Suspeita de tireotoxicose gestacional, quando não for possível realizar exames de anticorpo TRAb.
Hipotireoidismo primário em uso de mais de 2,5 mcg/kg/dia de levotiroxina, sem controle adequado.
Hipertireoidismo franco ou subclínico, após afastar a tireotoxicose gestacional transitória.
Suspeita de hipotireoidismo central, com TSH normal ou baixo e T4 livre ou total baixo.
Além disso, encaminhar para acompanhamento especializado se a gestante apresentar algum dos
seguintes fatores de risco:
Idade superior a 30 anos.
Hipotireoidismo ou hipertireoidismo.
IMC ≥40 kg/m².
Histórico de radiação na cabeça ou pescoço.
Doença/cirurgia de tireoide ou teste anti-TPO reagente.
Diabetes tipo 1 ou outras doenças autoimunes.
Histórico de abortamento, perda fetal, parto prematuro, infertilidade ou ≥2 gestações anteriores.
Uso de amiodarona ou lítio.
Administração recente de contraste radiológico iodado.
História familiar de doença autoimune da tireoide ou disfunção da tireoide.
Vivência em área com deficiência de iodo moderada a grave conhecida.

@enferya 26
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
1º TRIMESTRE
Glicemia em jejum
COMO INTERPRETAR:
< 92 mg/dL: Normal
De 92 a 125 mg/dL: Diabetes Mellitus Gestacional
≥ 126 mg/dL: Diabetes Mellitus na gestação (prévio)
O QUE FAZER:
Normal: Orientar medidas não farmacológicas, como orientações dietéticas e atividade física apropriada.
Realizar o TOTG 75g entre 24 e 28 semanas.
Diabetes Mellitus Gestacional (DMG): O controle glicêmico deve ser feito diariamente, incluindo medição de
glicose em jejum, antes e 2h após as principais refeições, com os seguintes valores de referência:
Jejum: < 95 mg/dL
2h após refeições: < 120 mg/dL
Se não houver controle glicêmico adequado com medidas não farmacológicas (em até 2 semanas) ou se
houver associação com hipertensão ou macrossomia fetal, encaminhar para o Pré-Natal de Alto Risco.
Diabetes Mellitus na gestação (prévio): Encaminhar diretamente ao Pré-Natal de Alto Risco.

@enferya 27
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
1º TRIMESTRE
Urocultura e Antibiograma
COMO INTERPRETAR:
Urocultura negativa: < 100.000 unidades formadoras de colônias por mL (UFC/mL).
Urocultura positiva: > 100.000 UFC/mL.
Antibiograma: Indica os antibióticos recomendados para o tratamento.
O QUE FAZER:
Tratar conforme o antibiograma, utilizando os antibióticos indicados para o tratamento.

@enferya 28
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
1º TRIMESTRE
Teste rápido (TR) para Sífilis (treponêmico) ou VDRL (não treponêmico)
COMO INTERPRETAR:
TR ou VDRL Não reagente: Não reagente para sífilis.
TR de Sífilis (teste treponêmico) e VDRL (não treponêmico) reagentes: Diagnóstico de sífilis
na gestação.
Importante: O diagnóstico de sífilis deve incluir um exame treponêmico e um não
treponêmico, além da avaliação clínica e epidemiológica. Se o primeiro exame for reagente, o
outro deve ser coletado imediatamente.
O QUE FAZER:
Nota: O tratamento não deve ser adiado aguardando o resultado do segundo exame. Nas
pessoas gestantes, o tratamento deve ser iniciado com apenas um teste reagente
(treponêmico ou não treponêmico). É importante considerar o histórico prévio de diagnóstico
e tratamento, quando registrado.
Para monitorar a resposta ao tratamento da gestante, o VDRL deve ser solicitado
mensalmente até o final da gestação e trimestralmente até completar 12 meses de
acompanhamento.
Os parceiros(as) também devem ser avaliados, tratados e ter o VDRL monitorado
trimestralmente durante o primeiro ano.

@enferya 29
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
1º TRIMESTRE
Teste rápido para detecção de HIV
COMO INTERPRETAR:
Não Reagente: Não reagente para HIV.
Reagente: TR1 reagente, realizar TR2 (de marca diferente). Se ambos TR1 e TR2 forem
reagentes, a amostra é reagente para HIV.
Discordante: TR1 reagente e TR2 não reagente. Repetir ambos os testes rápidos. Se a
discordância persistir, solicitar exames laboratoriais.

O QUE FAZER:
Iniciar Terapia Antirretroviral: Iniciar a terapia imediatamente após o diagnóstico.
Encaminhar a gestante para o Serviço de Atendimento Especializado (SAE): Encaminhar para
o SAE de referência para cuidado compartilhado.
Manter acompanhamento pré-natal na APS: Continuar o acompanhamento regular no
Sistema de Atenção Primária à Saúde.
Notificação obrigatória: A notificação do caso é obrigatória a cada gestação.

@enferya 30
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
1º TRIMESTRE
Teste rápido para Hepatite C
COMO INTERPRETAR:
Não reagente: Resultado normal.
Reagente: Indica contato prévio com o HCV.

O QUE FAZER:
Complementar o diagnóstico por meio de teste molecular para confirmação.
Notificação obrigatória do caso.

Teste rápido para Hepatite B


COMO INTERPRETAR:
Não reagente: Resultado normal.
Reagente: Suspeita de infecção por hepatite B.

O QUE FAZER:
HBsAg não reagente e sem registro de vacina contra hepatite B: Deve-se iniciar ou
completar o esquema de vacinação em qualquer idade gestacional.
HBsAg reagente: Deve-se confirmar o diagnóstico com um teste molecular adicional.
Em casos positivos: O tratamento deve seguir o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
para Hepatite B e coinfecções, com base nas atualizações mais recentes.
A notificação é obrigatória em todos os casos.

@enferya 31
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
1º TRIMESTRE
Toxoplasmose IgG e IgM
COMO INTERPRETAR:
IgM não reagente e IgG reagente: Indica imunidade pré-existente, sugerindo infecção antiga ou
toxoplasmose crônica.
IgM e IgG não reagentes: Gestante suscetível à infecção.
IgG e IgM reagentes: Indica possível infecção recente.
IgM reagente e IgG não reagente: Pode indicar infecção muito recente ou um falso positivo.
Soroconversão: Refere-se à gestante que, inicialmente suscetível, apresenta positivação do IgM ou
de ambos os anticorpos (IgM e IgG) em exames subsequentes, indicando infecção recente.

O QUE FAZER:
Não é necessário repetir sorologia: A gestante pode manter o acompanhamento no pré-natal da
Atenção Primária à Saúde (APS).
Orientação para gestante suscetível ou com infecção recente: Orientar sobre medidas de
prevenção e repetir a sorologia no próximo trimestre (preferencialmente a cada mês e no parto).
Continuar o acompanhamento no pré-natal da APS.
Infecção confirmada: Iniciar o tratamento, notificar o caso, encaminhar para o Pré-Natal de Alto
Risco e solicitar exame de avidez.
Infecção recente ou suspeita: Iniciar o tratamento, notificar o caso, encaminhar para o Pré-Natal
de Alto Risco e solicitar nova sorologia em 3 semanas.
No caso de infecção confirmada ou descartada: O Pré-Natal de Alto Risco irá confirmar o
diagnóstico. Se a toxoplasmose for descartada, a gestante retorna ao pré-natal habitual na APS.
Prevenção: Orientar todas as gestantes sobre medidas de prevenção primária.

@enferya 32
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
1º TRIMESTRE
Ultrassonografia Obstétrica
O QUE FAZER:
Definição de conduta conforme resultado do exame:
Embora não haja evidências de que a ultrassonografia (USG) de rotina traga benefícios para
gestantes de risco habitual, a USG precoce pode ser útil para o diagnóstico de gestações
múltiplas, para uma datação mais precisa da idade gestacional (IG), o que pode reduzir a
necessidade de induções por gestação prolongada, além de ajudar a avaliar a viabilidade fetal.
Preferencialmente, a USG deve ser realizada por via transvaginal nesses casos.
Datação da IG por USG: A datação deve sempre ser baseada no primeiro exame realizado, e nunca
recalculada com exames ultrassonográficos subsequentes.
Margem de erro: Quanto mais avançada a gestação, maior será a margem de erro no cálculo da IG
pela USG em comparação com a Data da Última Menstruação (DUM) confiável. O desvio esperado
no cálculo da IG pela USG é de aproximadamente 8% em relação à DUM.
1º trimestre: Desvio esperado é de 3 a 7 dias.
Segundos os trimestres seguintes: O desvio aumenta à medida que a gestação avança.
Utilização da DUM ou USG: Se a DUM estiver dentro da variação esperada, ela deve ser utilizada
para o cálculo da IG. Se a diferença for maior, a USG deve ser considerada para definir a idade
gestacional.
Importante: Não deve haver recalculo da IG durante o acompanhamento da gestação.

@enferya 33
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
2º TRIMESTRE
Urocultura e Antibiograma
COMO INTERPRETAR:
Urocultura negativa: Quando a contagem de unidades formadoras de colônias por mL (UFC/mL) é menor
que 100.000.
Urocultura positiva: Quando a contagem de UFC/mL é superior a 100.000.
Antibiograma: Identifica os antibióticos mais eficazes para o tratamento da infecção, com base no
microorganismo isolado.

O QUE FAZER:
Deve-se tratar conforme o antibiograma, utilizando os antibióticos indicados como eficazes para o
microorganismo identificado na infecção.

Coombs indireto
COMO INTERPRETAR:
Coombs indireto positivo: A pessoa gestante está sensibilizada (presença de anticorpos contra o fator
Rh do feto).
Coombs indireto negativo: A pessoa gestante não está sensibilizada (ausência de anticorpos contra o
fator Rh do feto).

O QUE FAZER:
Coombs indireto positivo: Encaminhar a gestante para o Pré-Natal de Alto Risco.
Coombs indireto negativo: Repetir o exame a cada 4 semanas. Administrar imunoglobulina anti-D entre
28 e 34 semanas caso o Coombs indireto seja negativo. Também deve ser administrada no pós-parto,
se o recém-nascido for Rh positivo e o Coombs direto negativo, ou em casos de abortamento, gestação
ectópica, gestação molar, sangramento vaginal, ou após procedimentos invasivos (como biópsia de vilo,
amniocentese, cordocentese), se a mãe for Rh negativo e o pai Rh positivo.

@enferya 34
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

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2º TRIMESTRE
Teste Oral de tolerância à glicose (TOTG) Em jejum, 1 e 2 horas após sobrecarga com 75g de glicose anidro
Entre 24 a 28 semanas de gestação
COMO INTERPRETAR:
Diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG):
A presença de qualquer um dos seguintes valores caracteriza o diagnóstico:
Jejum: ≥ 92 a 125 mg/dL.
Após 1h: ≥ 180 mg/dL.
Após 2h: ≥ 153 a 199 mg/dL.
Diagnóstico de Diabetes Mellitus na Gestação (prévia):
A presença de qualquer um dos seguintes valores caracteriza o diagnóstico:
Jejum: ≥ 126 mg/dL.
Após 2 horas: ≥ 200 mg/dL.

O QUE FAZER:
Normal:
Orientar a gestante sobre medidas não farmacológicas, como orientações dietéticas e atividade física
apropriada.
Diabetes Mellitus Gestacional (DMG):
O controle glicêmico deve ser monitorado diariamente com as medições em jejum, antes das refeições e
2 horas após as principais refeições, com os seguintes valores de referência:
Jejum: < 95 mg/dL
2 horas após as refeições: < 120 mg/dL
Caso não haja controle glicêmico adequado com medidas não farmacológicas (em até 2 semanas) ou
haja associação com hipertensão ou macrossomia fetal, a gestante deve ser encaminhada ao Pré-Natal
de Alto Risco.
Diabetes Mellitus na gestação (prévia):
Encaminhar para o Pré-Natal de Alto Risco.
@enferya 35
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
2º TRIMESTRE
Teste rápido (TR) para Sífilis (treponêmico) ou VDRL (não treponêmico)
COMO INTERPRETAR:
TR ou VDRL Não reagente: Não há indicação de sífilis.
TR de Sífilis (teste treponêmico) e VDRL (não treponêmico) reagentes: Confirma o diagnóstico de sífilis
na gestação.
Observação:
O diagnóstico de sífilis deve ser baseado em exames treponêmicos e não treponêmicos, juntamente com
o histórico clínico e epidemiológico da gestante. Caso o primeiro exame seja reagente, o segundo deve
ser coletado imediatamente para confirmação.

O QUE FAZER:
Nota: O início do tratamento não deve aguardar o resultado do 2º exame. Nas pessoas gestantes, o
tratamento deve ser iniciado com apenas um teste reagente (treponêmico ou não treponêmico).
Considerar histórico prévio de diagnóstico e tratamento, quando registrados.
Para monitoramento da resposta ao tratamento da pessoa gestante, o VDRL deve ser solicitado
mensalmente até o final da gestação e, trimestralmente, até completar 12 meses de acompanhamento.
Os parceiros(as) sempre devem ser avaliados, tratados e ter VDRL monitorado trimestralmente, no
primeiro ano.

@enferya 36
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

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2º TRIMESTRE
Teste rápido para detecção de HIV
COMO INTERPRETAR:
Não Reagente: Não há indicação de HIV.
Reagente:
Se o TR1 for reagente, realizar o TR2 (de marca diferente).
Se TR1 e TR2 forem ambos reagentes, a amostra é reagente para HIV.
Discordante:
Se o TR1 for reagente e o TR2 não reagente, deve-se repetir ambos os testes rápidos.
Caso a discordância persista, é necessário solicitar exames laboratoriais para confirmação.

O QUE FAZER:
Iniciar Terapia Antiretroviral (TAR): A gestante deve iniciar o tratamento com Terapia Antiretroviral assim
que o diagnóstico de HIV for confirmado.
Encaminhamento: Encaminhar a gestante para o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) de
referência para um cuidado compartilhado.
Acompanhamento: Manter o acompanhamento pré-natal na Atenção Primária à Saúde (APS).
Notificação obrigatória: A notificação do caso de HIV durante a gestação é obrigatória para cada
gestação.

@enferya 37
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
3º TRIMESTRE
Hemoglobina e Hematócrito
COMO INTERPRETAR:
Valor normal: Hemoglobina acima de 11 g/dL
Anemia leve a moderada: Hemoglobina entre 8 e 11 g/dL
Anemia grave: Hemoglobina abaixo de 8 g/dL

O QUE FAZER:
Se anemia for detectada, tratar e acompanhar os níveis de hemoglobina de acordo com os
Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres.
Anemia grave ou casos sem melhora após tratamento devem ser encaminhados para o Pré-Natal
de Alto Risco para um acompanhamento mais especializado.

@enferya 38
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
3º TRIMESTRE

Teste Oral de tolerância à glicose (TOTG) Em jejum, 1 e 2 horas após sobrecarga com 75g de glicose anidro
Até a 28ª semana
COMO INTERPRETAR:
Diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG):
A presença de qualquer um dos seguintes valores confirma o diagnóstico de DMG:
Jejum: ≥ 92 a 125 mg/dL
Após 1 hora: ≥ 180 mg/dL
Após 2 horas: ≥ 153 mg/dL a 199 mg/dL
Diagnóstico de Diabetes Mellitus na gestação (prévia):
O diagnóstico de DM na gestação é confirmado com qualquer um dos seguintes valores:
Jejum: ≥ 126 mg/dL
Após 2 horas: ≥ 200 mg/dL

O QUE FAZER:
Normal: orientar medidas não farmacológicas (orientações dietéticas e atividade física apropriada).
DMG: o controle glicêmico deve ser realizado diariamente em jejum, antes e 2h após as principais
refeições, com os seguintes valores de referência: jejum <95 mg/dL e 2h após <120 mg/dL. Na ausência
de controle glicêmico com medidas não farmacológicas (até 2 semanas) ou associado à hipertensão ou
macrossomia fetal: encaminhar ao Pré-Natal de Alto Risco.
DM na gestação (prévio): encaminhar ao Pré-Natal de Alto Risco.

@enferya 39
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
3º TRIMESTRE

Urina tipo I
COMO INTERPRETAR:
Leucocitúria: Quantidade superior a 10.000 células/mL ou mais de 5 células por campo.
Hematúria: Quantidade superior a 10.000 células/mL ou entre 3 a 5 hemácias por campo.
Proteinúria: Valores alterados quando superiores a 10 mg/dL.
Presença de outros elementos: Não requer condutas específicas.

O QUE FAZER:
Leucocitúria: Realizar urocultura para confirmar a presença de infecção do trato urinário (ITU). Se a
urocultura não estiver disponível, iniciar tratamento empírico.
Cilindrúria, hematúria sem ITU ou sangramento genital, e proteinúria maciça ou persistente em dois
exames consecutivos: Avaliação médica necessária; encaminhar ao Pré-Natal de Alto Risco, se indicado.
Proteinúria:
Traços de proteinúria: Repetir em 15 dias; se persistir, encaminhar para o Pré-Natal de Alto Risco.
Traços de proteinúria com hipertensão e/ou edema: Encaminhar imediatamente à emergência obstétrica.
Proteinúria maciça: Encaminhar ao Pré-Natal de Alto Risco.
Pielonefrite: Encaminhar diretamente à emergência obstétrica.
ITU refratária ou de repetição: Encaminhar ao Pré-Natal de Alto Risco.

@enferya 40
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
3º TRIMESTRE

Urocultura e Antibiograma
COMO INTERPRETAR:
Urocultura negativa: < 100.000 unidades formadoras de colônias por mL (UFC/mL).
Urocultura positiva: > 100.000 UFC/mL.
Antibiograma: Indica os antibióticos recomendados para o tratamento.

O QUE FAZER:
Tratar conforme o antibiograma, utilizando os antibióticos indicados para o tratamento.
Teste rápido para detecção de HIV
COMO INTERPRETAR:
Não Reagente: A pessoa não é reagente para HIV.
Reagente: Se o TR1 for reagente, realizar o TR2 (de marca diferente). Se TR1 e TR2 forem ambos reagentes, a
amostra é considerada reagente para HIV.
Discordante: Se o TR1 for reagente e o TR2 não for reagente, deve-se repetir ambos os testes rápidos. Caso a
discordância persista, solicitar exames laboratoriais adicionais para confirmação.

O QUE FAZER:
Iniciar Terapia Antiretroviral para a gestante com diagnóstico positivo para HIV.
Encaminhar a gestante para o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) de referência, para cuidado
compartilhado com a equipe especializada.
Manter o acompanhamento pré-natal na Atenção Primária à Saúde (APS), conforme o protocolo.
A notificação é obrigatória a cada gestação, para garantir o monitoramento adequado.

@enferya 41
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
3º TRIMESTRE

Teste rápido (TR) para Sífilis (treponêmico) ou VDRL (não treponêmico)


COMO INTERPRETAR:
TR ou VDRL Não reagente: A pessoa não é reagente para sífilis.
TR de Sífilis (teste treponêmico) e VDRL (não treponêmico) reagente: O diagnóstico de sífilis na gestação
é confirmado.
Observação: O diagnóstico de sífilis deve incluir um exame treponêmico e um não treponêmico, além de
considerar o histórico clínico e epidemiológico da gestante. Se o primeiro exame for reagente, o segundo
exame deve ser coletado imediatamente.

O QUE FAZER:
Início do tratamento: Não é necessário aguardar o resultado do segundo exame para iniciar o tratamento.
Em gestantes, o tratamento deve começar com apenas um exame reagente (seja treponêmico ou não
treponêmico).
Histórico prévio: Considerar o histórico de diagnóstico e tratamento da gestante, quando registrado.
Monitoramento: O VDRL deve ser solicitado mensalmente até o final da gestação para monitorar a
resposta ao tratamento. Após a gestação, o VDRL deve ser monitorado trimestralmente até completar
12 meses de acompanhamento.
Parcerias sexuais: Os parceiros(as) também devem ser avaliados, tratados e ter o VDRL monitorado
trimestralmente durante o primeiro ano.

@enferya 42
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
3º TRIMESTRE

Sorologia Hepatite B (HBsAg)4 ou TR Hepatite B


COMO INTERPRETAR:
HBsAg não reagente: Resultado normal, sem indicação de infecção por hepatite B.
HBsAg reagente: Indica suspeita de infecção por hepatite B, sendo necessário realizar exames
complementares para confirmar o diagnóstico.

O QUE FAZER:
HBsAg não reagente e sem registro de vacina de hepatite B: Iniciar ou completar o esquema vacinal em
qualquer idade gestacional (IG).
HBsAg reagente: Realizar testes moleculares para confirmar o diagnóstico de hepatite B.
Nos casos positivos, seguir o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Hepatite B e coinfecções
para o tratamento adequado.
A notificação é obrigatória.

@enferya 43
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
3º TRIMESTRE

Estreptococos do grupo B (GBS)


COMO INTERPRETAR:
Negativo: Resultado normal, sem presença de Streptococcus agalactiae (GBS) na amostra.
Positivo: Indica a presença de Streptococcus agalactiae (GBS) na amostra, o que pode requerer medidas
de acompanhamento ou tratamento dependendo da situação clínica.

O QUE FAZER:
O exame de Streptococcus agalactiae (GBS) é feito por meio de coleta de swab vaginal e retal. Se o
resultado for positivo, o tratamento com antibiótico deve ser administrado durante o trabalho de parto,
na maternidade.
Além disso, em casos de histórico prévio de recém-nascido (RN) infectado por GBS, o antibiótico
intraparto deve ser administrado, mesmo que o exame atual apresente resultado negativo.
Se houver resultado positivo para GBS na urina, não será necessária a coleta do swab vaginal e retal
para confirmação do diagnóstico.

@enferya 44
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
CONFORME INDICAÇÃO CLÍNICA

Parasitológico de fezes
Quando anemia presente ou outras manifestações sugestivas

COMO INTERPRETAR:
Negativo: ausência de parasitas detectados.
Positivo: presença de parasitas específicos, conforme identificado no exame (detalhar os tipos de
parasitas encontrados, como Giardia, Entamoeba histolytica, entre outros, se for o caso).

O QUE FAZER:
O diagnóstico e tratamento de parasitoses intestinais em gestantes deve ser idealmente realizado antes
da gestação. Durante a gestação, nenhum antiparasitário é considerado completamente seguro, e o
tratamento só é recomendado em casos clínicos graves ou de infecções maciças. Evitar o tratamento
no primeiro trimestre é importante devido aos riscos potenciais para o feto. Além disso, é fundamental
adotar medidas preventivas, como educação sanitária, higienização correta das mãos, controle da água,
alimentos e solo, visando reduzir a ocorrência de parasitoses intestinais e seus impactos na saúde da
gestante e do feto.

@enferya 45
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
CONFORME INDICAÇÃO CLÍNICA

Teste rápido de proteinúria


Para gestantes com hipertensão na gestação

COMO INTERPRETAR:
Esses valores referem-se à presença de proteína na urina (proteinúria), com base na concentração
encontrada:
Ausência: < 10 mg/dL (valor normal).
Traços: entre 10 e 30 mg/dL.
(+): 30 mg/dL.
(++): 40 a 100 mg/dL.
(+++): 150 a 350 mg/dL.
(++++): > 500 mg/dL.
Esses resultados podem indicar desde uma condição normal (ausência ou traços) até possíveis quadros
de proteinúria mais graves (indicando condições como pré-eclâmpsia ou problemas renais) conforme a
intensidade da concentração.

O QUE FAZER:
A detecção de proteinúria (+) ou superior exige um acompanhamento minucioso, incluindo a realização do
exame de proteinúria de 24 horas para determinar a quantidade de proteína excretada, sendo este um
dos indicadores utilizados no diagnóstico de pré-eclâmpsia.
Em casos de suspeita ou confirmação de pré-eclâmpsia, a gestante deve ser prontamente encaminhada
à emergência obstétrica e, com a confirmação do diagnóstico, direcionada ao Pré-Natal de Alto Risco
para monitoramento e tratamento apropriados.

@enferya 46
Solicitação de exames complementares no pré-natal de risco habitual

fonte: Guia do Pré-natal e Puerpério na Atenção Primária à Saúde (APS)- SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
CONFORME INDICAÇÃO CLÍNICA

Citopatológico cervico-vaginal

COMO INTERPRETAR:
A interpretação do exame citopatológico no ciclo grávido-puerperal deve seguir as Diretrizes Brasileiras
para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, levando em consideração que gestantes possuem o
mesmo risco que as não gestantes de desenvolver câncer do colo do útero ou suas lesões precursoras.
Durante a gestação, a oportunidade de rastreamento do câncer do colo do útero é aproveitada, pois
alterações podem ser detectadas no exame citopatológico. A JEC (Junção Escamocilíndrica) geralmente
se encontra exteriorizada na ectocérvice durante a gestação, o que torna desnecessária a coleta
endocervical na maioria dos casos. No entanto, a coleta endocervical, quando realizada com técnica
adequada, não aumenta o risco para a gestação, sendo segura.
Portanto, é importante que as gestantes sejam acompanhadas durante o pré-natal para monitorar
alterações cervicais e, se necessário, seguir as condutas indicadas pelas diretrizes.

@enferya 47
Profilaxias recomendadas

Medicação Indicação Prescrição Reações adversas

Diariamente após a confirmação da gravidez até o final da gestação.


40 mg de ferro náuseas, mal estar gástrico, cólicas
Gestantes Recomenda-se ingerir 30 minutos antes da refeição, de preferência
elementar abdominais, constipação e/ou diarreia.
com suco de frutas cítricas.

0,4 mg de ácido Diariamente pelo menos 30 dias antes da data que se planeja náuseas, mal estar gástrico, cólicas
Gestantes
fólico engravidar até a 12° semana de gestação. abdominais, constipação e/ou diarreia.

Mulheres no
40 mg de ferro náuseas, mal estar gástrico, cólicas
pós-parto e/ Diariamente até o terceiro mês pós-parto e/ou pós-aborto.
elementar abdominais, constipação e/ou diarreia.
ou pós-aborto

@enferya 48
Saúde Bucal na gestação

A pessoa gestante deve realizar ao menos uma consulta


odontológica durante o pré-natal, preferencialmente logo após o
início do acompanhamento, em especial aquelas com comorbidades.
É essencial que os agravos bucais e a necessidade de tratamento
odontológico sejam identificados e sinalizados, assim como a
consulta, na Caderneta da Gestante.
Doenças bucais como cárie ou doença periodontal, podem aumentar
o risco de complicações na gestação, como parto prematuro.

@enferya 49
Diagnóstico e classificação das Síndromes Hipertensivas da gestação

A definição de hipertensão gestacional ocorre quando há a ocorrência de pressão arterial


sistólica ≥ 140 mmHg e/ou diastólica ≥ 90 mmHg, com o diagnóstico confirmado por duas
medições feitas em duas ocasiões diferentes, com um intervalo de pelo menos 4 horas e no
Elevação máximo 7 dias. Este diagnóstico pode ser feito a partir da 20ª semana de gestação e deve ser
Pressórica na monitorado, pois a hipertensão gestacional pode evoluir para pré-eclâmpsia se não for
Gestação adequadamente controlada.
Se a pressão arterial persistir elevada em duas medições realizadas em dias diferentes, é
essencial que a gestante seja encaminhada para acompanhamento em Pré-Natal de Alto Risco,
com o devido monitoramento da pressão arterial e avaliação de sinais clínicos associados.

A hipertensão crônica na gestação é caracterizada pela hipertensão prévia, ou seja, pressão


arterial elevada (sistólica ≥ 140 mmHg e/ou diastólica ≥ 90 mmHg) diagnosticada antes de 20
semanas de gestação, sem sinais ou sintomas de pré-eclâmpsia. Nesse caso, não há lesões em
órgãos-alvo e a gestante não apresenta proteinúria (excesso de proteínas na urina).
Hipertensão Se não houver a presença de complicações, como lesões nos órgãos-alvo (como rins, fígado,
Arterial cérebro) ou o desenvolvimento de proteinúria, a hipertensão crônica na gestante deve ser
Crônica acompanhada de perto, mas o risco de pré-eclâmpsia será menor.
É importante monitorar a pressão arterial ao longo da gestação e estar atenta a sinais de
agravamento, como o surgimento de proteinúria, dor abdominal ou cefaleia severa, que
poderiam indicar evolução para pré-eclâmpsia. Caso haja alteração nos exames ou surgimento
de sintomas, a gestante deve ser encaminhada para o Pré-Natal de Alto Risco.

@enferya 50
Diagnóstico e classificação das Síndromes Hipertensivas da gestação

A hipertensão gestacional é diagnosticada quando a pressão arterial elevada


(sistólica ≥ 140 mmHg e/ou diastólica ≥ 90 mmHg) ocorre após 20 semanas
de gestação, mas sem a presença de proteinúria e sem lesão em órgãos-alvo.
Caso a hipertensão persista após o parto, até 12 semanas, ela é considerada
hipertensão gestacional crônica pós-parto.
Condutas:
Acompanhamento contínuo da pressão arterial da gestante durante o
restante da gestação e até o período pós-parto, com o monitoramento
periódico dos valores pressóricos.
Hipertensão Gestacional Atenção para evolução para pré-eclâmpsia: se aparecerem sintomas como
proteinúria ou lesões em órgãos-alvo, a gestante deve ser imediatamente
encaminhada ao Pré-Natal de Alto Risco.
Após o parto, é importante monitorar a pressão arterial, pois a hipertensão
pode persistir ou evoluir para hipertensão crônica.
Importante: A hipertensão gestacional não deve ser confundida com a pré-
eclâmpsia, pois nesta última há a presença de proteinúria e lesões nos
órgãos-alvo. Se não houver complicações, o tratamento pode envolver
medidas não farmacológicas, como orientações dietéticas, e o
acompanhamento pode ser feito no nível de Atenção Primária à Saúde (APS).

@enferya 51
Diagnóstico e classificação das Síndromes Hipertensivas da gestação

A pré-eclâmpsia ocorre após 20 semanas de gestação, com hipertensão (PA


≥ 140/90 mmHg), proteinúria (≥ 300 mg/dia) e/ou lesão de órgão-alvo.
Condutas:
Encaminhar para Pré-Natal de Alto Risco.
Monitoramento da pressão arterial e função renal.
Medicações, como anti-hipertensivos e sulfato de magnésio.
Preparar para possível indução do parto se houver complicações.
Pré-eclâmpsia Acompanhamento pós-parto, já que a pressão pode continuar elevada.
Sinais de alerta:
Dor de cabeça intensa
Alteração da visão
Inchaço repentino
Dor no quadrante superior direito
Diminuição da urina
Acompanhar de perto é essencial para prevenir complicações graves.

@enferya 52
Diagnóstico e classificação das Síndromes Hipertensivas da gestação

Hipertensão Crônica com Proteinúria e/ou Lesão de Órgão-Alvo Após 20


Semanas de Gestação (Pré-eclâmpsia Superposta):
Condutas:
Encaminhar para Pré-Natal de Alto Risco.
Monitoramento constante de pressão arterial, proteinúria e função renal.
Uso de anti-hipertensivos seguros.
Sulfato de magnésio em caso de risco de convulsões.
Pré-eclâmpsia
Planejamento do parto dependendo da gravidade.
Sobreposta à HAS
Acompanhamento pós-parto para pressão arterial e resolução da proteinúria.
Sinais de alerta:
Dor de cabeça persistente
Distúrbios visuais
Inchaço repentino
Dor no quadrante superior direito
Diminuição da produção urinária.

@enferya 53
Diagnóstico e classificação das Síndromes Hipertensivas da gestação

Definição: Convulsões associadas à hipertensão ou pré-eclâmpsia (hipertensão + proteinúria)


durante a gestação, no parto ou no pós-parto.
Condutas:
Interrupção das convulsões: Sulfato de magnésio IV (primeira escolha), benzodiazepínicos se
necessário.
Eclâmpsia Controle da pressão arterial: Labetalol ou hidralazina para manter PA < 160/110 mmHg.
Parto: Considerar parto imediato como tratamento definitivo, dependendo das condições da
mãe e do feto.
Pós-parto: Monitoramento da pressão arterial e uso de sulfato de magnésio por 24h.
Sinais de alerta: Convulsões, dor no quadrante superior direito, edema facial/extremidades,
alterações no nível de consciência.

Hemólise + elevação enzimas hepáticas + plaquetopenia.


Sintomas:
Dor no quadrante superior direito ou epigástrica.
Náuseas e vômitos.
Síndrome
Hipertensão.
HELLP
Proteinúria.
Alterações laboratoriais (aumento de enzimas hepáticas, plaquetas baixas, bilirrubina elevada).
Diagnóstico: Baseado em critérios clínicos e laboratoriais (hemólise, enzimas hepáticas
elevadas, plaquetas baixas).

@enferya 54
Prevenção da Pré-Eclâmpsia

A melhor maneira de prevenir este e outros problemas é a realização do pré-


natal, com acompanhamento cuidadoso da gravidez e da pressão arterial. A
suplementação de cálcio na gestação reduz o risco de pré-eclâmpsia em
gestantes de modo geral e especialmente em gestantes de alto risco para pré-
eclâmpsia e aquelas com dieta pobre em cálcio.
Grávidas com fatores de risco ou que já tiveram pré-eclâmpsia antes devem
ter a gestação acompanhada de perto, com consultas mais frequentes,
principalmente no final da gravidez, para detectar o problema o mais cedo
possível, se ele aparecer.
Para mulheres com alto risco de desenvolver pré-eclâmpsia, a administração de
ácido acetilsalicílico (AAS) em doses de 100 mg ou mais por dia, iniciada antes
das 16 semanas de gestação
Além disso, a suplementação de cálcio elementar (1 g por dia) em mulheres com
as mesmas características reduz a incidência de pré-eclâmpsia em 55%.
É recomendada a prescrição combinada de AAS (100 mg/dia) e cálcio elementar
(1 g/dia) nos casos em que a gestante apresente:
1 fator de risco alto (ex.: histórico de pré-eclâmpsia, hipertensão crônica, ou
doenças autoimunes).
2 fatores de risco moderados (ex.: obesidade, idade avançada, ou gestação
múltipla).

@enferya 55
Classificação de risco para hemorragia puerperal

BAIXO RISCO: Ausência de cicatriz uterina Gestação única ≤ 3


partos vaginais prévios Ausência de distúrbios de coagulação Sem
história de hemorragia puerperal

MÉDIO RISCO: Cesariana anterior ou cicatriz uterina Sobre


distensão uterina (gemelar, polidrâmnio, macrossomia, grandes
miomas) 4 ou mais partos vaginais prévios Corioamnionite Com
história de Obesidade (IMC ≥ 35 kg/m²) Pré-eclâmpsia
Politransfusão prévia Hemoglobinopatias

ALTO RISCO: Placenta prévia ou inserção baixa ou acretismo


Sangramento ativo importante e/ou instabilidade hemodinâmica na
admissão Descolamento prematuro de placenta Hemoglobina ≤ 8
com outros fatores de risco Plaquetas < 100.000 ou HELLP
Coagulopatias Múltiplos fatores de risco Sepse

Protocolo de Atenção à Saúde


HEMORRAGIA PÓS-PARTO @enferya 56
diabetes mellitus gestacional (DMG)

O diabetes mellitus gestacional (DMG) é caracterizado pela presença de


hiperglicemia diagnosticada pela primeira vez durante a gestação, mas
com níveis de glicemia inferiores aos critérios para diabetes mellitus (DM)
prévio.
Essa definição exclui casos de DM já existentes antes da gestação (como
DM tipo 1, tipo 2 ou outros tipos de diabetes), mesmo que só sejam
identificados durante a gravidez.
A gestação, por si só, é um fator de risco para:
Desenvolvimento de hiperglicemia, devido às alterações hormonais e
metabólicas.
Exacerbação de estados hiperglicêmicos prévio

@enferya 57
diabetes mellitus gestacional (DMG)

Fatores de risco para Diabetes Gestacional (DMG):


Gestantes que apresentam qualquer uma das seguintes características
estão em maior risco de desenvolver DMG. Esse risco aumenta ainda mais
quando vários fatores de risco estão presentes:
Histórico pessoal de intolerância à glicose ou diabetes em gestação
anterior.
Histórico familiar de diabetes, especialmente em parentes de primeiro grau.
Obesidade ou ganho de peso gestacional excessivo, acima dos limites
recomendados pela OMS.
Óbito fetal ou malformações fetais em gestação anterior.
Glicosúria (presença de glicose na urina) na primeira consulta pré-natal.
Síndrome metabólica, síndrome dos ovários policísticos, uso atual de
glicocorticoides ou hipertensão arterial.
Gestação múltipla.
Esses fatores indicam maior probabilidade de desenvolver DMG e devem
ser monitorados ao longo da gestação.

@enferya 58
diabetes mellitus gestacional (DMG)

RASTREAMENTO:

FONTE: https://medicalsuite.einstein.br/pratica-medica/Pathways/Diabetes-Gestacional.pdf

@enferya 59
diabetes mellitus gestacional (DMG)

Complicações Gestacionais:
Polidrâmnio: Excesso de líquido amniótico.
Trabalho de parto prematuro: Início do trabalho de parto antes da
37ª semana de gestação.
Parto operatório: Parto realizado por cesariana ou outras
intervenções cirúrgicas.
Infecção do trato urinário: Infecção nas vias urinárias, comum na
gestação.
Hemorragia pós-parto: Sangramento excessivo após o parto.

Complicações Maternas:
Diabetes mellitus: Condição em que os níveis de glicose no sangue
estão elevados.
Obesidade: Excesso de gordura corporal, que pode afetar a saúde da
gestante e do bebê.
Doença cardiovascular: Problemas no coração e vasos sanguíneos,
que podem se agravar durante a gestação.

@enferya 60
diabetes mellitus gestacional (DMG)

Complicações Fetais:
Malformações congênitas: Defeitos estruturais no feto,
especialmente em casos de diabetes descontrolado.
Crescimento fetal grande para a idade/macrossomia: Bebê que
cresce mais do que o esperado para sua idade gestacional.
Hipoxemia e óbito fetal: Falta de oxigênio no feto, podendo levar à
morte fetal.

Complicações Neonatais:
Hipoglicemia: Baixos níveis de glicose no sangue do recém-nascido.
Hipocalcemia: Baixos níveis de cálcio no sangue do recém-nascido.
Hiperbilirrubinemia: Excesso de bilirrubina no sangue do recém-
nascido, podendo causar icterícia.

@enferya 61
Infecção do trato urinário

A Infecção do Trato Urinário (ITU) pode se manifestar de três


formas durante a gestação:

Bacteriúria assintomática:
Ocorre em 2% a 15% dos casos de gestantes.
Embora não apresente sintomas, pode estar associada a morbidade
materna, como a pielonefrite, uma infecção renal grave.
Mesmo com evidências fracas, há uma possível associação com
resultados adversos neonatais, como sepse e outras infecções
neonatais, quando a infecção urinária não é tratada ou diagnosticada
durante a gestação. Por isso, a bacteriúria assintomática deve ser
tratada adequadamente.

@enferya 62
Infecção do trato urinário

Infecção do trato urinário baixo (cistite):


Caracteriza-se por sintomas como disúria (dor ou dificuldade para
urinar), polaciúria (urgência ou aumento na frequência urinária) e dor
supra-púbica.
Pode ser tratada ambulatorialmente, com o uso de antibióticos
adequados.
O profissional de saúde deve investigar a presença de febre, dor
lombar ou outros sintomas sistêmicos, pois esses sinais podem
indicar uma infecção generalizada (sepse), que requer um diagnóstico
mais urgente.
Se esses sintomas não estiverem presentes, o diagnóstico mais
provável é cistite.
Essas manifestações devem ser tratadas corretamente para prevenir
complicações tanto para a gestante quanto para o feto.

@enferya 63
Infecção do trato urinário

Infecção do trato urinário alta (pielonefrite):


A pielonefrite é uma infecção urinária mais grave, geralmente
envolvendo os rins, e apresenta sintomas mais intensos. Além de
disúria, polaciúria e dor supra-púbica, a gestante com pielonefrite
pode apresentar dor lombar e febre.
Avaliação de sepse: É fundamental que o profissional de saúde avalie
se, além da pielonefrite, a gestante está também apresentando sinais
de sepse (infecção generalizada). Sepse pode ocorrer caso a
infecção se espalhe para a corrente sanguínea, o que exige um
manejo ainda mais intensivo.
Manejo da pielonefrite: O tratamento da pielonefrite em gestantes
deve ser sempre hospitalar, devido à gravidade da infecção e ao
risco de complicações para a gestante e o feto.
Critérios de alta: A gestante pode ser liberada para alta hospitalar
quando houver melhora clínica significativa e a ausência de febre por
24h a 48h. Nessa fase, a medicação venosa pode ser substituída por
medicação oral, permitindo a alta para tratamento domiciliar.
Esse manejo garante o controle da infecção e a recuperação da
gestante, evitando complicações mais graves.

@enferya 64
Sífilis

É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem


se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas
primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro
estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura
da doença.
Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para
diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode
causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. O teste deve ser
feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento
do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve
ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira,
surdez e deficiência mental.

@enferya 65
Pré-natal do parceiro

O pré-natal do parceiro é uma estratégia do Sistema Único de Saúde


(SUS) que visa incluir os homens na saúde, principalmente como figuras
paternas. O programa é gratuito e oferece exames, testes, orientações
e incentivo à atualização da caderneta de vacinação.
O pré-natal do parceiro pode:
Acolher e incluir o homem na saúde
Estimular a paternidade ativa e cuidadora
Reconhecer o papel do parceiro como cuidador
Apoiar e valorizar a mulher
Aumentar o vínculo entre a família
Ajudar o homem a conhecer os seus direitos

@enferya 66
Pré-natal do parceiro

O pré-natal do parceiro pode incluir:


Avaliação do estado geral de saúde
Exames de rotina
Testes rápidos
Atualização da caderneta de vacinação
Orientações sobre a gravidez, parto, pós-parto, amamentação e
direitos do pai
O parceiro não precisa estar necessariamente acompanhando a
gestante para realizar a consulta.

@enferya 67
Pré-natal do parceiro

Chegada do homem no serviço SUS: Ao receber o homem no serviço de


saúde, é importante informá-lo sobre o papel ativo que ele pode desempenhar
durante o pré-natal, o parto e o puerpério.
Realizar o atendimento, incluindo exames de rotina e testes rápidos: O
atendimento ao homem deve incluir a realização de exames de rotina e testes
rápidos (como testes para doenças sexualmente transmissíveis, HIV, sífilis,
etc.), garantindo que ele tenha a saúde monitorada durante todo o processo.
Atualizar o cartão de vacinas: Durante a visita, o profissional deve atualizar o
cartão de vacinas do homem, assegurando que ele esteja em dia com as
vacinas recomendadas para sua faixa etária e condições de saúde.
Trabalhar com temas voltados para o público masculino: É importante
trabalhar temas específicos para o público masculino, abordando tópicos
como saúde masculina, paternidade, cuidados com a gestante, o papel do
homem na prevenção de doenças, e a importância do apoio emocional e físico
durante o período gestacional.
Participar ativamente do pré-parto, parto, puerpério e cuidados com a
criança: O homem deve ser incentivado a participar ativamente durante o
pré-parto, parto e puerpério, estando presente para oferecer apoio à
gestante. Além disso, ele deve ser envolvido nos cuidados com a criança,
aprendendo sobre amamentação, higiene e outros cuidados essenciais no pós-
parto.
@enferya 68
Pré-natal de alto risco
Gestação de Alto Risco é “aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores
chances de serem atingidas que as da média da população considerada”

Condições clínicas de identificação de História reprodutiva anterior:


maior risco na gestação atual
Abortamento habitual;
Idade maior que 35 anos; Morte perinatal explicada e inexplicada;
Idade menor que 15 anos ou menarca há menos História de recém-nascido com crescimento
de 2 anos*; restrito ou malformado;
Altura menor que 1,45m; Parto pré-termo anterior;
Peso pré-gestacional menor que 45kg e maior Esterilidade/infertilidade;
que 75kg (IMC<19 e IMC>30); Intervalo interpartal menor que dois anos ou
Anormalidades estruturais nos órgãos maior que cinco anos;
reprodutivos; Nuliparidade e grande multiparidade;
Situação conjugal insegura; Síndrome hemorrágica ou hipertensiva;
onflitos familiares; Diabetes gestacional;
Baixa escolaridade; Cirurgia uterina anterior (incluindo duas ou mais
Condições ambientais desfavoráveis; cesáreas anteriores).
Dependência de drogas lícitas ou ilícitas;
Hábitos de vida
fumo e álcool
Exposição a riscos ocupacionais: esforço físico,
carga horária, rotatividade de horário,
exposição a agentes físicos, químicos e
biológicos nocivos, estresse.

@enferya 69
Pré-natal de alto risco
Gestação de Alto Risco é “aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores
chances de serem atingidas que as da média da população considerada”

Condições clínicas preexistentes: Exposição indevida ou acidental a


fatores teratogênicos.
Hipertensão arterial;
Cardiopatias;
Pneumopatias; Doença obstétrica na gravidez atual:
Nefropatias;
Endocrinopatias (principalmente diabetes e Desvio quanto ao crescimento uterino, número
tireoidopatias); de fetos e volume de líquido amniótico;
Hemopatias; Trabalho de parto prematuro e gravidez
Epilepsia; prolongada;
Doenças infecciosas (considerar a situação Ganho ponderal inadequado;
epidemiológica local); Pré-eclâmpsia e eclâmpsia;
Doenças autoimunes; Diabetes gestacional;
Ginecopatias; Amniorrexe prematura;
Neoplasias. Hemorragias da gestação;
Insuficiência istmo-cervical;
Aloimunização;
Intercorrências clínicas: Obito fetal.

Doenças infectocontagiosas vividas durante a


presente gestação (ITU, doenças do trato
respiratório, rubéola, toxoplasmose etc.);
Doenças clínicas diagnosticadas pela primeira
vez nessa gestação (cardiopatias,
endocrinopatias).
@enferya 70
Pré-natal de alto risco
Todos os profissionais de saúde que atendem gestantes devem estar atentos aos fatores de risco para identificar
rapidamente quando a gestante necessita de assistência especializada ou de interconsultas com outros profissionais. A
avaliação deve ser dinâmica, ou seja, monitorada ao longo da gestação para tomar decisões apropriadas sobre a
necessidade de encaminhamento.
As equipes de saúde que lidam com o pré-natal de baixo risco devem estar preparadas para receber gestantes com
fatores de risco identificados, oferecendo atendimento inicial e orientações em caso de dúvidas ou situações imprevistas.
Quando a gestante é encaminhada para um serviço especializado em pré-natal de alto risco, é fundamental que ela não
perca o vínculo com a equipe de atenção básica ou Saúde da Família que iniciou o acompanhamento. A equipe de atenção
básica deve ser mantida informada sobre a evolução da gestação e os tratamentos realizados, por meio de
contrarreferência e busca ativa, como visitas domiciliares, para garantir a continuidade do cuidado.
A comunicação dinâmica entre os serviços é crucial, pois permite que a gestante tenha facilidade de acesso aos serviços de
atenção básica, que estão mais próximos de seu domicílio. As Equipes de Saúde da Família podem então oferecer apoio e
acolhimento, ajudando a identificar e ativar a rede de suporte familiar e social, além de fornecer atividades educativas
(individuais e em grupo). Essa comunicação facilita o reforço da frequência nas consultas especializadas, promove maior
adesão ao tratamento e garante que a gestante receba atendimento inicial em caso de intercorrências, especialmente
quando o acesso a serviços especializados é mais difícil.

O uso rotineiro dos recursos e rotinas dedicados ao alto risco para


as gestantes de baixo risco não melhora a qualidade assistencial,
nem seus resultados, e retarda o acesso das gestantes que deles
precisam. Daí a importância da adequada classificação do risco, para
o devido encaminhamento.

@enferya 71
sífilis

– Testes imunológicos para diagnóstico de sífilis


Teste treponêmico REAGENTE: - Teste rápido - FTA-Abs - TPHA - EQL

Teste não treponêmico REAGENTE: - VDRL - RPR

Diagnóstico de sífilis confirmado*

Diagnóstico de sífilis:
Solicitação para a rede laboratorial: Quando o teste rápido não estiver disponível no serviço,
será solicitado um teste imunológico ao laboratório para diagnóstico de sífilis.
Diagnóstico de sífilis após TR (teste rápido) reagente: Quando a testagem rápida realizada no
serviço de saúde apresenta resultado reagente, o laboratório iniciará a investigação utilizando o
teste não treponêmico para confirmar o diagnóstico.
Monitoramento do tratamento de sífilis: Após o diagnóstico e tratamento de sífilis, é necessário
monitorar os títulos dos anticorpos não treponêmicos para avaliar a resposta ao tratamento e
verificar a evolução da doença.

@enferya 72
sífilis

Agente Etiológico: Treponema pallidum


Transmissão: prática sexual desprotegida, por transfusão de sangue
contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o
parto.
Fases da Sífilis:
Sífilis recente: Primária, Secundária e Latente recente.
Sífilis tardia: Terciária e Latente tardia.

Manifestações Clínicas:
Primária: lesão erosada ou ulcerada, geralmente única, pouco dolorosa; (10
a 90 dias - média de 3 semanas); com base endurecida, fundo liso,
brilhante e pouca secreção serosa.
Latente: recente < 2 anos de infecção, tardia > 2 anos de infecção; sem
sinais e sintomas, diagnóstico apenas por exames. (testes sorológicos).
Secundária: lesões cutâneo‐mucosa, 6 semanas a 6 meses depois do
cancro duro; febre, faringite, perda de peso, cabelo, pápulas
palmoplantares, placas e condilomas planos.
Terciária: sinais e sintomas aparecem entre 2 a 40 anos; lesões cutâneo-
mucosas, neurológicas, cardíacas e articulares.

@enferya 73
Resultados de testes treponêmicos e não treponêmicos de sífilis, interpretação e conduta

PRIMEIRO TESTE SENSIBILIDADE/


+ POSSÍVEIS INTERPRETAÇÕES
TESTE COMPLEMENTAR ESPECIFICIDADE

Diagnóstico de sífilis. • Classificação do


Quando sífilis, tratar, realizar
estágio clínico a ser definida de acordo
monitoramento com teste
Teste Teste não com o tempo de infecção e o histórico de
não treponêmico e notificar
treponêmico: + treponêmico: tratamento. Cicatriz sorológica:
o caso de sífilis. Quando
reagente reagente tratamento anterior documentado com
confirmado caso de cicatriz
queda da titulação em pelo menos duas
sorológica, apenas orientar.
diluições.

Realiza-se um terceiro teste treponêmico


Quando sífilis, tratar, realizar
com metodologia diferente do primeiro.
monitoramento com teste
• Se reagente: diagnóstico de sífilis ou
não treponêmico e avaliar
cicatriz sorológica.
critério de notificação de
Teste Teste não • Se não reagente: considera-se resultado
sífilis. Quando confirmado
treponêmico: + treponêmico: não falso-reagente para o primeiro teste,
caso de cicatriz sorológica,
reagente reagente sendo excluído o diagnóstico de sífilis.
apenas orientar. Para os
Se o terceiro teste treponêmico não
casos concluídos como
estiver disponível, avaliar exposição de
ausência de sífilis, apenas
risco, sinais e sintomas e histórico de
orientar.
tratamento para definição de conduta.

Nota Técnica SEI-GDF n.º 10/2019 - SES/SVS/DIVEP/GEVIST Brasília-DF, 11


de novembro de 2019 @enferya 74
Resultados de testes treponêmicos e não treponêmicos de sífilis, interpretação e conduta

PRIMEIRO TESTE SENSIBILIDADE/


+ POSSÍVEIS INTERPRETAÇÕES
TESTE COMPLEMENTAR ESPECIFICIDADE

Diagnóstico de sífilis. Classificação do estágio Quando sífilis, tratar, realizar


clínico a ser definida de acordo com o tempo monitoramento com teste não
Teste não Teste
de infecção e o histórico de tratamento. treponêmico e notificar o
treponêmico: + treponêmico:
Cicatriz sorológica: tratamento anterior caso de sífilis. Quando
reagente reagente
documentado com queda da titulação em pelo confirmado caso de cicatriz
menos duas diluições. sorológica, apenas orientar.

Realiza-se um terceiro teste treponêmico


com metodologia diferente do primeiro. O
Quando sífilis, tratar, realizar
resultado final do fluxograma será definido
monitoramento com teste não
pelo resultado desse terceiro teste. • Se
treponêmico e avaliar critério
reagente, diagnóstico de sífilis ou cicatriz
Teste não Teste de notificação de sífilis.
sorológica. • Se não reagente, considera-se
treponêmico: + treponêmico: não Quando confirmado caso de
resultado falso-reagente para o primeiro
reagente reagente cicatriz sorológica, apenas
teste, sendo excluído o diagnóstico de sífilis.
orientar. Para os casos
Se o terceiro teste treponêmico não estiver
concluídos como ausência de
disponível, avaliar exposição de risco, sinais e
sífilis, apenas orientar.
sintomas e histórico de tratamento para
definição de conduta.

Nota Técnica SEI-GDF n.º 10/2019 - SES/SVS/DIVEP/GEVIST Brasília-DF, 11


@enferya 75
de novembro de 2019
Resultados de testes treponêmicos e não treponêmicos de sífilis, interpretação e conduta

PRIMEIRO TESTE
+ POSSÍVEIS INTERPRETAÇÕES SENSIBILIDADE/ ESPECIFICIDADE
TESTE COMPLEMENTAR

Em caso de suspeita clínica e/


ou epidemiológica, solicitar nova
Não realizar teste coleta de amostra em 30 dias.
Teste não
complementar se Isso não deve, no entanto,
treponêmico:
o primeiro teste Ausência de infecção ou retardar a instituição do
não reagente
+ for não reagente período de incubação (janela tratamento, caso o diagnóstico
ou Teste
e se não houver imunológica) de sífilis recente. de sífilis seja o mais provável
treponêmico:
suspeita clínica de (ex.: visualização de úlcera
não reagente
sífilis primária anogenital) ou o retorno da
pessoa ao serviço de saúde não
possa ser garantido.

Nota Técnica SEI-GDF n.º 10/2019 - SES/SVS/DIVEP/GEVIST Brasília-DF, 11


de novembro de 2019 @enferya 76
Tratamento de sífilis

A benzilpenicilina benzatina é o medicamento de escolha para o tratamento de


sífilis, sendo a única droga com eficácia documentada durante a gestação. Não
há evidências de resistência de T. pallidum à penicilina no Brasil e no mundo.

Outras opções para não gestantes, como a doxiciclina e a ceftriaxona, devem


ser usadas somente em conjunto com um acompanhamento clínico e
laboratorial rigoroso, para garantir resposta clínica e cura sorológica.

Devido ao cenário epidemiológico atual, recomenda-se tratamento imediato


com benzilpenicilina benzatina após somente um teste reagente para sífilis
(teste treponêmico ou teste não treponêmico) nas seguintes situações
(independentemente da presença de sinais e sintomas de sífilis):
Gestantes;
Vítimas de violência sexual;
Pessoas com chance de perda de seguimento (que não retornarão ao
serviço);
Pessoas com sinais/sintomas de sífilis primária ou secundária;
Pessoas sem diagnóstico prévio de sífilis

@enferya 77
Tratamento de sífilis

A realização do tratamento com apenas um teste reagente para sífilis não


exclui a necessidade de realização do segundo teste (melhor análise
diagnóstica), de monitoramento laboratorial (controle de cura) e de tratamento
das parcerias sexuais (interrupção da cadeia de transmissão).

Para pacientes sintomáticos com suspeita de sífilis primária e secundária e


impossibilidade de realização de qualquer teste diagnóstico, recomenda-se
tratamento empírico imediato para sífilis recente, assim como para as
respectivas parcerias sexuais.

@enferya 78
Tratamento e monitoramento de sífilis

ALTERNATIVA (EXCETO SEGUIMENTO (TESTE NÃO


ESTADIAMENTO ESQUEMA TERAPÊUTICO
PARA GESTANTES) TREPONÊMICO)

Sífilis recente: sífilis


Penincilina G Benzatina, 2,4
primária, secundária e Teste não treponêmico
milhões UI, intramuscular, dose Doxiciclina 100mg, 12/12h,
latente recente (com trimestral (em gestantes, o
única (1,2 milhão UI em cada VO, por 15 dias
até 2 anos de contro
glúteo).
evolução)

Sífilis tardia: sífilis


Benzilpenicilina benzatina 2,4
latente tardia (com
milhões UI, IM, 1x/semana (1,2 Teste não treponêmico
mais de dois anos de Doxiciclina 100mg, 12/12h,
milhão UI em cada glúteo) por 3 trimestral (em gestantes, o
evolução) ou latente VO, por 30 dias
semanas*. Dose total: 7,2 milhões controle deve ser mensal)
com duração ignorada
UI, IM
e sífilis terciária

Penincilina G cristalina, 18 a 24
milhões UI/dia, via endovenosa,
Ceftriaxona 2g, IV, 1x/ dia, Exame de LCR de 6/6 meses
Neurossífilis doses de 3 a 4 milhões UI a cada
por 10-14 dias até normalização
4 horas ou por infusão contínua
durante 14 dias.

@enferya 79
Importante!

O intervalo preconizado de administração de benzilpenicilina benzatina para o


tratamento de sífilis é de uma semana entre as doses.

Em gestantes, o esquema deve ser reiniciado se o intervalo ultrapassar os


sete dias entre as doses.

Em pessoas não gestantes, reiniciar o esquema se transcorrerem mais de 14


dias entre as doses.

@enferya 80
HIV

Transmissão: Sexual, vertical, sanguínea, leite materno.

Diagnóstico: Elisa, imonofluorescência indireta, Western Blot e imunoblot,


testes rápidos, testes moleculares.

Acompanhamento: Carga viral (RNA viral no plasma) <50 cópias/ml ou


indetectável; LT CD4+ normal de 800 a 1200 células/mm³.

@enferya 81
FASES DA INFECÇÃO PELO HIV

AGUDA LATÊNCIA CLÍNICA SINTOMÁTICA INICIAL AIDS

Primeiras semanas
alta interação- células de infecções oportunistas, LT
da infecção, até a redução acentuada dos
defesa e alta mutação do CD4+ geralmente < 200
soroconversão L T CD4+
vírus cel/mm³
(janela imunológica)

EX: tuberculose,
baixa LT CD4 + o exame físico normal, exceto
LT CD4+ entre 200 a neuroroxoplasmose,
transitório, alta pela linfadenopatia, que pode
300 cel/mm³ neurocriptococose e
carga viral. persistir.
citomegalovirose

@enferya 82
HIV

Fase Aguda: Na primeira fase, podem surgir hipertermia, sudorese, cefaleia,


fadiga, faringite, exantemas, aumento dos gânglios linfáticos e um leve prurido.
Latência Clínica: Esta fase pode durar anos, apresentando mínimos ou nenhum
sintoma clínico, embora o exame sorológico para HIV seja reagente.
Fase Sintomática Inicial: Caracteriza-se por processos oportunistas de menor
gravidade, como candidíase oral, ou pela presença de dois ou mais sintomas
por mais de um mês, sem causa identificada, incluindo:
Linfadenopatia generalizada,
Diarreia,
Febre,
Astenia,
Sudorese noturna,
Emagrecimento.
HIV/AIDS: Nesta etapa, surgem doenças decorrentes do comprometimento
imunológico e infecções oportunistas, como:
Tuberculose,
Neurotoxoplasmose,
Neurocriptococose,
Neoplasias como linfoma não-Hodgkin e sarcoma de Kaposi.

@enferya 83
ist

IST AGENTE TIPO


Sífilis Treponema pallidum Bactéria

Cancro mole Haemophilus ducreyi Bactéria


ÚLCERA
Herpes Herpes simples 1 e 2 Vírus

Danovanose Klebisiella granulomatis Bactéria

Linfogranuloma veneréo Chlamydia trachomatis Bactéria

@enferya 84
ist

IST AGENTE TIPO

Vaginose bacteriana Vários Bactéria

Tricomoníase Trichomonas vaginalis Protozoário

CORRIMENTOS Candidíase Candida albicans Fungo

Gonorreia Neisseria gonorrhoeae Bactéria

Clamídia Chlamydia trachomatis Bactéria

@enferya 85
ist

IST AGENTE TIPO

VERRUGAS Condiloma Papilomavírus humano Vírus

@enferya 86
Tricomoníase

CONCEITO TRATAMENTO
Infecção da vagina ou do trato genital masculino causada Também é indicado o uso de antibióticos e
por trichomonas vaginalis. quimioterápicos, sendo obrigatório o tratamento conjunto
do parceiro sexual para evitar a reinfecção.
Nas mulheres, o tratamento oral é administrado em dose
única simultaneamente ao tratamento tópico, com o uso de
TRANSMISSÃO creme vaginal.

Sua transmissão ocorre por meio das relações sexuais ou


contato íntimo com secreções de uma pessoa contaminada
por mulher/ homem e mulher/ mulher. DIAGNÓSTICO
Papanicolau;
Exames laboratoriais;
Coleta de secreção vaginal;
SINTOMAS Cultura da secreção;
Os sintomas são corrimento amarelo ou esverdeado de
odor forte, ardência ou dor ao urinar, vermelhidão e
coceira intensa na região genital, e dor durante a relação
sexual. Síndrome- corrimento
Agente- trichomonas vaginalis
Tipo- protozoário

@enferya 87
Candidíase

CONCEITO TRATAMENTO
É uma infecção ocasionada principalmente por um fungo Antibiótico via oral
denominado Candida albicans ou Monilia, que causa um Creme vaginal de uso tópico;
corrimento espesso, grumoso e esbranquiçado, Devem-se evitar vestuários inadequados,
acompanhada geralmente de irritação no local. Evitar duchas vaginais,
Não utilizar desodorantes íntimos, Abstinência sexual
TRANSMISSÃO durante o tratamento,
Usar camisinha.
Apesar de não ser considerada uma infecção sexualmente
transmissível (IST), pode ser transmitida durante as
relações sexuais. Mulheres e homens podem desenvolver a DIAGNÓSTICO
infecção, mas a candidíase não se dá por contaminação Para detectar corretamente a candidiase é necessário um
exclusivamente sexual. Geralmente, está associada à exame clinico, isso porque os sintomas da doença podem
queda de imunidade. aparecer somente no período menstrual.
O diagnóstico é realizado também pelo exame
SINTOMAS microscópico do corrimento.
Pode haver coceira ou ardência na vagina e na vulva, e
essa sensação pode ser especialmente intensa durante a Prevenção
relação sexual.
A área genital pode tornar-se vermelha e inchada. A Para afastar a ameaça da candidíase vaginal, a higiene da
mulher pode ter uma secreção branca, muitas vezes região deve ser feita com sabonete de pH neutro.
espessa e semelhante a uma coalhada. Dar preferência em optar pela calcinha de algodão, não
usar absorvente intimo todo os dias e evitar roupas muito
justas ou molhadas por tempo prolongado

@enferya 88
Donovanose

CONCEITO TRATAMENTO
É uma IST crônica progressiva, causada pela bactéria O tratamento é feito com antibióticos como a tetracilina,
Klebsiella granulomatis. Acomete preferencialmente a pele doxiciclina ou eritromicina base, por pelo menos 2 a 3
e mucosas das regiões da genitália, da virilha e do ânus. semanas, até que haja a regressão completa das lesões.
Causa úlceras e destrói a pele infectada. É comum a recidiva da doença após o tratamento, sendo
necessário sua realização a longo prazo.
TRANSMISSÃO É necessário evitar qualquer tipo de relação sexual até o
final do tratamento.
A transmissão acontece por contato direto com feridas ou
úlceras durante relações sexuais com uma pessoa
infectada. DIAGNÓSTICO
Através de achados clínicos.

SINTOMAS
Após o contágio, aparece uma lesão que se transforma em
ferida ou caroço vermelho. Não dói e não tem íngua. A Prevenção
ferida vermelha sangra fácil, pode atingir grandes áreas e
comprometer a pele ao redor, facilitando a infecção por Uso do preservativo em qualquer relação sexual, seja
outras bactérias. vaginal, oral ou anal é uma das principais recomendações
para se prevenir dos riscos de infecção.
Porém, a prevenção só será eficaz se a área infectada
estiver coberta ou protegida pela camisinha.
Se houver contato com uma ferida aberta, a donovanose
pode ser transmitida.

@enferya 89
Hepatite B

CONCEITO TRATAMENTO
A Hepatite B é um dos cinco tipos de hepatite existentes A Hepatite B não tem cura.
no Brasil. Doença de notificação compulsóría; Entretanto, o tratamento disponibilizado no SUS objetiva
reduzir o risco de progressão da doença e suas
complicações, específicamente cirrose, câncer hepático e
morte.
SINTOMAS Os medicamentos disponíveis para controle da hepatite B
são a alfapeginterferona, o tenofovir e o entecavír.
A maioria dos casos de hepatite B não apresenta sintomas.
Porém, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo
e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos DIAGNÓSTICO
amarelados, urina escura e fezes claras.
Esses sinais costumam aparecer de um a seis meses após O teste de triagem para Hepatite B é realizado através da
a infecção. pesquisa do antigeno do HBV (HBsAg), que pode ser feita
por meio de teste laboratorial ou teste rápido.
Caso o resultado seja positivo, o diagnóstico deve ser
confirmado com a realização de exames complementares
Prevenção para pesquisa de outros marcadores, que compreende a
detecção direta da carga viral, por meio de um teste de
A principal forma de prevenção da infecção pelo vírus da biologia molecular que identifica a presença do DNA viral
hepatite B é a vacina. (HBV-DNA)
Usar preservativos nas relações sexuais.
Não compartilhar objetos de uso pessoal que possam
conter sangue, como lâminas de barbear, escovas de
dente, alicates de unha, material de manicure e pedicure.
Não compartilhar objetos utilizados para o uso de drogas,
confecção de tatuagem e colocação de piercings.
Evitar o contato direto com ferimentos de pessoas
infectadas.

@enferya 90
Herpes Genital

CONCEITO TRATAMENTO
O Herpes Genital, também conhecido como Herpes do tipo O tratamento da herpes genital é realizado por meio de
2, é uma infecção sexualmente transmissível (IST) e sem medicamentos antivirais, como comprimidos e pomadas.
cura, que causa lesões genitais ou anais dolorosas; Durante as crises, curam as lesões com maior rapidez,
além de reduzir o risco de transmissão para outras
pessoas.

SINTOMAS DIAGNÓSTICO
A primeira ocorrência de feridas causadas pelo herpes
genital costuma se manifestar no período de 10 a 15 dias. O diagnóstico do herpes genital é simples e pode ser feito por
É caracterizada pelo aparecimento de bolhas na região um profissional da saúde, que solicita um teste laboratorial
genital, que depois se rompem e se transformam em rápido para avaliar o material coletado das bolhas da região
pequenas feridas, até desaparecerem. genital,
Alguns sintomas perceptíveis antes do aparecimento das
bolhas são coceira no local, vermelhidão, ardor e até TRANSMISSÃO
mesmo formigamento.
Os sintomas podem reaparecer mais ou menos
frequentemente durante anos, dependendo do individuo e A transmissão do herpes genital ocorre por meio do contato
de sua imunidade. sexual desprotegido e o vírus pode ser transmitido mesmo
Exposição exagerada ao sol, estresse físico ou emocional e quando não há síntomas ou lesões visíveis, como bolhas ou
cansaço são alguns dos fatores que podem desencadear e feridas.
contribuir para o reaparecimento das feridas.

@enferya 91
Clamídia

CONCEITO TRATAMENTO
É uma IST que na maioria das vezes causa infecção nos Uso de antibióticos, como por exemplo azitromicina ou
órgãos genitais, mas pode afetar também a garganta e os doxiciclina, receitados pelo médico conforme cada caso.
olhos. Pode afetar homens e mulheres com vida sexual Com o tratamento adequado é possível erradicar
ativa. completamente a bactéria.

SINTOMAS DIAGNÓSTICO
A maioria dos casos da clamídia não apresenta sintomas
(em torno de 70% a 80% das situações). Em geral, as pessoas procuram o médico quando surgem as
Quando presentes, os sintomas mais comuns nas mulheres complicações.
são: corrimento amarelado ou claro, sangramento Os sinais e sintomas da clamídia podem ser isolados e pouco
espontâneo ou durante as relações sexuais, dor ao urinar aparentes o que dificulta o diagnóstico precoce.
e/ou durante as relações sexuais e/ou no baixo ventre (pé O exame de urina, da secreção uretral e do material obtido por
da barriga). esfregaço na uretra (nas mulheres, também o material colhido
Nos homens, os sintomas mais comuns da clamídia ardência no colo do útero) e o exame para detectar os anticorpos
ao urinar; corrimento uretral com a presença de pus, dor anticlamidia (IgM) são de extrema importância.
nos testículos.

TRANSMISSÃO
A clamídia é transmitida por meio do contato sexual (anal, oral
ou vaginal) ou pela forma congênita (infecção passada da mãe
para o bebê durante a gestação).
A clamídia não é transmitida por meio de transfusão
sanguínea.
Porém, se a pessoa infectada deseja doar sangue, deve
informar ao profissional de saúde a presença da infecção.

@enferya 92
Gonorreia

CONCEITO TRATAMENTO
A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria Antibioticoterapia;
gonorrhoeae que infecta o revestimento da uretra, do
colo do útero, do reto e da garganta ou das membranas
que cobrem a parte frontal do olho (conjuntiva e córnea).
DIAGNÓSTICO
SINTOMAS
Coloração Gram;
Reto: os sintomas comuns da gonorreia na região anal são Cultura de bactéria;
coceira, secreção de pus e sangramentos; Exames para outras IST'S;
Olhos: dor, sensibilidade à luz e secreção de pus em um ou
nos dois olhos;
Garganta: dor e dificuldade em engolir, presença de placas
amareladas na garganta; PREVENÇÃO
Articulações: se a bactéria afetar alguma articulação do
corpo, esta poderá ficar quente, vermelha, inchada e muito Uso correto e regular de preservativos
dolorida. Evitar práticas sexuais inseguras, tais como trocar de
Na vagina, os sintomas são: Aumento no corrimento parceiros sexuais com frequência ou ter relações sexuais com
vaginal, que passa a ter cor amarelada e odor prostitutas ou parceiros que possuem outros parceiros sexuais
desagradável; Dor e ardência ao urinar; Sangramento fora Diagnóstico e tratamento imediatos da infecção (para impedir
do período menstrual; Dores abdominais; Dor pélvica. a transmissão para outras pessoas)
Identificação dos contatos sexuais de pessoas infectadas,
seguida de aconselhamento ou tratamento desses contatos
Não praticar sexo (anal, vaginal ou oral) é a maneira mais
confiável de prevenir ISTs, mas normalmente fora da
realidade.

@enferya 93
Vaginose bacteriana

CONCEITO CAUSAS
A vaginose bacteriana é uma infecção endógena, ou seja, uso de antibióticos sistêmicos;
causada por fatores internos no organismo. uso de drogas imunossupressoras;
Trata-se de um super desenvolvimento da flora outras infecções sistêmicas que prejudiquem a imunidade;
bacteriana anaeróbica (Gardnerella Vaginalis, redução das concentrações de estradiol no sangue, como
principalmente), podendo também ser ocasionada por na menopausa;
outras bactérias e com redução dos lactobacilos pós cirurgias vaginais;
(bactérias que promovem proteção do ambiente vaginal). situações de stress;
entre outras.

Prevenção TRATAMENTO
uso de preservativo durante todo o ato sexual; O tratamento é feito com antibióticos sistêmicos ou de uso
evitar o uso de roupas íntimas apertadas; vaginal, ambos com a mesma eficácia, conforme a
não utilizar duchas vaginais ou higienizantes íntimos com orientação do médico ginecologista.
frequência;
higienizar a vulva sempre de frente para trás após urinar;
consultar o ginecologista periodicamente.

SINTOMAS
Normalmente, a paciente acometida relata corrimento
vaginal fluido, homogêneo, de cor amarela, branca ou
cinza, geralmente em pequena quantidade e não aderente.
Também pode apresentar odor desagradável e estar
associado a ardência e coceira.

@enferya 94
Métodos Anticoncepcionais

Métodos comportamentais Orientações de uso


a duração da 2° fase do ciclo menstrual é constante e a ovulação ocorre entre 11 e 16 dias
Ogino-knaus (tabelinha) antes do início da próxima menstruação, para iniciar o método a mulher deve conhecer seu
padrão menstrual anotando o início de cada menstruação por, pelo menos 6 a 12 meses.
baseia-se na combinação de múltiplos indicadores da ovulação, a fim de determinar o período
fértil com mais precisão e confiabilidade. Esses indicadores são sinais e sintomas: dor
Sintotérmico
abdominal, sensação de peso nas mamas, mamas inchadas ou doloridas, variação de humor
e/ou da libido, entre outros.
nesse método, a mulher observa, durante o ciclo menstrual, as alterações da temperatura
Temperatura corporal basal basal, que se eleva ligeiramente depois da ovulação, e deve ser medida diariamente, em
repouso, pela manhã, por via oral, vaginal ou retal.
baseia-se na observação das mudanças do muco cervical e da sensação de umidade na
Muco cervical (billings)
vagina; porque, no período fértil, o muco é transparente e elástico.
nesse método o homem retira o pênis da vagina um pouco antes da ejaculação e o sêmen é
Coito interrompido depositado longe das genitais femininas, tem grande possibilidade de falhas, por isso não
deve ser estimulado.
@enferya 95
Métodos Anticoncepcionais

Métodos de barreira Orientações de uso


atualmente são os únicos métodos que diminuem o risco de transmitir IST’s.
Masculino: pode ser inserido a qualquer momento do ato sexual.
Preservativo feminino e
Feminino: pode ser colocado na vagina imediatamente antes da penetração ou até 8 horas
masculino
antes da relação sexual
Não usar os dois juntos pois corre o risco de rompimento.
deve ser inserido antes de qualquer contato entre o pênis e a vagina, com ou sem geleia
espermicida, pode ser colocado minutos antes da relação sexual ou, no máximo 2 horas antes,
Diafragma
só deve ser retirado de 6 a 8 horas depois da última relação sexual e não deve ficar mais de
24 horas.
devem ser colocadas na vagina no mínimo de 10 a 30 minutos e, geralmente não mais de 1
Espermicidas
hora antes da relação sexual
deve ser inserido antes da relação sexual e permanecer no lugar por no mínimo 6 horas
Capuz cervical
depois do ato, no máximo 48 horas de cada vez, pode ser lavado e reutilizado durante 1 ano.
coloca na vagina até 24 horas antes da relação sexual, a esponja deve ser deixada no lugar
Esponja vaginal
por pelo menos 6 horas depois da relação sexual e não passar de 30 horas

@enferya 96
Métodos Anticoncepcionais

ANTICONCEPCIONAL ORAIS INJETÁVEIS


PROGESTOGÊNIO
PÍLULA COMBINADA- etinilestradiol 0,03 mg +
Uso trimestral;
levonorgestrel 0,15 mg
São indicados para lactantes;
21, 22, ou 28 comprimidos.
Composição: acetato de medroxiprogesterona
Uso pela 1° vez: 1° até o 5° dia do ciclo mentrual
150 mg
PROGESTOGÊNIO + ESTROGÊNIO
MINIPÍLULAS- noretisterona 0,35 mg
Uso mensal;
28 a 35 comprimidos.
Composição enantato de noretisterona 50 mg +
Sem interrupção
valerato de estradiol 5 mg

HORMÔNAL DE EMERGÊNCIA (AHE)


Pílulas combinadas de etinilestradiol e levonorgestrel
Levonorgestrel= 1,5 mg dose única ou 0,75 mg 2 comp de 12/12h
Quanto mais precocemente forem administrados mais eficaz será a AHE;
O ideal é o mais próximo da relação desprotegida até 72h, com limite de 5 dias;
Se houver vômitos nas primeiras 2h depois da ingestão da AHE deve-se repetir a dose depois do uso de antiemético ou da
alimentação @enferya 97
Diabetes Mellitus

Sinais e sintomas de hiperglicemia:


Poliúria
Polidipsia
Polifagia
Perda de peso inexplicada
Desidratação

CRITÉRIOS NORMAL PRÉ-DIABETES DM

GLICEMIA DE JEJUM <100 100-125 >= 126

GLICEMIA AO ACASO+SINTOMAS - - >= 200

GLICEMIA DE 1H NO TTGO <155 155-208 >= 209

GLICEMIA DE 2H NO TTGO <140 140-199 >= 200

HbA1c <5,7 5,7-6,4 >= 6,5

@enferya 98
Diabetes Mellitus

TIPO 1

Causa: Autoimune – o sistema imunológico destrói as


células produtoras de insulina. TIPO 2
Início: Geralmente na infância ou adolescência, mas pode
ocorrer em qualquer idade.
Tratamento: Insulina exógena é necessária diariamente, Causa: Resistência à insulina – as células do corpo não respondem
geralmente através de injeções ou uma bomba de insulina. adequadamente à insulina produzida.
Prevenção: Não há maneira conhecida de prevenir o Início: Geralmente ocorre em adultos, mas pode aparecer em crianças e
diabetes tipo 1. adolescentes.
Sintomas: Os sintomas podem incluir sede extrema, perda Tratamento: Pode ser gerenciado com mudanças no estilo de vida, como
de peso rápida, fadiga, e aumento da frequência urinária. dieta e exercício, mas também pode exigir medicamentos orais ou insulina
em alguns casos.
Prevenção: Pode ser prevenido ou retardado com hábitos saudáveis, como
uma alimentação equilibrada e atividade física regular.
Sintomas: Os sintomas podem ser menos evidentes e incluem fadiga, visão
turva, feridas que demoram a cicatrizar, e infecções frequentes.

@enferya 99
Diabetes Mellitus

LISPRO REGULAR NPH LANTUS

AÇÃO MUITO RÁPIDA AÇÃO RÁPIDA AÇÃO INTERMEDIÁRIA AÇÃO LENTA E SEM PICO

DURAÇÃO- 6-7
DURAÇÃO- 3-5 HORAS DURAÇÃO- ATÉ 18 HORAS DURAÇÃO- ATÉ 24 HORAS
HORAS

INÍCIO- 30
INÍCIO- 10-15 MINUTOS INÍCIO- 1-3 HORAS INICÍO- 1-3 HORAS
MINUTOS

@enferya 100
Tratamento Insulínico no DM1

Fases da doença Unidades ao dia

Diagnóstico recente 0,5 a 1,0 UI/kg

Remissão parcial < 0,5 UI/kg

Evolução da doença 0,7 a 1,0 UI/kg

Puberdade ou nas intercorrências clínicas ou cirúrgicas 1,0 a 2,0 UI/Kg

@enferya 101
Tratamento Insulínico no DM1

Insulina NPH 0,3-O,6 UI/kg/dia

Esquemas mais utilizados na insulinização do DM2 e doses iniciais de insulina basal.

fonte: Protocolo-06-CFT_-Prescrição-de-medicamentos-pelo-Enfermeiros.pdf

@enferya 102
TRATAMENTO- DIABETES MELLITUS

ANTIDIABÉTICOS Posologia mínima Posologia Máxima Esquema de horário (via oral)

Glibenclamida 5mg 5mg 15mg Uma a Duas vezes ao dia

Metformina 500mg 500mg 2550mg Três vezes ao dia

Metformina 850mg 850mg 2550mg Três vezes ao dia

Glicazida MR 30 mg (este
medicamento é veiculado em
forma farmacêutica de
30mg 120mg Uma a Duas vezes ao dia
liberação prolongada, logo não
deve ser partido, triturado ou
mastigado)

@enferya 103
HIPERTENSÃO arterial

O enfermeiro nunca deve iniciar tratamento para pessoas com Hipertensão e


Diabetes; só poderá na consulta de enfermagem, manter uma prescrição iniciada
pelo
médico. Manter a prescrição médica, em pacientes estáveis, desde que o
paciente seja
reavaliado periodicamente (a cada 120 dias) pelo médico. Mesmo se o paciente
fizer uso de
insulinas ou medicamentos para cardiopatias o enfermeiro poderá manter a
prescrição.

Classificação da PA em crianças e adolescentes:


Crianças de 1 a 13 anos de idade:
ÓTIMA: <120 e <80 mmHg
PA normal: < P90* para idade, sexo e altura
NORMAL: 120-129 e/ou 80-84 mmHg
Pressão arterial elevada: PA ≥ P90 e < P95 para idade, sexo
Pré-hipertenso: 130-139 e/ou 85-89 mmHg
e altura ou PA 120/80 mmHg, mas < P95 (o que for menor)
Hipertenso estágio I: 140-159 e/ou 90-99 mmHg
Crianças com idade ≥ 13 anos:
Hipertenso estágio II: 160-179 e/ou 100-109 mmHg
PA normal: < 120 / < 80 mmHg
Hipertenso estágio III: >=180 e/ou >=110 mmHg
Pressão arterial elevada: PA 120/< 80 mmHg a PA 129/< 80
fonte: 8° diretriz brasileira de HA 2020 mmHg
fonte: 8° diretriz brasileira de HA 2020

@enferya 104
TRATAMENTO- HIPERTENSÃO ARTERIAL

ANTIHIPERTENSIVOS Posologia mínima Posologia Máxima Número de tomadas/ dia via oral

Diuréticos Tiazídicos
12,5mg 25mg Uma vez ao dia
Hidroclorotiazida

Diuréticos de alça Furosemida 20 mg De acordo com a indicação clínica Uma a duas vezes ao dia

Diuréticos poupadores de
25mg 100mg Uma a duas vezes ao dia
potássio Espironolactona

Inibidores adrenérgicos de ação


500mg 1500mg Duas a três vezes ao dia
central Metildopa

Inibidores beta adrenergicos ou


Betabloqueadores 25mg 100mg Uma a duas vezes ao dia
Atenolol

Inibidores beta adrenergicos ou


Betabloqueadores 40mg 240mg Uma vez ao dia
Propranolol

@enferya 105
TRATAMENTO- HIPERTENSÃO ARTERIAL

ANTIHIPERTENSIVOS Posologia mínima Posologia Máxima Número de tomadas/ dia via oral

Bloqueadores dos canais de


cálcio 2,5mg 10mg Uma vez ao dia
Anlodipino

Bloqueadores dos canais de


cálcio 20 mg 40mg Uma a duas vezes ao dia
Nifedipino

Inibidores da enzima
conversora de angiotensina 25mg 150mg Duas a três vezes ao dia
Captopril

Inibidores da enzima
conversora de angiotensina
5mg 40mg Uma a duas vezes ao dia
Enalapril

Antagonista do receptor de
angiotensina II 25mg 100mg Uma vez ao dia
Losartana

@enferya 106
Urgências hipertensivas:

IMPORTANTE:
A administração de nifedipino de ação rápida, por via oral ou sublingual, deve ser evitada, pois foram
descritos efeitos adversos graves com essa conduta.
A dificuldade de controlar o ritmo e o grau de redução da pressão arterial, sobretudo quando intensa,
pode ocasionar acidentes vasculares encefálicos e coronarianos.
O risco de importante estimulação simpática secundária e a existência de alternativas eficazes e mais
bem toleradas torna o uso de nifedipino de curta duração (cápsulas) não recomendável nessa situação.
O captopril 25 mg via oral é indicado nesta situação.
A prática da administração sublingual do comprimido de captopril não é recomendada, pois suas
características farmacocinéticas não permitem a absorção de doses ideais por essa via, devendo,
portanto, ser deglutido por via oral.

Importante: O nifedipino utilizada no tratamento contínuo da hipertensão arterial


sistêmica é veiculada em forma farmacêutica de liberação prolongada, e portanto, não
deve ser partida, triturada ou mastigada. O nifedipino deve ser ingerido por via oral

Importante : Existem evidências de que para hipertensos com a pressão arterial controlada a
prescrição de ácido acetilsalicílico em baixas doses (75 mg) diminui a ocorrência de
complicações cardiovasculares, desde que não haja contraindicação para o seu uso e que os
benefícios superem os eventuais riscos da sua administração.

@enferya 107
coberturas

Coberturas CARACTERÍSTICAS

COMPOSIÇÃO:
Composto de água, carboximetil-celulose (CMC) propileno-glicol (PPG) que forma um hidrogel transparente e incolor.
AÇÃO:
Remoção de tecido necrótico através do desbridamento autolítico
INDICAÇÕES:
HIDROGEL
tecido com necrose e esfacelo
CONTRAINDICAÇÕES:
Alergias aos componentes, feridas exsudativas, feridas completamente granuladas
FREQUÊNCIA DE TROCA:
De 24 a 48 horas.

COMPOSIÇÃO:
Composta por enzimas proteolíticas e peroxidases: papaina, quimiopapaina A e B e papaya peptidase.
AÇÃO:
Atua como desbridante químico
INDICAÇÕES:
PAPAINA
feridas infectadas
CONTRAINDICAÇÕES:
Alergias aos componentes, a depender da concentração, pode ser inviável a tecidos novos
FREQUÊNCIA DE TROCA:
De 24 a 48 horas.

@enferya 108
coberturas

Coberturas CARACTERÍSTICAS

COMPOSIÇÃO:
Composta por sulfadiazina de prata micronizada 1% e nitrato de cério hexa-hidratado 0,4%.
AÇÃO:
Atua contra bactérias gram negativas e positivas, fungos, vírus e protozoários
SULFADIAZINA INDICAÇÕES:
DE PRATA tratamento de queimaduras
CONTRAINDICAÇÕES:
Alergias aos componentes e qualquer lesão que não seja queimadura
FREQUÊNCIA DE TROCA:
No máximo a cada 12 horas ou quando a cobertura secundária estiver saturada.

COMPOSIÇÃO:
Composta por sulfato de gentamicina 1 mg/g
AÇÃO:
Antibiótico de amplo espectro bactericida, é efetiva contra um largo espectro de patógenos cutâneos comuns
INDICAÇÕES:
GENTAMICINA
afecções dermatológicas e feridas infectadas
CONTRAINDICAÇÕES:
Alergias ao antibiótico, feridas que apresentem bactérias que não sejam sensíveis à substância
FREQUÊNCIA DE TROCA:
Avaliar a regressão infecciosa e uso de coberturas associadas, sugerido iniciar 24 horas e progredir espaçamento.

@enferya 109
coberturas

Coberturas CARACTERÍSTICAS

COMPOSIÇÃO:
Tela de acetato de celulose, impregnada com emulsão de petrolatum, AGE, rayon ou outros óleos, solúvel em água, não aderente e
transparente
AÇÃO:
Proporciona a não aderência da ferida à cobertura primária ou a secundária e permite o livre fluxo de exsudatos.
GAZE NÃO
INDICAÇÕES:
ADERENTE
Lesões com necessidade da não aderência do curativo à lesão, granuladas e pouco exsudativas
CONTRAINDICAÇÕES:
Alergias aos componentes, lesões exsudativas e com presença de tecido inviável à cicatrização
FREQUÊNCIA DE TROCA:
A depender do exsudato, em média de 48 a 72 horas.

COMPOSIÇÃO:
Camada externa: espuma de poliuretano
Camada interna; gelatina pectina e carboximetilcelulose sódica
AÇÃO:
Desbridamento autolítico, acelera o processo de degradação tecidual
HIDROCOLOI INDICAÇÕES:
DES Feridas aberta não infectada, com leve a moderada exsudação, LPP não infectadas, queimaduras de 2° grau, cobertura de incisões,
sutura cirúrgica e na fixação de tubos, drenos e bolsa de colostomia...
CONTRAINDICAÇÕES:
Alergias aos componentes, lesões altamente exsudativas e infectadas
FREQUÊNCIA DE TROCA:
A depender do exsudato, em média de 3 a 5 dias no máximo

@enferya 110
coberturas

Coberturas CARACTERÍSTICAS

COMPOSIÇÃO:
Fibras de não tecido, derivados de algas marinhas, tem em sua composição ácido gulurônico e manurônico, com íons de Ca+ e Na+.
AÇÃO:
Desbridamento, induz a hemostasia, promove capacidade de absorção, mantém a ferida úmida.
ALGINATOS
INDICAÇÕES:
(CÁLCIO E
Feridas aberta, sangrentas, exsudato moderado com ou sem infecção até a redução tanto do sangue como do exsudato.
SÓDIO)
CONTRAINDICAÇÕES:
Alergias aos componentes, feridas secas, feridas completamente granuladas
FREQUÊNCIA DE TROCA:
A depender do exsudato, em média de 48 a 72 horas a depender da marca

COMPOSIÇÃO:
Fibras agrupadas de carboximetilcelulose sódica, e pode vir com prata
AÇÃO:
Absorver exsudato
INDICAÇÕES:
HIDROFIBRAS
Feridas com exsudato moderado com ou sem infecção ou sangramento, queimadura de 1° e 2° grau...
CONTRAINDICAÇÕES:
Alergias aos componentes, feridas secas, feridas completamente granuladas
FREQUÊNCIA DE TROCA:
A depender do exsudato, em média de 48 a 72 horas a depender da marca

@enferya 111
coberturas

Coberturas CARACTERÍSTICAS

COMPOSIÇÃO:
Almofada impregnada de carvão ativado e prata 0,15%
AÇÃO:
Absorver exsudato e filtrar odor
CARVÃO
INDICAÇÕES:
ATIVADO
Feridas fétidas, infectadas e exsudativas
COM PRATA
CONTRAINDICAÇÕES:
Alergias aos componentes, feridas secas
FREQUÊNCIA DE TROCA:
De 48 a 72 horas, ou dependendo do odor da ferida

COMPOSIÇÃO:
Prata metálica, nanopartículas, prata iônica e impregnada em algum material.
AÇÃO:
Progressão precoce da repitelização
INDICAÇÕES:
PRATA
Feridas infectadas
CONTRAINDICAÇÕES:
Alergias aos componentes, grávidas e lactantes, uso prolongado por mais de 3 ou 4 semanas interruptas
FREQUÊNCIA DE TROCA:
De 48 a 72 horas

@enferya 112
coberturas

Coberturas CARACTERÍSTICAS

COMPOSIÇÃO:
Água purificada; Glicerina; 0,1% PHMB e 0,1% Cocoamidopropil betaína.
AÇÃO:
Remove revestimentos, biofilmes e prepara o leito da ferida para receber o curativo
INDICAÇÕES:
Solução de
LPP estágio 1 a 4, úlcera arterial, venosa, mista, pós cirúrgicas, infectadas,
PHMB
CONTRAINDICAÇÕES:
Alergias aos componentes, recém-nascidos
FREQUÊNCIA DE TROCA:
A cada troca de curativo

COMPOSIÇÃO:
Gaze impregnada com poli-hexametileno de biguanida (PHMB) 0,2%
AÇÃO:
Agente resistente à colonização bacteriana
INDICAÇÕES:
Gaze de Feridas limpas, com alto risco de contaminação, feridas colonizadas, infectadas, queimadura de 2 e 3° grau infectadas,
PHMB feridas crônicas e profundas
CONTRAINDICAÇÕES:
Alergias aos componentes, recém-nascidos
FREQUÊNCIA DE TROCA:
A cada troca de curativo

@enferya 113
coberturas

Coberturas CARACTERÍSTICAS

COMPOSIÇÃO:
Á base de cloreto de dialquil carbamoil (DACC), particulas de sódio e bordas de silicone
AÇÃO:
Atrair fungos e bactérias por ação hidrofóbica
INDICAÇÕES:
DACC Todas as lesões que apresentem colonização bacteriana ou fúngica
CONTRAINDICAÇÕES:
Alergias aos componentes
FREQUÊNCIA DE TROCA:
De 48 a 72 horas

COMPOSIÇÃO:
Solução polimérica de secagem rápida
AÇÃO:
Forma uma película protetora indolor, transparente e durável, resistente à água e permeável ao ar, permitindo a transpiração da
pele.
INDICAÇÕES:
SPRAY
Área lesionada por: incontinência urinária e/ou fecal, fluídos digestivos, exsudato das feridas, remoção de adesivos, forças de fricção
PROTETOR
e cisalhamento na pele, prevenção de LPP, dermatites...
CONTRAINDICAÇÕES:
Alergias aos componentes
FREQUÊNCIA DE TROCA:
Sempre que houver a higienização da região

@enferya 114
coberturas

Coberturas CARACTERÍSTICAS

COMPOSIÇÃO:
Água, Parafina líquida, Petrolato, Cera microcristalina, Oleato de Glicerol, Álcool de Lanolina, Ácido Cítrico, Citrato de
Magnésio, Ciclometicone, Glicerina, Metilparabeno, Propilparabeno e Propilenoglicol.
AÇÃO:
Repele a entrada de líquidos, previne lesões cutâneas...
INDICAÇÕES:
CREME
Área lesionada por: incontinência urinária e/ou fecal, fluídos digestivos, exsudato das feridas, remoção de adesivos, forças
BARREIRA
de fricção e cisalhamento na pele, prevenção de LPP, dermatites...
CONTRAINDICAÇÕES:
Alergias aos componentes
FREQUÊNCIA DE TROCA:
Sempre que houver a higienização da região

@enferya 115
pé diabético

Sinal/Sintoma Pé Neuropático Pé Isquêmico

Temperatura do pé Quente ou morno Frio

Coloração do pé Coloração normal Pálido com elevação ou cianótico com declive

Aspecto da pele do pé Pele seca e fissurada Pele fina e brilhante

Dedo em garra, dedo em


Deformidade do pé Deformidades ausentes
martelo, pé de Charcot ou outro

Diminuída, abolida ou alterada


Sensibilidade Sensação dolorosa, aliviada quando as pernas estão pendentes
(parestesia)

Pulsos pediais Pulsos amplos e simétricos Pulsos diminuídos ou ausentes

Presentes, especialmente na
Calosidades Ausentes
planta dos pés

Fonte: Dealey, 2006; International Diabetes Federation, 2006.

@enferya 116
pé diabético

Categoria de risco Situação Clínica

Grau 0 Neuropatia ausente

Neuropatia presente com ou sem deformidades (dedos em garra, dedos em martelo,


Grau 1
proeminências em antepé, Charcot).

Grau 2 Doença arterial periférica com ou sem neuropatia presente

Grau 3 História de úlcera e/ou amputação.

Fonte: Boulton et al., 2008; Brasil, 2013.

@enferya 117
sondas

TIPOS CARACTERÍSTICAS

INDICAÇÃO: drenagem de conteúdo gástrico, realização de lavagem do estômago, administração de medicamentos ou de nutrição enteral.
NDICAÇÕES:
Via de escolha em pacientes que necessitem de aporte nutricional e possuem a função gástrica preservada.
Drenagem de conteúdo gástrico,
Sonda nasogástrica Realização de lavagem gástrica
Administração de medicações ou alimentos.
Em pacientes com suspeita de traumatismo crânio encefálico é recomendada a sondagem orogástrica.
OBSERVAÇÕES: No caso de aspiração do conteúdo gástrico, este deve ser devolvido ao estômago, exceto se o volume for excessivo (maior
que 200 ml).

INDICAÇÃO: obtenção de via de acesso para nutrição enteral e administração de medicamentos.


INDICAÇÕES:
Casos em que o estômago não está funcional;
Pacientes inconscientes;
Pacientes com dificuldade de deglutição;
Sonda nasoenteral
Administração medicamentos e alimentos;
Pacientes com alto risco de broncoaspiração
Pacientes com pancreatites agudas, fístulas esofágicas ou gástricas
OBSERVAÇÕES: No caso de aspiração do conteúdo gástrico, este deve ser devolvido ao estômago, exceto se o volume for excessivo (maior
que 200 ml).
@enferya 118
sondas

TIPOS CARACTERÍSTICAS

Sonda vesical de alívio INDICAÇÃO: esvaziar a bexiga em casos de retenção urinária, coletar material para exames, instilar medicamentos e controlar o
(Nelaton / intermitente) débito urinário.

INDICAÇÃO: controlar o volume urinário, possibilitar a eliminação da urina em pacientes imobilizados, inconscientes ou com obstrução,
ou em pós-operatório de cirurgias.
Cateter de duas vias: 1° via para inflar o balão e 2° via para conectar a bolsa coletora
Cateter de três vias: 1° via para inflar o balão e 2° via para conectar a bolsa coletora e 3° para infundir fármacos ou irrigar a
bexiga
Sonda vesical de demora CONTRAINDICAÇÃO: Pacientes com traumatismo de períneo com ou sem fraturas de ossos pélvicos;
Dificuldade de passagem da sonda;
Processos infecciosos na região; História de cirurgia na uretra;
Em pacientes com cistectomia radical;
Pacientes portadores de doença renal crônica sem diurese.
Nessas situações opta-se pela sondagem suprapúbica

@enferya 119
ostomias

É um procedimento cirúrgico que estabelece o acesso à luz do estômago através da parede abdominal.
Gastrostomia
Dependendo da técnica aplicada pode ser realizado através de laparotomia, por via endoscopia ou laparoscopia

Jejunostomia A jejunostomia é um procedimento cirúrgico que permite acessar à luz do jejuno proximal através da parede abdominal

Uma urostomia é uma abertura criada cirurgicamente para drenar urina.


Urostomia Com uma urostomia, a urina pode sair do corpo depois que a bexiga é removida ou desviada.
A saída de uma urostomia consiste em urina e, às vezes, um pouco de muco

A colostomia é uma ligação do intestino grosso diretamente à parede do abdômen, permitindo a saída de fezes para
uma bolsa, quando o intestino não pode ficar ligado ao ânus.
Colostomia:
Isto normalmente acontece após cirurgias para tratar problemas no intestino, como câncer ou diverticulite, por
exemplo.

Ileostomia é quando essa abertura cirúrgica é feita especificamente no intestino delgado.


Ileostomia: As fezes passam a ser coletadas por uma bolsa de ostomia (ou bolsa de ileostomia), que deve ser esvaziada ao longo
do dia.

@enferya 120
ostomias

A traqueostomia é um procedimento cirúrgico, no qual é feito uma abertura frontal na


traqueia do paciente.
Essa é uma parte do corpo humano localizada entre a laringe e os tubos bronquiais.
Basicamente, sua função é levar o ar até os pulmões no processo de respiração.
Quando a traqueostomia é utilizada, o médico faz uma incisão externa na traqueia e insere
Traqueostomia uma cânula para que o ar possa entrar por ali.
A traqueostomia pode ser feita de maneira emergencial, como acontece em casos de
acidentes ou complicações não previstas, ou pode ser eletiva, quando o médico decide
utilizar este procedimento para evitar complicações mais graves.
Além disso, seu tempo de permanência pode ser temporário ou definitivo. Nos casos em que
a traqueostomia é definitiva, o paciente não consegue respirar por conta própria.

@enferya 121
PUERICULTURA

A partir da anamnese, procura-se avaliar principalmente as condições do nascimento


da criança (tipo de parto, local do parto, peso ao nascer, idade gestacional, índice de
Apgar, intercorrências clínicas na gestação, no parto, no período neonatal e nos
tratamentos realizados) e os antecedentes familiares (as condições de saúde dos pais
e dos irmãos, o número de gestações anteriores, o número de irmãos), muitas vezes
já conhecidos pelas equipes de atenção básica.

O índice de Apgar – também reconhecido popularmente pelos pais como a “nota” que
o bebê recebe logo após nascer – no quinto minuto entre 7 e 10 é considerado
normal. Apgar 4, 5 ou 6 é considerado intermediário e relaciona-se, por exemplo, com
prematuridade, medicamentos usados pela mãe, malformação congênita, o que não
significa maior risco para disfunção neurológica. Índices de 0 a 3 no quinto minuto
relacionam-se a maior risco de mortalidade e leve aumento de risco para paralisia
cerebral. No entanto, um baixo índice de Apgar, isoladamente, não prediz disfunção
neurológica tardia.

@enferya 122
Tópicos do exame físico na primeira consulta do recém-nascido

Tópicos do exame físico Ações específicas

Avalie o comprimento e o perímetro cefálico da criança. Avalie o peso em relação ao peso ideal ao nascer.
Consideram-se normais tanto uma perda de peso de até 10% ao nascer quanto a sua recuperação até o 15º dia de
Peso, comprimento e perímetro
vida. O perímetro cefálico com medidas acima ou abaixo de dois desvios-padrão (< -2 ou > +2 escores “z”) pode
cefálico
estar relacionado a doenças neurológicas, como microcefalia (de causa genética ou ambiental) e hidrocefalia, o
que exige, portanto, melhor avaliação e encaminhamento

Observe e avalie o relacionamento da mãe/cuidador e dos familiares com o bebê: como respondem às suas
Desenvolvimento social e
manifestações, como interagem com o bebê e se lhe proporcionam situações variadas de estímulo. Os marcos do
psicoafetivo
desenvolvimento segundo a faixa etária são descritos na subseção

Avalie a postura normal do recém-nascido: as extremidades fletidas, as mãos fechadas e o rosto, geralmente,
dirigido a um dos lados. Observe o padrão respiratório: a presença de anormalidades, como batimentos de asas
do nariz, tiragem intercostal ou diafragmática e sons emitidos. Avalie o estado de vigília do recém-nascido: o
Estado geral estado de alerta, o sono leve ou profundo e o choro. Identifique sinais de desidratação e/ou hipoglicemia: pouca
diurese, má ingestão (a criança não consegue mamar ou vomita tudo o que mama), hipoatividade e letargia. A
temperatura axilar normal situa-se entre 36,4ºC e 37,5ºC e não necessita ser medida rotineiramente em crianças
assintomáticas, exceto na presença de fatores de risco, como febre materna durante o parto.

@enferya 123
Tópicos do exame físico na primeira consulta do recém-nascido

Tópicos do exame físico Ações específicas

Face Pesquise alguma assimetria, malformação, deformidade ou aparência sindrômica

Observe a presença de: (a) edema (se for generalizado, pense em doença hemolítica perinatal, iatrogenia por
uso de coloides ou cristaloides em excesso, insuficiência cardíaca, sepse; se for localizado, isso sugere trauma de
parto); (b) palidez (sangramento, anemia, vasoconstrição periférica ou sinal de arlequim – palidez em um
hemicorpo e eritema do lado oposto, por alteração vasomotora e sem repercussão clínica); (c) cianose (se for
generalizada, pense em doenças cardiorrespiratórias graves; se for localizada nas extremidades ou na região
Pele perioral, pense em hipotermia); (d) icterícia. O profissional deverá estar mais atento caso a icterícia tenha se
iniciado nas primeiras 24 horas ou depois do 7º dia de vida, caso tenha duração maior do que uma semana no
recém-nascido a termo, duração maior do que duas semanas no prematuro e se a tonalidade for amarela com
matiz intenso ou se a icterícia se espalha pelo corpo, atingindo pernas e braços. Pesquise a possível presença de
assaduras, pústulas (impetigo) e bolhas palmo-plantares (sífilis). Esclareça a família quanto à benignidade do
eritema tóxico

Examine as fontanelas: a fontanela anterior mede de 1cm a 4cm, tem forma losangular, fecha-se do 9º ao 18º
mês e não deve estar fechada no momento do nascimento. A fontanela posterior é triangular, mede cerca de
Crânio 0,5cm e fecha-se até o segundo mês. Não devem estar túrgidas, abauladas ou deprimidas. Bossa serossanguínea
e cefalematomas (mais delimitados do que a bossa e que involuem mais lentamente) desaparecem
espontaneamente.

@enferya 124
Tópicos do exame físico na primeira consulta do recém-nascido

Tópicos do exame
Ações específicas
físico

Reflexo fotomotor: projeta-se um feixe de luz em posição ligeiramente lateral a um olho. A pupila deve se contrair rapidamente. O teste deve ser repetido
no outro olho, devendo ser comparado com o primeiro. Avalia basicamente a estrutura anátomo-funcional
Teste do reflexo vermelho ou Bruckner test (idem): deve ser realizado na penumbra (para a pupila ficar mais dilatada), com o oftalmoscópio colocado
aproximadamente de 5cm a 10cm de distância dos olhos da criança (o importante é que o oftalmoscópio ilumine os dois olhos simultaneamente), para se
observar o reflexo vermelho nos dois olhos. Se for notado um reflexo diferente entre os olhos ou a presença de opacidade, a criança deverá ser avaliada
por um oftalmologista com urgência, pois poderá ter problemas como: catarata congênita, retinoblastoma ou retinopatia da prematuridade
É importante lembrar que todos os prematuros com 32 semanas ou menos e/ou menores de 1500g devem ser avaliados com dilatação de pupila por
oftalmologista na 6ª semana de vida e acompanhados de acordo com o quadro clínico, pois o teste do reflexo vermelho detecta retinopatia da
prematuridade apenas de grau 5, já com descolamento de retina e prognóstico reservado. Conjuntivites: as pálpebras podem estar edemaciadas (pela
Olhos reação ao nitrato de prata a 1%) e a regressão é espontânea em 24h a 48h.
A presença de secreção purulenta evidencia uma conjuntivite e, principalmente no RN, é importante descartar a infecção por gonococo, clamídia e
herpesvírus
A conduta correta é sempre coletar a secreção e solicitar exame bacteriológico e bacterioscópico. A coleta pode ser feita do fundo de saco, com espátula
para swab, e encaminhada ao laboratório de microbiologia em meio de cultura. Após a coleta, deve-se iniciar imediatamente o tratamento com colírio
(tobramicina ou ofloxacina) e, após o resultado, deve-se tratar o agravo de acordo com o agente etiológico.
O grande risco é a conjuntivite por gonococo, pois a bactéria pode penetrar na córnea intacta e causar perfuração ocular em 24h. Estrabismo (ou
esotropia) e nistagmo lateral são comuns nesta fase, devendo ser reavaliados posteriormente. Os recém-nascidos podem apresentar eventualmente algum
tipo de desvio ocular, pois a visão binocular só estará bem desenvolvida entre 3 e 7 meses. Raramente o estrabismo congênito tem seu diagnóstico feito
antes dos 6 meses de vida .

@enferya 125
Tópicos do exame físico na primeira consulta do recém-nascido

Tópicos do exame físico Ações específicas

Oriente a família para a realização da triagem auditiva neonatal universal (Tanu) ou “teste da orelhinha”. As
Orelhas e audição
justificativas para a triagem universal, . Observe também a implantação, o tamanho e a simetria das orelhas.

Nariz Avalie a forma e a possível presença de secreção (sífilis).

Alterações morfológicas podem representar dificuldade para a pega durante a amamentação, o que exigirá
Boca suporte e acompanhamento adequados. Observe a úvula, o tamanho da língua (macroglossia), o palato, o freio
lingual e a coloração dos lábios.

@enferya 126
Tópicos do exame físico na primeira consulta do recém-nascido

Tópicos do exame físico Ações específicas

Avalie a assimetria facial e a posição viciosa da cabeça. O torcicolo congênito tem resolução espontânea em 90%
Pescoço dos casos. No entanto, nos casos mais persistentes, pode ser necessária correção cirúrgica (protelada até os três
anos de idade)

Avalie a assimetria, pois ela sugere malformações cardíacas, pulmonares, de coluna ou arcabouço costal. Apalpe
as clavículas, para avaliar se há fraturas que poderiam acarretar diminuição ou ausência de movimentos do
braço. A fratura de clavícula é manejada simplesmente prendendo-se o braço ao tórax, para proporcionar
conforto ao bebê, tem caráter benigno e ocorre formação de calo ósseo em 2 a 3 semanas.
Tórax Oriente a família para a involução espontânea de mamas, que podem estar ingurgitadas ou com presença de
secreção leitosa (passagem de hormônios maternos). Observe possíveis sinais de sofrimento respiratório
(tiragens, retração xifoidiana, batimentos de asas do nariz, gemidos, estridor). Conte a frequência cardíaca, que
normalmente varia entre 120bpm e 160bpm. Observe a possível presença de cianose, abaulamento pré-cordial,
turgência jugular, ictus cordis e sopros cardíacos. Verifique também os pulsos.

@enferya 127
Tópicos do exame físico na primeira consulta do recém-nascido

Tópicos do exame físico Ações específicas

Observe a respiração, que é basicamente abdominal e deve estar entre 40mrm e 60mrm. Observe a forma do
abdome: se ele estiver dilatado, o achado pode sugerir presença de líquido, distensão gasosa, visceromegalias,
obstrução ou perfuração abdominal; se ele estiver escavado, isso pode indicar hérnia diafragmática. Diagnostique
a presença de hérnias inguinal e umbilical. Os casos de hérnia inguinal têm indicação cirúrgica imediata, devido ao
risco de encarceramento ou estrangulamento. Já nos casos de hérnia umbilical, aguarda-se sua regressão
Abdome
espontânea até 12 meses, dependendo do tamanho da hérnia
Diagnostique também a presença de diástase dos retos abdominais e agenesia da musculatura abdominal.
Verifique a presença de granuloma umbilical após a queda do coto (resolvido com uso de nitrato de prata). Se a
região umbilical estiver vermelha, edemaciada e com secreção fétida, o achado indica onfalite e, portanto, a
criança deve ser encaminhada para a emergência

@enferya 128
Tópicos do exame físico na primeira consulta do recém-nascido

Tópicos do exame físico Ações específicas

Genitália Apalpe a bolsa escrotal para identificar a presença dos testículos. Quando os testículos não forem
palpáveis na bolsa escrotal na primeira consulta do recém-nascido, a mãe pode ser informada de que isso se
trata de uma situação comum, especialmente em prematuros (9,2% a 30%). Isso porque, na maioria das vezes, os
testículos “descem” até os 3 meses de vida, quando o caso deverá ser reavaliado. Se aos 6 meses os testículos
não forem apalpados na bolsa escrotal, a criança deve ser encaminhada para melhor avaliação e tratamento
Genitália
O acúmulo de líquido peritoneal ao redor do testículo caracteriza hidrocele, que em geral tem regressão lenta,
com resolução espontânea, até os 2 anos de idade da criança (idem). A fimose é fisiológica ao nascimento. Deve-
se observar a localização do meato urinário para excluir a possibilidade de hipospádia ou epispádia. Na genitália
feminina, os pequenos lábios e o clitóris estão mais proeminentes. Pode haver secreção esbranquiçada, às vezes
hemorrágica, devido à passagem de hormônios maternos, que se resolve espontaneamente.

Ânus e reto Verifique a permeabilidade anal, bem como a posição do orifício e a presença de fissuras.

@enferya 129
Tópicos do exame físico na primeira consulta do recém-nascido

Tópicos do exame físico Ações específicas

Examine os membros superiores e inferiores, para avaliar sua resistência à extensão, a flexão dos membros, a
possibilidade de flacidez excessiva e a suposta presença de paralisia. Identifique a provável presença de pé torto,
que pode ser desde posicional (corrigido espontaneamente ou com imobilização) até um pé torto congênito grave,
Sistema osteoarticular associado inclusive a outras anormalidades congênitas
O exame da flexibilidade do pé ajuda na diferenciação, mas o ideal é encaminhar a criança para o ortopedista,
para melhor avaliação e escolha do tratamento. Verifique a presença de displasia evolutiva do quadril realizando
os testes de Ortolani e de Barlow

Coluna vertebral Examine toda a coluna, em especial a área lombo-sacra, percorrendo a linha média.

Observe reflexos arcaicos: sucção, preensão palmo-plantar e Moro (descrito no capítulo 8, sobre o
acompanhamento do desenvolvimento), que são atividades próprias do recém-nascido a termo, sadio. Observe a
Avaliação neurológica postura de flexão generalizada e a lateralização da cabeça até o final do primeiro mês. Observe a presença de
movimentos normais e espontâneos de flexão/extensão dos membros. O tônus normal é de semiflexão
generalizada

@enferya 130
Situações de vulnerabilidade [D]:

• Criança residente em área de risco;


• Baixo peso ao nascer (inferior a 2.500g);
• Prematuridade (menos de 37 semanas gestacionais);
• Asfixia grave ou Apgar menor do que 7 no 5º minuto;
• Internações/intercorrências;
• Mãe com menos de 18 anos de idade;
Mãe com baixa escolaridade (menos de oito anos de estudo);
• História familiar de morte de criança com menos de 5 anos de idade

Outras situações reconhecidas de vulnerabilidade: aleitamento materno ausente ou não


exclusivo, gestação gemelar, malformação congênita, mais do que três filhos morando juntos,
ausência de pré-natal, problemas familiares e socioeconômicos que interfiram na saúde da
criança, problemas específicos da criança que interfiram na sua saúde, não realização de
vacinas, identificação de atraso no desenvolvimento e suspeita ou evidência de violência.
Entre as situações familiares consideradas de vulnerabilidade, encontram-se as seguintes:
gravidez de alto risco ou eventos traumáticos para a mãe durante a gestação, presença de
rupturas e conflitos do casal quando da descoberta da gravidez, separações e lutos na família,
mãe em situação de sofrimento agudo ou diagnóstico de doença mental, parto difícil ou
traumático, pais com dificuldades de assumir a parentalidade (tornar-se pai e tornar-se mãe) e
famílias com problemas múltiplos (drogadição, alcoolismo, pobreza, condições crônicas)

@enferya 131
Fatores de risco, alterações físicas e avaliação do desenvolvimento

Dados da avaliação Impressão diagnóstica Conduta ALTERAÇÕES FÍSICAS:

Perímetro cefálico < -2 escores Z ou > Perímetro cefálico < -2 escores z ou >
+2 escores Z. Presença de 3 ou mais +2 escores z.
Provável atraso no Presença de alterações fenotípicas.
alterações fenotípicas ou ausência de Referir para avaliação neuropsicomotora.
desenvolvimento. Fenda palpebral oblíqua.
um ou mais marcos para a faixa Olhos afastados.
etária anterior. Implantação baixa de orelhas.
Lábio leporino.
Ausência de um ou mais marcos do Orientar a mãe/cuidador sobre a Fenda palatina.
Alerta para o
desenvolvimento para a sua faixa estimulação da criança. Marcar consulta de Pescoço curto e/ou largo.
desenvolvimento. Prega palmar única.
etária. retorno em 30 dias.
5º dedo da mão curto e recurvado.
Todos os marcos para o
Desenvolvimento
desenvolvimento estão presentes, Informar a mãe/cuidador sobre os sinais
normal com fatores de Componentes dos
mas existem um ou mais fatores de de alerta. atendimentos:
risco.
risco. 1° Semana de vida
1° Mês no 1° ano de vida é
Elogiar a mãe/cuidador. Orientar a 2° Mês recomendado um mínimo de 7
mãe/cuidador para que continue 4° Mês consultas de rotina
6° Mês
Todos os marcos para a faixa etária Desenvolvimento estimulando a criança. Retornar para 9° Mês No 2° ano de vida, deve se ter um
12° Mês mínimo de 2 consultas de rotina: no 18°e
estão presentes. normal. acompanhamento conforme a rotina do 18° Mês 24° mês. A partir dos 2 anos de idade as
serviço de saúde. Informar a 24° Mês consultas podem se tornar anuais.
A partir de 2 anos, consultas anuais
mãe/cuidador sobre os sinais de alerta.*

@enferya 132
Período da gestação/ Classificação dos RNs

Quanto ao peso ao nascer:


Quanto ao peso para a idade gestacional:
Baixo peso: peso ao
nascer abaixo de 2500g
PIG- peso inferior ao
percentil 10

Muito baixo peso: peso ao


nascer abaixo de 1500g GIG- peso superior ao
percentil 90

Extremo baixo peso: peso AIG- peso entre o percentil 10-


ao nascer abaixo de 1000g 90

Macrossômico: peso ao
nascer acima de 4000g

@enferya 133
Marcos do desenvolvimento

Observa um rosto, Segue objetos ultrapassando a linha média, Reage ao som, Vocaliza (emite sons
2 meses
diferentes do choro), Eleva a cabeça e os ombros na cama na posição prona, Sorri.
Observa sua própria mão, Segue com o olhar até 180°, Grita, Senta com apoio, sustenta a cabeça,
4 meses
Agarra um brinquedo colocado em sua mão.
Tenta alcançar um brinquedo, Procura objetos fora do alcance, Volta-se para o som, Rola no leito,
6 meses
Inicia uma interação.
Transmite objetos de uma mão para a outra, Pinça polegar-dedo, Balbucia, Senta sem apoio,
9 meses
Estranhamento (prefere pessoas de seu convívio), Brinca de esconde-achou.
Bate palmas, acena, Combina sílabas, Fica em pé, Pinça completa (polpa a polpa), Segura o copo ou
12 meses
a mamadeira.
15 meses Primeiras palavras, Primeiros passos, É ativa e curiosa
18 meses Anda, Rabisca, Obedece ordens, Nomeia objetos
Sobe escadas, Corre, Formula frases simples (“dá água”, “quer papar”), Retira uma vestimenta,
24 meses
Tenta impor sua vontade

@enferya 134
Vitamina A

O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Suplementação de


Vitamina A, busca reduzir e controlar a deficiência nutricional de vitamina A
em crianças de 6 a 59 meses de idade.

DOSAGEM: VIA ORAL


Para crianças de 6 meses a 11 meses de idade: 1
Na falta de qualquer megadose de vitamina A na concentração de 100.000 UI;
megadose na UBS, não
se deve dobrar a dose Para crianças de 12 a 24 meses de idade: 1 megadose de
de 100.000 UI para vitamina A na concentração de 200.000 UI a cada 6
200.000 UI ou então dar meses;
parcialmente a cápsula Para crianças de 25 a 59 meses de idade: 1 megadose de
de 200.000 UI em vitamina A na concentração de 200.000 UI a cada 6
substituição à dose de
meses;
100.000 UI.
Para puérperas: 1 megadose de vitamina A na
concentração de 200.000 UI, no período pósparto
imediato, ainda na maternidade.

@enferya 135
Vitamina K

A deficiência de vitamina K é comum em recém-nascidos, por causa da função


hepática imatura e transferência de baixas quantidades de vitamina K através da
placenta ou do leite materno.
Se a vitamina K não é aplicada, a criança corre risco de sangramento,
anteriormente conhecido como Doença Hemorrágica do Recém-Nascido.

DOSAGEM:

Bebês com idade gestacional acima de 32 semanas e com


mais de 1.000g: 1mg IM ou EV.
Bebês com menos de 32 semanas e com mais de 1.000g:
0,5mg IM.
Bebês com menos de 1.000g, independentemente da idade
gestacional: 0,3mg IM.

@enferya 136
Período da gestação/ Classificação dos RNs

Período da gestação/ Classificação dos RNs


Quanto a idade gestacional:

a) RN pré-termo ou prematuro – toda criança nascida antes de 37 semanas de


gestação;

b) RN a termo – toda criança nascida entre 37 e 42 semanas de gestação;

c) RN pós-termo – toda criança nascida após 42 semanas de gestação.

@enferya 137
Triagem neonatal

Teste do Pezinho

É realizado entre o 3º e 5º dia de vida;


A coleta é feita na parte LATERAL do calcanho;
TODA coleta realziada acima de 28 dias configura-se como exceção, pois está fora do
período neonatal.
DOENÇAS: Fenilcetonúria; Hipotireoidismo; congênito; Fibrose cística; Hiperplasia adrenal
congênita; Deficiência de biotinidase; Doença falciforme e outras hemoglobinopatias

Teste da Orelhinha

Triagem auditiva neonatal (TAN)


Deve ser feito na maternidade de 24 a 48 horas de vida, ou no primeiro mês de vida.
Feito em duas etapas: o teste e o reteste
DETECTA: Deficiência auditiva nos neonatos e lactentes

@enferya 138
Triagem neonatal

Teste do Olhinho
Teste do Reflexo Vermelho (TRV)
Deve ser feito ANTES da alta na maternidade e 2 a 3 vezes por ano durante os 3 primeiros anos de vida da criança
DOENÇAS: Retinopatia da prematuridade; Retinoblastoma; Catarata congênita; Glaucoma; Infecções; Traumas de parto;
Cegueira

Teste da Linguinha
Objetiva identificar ANQUILOGLOSSIA
ESSE TESTE Deve ser feito de 24 a 48 horas de vida
Também É chamado de Triagem de Frênulo Lingual

Teste do Coraçãozinho
Aferição da oximetria de pulso em todo o RN com idade gestacional >34 semanas
ONDE AFERIR? Membro Superior Direito (MSD) e 1 dos Membros Inferiores (MI)
As extremidades do RN (Pés e mãos) devem estar aquecidos e o monitor com onda de traçado homogêneo.
RESULTADO:
NORMAL= Saturação 95% nas duas medidas mais uma diferença de 3% nas medidas do MSD e MI.
DEVE REPETIR EM 1 HORA: Se SPO2 < 95% ou diferença de 3% nas medidas do MSD e MI.
ANORMAL; Realizar Ecocardiograma em 24 horas

@enferya 139
Sinais vitais

FREQUÊNCIA CARDÍACA DO RN:

NORMAL: 120 a 160 bpm Frequência respiratória:

TAQUICARDIA: > 160 bpm 30 a 60 movimentos


respiratórios/minuto
BRADICARDIA: < 100 bpm

Pressão arterial:
Temperatrura axilar:
65 mmHg/ 41mmHg
36,5°C – 37,2 °C

MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS:

CLASSIFICAÇÃ DO PESO: Perímetro cefálico (PC) 33 a 35cm (biparietal)


Perímetro torácico (PT) 30,5 a 33cm - 2 a 3 cm menor que
BAIXO PESO: < 2.500 Kg o PC
MUITO BAIXO PESO: < 1.500 Kg Estatura - 48 a 53cm
Extremo baixo peso: < 1000 Peso – 2500g a 4000g perda de 10% do peso na 1ª semana
Kg de vida Pesar com o RN despido, antes da alimentação

@enferya 140
SOAP

O SOAP é um acrônimo para Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano, concebido com a ideia de
acompanhar o paciente de forma longitudinal, estruturando as anotações do registro clínico nesses 4
itens.

SUBJETIVO
No primeiro item, Subjetivo, identificado apenas como “S”, registram-se as informações relatadas ou
referidas pelo paciente, descrevendo o motivo que o trouxe à consulta.
Deve ser feita uma descrição detalhada dos problemas, semelhante à clássica História da Doença
Atual, associada a elementos do Método Clínico Centrado na Pessoa, em que se realiza a exploração
da experiência da doença (sentimentos/preocupações sobre o sintoma; o que imagina ser a causa;
como está interferindo na sua vida; e o que espera da consulta).
Neste item, são registradas também informações sobre doenças e cirurgias prévias, medicações em
uso (com doses), hábitos de vida (tabagismo, etilismo e atividade física), contexto
familiar/social/laboral e história familiar.

@enferya 141
SOAP

Objetivo
No Objetivo (“O”), é feito o registro dos dados observáveis e mensuráveis avaliados pelo
profissional da saúde, abrangendo o exame clínico e os exames complementares.
Esse item apresenta alguns componentes bem estabelecidos em uma determinada ordem, sendo,
normalmente, iniciado com o estado geral da pessoa, seguido por sinais vitais, exame dos sistemas
e, por último, resultado de exames complementares (com registro da data de realização).
Esse item do SOAP é o único que pode deixar de ser preenchido em uma consulta

Avaliação
Em seguida, vem o “A” do SOAP, correspondente à Avaliação, compreendendo a
impressão/interpretação que o profissional da saúde infere a partir das queixas subjetivas do
paciente e dos achados da parte objetiva.
É aqui que é descrita a lista de problemas da consulta atual.

@enferya 142
SOAP

Plano
O último componente do registro do SOAP é o Plano (“P”), englobando condutas, manejos e cuidados,
sendo elaborada uma abordagem planejada para os problemas levantados.
Apesar de não haver a necessidade de dividir o Plano em tópicos, ele também apresenta uma
estrutura bem estabelecida:
Plano diagnóstico;
Plano terapêutico;
Plano de acompanhamento;
Plano educacional.

@enferya 143
SOAP

EXEMPLO: Rinite alérgica


S (Subjetivo):
Paciente de 29 anos apresenta sintomas clássicos de rinite alérgica, incluindo coriza, espirros
frequentes, prurido nasal e obstrução. Os sintomas são sazonais e exacerbados pela exposição
a alérgenos específicos, como pólen e poeira. O histórico médico do paciente indica alergias
sazonais e possivelmente outras condições alérgicas.

O (Objetivo):
BEG, orientada, normocorada, hidratada, normotensa.
Oroscopia: Edema e hiperemia de mucosa nasal
A.Respiratória: MV + bilateral, sem RA
A.Cardíaca: RR, 2T, BNF
Abdo: plano e rígido, indolor à palpação
Geniturinário: Diurese e evacuações presentes, sem anormalidades
Neuro: Sem déficits neurológicos focais, força muscular preservada, reflexos simétricos

A (Avaliação): Rinite alérgica

@enferya 144
SOAP

EXEMPLO: Rinite alérgica


P (Plano): Orientações para Controle de Alergias
I. Evitar Alérgenos
- Evite exposição a alérgenos conhecidos (pólen, poeira, etc.)
- Identifique e evite os alérgenos desencadeantes

II. Cuidados Ambientais


- Mantenha o ambiente livre de poeira
- Utilize purificadores de ar
- Mantenha os ambientes bem ventilados

III. Alívio dos Sintomas


- Lavadura nasal com solução salina
- Anti-histamínicos e descongestionantes nas doses recomendadas (conforme prescrição médica)

IV. Precauções
- Evite exposição a mudanças bruscas de temperatura
- Siga as recomendações médicas

V. Acompanhamento
- Procure um especialista em alergias se os sintomas persistirem
- Acompanhamento regular para ajustar o tratamento conforme necessário

@enferya 145
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PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS PARA ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS COM INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST) 2022
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Resumos e mapas mentais

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